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EFEITOS DOS DANOS DE Piezodorus guildinii (Westwood, 1837)1 NO RENDIMENTO E QUALIDADE DA SOJA A. R. Panizzi 2 J. G. Smith 3 L. A. G. Pereira 2 J. Yamashita 2 RESUMO Experimentos utilizando gaiolas, conduzidos em Ponta Grossa (1973/74) e em Londrina (1975/76, 1976/77 e 1977/78) no Paraná, demonstraram que Piezodorus guildinii (West- wood) reduziu significativamente o rendimento da soja. Este efeito foi ocasionado pelo tempo de exposição das plantas à ação dos percevejos durante os perf odos de desenvolvi- mento e enchimento de vagem, com infestações de um e dois adultos/m de fileira, respecti- vamente. Foi observado que, a partir da 3~ semana do início do desenvolvimento de vagem até uma semana antes do final do enchimento, dois adultos/m afetaram significativamente o rendimento, quando atacaram a soja em per íodos mínimos de sete dias. Infestações de até oito adultos/planta na rnaturação, dois adultos/planta na floração e quatro adultos/m durante o perfodo vegetativo não reduziram significativamente o rendimento. A qualidade da semente e a percentagem de emergência foram prejudicadas conside- ravelmente quando as plantas, infestadas a partir de um adulto/m estavam no estádio de desenvolvimento ou enchimento de vagem. Na maturação, a qualidade da semente foi afetada significativamente a partir de dois adultos/planta. Em geral, à medida em que aumentou a população de percevejos, ocorreu redução gradativa na emergência e aumento na percentagem de dano. As sementes mais danificadas apresentaram menor proporção de 6leo, ocorrendo pequeno aumento relativo no teor de proteína. A retenção foliar foi mais acentuada quando os percevejos atacaram durante o desenvolvimento ou enchimento de vagem, sendo inexpressiva quando o ataque coincidiu com a floração ou a maturação. Durante o pertodo vegetativo os percevejos não causaram retenção foliar. A percentagem de infecção das sementes mostrou alta relação de causa e efeito entre infestações de percevejos e presença de microorganismos, desde o desenvolvimento até o final do enchimento de vagem. Das 19 espécies de rrucroorqanisrnos isolados das sementes danificadas por P. guildinii, Fusarium sp. foi o mais comum, infectando 30,28% das semen- tes examinadas. Hemiptera: Pentatomidae 2 Pesquisador da EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Caixa Postal 1061.86.100- Londrina, PR. 3 Professora do Departamento de Engenharia Agronômica, Universidade de Brasflia - Brasrlia, DF.

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EFEITOS DOS DANOS DE Piezodorus guildinii(Westwood, 1837)1 NO RENDIMENTO E

QUALIDADE DA SOJA

A. R. Panizzi2

J. G. Smith3

L. A. G. Pereira2

J. Yamashita2

RESUMO

Experimentos utilizando gaiolas, conduzidos em Ponta Grossa (1973/74) e em Londrina(1975/76, 1976/77 e 1977/78) no Paraná, demonstraram que Piezodorus guildinii (West-wood) reduziu significativamente o rendimento da soja. Este efeito foi ocasionado pelotempo de exposição das plantas à ação dos percevejos durante os perf odos de desenvolvi-mento e enchimento de vagem, com infestações de um e dois adultos/m de fileira, respecti-vamente. Foi observado que, a partir da 3~ semana do início do desenvolvimento de vagematé uma semana antes do final do enchimento, dois adultos/m afetaram significativamenteo rendimento, quando atacaram a soja em per íodos mínimos de sete dias. Infestações deaté oito adultos/planta na rnaturação, dois adultos/planta na floração e quatro adultos/mdurante o perfodo vegetativo não reduziram significativamente o rendimento.

A qualidade da semente e a percentagem de emergência foram prejudicadas conside-ravelmente quando as plantas, infestadas a partir de um adulto/m estavam no estádio dedesenvolvimento ou enchimento de vagem. Na maturação, a qualidade da semente foiafetada significativamente a partir de dois adultos/planta. Em geral, à medida em queaumentou a população de percevejos, ocorreu redução gradativa na emergência e aumentona percentagem de dano. As sementes mais danificadas apresentaram menor proporção de6leo, ocorrendo pequeno aumento relativo no teor de proteína.

A retenção foliar foi mais acentuada quando os percevejos atacaram durante odesenvolvimento ou enchimento de vagem, sendo inexpressiva quando o ataque coincidiucom a floração ou a maturação. Durante o pertodo vegetativo os percevejos não causaramretenção foliar.

A percentagem de infecção das sementes mostrou alta relação de causa e efeito entreinfestações de percevejos e presença de microorganismos, desde o desenvolvimento até ofinal do enchimento de vagem. Das 19 espécies de rrucroorqanisrnos isolados das sementesdanificadas por P. guildinii, Fusarium sp. foi o mais comum, infectando 30,28% das semen-tes examinadas.

Hemiptera: Pentatomidae

2 Pesquisador da EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Caixa Postal1061.86.100- Londrina, PR.

3 Professora do Departamento de Engenharia Agronômica, Universidade de Brasflia- Brasrlia, DF.

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. lI, 1979

ABSTRACT

Effects of damage by Piezodorus guildinii on yield and quality of soybeans.

Field experiments carried out in cages in Ponta Grossa (1973/74) and Londrina (1975/76,1976/77 and 1977/78), in the state of Paraná, 8razil, demonstrated that Piezodorus guildinii(Westwood) significantly reduced the soybean yields. Infestations of one and two adults/mof row during the pod-development and pod-filling stages, respectively, caused significantlosses in yield. The time of exposure of the plants to the stinkbug attack during these criti-cal periods, determined the amount of damage. From the 3rd week of pod-developmentuntil one week before the end of pod-filling, two adults/m attacking during minimumperiods of seven days, significantly reduced the soybean yield. Infestations up to eightstinkbugs/plant at maturation, two stinkbugs/plant at flowering and four stinkbugs/m atthe vegetative stage, did not aftect significantly the soybean yield.

Seed quality and percent germination were considerably reduced when the plantswere infested with 1 P. guildinii/m during the pod-development or pod-filling stage. Theseed quality was aftected significantly by an infestation of two or more adults/plant atmaturity, this being considered a high infestation. In general, as the stinkbug populationincrease a proportional increase in percentage of damage occurred and also a reduction ingermination. The greater the damage by P. guildinii the lower the oil content of the seed,although with increase damage there was a slightly higher protein fraction in the seed.

