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16ª Edição | Setembro 2011 Distribuição Gratuita http://aegia.web.ua.pt A Tua Revista !

EGi em movimento

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16 Ediçao - Setembro de 2011

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Page 1: EGi em movimento

16ª Edição | Setembro 2011Distribuição Gratuita

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a Revista

!

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Editorial

Ficha

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Técnica

Mais um lançamen-to da nossa tão acarinha-da revista! Conta já com a 16º edição, o que já por si é um número considerável.

Nesta Edição procu-rámos acrescentar algo mais à revista de modo a conter mais valor e informação para todos os nossos leitores. É por isso que aqui estamos e trabalhamos, para dar a to-dos vós informação relacio-nada com aquilo que de bom se faz na universidade, mas também para discutir e pro-curar temas atuais que nos afetem não só a nível acadé-mico como também social.

Queremos agradecer a todos os que ajudaram a tornar esta edição possível, desde logo aos nossos es-critores, que vão desde alu-nos a professores, ao nosso

entrevistado, o nosso tão respeitável diretor do Depar-tamento de Economia, Ges-tão e Engenharia Industrial, Borges Gouveia, às pesso-as que nos forneceram ma-terial fotográfico, e por fim, aos nossos patrocinadores.

Esperemos que a Revista esteja do agrado de todos, vemo-nos na 17ª edi-ção!

Nuno Ferreira

Eduardo Jesus

Direção e Redação - Nuno Ferreira | Eduardo Jesus

Edição Gráfica - Nelson [email protected]

Impressão - Litoprint, Edições Gráficas, Lda

Tiragem = 170 exemplares

Associoação de Engenharia

e Gestão

Industrial de Aveiro

Fundad pelos estudantes da

comissão de curso de EGI de

1996/1997

Campus Universitário de Santiago

Apartado 2010

3810-193 Aveiro (Portugal)

Tel:(+351) 234370361

(ext.23627)

Fax:(+351) 234370215

E-Mail: [email protected]

16ª Edição | Setembro 2011Distribuição Gratuita

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a Revista

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Índice

ERRATA

Na pagina 12 da 15º edição de “EGI em movimento”, onde no titulo se lê Estágio Internacional no Estrangeiro, deve-se apenas ler, Estágio Internacional. Pedimos as nossas desculpas pelo

incomodo causado.

Redigido de acordo com o novo Acordo Ortográfico de 2011

Mensagem do presidente pg.4

Um ano de caloiro pg.5

Activity Week Porto-Aveiro pg.17

Council Meeting Karlsruhe 12-17 Abril pg.16

ESTIEM

O começo de uma grande equipa pg.15

EGI Campeão pg.14

Taça UA

Números e afins pg.13

Entrevista ao Prof. Borges Gouveia pg.10

Enterro 2011 pg.6

ENEGI pg.18

Empreendorismo - Artigo de opinião pg.19

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Mensagem do Presidente

Caros colegas!

É com enorme prazer e satisfa-ção que escrevo pela primeira vez neste espaço reservado da nossa grandiosa revista “EGI em Movimento”. Digo isto pois já são alguns, os anos que me de-dico com todo o esforço, dedi-cação e orgulho ao nosso gran-dioso curso e também a AEGIA.

Gostaria de começar felicitan-do toda a equipa que no pas-sado mês de Março aceitou o meu convite para envergar nes-ta aventura de associativismo. Deixo também a minha palavra de enorme apreço à equipa edi-torial pela sua fantástica dedi-cação e trabalho árduo, desde a conceção da revista à anga-riação de patrocinadores. Apro-veito também para agradecer a todos os patrocinadores, pois tal revista não seria possível sem o vosso apoio, assim como a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a mes-ma com as suas experiências, opiniões e sugestões. A todos vós, o meu MUITO OBRIGADO.

No semestre passado foram muitas as atividades com as quais todos os alunos puderam contar, em especial os alunos de EGI. Foram realizadas as VI jornadas de EGI, que contaram com as mais diversas ativida-des de cariz desportivo e social mas também com conferências e workshops. Aqui expresso o meu desejo pela participação mais assídua de todos os alu-nos de EGI nas próximas ativida-des, pois estas são para todos.

A nível internacional contámos com a participação e organiza-ção de eventos no âmbito da ESTIEM, devo destacar a falta de interesse por parte dos alunos, que desvalorizam uma associa-ção a nível europeu que pode ser uma mais-valia no mercado do trabalho e a nível pessoal.

Mais uma vez contámos com a participação na grandiosa Sema-na do Enterro. Quero agradecer a todos os que de alguma forma contribuíram, e se deslocaram à “Petrol’EGI”, especialmente a to-dos os meus colegas e amigos da AEGIA. Parabéns, sobrevivemos!

Em termos desportivos não posso deixar de felicitar todos os membros das equipas de futsal de EGI, dado ao bom de-sempenho da equipa feminina, e em especial ao desempenho excelente da equipa masculina que mais uma fez nos felicita com o título de “CAMPEÕES”.

Gostava de deixar aqui o meu desejo de maior sucesso e feli-cidade a todos aqueles que nos últimos anos nos brindaram com a sua companhia enquanto cole-gas de universidade e que agora terminam. Sejam eles Licencia-dos ou Mestres, não me despeço de vocês, mas sim um até breve. Um desejo de boa sorte e sucesso no mundo do trabalho. Parabéns a todos os colegas e docentes que prosseguiram na sua forma-ção e concluíram o doutoramen-to, a estes também boa sorte!

Uns terminam, outros come-çam, gostaria de desejar as

boas vindas a todos os novos alunos que agora ingressam neste magnífico curso. Sejam bem-vindos a esta maravilho-sa família que é EGI e espero que estejam preparados para os melhores dias do resto da vos-sa vida, podem confiar em mim!

Não me quero despedir sem an-tes vos dizer o que podem con-tar deste semestre. Esperamos a vossa presença e colaboração nas atividades que nos propo-mos a desenvolver. Destacando uma conferência sobre Gestão da Cadeia de Abastecimento bem como uma visita a uma em-presa. Será uma excelente opor-tunidade de adquirires conheci-mentos, e de perceberes melhor como poderá ser o teu futuro!

Na situação em que o país se encontra, EGI na Universidade de Aveiro é um curso conceitu-ado. Aproveita e diferencia-te.

Qualquer dúvida que tenhas, um pedido de ajuda, aponta-mentos (temos uma biblioteca à tua espera), conselho, um sí-tio para estudar, conversar e aprender, dirige-te a AEGIA. Nós estamos aqui todo o curso, e para toda a gente que de algu-ma forma se encontra ligada a este magnífico curso que é EGI.

