12
1,00 R$ APENAS DOMINGO , 17/02/2013 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 549 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » UMA SECRETARIA E VÁRIOS DESAFIOS CAPARAÓ NÃO É SÓ BELEZA NATURAL: UMA REDE DE NEGÓCIOS A MAIOR TORCIDA DO ESTADO COMEMORA SEU 16º ANIVERSÁRIO SEGURANÇA | Pág 09 ENTREVISTA| Pág 04 CULTURA| Pág 12 ESPORTES | Pág 10 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NÃO DIMINUI JOVEM ESTRELENSE CONTA COM QUASE MIL TORCEDORES REGISTRADOS O CENTRO DE DEFESA DA MULHER ANNA CAROLINA DIVULGOU O COMPARATIVO ENTRE 2011 E 2012 EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM ESPECIAL | Pág 11 PRESIDENTE DA TJE FALA DA PAIXÃO INCONDICIONAL PELO ESTRELA PROFESSOR LÉO ASSUME O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE CACHOEIRO E FALA DE SUAS EXPECTATIVAS E PROJETOS » POEMAS POSTAIS EM EXPOSIÇÃO NO PSICÓLOGO A EXEMPLO DE VALQUÍRIA LEMOS, SILVIA APARECIDA E NILMA RODRIGUES, » QUE COM R$ 20,00 COMEÇARAM UM RESTAURANTE, A REGIÃO ESTÁ EM FRANCO CRESCIMENTO ECONÔMICO, COM MAIS INFRAESTRUTURA E TURISMO DIVULGAÇÃO SEDURB SELO NO AQUI TEM MAIS - PÁGINA 07 MARCOS FREIRE DIVULGAÇÃO PEDRO JUNIOR

Edição 549

Embed Size (px)

DESCRIPTION

jornal Aqui Notícias

Citation preview

Page 1: Edição 549

1,00R$

APENAS

domingo, 17/02/2013 | diÁRio | Ano 2 | n° 549 | CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

UMA SECRETARIA E VÁRIOS DESAFIOS

CAPARAÓ NÃO É SÓ BELEZA NATURAL: UMA REDE DE NEGÓCIOS

A MAIOR TORCIDA DO ESTADO COMEMORA SEU 16º ANIVERSÁRIO

SEGURANÇA | Pág 09

ENTREVISTA| Pág 04

CULTURA| Pág 12

ESPORTES | Pág 10

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NÃO DIMINUI

JOVEM ESTRELENSE CONTA COM QUASE MIL TORCEDORES REGISTRADOS

O CENTRO DE DEFESA DA MULHER ANNA CAROLINA DIVULGOU O COMPARATIVO ENTRE 2011 E 2012 EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

ESPECIAL | Pág 11

PRESIDENTE DA TJE FALA DA PAIXÃO

INCONDICIONAL PELO ESTRELA

PROFESSOR LÉO ASSUME O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE CACHOEIRO E FALA DE SUAS EXPECTATIVAS E PROJETOS »

PoEmAS PoSTAiS Em EXPoSiÇÃo no PSiCÓLogo

A EXEMPLO DE VALQUÍRIA LEMOS, SILVIA APARECIDA E NILMA RODRIGUES, »QUE COM R$ 20,00 COMEÇARAM UM RESTAURANTE, A REGIÃO ESTÁ EM FRANCO CRESCIMENTO ECONÔMICO, COM MAIS INFRAESTRUTURA E TURISMO

DIVULGAÇÃO

SEDURB

SELO NO AQUI TEM MAIS - PÁGINA 07

MARCOS FREIRE

DIVULGAÇÃO

PEDR

O JUN

IOR

Page 2: Edição 549

DOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br02 OPINIÃO

EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Carlos Guilherme Gomes REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Filipe Rodrigues,Marcos Freire e Lara CarletteDIAGRAmADOREs: Carlos Guilherme Gomes e Marcelo Lopes Mothé

Circulação: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

COLAbORADOREs: Alexandre Garcia, Ewerton M. Tréggia, Guilherme Gomes, Kamila Zanetti, Luciana Fernandes, Ramon Barros, Ricardo Lemos, Ruy Guedes, Sérgio Neves, Sérgio Oliveira, Wagner Medeiros Junior.

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected];

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

GRUPO FOLHA DO CAPARAÓ DE COMUNICAÇÃO LTDA- MECNPJ: 10.916.216.0001-55. AV. GOVERNADOR CRISTIANO DIAS LOPES FILHO, 75, bairro GILBERTO MACHADO, CEP 29.303-320, Cachoeiro de Itapemirim-ES.Anexo a GrafBand. Tel: (28) 3521 7726

FALE COm A REDAÇÃO: (28) 9904 7726 ANUNCIE / AssINE: (28) 3521 7726 / 3036 [email protected] [email protected]

RODRIGO COELHO

Durante dois anos busquei obs-tinadamente alcançar um objetivo tão desafiante quanto nobre, que foi o de ajudar a erradicar a po-breza extrema no Espírito Santo, contribuindo para que a Presidenta Dilma Roussef possa cumprir sua meta, que é erradicá-la de todo o País.

Implementamos, neste período, frente à secretaria, e em parceria com os municípios, um progra-ma que prevê acompanhar todas as famílias em situação de pobre-za extrema em território capixaba, com o Estado co-financiando as equipes que tem diante de si tal responsa-bilidade. Isto para que famí-lias que, priva-das de inúmeras oportunidades, pudessem ter diante de si mais do que uma ces-ta básica: uma cesta de novas oportunidades, c o m b i n a d a s com sua cultura e condições de vida.

Meu estímulo foi a ideia de emancipação efetiva para famílias através do trabalho delas. É certo que construir uma rede produtiva eficaz exige dedica-ção intensa nãosó dos governos (Fe-deral, Estadual e Municipal), mas também de toda a sociedade. Em contrapartida, o lucro será desfru-tado por todos, visto que, quando todos os nossos irmãos e irmãs es-tiverem emancipados e socialmente incluídos, vão auxiliar, por sua vez, na geração de novas medidas criati-vas de convívio social.

A aparente utopia pode ser alcan-çada com nossos esforços coletiva-mente ordenados, o que, natural-mente, leva tempo. Foi por isso que, antes de sair do Governo, propus que o Estado alterasse o perfil da Bolsa Capixaba e complementasse o Brasil Carinhoso no Bolsa Famí-lia, para que, pela transferência de renda, já conseguíssemos eliminar a miséria num primeiro estágio.

O desenho e sua operacionali-dade estão prontos. Serão anun-ciados e executados depois que a Presidenta Dilma definir uma nova

ampliação do programa, ainda este mês, possi-velmente no dia 19. Caberá a todos os demais atores políticos e sociais traba-lharem para que a referida “rede produtiva” seja constituída.

É com foco nesta direção, observando o nível de desen-volvimento do Espírito Santo para potenciali-zá-lo principal-mente na região

Sul, sem esquecer a necessidade de que aconteça de maneira descen-tralizada, que retorno à Assembleia Legislativa.

Tenho convicção de ter cumprido um importante papel na SEADH. Isso me dá motivação para conti-nuar de um outro lugar, fazendo um novo começo, no caminho que tenho a seguir: o de produzir na política uma ação transformadora da vida das pessoas, pautado pela responsabilidade e, sobretudo, pela justiça social.

Um CAmINHO A sEGUIRAssumo agora, em definitivo, meu mandato de Deputado Estadual.

É estimulante viver nova experiência após ter conquistado 20.109 votos nas eleições de 2010, que me garantiram a primeira suplência. Logo no início do ano seguinte assumi a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH), de onde me despedi há poucos dias.

O desenho e sua ope-racionalidade estão prontos. Serão anuncia-dos e executados depois que a Presidenta Dilma definir uma nova am-pliação do programa, ainda este mês, possivel-mente no dia 19. Ca-berá a todos os demais atores políticos e sociais trabalharem para que a referida “rede produti-va” seja constituída.

