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1 Quinta-feira  24 de julho de 2014 PUB 761 • 24  julho 2014  Ano 14 • quinta-fe ira  0.70 iva incluído Diretor: Luís Baptista-Martins Distribuído com o Expresso. Venda interdita PUB 1 Q u i n t a -f e i r a ,2 4d e  j ln h o d e 2 0 14 E s p e c i a l  E n s i n o -  F o r m a ç ã o  Antigo Governo Civil da Guarda pode acolher sede da CIM A Câmara da Guarda está a negociar com o Ministério da Administração Interna (MAI) a transferência da esquadra e comando da PSP para o edifício do Instituto Português da Juventude (IPJ). E libertar antigo Governo Civil para a sede da CIM das Beiras e Serra da Estrela Pág.4 Campeã de Biologia sonha com Medicina Ana Soia Martins, aluna do Agrupamento de Escolas de Almeida, ganhou as Olimpíadas Portuguesas de Biologia e concorre este ano a um lugar no curso dos seus sonhos Pág.7 Professores fazem prova de avaliação sob protestos 73 docentes estavam inscritos, mas uma dezena não compare- ceu nas escolas da Sé e Afonso de Albuquerque, na Guarda, e outros desistiram durante exame _______ 4 ENSINO Cidade novamente em obras A construção da nova rotunda do Bairro da Luz começou esta semana, poucos dias depois da consignação da requaliicação do mercado municipal e da central de camionagem _ 5 GUARDA  T odos os c aminhos  vão dar ao M êda + Começa hoje, na Mêda, mais uma edição do único festival de ve rão gratuito do país. Linda Martini e Capitão Fausto são os atrativos entre mais de dez ban- das e DJ’s portugueses 23 CULTURA  s  p   e  c  i  a  l  E  n  s  i  n  o  e  f  o  r  m  a  ç   ã  o Portagens na A25 e  A23 rend em mais As receitas com as portagens na A25 e A23 foram as que mais su- biram no primeiro semestre deste ano, tendo a ex-SCUT das Beiras Litoral e Alta rendido mais de 21 milhões de euros ______ _____ 5 REGIÃO

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  • 1Quinta-feira 24 de julho de 2014 PUB

    761 24 julho 2014Ano 14 quinta-feira 0.70 iva includo

    Diretor: Lus Baptista-MartinsDistribudo com o Expresso. Venda interdita

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    Quinta-feira, 24 de jlnho de 2014 Especial Ensino - Formao

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    Antigo Governo Civil da Guarda pode acolher sede da CIMA Cmara da Guarda est a negociar com o Ministrio da Administrao Interna (MAI) a transferncia da esquadra e comando da PSP para o edifcio do Instituto Portugus da Juventude (IPJ). E libertar antigo Governo Civil para a sede da CIM das Beiras e Serra da Estrela Pg.4

    Campe de Biologia sonha com MedicinaAna Sofia Martins, aluna do Agrupamento de Escolas de Almeida, ganhou as Olimpadas Portuguesas de Biologia e concorre este ano a um lugar no curso dos seus sonhos Pg.7

    Professores fazem prova de avaliao sob protestos73 docentes estavam inscritos, mas uma dezena no compare-ceu nas escolas da S e Afonso de Albuquerque, na Guarda, e outros desistiram durante exame ___________________ 4

    ENSINO

    Cidade novamente em obrasA construo da nova rotunda do Bairro da Luz comeou esta semana, poucos dias depois da consignao da requalificao do mercado municipal e da central de camionagem ___ 5

    GUARDA

    Todos os caminhos vo dar ao Mda+Comea hoje, na Mda, mais uma edio do nico festival de vero gratuito do pas. Linda Martini e Capito Fausto so os atrativos entre mais de dez ban-das e DJs portugueses ____ 23

    CULTURA

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    Portagens na A25 e A23 rendem maisAs receitas com as portagens na A25 e A23 foram as que mais su-biram no primeiro semestre deste ano, tendo a ex-SCUT das Beiras Litoral e Alta rendido mais de 21 milhes de euros ___________ 5

    REGIO

  • 2 Quinta-feira 24 de julho de 2014

    Novo treinador de futsal da Associao Desportiva do Fundo

    Profi sso: Treinador de Futsal

    Idade: 38 anos

    Naturalidade: Vila Franca de Xira

    Currculo: Foi treinador principal dos se-niores do Ftima, Jeonju MAG Futsal Club (Coreia do Sul), Freixianda, Associao Moradores Atiba, Arrudense e Cardosas; dos sub-23 do Nagoya Oceans (Japo), dos juniores do Benfi ca e da Juventude da Castanheira, dos juvenis do Carregado e da Juventude da Castanheira. Foi trei-nador adjunto dos seniores do Benfi ca, Nagoya Oceans, Belenenses e Sporting. Foi selecionador distrital dos sub-20 e sub-15 da Associao de Futebol de Setbal. Foi coordenador tcnico da formao da Unio Desporto e Recreio.

    Livro favorito: Como ganhar usando a cabea, de Rafi Srebo

    Filme favorito: Miracle, com Kurt Russell como protagonista.

    Hobbies: Viajar

    P E R F I L

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    ENTREVISTA CARA A CARA

    Pedro Henriques

    O trabalho desenvolvido pelo investi-gador principal da Fundao Champalimaud natural da Guarda continua a ser reconhecido alm-fronteiras. Desta feita, Rui Costa foi ga-lardoado com o Prmio Louis-Jeantet - Young Investigator Career Award (YICA), que preten-de distinguir os melhores jovens talentos da Europa na investigao biomdica. O cientista guardense foi premiado pelos seus trabalhos no campo das neurocincias, em particular, sobre as difi culdades de aprendizagem.

    Rui Costa

    A aluna da Escola Bsica e Secundria Dr. Jos Casimiro Matias, do Agrupamento de Escolas de Almeida, alcanou o feito de vencer as Olimpadas Portuguesas de Biologia Snior, levando a melhor sobre estudantes de todo o pas. Aos 18 anos, a jovem aposta forte na sua formao e optou por seguir Medicina para poder tentar conciliar o trabalho de inves-tigao com o acompanhamento de pacientes.

    Ana Sofi a Martins

    P Como recebeu o convite para treinar a Associao Desportiva do Fundo?

    R Recebi o convite da Associao Des-portiva do Fundo com muito orgulho e com a plena conscincia da responsabilidade que tenho em mos, pois este namoro j vem desde 2010 e agora deu em casamento.

    P Vai treinar o vice-campeo na-cional e detentor da Taa de Portugal. Acredita que possvel repetir ou me-lhorar a performance da ltima poca?

    R Acredito que sim. Com trabalho, humildade e com a grande ambio e vontade que os atletas apresentam, tudo poder ser possvel.

    P Quais so os objetivos para a prxima poca?

    R Os grandes objetivos passam por ficar dentro dos quatro primeiros lugares e voltar a ir final four da Taa de Portugal.

    P possvel voltar a ombrear com Benfica e Sporting?

    R Acredito que sim.

    P O plantel que vai ter sua dis-posio d-lhe garantias para fazer um bom trabalho?

    R Claro que sim, conheo bem a equi-pa do Fundo, inclusivamente os reforos.

    P Aps ser adjunto no Benfica e Sporting, a primeira vez que assume o cargo de treinador principal de uma equipa da I Diviso. o maior desafio da sua carreira at ao momento?

    R - , sem dvida, o meu maior desafio. Acredito que este grande projeto me vai ajudar a ser ainda melhor treinador, pois os treinadores crescem com a responsabilidade.

    P At onde ambiciona chegar en-quanto treinador?

    R Para ser sincero no penso muito nisso, mas acredito que se tiver um bom presente terei um grande futuro.

    Treinar o Fundo , sem dvida, o maior desafio da minha carreira at ao momento

    Em nove meses, o presidente da Cmara ps no terreno quatro obras que tinha anun-ciado durante a campanha. lvaro Amaro tem-se queixado da falta de dinheiro e das dvidas, mas isso no o impediu de avanar com o relvado sinttico do Zambito, o parque TIR na PLIE, a rotunda do Bairro da Luz e a requalifi cao do mercado municipal e da central de camionagem. No so grandes empreitadas certo, mas so tantas quantas as levadas a cabo pelo anterior executivo durante o ltimo mandato e seguramente mais importantes.

    lvaro Amaro

    O nico festival de vero gratuito do pas continua a granjear fs ano aps ano e a levar bandas de qualidade cidade da Mda. A Associao Juvenil Mda+, entidade que organiza o evento, volta a apostar na msica pop cem por cento nacional e o xito parece estar garantido com os Linda Martini e os Ca-pito Fausto como cabeas de cartaz. Lanado pela primeira vez em 2010, o Mda+ um bom exemplo de que, com imaginao e sem exageros fi nanceiros, possvel dinamizar um concelho do interior durante vrios dias.

    Mda+

  • 3Quinta-feira 24 de julho de 2014

    Henrique Monteiro

    opinio

    Lus Baptista-Martinseditorial

    [email protected]

    1A provvel runa dos Espirito Santo assustadora. No porque algum tenha uma especial simpatia pela famlia referncia do capitalismo portugus, mas pelas conse-quncias para as contas pblicas portuguesas e pelos prejuzos e respetivas consequncias em muitos investidores e empresas.

    A queda de Ricardo Salgado, que se tinha a si prprio acima de tudo e de todos, que ter inclusive chegado a participar numa reunio do conselho de ministros, cujo posicionamento era decisivo para as grandes decises do Estado, que tinha poder e influncia, surpreendente, mas evidencia a fragilidade da riqueza nestes tempos de tempestades e ventos fortes.

    Quem diria? A famlia que na Comporta se dava ao luxo de brincar aos pobrezinhos, sem ter sequer a mais remota consci-ncia do que a pobreza, est beira da tentao, no de ser pobre, com certeza, mas de ficar bem mais prximo daquilo que era apenas uma fantasia: ser uma famlia arruinada! O mundo em que os Espirito Santo se mexem um mundo exclusivo e distante para o comum dos mortais, mas afinal um mundo onda a frugalidade cai por terra quando o terramoto irrompe com uma rapidez inaudita e a lava se espalha por toda uma pirmide em crculos fechados de negcios incompreensveis e habilidosos.

    A espiral de negcios do grupo, que se pensava slido e blindado, poder arrastar tudo, todos, e destruir o esforo e os sacrifcios de um pas. Mas, para alm dos destroos com que todos poderemos ser atingidos e seremos exige-se completa clarificao do que sucedeu. E responsabilizao: a culpa no pode morrer solteira.

    2A Guin Equatorial passou a ser o nono membro efetivo da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP) a partir desta quarta-feira. Desta forma, passou a partilhar os princpios vinculativos da CPLP, incluindo o respeito pelos direitos humanos e pela justia social.

    Depois de vetada a sua entrada na CPLP em 2010, a Guin Equatorial v agora, pela primeira vez desde que Obiang se transformou num dspota, acusado inclusivamente de caniba-lismo, a comunidade internacional reconhecer o regime ao ser aceite pela aliana de lngua portuguesa. estranho que os va-lores e princpios que, supostamente dominavam a CPLP sejam vilipendiados em nome de um suposto interesse estratgico, econmico (energtico) e financeiro (ganhos a obter) de uma comunidade lusfona, mas cada vez menos lusa o Brasil e Angola quem mandam e definem o que interessa CPLP. Os guineenses da Guin Equatorial tm como primeiro idioma o espanhol, como segunda lngua o francs e Obiang promete comunidade que vai ensinar portugus nas escolas. Mas a verdade que os jovens nem sequer tm como ir escola, num estado rico em que o povo muito pobre e no tem direitos nem liberdades. Um regime que, em Dli, foi abenoado pela Comunidade do Pases de Lngua Portuguesa. Um regime que tem o seu povo sequestrado e que tem agora o apoio de Portu-gal a troco no se sabe bem de qu (o dinheiro para o Banif?). O regime de Teodoro Obiang conseguiu de forma notvel, por uns mseros tostes, o reconhecimento internacional que lhe era negado h anos. triste ver que Portugal se dobrou perante a barbrie; surpreendente que to poucos em Portugal se pronunciem contra a absurda deciso de votar favoravelmente a entrada daquele estado africano na CPLP. Afinal que valores norteiam a comunidade lusfona?