Delayed leaf retention was usually more pronounced when P. guildinii attacked theplants during the pod-development and pod-fill1ing stage, being negligeable when the stink-bug attack occurred at flowering or maturation. Attack during the vegetative stage didno cause delayed leaf retention later on.

There was a significant correlation between the percentage of seeds infected withmicroorganisms and vthe population of stinkbugs. From the 19 species of microorganismsisolated frem stinkbug-damaged seeds, Fusarium sp. was the most common, infecting30.28% of the seeds examined.

INTRODUÇÃO

Os percevejos da farnüia Pentatomidae são conhecidos como pragas da soja, ocorrendo aomenos 10 espécies no Brasil (Corseuil et aI. 1973, Heinrichs, 1976), embora somente Nezaraviridula (L.), Piezodorus guildinii (West.) e Euschistus heros Fabr. sejam consideradoseconomicamente importantes. Rendimentos da soja são reduzidos significativamente porpercevejos (Miner, 1961; Blickenstaff & Huggans, 1962; Daugherty et al., 1964; Duncan& Walker, 1968; Thomas et aI. 1974; Todd & Turnipseed, 1974; Vicentini & Jimenez,1977; Miller et ai., 1977).

Os principais danos causados por esses insetos são redução na qualidade da sementee na percentagem de germinação (Daugherty et al., 1964; Jensen & Newsom, 1972; Todd& Turnipseed, 1974), além da diminuição do teor de 61eo e ligeiro aumento da percentagemde proteina do grão (Miner, 1961; 1966, Daugherty et al., 1964; Todd & Turnipseed, 1974).Retardamento na maturação da soja ou retenção foliar tem sido também atribuidas aoataque de percevejos(Daugherty et al., 1964; Gomes, 1966; Vicentini & Jimenez 1977),e este fenômeno parece estar ligado a presença ou não de vagens na planta (Hicks & Pendi e-ton, 1969), A transmissão à soja do fungo Nematospora cory/i Peglion, causador da doença"mancha de levedura" ou "macha-fermento" por percevejos é bastante conhecida nos Esta-dos Unidos (Daugherty & Jackson, 1967; Daugherty, 1967; Clarke & Wilde, 1970 a, b, 1971),na Argentina (Vicentini & Jimenez, 1977) e no Brasil (Corso & Heinrichs, 1974). Alémdisso, Genung et aI., (1964) afirmam que os percevejos podem contribuir na disseminaçãodas doenças que afetam as vagens da soja.

Na Argentina, testes de campo comprovaram que P. guildinii é o percevejo quetem maior capacidade de causar danos à soja, apesar de não ser o responsável pelas maiores

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perdas (Vicentini & Jimenez, 1977). No Japão, outra espécie de Piezodorus (P. hybneriGmel.l é citado como praga importante da soja (Kobayashi, 1976).

No Brasil, Costa & link (1977) obtiveram redução no rendimento e na qualidadedos grãos de soja, causada por P. guildinii, embora não ten ham especificado o perf odo criti-co do ataque deste percevejo. Galileo (1977) infestou plantas com P. guildinii em quatroépocas do período reprodutivo, com nfveis desde quatro até 36 adultos/m de fileira, obser-vando queda significativa no rendimento, efeito na qualidade da semente, alterações no teorde 61eo e proteína e ocorrência de retenção foliar.

Neste trabalho estão os resultados de experimentos conduzidos para determinarcom maior precisão, nrveis populacionais e perrodos crlticos do ataque de P_guildinii à soja.

MATERIAL E MÉTODOS

Experimento 1 (Ponta Grossa - 1973/74)

Em cinco gaiolas grandes (1,20 m x 1,00 m x 1,20 rn] cobertas com tela de "nvlon", conten-do 20 plantas/gaiola, da cultivar 'Hardee' foram colocados 40 P. guildinii adultos (20 ma-chos e 20 fêmeas) em cada gaiola durante os perrodos 1 de fio ração (R 1-R2), desenvolvimen-to-enchimento de vagem (R3-R6l, enchimento de vagem (R5-R6), desenvolvimento-enchi-mento (R5-R8) e rnaturaçâo (R7-R8). Os insetos permaneceram nas gaiolas durante 23,59,28, 52 e 28 dias, respectivamente. Duas gaiolas semelhantes foram utilizadas uma comotestemunha (sem insetos) e a outra para manutenção de um estoque de P. guildinii.

QUADRO 1 - Descricão dos estádios de desenvolvimento da sola proposto por Fehr et ai.(1971 ).

(J)

O>I-:::lCOa:Q.

Wa:(J)

OC.«I-(J)w

....:.o I={g ~ i!)c c O>

'" '" .•'" E >Gt._ Q)0>-0

V1 - Folha completamente desenrolada no n6 unifoliar.V2 - Folha completamente desenrolada no primeiro n6 acima do n6

unifoliar.V3 - Três n6s no caule principal começando com o n6 unifoliar.

V(N) - (N) n6s no caule principal começando com o nó unifoliar.~{Eo

Li:

R 1 - Uma flor em qualquer nó.R2 - Flor em um nó imediatamente abaixo do nó mais alto, com uma folha

completamente desenrolada.R3 - Vagem com 0,5 cm de comprimento e um dos quatro nós mais

elevados com uma folha completamente desenrolada.R4 - Vagem com dois cm de comprimento em um dos quatro nós mais

elevados com uma folha completamente desenrolada.

R5 - Grãos começando a se desenvolver (podem ser sentidos apalpando-sea vagem) em um dos quatro n6s mais elevados com uma folha comple-tamente desenrolada.

R6 - Vagens contendo grãos verdes completamente desenvolvida em umdos quatro nós mais elevados com uma folha completamente desenro-lada.

R7 - Vagens amarelando; 50% das folhas amarelas, maturação fisiolbgica.R8 - 95% das vagens de cor marrom. Maturidade para colheita.

~E{'" '"~ W" '"c-ow

1 Estádios da soja (vide Quadro 1) descritos por Fehr et aI. (1971).

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Na época da colheita, as plantas das seis gaiolas grandes (cinco com infestação e atestemunha) foram classificadas em cinco categorias, de acordo com a percentagem de folhasretidas usando-se para isso os intervalos de 1-25%, 26-50%, 51-75%, 76-95% e 96-100% deretenção foliar. Na colheita foi contado o número de vagens/planta em cada gaiola grandee pesadas as sementes.