THIAGO [email protected] » Deputado Estadual (PT-ES) »

Eterno queridinho da grande im-prensa, “o mais preparado” de todas as eleições saiu do último pleito fragi-lizado a um ponto irrecuperável, com índices de rejeição altíssimos, exposto (apesar da blindagem midiática) à so-ciedade brasileira como a fraude que sempre foi.

Reparem só: ele nunca começa uma eleição com menos de 30% das inten-ções de voto. Seja pesquisa para a pre-sidência, governo ou prefeitura. Pode ser em São Paulo, Cachoeiro, Oiapo-que, Chuí, no cacicado do Xingu ou em qualquer outro lugar onde estejam operando o Ibope e o Datafolha. Esses institutos, bem como, as empresas que monopolizam a comunicação de massa no país e os controla, sem dúvida, tem parte fundamental na criação e manu-tenção dessa obscura liderança na vida política nacional ao longo dos últimos anos. Da parte destes, manipulação pouca sempre foi bobagem, tanto na cobertura dos jornalões para beneficiá-lo quanto em pesquisas de toda a or-dem, uma complemetando a outra a fim de cumprir o objetivo de elegê-lo.

Após FHC, o ‘Grande Estadista’ (sic) do plim-plim, Serra foi ao longo da última década a principal esperança da burguesia e da velha classe média ra-bugenta para salvar o país da esquerda comedora de criancinhas. Assumiu o papel com responsabilidade e maestria, todavia, conforme admitiu seu próprio mentor (o sociólogo errante), pecou ao radicalizar seu conservadorismo a níveis quase fascistas ano após ano.

Um homem que conhece bem a sua alma é o Ciro Gomes. Sentenciou com precisão que o Serra numa campanha é garantia de baixaria. Verdade inexorá-vel. Suas estratégias vão da calhordice moral à arapongagem, da exploração da religião e fé alheia à invenções gráficas toscas (como aquele cano que ia do Ser-gipe ao Ceará. Lembram?). O assunto vale até um retrospecto e parágrafo es-pecial.

Em 2002 derrubou a Roseana Sarney com o escândalo Lunus de forma sub-

terrânea. Fez também soar o medo da Regina Duarte e emplacou um terroris-mo psicológico, com o ‘lulômetro’ me-dindo o risco brasil no JN diariamente. Escrachou o bolsa-esmola, a aborteira Dilma, publicou uma ficha falsa dela na Folha de SP, chamou ela de poste, di-vulgou vídeo de suposta amante da pre-sidenta, teve um traumatismo craniano com uma bolinha de papel (sujeitando-se, inclusive, a uma ridícula tomografia à época), inundou as redes sociais de ódio e preconceito com campanhas di-famatórias sistemáticas, a falácia do kit gay, rezou nas procissões em Aparecida, dizimou em cultos evangélicos, partici-pou de reuniões secretas no clube mili-tar, buscou e teve o apoio do papa, do Silas Malafaia, do Bispo de Guarulhos que rodava na gráfica santinhos heréges demonizando o PT, deitou e rolou no mensalão, enfim, desqualificar o debate numa eleição sempre foi com ele mes-mo.

Porém, após levar uma surra da Dil-ma em 2010, foi politicamente inter-nado e esteve em coma aguardando a morte certa, confirmada no fatídico outubro passado. Se tivesse ao menos levado a prefeitura de São Paulo, pode-ria ser enterrado com honras militares, ou talvez, uma catalepsia até poderia salvá-lo numa versão mais otimista da coisa, se o Aécio afrouxasse seu nome para a disputa presidencial de 2014. No entanto, como perdeu, foi jogado numa vala comum, e receberá, no máximo (e olhe lá, porque sofre forte resistência do grupo “aecista” ), uma derradeira pá de cal que é a presidência do PSDB como prêmio de consolação. Triste e esperado fim de quem não possui base social ou sequer discurso alternativo sólido.

Nesse sentido, como pretenso his-toriador medíocre que sou, indago ao vento: em 50 anos de vida pública, qual foi o legado deste homem a política brasileira? Parafraseando Brizola Neto: quem nasceu para José Serra, nunca chegará a Carlos Lacerda. O fato é que nossa direita já não é mais capaz de pro-duzir líderes como antigamente.

Na última eleição municipal foram desligados os aparelhos que mantinham vivo o tucano José Serra. O médico residente Fernando Haddad, orientado pelo doutor “honoris causa” Lula, foi o responsável pela eutanásia no paciente terminal.

ENTERRADO NUmA vALA COmUm

Page 3: Edição 549

domingo, 17/02/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 03oPiniÃowww.AQUiES.com.br

EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Carlos Guilherme Gomes REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Filipe Rodrigues,Marcos Freire e Lara CarletteDIAGRAmADOREs: Carlos Guilherme Gomes e Marcelo Lopes Mothé

Circulação: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

COLAbORADOREs: Alexandre Garcia, Ewerton M. Tréggia, Guilherme Gomes, Kamila Zanetti, Luciana Fernandes, Ramon Barros, Ricardo Lemos, Ruy Guedes, Sérgio Neves, Sérgio Oliveira, Wagner Medeiros Junior.

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected];

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

GRUPO FOLHA DO CAPARAÓ DE COMUNICAÇÃO LTDA- MECNPJ: 10.916.216.0001-55. AV. GOVERNADOR CRISTIANO DIAS LOPES FILHO, 75, bairro GILBERTO MACHADO, CEP 29.303-320, Cachoeiro de Itapemirim-ES.Anexo a GrafBand. Tel: (28) 3521 7726

FALE COm A REDAÇÃO: (28) 9904 7726 ANUNCIE / AssINE: (28) 3521 7726 / 3036 [email protected] [email protected]

minHA ÁRVoRE inESQUECÍVEL

por Ruy guedes - [email protected] »

(histórias da minha vida em Cachoeiro) »EU mE LEmBRo

Assim como Raul Sampaio cantou, na música “Meu pequeno Cachoeiro”, o seu bom genipapeiro (pé de genipapo) que dava sombra no quintal; como Roberto Carlos que, ao regravá-la, adicionou o seu flamboyant florido na primavera; ou ainda Rubem Braga, que recordou, em deliciosa crônica, o pé de fruta-pão de sua infância na rua 25 de Março, eu, modestamente, também tenho a “minha” árvore inesquecível e, como me é facultado discorrer neste espaço sobre fatos da minha vida em Cachoeiro, nada mais justo do que louvar aquela que tornou-se uma referência em parte da minha infância, tão importante que é lembrada e reverenciada por mim até hoje. O genipapeiro do Raul já não existe mais, assim como o terreiro e aquela residência modesta na rua Padre Melo, nos fundos do Liceu. Talvez o flamboyant do Rei seja aquela planta esguia existente ao lado da sua casa-museu, não sei... Mas o pé de fruta-pão do Rubem Braga continua lá, ainda dando sombra e frutos nos fundos de sua casa ancestral. É, também, o caso da “minha” mangueira, cuja história me proponho a contar agora.

Em 1951, após um ano residindo na rua 13 de Maio, meus pais decidiram mudar-se para o KM 90, onde minha mãe já trabalhava, lecionando na escola singular rural daquela, então, distante localidade. Fazendo uso do conhecimento já adquirido junto aos moradores locais, minha mãe conseguiu arrendar a chácara pertencente ao casal José e Elisa Passoni, situada ao lado da estrada de ferro, a meio caminho entre o povoado e a localidade de Monte Cristo. A propriedade tinha, aproximadamente, o tamanho de um campo de futebol, dispondo de uma vantagem significativa sobre as demais (e escassas) residências existentes nas proximidades: uma nascente de água pura e cristalina. Ao redor da moradia fresca e arejada existia um grande pomar, com mais de vinte variedades de frutas, bem como uma produtiva horta e um grande canavial. A vida na “roça” exigiu de nós, autênticos moradores urbanos, uma rápida adaptação. O KM 90 daquela época, sem água, luz ou rede de esgotos, parecia ainda muito mais distante da “cidade” do que era na realidade.