Aveiro é nosso e há de sempre ser.

Daniel Oliveira

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caloiro

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Um ano de

A chegada a um qual-quer lugar novo nunca é fácil, novo campus, novas caras, algo totalmente diferente do que es-távamos habituados, o que, por vezes, faz-nos sentir peque-nos. Essa sensação vai desa-parecendo desde o primeiro dia em que somos apresentados a este vasto campus por vetera-nos de todos o cursos que, por já terem estado no nosso lugar, recebem-nos com um sorriso e nos ambientam nesta que irá ser a nossa nova vida durante os próximos anos. Na minha opi-nião o mais difícil nem é o dia da apresentação, mas sim o primei-ro contacto com os nossos ve-teranos, que no primeiro dia de

aulas fizeram-nos uma espera à porta do departamento usando um dos novos alunos, já com a cara toda pintada e um papel nas mãos em que estava escri-to “EGI” para se identificarem, mandaram-nos encostar a uma parede enquanto perguntavam o nosso nome, escreviam a iniciais do nosso curso na testa e cata-logavam-nos com um número na cara como se fossemos a nova reserva de gado. Entre divertidas apresentações por parte dos aluviões começou-se a criar o que veio a ser uma nova família constituída por pessoas muito diferentes e que juntos passá-mos a conhecer este novo lugar.

A faina académica foi sem dúvida o elemento que mais nos juntou e também nos permi-tiu conhecer os outros alunos do nosso curso e entre as cantorias, os jogos, as flexões (quando as coisas não corriam tão bem) e os ovos a escorrerem-nos pelo cor-po abaixo ensinou-nos e deu-nos orgulho em envergar a T-Shirt do curso e a respeitar cada um dos seus elementos e um grande es-pírito académico. Os nossos ve-teranos que na faina são rijos e exigentes, foram quem mais nos ajudou ao longo de todo o ano quer fornecendo material e apon-tamentos para as cadeiras quer a dar uma mão em momentos em que a sobriedade era escassa.

Logo nas primeiras sema-nas, chegou um dos momentos mais aguardados, o Integr@te. O começo da nossa vida académi-ca, que entre os concertos e agi-tação estava tudo num estado de euforia falava-se, bebia-se e dan-çava-se com toda a gente criando novos laços e novas amizades. Tornou-se num dos melhores momentos do ano, sabíamos lá nós que o Enterro’11 seria muito melhor. Nas noites académicas gostei particularmente mais dos jantares de curso, da alegria lá vivida, do espírito de união, das cantorias, etc. As quintas-feiras

também são bastante divertidas, com jantaradas nas casas dos colegas, ir conviver para a Praça do Peixe e acabar a noite a dan-çar no BE (Bar do Estudante).

Mas nem tudo é só diver-são e também temos de estudar. O nosso curso é muito diversi-ficado o que faz com que não tenhamos de estudar sempre o mesmo tipo de matérias. As ca-deiras não são muito complica-das e a maioria dos docentes es-tão dispostos a ajudar e a tirar as nossas dúvidas mas, é sempre necessário estudar e fazer um

esforço para as conseguir fazer.

Passado um ano inteiro e ver os objetivos que já con-cretizei, as amizades que fiz e a vida académica que tenho só tenho a dizer que das melhores coisas que me aconteceram foi entrar na minha terceira opção, Engenharia e Gestão Indus-trial na Universidade de Aveiro.

Rafael Pinheiro

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ENTERRO

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Porque recordar é viver !

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EGI em Movimento - 16ª Edição

O tic-tac do relógio torna-se cada vez mais intenso, os car-tazes ficam cada vez mais brilhantes, as conversas pas-sam por grandes expectati-vas. Chegou a hora do enterro!Momento inesquecível, cada ano com a sua mais travessa aventura para quem de veter-ano se trata e para mais tarde recordar para quem aluvião passa pela ponte. Os prepara-tivos começam a findar e a an-siedade de ver as portas aber-tas torna-se cada vez maior. Aproveito para partilhar a minha experiencia como colaborador nos preparativos do enterro. Não tinha planeado tal situação, apenas me encon-trava “concentradíssimo” para os jantares que iria organizar.

(obrigado Paulo Futre pela mar-avilhosa palavra.) Surge assim o convite para ingressar na equipa das grades. Pensei eu, ingenu-amente, que deveria ter alguma coisa a ver com superbock e aceitei sem qualquer problema. Bem, devo-vos dizer, que nunca tinha visto tanta grade de vedação. Fiquei um pouco surpreendido para o que tinha vindo mas lá estava eu acom-panhado pelos nossos colegas de 2ª matrícula, o Miguel Fer-reira e o Diogo Lonet. Faltava uma semana para o enterro e a equipa das grades entrou ao serviço com a missão de vedar todo o recinto. Num ambiente de grande animação, conheci imen-sa gente que talvez nunca teria tido oportunidade de conhecer.

Ao sol abrasador, a equipa com os seus momentos de diversão cumpriu o dever assumido. Tratava-se do meu se-gundo enterro, mas apesar de tudo senti-o com muito mais intensidade que o primeiro. O simples facto de ser membro da equipa, que ajudou o enterro a ser possível, valorizou-o muito mais para mim. Ver a obra sair do papel e erguer-se foi algo muito gratificante. Uma ex-periência muito divertida, com novos amigos, e com os já con-hecidos ficou uma relação mais forte. Mas Voltemos ao tema principal, os dias do enterro!Com um cartaz de fazer in-veja, Aveiro recebeu com grande agrado de toda a sua comunidade académica.

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Dia 8 de Maio - Domingo

Dia 6 de Maio - Sexta

Dia 7 de Maio - Sábado

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Enchente brutal à porta do recinto. Aguardava-se uma grande noite para o início de uma grande semana. Para a estreia do palco a banda Soul Brothers Empire fez o público aquecer. Decorridos já uns bons finos e uns shot’s à mistura surgiu em palco a banda da noite, Natiruts! O reggae

power deliciou a multidão que nesse dia ultrapassou as 9000 pessoas. Após muita boa vibe che-gou a hora dos dj’s animarem os resist-entes. Dj Tucky e Mc Gonzaga deram ini-cio ao House Music seguido de DJ Tia-go Gamelas e, para terminar o dia da abertura do enterro, Dj Miguel Palavra.

A euforia mantém-se em alta. Desta vez a abertura do palco ficou ao cargo da banda Nice Weather for Ducks. Após o aquecimento surgiu a revelação Áurea que deleitou o públi-co com o seu tema “Busy”. Quem tam-bém já sabe como pôr o público aos

saltos é David Fon-seca, mais uma vez a sua atuação mostrou o seu talento no pal-co. Para pôr toda a gente ao rubro os Remikç Brothers fiz-erem um excelente show com uma sofisticada atuação e assim terminou o segundo dia cheio de emoções fortes.