Foi determinada a qualidade da semente das plantas testemunhas e daquelas infesta-das com dois P. guildinii adultos/planta durante os estádios de enchimento de vagem,enchimento-maturação e maturação, usando-se 500 sementes para cada estádio. A qualidadeda semente foi determinda baseando-se em quatro categorias de acordo com o dano: sadia(5) = semente normal, sem descoloração; levemente danificada (LD) = semente normalquanto ã forma, mas com descoloração causada por puncturas, danificada (D) = sementedeformadada, parcialmente enrugada, com descoloração causada por puncturas e muitodanificada (MD) = semente completamente deformada e descolorida.

A percentagem de germinação foi testada em sementes de plantas infestadas nosmesmos perfodos utilizados na determinação da qualidade da semente. Foram usadas100 semente/perfodo de infestação, colocadas em papel umedecido em uma caixa de plás-tico por uma semana, quando efetuou-se a contagem das plântulas germinadas. Foi analisadaa proporção de óleo e protefna em sementes de plantas infestadas nos mesmos pedodos,usando-se 100 sementes/perfodo.

Em 26 gaiolas pequenas (0,40 m x 0,40 m x 0,80 m) contendo duas plantas/gaiola,foram colocados P. guildinii nos estádios de desenvolvimento-enchimento de vagem (R3-R6)e maturação (R7-R8) nos nfveis de 0,5, um, dois, quatro, oito e 16 adultos/planta. Foramusadas duas repetições para cada nfvel de P. guildinii em cada um dos perfodos de infesta-ção, permanecendo as gaiolas testemunhas livres de insetos. As gaiolas foram examinadasduas vezes/semana e os P. guildinii mortos foram substitui dos. No final de cada per Iodode infestação os percevejos foram eliminados com metil parathion. Na colheita foramavaliados os rendimentos.

Experimento 2 (Londrina - 1975/76)

Foram utiizadas 102 gaiolas (2,00 m x 2,00 m x 1,20 m) cobertas com tela de "nylon",contendo três fileiras de soja da cultivar 'UFV-1', num total de seis m/gaiola. Os percevejosforam colocados nas gaiolas nos perfodos de floração (R 1-R2), desenvolvimento de vagem(R3-R4), enchimento de vagem (R5-R61, maturação (R7-R8) e floração-maturaçâo (R1-R8),permanecendo durante 21. 10, 49, 22 e 98 dias, respectivamente. Os n fveis utilizados foram0,5, um, dois e quatro P. guildinii adultos/m em cada perfodo e em quatro repetições. Asgaiolas testemunhas permaneceram livres de insetos até a colheita, sendo que para manuten-ção das populações de percevejos foram adotados os procedimentos do experimento anterior.Na colheita foram contados os folfolos verdes retidos para cada tratamento e pesadas assementes.

A qualidade da semente foi avaliada para todos os tratamentos, exceto aqueles emque houve infestação apenas durante a floração. As sementes foram amostradas usando-seuma medida padrão (copo plástico de 5 cm x 4,5 crn), após prévia homogeneização. Nessaavaliaçâo foi utilizada a mesma escala descrita no experimento anterior.

Amostras de sementes dos mesmos tratamentos foram testadas para ocorrência dedanos pelo teste de tetraz6lio (Pereira & Andrews, 1976) e emergência em areia. Para oteste de tetraz61io foram utilizadas 50 sementes/tratamento/repetição colocadas por cercade 16 horas em papel toalha umedecido e a seguir, transferidas para solução de 2 - 3 - 5trifenil cloreto de tetraz61io a 0,1%, permanecendo imersas por três horas a 350C. Após odesenvolvimento de cor, a solução de tetraz61io foi descartada, lavando-se as sementes váriasvezes em água corrente, mantendo-as imersas em água pura até a avaliação. Cada sementefoi analisada individualmente, cortada no sentido longitudinal e retirado o tegumento. Ano-tou-se o número de sementes viáveis e aquelas apresentando sinais de ataque de percevejo.Para o teste de emergência utilizou-se areia esterilizada em autoclave a 1800C, colocada embandeja plástica de 40cm x 35 cm x 6,5 cm. A semeadura foi feita em linhas de 25 sementes,

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Anais do / Semin. Nac. de Pesq, de Soja - Vol.!/, 1979

a uma profundidade de um cm, sendo cada linha correspondente à parcela de campo deonde a semente se originou. Cada bandeja continha oito linhas, distribu (das ao acaso. Apósa semeadura, a areia foi umedecida e as bandejas colocadas à temperatura de 250C. Apósoito dias, fez-se a contagem das plântulas normais. Para análise estaHstica, os valores encon-trados foram transformados para arco seno {Y.' , empregando-se os testes de Kolmogorov -Smirnoff - Lilliefors (Campos, 1976) e de Burr - Foster (Anderson & McLean, 1974),respectivamente, para verificar a normalidade dos resíduos e homogeneidade da variância.

Experimento 3 (Londrina - 1976/77)

Foram utilizadas 98 gaiolas (2,00 m x 2,00 m x 1,20 m) contendo cada uma três fileiras desoja, totalizando seis m/gaiola. A cultivar utililizada foi 'UFV-1'. Percevejos P. guildiniiforam colocados nos perf'odos vegetativo (V6), floração (R 1-R21. floração-maturação(R1-R8), desenvolvimento de vagem (R3-R41. desenvolvimento de vagem-maturação (RJ-R8), enchimento de vagem (R5-R6), enchimento de vagem-maturação (R5-R81. e maturaçãc(R7-R81. Os percevejos permanceram nas gaiolas 25,25,95,25,69,25,45 e 25 dias, respec-tivamente. N rveis populacionais de um, dois e quatro adultos/m foram utilizados em cadaperrodo e em três repetições. As gaiolas testemunhas permaneceram livres de insetos durantetodo o ciclo da soja. A condução e avaliação deste experimento foi idêntica <1 do anterior.

