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VIRALAPA News 10 de dezembro de 2017 Pág 1VIRALAPA News 10 de dezembro de 2017 Pág AT
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Edição 71 Ano V l 10 de dezembro de 2017
Informativo de Dança exclusivo do IBT e Espaço VIRALAPAMe n s a g e M
d o e d i t o rLEIA NESTA EDIÇÃO
Este Informativo é distribuído gratuitamente por meio eletrônico. Para recebê-lo, atualize seu-email na secretaria do Espaço VIRALAPA. Esta e todas as edições passadas podem ser acessadas
no www.tangoporsisolo.com.br ou www.viralapa.com.br
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Caros AmigosTangueros
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PerCY rodrigUes
2SANDRA SANTOS
MMMESQUEU
BLAS RIVERA
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Comprovado: dançar pode deter o envelhecimento do cérebro e prevenir doenças como Parkinson e Alzheimer
Nossa intrépida repórter des-creve sua recente estada em Buenos Aires e, quase ao mes-mo tempo, na milonga nos De-mocráticos, com um único foco defendendo e sugerindo a pro-gramação de milongas à tarde
Lamentamos a ausência nesta edição do grande maestro, que promete estar de volta no pró-ximo número
De forma absolutamente lúdi-ca e metafórica, nosso filósofo descreve a sensação dos corpos ao bailar
A B R I M O S ESTE NÚME-RO com a edição de um importan-te artigo extraído do site mun-dointeressante.org, que aborda a eficácia da dança na prevenção de doenças neurodegenerativas.Sandra Santos, após doze dias na capital portenha, volta com a corda toda, descrevendo suas per-cepções das milongas argentinas, em especial aquelas realizadas nas tardes de Buenos Aires. Com sua habitual energia, comparece também à milonga realizada no Clube dos Democráticos, de forma inusitada, numa tarde de sábado, confirmando a percep-ção dela de que seria um boa idéia a programação de bailes de tango nas tardes cariocas.Nosso jornalista, Marcondes Mesqueu, com sua veia de fi-lósofo e dramaturgo, descreve sensações lúdicas do casal ao bailar o tango.Desejamos boa leitura. Co-mentários serão bem vindos para a satisfação dos nossos colaboradores.Boas Festas e abençoado Ano Novo para todos.
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Expediente
Instituto Brasileiro do Tango Presidente: Paulo Araujo
EspaçoVIRALAPA Diretor Geral: Paulo Araujo
Sede própria: Avenida Gomes Freire, 663, sobreloja, Lapa, Rio de
JaneiroCEP 20230-014 - Tel. 21-3970 2457
VIRALAPA News Conselho Editorial
Ana Maria de Sá Marcondes Mesqueu
Paulo Araujo Percy Rodrigues Sandra Santos
Editor Geral Percy Rodrigues
Tel. 21-99634 9736
Texto extraído do site mundointeressante.org
DANÇAR PODE PREVENIR
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS
A maravilhosa sen-sação da dança não é segredo para nenhu-ma cultura. Com ela, as pessoas podem se expressar, celebrar e adorar
Edição PERCY RODRIGUESQuem tem o costume de dançar sabe os beneficios que essa ativi-dade é capaz de causar ao nosso corpo: alivia o estresse, une as pessoas, melhora a condição fí-sica, aumenta a elasticidade do corpo. A novidade de dançar pode simplesmente ser o melhor remé-dio para fortalecer e proteger nos-so cérebro.
Como a quantidade de idosos está ficando maior que a de jovens, pesquisadores estão focados no processo de envelhecimento do cé-rebro humano. O objetivo é encon-trar meios para prevenir e tratar doenças causadas com a chegada da terceira idade, como demência, Alzheimer e Parkinson.
Embora seja do conhecimento da maioria que exercícios físicos
são bons para a nossa saúde em geral, os cientistas descobriram que a dança, com música, é in-comparável para a mente das pessoas. Entenda o porquê:
1. Aprendizagem constan-te: a doutora Kathrin Rehfeld, do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas, fez parte de um estudo onde um grupo
de voluntários idosos se subme-teu a vários exercícios durante 18 mesees. Enquanto alguns grupos receberam treinamento de resistência e flexibilidade, como caminhadas nórdicas ou ciclismo, outro grupo recebeu aulas de dança semanais. Todas as semanas, eles foram desa-fiados com algo novo, seja um novo gênero de dança, um novo passo ou uma nova rotina.