Foi um cartaz muito alternativo em que recebemos os Caba-ret Fortuna com o famoso tema “É bar aberto” que “ajuda” aqueles a quem o ter-ceiro dia já fazia sen-tir alguma ressaca. Nesse dia não faltou outro tema portu-guês “Dona ligeirin-ha” interpretado pela banda Diabo na cruz. Como cabeça de car-

taz seguiu Bezegol que a um estilo rouco e suave cantou para um público muito acolhedor. Quando chegou a hora de “partir a loiça toda”, o já conhecido Xiko-be fez as honras da casa e para terminar em grande, mais um dos vencedores do concurso Cod Dj’s, o Dj Sérgio da Silva.

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Dia 9 de Maio - Segunda

Dia 10 de Maio - Terça

Dia 11 de Maio - Quarta

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Apesar de ser dia da semana ainda havia muito para acontec-er. Que o diga a ban-da da abertura, os Dirty Little Bastards que acordaram to-dos aqueles que já se sentiam enterrados! Surgiu assim o con-hecido Legendary Tiger Man que criou no público uma certa

harmonia. De segui-da tocaram os Sean Riley and The Slow Riders, aos quais não faltou talento. E para por toda a gente a cantar nada melhor que Foge Foge Ban-dido com o Ricky J Dj a encerrar o quarto dia de pura loucura.

Chegou a hora dos nossos colegas das tunas mostrarem o que é nosso. Como diz a boa educação “primeiro as senho-ras” e assim foi, a Tuna Feminina deu as boas vindas a mais um espetacular públi-co ao qual a Tuna Universitária animou com grande fulgor. E porque Portugal tam-bém significa Fado, Deolinda cantou um

pouco de Portugal e com o novo tema “ Que parva que eu sou” o público ficou em pura loucura. E quem fala de loucura tem de falar da Car-tola’s Band que mais uma vez sobressaíram com a sua atuação, encerrando depois com o já conhecido, no seio académico, Dj Didz fez a festa de fecho de mais um dia para depois recordar.

E já cheirava a mais uma super noite. O quarteto de bolso tem o privilégio de abrir o palco ao rock. Sim, rock, poderia existir enterro sem ele? Podia, mas não era a mesma coisa. Nada mais que Xu-tos e Pontapés, que dispensam apresen-tações, e claro que o

público não precisa-va de papel para a le-tra. O puro rock por-tuguês tornou assim esse dia memorável. E porque, nem só de rock vive o aca-démico, os Tie Man Dj’s e Johnwaynes fazem do House Mu-sic matéria-prima para a sobrevivência.

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Quando falamos de enterro também falamos de desfile, de grandes abraços de despedida, familiares, dos cânticos de orgulho ao curso e da famosa cerveja. Mas a noite não ficou por aqui! Para quem resistiu ao cortejo e queria despedir-se em grande, nada melhor

que a banda Red a abrir o palco. De seguida o mo-mento alto da noite, pimba!, com Rosinha e as suas letras ousadas que fazem todos dançar e sorrir. Os Techno-MusicSaveTheQueen elec-trificaram os resistentes e encerraram mais uma edição do enterro em Aveiro.

O primeiro dia a seguir à semana de enterro é muito difícil. Cansaço, dores, res-saca…a todos nós nos acon-tece algo, mas existe uma coisa que pertence a todos:

David Mendes

“Aveiro é nosso e há de se

r,

Aveiro é nosso até morrer”.

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Entrevista ao Prof. Borges Gouveia

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Bom dia Professor.Antes de começar, gostaríamos de lhe agradecer a sua presença e di-sponibilidade bem como dar-lhe as nossas felicitações, em nome da AEGIA pelo cargo recentemente assumido como diretor do DEGEI.

NUNO: Para começar pego já neste assunto, quais os seus objectivos para o futuro, a alcançar enquanto diretor? O meu progra-ma, tem dez pontos e há três valências fundamentais. A primeira é o ensino, que tem duas componentes, uma rela-cionada com os docentes e a outra com o meio envolvente, isto é, as empresas e organizações à volta da universidade com quem nós, como Departamento de Economia Gestão e Engenharia Industrial, nos devemos focalizar procurando criar valor nas empresas transferindo conhecimen-to que o departamento tem dos seus docentes e alunos para as empre-sas aumentando a competitividade. Há outra questão, que tam-bém é fundamental, a investiga-ção. Hoje em dia tanto um docente como um aluno universitário têm de ser pessoas que estão integra-das no conceito e no espírito de investigação, desenvolvimento e inovação. Para isso precisam de aprender, e aprender fazendo in-vestigação, temos uma unidade de investigação que é comum a vários departamentos da universidade, que trata de assuntos de governar, de competitividade e com políticas públicas e depois temos também a partir das empresas. Portanto, uma forte ligação às empresas, uma forte contratualização de pro-gramas com as empresas, quer seja ao nível de seminários, work-shops, cursos de formação avan-çada ou projectos de investigação

e de apoio às empresas, para assim trazer as empresas para dentro do departamento e com elas aprender. A terceira valência está rela-cionada com a infra-estrutura. O de-partamento quer tornar-se num edifí-cio “green Building” que tenha uma boa prática energética, ambiental, e de sustentabilidade. Queremos tam-bém um suporte informático e de tecnologias de informação e comu-nicação que seja uma constante para

que as a u l a s possam ser assistidas por quem não possa estar cá, ou porque está em casa ou nas empresas. Portanto quero “tudo no ar”, isto é, quero que os alunos tenham acesso remoto a aulas gravadas e em directo. Ini-cialmente o projecto irá avançar para o 3º ciclo sendo depois ao fi-nal de um ou dois anos para o 2º ciclo e só posteriormente para o 1º. No meio disto, no âmbito de cá trazer as empresas, há uma linha muito clara no meu programa de envolvimento dos alunos na rede de conhecimento do departamento. O que temos feito é apoiarmo-nos nas associações existentes a Aegia, a Agptua, o Núcleo de Economia e Núcleo de Gestão, a Smart Bus-siness e a Aisec, e com estas pro-mover conferências, workshops, seminários, de integração dos alu-nos em estágios nas empresas.Este segundo semestre (2010/2011), penso que já fizemos uma apos-ta neste estilo e o movimento começou. Queremos fazer deste departamento um espaço aberto do exterior para dentro da universidade.