A qualidade da semente para os tratamentos um, dois e quatro adultos/m e testemu-nha, colocados nos pedodos de desenvolvimento da vagem, desenvolvimento-maturação,enchimento-maturação e rnaturação, foi determinada usando-se a metodologia do primeiroexperimento. As sementes dos tratamentos foram avaliadas para danos e germinação peloteste de tetrazólio. O procedimento para análise sstatfstica foi o mesmo utilizado no expe-rimento anterior.

As sementes desses tratamentos foram analisadas também para a constatação depat6genos, pelo teste de Blotter (Tempe, 19631. Amostras de 200 sementes/parcela foramcolocadas em caixas de germinação (11 cm x 11 cm x 3 em) com papel qualitativo umedeci-do (20 sementes/caixa). As caixas foram incubadas a 250C durante sete dias, sendo queno quarto dia foi feita a leitura para Rhizoctonia solani e no sétimo dia identificação dosdemais patógenos.

Experimento 4 (Londrina - 1977/78)

Foram utilizadas 40 gaiolas (2,00 m x 2,00 m x 1,20 ml contendo três fileiras de soja,totalizando seis m/gaiola. A cultivar utilizada foi 'U FV-1'. Os percevejos, no nfvel popula-cional de dois P. guildinii adultos/m, foram colocados nas gaiolas a partir do início dodesenvolvimento da vagem. As infestações se sucederam em perrodos de uma semana,num total de nove semanas, repetidas quatro vezes, até a maturação fisiol6gica (R7). Apóscada semana, os percevejos foram eliminados com aplicação de endosulfan. As gaiolastestemunhas permaneceram livres de percevejos durante todo o ciclo.

RESULTADOS

Experimento 1 (Ponta Grossa - 1973/74)

Os rendimentos das plantas testemunhas e daquelas infestadas com dois P. guildinii adultos/planta durante os estádios de floração e rnatureção, não diferiram significativamente entre si,mas foram significativamente maiores do que os rendimentos das parcelas das plantas infes-tadas nos outros estádios (Quadro 21. As maiores reduções no rendimento, foram causadaspor infestações durante o desenvolvimento de vagem e enchimento-maturação. O númeromédio de vagens/planta variou de 1,3, quando os percevejos foram colocados durante opedodo de desenvolvimento-enchimento de vagem, até 85,9 vagens nas plantas testemunhas.

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vai. Il, 1979

QUADRO 2 - Rendimento, número de vagens e perda de vagens, em plantas não infestadas(testemunha) e infestadas com dois P. guildinii adultos/planta em cinco está-dios do desenvolvimento da soja. Ponta Grossa, PR, 1974 (20 plantas/trata-mento).

Estádio da Rendimento MlIdia do n~ Perda deplanta mlldio/planta de vagens/planta

infestado (g) vagens/planta (%) b

Testemunha 27,51 aa 85,9 0,0Rl-R2 26,82 a 83,8 1,1R7-R8 24,76 a 73,5 13,2R5-R6 13,20 b 69,2 18,4R5-R8 7,44 b 57,2 32,5R3-R6 0,80 c 1,3 98,4

a Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente ao n(vel de 5% peloteste de Duncan.

b Valores comparados com a testemunha.

Quando a infestação de P. guildinii variou de 0,5 a 16/plaRta, à medida em que houveaumento no número de percevejos no perrodo de desenvolvimento-enchimento de vagem,o rendimento foi caindo gradativamente. A partir de quatro P. guildinii /planta, o rendimen-to foi nulo, apesar das plantas apresentarem algumas vagens (Quadro 3). O rendirneato dasplantas testemunhas foi significativamente maior do que o das plantas infestadas. Entretan-to, quando as plantas foram infestadas na maturação, o peso das sementes foi pouco afeta-do pelos percevejos e somente com 16 P. guildinii/planta é que o rendimento foi significati-vamente menor do que o da testemunha (Quadro 3). O número médio de vagens/planta,quando a infestação se deu durante o desenvolvimento-enchimento de vagem, variou de4,5 a 107,5, enquanto que na rnaturação, o número variou de 97,0 a 118,2; a redução donúmero de vagens nas plantas infestadas na maturação foi menor que 10%, enquanto quehouve perda de mais do que 95% das vagens nas plantas infestadas nos perrodos anteriores.

QUADRO 3 - Rendimento, número de vagens e perda de vagens/planta, comparando-sea testemunha e seis n (veis populacionais de P. guildinii adultos em doisestádios do desenvolvimento da soja. Ponta Grossa, PR. 1974.

R3·R6 R7·R8

Número de Rendimento Perdi d, RendimentoM6dla do n? de

Perda dem6>dio/pl.nt. M6d" do n? d, "avens/plant. m6dio/planta vagens/planta

adultos/pl.nta I~I vagenllpl.nu 1%1 b I~I .•.•gens/pl.nta 1%1 b

Testemunha 37.19" 107.5 0.0 37.19 Q 107.5 0.00.5 31.92 b 91.5 14.9 35.79 Q 118.2 0.0

1 20.78 c 72.5 32.5 34.19 Q 110.5 0,02 15.05J 54,2 49.6 33,82 Q 108.1 0.04 0,0 e 17,7 83,S 32,45 a 106,5 0,98 0,0 e 4,5 95.8 33,16 Q 117.7 0,0

16 0,0 e 5,5 94,9 25.22 h 97,0 9,8

a Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente ao n (vel de 5% pelo testede Duncan.

b Valores comparados com a testemunha.

O máximo de retenção foliar (96-100%) ocorreu quando dois percevejos/plantaforam colocados durante o estádio de desenvolvimento-enchimento de vagem, permanecen-

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vai. 11, 1979

do as folhas 'verdes até a época da colheita. Infestações durante o enchimento de vagemapresentaram 51·75% de retenção foliar, enquanto que com infestação durante o estádiode enchimento-maturação houve retenção de 76·95%. Não ocorreu retenção de folhasquando a soja foi infestada durante a floração ou na maturação.

As percentagens de sementes sadias ou levemente danificadas, obtidas de plantastestemunhas e de plantas infestadas na maturação, foram significativamente maiores do queas de plantas infestadas mais cedo (Quadro 4). Não houve diferença significativa entre apercentagem de sementes danificadas por infestações durante o enchimento de vagem e amaturação. Entretanto, a percentagem de sementes danificadas em ambos os per íodos,foi significativamente maior do que a percentagem de sementes danificadas durante oenchimento-maturação e as das plantas testemunhas. O número de sementes muito danifica-das obtidas de plantas infestadas no enchimento-maturação, foi significativamente maior doque as obtidas nos demais tratamentos.