Tal realidade exigiu novo comportamento de

todos nós. Minha mãe, além do seu trabalho na escola, passou a dedicar-se mais acentuadamente às atividades culinárias, especializando-se na fabricação de doces e geléias extraídos das frutas que copiosamente nasciam no pomar. Meu pai, sem abdicar de sua profissão original (montou sua barbearia, que funcionava somente aos sábados, na sala de visitas), transformou-se num autêntico chacareiro, plantando e colhendo frutas, legumes, milho e feijão para posterior comercialização. Quando a nós, crianças soltas repentinamente naquele exuberante mundo natural, aproveitávamos da melhor maneira tudo que nos era proporcionado naquele momento. Fora o período da manhã, dedicado aos estudos, o resto do dia transcorria calmamente, entre brincadeiras simples e o desfrute das delícias oferecidas pelo nosso pomar. Entre as frondosas mangueiras, uma era a minha preferida. Não pelo porte grandioso, ou pela sombra abundante, ou pela exuberância de seus frutos. Como em todos os casos de amor, aquela preferência não tinha explicação.

Era uma árvore modesta, debruçada sobre a cerca de arame farpado que separava a chácara da estreita estradinha existente ao lado dos trilhos da linha férrea. Produzia a espécie conhecida como manga carlotinha, frutos pequenos, arredondados e extremamente doces. Passava horas encarapitado nos seus galhos, sonhando de olhos abertos, aproveitando os momentos que somente a infância nos proporciona. Retornamos para a “cidade” em 1954. Nunca mais voltei lá. O tempo passou, a cidade cresceu, alcançando e ultrapassando o KM 90; uma avenida (batizada

como “!Linha Vermelha”) foi construída onde antes havia a estrada de ferro; a velha chácara já não é a mesma. Mas, outro dia, passando pelo local, resolvi parar e matar saudades daquela mangueira. Lá estava ela, a “MINHA” mangueira, agora debruçada sobre um muro, serena e majestosa, estendendo seus galhos talvez para serem acariciados novamente por minhas mãos saudosas. Foi o que fiz, para espanto de quem passava: um velho doido a puxar um galho de uma árvore, alisando suas folhas, os olhos marejados e um sorriso bobo nos lábios...

Ruy Guedes é músico e radialista aposentado

Page 4: Edição 549

Qual foi o sentimento do senhor ao receber o convite para assumir a secretaria de Desenvolvi-mento Social?

“A princípio fiquei meio receoso, afinal, era, e ainda é um pouco, um espaço desconhecido,

até então. E tinha pouco tempo para tomar a decisão. Então fui consultando algumas pessoas, mas o prazo era muito curto, não deu para ouvir a opinião de todos que eu realmente desejava. O meu sentimento foi de abrir os horizontes e ver a real pos-sibilidade de poder fazer efetivamente o bem para as famílias de Cachoeiro. Essa é a minha vontade: desenvolver ações que possam mudar a vida dos jovens, crianças e as famílias”.

Em algum momento o senhor pensou em não aceitar o desafio?

“Sim. Fui eleito vereador e acredi-to que minha trincheira é no Poder Legislativo. Venho para a secretaria

cumprir uma missão, como já falei, em favor das famílias, e assim que entender que fiz minha parte, retorno para a

Câmara. É apenas uma oportunidade que entendo ser importante e não poderia perder”.

E como fica a sua relação com a Câmara?“É de total interação. Os suplentes que assumi-

ram formam a bancada do PT, com o qual tenho compromissos. Meus projetos apresentados e que estão tramitando ficam sob a responsabilidade da bancada. As demandas que chegarem, como no ano passado, vou encaminhar para a bancada e os ve-readores apresentam à Câmara. É como se eu não deixasse de ser vereador”.

Apesar de estar a menos de uma semana na se-cretaria, quais são suas expectativas?

“Quero atender bem à população. Quem procu-ra a nossa secretaria é porque precisa, então, penso que será preciso muito carinho e atenção com es-sas pessoas. Nossa maior meta é combater o crack, dar vazão aos projetos em andamento, inaugurar o restaurante popular, incrementar o Centro de Re-ferência da Juventude, o CRJ, e aprimorar outros projetos, como o Bolsa Família”.

Existe alguma iniciativa que é uma espécie de “menina dos olhos” do senhor?

“Sim. E não apenas uma. Quando falo em com-bater o crack é pensando de forma muito séria e responsável. Não dá para ficar indiferente a esse problema. Vamos buscar meios e projetos para que isso aconteça. Além disso, a criança, o adolescente e o jovem sempre foram minhas preocupações. Que-ro cuidar especialmente deles. E, como o governo federal, exterminar a extrema pobreza em Cachoei-ro. Isso tudo é possível. Sonho que sonha junto se torna realidade”.

O que Cachoeiro poderá esperar do Professor Léo como secretário de Desenvolvimento Social?

“Muito trabalho. Não estamos aqui para brinca-deira e nem de passagem. Recebemos essa oportuni-dade e vamos desenvolver projetos com seriedade e que façam de verdade a diferença na vida das pessoas, principalmente, aquelas que têm menos oportunida-des. Vamos fazer o impossível dentro do possível”.

DOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04 ENTREvISTA

Contra o crack, a pobreza e em favor da juventude e da família

foto

s ped

ro ju

nior

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Eleito o vereador mais votado nas últimas eleições municipais, Professor Léo (PT) assumiu desde a última quinta-feira a se-cretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Professor Léo, que tem trajetória política e de vida engajada em movimentos sociais, se diz bastante animado com esse novo desafio e aponta suas prioridades: eliminar a extrema pobreza no município,

desenvolver ações especiais para a juventude, iniciativas que valorizem as famílias cachoeirenses, e criar mecanismos de combate e enfrentamento ao crack.

Pela primeira vez à frente de uma pasta no Executivo Municipal, Professor Léo destaca que sua trincheira é no Poder Legislativo, onde continua representado, segundo ele, pela bancada do PT.

O agora secretário municipal, que tem origem em distrito e periferia de Cachoeiro e já foi engraxate e ficou conhecido na cidade por ser entregador de jornal, profissão que lhe rendeu condições de pagar seu curso superior em História, quer colocar em prática seus ideais de vida. E resume: “Temos uma missão a ser cumprida na secretaria. Dentro do possível, vamos fazer o impossível”.

Page 5: Edição 549

Ao todo são 18 empreen-dimentos, nos municípios de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Guaçuí e Ibitirama, na região do Ca-paraó, sul do Estado do Es-pírito Santo, entre pousadas, restaurantes, agroindústrias, artesanato e até uma agência de viagens e uma camiseteria. E há três anos, os proprietá-rios destes empreendimentos do turismo rural resolveram criar o Circuito Turístico Caparaó Capixaba, que tem o objetivo de promover o de-senvolvimento sustentável, na região, com geração de renda e empregos, a partir de uma padronização de serviços e qualificação profissional.

Entre estes empreendedo-res está a presidente do Cir-cuito e proprietária da pou-sada Villa Januária, Cecília Nakao, que também é uma das sócias da Agência Serra do Caparaó Ecoturismo. Ela explica que a associação de empreendedores de turismo está finalizando sua organi-zação, para se regularizar e trabalhar como uma central

de negócios, fazendo com-pras e vendas em conjunto. A iniciativa está recebendo total apoio do Sebrae-ES e vai provocar a mudança do nome da associação.

Cecília explica que estão sendo realizadas diversas ca-pacitações coletivas para que o grupo passe a ter um pa-drão. “As consultorias estão padronizando os empreen-dimentos, com a adequação dos espaços, o preço a ser praticado, conhecimento das normas de vigilância sanitária e outras iniciativas”, afirma.