EDUARDO: De forma a alcançar os objetivos a que se propõe, quais os projetos a realizar no futuro? Projetos muito concretos é a estabilização do 1º, 2º e 3º ciclo de economia, gestão, Eng. e Gestão In-dustrial e Turismo, dos 2º e 3º ciclo

na área da energia, e dos cursos de formação avançada para gente das empresas em gestão para executi-vos, em tecnologias da informação e comunicação e na eficiência ener-gética. Já fizemos três conferencias e agora vamos fazer mais quatro, em Setembro, Outubro , Novembro e Dezembro. Vamos fazer um con-junto de workshops sobre a inova-ção nas empresas, aliás muito no seguimento do trabalho que foi feito

pelos alunos na disciplina de

G e s t ã o da In-o v a ç ã o e Tec-

nologia, onde trabalharam com empresas e outros modelos de in-ovação de empresas. Depois va-mos fazer um conjunto de encon-tros em que vamos utilizar a praça da universidade e este espaço co-mum para fazermos algumas ac-tividades de integração das pes-soas e sobretudo de integração com a cidade e com as empresas.

NUNO: Que obstáculos e des-vantagens podem existir para a concretização dos mesmos? Não estou a imaginar grandes obstáculos, a questão é que quando nós queremos fazer uma coisa e percebemos clara-mente o que vamos fazer fazemos, depois dizemos que fazemos, e só então pedimos licença, e pedir li-cença antes de fazer não nos a irão dar portanto esse é que é o grande obstáculo se nós quisermos mesmo fazer as coisas. Eu acho que tenho este argumento mais que provado ainda antes de iniciar as minhas funções, pois de alguma forma já tinha o nosso programa aprovado com as conferências que começá-mos a realizar com os alunos e com as conferências da estação do Conhecimento ,portanto as coi-sas quando se quer, faz-se tudo.

EDUARDO: Outro tema que ainda hoje é motivo de discordância é o processo de Bolonha, qual a sua opinião acerca do mesmo agora que já está totalmente implementado? O processo de Bolonha tem

“O departamento quer tornar-se

“Tudo no ar“

num edifício “green Building““

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EGI em Movimento - 16ª Ediçãotrês processos distintos, no primeiro ciclo é aquilo a que chamamos car-ne para canhão, é produzir conheci-

mento, é aquela ginástica básica em que como se diria na tropa “ a parte de marchar”. Em seguida há um se-gundo ciclo em que nos é pedido “escolher a arma”, isto é, preciso aplicar e portanto o que nós temos feito aqui no departamento. Sendo o segundo ciclo uma fase para se por as mãos na massa, já promovemos a redução do nº de horas de aulas para diminuir a carga colectiva den-tro da sala da aula promovendo um aumento da disponibilidade dos alu-nos para a realização de trabalhos e apresentação dos mesmos.Portan-to há aqui uma parte que deve ser invertida, Bolonha pressupõe muito mais trabalho por parte dos alunos, do que aquela que faziam até aqui. A discussão dos trabalhos é muito importante porque permite às pessoas uma aprendizagem mais focada e muito mais motivante pois as pessoas têm um fim, que é o fim do trabalho e da apresentação. A parte da apresentação reintroduz no fundo sempre aquele conceito das provas orais, que á partidas eram complicadas e complexas para os alunos. Hoje em dia há muito espaço nas empresas para a comunicação e saber estar, e isso consegue-se com o aumento do número de apre-sentações. São estas duas linhas, a de por um lado reduzir o número de disciplinas e focalizar cada vez mais o primeiro e segundo ciclo, de diversificar e aumentar o núme-ro de trabalho e carga no terreno.Existe também o concelho do de-partamento e o concelho para a responsabilidade social onde eu quero fazer uma envolvência da sociedade e dos stakeholders do departamento. Com isto tudo, queremos desenvolver, um programa de voluntariado para os alunos e para os professores.

NUNO: O professor acompan-hou todo o processo, desde a sua divulgação em 1998, até á sua implementação, que difer-enças encontra num aluno for-mado antes de Bolonha e depois? Eu passei na minha vida

universitária, como aluno, por duas reformas, antes do 25 de Abril, pas-sou-se os cursos de engenharia de

seis anos para cinco anos, e toda a gente dizia que os alu-nos com 5 anos eram sem-pre muito mais fracos que os anteriores.Pouco tempo

depois de eu ter acabado o curso houve o 25 de Abril, e então passou se a dizer que os cursos a seguir ao 25 de Abril eram piores que os cur-sos antes do 25 de Abril. Portanto isto é um pouco esta questão do antes e depois do processo de Bo-lonha. Bolonha tem virtudes muito interessantes porque permite que uma pessoa fazendo o 1º ciclo numa área, possa voltar atrás, ou porque percebeu que não é aquilo gosta, ou porque gosta mais daquilo, ou porque que engraçou por outra área e assim poder ter um movimento em duas fases, inclusivamente tra-balhar, voltar á universidade e fa-zendo o primeiro, o segundo, e ter-ceiro ciclo naquilo que são os seus maiores interesses, aliás, até pode acontecer que uma pessoa vá sair com o segundo ciclo numa área, e vir mais tarde fazer outro segundo ciclo noutra área completamente diferente porque entretanto no seu percurso profissional foi andando por aqui ou por acolá. E portanto, o que nós sabemos é que cada vez mais a evolução do conhecimento e da sociedade nos vai obrigar a estu-dar com intervalos mais curtos. E agora, portanto, não acho que seja muito importante distinguir isto, se é antes ou depois de Bolonha.

NUNO: Como não podia deixar de ser, o tema da conjuntura económi-ca não poderia deixar de marcar presença nesta entrevista. Face à crescente preocupação dos alunos ao verem as portas do mercado de trabalho fecharem-se, consid-era que esta situação de crise se consiga resolver a médio prazo?

Eu acho que é uma falsa fa-lácia. A crise é uma crise política e económica, não uma de trabalho. O trabalho é fundamental, especial-

mente no sector privado. Às vezes as empresas não crescem da mes-ma maneira que a sua produção, pois isso deve-se a uma questão de posicionamento de produto final. Se olharmos para a Alemanha, pre-cisa de 50.000 engenheiros. Quem quer trabalhar, consegue-o! Quanto maior a crise, maior a possibilidade de crescimento numa óptica com-petitiva. O conceito em que o es-tado apoia e vai curar as mágoas, já toda gente percebeu que não funciona. Portugal gastou muito dinheiro mal gasto. Gasta-se muito e produz-se pouco, o que complica a Portugal, a criação de riqueza. Só criando riqueza, seremos capazes de resolver os nossos problemas.