QUADRO 4 - Qualidade da semente e percenragern de germinação comparando-se a teste-munha (livre de insetos) e infestações de dois P. guildiniiltúsra» em trêsestádios do desenvolvimento da soja, considerando-se quatro categorias:sadia (S), levemente danificada (LDl. danificada (D) e muito danificada(MD). Ponta Grossa, PR, 1974.

Estádio da % de sementes/categoria

plantagerminação

(%)infestado S LO O MO

Testemunha 93,0 a 5,6 a 0,8a 0,6 a 96R7-R8 39,6 b 27,0 b 33,0 b 0,4 a 88R5-R6 12,0 c 16,2 b 38,2 b 33,6 b 35R5-R8 0,0 d 0,0 a 2,8a 97,2 c 6

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem significativamente ao nrvet de5% pelo teste de Duncan.

A germinação de sementes de plantas infestadas com dois percevejos durante oenchimento-maturação, foi menor do que a observada para plantas infestadas durante osoutros per íodos (Quadro 4). Infestações na maturação tiveram pequeno efeito na germina-ção.

À medida que aumentaram os danos por percevejos, diminuiu a quantidade de 61eona semente. Sementes sadias tinham 21,02% de 6leo, enquanto sementes severamente danifi-cadas tinham 17,60% (Quadro 5). Entretanto, ocorreu um pequeno aumento no teor deprotefna em sementes danificadas por P. guildinii, embora a diferença entre sementes sadiase severamente danificadas fosse menor que 1%.

Experimento 2 (Londrina - 1975/76)

Plantas de soja infestadas com P. guildinii nos perrodos de enchimento de vagem e floração-maturação, nos n (veis de dois e quatro adultos/m, renderam significativamente menos que atestemunha e diferiram estatrstícarnente entre si. Nos pedodos de floração (R 1-R2), desen-volvimento de vagem (R3-R4) e maturação (R7-R8), considerados isoladamente, não houveredução significativa no rendimento quando comparado com a testemunha (Quadro 6).

Infestações a partir de dois percevejos/m durante o desenvolvimento, enchimento devagem e floração-maturação, causaram aumento acentuado nos (ndices de retenção foliar.Entretanto, os maiores valores ocorreram com infestações de quatro percevejos/m, totalizan-

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - VoL lI, 1979

QUADRO 5 - Percentagem de 61eo e protelna em sementes comparando-se a testemunha(livre de insetos) com infestações de dois P. guildinii adultos/planta em trêsestádios do desenvolvimento da soja. Ponta Grossa, PR, 1974.

Estádio da planta %bleo % proternainfestado

Testemunha 21,02 36,81R7·R8 21,15 36,81R5-R6 17,55 37,36R5-R8 17,60 37,56

QUADRO 6. Rendimento médio da soja comparando-se a testemunha (livre de insetos)e quatro níveis populacionais de P. guildinii adultos em cinco estádios dodesenvolvimento da planta. Londrina, PR, 1976.

N~ deRendimento médio (g)

adultos/mR1-R2 R3-R4 R5-R6 R7-R8 R1-R8

Testemunha 1527 a 1752a 1613 a 1732 a 1489a0,5 1496 a 1677 a 1525a 1873 a 1349 a1 1508a 1720 a 1501 a 1654 a 1360 a2 1532a 1481 a 1240 b 1703 a 1068 b4 1465a 1501 a 944 c 1668a 712 c

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem significativamente ao nível de5% pelo teste de Duncan.

do 172, 664 e 472 touotos/ê m de fileira, respectivamente, para esses perrodos (Fig_ 1).Por outro lado, infestações na floração e maturação causaram retençao foliar inexpressi-va mesmo com quatro percevejos/mo

A qualidade da semente foi pouco afetada com infestações de P. guildinii na rnatura-ção, No desenvolvimento de vagem, porém, a partir de um percevejo/m, mais de 50% dassementes apresentaram danos e no enchimento de vagem com 0,5 percevejos/m já haviacerca de 43% de sementes danificadas (Fig. 2). Plantas infestadas da floração até a matura-ção apresentaram cerca de 38% de sementes com danos com 0,5 percevejos/mo À medidaQue a população de percevejos foi crescendo os danos foram aumentando gradativamente atéchegar a 85% de sementes com lesões, quando quatro percevejos/m infestaram plantas dafloração até a maturação (Fig. 2).

Os resultados observados no teste de emergllncia em areia, mostram que ocorrepouco prejulzo na qualidade da semente com infestações de percevejos durante a matura-ção. Entretanto, dois percevejos/m durante o desenvolvimento, enchimento de vagem efloração-maturação reduziram em mais de 50% a emergência (Quadro 7). Os valores encon-trados para ocorrência de danos identificados pelo teste de tetraz61 io não apresentaramdistribuição normal, impossibilitando a análise de variância. Entretanto, observa-se tendênciade ao aumentar os danos haver decréscimo correspondente na emergência.

Experimento 3 (Londrina - 1976/77)

Plantas de soja infestadas com um, dois e quatro P. guildinii adultos/m durante osperlodos vegetativo, ftcração. rnaturação e de enchimento de vagem não sofreram reduçõesno rendimento quando comparados com a testemunha. Entretanto, com um percevejo/m

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. lI, 1979

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Número de f. Quildinii 1m

FIG. 1 - Retenção foliar em plantas não infestadas e infestadas com P. guildinii adultosem quatro níveis populacionais e em cinco estádios do desenvolvimento daplanta. Londrina, PR, 1976.

QUADRO 7. Danos (D%) determinados pelo teste de tetraz61io e emergência (E%) emareia de sementes de soja comparando-se a testemunha (I ivre de insetos) equatro n (veis populacionais de P. guildinii adultos em quatro estádios dodesenvolvimento da planta. Londrina, PR, 1976.