No entanto, a região ainda sofre com problemas pontu-ais, que prejudicam o desen-volvimento do setor de turis-mo. Cecília Nakao destaca que os empreendedores ain-da sofrem com deficiências nas comunicações, porque até a telefonia fixa é precária no local, sem contar a falta de sinal de celular e internet, o que atrapalha a prestação de serviços aos turistas e passa a ser um ponto negativo no atendimento aos visitantes, além de atrapalhar na di-vulgação da própria região. “A nossa esperança é que as autoridades do Estado pro-

De CirCuito à reDe De NegóCiosO CirCuitO dO Caparaó Capixaba está se transfOrmandO numa rede de negóCiOs, para desenvOlver O turismO rural na regiãO, apOstandO »

na uniãO entre empreendimentOs e a CapaCitaçãO de prOfissiOnais e empresáriOs que venham atender O maiOr fluxO de turistas COm a melhOria da qualidade de infraestrutura e serviçOs

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

MARCOS [email protected]

marcos freire

diáriO | ano 2 | n° 549Cachoeiro de itapemirim e região sul

dOmingO, 17/02/2013 CaChOeirO de itapemirim e regiãO sul 05

Há oito anos na região, a empreendedora e produ-tora rural Cecília Nakao, que também é presidente do Circuito do Caparaó Capixaba, montou a Villa Januária Pousada e Cafe-teria, além de ser sócia da Agência de Viagens Serra do Caparaó Turismo. Segundo a empresária, os empreendi-mentos estão devidamente regularizados e organizados, em Pedra Menina, municí-pio de Dores do Rio Preto. Sempre destacando o apoio do Sebra-ES, Cecília aponta, como uma das mais urgen-tes necessidades da região, as comunicações e a vinda de maior quantidade de capacitações profissionais.

Segundo ela, o futuro do circuito é a formação de uma cooperativa, para buscar ações que tragam maior geração de renda. “O objetivo é nos transfor-

empreendedores acreditam na potencial da região e querem ampliar negócios

curem meios para nos ajudar a resolver esse problema”, afirma Cecília.

IntegraçãoMas a união de forças, se-

gundo a presidente do Cir-cuito, é o melhor caminho para a solução dos problemas. E uma novidade, destacada por ela, é o trabalho que está sendo feito de forma integra-da com o Estado de Minas Gerais, dentro do programa Sudeste Integra, composto por roteiros turísticos, entre eles um que envolve os muni-cípios do entorno da Serra do Caparaó, tanto do lado capi-xaba quanto do lado minei-ro. Cecília conta que, recen-temente, o Circuito recebeu a visita de uma comitiva de Minas Gerais, visando a or-ganização do roteiro compar-tilhado, que será lançado em todo o território nacional, pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abavi), lembrando que o Parque Na-cional do Caparaó foi defini-do como um dos “Parques da Copa do Mundo de 2014 – que serão divulgados entre os turistas que vão visitar o Bra-sil daqui a dois anos, durante

a competição de futebol.E existe um ponto que

torna mais urgente a inten-sificação das capacitações de profissionais e empreen-dedores, da região do lado capixaba, além da melhoria da infraestrutura das locali-dades, como o tratamento de água e esgoto, assim como a solução dos problemas com

a finalização da estrada Parque trouxe benefícios para as pousadas da região

comunicações: a finalização do asfalto da Estrada Parque do Caparaó. A rodovia – que já recebeu asfalto e está em fase de conclusão – liga o dis-trito de Santa Marta, em Ibi-tirama, a Mundo Novo, em Dores do Rio Preto, passan-do por Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço. Com certeza, a conclusão

da estrada vai aumentar o fluxo de turistas – o que já está acontecendo – e a região precisa estar preparada para receber os visitantes. “O tu-rista sempre olha a qualidade de serviço e a infraestrutura, mas também a qualidade de vida da população que vive na região”, destaca Cecília Nakao.

marmos numa rede, que siga para outras áreas e resulte na ampliação dos próprios em-preendimentos”, afirma. Desta forma, Cecília destaca que o Circuito do Caparaó deve mudar de nome, já que está sendo feita uma formalização jurídica e será preciso dar uma ideia maior de que o grupo está trabalhando em rede.

Míriam Ayres é sócia de Cecília Nakao na agência de viagens e proprietária da Camiseta Simples Camiseteria, em Pedra Menina, junto com seu marido Frederico Ayres – Fred. Ela explica que a agência trabalha com roteiros na região do Caparaó, dentro do progra-ma Aventura Segura, em parce-ria com a Secretaria do Estado de Turismo (Setur) e a Associa-ção Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), estando em fase de certificação para conseguir o selo do Inme-tro. “E estamos trabalhando

um projeto com a Setur, para a qualificação de conduto-res de turismo”, explica.

Em Guaçuí, também existe um empreendimento que faz parte do Circuito Caparaó Capixaba há dois anos. A Pousada Vovô Zinho está no mercado há 12 anos e seu proprietário, Luiz Antônio de Paula, conta que fez questão de entrar na rede, porque passou a ganhar mais conhecimen-to, convivendo com outros empreendedores, que vencem dificuldades maiores que as dele, já que tem a vantagem, entre outras, de não sofrer com problemas de comunicação, por estar localizado na sede do município de Guaçuí. “Isso au-mentou minha motivação para novos investimentos, tanto que estou ampliando a pousada, sem que ela perca sua carac-terística bucólica, que tanto agrada aos clientes”, enfatiza. Luiz Antônio. Ele explica que

atende o turismo de negócios e chegou a ser desestimulado, quando pensou em montar a pousada. “Me disseram para montar em Guarapari, mas só saberia fazer isso em Gua-çuí, e deu certo, a pousada é uma realidade”, destaca.

InteraçãoOutro empreendimento

existente na região do Capa-raó é a Pousada Beija Flor, da família Rodrigues, localizada em Patrimônio da Penha, Di-vino de São Lourenço. A pou-sada é administrada por sua proprietária Valéria Rodrigues e por sua filha Relva Rodri-gues de Carvalho. O negócio funciona há mais de 10 anos e Valéria afirma que entrar para o Circuito tem sido muito importante, inclusive, pela oportunidade de participar de muitos cursos e capacitações, que tem ajudado no melhor atendimento aos turistas.

“E estamos utilizando um questionário, para sabermos o grau de satisfação de nossos clientes”, conta Valéria que ressalta o aumento do fluxo de turistas, com a maior divul-gação da região e a chegada do asfalto da Estrada Parque.

Já Relva Rodrigues desta-ca outro empreendimento, existente também em Patri-mônio da Penha, o Espaço de Vivência Jardim do Beija Flor, na comunidade Portal do Céu, que funciona há três anos. No local, o visitante encontra um espaço para eventos holísticos, ioga, dan-ças circulares, alimentação vegetariana e sauna na beira da cachoeira. “Entrar na rede nos deu a chance de interagir com outros empreendedores, na busca de capacitações e profissionalização, além de ter aumentado o fluxo de turistas em 20%”, destaca.

Outra empreendedora que

faz parte do Circuito do Caparaó Capixaba é a dire-tora executiva do Consórcio Caparaó Capixaba – que reúne 11 municípios da região, Dalva Ringuier. Ela é proprietária da Pousada Águas do Caparaó, há três anos, em Mundo Novo, Dores do Rio Preto, e destaca que o desenvolvi-mento do turismo na região vai chegar junto com mais infraestrutura, o que já tem melhorado muito – como a conclusão do asfalto, mas é preciso mais investimentos, segundo ela. “A união dos empreendedores é funda-mental para a chegada de benefícios”, afirma. E Dalva destaca que o aumento do fluxo de turistas vem aumentando. “Quando as pessoas começaram saber que não tem mais barro, passei a ter hóspedes o ano inteiro”, conta.

Page 6: Edição 549

DOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL06 www.aquies.com.br

Dá para começar um empreendimento com menos de R$ 20,00 no bolso? As ami-gas e sócias Valquíria Lemos da Silva, Silvia Aparecida de Souza Vieira e Nilma Rodri-gues dos Santos provam que é possível. Foi desta maneira, como elas mesmas contam – com cada uma delas tendo menos de R$ 20,00 no bolso, que surgiu o Restaurante Sabor e Prosa, em Patrimônio da Penha, Divino de São Lourenço, que hoje faz parte do Circuito Turístico Caparaó Capixaba.

O empreendimento existe há três anos e há dois meses passou por uma reforma que lhe proporcionou as instalações existentes hoje em dia, com varanda coberta com telhas coloniais, porta de vidro e instalações novas na parte interna, assim como na cozinha. E elas con-tam que a reforma já vinha sendo planejada, mesmo antes da chegada do asfalto da Estrada Parque do Caparaó, porque o movimento vinha aumentando e vai aumentar ainda mais com a pavimentação da estrada. “Na média da semana, servimos cerca de 20 refeições por dia, mas o pico acontece nos finais de semana e nos feriados, quando o movimento aumenta muito mais do que isso”, afirma Valquíria.