    Queda-livre

    Recebo bastantes mensagens de pessoas indignadas com o modo como so tratadas pelo Estado (e no me refiro a pensionis-tas e funcionrios pblicos que ganham menos ou a professores indignados por terem de fazer exames). No geral, estas pessoas no tm Mrio Nogueira que grite por elas, nem jornalistas que se interessem pelos seus casos. Sentem-se perplexos com o que lhes acontece. Sentem-se violentados pela injustia das leis.

    Uma das mensagens mais interessantes que recebi, resumia de forma feliz esse sentimento. Dizia-me a pessoa em questo: Neste momento todo o contribuinte, singular ou coletivo, que seja honesto e que tenha algo dele, vtima de abuso de autoridade, ex-torso legal, e um sem nmero de arbitrariedades e prepotncias.

    totalmente verdade. Deixem-me dar exemplos reais, que conheo bem sobre essa extorso legal (e juro que no falo outra vez do Imposto de Circulao sobre carros que no circulam).

    Um deles este. Uma pessoa herda uma moradia quase em runas. Faz obras para poder viver nela. Essas obras esto documentadas, tm autorizao da Cmara respetiva; a empresa contratada passou as devidas faturas e o IVA foi pago. As obras foram vigiadas pela Cmara, que alis aconselhou algumas melhorias (separar guas pluviais de guas residuais, etc.). Os donos contraram um emprstimo para pagar as obras. Dez anos depois, por motivos vrios (incluindo os que decorrem da crise) permutam a casa por uma mais pequena, recebendo dinheiro que abatem na dvida. Mas ainda tm de pagar imposto de mais-valias (pela diferena de valor da casa data da herana e o valor pelo qual foi vendida).

    Podem somar ao valor inicial da casa o valor despendido nas obras? No! Porqu? Porque passaram mais de cinco anos. Ou seja, se as obras fossem feitas para vender em seguida, podiam, embora o nico fito fosse realizar dinheiro. Como habitaram a casa 10 anos no podem, porque ao fim de cinco as obras deixam de contar.

    Podem descontar o dinheiro pago de IMI no imposto de mais-valias? No! Quer dizer que esto a pagar um imposto tambm sobre um imposto. A nica coisa que desconta o valor da nova casa, se for (e no caso vertente era) primeira (e nica) habitao.

    Com esta operao o Estado saca umas dezenas de milhares de euros a quem no tinha dinheiro suficiente para viver numa casa de famlia.

    Segundo exemplo. Um casal compra um apartamento e endivida-se para o pagar. Esse casal tinha outro apartamento que vende depois. Com o dinheiro realizado abate na dvida do apar-tamento novo. Pode declarar esse dinheiro como reinvestimento, de forma a pagar menos imposto de mais-valias? No! Porqu? Porque abater uma dvida no considerado investimento.

    Se tivesse posto o dinheiro numa offshore no pagava nada. Mas assim o Estado saca umas dezenas de milhares de euros a quem preferiu ficar menos endividado a entrar no mercado especulativo.

    Uma casa vendida por um determinado preo. Passado um ano sobre a data da venda, os vendedores sabem que o Valor Patrimonial Tributrio da casa foi aumentado e que por isso, o imposto a pagar maior. Isto normal? !

    Com esta operao o Estado saca uns milhares de euros a quem no sabia sequer o imposto que iria ter de pagar pela venda da casa. No caso concreto, uma venda de 100 mil euros pode ficar, livre de impostos em 10 ou 20 mil. Ou seja, 80% da venda vai para o Estado que fixou o valor da casa arbitrariamente.

    Quando as leis so de tal modo absurdas que se sente imedia-tamente haver ali uma injustia, no vale a pena dizer mais nada. O resumo est na primeira mensagem que citei: Uma pessoa honesta vtima de extorso legal e de abuso de autoridade.

    H sempre a hiptese de contratar um advogado, mas as custas do processo desincentivam qualquer um.

    Leis injustas num Estado de extorso

  • 4 Quinta-feira 24 de julho de 2014 EmFoco

    A segunda prova de avaliao de conhecimentos e competncias dos professores contratados foi realizada anteontem de manh nas Secundrias da S e Afonso de Al-buquerque, mas ficou marcada por protestos dentro e fora das escolas. O Sindicato dos Professores da Regio Centro (SPRC) j anunciou que vai contestar a legalidade deste exame, pois decorreu nas piores condies, afirma Sofia Monteiro.

    A dirigente fala mesmo em colegas que foram mudados de sala e outros acabaram por desistir porque estavam comprometidas as condies normais para a re-alizao da prova, que teve que ser interrompida por causa dos protestos. Na S estavam inscritos 34 professores e 39 no antigo liceu, mas uma dezena faltou e outros

    desistiram, adiantou a delegada distrital do SPRC. Tal como no res-to do pas, o exame realizou-se na Guarda sob segurana mxima. A PSP reforou o efetivo policial junto quelas duas escolas, onde apenas podiam entrar os 73 docentes ins-critos e os seus vigilantes. No por-to, funcionrios tinham uma lista com os nomes e impediam o acesso a quem no constasse dela. Tam-bm as respetivas secretarias esti-veram fechadas durante a manh, tudo para evitar os problemas que afetaram a realizao da primeira prova de avaliao, em dezembro. No entanto, no se registaram inci-dentes de maior, apenas protestos contra Nuno Crato por insistir em envergonhar os professores e pr em causa a sua formao.

    porta da Secundria da S, uma dezena de professores pediam uma explicao por no estarem inscritos para a prova. No fiz

    a primeira prova em dezembro passado porque fui impedida de entrar na sala pelo cordo policial, mas a direo da escola indicou no seu relatrio que a prova decorreu normalmente, adiantou Patrcia Ribeiro, docente de Biologia, que continua sem saber por que no pde fazer este exame. Na primei-ra ningum sabia que ia haver se-gunda chamada, acrescenta Sofia Monteiro, lembrando que muitos dos seus colegas tm mestrados e doutoramentos. Esta prova tem duas partes e a cientfica caiu entretanto, pelo que j no prova nada, considerou a dirigente sin-dical. Na sua opinio, se no cair pelo protesto, este exame acabar pela via legal porque no serve para nada, nem foram respeitados os prazos de convocatria. Du-rante a manh realizaram-se ainda dois plenrios sindicais nas escolas de Santa Clara e de So Miguel.

    Protestos condicionaram prova de avaliao de professores na Guarda73 docentes estavam inscritos, mas uma dezena no compareceu e outros desistiram durante exame realizado nas escolas da S e Afonso de Albuquerque

    PSP reforou efetivos junta das escolas para evitar a invaso de dezembro passado

    LM

    Luis Martins

    A Cmara da Guarda est a ne-gociar com o Ministrio da Adminis-trao Interna (MAI) a transferncia da esquadra e comando da PSP para o edifcio do antigo Instituto Portu-gus da Juventude (IPJ).

    Esta a mais recente alternativa para dar condies de trabalho con-dignas aos polcias da cidade. Contu-do, O INTERIOR sabe que o assunto tem-se arrastado nos ltimos meses e ter mesmo atingido um impasse porque o MAI considera que deve ser a autarquia a custear as obras de adaptao necessrias mudana da Polcia de Segurana Pblica para a Avenida Alexandre Herculano, junto ao parque municipal e Secundria Afonso de Albuquerque. Uma pro-posta j recusada pelo municpio, que tem alegado que deve ser o ministrio a assumir esses encargos por se tratar de uma fora policial e de patrimnio do Estado. lvaro Amaro esteve recentemente em Lisboa para abordar o assunto, no entanto a divergncia na frmula de financiamento do apetrechamento das futuras instalaes impediu o aproximar de posies entre autarca e governo.

    Alm de resolver o problema da PSP, esta soluo poderia permitir

    PSP pode mudar-se para o IPJSada da polcia do Largo Frei Pedro abrir caminho para a instalao da sede da CIM das Beiras e Serra da Estrela no antigo Governo Civil

    Solenidade do antigo Governo Civil da Guarda argumento para acolher sede da comunidade inetrmunicipal

    que agradam ao presidente do muni-cpio que conseguiu para a Guarda a sede da CIM. De resto, inicialmente, lvaro Amaro ter mesmo sondado o comandante da PSP e alguns responsveis do MAI sobre a pos-sibilidade de cedncia de algumas salas, ainda que provisoriamente para a CIM. No entanto, a instalao da Comunidade no Passo do Biu e a falta de alternativas para a polcia tero adiado o assunto, mas a pre-tenso de Amaro ter-se- mantido. Perante a possibilidade da PSP se transferir para a Alexandre Hercu-lano, o presidente da Cmara dever voltar a defender junto do governo a cedncia do antigo Governo Civil para, assim, albergar com maior dignidade e solenidade a casa das Beiras e Serra da Estrela.

    Contactado por O INTERIOR, lvaro Amaro no confirma, nem desmente que esteja a negociar a mudana da PSP. No falo das diligncias que fao porque, como sempre disse, eu opto pela poltica da formiga. A Guarda est cansada de cigarras, afirmou. Quanto nova sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, o pre-sidente do municpio foi taxativo: A CIM est bem onde est.

    ainda a concretizao de um sonho do edil da Guarda e que instalar a sede da Comunidade Intermunicipal

    (CIM) das Beiras e Serra da Estrela no antigo Governo Civil da Guarda, no Largo Frei Pedro. Fontes contac-

    tadas por O INTERIOR adiantaram que a solenidade do imvel, aliada sua centralidade, so argumentos

    AR

  • 5Quinta-feira 24 de julho de 2014 EmFoco

    As receitas com as portagens na A25 e A23 foram as que mais subiram no primeiro semestre deste ano.

    Segundo dados oficiais, os prticos da autoestrada da Beira Litoral e Alta (entre lhavo e Vilar Formoso/Espanha) renderam um total de 21,3 milhes, enquanto na ex-SCUT do Algarve (Via do Infante) e da Beira Interior (en-tre Torres Novas e Guarda) as receitas cresceram 21 e 20 por cento, respetivamente, totali-zando os 30,5 milhes de euros. Em comunicado, a Estradas de Portugal (EP) revela que as porta-gens nas antigas SCUT renderam no primeiro semestre deste ano 96,6 milhes de euros (mais 9,4 por cento relativamente a igual perodo do ano passado), repre-sentando cerca de 66 por cento do total das receitas que a empresa obteve at ao final de junho. Nos primeiros seis meses de 2014 a

    EP arrecadou uma receita de por-tagens de 145,1 milhes de euros, mais 9,3 por cento em relao ao mesmo perodo de 2013. Apesar deste aumento da receita, a EP indica que os encargos com as ex-SCUT foram neste primeiro se-mestre de 390 milhes de euros, representando uma diminuio de mais de 18 por cento face a igual perodo do ano passado.

    J entre as autoestradas que servem os grandes centros urba-nos, a EP verificou um aumento na receita a rondar os 6 por cento, com a receita na subconcesso do Baixo Tejo a crescer 17 por cento devido abertura de novos troos porta-jados. No caso das subconcesses Pinhal Interior, Transmontana, Li-toral Oeste e Baixo Tejo, a empresa indica que o total de receita foi de apenas 7,4 milhes e recorda que apenas em 2014 foram iniciados os pagamentos com estas sub-concesses.