Estádios da Planta

N!l deR3-R4 R5-R6 R7-R8

adultos/mR1-R8

Db E D E D E D E

Testemunha 3,0 96,0 aa 3,0 95,Oa 3,0 97,Oa 6,0 100,0 a0,5 9,5 94,0 a 32,0 67,0 bc 11,0 84,0 a 27,0 88,0 b

, 1 32,0 83,Oa 25,0 84,0 ab 5,5 93,0 a 33,0 84,0 b2 53,5 45,0 b 51,0 45,0 cd 32,0 94,Oa 49,5 39,0 c4 45,5 16,0 c 62,0 44,0 d 5,5 96,0 a 57,5 24,Oc

a Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem significativamente ao n (vel de5% pelo teste de Duncan.

b Média de danos não apresentaram distribuição normal o que não permitiu sua análiseestat (sti ca.

durante a floração-maturação e desenvolvimento de vagem, o rendimento foi significativa-mente menor que o da testemunha (Quadro 8). Durante o desenvolvimento de vagem-

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol, Il, 1979

.Sadio ~ Levemente danificado LI Danificado O M.danificado

~50

~li>Q)

C~ oQ)cn

100 R7-R8

100 R3-R4

o

50

100 R5-R6

50

100 RI-R8

o 0,5 2

50

4

oNúmero de 1:. guildinii 1m

FIG. 2 - Qualidade da semente de plantas de soja não infestadas e infestadas com P. guil-dinii adultos em quatro n íveís populacionais e em quatro estádios do desenvolvi-mento da planta. Londrina, PR, 1976.

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maturação e enchimento de vagem-maturação dois e quatro adultos/m, respectivamente,reduziram significativamente o rendimento em cornpareção com a testemunha.

QUADRO 8. Rendimento médio da soja comparando-se a testemunha (livre de insetos) etrês níveis populacionais de P. guildinii adultos em oito estádios do desenvol-vimento da planta. Londrina, PR, 1977.

N~ de Rendimento mfldio (9)

adultos/m V6 Rl-R2 R3-R4 R5·R6 R7-R8 R3·R8 R5-R8 Rl-R8

Testemunha 1588a 1620 a 1356a 1280a 1846 a 1105 a 1273a 1340a1 1795a 1460 a 876 b 1213a 1770a 833ab 1160 a 885 b2 1563a 1328a 790 b 1080a 1986 a 513 c 1150 a 988 b4 1638a 1321 a 900 b 1230a 1671 a 585 bc 808b 991 b

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem significativamente ao nível de5% pelo teste de Duncan.

Na época de colheita, plantas infestadas com até quatro percevejos/m durante o perfodovegetativo, floração e maturação apresentaram retenção foliar pouco acentuada, atingindoum máximo de 127 foi (olos/Brn nas infestadas na maturação (Fig. 3). Entretanto, já comdois P. guildiniilm durante o desenvolvimento de vagem (R3-R4) e desenvolvimento devagem-maturação (R3-R8), ocorreu aumento apreciável no número de folfolos verdes.O mesmo ocorreu com infestações de quatro percevejos/m durante o enchimento de vagem-rnaturação (R5-R8)' Infestações durante o desenvolvimento de vagem-maturação, causarama maior retenção foliar atingindo 1725 foi íolos/6m com quatro percevejos/m, enquanto atestemunha apresentou 19 folfolos/6m de fileira (Fig. 3).

Plantas infestadas na rnaturação, mesmo com quatro P. guildinii/m, apresentaram mais de80% de sementes sadias (Fig. 4). Infestações nos estádios de desenvolvimento e enchimentode vagem, feitas isoladamente, com quatro percevejos/m, originaram mais de 60% de semen-tes com danos. Quando os insetos atacaram a soja da floração à maturação e do desenvolvi·mento de vagem à maturação, mais de 75% das sementes apresentaram danos com umpercevejo/mo Do enchimento de vagem à maturação, com infestações nesse mesmo nívelpopulacional, os danos atingiram cerca de 50% das sementes (Fig. 4),

Em 1977, confirmaram-se os preju(zos na germinação da semente, quando as infestaçõesde percevejos incidiram nos estádios de desenvolvimento de vagem (R3-R41. enchimentode vagem (R5-R6) e floração-maturação (R l-R8). Em conseqüência, os novos tratamentosinseridos nesse ano, abrangendo o desenvolvimento de vagem até a maturação (R3-R8) eenchimento de vagem até a maturação (R5-R8), mostraram-se altamente sensfveis ao ataquede P. guildinii. Da mesma forma que no ano anterior, infestações na rnaturação (R7·R8)causaram poucos danos às sementes (Quadro 9), A exemplo do que ocorreu no ano anterior,os valores encontrados para danos, acusados pelo teste de tetraz6lio, não apresentaramdistribuição normal. Os dados são apresentados apenas pare demonstrar a tendência de, aoaumentar os danos, haver diminuição gradativa na germinação.

Na análise da semente para verificar a presença de microorganismos observou-se quecom o aumento do número de P. guildinii/m verificou-se um aumento correspondente napercentagem de microorganismos, conforme mostram as equações calculadas para determi·nados estádios do desenvolvimento da planta (Fig. 5). Os valores dos coeficientes de deter-minação encontrados, demonstraram haver alta relação de causa e efeito entre infestações depercevejos e presença de microorganismos, desde o desenvolvimento da vagem até o final doenchimento.

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. Il, 1979

1000 1000

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100 ~RI-R2

10 10

O OO 2 •• O 2 ••

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O OO 2 •• O 2 ••

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10 10

O OO 2 •• O 2 ••

Número de f.... Quildinii 1m

FI G. 3 - Retenção foliar em plantas não infestadas e infestadas com P. guildinii adultosem três níveis populacionais e em oito estádios do desenvolvimento da planta.Londrina, PR, 1977.

Não foi constatado efeito significativo de infestações de percevejos durante a matu-ração (R7-R8) na percentagem de microorganismos.

Do total de 10.800 sementes danificadas por P. guildinii, isolaram-se 19 espéciesdemicroorganismos que infectaram 50,39% das sementes,além de outras bactérias que estavampresentes em 8,92% das sementes, totalizando 59,31%. Fusarium sp. foi o fungo maiscomum (30,28%) seguido de Phomopsis sojae (7,37%) e Colletotrichum truncatum (5,72%)(Quadro 10). Devido a metodologia usada na detectação dos microorganismos (germinação

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - VoZ. 11, 1979

• Sadia ~ Levemente danificado EillDanificado O Ml.ito danificado

4

R7-R8 R3-R8/00

~a;'"~- 5CC"G)

EQ)

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RS-R8 R/-R8

4

NiMnero d e E.guildjnii 1m

FI G. 4 - Qual idade da semente de plantas de soja não infestadas e infestadas com P. guil-dinii adultos em três níveis populacionais e em seis estádios do desenvolvimentoda planta. Londrina, PR, 1977.