As empreendedoras contam que, hoje, atendem viajantes que passam pela localidade, mochileiros que estão visitando a Serra do Ca-paraó e hóspedes das pousadas. Mas as coisas nem sempre foram como atualmente. Quando resolveram começar o restaurante, contam que realmente não tinham nem R$ 20,00 cada uma, dentro do bolso. “Na primeira semana, trouxemos o que tínhamos em casa, desde ali-mentos até panelas, pratos, talheres, o que era necessário”, conta Valquíria. “E já no primeiro dia, recebemos um grupo de estudantes de uma escola de Divino, ficamos quase loucas, mas foi a partir daí que o negócio nunca mais parou e só vem aumentando”, coloca.

Valquíria também conta que, nos primeiros

A Camiseta Simples Camiseteria está localizada em Pedra Menina, Dores do Rio Preto, tendo como proprietários Míriam e Frederico Ayres – Fred. A empresa trabalha na confecção de camisetas que abordam temas ecológicos e está recebendo uma consulto-ria do Sebrae, para criar a econografia da região (figuras que se tornem símbolos). As camisetas são vendidas por meio da internet, pelo site www.camisetasimples.com.br.

Fred conta que o casal morava em Ca-rangola (MG), onde tiveram a ideia de fazer camisetas para eles mesmos usarem e ven-derem pelas redes sociais, além de darem de presentes para amigos. Com o decorrer do projeto, surgiu a ideia de produzir as camisetas por intermédio de uma empresa terceirizada, com Fred produzindo apenas as estampas e os dois decidindo quais as cores das malhas.

Um ano depois, Míriam e Fred resolve-ram voltar para Pedra Menina, onde mora

dias, não tinham crédito nem para uma com-pra simples de R$ 50,00 e, agora, a despesa só com o mercado fica em torno de R$ 3 mil por mês. “No primeiro ano, trabalhamos só para manter o negócio, depois começamos a investir e, agora, é que estamos mais equilibra-das e tendo algum retorno”, afirma Valquíria.

Elas contam que fazem parte do Circuito desde que começaram e o saldo tem sido positivo, porque têm participado de várias capacitações e cursos. “Aliás, a gente vinha participando de cursos antes mesmo de montar o restaurante, por meio do Sebrae, Senar, Senai e outros”, enfatizam as empreen-dedoras. E quando falam do futuro, afirmam: “Temos muitos projetos e só pensamos em crescer e receber cada vez mais clientes”.

a família dela. Como Fred é farmacêutico, o casal resolveu montar uma farmácia na localidade e construir uma casa, na proprie-dade dos pais de Míriam. Ela é turismóloga e percebeu que não havia produtos com temas ecológicos sendo comercializados na região, o que os levou a produzir camisetas para pro-pagar a sustentabilidade. “Lançamos, então, a Simples Plantar, uma marca capixaba que produz camisetas que trazem temas ecológicos e chegam ao cliente com etiqueta de papel recriado – produzido na região, saquinho com sementes, botons e adesivos”, explica Fred.

Dos temas ecológicos, os empreendedores perceberam a necessidade em produzir cami-setas com temas da região, principalmente da Serra do Caparaó, o que rendeu, inclusive, com a criação da ecobag. “Em consequ-ência, surgiu a consultoria do Sebrae, para criarmos a econografia da região, no que estamos trabalhando agora”, contra Fred.

Três empreendedoras, menos de R$ 20,00 no bolso e um restaurante

Camisetas do Caparaó para o mundo

Capacitações têm chegado com a consultoria do Sebrae

FOTOS: MARCOS FREIRE

A Pousada Vovô Zinho e o interior bucólico e agradável da cafeteria da Pousada Villa Januária

A presidente do Circuito Turístico Caparaó Capixaba, Cecília Nakao, destaca que o sucesso dos empreendimentos da região e a transformação da associação em uma rede de negócios tem muita a ver com as capacitações realizadas pelo Sebrae-ES. Segundo ela, a consultora da instituição, Kelly Machado Premoli Bre-zinski, tem conseguido captar as demandas e vontades do grupo, transformando tudo em ações.

Cecília explica que os com-ponentes da rede de empreen-dedores não são administrado-res profissionais e têm carên-cias. Diante disso, a consultora do Sebrae tem identificado as prioridades, junto com o gru-

po, trazendo diversas capaci-tações, além de trabalhar na organização e divulgação dos empreendimentos e da região, com a criação de folders e sua distribuição para o público alvo, com a parceria da Secre-taria do Estado de Turismo (Setur).

A presidente do Circuito conta que, no ano passado, o grupo participou de um curso sobre cooperação que buscou criar uma cumplicidade entre os empreendedores, voltando o trabalho para o associativis-mo. “Desta forma, foi criada uma nova demanda, onde pas-samos a pensar num novo pro-duto, que é a rede de negócios, para empreendimentos em tu-rismo”, explica. Segundo ela, a ideia é fazer vendas e compras em conjunto, além de montar uma central de atendimento

aos clientes.Os planos do grupo tam-

bém passam por um levan-tamento entre os clientes dos empreendimentos, por meio de um questionário, consul-

torias individuais, para am-pliação, adequação e ambien-tação dos negócios, e viagens técnicas. “Inclusive, vamos participar do Abeta Summeti, em Socorro (SP), que é um

grande encontro internacio-nal, onde pretendemos buscar ideias sobre o setor do turismo de aventura”, conta Cecilia. O grupo, inclusive, faz parte do projeto Aventura Segura, com

apoio da Setur e da Associação Brasileira do Turismo de Aven-tura (Abeta). Cecília Nakao é coordenadora Comercial e de Promoção da Comissão Re-gional da Abeta.

Nilma, Valquíria e Silvia em frente do Restaurante Sabor e Prosa, em Patrimônio da Penha.

Fred ao lado das camisetas e da ecobag da Serra do Caparaó

MARCOS [email protected]

Page 7: Edição 549

DOMINGO, 17/02/2013CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 07www.aquies.com.br

Áries

Libra Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

Touro Gêmeos Câncer Leão Virgem20/0320/04

23/0922/10

23/1021/11

22/1121/12

22/1221/01

21/0118/02

19/0219/03

21/0420/05

21/0520/06

21/0621/07

22/0722/08

23/0822/09

A Lua em Touro faz um ten-so aspecto com Saturno e mo-vimenta suas finanças. Procure ver e rever seus ganhos e gastos e faça um novo planejamento financeiros. Não se envolva em investimentos de risco.

A Lua em Touro faz um ten-so aspecto com Saturno e mexe com suas emoções mais profun-das, pedindo algumas mudanças no setor. Um relacionamento mais sério pode apresentar pro-blemas. Seja paciente.

A Lua em Touro faz um tenso as-pecto com Saturno em seu signo e pode mexer com um relacionamen-to mais sério, seja ele pessoal ou que envolva uma parceria ou sociedade. Procure não levar a coisa tão a serio, pois a energia é passageira.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e pode trazer à tona uma dificuldade em seu trabalho. Um excesso de ativida-des pode levar você à exaustão e ao estresse. Procure ficar atento a problemas de saúde.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e pode trazer alguma dificuldade ao seu roman-ce. Procure não levar tudo a ferro e fogo, como você costuma, pois o problema não é assim tão sério. Deixe a energia passar.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e promete mexer com sua vida doméstica ou com um relacionamento em família. Um de seus pais pode ficar adoentado e precisar de seus cuidados.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e vai mexer com seus processos mentais. Pro-cure deixar claro qualquer mal entendido e não se deixe levar por pensamentos destrutivos. Blo-queie o pessimismo.

A Lua em seu signo faz um tenso aspecto com Saturno e mexe com seus relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais. O mo-mento é de rever e criar novas estru-turas no setor. Você pode sentir-se mais oprimido no dia de hoje.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e movimenta suas emoções mais profundas, espe-cialmente as que envolvem o passa-do. O momento pede discernimen-to e adiamento de decisões definiti-vas. Dia confuso e de opressão.