    Auto estradas

    Portagens na A25 e A23 rendem mais

    J comearam os trabalhos da rotunda do Bairro da Luz e zona envolvente. A empreitada adjudi-cada Antnio Saraiva e Filhos tem um prazo de 120 dias e um custo de cerca de 307 mil euros.

    As obras destinam-se a resol-ver um problema de trfego e a melhorar os acessos quela zona residencial, aumentando a segu-

    rana de condutores e pees, alm da reabilitao urbana do local. A via na Avenida Cidade de Bjar vai ser requalificada, sendo que para permitir essa interveno o trnsito est cortado desde ontem no sentido ascendente naquela artria e por um perodo de 45 dias. Por isso, o acesso ao centro da cidade para quem vem da Es-

    tao e da Pvoa do Mileu faz-se a partir do cruzamento do Rio Diz (Lidl). Neste perodo, apenas os moradores tero acesso zona dos Castelos Velhos. No Bairro da Luz, a circulao est a ser desviada pela Ruas das Barreiras e Virglio Ferreira em direo ao centro, enquanto a entrada neste bairro no foi condicionada.

    Fotolegenda

    A reabilitao do mercado mu-nicipal e da central de camionagem da Guarda foi adjudicada Bios-fera, empresa do grupo Baraas e Irmos,de Pinhel, por 329 mil euros mais IVA. A empreitada foi consig-nada na passada quarta-feira e tem um prazo de execuo de 120 dias.

    No primeiro edifcio os traba-lhos vo consistir na concentrao de todos os comerciantes no piso trreo e na realizao de obras ao nvel dos pavimentos, paredes, tetos e coberturas, entre outras. No segundo ser reparada e consolidada laje da pala do cais de embarque e colocada uma nova pala na entrada sudoeste. A interveno inclui ainda trabalhos de pintura de paredes e de instalao de novo pavimento. O objetivo dos projetos, elaborados por tcnicos da autarquia, devolver dinmica e vida ao mercado mu-nicipal, dando mais visibilidade aos produtos locais, enquanto na central de camionagem pretende-se maior comodidade e conforto para os passa-geiros e outros utilizadores do espao. O auto de consignao foi assinado no mercado municipal onde lvaro Ama-ro recordou que esta requalificao foi uma das suas primeiras promessas enquanto candidato Cmara.

    Reconhecendo que esta inter-veno ainda no tem compartici-pao financeira garantida, o autarca justificou o arranque dos trabalhos para conseguir um apoio da ordem dos 85 por cento em overbooking do quadro comunitrio. Mas para isso preciso que as obras sejam feitas e pagas e ns vamos faz-las e

    Mercado e central de camionagem vo para obrasRequalificao dos dois edifcios vai custar perto de 400 mil euros, numa empreitada que ainda no tem comparticipao comunitria

    No passado gastou-se tanto dinheiro a idealizar e a projetar, mas sem fazer nada, criticou lvaro Amaro

    pag-las, tenho por isso a sensao que vamos conseguir esse financia-mento, afirmou, lamentando que no passado se tenha gasto tanto dinheiro a idealizar e a projetar, mas sem fazer nada. Nesse senti-do, lvaro Amaro recordou ter j adjudicado obras no valor de 1,5 milhes de euros, algumas das quais foram promessas eleitorais, caso do relvado sinttico do Zambito, do par-que TIR da PLIE e da requalificao do mercado municipal e central de camionagem, aos quais acrescentou a construo da rotunda do Bairro da Luz. Em todas essas obras no temos nenhuma garantia de financia-mento comunitrio, mas arriscamos porque o nosso desafio recuperar em quatro anos um bocadinho do muito tempo perdido, afirmou o presidente da Cmara.

    lvaro Amaro adiantou ainda que as obras no mercado muni-cipal vo decorrer faseadamente, comeando nas fachadas para no

    prejudicar o negcio neste perodo em que h mais gente. Em decla-raes a O INTERIOR, o presidente da Associao Comercial da Guar-da (ACG) destacou a importncia destas obras que vo proporcionar melhores condies para os cer-ca de 30 comerciantes instalados atualmente no mercado municipal. Miguel Alves recordou que a ACG j tinha sinalizado as deficincias do equipamento e que lanou recente-mente um flyer promocional para atrair clientes, tendo j sugerido informalmente Cmara a criao de um condomnio comercial para gerir o espao aps a concluso das obras. Gostaramos que o mercado municipal fosse gerido de forma profissional e que as rendas dos comerciantes que pagam em mdia 70 euros por banca fossem aplicadas na manuteno, promoo e realizao peridica de eventos de dinamizao comercial deste merca-do, afirmou Miguel Alves.

    LM

    Luis Martins

    LM

    A EDP inaugurou na lti-ma segunda-feira as suas no-vas instalaes na cidade da Guarda, situadas na Catraia da Alegria, numa cerimnia que contou com a presena de Mar-tins da Costa, administrador executivo do Grupo EDP, Joo Torres, presidente do Conselho de Administrao da EDP Dis-tribuio, e de lvaro Amaro, presidente da Cmara da Guarda. Garcia Mendes, diretor da Di-reo de Rede e Clientes Mon-dego, sublinhou a importncia destas modernas e funcionais instalaes para assegurar um servio de qualidade a toda a regio. Alm dos meios da EDP Distribuio, a nova sede acol-her tambm servios da EDP Solues Comerciais e da Svida. Segundo este responsvel, apesar de estarem a ser utilizadas desde 2012, as instalaes representam mais um contributo significativo no reforo da imagem da EDP na regio. Por sua vez, Joo Torres destacou o esforo que tem vindo a ser desenvolvido pela eltrica, enquanto operador de rede, para reforar da quali-dade do servio prestado. J

    lvaro Amaro manifestou a sua satisfao por a EDP ter criado na Guarda um equipamento de inquestionvel qualidade, tendo manifestado ainda o seu agrado pela qualidade de servio que tem sido garantida pela empresa no concelho.

    Quanto a Martins da Costa revelou a inteno da EDP Dis-tribuio continuar a manter o nvel de investimento, que se tem situado na casa dos 300 milhes de euros anuais, de forma a garantir um servio de qualidade s populaes. As novas instalaes, iniciadas em 2011 e terminadas no final de 2012, tiveram um custo da ordem dos 850 mil euros. Tm uma rea total til de construo de 950 metros quadrados e encontram-se implantadas num terreno com uma rea de 2.400 metros quadrados. Para alm do parque de estacionamento adjacente s instalaes, dotado de posto de carregamento para veculos eltricos, o equipamento dispe, ainda, de um outro parque de estacionamento do outro lado da rua com capacidade para cerca de 75 viaturas.

    EDP inaugurou novas instalaes na GuardaSituada na Catraia da Alegria, nova sede representa um investimento de 850 mil euros

    DR

  • 6 Quinta-feira 24 de julho de 2014

    SSociedade

    Vm a tempos mais difceis para os guardenses, que, em 2015, vo pagar at 2,85 por cento a mais nas tarifas da gua, saneamento e resduos. No prximo ano tambm o Imposto Municipal sobre Im-veis (IMI) aumentar para a taxa mxima. Estas so algumas das consequncias da contrao de um emprstimo bancrio de 12,9 milhes de euros para reestruturar a dvida do municpio.

    Na ltima quinta-feira, a autar-quia recebeu luz verde da Assem-bleia Municipal, onde o procedi-mento passou por maioria, com 14 abstenes (parte dos deputados do PS e dois do BE) e trs votos contra (dois CDU e o socialista Nuno Almei-da). Nesta sesso extraordinria, o assunto foi complementado com a apresentao do estudo funda-mentado da situao financeira do municpio e do plano de saneamento

    das contas tambm aprovado por maioria, com 12 votos contra e oito abstenes. Pedro Mota e Costa, consultor da Cmara nesta matria, comeou por esclarecer os deputa-dos que, de acordo com a nova lei das finanas locais, em vigor desde 1 de janeiro, a autarquia est em desequilbrio financeiro conjuntu-ral, com uma dvida total elegvel de 51,8 milhes de euros no final de dezembro de 2013 e 25 milhes de euros de receita cobrada, em m-dia, nos ltimos trs anos. Face ao legalmente estabelecido, a Cmara da Guarda no est obrigada nem pode recorrer ao Fundo de Apoio Municipal, afirmou o tcnico, sublinhando que a contrao deste emprstimo a 14 anos pratica-mente a nica opo.

    Aps esta e outras explicaes, os deputados revesaram-se na tribuna. Honorato Robalo (CDU) quis saber quem so os agiotas dos fundos municipais, ou seja, os credores que vivem dos juros

    de mora cobrados pelos incum-primentos do municpio. Mas no obteve resposta. Depois foi a vez de Pedro Nobre (PSD) fazer o historial dos dois mandatos de Joaquim Valente, a quem atribuiu a irresponsabilidade de levar esta casa [Cmara] runa. O social-democrata recordou que o anterior presidente queria sanear as contas no seu primeiro mandato, quando a dvida era de 35 milhes de euros, mas ela no parou de su-bir, pois o seu executivo nem com os sucessivos planos de recupera-o [PREDE e PAEL] cumpriu. Por isso, Pedro Nobre sustentou que a atual maioria PSD-CDS faz agora o que nunca se fez no passado por incompetncia, sublinhando que este emprstimo para pagar dvidas do anterior executivo. Por sua vez, Armando Reis (PS) alertou para os aumentos de tari-fas e impostos municipais que se perspetivam para 2015 e constatou que este emprstimo vai aumentar

    a dvida banca. Pensava eu que o saneamento financeiro se fazia de outra forma, afirmou o socialista, no sem antes destacar que h 12,3 milhes de euros de faturas no pagas no plano de saneamen-to apresentado aos deputados.

    J Bruno Andrade (BE) lamen-tou que quem pague os erros do executivo anterior seja mais uma vez o povo. Nas respostas, lvaro Amaro assentou baterias na banca-da socialista e perguntou a Arman-do Reis se o PS tem outra opo de gesto para sanear as contas do municpio, prometendo que, se ela for melhor, retiro e rasgo esta. Como no houve alternativa, o autarca prosseguiu e assumiu que este emprstimo vai aumentar a dvida bancria da Cmara mas vai reduzir a dvida economia local e os compromissos de dvida. De resto, o presidente reiterou que com este saneamento financeiro os guardenses vo sentir o peso da herana que nos deixaram.

    Os guardenses vo sentir o peso da herana que nos deixaramO emprstimo bancrio de 12,9 milhes de euros e o plano de saneamento financeiro da Cmara da Guarda foram aprovados por maioria na Assembleia Municipal extraordinria da semana passada, onde lvaro Amaro deixou este aviso

    Tarifas e impostos municipais cobrados na Guarda vo aumentar em 2015

    Luis Martins

    AR

    O Museu da Guarda tem pa-tente at ao final de agosto uma exposio fotogrfica dedicada participao portuguesa na pri-meira Guerra Mundial, 1914-1918.