EDUARDO: Mais concretamente e no que toca ao mercado de trabalho, como vê a nossa área de engen-haria e gestão industrial colocada?Isto é, a nossa área ainda hoje tem uma empregabilidade razoável? Cada um de nos não tem grande impacto! O que precisamos é de ter contacto com uma rede de pessoas, que tenha por passado por este departamento, para que perce-ba, o estado do curso, o que precisa de ser mudado dado a constante mudança. É nesse esforço que que-ro continuar, reunindo alunos, anti-gos alunos, professores e empresas!

NUNO: Considera que no futuro, em Portugal, e no que toca à área de EGI, a opção de abandonar o país se torna cada vez mais inevitável? O problema é que hoje não existe estrangeiro, aspecto que as pessoas têm de compreender. Hoje é possível, com meia dúzia de eu-ros, ir para qualquer parte da Eu-ropa. O problema é uma questão de atitude. Cada um tem de trabalhar onde for mais interessante para si!

E D U A R D O : Muito se diz que nos dias de hoje que é necessário de ter uma men-

talidade e personalidade adequada para se vencer no mercado de tra-balho, e obter-se sucesso na car-reira profissional. Considera que o

de atitude”

“A crise é uma crise política e

económica, não uma de trabalho”

“O problema é uma questão

“A parte de marchar“

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EGI em Movimento - 16ª Ediçãoensino praticado no nosso departa-mento, consegue incutir essa men-talidade e personalidade? Qual julga ser a postura correta de um aluno que vai para o mercado de trabalho?A postura perfeita começa por sa-ber ouvir, saber estar, e saber dia-logar com os outros. Um aspeto a salientar é a sinceridade, algo duro e chato, mas alerta para as questões menos boas, permitindo assim melhores relações interpes-soais e enriquecimento cultural. Ser humanamente bom, serio e compe-tente e por lado, socialmente rico.

NUNO: Qual a relevância da nossa área na economia e empresas europeias?É uma área interessante! Com o de-senvolver da tecnologia nas empre-sas, foi necessária uma engenha-ria, que integrasse as já existentes. Estando EGI associado a combina-ção da gestão da tecnologia, gestão de recursos humanos e económicos, fluxos de informação. Encontra-se capaz de criar o elo de ligação en-tre as empresas e as engenharias.

EDUARDO: Para finalizar a en-trevista, considera existir mar-gem de manobra para melhorar o ensino de EGI em Aveiro? Como? Claramente! Muito do falado anteriormente, como limpar dis-ciplinas desnecessárias, focalizar trabalho e aumentar o número de trabalho individual. Também pro-cura criar distinção entre ciclos. 1ºciclo é um processo contínuo, o 2ºciclo é um processo em partes.

Que mudanças pretende ver em EGI? Acha importante adicio-nar o Ingles à estrutura do curso? Cada coordenador orienta o programa de curso. Sendo as disciplinas costituidas por modu-los, é preciso analisar se existe arvore para mais ou menos disci-plinas. A questão do ingles, existe no DLC, cursos livres, de varios niveis. O 1º ciclo tem de ter me-nos disciplinas e menos horas por ramos. Mas irei me concentrar numa fase inicial no 2º e 3º ciclos.

“O elo de ligação entre as

empresas e as engenharias”

Nuno FerreiraEduardo Jesus

Page 13: EGi em movimento

Números e Afins

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Nesta pagina irá constar dados relativamente a informação a nosso ver importante, que nos ajuda a perceber como está o mundo em nosso redor.

Neste grafico que se segue, consta a taxa de desemprego do curso de EGI, das seguintes universidades:• EscolaSuperiordeTecnologiaseArtesdeLisboa–1.2%• FaculdadedeEngenhariadaUniversidadedoPorto–3.4%• UniversidadedeAveiro–5%• InstitutoPolitecnicodeLeiria–5.4%

E neste grafico, agora rivalizando com algumas das Engenharias da UA, a taxa de desemprego• EngenhariaMecânica–1%• EngenhariadeComputadoreseTelematica–1.5%• CienciasdeEngenhariaElectronicaeTelecomunicações–3.3%• EngenhariaeGestãoIndustrial–5%• EngenhariaQuimica–16.7%

Fonte: Jornal “Negocios”, artigo SAIBA QUAIS OS CURSOS SUPERIORES COM MAIS E MENOS EMPREGO,25 de Julho de 2011 || 17.26

Nuno FerreiraEduardo Jesus

Page 14: EGi em movimento

Taça U.A.EGI Campeão

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EGI em Movimento - 16ª Edição

Era uma vez um curso unido…Era uma vez uma equipa campeã!

Tudo começou com treinos de captação para substituir alguns dos elementos que deixaram a eq-uipa, tudo bem que não pudemos contar com o Reguila do trofense, pois os 4 tremoços e 2 amendoins anuais que recebe, no trofense, fica muito aquém do que a associação poderia pagar, mas fizemos bom negócio ao contratar miúdos mara-vilha para a “laranja mecânica”.Sou sincero, não foi fácil ao início en-trar no ritmo do futsal porém a ajuda dos “mais velhos “ foi fundamental. Como não tínhamos treinador ajudá-vamo-nos mutuamente criando um bem-estar importante entre todos.

Os jogos pareciam não correr como previsto, tivemos difi-culdades em entrar no ritmo, mas finalmente assentamos o nosso jogo, tendo nós terminado o grupo em X lugar. A partir daí restavam 5 vitórias para o nosso objetivo. Defrontámos Biotecnologia nos quartos de final. Passava quem tivesse mais vitórias à melhor de três e foram dois jogos, duas vitórias e Biotecnologia já era! Nas meias-finais encontramos a equipa de Gestão. Já os conhecía-mos pois já os tínhamos defron-tado na fase de grupos e com as devidas precauções passámos as-sim mais um desafio nesta etapa, chegando à tão esperada final.Na final, medimos forças com a equipa sensação do outro grupo, Finanças. Já tinha eliminado equi-pas como ECT e Engenharia Civil. Todos falavam de deles, que lhes era impossível marcar golos pois tinham um guarda-redes muito bom.

Antes do jogo havia aquele nervosismo normal, pavilhão cheio, apoiantes de EGI de um lado, e de Finanças do outro.