A Lua em Touro vai mexer com algumas amizades. Um amigo mais próximo pode estar precisan-do de ajuda e vai recorrer a você. Um contrato de trabalho que envolve um trabalho em equipe pode trazer alguns problemas.

A Lua em Touro faz um tenso aspecto com Saturno e pode tra-zer um problema que envolva sua carreira e vida profissional. Procure não se estressar, pois essa energia mais pesada é passageira, assim como o problema em questão.

A Lua no signo de Touro faz um tenso aspecto com Saturno e movimenta de maneira bastante séria e um pouco problemática um projeto que envolve seus pla-nos futuros. Uma viagem pode ser adiada, mas não cancelada.

Madureira parou para ver Quitéria Chagas posar para o Paparazzo. Rainha de bateria do Império Serrano, tradicional escola de samba do bairro, ela posou em pontos típicos da região da Zona Norte do Rio.

Scheila Carvalho acordou sendo paparicada pela filha, Giulia, neste sábado, 16. A morena mostrou o café da manhã das duas no Instagram, desejando bom dia aos fãs: “Um bom dia para você cheio de amor”. A menina é fruto do relacionamento de Scheila com o músico Tony Salles. Recentemen-te, a ex-dançarina revelou ao EGO que pretende aumentar a família: “A Giulia pede um irmão. Eu quero mais filhos, mas o foco do meu marido é a carreira agora, ele pediu para esperar”.

Gabriela Markus fala devagar e baixinho, mas nem por isso deixa de chamar a atenção. Com 1,80m de al-tura e 57 quilos, é difícil a Miss Brasil passar desperce-bida. Apesar disso, só foi reconhecida na rua uma vez. “Estava no shopping e a pessoa nem perguntou se eu era a Gabriela, chegou dizendo que tinha torcido muito por mim. Fiquei muito feliz. Fico diferente toda montada, em um desfile, né? Então é difícil as pessoas me reconhe-cerem”, conta ela, que posou para o EGO com três looks de seu guarda-roupa, com sugestões de roupas para o verão, para o trabalho e para uma balada à noite.

QuiTériA ChAGAS A boA do CArnAVAL

Scheila carvalho moStra café da manhã com a filha

miSS BraSil aBre o guarda-roupa e moStra lookS para o dia a dia e Balada

horÓScopo

Page 8: Edição 549

www.AQUIES.com.brDOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL08

Ramon BaRRos @ramonbarros

www.facebook.com/ramonbarros.tv

[email protected](28) 9882 8981

COOPERATIVADE Laticínios Selita deve mudar seu presidente ou

eleger o indicado pela atual diretoria. É dia 23, em con-corrida assembleia no Perim Center, que Henrique Passini e José Vial irão disputar a cadeira mais cobiçada do coo-perativismo sul capixaba.

Registramos com muita satisfação a nova fase

profissional de Letícia Gava, que é a nova Secretária de Comunicação

de Castelo. Sucesso!

As grandes profissionais e respeitadas mulheres de nossa sociedade: Cristiane Paris, Glória Nemer e Auxiliadora

Casteglione, recebem o bom dia especial da Coluna.

Parabéns pela conquista profissional, para Franciele Marin Lopes, acompanhada da Amiga Nathalia Marin de Freitas.

JOSÉ VIAL »Tem experiência, é cooperado e vice-

presidente. Ele tem o objetivo de apoiar o núcleo de Mulheres Cooperadas.

HENRIQUE PASSINI »Tem visão empreendedora e quer pro-

fissionalizar a Selita. Até porque exis-tem muitas decisões tomadas de forma amadora.

ABSURDO »O baixo movimento de turistas em Ma-

rataízes. A maioria migrou para outros bal-neários, que ofereceu maior infraestrutura durante o verão.

ARNOLDO SILVA »Foi o grande vencedor do Concurso de

Marchinhas de Cachoeiro de Itapemirim. Parabéns ao grande cantor e compositor.

Page 9: Edição 549

DOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 09SEGURANçAwww.AQUIES.com.br

Dados comparativos de 2011 e 2012

ALISSANDRA [email protected]

divulgação

retire a queixa, o Estado deve atuar, no que se chama de ação pública incondicionada. Essa possibilidade era defendida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4424, apresentado pela Procuradoria Geral da República, que questionava previsão contrária da lei que pune a violência doméstica contra a mulher.

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 09 de fevereiro de 2012, que as ações penais fundamentadas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340 de 07/08/2006) podem ser processadas mesmo sem a representação da vítima. Ou seja, ainda que a mulher não denuncie seu agressor formalmente ou que

STF DECIDE QUE AGRESSOR PODE SER PROCESSADO MESMO SE víTIMA RETIRAR QUEIxA

O Centro de Defesa da Mulher Anna Carolina di-vulgou, com exclusividade, os dados referentes a 2012 em comparativo com 2011, dos atendimentos realizados pela Delegacia da Defesa da Mulher de Cachoeiro de Itapemirim, acompanha-dos da estatística de mor-tes violentas de mulheres, fornecido pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) e dos atendimen-tos realizados pela Gerência de Mulheres da Secretaria Municipal de Desenvolvi-mento Social (Semdes).

A estabilidade dos dados, segundo o gerente executi-vo da ONG, Elias Medei-ros, não é tranquilizador, pois seria agradável que os dados diminuíssem. “Além do mais, a permanência dos números iguais dos dois anos pode indicar que as mulheres estão se calando ante a violência, por cau-sa da decisão do STF, que decidiu que a ação penal contra homens agressores passa a ser incondicionada; ou seja, antes a mulher se queixava da violência, mas representava contra o agres-sor se quisesse”, disse.

Agora, se o Estado tomar ciência, mesmo com a desis-

tência da mulher o homem pode ser processado e preso. Outros dados relevados pela ONG foram sobre o traba-lho realizado desde o início dos trabalhos, em outubro de 2012, e também o anún-cio que a partir de março um trabalho especifico e único no estado começará com homens envolvidos em violência doméstica e de gênero.

Na tarde de sexta-feira, o Centro de Defesa da Mu-lher Anna Carolina recebeu o título de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que foi publicado no Diário Oficial da União. “Isso representa

ONG divulga estatística da violência contra a mulher

A INSTITUIçÃO RECEbEU O TíTULO DE ORGANIzAçÃO DE SOCIEDADE CIvIL DE »INTERESSE PúbLICO (OSCIP) NA SExTA-FEIRA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

para nós uma identidade, concedida pelo Ministério da Justiça”, comemorou Elias Medeiros.

Fundada em maio de 2012 por um grupo de 27 pessoas, a ONG Defesa da Mulher ‘Anna Carolina’ nasceu da revolta do assas-

sinato da arquivista Anna Carolina Ribeiro Taliuli, morta pelo ex-namorado, o agente sócio educativo, Leonardo Santos de Jesus, na varanda de sua casa, no bairro Santo Antônio, em setembro de 2011.

A ONG é composta por

27 sócios fundadores, sendo cinco pessoas na diretoria, Conselho Fiscal, três coor-denadores: comunicação, captação de recursos e jurídi-co, e um gerente executivo. Além disso, sobrevive de do-ações dos próprios sócios e empresários do município.

Anna Carolina dá nome à ONGA arquivista Anna Caroli-

na Ribeiro Taliuli, 23 anos, foi assassinada na varanda de sua residência pelo ex-namorado, o agente sócio educativo, Leonardo Santos de Jesus, 30 anos. O crime aconteceu no dia 07 de se-tembro de 2011. Leonardo e Ana Carolina, que tra-balhavam no Instituto de Atendimento Sócio Educa-tivo do Espírito Santo (IA-SES), haviam terminado o relacionamento e o agente estava inconformado.

Naquela noite, Leonardo foi até a residência da vítima e a chamou para conversar. Instantes depois, parentes de Anna Carolina que esta-va no interior da casa, o vi-ram segurando a arquivista

pelo braço e, logo em segui-da ouviram os disparos.