    Em O Soldado Portugus na I Grande Guerra, que pretende assinalar o centenrio do conflito, podem ser vistas fotografias e postais oficiais do Corpo Expedi-cionrio Portugus que revelam as condies de vida nas trincheiras e de combate dos nossos soldados, o equipamento utilizado e as conse-quncias devastadoras das batalhas. Alm deste material oriundo do acervo da Liga dos Combatentes, a mostra complementada com peas da coleo de militaria do Museu da Guarda, como msca-ras anti-gs, uniformes, armas e acessrios. O objetivo da iniciativa contribuir para uma melhor compreenso da Grande Guerra e conhecer os pormenores da vida dos combatentes portugueses nas trincheiras. A exposio organi-zada pelo museu, em colaborao com a Direo Central e a delegao da Guarda da Liga dos Combatentes. A I Guerra Mundial foi despoletada pelo assassnio, em Sarajevo, a 28 de junho de 1914, do arquiduque Fran-cisco Fernando, herdeiro do Imprio Austro-Hngaro, e da sua mulher por um independentista srvio. Portugal entrou oficialmente no conflito a 9 de maro de 1916 com o Corpo Expedicionrio Portugus, que mobilizou 200 mil soldados. Desses, 7.220 morreram nas trincheiras da Flandres e norte de Frana.

    Exposio

    Museu da Guarda evoca participao portuguesa na I Guerra Mundial

    Valorizar a gastronomia local, baseada no peixe do rio, o objetivo de mais uma edio do Festival do Peixinho do Rio, que tem lugar no domingo em Juncais (Fornos de Algodres).

    A iniciativa organizada pela Unio de Freguesias de Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Cho e comple-menta a Feira Anual de Santiago, que se realiza durante a manh no campo de futebol da localidade. A partir das 13 horas comea o festival gastron-mico dedicado ao peixinho do rio, capturado no Mondego, e msica com um Festival de Msica Tradi-cional, tudo no Largo do Terreiro.

    Fornos de Algodres

    Festival do peixinho do rio em Juncais

    Dois jovens morreram no domin-go num despiste na estrada municipal 511, na zona das Pedras Lavradas, na freguesia de Loriga (Seia). Segundo as autoridades, o veculo caiu numa ravina com mais de 200 metros.

    As vtimas, de 23 e 27 anos, re-gressavam de uma festa no Sobral de So Miguel, no concelho vizinho da Covilh, quando, por motivos ainda por apurar, o automvel comercial em que seguiam saiu da estrada e voou mais de 250 metros, referiu Antnio Alves, comandante dos bombeiros de Loriga. O acidente ocorreu nos limites dos distritos da Guarda e Castelo Branco, tendo

    o alerta sido dado por populares que passaram pelo local ao qual acorreram meios dos voluntrios de Loriga e da Covilh, uma viatura e o helicptero do INEM, que no chegou a ser utilizado porque os dois ocupantes do automvel j estavam sem vida quando os bombeiros chegaram junto do automvel. A GNR tomou conta da ocorrncia e est a investigar as causas do acidente. Naturais de Unhais da Ser-ra, os primos Daniel e Francisco Galvo regressavam a Alvoco da Serra (Seia), onde este ltimo, o mais velho, residia com os pais com quem administrava uma explorao agrcola com criao de cabras da raa montanhs.

    Loriga

    Dois jovens morrem na estrada das Pedras Lavradas

    A Polcia Judiciria (PJ) deteve, em Seia, dois homens, com 45 e 51 anos, pela alegada prtica de um crime de homicdio qualificado na forma tentada.

    De acordo com o Departa-mento de Investigao Criminal da Guarda, o crime ocorreu no incio da noite da passada quarta-feira, em Lapa dos Dinheiros, naquele concelho, e contou com a presti-mosa colaborao da GNR de Seia, que primeiramente teve notcia dos factos. A vtima, um homem de 55 anos, foi atingida com um disparo de arma de fogo de calibre 7.65 milmetros, num contexto de

    desavenas pessoais com um vizi-nho, adianta a PJ em comunicado. Devido aos ferimentos, o homem teve necessidade de receber trata-mento mdico no hospital da Guar-da, onde permanece internado. A Judiciria acrescenta que, alm das detenes efetuadas, recuperou a arma do crime, que estava a ser usada ilegalmente e que j havia sido ocultada em local ermo por um dos detidos. Os detidos, um pastor e outro trabalhador eventual por conta daquele, foram presentes s autoridades judicirias para primeiro interrogatrio e aplicao de eventuais medidas de coao.

    Seia

    Dois homens detidos por tentativa de homicdio

  • 7Quinta-feira 24 de julho de 2014

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    O Sindicato dos Trabalhadores da Administrao Pblica (SINTAP) e a Cmara da Guarda chegaram, na semana passada, a um entendimento sobre as 35 horas.

    O Acordo Coletivo de Entidade Empregadora Pblica (ACEEP), ao abrigo do qual os trabalhadores do municpio podero usufruir de um horrio de trabalho de 35 horas semanais, foi assinado no dia 16 e entrar em vigor a 1 de agosto. Em comunicado, o SINTAP adianta que o vice-presidente da autarquia, Calos Chaves Monteiro, partilha da opinio daquele sindicato, segundo o qual o aumento de produtividade no est diretamente relacionado

    com o aumento do horrio de tra-balho, tornando assim possvel a convergncia de posies no senti-do de salvaguardar os direitos dos trabalhadores e comprometendo-se de que a aplicao do regime de 35 horas na autarquia se ir proceder a partir do prximo dia 1 de agosto. O sindicato recorda que ao aumentar o perodo normal de trabalho para as 40 horas semanais, o Governo, na realidade, diminui os salrios em cerca de 14 por cento no valor /hora, pelo que a assinatura deste acordo revela-se de grande importncia para anular os efeitos de uma medida extremamente penalizadora para os trabalhadores e suas famlias.

    Guarda

    Acordo na Cmara da Guarda sobre as 35 horas

    Um acidente de viao ocorrido na madrugada do dia 16 na Covilh resultou na deteno do condutor envolvido por trfico de estupefa-cientes, posse de arma proibida e conduo sob efeito do lcool.

    De acordo com a PSP da cidade, tudo se passou na Rua de Acesso ao Campo da Aviao com uma moto quatro sem matrcula. Abordado pelas autoridades, o condutor de 45 anos tinha uma taxa de lcool no san-gue de 2,17 g/l e transportava uma mochila com haxixe suficiente para 1.350 doses individuais, uma rpli-ca de arma de fogo uma F.llipietta , 48 projteis em chumbo de calibre 44 mm, um recipiente para o trans-porte de plvora negra em forma de gro. O suspeito tinha ainda na sua posse um canivete, dois telemveis e dois tubos de plvora preta, carga propulsora para calibre 44/45, nove caixas de fulminantes para armas de

    Covilh

    Teve acidente e acabou detido por trfico de droga e posse de arma proibida

    carregar pela boca e 114,75 euros em dinheiro. Posteriormente, os agentes da PSP efetuaram uma busca residncia do suspeito, na freguesia do Ferro, onde apreenderam uma arma de alarme, uma espingarda, um punhal, 17 munies de 12 mm, seis munies de 8 mm e 160 munies de calibre 44. O indivduo foi presen-te a tribunal.

    DR

    Aluna da Escola Bsica e Se-cundria Dr. Jos Casimiro Matias, do Agrupamento de Escolas de Al-meida, Ana Sofia Martins venceu as Olimpadas Portuguesas de Biolo-gia Snior, destinadas a estudantes do 10 ao 12 ano. O triunfo valeu jovem que quer seguir Medicina, a participao nas Olimpadas Internacionais de Biologia, que decorreram em Bali (Indonsia) entre dias 6 e 13 deste ms.

    Natural e residente em Almei-da, a aluna do 12 A participou pela primeira vez nas Olimpadas nacionais e a estreia no poderia ter sido melhor. Aps as primeira e segunda eliminatrias ficou nos 50 melhores que depois passaram a 10, com a estudante de 18 anos a integrar o top ten. Foi para a cerimnia de entrega dos prmios, realizada no passado 7 de junho, no Pavilho do Conhecimento, em Lisboa, sem grandes expetativas, at porque senti que aquilo me correu muito mal. Mas Ana Sofia Martins estava enganada: Quando chamaram o segundo nome e no era eu, a minha professora j se estava a abraar a mim, mas mesmo a eu dizia que podia ter havido um engano at que apareceu o meu nome no primeiro lugar e eu no queria acreditar, recorda, pois no estava mesmo nada espera. Entre os diversos anos escolares, as Olimpadas da Biologia tiveram mais de 16 mil estudantes de cerca de 400 escolas de todo o pas.

    Nas Olimpadas Internacio-nais, que contaram com a partici-pao de alunos de todo o mundo, a classificao da jovem almeidense no foi to boa, pois no foi alm do 214 lugar entre 238 concorrentes. A aluna explica que no encontrou propriamente provas fceis, por-que nem sequer abrangeram ma-tria do secundrio. Alm disso, confessa que nas provas prticas teve muitas dificuldades em con-trolar o tempo e por causa disso acabou por fazer a escolha ml-tipla mais ao calhas porque no tive tempo para ver com ateno. A estudante admite tambm que os nervos a prejudicaram um bo-cadinho, nomeadamente numa das prticas em que cometeu as-neiras que eram completamente

    Craque da Biologia quer seguir MedicinaAna Sofia Martins, aluna do Agrupamento de Escolas de Almeida, ganhou as Olimpadas Portuguesas de Biologia

    No futuro, a jovem de 18 anos quer conciliar o trabalho de investigao com o acompanhamento de pacientes

    A Filarmnica Popular Man-teiguense - Msica Nova vai organiza na prxima semana, na sua sede, o II Estgio de Banda.

    A iniciativa ter como ma-estro convidado Andr Granjo (diretor musical da Unio Filar-

    mnica do Troviscal e docente da Escola Superior de Educao Jean Piaget de Viseu) e a coor-denao est a cargo do maestro Lus Carlos Serra (diretor arts-tico da Msica Nova). Segundo a organizao, o estgio vai

    abranger cerca de 55 msicos de bandas filarmnicas da regio e de outros pontos do pas. Esta formao culminar na tarde de 2 de agosto (18 horas), com um concerto de encerramento no auditrio do Centro Cvico.

    Manteigas

    Filarmnica Msica Nova organiza estgio

    escusadas. No entanto, Ana Sofia Martins reala que foram mais trs alunos portugueses a Bali e dois deles conquistaram medalhas de bronze, da que o resultado de Portugal no geral tenha sido muito bom, at porque foi a primeira vez que o pas participou e no frequente logo no primeiro ano ganhar-se medalhas.

    De resto, a experincia na In-donsia foi fantstica e muito gratificante, pelos contactos com jovens de muitos pases, incluindo os colegas portugueses, e com os anfitries, mas tambm pelas ati-vidades de que pde desfrutar em Bali, como um safari ou ir praia. Esta no foi a sua primeira experi-ncia no estrangeiro, pois h dois anos j tinha ganho um concurso da Ruta Qetzal que lhe possibilitou ir Colmbia com 250 jovens de diferentes pases. Curiosamente, o gosto pela Biologia no uma paixo antiga: H aquelas pesso-as que desde os trs, quatro anos,

    dizem que gostam muito disto ou daquilo, eu no. Cheguei ao 9 ano, era boa aluna a tudo e no fazia a mnima ideia do que gostava mais. Entretanto segui para Cientficos porque me diziam que era o que tinha mais sadas. Este ano gostei muito da matria de Biologia e acho que foi a que comecei realmente a gostar mais, adianta a jovem. Com uma mdia de 18,6 valores, Ana Sofia Martins elegeu o curso de Medicina para prosseguir os seus estudos no ensino superior, mas ainda no tem um ramo predileto. O ideal mesmo era conseguir conciliar o trabalho de investigao e de laboratrio, que lhe interessa bastante, com o acompanhamento de pacientes. Para alcanar notas to altas, a jovem garante que tem que se estudar muito e trabalhar bastante mesmo, mas no por isso que deixa de ter tempo para estar com os amigos ou para vrias atividades extra, como a natao, o escutismo ou as aulas de guitarra.