Começámos mal logo no início do jogo, através de dois erros sofremos dois golos, no entanto ainda havia muito pela frente mas com calma tudo começou a correr melhor e através de várias oportunidades criadas chegamos à igualdade. Fim dos 40 minutos e 2-2 no mar-cador. Seguia-se o prolongamento.Nas bancadas ouvia-se os cânticos a puxar por EGI, o que nos incenti-vava ainda mais a entrar em campo e dar tudo por tudo para ganhar-mos esta final e durante o prolon-gamento foi o que fizemos, fomos mais eficazes marcando dois golos, e fixando o resultado em 4-2 final.EGI sagrou-se novamente campeão! Agora resta-nos festejar mais um ano em grande, mais um título para EGI. Agradecemos o apoio a quem esteve sempre presente e quem acreditou sempre em nós, estar na equipa de futsal não é apenas dar uns pontapés numa bola, é criar uma família com um objetivo todos os anos, todos gan-ham, todos perdem acima de tudo.

Bruno Nunes

Obrigado EGI !

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Taça U.A.O começo de uma grande equipa

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Impossível falar sobre EGI e o fut-sal feminino sem mencionar o nome Sara Meireles. Por entre risadas e discussões ace-sas sobre fazer a diferença num mun-do desportivo claramente masculino na Universidade de Aveiro, surgiu a sua voz perseverante, audível para todos e bem clara, essa voz que ecoou em EGI, um grito de vontade, não deixando EGI indiferente à sua passagem. Especialmente a equipa feminina de futsal de EGI, que sob a sua liderança alcançou vitórias inesquecíveis.Deu-se assim a união de um grupo de mulheres fantásticas com aquele que à partida seria o principal gosto em comum, o futsal, no entanto, ini-ciando uma jornada de descobertas incríveis e claramente de coração aberto a um rol de conquistas que sequer nunca foram sonhadas…

Éramos genuínas na nossa vontade de jogar futebol, apenas nos quería-mos divertir, e claro, ter desculpas para mais umas jantaradas no Sr. Necas. Com o fantástico espírito da nossa grande impulsionadora, acabamos por juntar a diversão às vitórias e as vitórias a títulos, reconhecimento e ainda mais diversão.Foi com muito orgulho que vi a pas-ta de responsável da equipa pas-sar para as minhas mãos, quando a nossa grande mister acabou o curso, e espero ter feito jus à confi-ança depositada em mim. O espirito manteve-se, mas com o acréscimo de responsabilidade das muitas vitórias passadas. É fantástico recordar todas as joga-doras que passaram pela equipa nestes 7 anos, tivemos grandes jogadoras, uma grande treinadora, uns grandes treinadores também,

e acima de tudo grandes mulheres, que adoravam o futebol como di-versão mas sem nunca esquecerem a camisola que estavam a represen-tar, com um orgulho enorme de per-tencerem este grande grupo que é EGI.Por vezes diz-se que a vontade no futebol não chega, que é preciso ter jeito. EGI provou que o estado de espírito é suficiente, se não para ganhar sempre, pelo menos para sair sempre de campo com um sor-riso. Porque aqui todas pudemos fazer parte, todas pudemos fazer o que gostamos, e se não ganharmos, pelo menos divertimo-nos imenso.

Ana Aguiar

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E S T I E M

Council Meeting Karlsruhe 12-17 Abril

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Ao aderirmos ao “mundo ESTIEM”, várias são as atividades, que esta associação de estudantes de Engen-hariaeGestãoIndustrial(ESTIEM–European Students of Industrial En-gineering and Management), oferece aos vários alunos de toda a Europa. Desde que tomei conhecimento da ESTIEM, apenas houve um even-to pelo qual me interessei. O CM (Council Meeting) é o evento mais importante de todos. Nesta as-sembleia discute-se qual será a nova administração, quais os re-sponsáveis pelos diversos projetos e os novos locais para a realização de futuros CM’s. Esta sempre foi a minha escolha, pois sabia que este seria o acontecimento perfeito para criar novas amizades, aprofundar o meu conhecimento do ambi-ente da ESTIEM, que me permitiria abordar os outros eventos se-cundários de uma maneira diferente. Para que seja possível per-ceber um pouco da atmosfera que rodeia este evento, em cada Coun-cil Meeting estão presentes 200 alu-nos de todos os países da Europa. A acompanhar este evento desen-volveram-se na mesma cidade, dois acontecimentos muito importantes, a reunião de antigos membros da ESTIEM, os Alumni e o encontro de professores de Eng. e Gestão Industrial, no qual esteve pre-sente a professora Raquel Xambre. Dado a conhecer o ambi-ente desta organização, falta falar do que realmente se passou na Ale-manha. Nesta viagem participei eu e a Joana Furtado. Para ser sincero fiquei tão surpreendido quanto con-tente, pois já esperava esta opor-tunidade de participar num evento desta dimensão há mais de um ano. Partimos no dia 12 de Abril às 6.00 da manhã rumo a Karlsruhe, mas não sozinhos. Tomámos conheci-mento de que iria nesse voo alu-nos de EGI provenientes do Porto e de Coimbra (iniciante neste tipo de atividades da ESTIEM). Como tal, fizemos logo amizades mesmo

antes de chegarmos à Alemanha. Chegados a Karlsruhe, deparámo--nos com uma cidade muito bonita, cheia de espaços verdes, onde im-peravam os transportes públicos. De realçar que poucos carros a cir-culavam na estrada. Ao chegarmos ao hostel encontrámos um ambiente festivaleiro, onde toda a gente que-ria conhecer os participantes. Neste simples gesto de companheirismo e de querer “curtir”, encontramos uma das duas facetas desta organiza-ção: a diversão. Após a instalação nos quartos, fiquei no quarto com um sueco, um búlgaro e dois sérvios e tomámos conhecimento do plano de trabalhos para a semana. Como se pode ver, existe um multicultural-ismo inerente a este evento e desta forma pude aperfeiçoar o meu in-glês, um dos muitos objetivos que tinha para aquele Council Meeting.Embora a ideia inicial seja que a ES-TIEM seja uma organização onde reina a brincadeira e a “farra”, es-tas são apenas elementos de uma das vertentes, pois durante o dia trabalha-se muito. Exemplo disso são as assembleias-gerais, onde são discutidos todos os aspectos importantes da organização. Como podemos perceber pelo lema da ES-TIEM, “WORK HARD, PLAY HARD”, existem dois grandes objetivos. Por um lado, trabalhar muito durante o dia e por outro, divertires-te o máx-imo que puderes durante a noite. O evento realizou-se na universi-dade de Karlsruhe entre os dias 12 e 17 de Abril. Como se pode perceber os dias começavam bem cedo, e às 8 horas já tínhamos de ter tomado o pequeno-almoço. Para além das assembleias-gerais tínhamos work-ing groups. Estes grupos de tra-balho eram muito diversificados, mas muito importantes do meu ponto de vista para o futuro de um engenheiro/gestor. Estes engloba-vam desde formas de arranjar fun-dos para começar um negócio, con-tactos com as empresas, falar so-bre negócios e como criar uma