Testemunhas contaram à polícia que Leonardo pediu para reatar o namoro, mas a vítima não quis. Nesse mo-mento ele a segurou pela blusa e ela caiu da escada. O agente sacou uma pistola calibre 380 e efetuou seis disparos, cinco acertaram a vítima.

Em seguida Leonardo fugiu. Anna Carolina che-gou a ser socorrida e enca-minhada à Santa Casa de Cachoeiro, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Pessoas próximas ao casal contaram que as brigas en-tre os dois eram constantes. Em certa ocasião, Anna Ca-rolina chegou a ser agredida

Anna Carolina foi assassinada no dia 07 de setembro, na varanda de sua residência, pelo ex-namorado Leonardo Santos de Jesus

fisicamente por Leonardo no interior do IASES.

No dia 11 de setembro, quatro dias após o crime, ele foi por policiais ambientais,

que realizavam policiamen-to preventivo na rodovia que liga Guaçuí a São José do Calçado, na altura da Fa-zenda do Castelo. Ele estava em um veículo Fox, de cor preta, placa OCV 3882 e no interior do veículo, os poli-ciais encontraram a arma usada no crime, uma pisto-la Taurus calibre 380, com três munições intactas.

Ele está preso no Cen-tro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Ita-pemirim, e no dia 19 de fe-vereiro, quarta-feira, acon-tece a primeira audiência no Fórum Desembargador Horta de Araújo.

Page 10: Edição 549

ALISSANDRA [email protected]

fotos divulgação

A história da Torcida Jovem do Estrela (TJE), que completou 16 anos na sexta-feira, teve início em 1996, um ano depois da disputa histórica da Série B do Campeonato Capixaba, que se tornou o menor campeonato do mundo, quando somente duas equipes participa-ram da competição: Es-trela do Norte e Capixaba de Guaçuí. O alvinegro venceu as duas partidas e sagrou-se campeão.

O atual vice-presidente do Conselho Deliberati-vo, Danielo com Alexan-dre e Rodrigo, decidiram fundar uma torcida or-ganizada para o Estrela. Eles produziram algumas faixas e camisas e o pri-

meiro símbolo da organi-zada era uma estrela com uma caveira dentro.

O gruo foi fundado como Torcida Jovem do Estrela, mas não exis-tia aquela empolgação e uma força que conven-cesse outros torcedores a se filiarem e não tinham bateria.

Em 1997, o Estrela do Norte estava de volta à primeira divisão e um mês antes da estreia, no dia 15 de fevereiro da-quele ano, um grupo de amigos, que moravam no bairro Sumaré procura-ram Danielo e Alexandre com a proposta de revi-gorar a TJE. Com ajuda de políticos, eles conse-guiram fazer faixas, um bandeirão e mais de 200 camisas da torcida orga-nizada.

Já no primeiro jogo do Estrela do Norte pela Sé-rie A, a TJE mostrou a to-dos os torcedores do time alvinegro que chegou para ficar, depois de várias ou-tras tentativas de se criar uma torcida organizada para o clube, como: Fal-cão Negro, Novenstrela e Torcida Vela Acesa.

Com menos de dois meses de fundação, a TJE já tinha se tornado a maior torcida organizada do Espírito Santo, des-bancando a Torcida Bola Branca (Rio Branco) e a Grenamor (Desportiva).

Para a infelicidade dos torcedores, naquele ano o Estrela do Norte caiu

Torcida Jovem do Estrela completa 16 anosAlém de torcer pelo time do corAção, os »

membros dA tJe tAmbém estão Atentos às questões sociAis do município

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

- A TJE é a única torcida do Espírito Santo a ser registrada em cartório como Pessoa Jurídica e ter um CNPJ;

- A TJE criou o maior bandeirão feito até hoje no Espírito Santo, medindo: 20 metros de altura e 40 metros de comprimento;

-A TJE tem um patrimônio considerável: 25 bandeiras de 4x4, bateria com 35 peças, 3 faixas, 1 bonecão do Popeye e um total de aproximadamente 768 integrantes;

- A TJE é a maior torcida organizada do Espírito Santo, e desde que foi fundada esteve presente em todos os jogos do Estrela do Norte

curiosidAdes

O símbolo da TJE é o Popeye, personagem de desenho animadoA Torcida Jovem do Estrela é a maior organizada do Espírito Santo

para a Segunda Divisão. Mesmo assim, em 1998, a TJE acompanhou o time em todos os jogos da Segundinha, ajudando o time de Cachoeiro se sa-grar novamente campeão da Segunda Divisão do Campeonato Capixaba em 1999.

No ano de 2000 foi história para a torcida organizada. Com mais de 300 sócios e mais de 500 camisas vendidas, os tor-cedores lotaram o estádio Mário Monteiro, o Su-maré. A TJE fez o maior bandeirão do Estado de todos os tempos, medin-do 20 metros de altura e 40 metros de compri-

mento. Neste mesmo ano o Estrela do Norte ficou em 3° lugar no Campeo-nato Capixaba.

AléM DO fuTEbOlA Torcida Jovem do

Estrela vai além da pai-xão pelo time de futebol. Entre os trabalhos alguns merecem destaque como o Grêmio Recreativo Torci-da Jovem Estrela Futebol e Samba (G.R.T.J.E.F.S), que foi fundado em 2002 e idealizado por Celso Calixto. O objetivo era participar do Carnaval de Cachoeiro e até 2006, marcou presença nos des-files das escolas de samba. Em 2002 ficou com o 3°

lugar; em 2003 com o 3° lugar; em 2004 com o 3° lugar; em 2005 com o 2° lugar e em 2006 com o 3° lugar.

E não pára por aí. A TJE também organizou a campanha ‘Natal Feliz, Brinquedo Sim’, idealiza-do em 2002 por Sandro Dellabela, com a ajuda do atual presidente, Bre-no Moreira, de Fabrício Depollo, Celso Calixto e Alexandre Calixto. O projeto tem como obje-tivo arrecadar todo ano brinquedos a serem dis-tribuídos para as crianças carentes de vários bair-ros de Cachoeiro, como: Village da Luz, Boa Vis-ta, Bela Vista, Nossa Se-nhora Aparecida e Bom Pastor.

Em 2002 foram distri-buídos 380 presentes; em 2003 foram 500 presen-tes; em 2004 foram 730 presentes; em 2005 fo-ram 1.000 presentes; em 2006 foram 1.100 pre-sentes e em 2007 foram 1.250 presentes.

A TJE completou 16 anos de existência na sexta-feira e conta com mais de 750 membros

AbANDONO DE EMPREGOA empresa Centro de Radiologia Odontológica Vale do Itapemi-

rim LTDA - CNPJ 04.832.554/0001-06, vem comunicar o abandono de emprego da funcionária Tânia Regina Checon da Silva - Carteira de Trabalho 42844004/ES desde o dia 01/11/12. Solicitamos que a mesma se apresente sob pena prevista na CLT.

dominGo, 17/02/2013 cAcHoeiro de itApemirim e reGião sul

www.Aquies.com.br10 esportes

Page 11: Edição 549

ALISSANDRA [email protected]

divulgação

Aqui Notícias - Em 97 anos, o Estrela nunca con-quistou o título capixaba e nem assim vocês deixaram de torcer e vibrar com a equipe. Esse é o papel fun-damental da torcida orga-nizada?

Breno Moreira - Com cer-teza nosso papel é esse. Não vivemos só de vitória, temos um amor incondicional pelo nosso Estrela, esteja onde es-tiver. Já fomos a viagens com mais de 10 horas de estrada pelo nosso clube. Tenho cer-teza que este ano vai ser dife-rente, apesar das dificuldades temos um ótimo elenco e va-mos todos sorrir ao final deste campeonato.

AN - O clube passa por

dificuldades financeiras é papel também da torcida ajudar?