O resultado é impressionante:
todos experimentaram um aumento no centro do cérebro do hipocampo,
Fotos: arquivo do VIRALAPA News
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uma área particularmente vulnerá-vel ao declínio e às doenças rela-cionadas à idade, mas o grupo da dança experimentou uma diferen-ça muito mais notável.
2. Coordenação e equilíbrio: manter um bom equilíbrio depois de uma certa idade pode ser bem difícil, por isso tantos idosos aca-bam caindo e se machucando quan-
do realizam atividades simples.
Na dança, a pessoa realiza movi-mentos em várias intensidades, treinando áreas específicas do cé-rebro. É por isso que os idosos que dançam podem subir ou levantar-se de uma cadeira sem problemas.
Os músculos dos pés e das pernas são fortalecidos, assim como os quadris. O melhor de tudo é que podemos desenvolver a memória muscular. Ou seja, quando mais dançamos, mais desenvolvemos a conexão cerebral-muscular com os neurônios.
3. Melhora a memória: quase to-dos os idosos sofrem com falta de memória - e essa é uma tendência que promete aumentar depois da Era Tecnológica. A capacidade de memorizar nomes, datas, lugares e fatos vai sendo perdida com o passar do tempo. Com a dança, você estará conectando a mente e o corpo, que acaba estimulan-do bastante a memória.
4. A música estimula o cérebro:Há algum tempo, cientistas e pes-quisadores que estudam doenças neurodegenerativas têm consciên-cia do profundo impacto que a música tem no cérebro, especial-mente para aqueles que sofrem de declínio cognitivo. A doença de Parkison, por exemplo, pode ter seu impacto reduzido quando o paciente tem contato com a músi-ca e com a dança.
5. Faz você feliz: não importa onde tenha dança - clube, aula, casa-mento ou concerto - , dificilmente
todas as sextas-feiras
a Partir das 21 horas
façaM reservas Pelo
telefone 21-3970 2457
Tepha, 22 anos, formada em co-municação social, tem um avô com mais de 80 anos. Ao ler e en-caminhar a matéria ao lado, escreveu a seguinte m e n s a -gem para o seu avô: “Por isso que você está jovem
desse jeito”
Depoimento
AULAS DE TANGOTERÇAS 18h00/19h30QUINTAS 18h00/21h00SÁBADOS 18h00/21h00
PRÁTICASTODAS AS TERCEIRAS
TERÇAS A PARTIR DAS 19h30
encontraremos alguém num estado melancólico. Entenda o movimen-to espontâneo, independemente de gênero musical, libera toxina e hor-mônios do prazer. Assim, quem o pratica melhora a saúde do coração, dos pulmões, músculos e articula-ções, além de garantir o bem-estar.
Outra vantagem é que também aju-da a emagrecer de forma divertida. A dança, por fim, cria uma conexão física maravilhosa.
Muitos adultos têm dificuldade em se relacionar, mas acabam apren-dendo a lidar com isso quando se descobrem dançarinos.
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sandra [email protected]
Novembro Azul em Buenos Aires e
as milongas da tarde
ESTIVE NA TERRA do tango por 12 dias de novembro. Notei que al-gumas milongas cerraram as portas, mas como o tango é vivo, outras se abriram. Vale à pena ir à Marabú que, desde que reabriu, é um luxo. Para chamar o público, os organizadores dão espaço para as orquestras e can-tantes ao vivo. A milonga se forma com outra atmosfera, pode-se bailar ou simplesmente ouvir uma belíssi-ma interpretação de tangos.Nesta cidade deslumbrante, vale à pena ir às milongas, fazer classes e participar da rotina do lugar. Outro salão repleto de tangueiros é a milon-ga da tarde de Los Consagrados.Em Buenos Aires existem muitas milon-gas da tarde, fui a várias e desfrutei da experiência dos frequentadores mais velhos. Como bailam e abraçam gostoso. Não são muitas as coreogra-fias que eles fazem, mas as executam elementos da dança limpa, refinada e segura. Nas poucas palavras durante a cortina perguntava aos cavalheiros qual era o tempo que bailavam tan-go? Muitos responderam, com um jeito simpático: “você não tinha nas-cido ainda quando comecei bailar, ou mais de 30/40 anos.” Dá para sentir o quanto já praticaram e gostam de bailar. Penso que, o prazer de dançar prolonga e dá qualidade ao seu viver. Por isso destaco nesta edição a ideia de disseminar o tango em milon-gas à tarde.