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. lI, 1979

QUADRO 9, Danos (D%) e germinação (G%) determinados pelo teste de tetraz61io emsementes de soja comparando-se a testemunha (livre de insetos) e três n Iveispopulacionais de P. guildinii adultos em seisestádios do desenvolvimento daplanta, Londrina, PR, 1977,

Est'dio da planta

N~ d. RJ-R4 R5-R6 R7-R8 RJ,R8 R5-R8 Rl-R8~Ito"mOb G O G O G O G O G O G

Testemunha 8,6 88,7 a" 5,3 88,0 a 4,0 91,3a 20,6 84,0 a 18,6 90,0 a 11,3 91,3 a1 42,0 56,0 b 27,3 56,0 b 9,3 90,0 a 48,6 43,0 b 36,6 70,0 b 72,6 49,0 b2 57,3 15,Oc 34,6 74,0 ab 4,0 86,0 a 80,6 4,Oc 68,6 38,0 c 60,6 34,0 b4 54,0 52,7 b 50,6 52,Ob 14,6 82,7 a 76,6 14,7 c 88,0 7,3 d 62,0 38,0 b

a Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem significativamente ao nfval de5% pejo teste de Duncan.

b Médias de danos não apresentaram distribuição normal o que não permitiu sua análiseestat(stica.

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100

100

•R5-R8

Y=29.I'17.3X

R=0,882

R3-R8

y= 19,13'S9,08X-IO,47x2

R=O,B58

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R5-R6

y= 1I,47'51,B3X-10,55x2

R=0,B15

o 2 4

Número de Pguildinii/m

FI G. 5 - Correlação entre a percentagem de sementes infectadas por microorganismos enúmero de P. guildinii/m em quatro diferentes estádios do desenvolvimentoda soja. Londrina, PR, 1977.

72

•R3-R4

Y=12,IO'27.95x-4,65~

R=0,781

o 2 4

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Anais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. 11,1979

das sementes em caixas) não foi acusada a presença de Nematospora coryli, causador da"mancha fermento".

QUADRO 10 - Microorganismos isolados de sernenteê de soja danificada por P. guildinii e %de sementes infectadas com cada espécie. Londrina, PR, 1977.

Microorganistnos % de sementes infectadas

Fusarium sp. 30,28Bactérias 8,92Phomopsis sojae 7,37Colletotrichum truncatum 5,72Cladosporium sp. 1,71

Corynespora cassiicola 1,38Cercospora kikuchii 1,11Trichothecium sp. 0,73Trichothecium roseum 0,53Bocillus subtillis 0,52Rhizoctonia solani 0,44Botryodiplodia sp. 0,21Macrophomina phaseolina 0,11Dreshlera sp. 0,09Nigrospora sp. 0,08Cercospora sojina 0,04Curvularia sp. 0,03Alternaria sp. 0,02Roselinia sp. 0,01Pestalotia sp. 0,01

aMédia de 10.800 sementes analisadas.

Experimento 4 (Londrina - 1977nS)

Infestações de dois P. guildinii/m, durante uma semana, no iníclo do desenvolvimento devagem (R3), no final do enchimento (R6) e no in ício da rnaturação fisiológica (R71. nãoacarretaram reduções significativas no rendimento quando comparadas com a testemunhalivre de percevejos (Flg. 61. A partir da 3~ semana do desenvolvimento de vagem até umasemana antes do final do enchimento, foram observadas quebras significativas no rendi-mento, evidenciando um per íodo crrtico de cerca de 35 dias.

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Anais doI Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. 11,1979

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S04ANAS

FIG. 6 - Rendimento de plantas de soja não infestadas e infestadas com dois P. guildiniiadultos/m, durante uma Semana a partir do inicio do desenvolvimento de vagem(1) até inicio da maturação (9). Londrina, PR. 1978.

Médias com a mesma letra não diferem significativamente a 5% pelo teste deDuncan.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Os presentes resultados, obtidos durante quatro anos, demonstram que os estádios dedesenvolvimento e enchimento de vagem são cr íticos ao ataque de P. guildinii. Nessesestádios, observou-se que com dois adultos/planta, considerada uma alta infestação, aprodução é eliminada completamente. Isso concorda com Genung et aI. (1964) e Turnipseed(1973) que afirmam que altas infestações de percevejos na formação das vagens podemcausar a perda total da lavoura. Entretanto, com infestações bem mais baixas de P. guildinii(de 0,5 até 4 adultos/m de fileira de planta), nesses mesmos estádios, constatou-se quedependendo do tempo de exposição das plantas, podem ocorrer quedas no rendimento.

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A nais do I Semin. Nac. de Pesq. de Soja - Vol. lI, 1979

Esse fato, é também sugerido por Galileo (1977) que obteve quebras no rendimento esta-tisticamente iguais com níveis de quatro até 20 adultos/m, infestando plantas durante omesmo tempo, no início do enchimento de vagem e do final do enchimento até a rnaturaçãofisiológica. Note-se que quando os percevejos permaneceram alimentando-se da soja por 10dias durante o desenvolvimento da vagem (R3-R4) (Quadro 6) não ocorreu diminuiçãosignificativa do rendimento. No entanto, quando os percevejos permaneceram sobre asplantas durante 25 dias (Quadro 8) nessa mesma fase do desenvolvimento, já com um adul-to/m, o rendimento foi afetado significativamente. Da mesma forma, infestações de atéquatro P. guildinii/m no enchimento de vagem (R5-R6) durante 25 dias (Quadro 8) nãocausaram dano significativo. Porém, infestações por 49 dias, nessa mesma época (Quadro6), com dois percevejos/m, causaram perdas significativas no rendimento. Observou-se quea partir da terceira semana do desenvolvimento de vagem até uma semana antes do final doenchimento, dois adultos/m afetaram significativamente o rendimento, quando atacarama soja em perlodos mínimos de sete dias. Isso mostra haver uma fase mais suscetfvel da plan-ta ao ataque de P. guildinii, dentro do período critico de desenvolvimento-enchimento devagem, que iniciaria a contar de meados do desenvolvimento, até uma semana antes decompletar o enchimento de vagem. Esse fato confirma os resultados de trabalhos desenvol-vidos simultaneamente por Vicentini & Jimenez (1977) na Argentina, incluindo tambémoutras espécies de percevejos. No Brasil, Galileo (1977) obteve reduções significativas norendimento quando P. guildinii atacou plantas durante todo o período de desenvolvimento-enchimento de vagem ou parte dele. Costa & Link (1977) encontraram diferenças na quedado rendimento da soja, infestada em duas fases do período reprodutivo com altas popula-ções de P. guildinii, porém, o tempo de duração dessas infestações não é mencionado.