plataforma na internet/empresa. A comparticipar este meeting es-tiveram empresas muito con-hecidas como a : Karl Zeiss, P&G, Continental, Boston Consulting. Algumas destas empre-sas deram palestras, nas quais nos deram a conhecer um pouco mais da sua estrutura e dos seus objetivos.Do Council Meeting convém realçar as festas muito fixes a que tivemos direito. Entre elas, a Straba Party. Uma festa num eléctrico, que per-corria toda a cidade, com muita música e bebida à mistura; uma festa numa discoteca local e duas festas num bar perto do Campus. Entre as melhores atividades encon-tra-se a ida a um parque aquático coberto, AQUABAD, onde toda a gente se divertiu e pôde descon-trair depois de um dia muito longo. A ida à fábrica da Bosch deixou-me deslumbrado e deu-me uma ideia mais detalhada sobre o meu futuro profissional enquanto aluno do curso de Engenharia e Gestão Industrial.Embora as saudades de casa e dos amigos fossem grandes, pen-so que foi um evento fantástico, onde deu para conhecer pessoas de toda a Europa, de quem fiquei amigo e mantenho o contacto.Espero que todos os interessados em participar em eventos deste gé-nero o façam de modo a que não se perca o espírito ESTIEM, pois o grupo português que se dirigiu a Karlsruhe marcou e de que maneira. Para que seja compreensível, existe um livro de músicas da organização e Portu-gal inventou uma música que no final do evento toda a gente sabia de cor. Deste modo, e por experiência própria aconselho vivamente a par-ticipação em eventos da ESTIEM, quer seja em CM, quer seja em even-tos Vision, quer seja nas Summer Academies, pois garanto que não se vão arrepender e vão guardar as memórias dessa viagem para sempre.

Rui Beato

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20 ESTIEMers from all over Europe, all excited and wondering how the next week is going to be like, but most importantly all ready to get burned in Porto and buried in Aveiro!Sunshine, ocean, great beaches, amazing culture, endless nights with Queima das Fitas and Enterro, tasty food&wine.. Was those all? Of course not! Mix these with Portuguese hos-pitality, here you go, hell of a week!We took the baby steps with some warming-up and team building ac-tivities at FEUP, and continued with dinner with IEM students of LG Porto. It has been really efficient for us to get to know Portuguese drinking songs for the rest of the week :) During the next three days, we had chance to taste delicious Port Wine and have some general knowledge about it, visit an inter-esting contemporary art museum, have a special Francesinha dinner, walk in the old city and a little bit of sightseeing, and last, but not least, relaxing time at the beach. Even if the weather conditions tried to stop us–sunshinesuddenlydisappearedat our beach time!- we managed to enjoy our last day, with the help of an ESTIEMish water balloon fight.The next day, after a one hour trip

by train we arrived at the beautiful city of Aveiro where we were going to spend the last 4 days of the activ-ity week and welcomed by the lovely members of LG Aveiro. The program started with visiting an extraordinary open-air museum, which showed us the traditional way of salt making, and followed by free time for shop-ping at the city centre. Next day was a long and tiring one! In the early morning we attended “Ovos Moles” workshop, and then have a city tour with “buga” ride and of course the “moliceiro” ride which is the symbol of the city. The last day in Aveiro was reserved for the beach time, and this time the weather and the ocean was perfect, finally we got sunburnt! :) We spent all day there and had chance to enjoy the view on top of the lighthouse of Aveiro, after a long long trip -271 steps!!- Last night was different from the other nights, there was a parade of University of Aveiro students and everyone was well-prepared for this special night, it was so much fun to watch them singing and try to be a part with the ESTIEM song, didn’t work so well obviously :) LG Porto was also there to say good-bye, which wasn’t easy at all just like all the other ESTIEM events. We

left that beautiful country with great memories, promising to see each other again somewhere in Europe..Porto & Aveiro Activity Week was an unforgettable event that I had chance to meet with new ESTIEMers, and also catch up with the old friends. They say once you get the “ESTIEM Spirit”, you can’t stop travelling. It’s so true that my third event was an-other proof of it. I deeply recommend for you who has chance but couldn’t attend any ESTIEM event yet to start planning, you won’t regret it! It is the cheapest and the most fun way of travelling, not only you get to see different places but also you make new friends of several cultures.Hope to see you all somewhere in Europe,

Secil Egen LG Istanbul-ITU

Activity Week Porto-Aveiro

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ENEGI’11 Um encontro a repetir-se !

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ENEGI 2011… um Encontro a Repetir!

No mês de Maio, do presente ano, teve lugar em Guimarães, na Es-cola de Engenharia da Univer-sidade do Minho, o ENEGI 2011 – Encontro Nacional de Engenha-ria e Gestão Industrial. Um even-to que todos o que lá estiveram presentes desejam, certamente, que se venha a repetir no futuro.O encontro foi organizado, ou mel-hor, muito bem organizado, pela Direção de Curso do Mestrado In-tegrado em Engenharia e Gestão Industrial - Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, pelo Núcleo ALUMNI de En-genharia e Gestão Industrial da Uni-versidade do Minho bem como pela Comissão Instaladora do Núcleo de Estudantes de Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Min-ho. Este decorreu nos dias 27 e 28 de Maio e teve como principal obje-tivo “difundir a Engenharia e Gestão Industrial, através da partilha do conhecimento entre quem a aplica, investiga, ensina e estuda, isto é, quadros superiores e intermédios das empresas, investigadores, pro-fessores e alunos.” Neste âmbito, o Encontro incluiu um conjunto de sessões plenárias e paralelas muito interessantes e relevantes cientifi-camente para alunos, docentes, in-vestigadores e profissionais na área da engenharia e gestão industrial. Paralelamente o Encontro revelou-se isso mesmo, ou seja, um local de encontro da comunidade ligada