    Ricardo CordeiroRC

  • 8 Quinta-feira 24 de julho de 2014

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    Empresas

    J abriu ao pblico a Soup Company, o novo restaurante do centro comercial Vivaci Guarda.

    Trata-se de um espao espe-cializado em sopas, confecionadas de forma tradicional e elaboradas diariamente com ingredientes fres-cos. Todos os dias so preparadas cinco sopas diferentes, sendo uma sem batata, mas existem muitas outras iguarias, como os originais pregos da casa, bifanas, sandwichs, saladas, entre outros. Na ementa da Soup Company destacam-se igual-mente o creme de gro com lascas de bacalhau, a tradicional sopa Juliana e complementos nicos como o original prego madeirense em bolo do caco ou gelados com coberturas. Para a administrao do Vivaci, numa altura em que o pas e a regio tm ndices de

    desemprego elevado, esta aposta um sinal de otimismo e geradora de emprego.

    De resto, os responsveis do centro comercial da Guarda lembram que est a decorrer a campanha de saldos de vero nas suas lojas, onde os descontos podem chegar aos 60 por cento. Nesse sentido, foi lanada uma campanha de divulgao sobre a importncia dos saldos na pou-pana que as famlias podero beneficiar. As novas lojas e os Saldos de Vero so muito impor-tantes para dinamizar cada vez mais a regio e o prprio VIVACI. Para alm do Natal, nesta altura do ano que temos mais visitantes e importante termos sempre novidades, sublinha a adminis-trao em comunicado.

    Novo restaurante no Vivaci DR

    A Quercus alerta que a presso turstica e a implementao de in-fraestruturas pem em causa os valores naturais do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), que comemorou 38 anos na passada quarta-feira.

    Em comunicado, a associao ambientalista faz uma retrospetiva do que foi feito de positivo e negativo nesta rea protegida e traa cenrios com base na definio de ameaas e na identificao de oportunidades. A Quercus alerta que, ao longo dos anos, o PNSE tem vindo a ser afetado por vrios fatores que degradam os ecossistemas e colocam em causa

    Presso turstica e novas infraestruturas ameaam Parque Natural da Serra da EstrelaAssociao ambientalista Quercus lana o alerta numa altura em que o PNSE comemora 38 anos

    os objetivos propostos aquando da sua criao, sendo disso exemplo os impactes provocados pelas atividades humanas. E destaca o aumento da presso turstica e urbanstica nas Penhas da Sade e em Videmonte e a implementao de infraestruturas, como parques de campismo, redes virias para acesso e estacionamento na Torre. Equipamentos tursticos na Torre, Lagoa Comprida e Penhas Douradas/Vale do Rossim, a instalao de parques elicos e de linhas de trans-porte de energia e a extrao de inertes so outras das ameaas detetadas.

    O que, para a associao, aliado a uma elevada frequncia de incn-

    dios, tem implicado a destruio de alguns dos ltimos redutos da flores-ta autctone. Alm disso, o excesso de concentrao de visitantes em zo-nas sensveis, a prtica ilegal de des-portos de natureza todo-o-terreno, o montanhismo e esqui, e presses para abertura da via intermunicipal Videmonte-Lagoa Comprida, do tnel de atravessamento da serra e para a construo de uma nova bar-ragem para abastecimento pblico, no concelho da Covilh, sem uma justificao plausvel, so outras das preocupaes da Quercus. No comunicado, o movimento ambien-talista prope a alterao da poltica de ordenamento florestal, a gesto sustentada da atividade cinegtica e a criao de programas de incentivos e de apoio s prticas agrcolas tra-dicionais. De resto, a Quercus exige o alargamento da rea do PNSE com a incluso do Souto de Famalico, uma referncia de interesse para a bot-nica. Atualmente, o parque natural abrange a totalidade do concelho de Manteigas e parte dos municpios de Celorico da Beira, Covilh, Gouveia, Guarda e Seia.

    DR

  • 1Quinta-feira, 24 de jlnho de 2014 Especial Ensino - Formao

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  • 2 Quinta-feira, 24 de julho de 2014Especial Ensino - Formao

    P Que balano faz do ltimo ano letivo no IPG?

    R Foi um ano na senda dos ltimos anos, bastante complicado. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho, resistindo e procurando fazer cada vez melhor aquilo que fazemos. Foi um ano marcado interna e externamente por alguma discusso poltica volta do que poderia ser a reorganizao do ensino superior que a mim, pelo menos, me consumiu algum tempo. Pelos vistos, inutilmente, na medida em que as orientaes polticas mudaram muito rapidamente e perdemos algumas energias em assuntos que, afinal, no eram relevantes e no eram prioridades.

    P - Sentiu-se defraudado pelo facto de algu-mas vagas no terem sido preenchidas?

    R - Evidentemente que sim, mas no surpresa porque quem conhece o sistema sabe perfeitamente, e ns j tnhamos antecipado, que o ano no poderia ser positivo, como no ser o prximo.

    P O que perspetiva para o prximo?R No podemos esperar melhorias signifi-

    cativas, bem pelo contrrio. Podemos esperar problemas ainda maiores porque temos um problema fundamental que a falta de alunos, que comea a sentir-se primeiro no interior, nos Politcnicos e s depois chega s outras instituies. Como j chegou aos outros, obviamente que ns sofremos. verdade que provavelmente tambm j absorvemos o impacto maior e, por isso, sem ter sido positivo, tambm no foi um ano dramtico, na medida em que j estvamos preparados para nos adaptar e, desse ponto de vista, o ano correu com normalidade.

    P Comparativamente com outros Politcni-cos, nomeadamente do interior, pode dizer-se que o IPG at reagiu melhor?

    R Sim, melhor, porque infelizmente j absorve-mos algum do choque ao longo dos anos e estamos mais preparados com ajustamentos que outros no fizeram. Ao contrrio de outros, procurmos tambm no duplicar formaes, nem aumentar e arriscar novos cursos, mas consolidar as formaes atuais. verdade que preciso resistir s tentaes das escolas, dos departamentos, da chamada fuga para a frente de criar novos cursos, mas entendemos que este momento no a altura de andar a inventar e de arriscar em formaes que no nos do garantias de sucesso. A nossa aposta na qualidade do que estamos a fazer.

    P Est ento otimista em relao ao prxi-mo ano letivo? Houve medidas adequadas que ajudem a estancar a diminuio de alunos no Politcnico?

    R A minha perspetiva que nos prximos anos vai continuar a haver uma diminuio de alunos, embora no to brusca, sobretudo porque h uma mudana da estrutura das formaes. Passmos de uma realidade com licenciaturas de quatro ou cinco anos para licenciaturas de trs anos. Agora, se calhar, no prximo ano vamos deixar de ter menos alunos nas licenciaturas para ter em cursos tcnicos superiores profissionais com a durao de dois anos. O que quer dizer que para mantermos o mesmo nmero de alunos num determinado ano tm que anualmente ingressar muito mais do que ingressavam antes porque eles saem mais rapidamente. No estou obviamente otimista mas sou realista. Penso que o prximo ano no ser muito diferente do que foi este. Dentro de todas as condicionantes que nos absorvem, diria que no ser mau se nos conseguirmos manter no esta-do atual. Penso que j ser positivo porque difcil nesta altura esperar fazer melhor e por isso a nossa

    No altura de inventar e arriscar em formaes que no nos do garantias de sucesso Entrevista a Constantino Rei, presidente do Instituto Politcnico da Guarda

    preocupao concentrarmo-nos no que fazemos.

    P Para alm da formao do ensino supe-rior, os Cursos de Especializao Tecnolgica e a adaptao a um novo modo de formar o caminho do Politcnico?

    R Tem que ser necessariamen-te, independentemente de concor-darmos ou no. No sou contra esse tipo de formaes e, em particular, as novas que iro substituir os CET, muito pelo contrrio. Se no as tivssemos feito no Politcnico da Guarda, hoje estaramos muito pior do que estamos. Houve algumas crticas por apostar-mos nestas formaes e h pessoas que as consideram uma menorizao e uma descredibilizao do ensino superior, mas a verdade que se no tivssemos apostado nelas, teramos nesta altura menos 15 por cento de alunos. Atualmente, o IPG tem um total de 2.750 alunos e 370 nos CET.

    P J possvel aferir da percentagem de alunos dos CET que depois prosseguem os seus estudos no IPG?

    R - H realidades distintas. Em primeiro lugar, infelizmente, a percentagem de alunos que no concluram esses cursos demasiado elevada. verdade que tambm significativo, no tanto quanto

    desejaramos e tambm no esse o objetivo fun-damental, o nmero de alunos que ingressam nas licenciaturas. Por exemplo, quando em outubro ou novembro se discutiram as relaes do IPG com a Universidade da Beira Interior, eu alertei que, conclu-

    do o concurso nacional de acesso ao ensino superior, tnhamos os cursos de Engenharia Civil e de Engenha-ria Topogrfica praticamente sem alunos. No entanto, conseguimos manter Engenharia Civil e este ano, de acordo com os critrios do secre-trio de Estado, esse curso continua a funcionar e isso graas aos alunos dos CET. Houve um trabalho inter-no, de porta a porta, um contacto pessoal dos professores para con-vencer os alunos a matricularem-se na licenciatura. E o resultado que tnhamos praticamente zero alunos em novembro e passmos a ter 12 ou 13, o que a diferena entre encerrar ou manter um curso. Poder-se- questionar se o nmero significativo, evidentemente que no , mas tambm no podemos

    desesperar, at porque em 2000/2001 o curso de Gesto teve zero alunos em dois anos consecutivos. Mas houve ponderao e hoje na Escola Superior de Tecnologia e Gesto esse o curso mais sustentvel e o que garante maior nmero de entradas. um

    pblico obviamente importante que no podemos des-prezar e agora temos um trabalho muito intenso para preparar os novos cursos, embora seja necessrio refletir muito bem sobre a oferta de mais formaes porque tm que responder s necessidades do mer-cado e estarem em linha na fileira da formao que temos nas licenciaturas e mestrados.

    P Depois do Ministrio ter rejeitado a proposta de integrao na UBI, o IPG vai ter que trilhar um caminho sozinho ou h outra estratgia?

    R Nesta altura, a minha perspetiva que o Politc-nico tem que, com as suas foras e as suas fraquezas, olhar para o futuro tendo em conta as suas capacidades e no com os outros.

    P Mas o IPG quer continuar a interagir com a UBI?

    R Naturalmente, mas a interao sempre existiu, existe e provavelmente mais forte hoje do que era h alguns anos. Agora, a hiptese de haver uma verdadeira reforma do ensino superior est colocada de parte com o atual governo. verdade que legalmente no possvel a fuso, mas tambm no era exatamente disso que se tratava. Nada foi feito porque politicamente no h interesse, uma opo que terei que respeitar e terei que trabalhar em funo das orientaes polticas de quem tem competncia para as impor. Como a orientao poltica neste momento a dos chamados consrcios, sobretudo entre instituies da mesma natureza e eventualmente com Politcnicos e Univer-sidades, devo dizer que no sou nada otimista nem apologista desta soluo. Os consrcios so acordos e os acordos fazem-se quando h vontade entre as partes e portanto no preciso de um consrcio formal para que docentes do IPG ou da UBI colaborem porque j estamos a faz-lo. Temos professores da UBI a vir Guarda e professores da Guarda a ir UBI, h projetos de investigao onde ns participa-mos, h cooperao a vrios nveis, pelo que basta haver vontade. Este tipo de consrcios no resolve o problema fundamental, que de ajustamento entre oferta e procura, de adaptao das instituies a uma realidade regional cada vez mais problemtica, com menos pessoas e menos capacidade de interveno na sociedade. O que est a acontecer que as instituies, individualmente, esto a ficar cada vez mais fracas e vo continuar a fragilizar-se, o que significa que o todo tambm fica mais fraco, mas este o caminho. Ns vamos continuar a colaborar, mas quando a tutela nos diz que podemos partilhar-se recursos, eu pergunto que recursos que querem que partilhe se tenho docentes a mais e a instituio ao lado tambm tem docentes a mais? Vamos partilhar o qu? Os excessos? Os consrcios no so soluo e por isso a minha preocupao enfrentar o futuro com as nossa foras e com as nossas fraquezas.