Embora infestações durante a floração ou na maturação não reduzissem significati-vamente o rendimento (exceção feita ao tratamento com 16 percevejos/planta na matura-ção) (Quadro 3), ataques a partir de dois adultos/planta na maturação mostraram efeitosignificativo na qualidade da semente. Maior dano ã qualidade da semente, ocorreu cominfestaçO'es de P. guildinii durante o estádio de enchimento de vagem, â semelhança do queocorre com outras espécies de pentatomídeos (Miner, 1966; Turner, 1967).

À medida que aumentaram os danos nas sementes diminuiu a capacidade de emergén-cia das plantas. Infestações nos estádios de desenvolvimento ou enchimento da vagem,consideradas isoladamente, causaram os maiores prejuízos. Ataques de P. guildinii durantea maturação pouco afetaram a emergência das plântulas com até quatro percevejos/me isto deve-se ao fato do grão já estar formado nessa época. Entretanto, observou-se P.guildinii picando vagens mesmo após o grão estar completamente desenvolvido.

A redução observada no teor de óleo, motivada por infestações de P. guildinii duranteo enchimento de vagem e de enchimento à maturação, acompanhada de um pequenoaumento no de proteína, ocorre também em sementes de soja danificadas por outras espé-cies de percevejos (Miner, 1961; Oaugherty et aI., 1964; Todd & Turnipseed, 1974). O con-teúdo de óleo e proteína das sementes pode variar de uma área para outra dentro de ummesmo campo ou ainda, devido a fatores como altura da vagem na planta (Miner, 1966)e temperatura (Howell & Cartter, 1953; 1958), Entretanto, tais fatores não devem ter influí-do para as diferenças encontradas entre os diversos tratamentos, pois, na área experimentalhouve uniformidade para os mesmos.

Na época da colheita, a presença de folhas verdes e vagens atrofiadas e imaturas, foimais expressiva quando as plantas foram infestadas durante os estádios de desenvolvimentoou enchimento de vagem. O mesmo efeito foi observado quando o ataque de P. guildiniiocorreu a partir desses estádios até a maturação, o que também é mencionado por Galileo(1977). A queda de vagens observada, quando o ataque de P. guildinii coincidiu com a fasede formação de vagens e grãos, pode ser uma das causas da retenção folia r. Hicks & Pendia-ton (1969) sugerem que se existir um hormônio que provoque a senescência, este seria for-mado durante ou após a formação dos grãos. O crescimento de foifolos junto à haste princi-pal de plantas atacadas que já atingiram o estádio de desenvolvimento de vagens, tambémfoi observado por Oaugherty et aI. (1964) e Singh (1973) com outras espécies de percevejos.

Observou-se considerável queda de flores com infestações de P. guildinii durante a

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floração, embora tal fato não esteja necessáriamente associado ~ presença de percevejos.É considerada normal a maior produção de flores do que vagens, e sabe-seque 75% dasflores que são formadas podem cair da planta (Scott & Aldrich, 1970).

A relação observada entre número de percevejos/m e a percentagem de infecção dassementes por microorganismos , foi muito variável, mostrando porém, uma tendência geralde correlação positiva. As infestações de P. guildinii durante os estádios de desenvolvimentode vagem (R3-R4), desenvolvimento de vagem-maturação (R3-R8) e enchimento de vagem-rnaturação (R5-R8l, que apresentaram os coeficientes de correlação altamente significativos,também mostraram os maiores índices de retenção foliar (Fig. 3) e queda significativa norendimento (Quadro 8). Na maturação (R7-R8), não houve correlação significativa e a reten-ção foliar foi inexpressiva. Infestações durante o enchimento de vagem (R5-R6l, que tam-bém não mostraram correlação significativa, neste teste apresentaram retenção foliar poucoacentuada (Fig. 3), Assim, parece que o fato das plantas permanecerem verdes por um perto-do de tempo mais longo que o normal, originando sementes mal formadas e imaturas,aumenta a percentagem de infecção das sementes pelos microorganismos. Não foi encontra-da uma explicação viável para o fato das infestações durante todo o perlodo reprodutivo(R l-R8) não terem apresentado correlação entre percentagem de infecção das sementes pormicroorganismos e nfvel populacional de percevejos.

A constatação de patógenos em sementes de plantas livres de percevejos, indica queos microorganismos não estão necessariamenteassociadosaos danos na semente por perceve-jos, segundo também sugerem Kilpatrick & Hartwig (1955).

Os resultados obtidos mostraram que um adulto de P. guildinii/m no desenvolvimentode vagem ou dois adultos/m no enchimento de vagem, causam quebras significativas norendimento. Tal fato deve ser atribuído a perrodos longos de exposição das plantas aospercevejos (25 e 49 dias, respectivamente), uma vez que exposições mais curtas (10 e 25dias) não causaram danos significativos. Como normalmente não ocorrem perlodos tãolongos de exposição, medidas de controle seriam justificáveis a partir de dois percevejoslrn, de meados de desenvolvimento até o final do enchimento de vagem.

Quando o objetivo for a produção de sementes,atenção particular deveria ser dispen-sada pois, ao passarde um para dois percevejos/m ocorre decréscimo considerável na capaci-dade germinativa das sementes, mesmo em perlodos curtos de exposição.

AGRADECIMENTOS

Especial agradecimento fica registrado aos técnicos de laboratório Divonzir S. Costa e JairG. da Silva pelo auxilio nas atividades de campo e laboratório, e 11 laboratorista SOnia R.Moraes pelas análises da sanidade das sementes; ao Dr. Milton Kaster, pelo auxilio na obten-ção das gaiolas de campo em Ponta Grossa,ao Dr. Clyde Wild por sugestõese ao Dr. RenatoDittrich pelo auxílio nasanálisesestatlstica.

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