BM - Estive presente em

uma reunião na quinta-feira à noite, convocada pelo presidente e amigo Adilson Conti, que um dos assuntos era o que a torcida organiza-da poderia fazer para ajudar o clube, que passa por um momento tão delicado. Não é fácil, pois todos os jogos temos gastos também com a TJE, e infelizmente hoje, ainda não temos a ajuda de todos os integrantes, muitos por não terem condições fi-nanceiras e outros por falta de interesse. Resumindo, todos os jogos essa festa que a Jovem faz sai sempre do meu bolso e de mais uns 4 ou 5, sempre os mesmos que arcam com as despesas. Não é fácil conseguir re-cursos para o clube, porém como o presidente mesmo disse, não precisamos aju-dar com dinheiro e sim com qualquer forma que ajude o clube. Isso é um assunto para nossa próxima reunião da TJE. Vou levar isso para

meus companheiros e ver o que podemos ajudar e como podemos.

AN - Qual a relação com

a outra torcida organizada, a Máfia Estrelense?

BM - A mínima, pois já tivemos muitas indiferenças. A Torcida Jovem só veio pra somar em prol do Estrela e nunca para diminuir. Tenho vários amigos na máfia, po-rém, trato todos com respei-to e gosto de ser respeitado. Não podemos deixar acabar o respeito entre as organiza-das para que não aconteçam atrito igual ao último ocorri-do em Vitória. Mas, a rela-ção entre a Jovem e a Máfia é mínima e dentro de campo só, fora do Sumaré somos to-dos iguais.

AN- Hoje quantos mem-bros têm a TJE?

BM - Difícil falar em números, pois cada dia que passa a torcida cresce mais.

“Temos um amor incondicional pelo Estrela”

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

O presidente Breno Moreira Oliveira disse que o amor da torcida pelo Estrela é incondicional

O atual presidente da Torcida Jovem do Estrela, Breno Moreira de Oliveira falou sobre o amor incondicional dos torcedores com o alvinegro cachoeirense. Segundo ele, a torcida tem conhecimento do que acontece com o clube e ajudam como pode. Em entrevista, Breno ressaltou que os preparativos para o jogo de amanhã á noite, quando o Estrela enfrente o São Mateus, no Sumaré, já estão finalizados.

“Nesta segunda-feira iremos estrear a nossa nova faixa de 60 metros, algo nunca visto no futebol capixaba. Sem contar com as mais novas bandeiras, que já mostramos algumas no último jogo. Só de bandeiras novas são 18, com mais as outras 16 que temos. Temos um patrimônio que nenhuma torcida capixaba tem igual. Isso é fruto de muita competência e respon-sabilidades da nossa atual diretoria. Tenho orgulho de ser presidente dessa torcida maravilhosa e desse bando de loucos que agitam o Sumaré, sem deixar ninguém parado! HU A JOVEM AEW”, empolgou-se Breno.

É gratificante ver o pai comprando uma camisa da Jovem para o seu filho e sa-bendo que ali ele vai pular, gritar, torcer, curtir e zuar com tranquilidade e segu-rança. Temos cadastrados mais de 768 torcedores, mas temos que atualizar nossos dados. É só em dia de jogos dar uma olhadinha na parte de cima da arquibancada, dá para se ter uma noção de quem somos e como somos. Por isso somos a maior e mais fanática do estado!

AN - O que é preciso

para fazer parte da TJE?BM - Primeiramente

comparecer às nossas reuni-ões e adquirir nosso material (camisa, short,etc.), pois na reunião, temos contato com o torcedor. Não queremos nenhum vândalo, pessoas sem disciplina e que prejudi-que nossa torcida. Já excluí-mos várias pessoas por atos ilegais. Não vamos estragar

um nome e uma marca forte por causa de 1 ou 2.

AN - Qual o recado aos

jogadores para o Capixa-bão 2013?

BM - Que acima de tudo respeitem a camisa do Estre-la. No ano passado muitos brincaram e não honraram a farda que vestem. O Estrela é a paixão de Cachoeiro e isso se resume ao jogo de estreia, que mesmo com chuva ti-vemos um público de 3 mil torcedores. Então sei que esse grupo está determinado e com força de vontade. E se depender da Torcida Jovem,

eles vãos para cima de todos os adversários com sangue nos olhos e vamos tirar esse grito de é campeão que está preso em nossas gargantas.

AN - E qual o recado

para os torcedores que ain-da não estão na TJE?

BM - Venham fazer parte dessa família que é a Torci-da Jovem do Estrela. com muita humildade, disciplina e amor pelo esporte e pelo nosso Estrela do Norte. Es-tamos sempre fazendo a fes-ta da melhor maneira que for para ajudar nosso clube. Sempre Jovem!

DOMINGO, 17/02/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 11ESPECIALwww.AQUIES.com.br

Page 12: Edição 549

cultura DOMINGO, 17/02/2013 cacHOEIrO DE ItaPEMIrIM E rEGIÃO Sul

www.aQuIES.com.br12

LARA [email protected]

divulgação

“Apaixonada, nervosa e muito feliz”. É assim que artista Rosana Goulart des-creve a sensação na véspera da estréia de sua primeira exposição em Cachoeiro de Itapemirim, que acon-tecerá no próximo dia 22, a partir das 20 horas, no Bar Psicólogo.

AGoulart faz um trabalho diferenciado com nanquim. Ela não traz obras em telas, como comumente vemos nas exposições, mas sim, trabalha com arte em forma de postais. Eles são feitos no formato A4, como cartões postais mesmo.

E o diferenciado da ar-tista não para por aí. Ela

Exposição de “Poemas Postais” será realizada em Cachoeiro

artISta carIOca ExPõE Sua artE DE DESENHar POEMaS EM NOvO ESPaçO cultural altErNatIvO »

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

“desenha” poemas – Poe-mas Postais. Ela conta que começou a desenvolver essa arte há 18 anos, com um grupo de poetas de Vitó-ria. Desta vez, ela desenha Ariane Arrivabene, Carlos Magalhães, Miguel Mar-villa, Rita Cezar Pereira, Roberto Pimentel, Ewer-ton Manso, Etti Paganic-chi, Marcio Goulart, Janai-na Oliveira Pereira, Sandra Regina Balbino e Geraldo Magela.

A artista, carioca que adotou as terras capixabas como seu lar há bastante tempo, tem um currículo extenso de exposições, pas-sando por espaços culturais e escolas de arte de vários lugares do país.

Engajada e com o obje-

tivo de contribuir para o desenvolvimento da arte-educação, junto de outros capixabas amantes da cul-tura, ela fundou, em 2009, o Projeto Simbiose, que atua na região promovendo a junção de várias ativida-des artísticas como dança, teatro, música e pintura.

“Eu não vendo minhas obras”, ela afirma. Ângela é envolvida com arte por pai-xão desde os seus 24 anos. Hoje, ela é aposentada da Caixa Econômica Federal, onde também desenvolveu muitos trabalhos em espa-ços culturais da empresa. “No último ano, sofri um AVC, me aposentei por in-validez e estou parada desde então. Recomeço com essa exposição em Cachoeiro,

por isso, o frio na barriga é grande apesar do tempo em que estou envolvida nesse meio”, afirma ela.

A escolha pelo local da exposição – o bar do psi-cólogo, não é aleatória. O bar, que mudou de locali-zação (está funcionando no espaço do antigo Paiol) traz uma proposta inovado-ra, funcionando também como um espaço de cultura alternativo. A artista ainda revela que sempre preferiu os espaços alternativos às galerias. “Eu gosto é de coi-sa diferente”, destaca.

A abertura da exposição também conta a apresenta-ção do cantor e compositor Etti Paganucchi e apresen-tação de dança do bailarino Max Neto.

“Meu objetivo, assim como a proposta do espa-ço cultural, é incentivar o povo que está no armário, que esconde a sua poesia, sua música, sua crônica ou outra expressão artística. Mostra isso! Compartilha como eu estou fazendo!. O psicólogo será um bom espaço para isso. A preten-são é apresentar artistas de todas as vertentes” , convi-da ela.

Além do convite para sua exposição, ela aproveita para deixar o contato para os interessados em ocupar o Espaço Cultural. Os te-lefones são 8111.1962 / 95587524, para conversar com ela mesma, ou ainda pelo email [email protected]

Rosana Goulart adotou as terras capixabas como seu lar há bastante tempo