    P Acredita ento que o ensino superior no distrito da Guarda tem futuro e esse o caminho

    Perfil

    Nome: Constantino Rei

    Idade: 52 anos

    Professor Coordenador

    Presidente h quatro anos Vice-presidente durante 18 meses (nomeado em 2009, at setembro 2010)

    Ao contrrio de outros, procurmos tambm no dupli-

    car formaes, nem aumentar e arriscar novos cursos, mas consolidar as for-maes atuais.

  • 3Quinta-feira, 24 de jlnho de 2014 Especial Ensino - Formao

    No altura de inventar e arriscar em formaes que no nos do garantias de sucesso que vai ter que ser defendido nos prximos tempos?R Temos que acreditar que tem futuro. Sabe-

    mos que um futuro difcil, que mais cedo ou mais tarde ter que haver alteraes mais profundas, mas temos que continuar a trabalhar. A mim no me satisfaz minimamente estar c daqui a 10 anos e ter metade dos alunos que tenho hoje, como no me sa-tisfaz que em 2014 tenhamos menos 40 por cento de alunos que em 2000. Obviamente que tudo faremos para evitar que isso continue, mas estamos cada vez mais fracos e h movimentos que no conseguimos contrariar. A minha preocupao fortalecer o ensino superior na regio da Guarda e na Guarda. No estou muito preocupado com a natureza das formaes, aquilo que interessa fundamentalmente que a regio tenha um ensino superior cada vez mais forte.

    P Precisamente porque a demografia no distrito da Guarda no perdoa, uma das apostas tem sido nomeadamente nos alunos vindos dos pases de lngua portuguesa. uma aposta que faz sentido?

    R Faz sentido e um dos dois desafios mais importantes que nos esperam nos prximos anos precisamente o da internacionalizao, mas temos que ter os ps assentes na terra e saber que no va-mos resolver os problemas com isso. Recentemente questionei o reitor de uma das maiores universidades do pas sobre a expetativa do nmero de estudantes internacionais que este ano esperavam captar e a resposta foi entre 100 e 150. Portanto, se uma universidade centenria espera captar uma centena de alunos no se pode esperar que o Politcnico da Guarda, ou qualquer outro politcnico do interior, cap-te 100, 200 ou 300 alunos. Temos que investir nessa rea e selecionar de forma rigorosa os mercados onde podemos ter algumas hipteses porque sem semear no podemos colher frutos. Os pases africanos so uma possibilidade, mas no provavelmente a melhor soluo na medida em que a situao financeira de alguns deles tambm no famosa e no podemos esperar um volume muito significativo de candidatos. Nos pases com mais capacidades comea a haver muitas barreiras sada de estudantes e, sem me-nosprezar, nomeadamente, Cabo Verde, com o qual temos vrias parcerias e esperamos continuar a ter uma comunidade relativamente razovel na Guarda, temos que nos virar principalmente para o Brasil e eventualmente para algum outro pas da Amrica Latina. Temos que conseguir captar algumas dezenas de estudantes brasileiros para que nos ajudem a sustentar alguns cursos. Estamos a trabalhar nisso e os prximos dois, trs anos vo ser determinantes nessa aposta.

    P O Politcnico a internacionalizar-se nos prximos anos. o caminho?

    R Temos que o fazer. Alguns certamente criti-caro, podero pensar que eventualmente dinheiro desperdiado mas nas ltimas semanas gastmos quase 15 mil euros em atividades de promoo no Brasil porque entendemos que, num pas como aquele, se no fizermos alguma coisa, ningum por sua iniciativa vai saber que existe um Politcnico na Guarda.

    P Mas no Brasil, quando os alunos pensam estudar em Portugal, preferem Lisboa, Porto e Coimbra. Como se consegue combater isso?

    R Esse um dos obstculos que vamos tentar contornar. evidente que um estudante, do Brasil ou de outro pas, com cinco ou sete mil euros para gastar em propinas, mais o dobro para despesas correntes, no vem para a Guarda, fica nas grandes universidades com maior reputao porque isso que procura. Mas nesses pases tambm h um mercado de classe mdia que, se calhar, ter capacidade para pagar 1.500 ou dois mil euros de propinas. O preo ser, eventualmente, a vantagem competitiva que

    poderemos ter no interior. Isto , termos que fazer um esforo e fixar um valor de propinas bastante mais baixo para captar aquele aluno que eventualmente gostaria de vir para a Europa mas no tem capacidade para ir para Lisboa ou Porto.

    P Defendeu muitas vezes junto do poder poltico a exis-tncia de majoraes para quem venha estudar para o interior. Tem havido algum resultado dessa defesa?

    R H pelo menos sinais posi-tivos. Alguns, pelos vistos, podero concretizar-se j este ano, outros no. Um exemplo. Recentemente fomos surpreendidos com uma informao da secretaria de Estado que aponta para que possamos admitir estudantes estrangeiros e conceder-lhe bolsas. No essencial, a medida, que positiva para ns no interior, que se temos um curso com capacidade para absorver 10 ou 20 alunos sem nenhum inves-timento adicional, porque temos capacidade instalada, porque no subsidiar os alunos estrangeiros para que venham para c? Claro que a instituio que vai suportar os custos e as bolsas, que, segundo o secretrio de Estado, sero de dois

    tipos: o estudante estrangeiro pode pagar o mesmo valor que um estudante nacional ou, no limite, pode

    at no pagar propina nenhuma. Se podem entrar 10 alunos num curso com 10 vagas numa institui-o do interior e sem nenhum custo parece-me positivo e algo que provavelmente nos beneficia com-parativamente s universidades do litoral, se o critrio for o da ocupao de vagas. A ideia ser desviar esses estudantes internacionais para onde existe capacidade instalada. uma medida positiva que j vem muito tarde, pelo menos, para o prximo ano letivo. Tambm a criao de bolsas nacionais para os estudantes que queiram vir para algumas insti-tuies do interior positiva, mas no ser implementada de certeza absoluta em 2014/2015. Estes so alguns sinais positivos que preciso concretizar, contudo, acredito que, com essas e outras medidas, 2015 possa ser eventualmente um ano de viragem.

    P - Avizinha-se um processo eleitoral. Aps algum impasse, decidiu recandidatar-se. Qual a mensagem que tem para merecer o apoio e continuar como lder do Politcnico da

    Guarda aps as eleies de 17 de outubro?R Nunca disse que no seria candidato mas mani-festei algumas reservas e a eventualidade de o no ser. Quis ao mesmo tempo lanar algum alerta internamente para as dificuldades e para alguma passividade que se assistia nalguns setores. Provavelmente, se no fosse esse alerta no teria ocorrido o que j disse dos professores terem sado do seu gabinete, terem pegado no telefone e ligado a alunos que conheciam dos CET para os convencer a matricularem-se na licenciatura.

    P Houve uma estratgia da sua parte de agitar um pouco as guas, no sentido dos pro-fessores manifestarem no terreno essa vontade de dar vida ao Politcnico?

    R Claro, porque todos temos que nos conven-cer que o presidente do Politcnico, ou de qualquer instituio, por mais brilhante que seja, no resolve os problemas sozinho. Pode orientar e ter um papel ativo no rumo e nas opes estratgicas, mas depois no ele que, no terreno, realiza as coisas. Se um comandante de um navio no tiver os marinheiros a trabalhar consigo no adianta nada e foi um bocado nesse sentido.

    P Confia hoje mais nos docentes e no pes-soal discente da instituio?

    R Sim. Confio que h cada vez mais pessoas que perceberam o alerta, que esto obviamente conscientes e disponveis para, num ambiente como o atual, de trabalhar mais e receber menos, dar tudo pelo instituto e pela sobrevivncia da instituio e, em muitos dos casos, dos seus postos de trabalho.

    P Esto todos a remar para o mesmo lado?R Nunca podemos esperar que sejam todos e

    temos que aceitar as diferenas e as divergncias. No quero que as pessoas estejam todas de acordo comigo, peo-lhes que trabalhem em prol de um bem comum, que faam, se sacrifiquem pela institui-o e que saiam da sua zona de conforto e trabalhem, independentemente do presidente ser A, B ou C. Acho que este agitar de conscincias produziu alguns resul-tados e que a conscincia da necessidade desse tra-balho hoje maior. Se os marinheiros se levantaram e comearam a remar, o comandante no pode, ou no deve, abandonar o barco. No mnimo, deve dizer estou c para dar a cara e essa uma das razes que me levou a recandidatar-me e depois tambm porque, do ponto de vista mais estratgico, global e poltico, hoje possvel concluir que se tentarmos construir solues com os atores, obviamente com o peso poltico e institucional que algumas pessoas tm, podemos conseguir resultados. A verdade que h medidas concretas que vo constar, por exemplo, em programas operacionais, que foram resultado da cha-mada Cimeira da Guarda entre os presidentes dos Politcnicos, os autarcas e os ministros. Isto tambm nos devolve alguma confiana e algum otimismo para continuarmos neste rumo e nesta batalha.

    P Conta ter adversrios nas eleies?R Embora isso faa muito bem ao ego, eu no

    gosto, por princpio, de ser candidato nico, mas infe-lizmente isso tem sempre acontecido comigo. talvez sinal que as pessoas reconhecem capacidade e enten-dem que no so alternativa, mas acho que seria bom e til que o Conselho Geral tivesse a oportunidade de escolher. No tenho nenhum complexo quanto a isso. Estou disponvel para servir o Instituto, a Guarda e a regio, no nenhum projeto de poder pessoal, no isso que me motiva nem a ambio de ser presidente. Se calhar ficaria, do ponto de vista pessoal, muito mais descansado se me remetesse s funes de profes-sor, mas acho que, estrategicamente, para o IPG e sobretudo para o Conselho Geral era interessante que houvesse mais do que uma candidatura porque signi-fica que haveria estratgias diferentes. Eu espero que haja, caso contrrio, c estarei c para assumir a minha responsabilidade. Mas vamos aguardar.

    Termos que fazer um esforo e fixar um valor de propi-nas bastante mais baixo para captar aquele aluno que

    eventualmente gostaria de vir para a Europa mas no tem capacidade

    para ir para Lisboa ou Porto.

  • 4 Quinta-feira, 24 de julho de 2014Especial Ensino - Formao

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    Imprensa Regional da Beira Interior: me-mrias e percursos o tema do seminrio que o Instituto Politcnico da Guarda vai promover no dia 6 de Novembro de 2014.

    Esta iniciativa pretende ser o ponto de partida para um progressivo debate e investigao em torno da imprensa da nossa regio, contribuindo para que so desaparea a memria e se continue a afirmar como uma valiosa fonte de informao sobre factos, pocas, realidades polticas, econ-micas e sociais, como explicado no stio deste seminrio, na internet.

    As inscries para comunicaes ou para par-ticipar devem ser feitas em http://www.ipg.pt/sirbi/.

    Seminrio sobre Imprensa da Beira Interior

    O Instituto Politcnico da Guarda vai promover, a 30 de Outubro de 2014, o III Frum sobre Toponmia da Guarda.