à engenharia e gestão industrial em Portugal, onde alunos e professores de diferentes universidades e insti-tutos politécnicos puderam partilhar as suas experiências relativamente a formas de ensinar e aprender, cur-rículos das diferentes licenciaturas, mestrados, mestrados integrados e programas doutorais, conteúdos das unidades curriculares e competên-cias obtidas e a obter pelos futuros licenciados, mestres e doutores em engenharia e gestão industrial.Uma das sessões porventura mais interessante, e na qual tive opor-tunidade de participar, pretendeu encontrar o perfil do graduado em EGI, nomeadamente no que dever-ia ter em termos de competências genéricas e específicas do ponto de vista dos alunos, docentes e en-tidades empregadoras. Outro dos pontos fortes do Encontro teve a ver com a possibilidade de alunos de mestrado e doutoramento apresen-tarem os seus trabalhos de investi-gação, o que representou, por um lado, uma oportunidade única de discussão e recolha de novas ide-ias para o desenvolvimento futuro dos mesmos e, por outro, a possi-bilidade da comunidade de Engen-haria e Gestão Industrial conhecer a investigação que está a ser real-izada nesta área do conhecimento.Finalmente, e à margem do En-contro, as direções de curso das licenciaturas e mestrados em EGI tiveram a oportunidade de reunir e delinear algumas ações com vista a uma maior afirmação desta área científica a nível nacional, a qual

padece ainda de alguma falta de re-conhecimento que só pode entend-er-se pelo desconhecimento sobre a mesma, nomeadamente sobre o número de graduados, projectos de investigação, dissertações de mestrado, teses de doutoramento e artigos científicos “produzidos” anualmente. É, pois, chegado o mo-mento de afirmar EGI no panorama nacional, junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia, junto da Or-dem dos Engenheiros e de outros organismos nacionais, para que a nível científico esta área tenha pelo menos a mesma visibilidade que o mercado de trabalho lhe recon-hece. Este foi, aliás, também um dos objetivos da realização deste Encontro, “organizar um evento de referência para a Engenharia e Gestão Industrial, com vista a pro-jetar a dimensão que este campo da Engenharia tem em Portugal, através do que se tem vindo a fazer nas universidades e nas empresas.”(...)Este Encontro tem as car-acterísticas e o potencial para se vir a posicionar no panorama na-cional como o Encontro da comu-nidade científica de Engenharia e Gestão Industrial e a Universidade de Aveiro, como uma das funda-doras da área a nível nacional, não poderá certamente deixar de fazer notar – e Bem! – a sua presença.

Maria João Pires da Rosa10 de Agosto de 2011

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Artigo de Opinião

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Empreendedorismo

Atualmente, vivemos numa socie-dade contaminada por uma situa-ção económica e social instável, o que provoca uma permanente in-certeza no dia de amanhã. O em-preendedorismo pode ser a solução, pois é o motor de impulsionamento da economia, a ele vem intrinseca-mente ligada a criação de emprego, a introdução de novos produtos (que até se pode refletir num salto tecnológico), o alargamento de mercados e a criação de riqueza. Porém, neste ambiente de crise, o seu despoletar implica que haja um ambiente positivo e otimista e ainda uma constante procura por soluções inovadoras. Todavia, é importante perceber que inovação não é sinónimo de tec-nologias de informação e comuni-cação, quando se fala de inovação refere-se essencialmente aos con-teúdos e às ideias, contudo não ne-cessita de ser uma inovação radical, isto é, algo absolutamente novo, não temos necessariamente de “inventar a roda”, a inovação pode ser a melhoria de algo já existente, como a sua reformulação criativa, nomeadamente na associação de ideias, nos instrumentos e nas fer-ramentas que eram já utilizadas. A associação, por vezes, potencia as características isoladas. A inovação pode acontecer quer ao nível da conceção do produto e/ou serviço, quer nas matérias-primas utilizadas, quer na gestão (organização) da empresa, quer no processo, seja ao nível do marketing, da distribuição, ou mesmo do mercado, quando en-tramos num mercado novo, estamos igualmente a inovar, sinteticamente, a inovação não tem barreiras, nem áreas específicas de referência.Falando de inovação, é de pessoas inovadoras que o país e o mundo precisa, pessoalmente, duvido que ensinem a um aluno como ser em-preendedor em alguma Universi-dade, o ensino é hoje direcionado para a aquisição de conhecimentos específicos (que por vezes ficam até pouco consolidados), con-

hecimentos esses, que não pas-sam de acessórios de um estojo de primeiros socorros, que apenas pode ser necessário para a ativi-dade profissional que irá exercer.Ser empreendedor aprende-se na Universidade da vida, no dia-a-dia, nos contactos interpessoais, na res-olução de problemas, os quais são muito importantes pois estimulam o nosso processo mental. Citando o Economista Carlos Hilsdorf: “O verdadeiro sentido de uma barreira consiste em despertar o nosso po-tencial de superá-la…”. Contudo a palavra empreendedorismo pos-sui nos dias de hoje uma carga de grandíssima subjetividade, pois não se restringe à ideia pré concebida que o empreendedor é um agente que gerou riqueza.No Século XXI, o empreendedor é alguém que consegue gerar ideias, as quais são a matéria-prima de qualquer criação, no entanto para gerar essas ideias é necessário um espírito crítico sobre o mundo glo-balizado que o rodeia, e ao mesmo tempo, uma mente aberta que filtre a informação que cada vez mais está ao seu alcance, de modo a transfor-mar a informação em conhecimento e por sua vez em ideias. Empreend-edor não é aquele que espera que as oportunidades surjam à sua fr-ente, o verdadeiro empreendedor, é alguém que vai buscar essas mes-mas oportunidades no momento certo, e com rasgos de inovação e criatividade, consegue gerar valor acrescentado, sendo primeiro que qualquer outro, na mesma situação, ou com as mesmas condições.Neste mundo económico frenético, em que cada vez mais a competição é o prato de cada dia na arena do emprego, a nossa existência tem necessariamente de ter valor acres-centado para os outros, a isso acrescenta-se a capacidade de nos reinventarmos constantemente como peças de uma engrenagem em constante mutação. É impor-tante insurgimo-nos contra os ide-ais predefinidos, de que só 0,01%

da população tem capacidade para criar e empreender. Grande parte de nós tem potenciais criativos inex-plorados que provavelmente nunca serão descobertos, respondendo às perguntas: «Fazemos parte de um contexto que nos supera?», sim fazemos, «Podemos fazer criar algo nosso que faça a diferença?», sim pudemos, para isso precisamos de ter confiança na nossa capacidade e instinto e não ter medo de ter novas experiências que podem não estar necessariamente ligadas à vertente académica. Não nos pudemos res-ignar a ser parte da criação de al-guém, nós pudemos ser a criação, nós, alunos universitários devemos aproveitar todas essas experiências e oportunidades que nos são dadas antes de entrarmos para o mundo de trabalho, porque aí sim, a nossa criatividade fica bastante limitada, pois são raras as empresas que a fomentam, preferindo muitas vezes um colaborador que siga rigorosa-mente as suas normas e doutrinas organizacionais. Deixo por último, uma citação de um improvável símbolo de ideais empreendedores, Mahatma Gandhi: ” Sê a mudança que queres ver no mundo.”. É possível concluir indu-bitavelmente que o primeiro passo para inovar e empreender, é olhar-mos para nós mesmos.

Pedro Rebelo

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