Milonga nos Democráticos
AQUI NO RIO, fomos presen-teados com uma milonga da tarde. Antes, quero fazer uma menção e dizer que existem pes-soas que, com sua energia, mo-dificam o ambiente e tudo que os rodeiam. O professor Valde-ci de Souza é um deles. Com o seu entusiasmo e positivismo,
organizou a milonga da tarde de sábado (2/12/17) no Clube dos Democráticos. Fez uma tarde de homenagens às pessoas que traba-lham amorosamente com o tango e se destacaram em 2017. Foi emo-cionante ver Adriano Rios, André Carvalho, Cecilia Zalazar, Fernan-do Decampos, Jaime Apds, Selma
Sena, expressarem suas felicidades nas suas falas e nos seus bailados. Aparecida Beloti seria também ho-menageada, porém ela está se resta-belecendo da sua saúde e não com-pareceu à milonga – sentimos falta dessa diva do tango. Sabemos que o tango já está no mundo e, nessa-
tarde, ele aproximou professores e alunos de vários estúdios e acade-mias do Rio de Janeiro, Niterói e de outras localidades próximas. Todos para brindar com as grandes or-questras do tango que inspiravam os dançarinos que lotavam o salão com suas lindas danças. O repertó-rio foi desde AnibalTroilo, Carlos de Sali, Osvaldo Pugliese e outros maestros que abrilhantaram a mi-longa. Vamos pactuar com os or-ganizadores para que mantenham o entusiasmo e preparem mais e mais milongas da tarde.... Desejo sucesso a todos os homenageados e aos bailarinos que investem sua energia e fazem com que o tango continue vivo...
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BLAS RIVERA
Blas Rivera está viajando pela Europa apresentando seu traba-lho, mas promete, estará aqui na
próxima edição (O Editor)
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Marcondes Mesqueu
A FÁBULA DOS CORPOS DANÇANTES...
...diz que era uma vez uma Balança de dois pratos igual aquela dos feirantes e da justiça. Em um dos pratos se coloca aquilo que será pesado e no ou-tro as torres metálicas que definem o peso e valor da mercadoria. Quando em ambos os lados tem o mesmo peso surge o equilíbrio. Só que embaixo dos pratos da Balança dessa fábula existe fogo, labaredas,... Se os pratos não pesarem igual um dos lados tombará rumo às chamas. Será o fim e a morte da Balança da história. Pauso para esclarecer que nas fábulas tudo pode. Nessa falamos de uma Balança em que os pratos têm vida independente. Podem tomar decisões.Os pratos são de madeira, frágeis e inflamá-veis. O desespero da Balança é ter que ficar no prumo para garantir a vida. Por vezes vem o desequilíbrio quase queimando sua vida.
Com o tempo, já chamuscada, entendem que o medo à torna mais nervosa e instável. Algo de estranho acontece. Fica trêmula. Os pratos, como parte do corpo da Balança, temem um ao outro. Corpo em ebulição e pânico. O que adianta um estar calmo se o outro é pura tensão? A FÁBULA DOS CORPOS DANÇANTES segue a vida enquanto a vida segue A FÁ-BULA DOS CORPOS DANÇANTES. Num certo dia, que pode ser agora ou amanhã, um “Era uma vez” faz com que a Balança entenda que “enquanto seus pra-tos disputavam quem pesava mais corriam o risco de arder no fogo. Com ferocidade sutil competiam para saber quem era mais leve. No dia em que seus olhos se olha-ram sentiram a temperatura um do outro. A dança ficou mais amena e cuidadosa. Se uniram. Tudo ficou mais seguro e o fogo que podia queimar, hoje os une, inclusive nas danças.”