    Como sublinhado pela Comisso Organizadora a toponmia assume-se como referncia dos valores histricos, culturais de cada lugar e memria coletiva de factos, personalidades, tradies ou legados identitrios

    Deste modo, inteno do IPG incrementar o

    estudo/divulgao atravs de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem a Guarda da memria e um melhor conhecimento da toponmia, no distrito.

    Na nota informativa distribuda a propsito, pode ler-se que se a toponmia tem uma importncia inques-tionvel na delimitao de espaos, permite, por outro lado, apreender a matriz de um povo, a organizao

    scio geogrfica, o desenho da malha urbana de pocas passadas, o conhecimento e investigao de stios hist-ricos ou arqueolgicos, o papel do povo na salvaguarda da atribuio de nomes que a tradio consolidou.

    A submisso de comunicaes deve ser feita at 12 de Setembro; os interessados em participar devem efetuar a sua inscrio at 10 de Outubro. Mais infor-maes em http://www.ipg.pt/toponimia/.

    Frum sobre Toponmia

    No Instituto Politcnico da Guarda (IPG) est em funcionamento um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior para apoio aos candidatos do distrito. Este gabinete, instalado no edifcio dos Servios Centrais do IPG, tem por objetivo proporcionar apoio informativo aos estudantes candidatos ao ensino superior, integrando

    servio de atendimento presencial. Recorde-se que a primeira fase de candidaturas

    decorre de 17 de Julho a 8 de Agosto; a segunda fase de 8 a 19 de Setembro e a terceira fase de 2 a 6 de Outubro.

    O Gabinete de Acesso ao Ensino Superior funciona, no Politcnico da Guarda (edifcio dos Servios Centrais),

    todos os dias teis das 9h s 12h30 e das 14 s 17h00, dispondo de uma equipa para acolhimento, esclarecimento e ajuda no processo de acesso ao ensino superior.

    O contato pode tambm ser estabelecido atravs de correio eletrnico ([email protected]) ou via telefone (271 220 100 | 271 220 162).

    Acesso ao Ensino Superior

    No Instituto Politcnico da Guarda vai realizar-se, a 24 e 25 de Outubro de 2014, o IV Congresso da Sociedade Cientfica de Pedagogia do Desporto.

    O prazo para submisso de comunicaes est a decorrer at ao prximo dia 15 de Setembro.

    Os interessados podem obter mais informaes em http://www.ipg.pt/4congresso-scpd.

    O Instituto Politcnico da Guarda (IPG) e Universi-dade de Salamanca (USAL) apresentaram na passada semana um plano de empreendedorismo para os muni-cpios de fronteira da Beira Interior Norte e Salamanca.

    O Plano Integrado Transfronteirio de Apoio ao Empreendedorismo na Beira Interior Norte e Salamanca (PITAE BIN-SAL) pretende dar conhecer os constran-gimentos destes territrios de fronteira, as lgicas de fomento ao empreendedorismo nestes municpios, face

    O Instituto Politcnico da Guarda, em parce-ria com Centro de Investigao em Cincias do Desporto, Cincias da Sade e Desenvolvimento Humano (CIDESD), vai promover, nos dias 14 e 15 de Novembro de 2014, o Congresso Internacional de Exerccio e Performance Desportiva (CIDESD 2014 International Congress of Exercise and Sports Performance).

    O CIDESD 2014, e de acordo com a organiza-o, pretende ser um espao de confluncia entre acadmicos, treinadores e atletas que possibilite interaes cientficas relevantes, enquanto suporte para intervenes mais qualificadas ao nvel da pres-crio de exerccio e da performance desportiva.

    Este congresso vai contar com intervenes Prof. Doutor Per Tesch (Karolinska Institute Estocol-mo Sucia), e do Prof. Doutor Christopher Carling (University of Central Lancashire Reino Unido) e do Prof. Igncio Royo (Subdirector General de Deporte y Salud - Consejo Superior de Deportes do Minist-rio de Educacin, Cultura y Deporte), entre outros igualmente com projeo acadmica internacional.

    De referir que Per Tesch reconhecido mun-dialmente pelos avanos produzidos na rea da fisiologia muscular e suas adaptaes ao treino em diferentes condies. Este professor desenvolve tambm projetos de investigao com a Agencia Espacial Europeia que visam melhorar o conheci-mento sobre as adaptaes fisiolgicas induzidas aos astronautas na ausncia da gravidade, bem como o desenvolvimento de novos equipamentos a utilizar no treino dos astronautas no espao.

    Atualmente inegvel a contribuio da cincia para a otimizao do desempenho motor humano (seja no desporto ou tarefas motoras da vida diria), bem como para a promoo da sade atravs da atividade e exerccio fsico, acentua a organizao deste evento.

    A submisso de comunicaes dever ser feita at 15 de Setembro, podendos os interessados obter informaes adicionais relativas ao programa cien-tfico e inscrio em http://www.ipg.pt/cidesd2014/.

    Pedagogia do Desporto

    No Politcnico da Guarda

    Congresso Internacional de Exerccio e Performance Desportiva

    Politcnico da Guarda e Universidade de Salamanca desenvolvem plano para municpios de fronteira

    aos problemas estruturais existentes, apontando vetores de desenvolvimento e medidas para a promoo de atividades que fortaleam as atividades empresariais existentes e criao de novas iniciativas de negcio.

    Este plano foi desenvolvido por uma equipa conjunta do Instituto Politcnico da Guarda e da Universidade de Salamanca, no mbito da iniciativa VIP BIN-SAL II, promovida pela Diputacion de Sa-lamanca atravs da OAEDER e da Associao de

    Municpios da Cova da Beira, integrado no POCTEP: Programa Operativo de Cooperacin Transfronteriza de Espaa Portugal

    Saliente-se que o empreendedorismo uma das quatro reas temticas apresentadas no Plano Estratgico CT BIN-SAL 2020 e est, tambm, enqua-drado nos objetivos da Estratgia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentvel e inclusivo. Na medida em que a estratgia Europa 2020, no mbito do novo QEC (Quadro Estratgico Comum), assenta na focalizao nos resultados e procura maximizar o impacto do financiamento da UE, o fomento do empre-endedorismo assume-se de forma articulada nestas linhas de orientao.

    Para Gonalo Fernandes (Vice-Presidente do Po-litcnico da Guarda e um dos autores do Plano), este trabalho permitiu estruturar informao e estabelecer vetores de desenvolvimento, medidas e estratgias de empreendedorismo multidimensional, que conjuguem a fixao e atrao de empreendedores e investidores

    Destacou, por outro lado, a importncia do desen-volvimento de polticas pblicas que reduzam os custos de contexto associados a estas regies, potenciado a capacidade de atrao e valorizao dos recursos, o reconhecimento da especificidade territorial e sua qualificao, a valorizao pela inovao nos produtos endgenos e a bonificao fiscal dos investidores que pretendam instalar-se nesta regio.

  • 5Quinta-feira, 24 de jlnho de 2014 Especial Ensino - Formao

    Formao Inicial para Obteno do Carto Manipulador de Carnes

    Tcnicas de Comercializao de Carnes e seus

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    15 horas

    Formao Contnua - Atualizao Obrigatria para Renovao

    de Carto Manipulador de Carnes

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    Formao

    Pedaggica Inicial de Formadores

    90 horas

    Lngua Inglesa Iniciao Nvel Avanado

    50 horas 35 horas

    Lngua Alem

    Iniciao Nvel Avanado

    50 horas 35 horas

    FORMAO NO FINANCIADA

    Condutor/ a Manobrador/ a

    de Empilhadores

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    Auditorias a Sistemas de Gesto

    da Qualidade

    40 horas

    INSCRIES ABERTAS

    TCNICO/A DE INFORMTICO

    CARGA HORRIA

    200 horas

    CONDIES DE ACESSO

    Desempregados inscritos h mais de 6

    meses no Centro Emprego;

    Habilitaes do 9.ano ao 12 ano inclusive;

    Idade superior a 23 anos ou inferior desde que tenham descontado para a Segurana Social durante 1 ano.

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    Bolsa de Formao

    Subsdio de Alimentao

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    Subsdio de Acolhimento

    * O somatrio dos subsdios no pode ultrapassar o valor de 70% do IAS

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    Tcnicas de Socorrismo

    25 horas

    Como Atuar em Caso de Emergncia

    16 horas

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    H cerca de 150 cursos superiores com taxa de desemprego igual ou acima da mdia nacional, de 15,1 por cento, que abriram vagas para o pr-ximo ano letivo. As licenciaturas com maior taxa de desemprego esto nos institutos politcnicos, indicam os dados do Ministrio da Educao.

    Entre as reas de formao com maior taxa de desemprego esto os servios de sade pblica, onde se incluem os cursos de Sade Ambiental. Entre os seus diplomados, 18 por cento esto no desemprego, segue-se a rea do Trabalho Social e de Arquivo e Documentao. Arquitetura e Urbanismo apresenta uma taxa de 14 por cento h quase 600 arquitetos inscritos nos centros de emprego. Olhando para os cursos, Marketing e Comunicao Empresarial lecionado no Instituto Politcnico de Viana do Castelo o que tem maior nvel de desemprego, com mais de 66 por cento. No prximo ano letivo tem mais 35 vagas. J com a maior taxa de empregabilidade est Medicina e cursos na rea das engenharias informticas. A Medicina , alis, o curso que continua a garantir maior nvel de emprego aos seus diplomados. H apenas um registo nos centros do Instituto de Emprego e Formao Profissional (IEFP), dos quase 1.700 alunos que tiraram o curso na Universidade de Lisboa entre os anos letivos 2006/2007 e 2011/2012.

    Entre as reas com maior empregabilidade est tambm a Engenharia e Tcnicas Afi ns com 0,3 por cento de taxa de desemprego. Aqui no est includa a Engenharia Civil: entre os mais de 11 mil diplomados, h mil que esto no desem-prego. Entre instituies, a Universidade de Trs-

    Os cursos com mais e menos desemprego

    os-Montes e Alto Douro ocupa o primeiro lugar na tabela, com perto de 16 por cento de diplomados no desemprego. Segue-se o Instituto Politcnico de Bragana, com mais de 13 por cento. J as uni-versidades da Madeira e dos Aores apresentam a maior taxa de empregabilidade entre os seus diplomados, seguidas da Escola de Enfermagem de Lisboa. No geral, a taxa de desemprego entre licenciados fi ca-se nos 8,3 por cento, bem abaixo da mdia nacional. O ensino politcnico o que apresenta piores resultados, com 9,2 por cento de desemprego entre os seus alunos diplomados h mais de um ano, enquanto nas universidades

    esse valor cai dois pontos percentuais.Este retrato da empregabilidade dos cursos

    foi atualizado pelo Ministrio da Educao, a partir dos registos feitos nos centros de emprego at 31 de dezembro de 2013. A partir da listagem de 919 cursos entre os anos letivos 2006/2007 e 2011/2012, chega-se concluso que 172 cursos tm uma taxa de desemprego igual ou superior mdia nacional, de 15,1 por cento. Destes cursos, cerca de duas dezenas j no vo abrir portas no prximo ano letivo. As candidaturas ao ensino superior pblico arrancaram na passada quinta-feira e decorrem at 8 de agosto.

    Cursos com maior taxa de desemprego

    - Marketing e Comunicao Empresarial (66,6 por cento), no Instituto Politcnico de Viana do Castelo - Gesto de Atividades Tursticas (55,5%), no Instituto Politcnico do Cvado e do Ave- Gerontologia Social (45,4%), no Instituto Poli-tcnico de Coimbra- Engenharia de Sistemas de Energias Renovveis (38%), no Instituto Politcnico de Viana do Castelo- Engenharia Informtica (37,5%), na Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro- Vdeo e Cinema Documental (34,4%), no Instituto Politcnico de Tomar- Animao Cultural (29,5%), no Instituto Politc-nico de Leiria- Arte e Design (28,9%), no Instituto Politcnico de Bragana- Nutrio Humana e Qualidade Alimentar (28,3%), no Instituto Politcnico de Castelo Branco- Design de Equipamento (27,5%), no Instituto Politcnico da Guarda

    Cursos com menor taxa de desemprego

    - Medicina (0%), na Universidade de Lisboa - Gesto (0,2%), na Universidade dos Aores- Engenharia Informtica + Design de Media Interativos (0,3%), na Universidade da Madeira- Enfermagem (0,4%), na Universidade da Madeira - Enfermagem (0,4%), na Universidade dos Aores- Engenharia Eletrotcnica e de Computadores (0,4%), no Instituto Superior Tcnico- Cincias da Educao (0,5%), na Universidade da Madeira- Engenharia Informtica (0,5%), na Universidade de Coimbra- Getso (0,5%), na Universidade da Madeira- Economia (0,6%), na Universidade da Madeira

  • 6 Quinta-feira, 24 de julho de 2014Especial Ensino - Formao

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    Nome do curso Grau Vagas iniciais de 2014Vagas iniciais

    de 2013

    Nota do ltimo colocado na 1. fase

    de 2013Escola Superior de Educao, Comunicao e DesportoComunicao Multimdia Licenciatura - 1 ciclo 50 50 116,5Animao Sociocultural Licenciatura - 1 ciclo 23 23 119,1Desporto Licenciatura - 1 ciclo 54 54 100,7Comunicao e Relaes Pblicas Licenciatura - 1 ciclo 48 48 107,4Educao Bsica Licenciatura - 1 ciclo 25 25 124,5Escola Superior de Tecnologia e GestoContabilidade Licenciatura - 1 ciclo 25 29 ---Design de Equipamento Licenciatura - 1 ciclo 35 40 137,7Engenharia Civil Licenciatura - 1 ciclo 25 28 ---Engenharia Informtica Licenciatura - 1 ciclo 40 38 130,8Engenharia Topogrfica Licenciatura - 1 ciclo 20 20 ---Gesto Licenciatura - 1 ciclo 40 38 118,5Gesto de Recursos Humanos Licenciatura - 1 ciclo 30 32 119,4Marketing Licenciatura - 1 ciclo 27 27 115,4Energia e Ambiente Licenciatura - 1 ciclo 27 27 117,2Escola Superior de Turismo e HotelariaGesto Hoteleira Licenciatura - 1 ciclo 44 44 114,4Turismo e Lazer Licenciatura - 1 ciclo 27 27 115,3Restaurao e Catering Licenciatura - 1 ciclo 26 26 101,9Escola Superior de SadeEnfermagem Licenciatura - 1 ciclo 70 70 107,0Farmcia Licenciatura - 1 ciclo 40 40 107,6

    Instituto Politcnico da GuardaNome do curso Grau

    Vagas iniciais de

    2014

    Vagas iniciais de

    2013

    Nota do ltimo colocado na 1. fase

    de 2013Arquitetura Mestrado Integrado 65 65 117,1Bioengenharia Licenciatura - 1 Ciclo 30 30 112,8Bioqumica Licenciatura - 1 Ciclo 40 35 129,5Biotecnologia Licenciatura - 1 Ciclo 40 35 135,1Cincia Poltica e Relaes Internacionais Licenciatura - 1 Ciclo 32 32 121,2

    Cincias Biomdicas Licenciatura - 1 Ciclo 55 55 158,4Cincias da Comunicao Licenciatura - 1 Ciclo 45 45 136,6Cincias da Cultura Licenciatura - 1 Ciclo 20 20 98,0Cincias do Desporto Licenciatura - 1 Ciclo 57 57 118,1Cincias Farmacuticas Mestrado Integrado 50 50 152,9Cinema Licenciatura - 1 Ciclo 45 40 123,2Design de Moda Licenciatura - 1 Ciclo 50 40 131,2Design Industrial Licenciatura - 1 Ciclo 35 35 110,4Design Multimdia Licenciatura - 1 Ciclo 40 40 120,4Economia Licenciatura - 1 Ciclo 45 45 106,3Engenharia Aeronutica Mestrado Integrado 40 40 148,8Engenharia Civil Mestrado Integrado 30 50 122,7Engenharia Eletromecnica Licenciatura - 1 Ciclo 40 40 108,2Engenharia Eletrotcnica e de Computadores Licenciatura - 1 Ciclo 20 30 133,4

    Engenharia Informtica Licenciatura - 1 Ciclo 55 60 109,3Estudos Portugueses e Espanhis Licenciatura - 1 Ciclo 35 35 99,0Gesto Licenciatura - 1 Ciclo 57 57 126,5Informtica Web Licenciatura - 1 Ciclo 30 --- ---Marketing Licenciatura - 1 Ciclo 33 33 95,0Medicina Mestrado Integrado 140 140 174,3Optometria - Cincias da Viso Licenciatura - 1 Ciclo 45 45 110,0Psicologia Licenciatura - 1 Ciclo 40 45 137,2Qumica Medicinal Licenciatura - 1 Ciclo 30 30 128,4Sociologia Licenciatura - 1 Ciclo 36 36 106,7

    Universidade da Beira Interior

  • 7Quinta-feira, 24 de jlnho de 2014 Especial Ensino - FormaoPUB

    A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2014/2015 comeou no passado dia 17 e termina a 8 de agosto. Para o efeito, a Univer-sidade da Beira Interior (UBI) dispe de um Gabinete de Acesso junto aos Servios Acadmicos - Polo I.

    A UBI oferece, este ano, mais uma licencia-tura, Informtica Web, que pretende aumentar o nmero de graduados numa rea em que a procura no mercado de trabalho crescente e a oferta de

    UBI abre nova licenciatura em Informtica WEB

    A Cmara da Covilh a primeira instituio a apoiar o programa de 50 bolsas de estudo lanado recentemente pela Universidade da Beira Interior (UBI). O acordo foi assinado na semana passada e contempla o apoio de estudantes do concelho que ingressem pela primeira vez na UBI.

    Segundo este protocolo, que vigorar durante cinco anos, renovveis por iguais perodos, a autar-quia vai subsidiar anualmente trs bolsas no valor da propina em vigor. Est ainda prevista a atribuio de prmios escolares e subsdios para estgios dos formados na UBI. A universidade vai oferecer pela primeira vez cerca de 50 bolsas para estudantes que ingressem nas suas licenciaturas ou mestrados integrados. Os contemplados tero direito a apoios que variam entre 1.500 euros e o valor anual das

    propinas, montantes que podero ser acumulados com as bolsas de estudo oferecidas pelo Estado. Segundo a instituio, estas bolsas so oferecidas por instituies e empresas da regio e destinam-se sobretudo a cursos da rea de engenharias. A seriao dos candidatos ter por base uma frmula que contempla a sua situao scio-econmica e a nota de candidatura no concurso nacional de acesso ao ensino superior. Para o reitor da UBI, a oferta destas bolsas uma forma de incentivar os jovens a prosseguir estudos e junta-se s Bolsas do Estado, ao Fundo de Apoio Social da UBI, s residncias universitrias e s cantinas, formando uma das melhores ofertas sociais do pas, diz An-tnio Fidalgo. Atualmente, a UBI tem cerca de 2 mil estudantes bolseiros.

    Cmara da Covilh apoia bolsas da UBI

    graduados , ainda, insuficiente. O curso ter uma componente ligada naturalmente informtica, mas complementada com o estudo do design, para que os futuros licenciados tenham capacidade para trabalhar na produo de aplicaes para a Internet. A nova licenciatura tem como possveis sadas profissionais: start-ups tecnolgicas, nicho das empresas de near-shoring, de computao em nuvem e desenvolvimen-to de aplicaes para dispositivos mveis.

    Os novos cursos superiores de dois anos, que vo funcionar em exclusivo nos institutos politcnicos, avanam j no prximo ano letivo, embora com me-nos oferta daquela que pode vir a ser apresentada, em fora, em 2015/2016.

    A confirmao foi dada Rdio Renascena pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politcnicos (CCISP), Joaquim Mourato, que garante que vai ser possvel fazer um teste neste ano letivo. Ser um ano de experincia, no em termos significativos no nmero de cursos, nem de estudantes. Mas ser importante para estarmos em melhores condies no ano letivo de 2015/2016, afirmou o responsvel. At ao final deste ms, vo ser decididos os cursos a ministrar e s depois de sub-metidos e aprovados pela Direo-Geral de Ensino Superior (DGES) que sero abertas as vagas nos vrios politcnicos existentes pelo pas. No entanto, nenhum est obrigado a candidatar-se. Haver instituies que no vo abrir qualquer curso, outras abriro um ou dois e outras no mximo trs cursos, que o permitido por agora, por instituio, adianta Joaquim Mourato.

    Os estudantes que se queiram candidatar a estes cursos tero uma fase de candidatura inde-pendente da que comeou na semana passada para o ensino superior: Estes novos cursos so tcnico-superiores profissionais, no conferentes de grau, que estaro sujeitos a um concurso especfico

    Cursos superiores de dois anos arrancam atrasados e em lume brando

    local, de cada instituio, explica o presidente do CCISP. A eles podero concorrer todos os alunos que tenham o 12 ano completo ou cursos profissionais equivalentes. Podero ainda ser admitidos os estu-dantes que tenham os 10 e 11 anos completos e o 12 incompleto, mas ficam sujeitos a um programa complementar proporcionado pelos politcnicos. De resto, para os alunos destes cursos o ano letivo comear mais tarde, pois s em outubro que devero abrir as vagas.

    O objetivo do Governo era ter arrancado com estes cursos em pleno j em 2013, sendo esta uma ferramenta para, dentro de seis anos, cumprir a meta de atingir os 40 por cento de diplomados entre os 30 e 34 anos. A tutela j garantiu um financiamento de 140 milhes de euros atravs de fundos comunitrios, estimando que cerca de 35 mil alunos venham a frequentar esta formao nos prximos anos.

  • 8 Quinta-feira, 24 de julho de 2014Especial Ensino - Formao

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    Gerar valor em educao no atual contexto social o grande desafio da escola contempo-rnea. Neste mbito, o Agrupamento de Esco-las de Almeida (AEA) tem refletido nos ltimos anos e tem vindo a questionar-se sobre:

    - Como melhorar continuamente o ensino e a aprendizagem na regio raiana do distrito da Guarda, salvaguardando a equidade justia e incluso na ao educativa?

    - Como salvaguardar o acompanhamento pedaggico de modo a evitar o fracasso es-colar e a repetio de ano letivo?

    - Como melhorar as prticas de ensino e aprendizagem no AEA, dentro e fora da sala de aula, aperfeioando a mobilizao de recursos cientficos, tcnicos e humanos, na procura de equidade em educao?

    Em resposta a estas questes, o AEA tem apostado no desenvolvimento de novas propostas pedaggicas, relacionadas com o Etnoconhecimento da regio fronteiria pelo uso de metodologias diferenciadas em sala de aula que valorizam no somente os saberes disciplinares, mas que procuram vincular a esses saberes os saberes oriundos da cul-tura, das prticas produtivas, das tradies histricas e que possam contribuir para a for-mao do aluno-cidado. Com a incorporao destas temticas em sala de aula, o AEA no est apenas a contribuir para a formao da cidadania dos alunos, mas est tambm a protagonizar um novo ensino, conjuntamente com a sua vasta rede de parceiros e todos os que de modo direto e indireto tm contribudo para a criao de identidade e reforo da autoestima de toda a comunidade educativa.