Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
E61
Elton Alves de Souza Filho1, Marcos Denílson de Oliveira Monteiro2, Priscila Ketlen
Negreiros 3, Jelmir Craveiro de Andrade4, Larissa Silveira Moreira Wiedemann5,
Tereza Cristina Souza de Oliveira6
Este trabalho teve como objetivo a validação e implementação em rotina de laborató-
rio, do método de determinação de formas de ortofosfatos (PO43-) em águas superficiais
utilizando a espectrofotometria de absorção molecular no visível. Realizar a validação de
um método garante a confiabilidade e rastreabilidade dos resultados obtidos em um la-
boratório. Foram realizados testes de linearidade, faixa de trabalho, Sensibilidade, Limite
de detecção (LD), Limite de quantificação (LQ), Repetividade, Precisão Intermediária
(reprodutibilidade), Recuperação e Robustez. Preconizado pela Standard Methods (SM-
4500-P) o método sob estudo foi o de colorimetria direta pelo método do ácido ascórbi-
co. As amostras utilizadas para quantificação de fosfatos foram coletadas no leito do
igarapé do Mindu na cidade de Manaus-AM e posteriormente filtradas com membranas
de 0,45 μm. A validação do método foi realizada em espectrofotômetro de UV/VIS no
comprimento de onda de 880 nm. Através dos resultados obtidos concluiu-se que o mé-
todo em estudo se apresentou dentro da faixa de aceitação estabelecida segundo o
documento orientativo do INMETRO DOQ-CGCRE-008 para os testes de linearidade, pre-
cisão e exatidão. No teste de robustez o método apresentou-se sensível a qualidade de
reagentes (fabricantes) e ao tempo de ensaio conforme descrito no método Standard
Methods (SM-4500-P) para quantificação de ortofosfatos. Com relação às amostras anali-
sadas pelo ensaio validado, das cinco amostras analisadas, quatro se apresentaram em
desacordo ao preconizado pela Legislação CONAMA 357/2005 e uma amostra da nas-
cente do igarapé enquadrado para os limites de ortofosfatos.
: figuras de mérito, águas naturais, fosfatos.
. This work aimed to validate
and implement in a laboratory routine, the method of determining orthophosphate forms
(PO43-) in surface waters using the molecular absorption spectrophotometry in the visible.
Performing the validation of a method guarantees the reliability and traceability of the re-
sults obtained in a laboratory. Linearity tests, working range, sensitivity, detection limit (LD),
quantification limit (LQ), repeatability, intermediate precision (reproducibility), recovery
and robustness were performed. Recommended by Standard Methods (SM-4500-P), the
1 Doutorando em Química, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected] 2 Mestrando em Química, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected] 3 Mestranda em Química, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected] 4 Mestre em Química, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected] 5 Professora Associada, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected] 6 Professora Associada, Departamento de Química, ICE, UFAM, [email protected]
E62
method under study was direct colorimetry using the ascorbic acid method. The samples
used to quantify phosphates were collected in the stream of the Mindu stream in the city
of Manaus-AM and later filtered with 0.45 µm membranes. The method was validated us-
ing a UV / VIS spectrophotometer at a wavelength of 880 nm. Through the results ob-
tained, it was concluded that the method under study was within the acceptance range
established according to the guiding document of INMETRO DOQ-CGCRE-008 for linearity,
precision and accuracy tests. In the robustness test, the method was sensitive to the quali-
ty of reagents (manufacturers) and to the test time as described in the Standard Methods
method (SM-4500-P) for quantification of orthophosphates. Regarding the samples ana-
lyzed by the validated test, of the five samples analyzed, four were in disagreement with
what is recommended by CONAMA Legislation 357/2005 and a sample from the source of
the stream framed for the orthophosphate limits.
: figures of merit, natural waters, phosphates
O uso antrópico da água pelas di-
ferentes atividades gera poluentes que
implicam de forma direta na qualidade
dos corpos hídricos. Entre eles estão a
descarga inadequada de resíduos indus-
triais, agrícolas e os esgotos domésticos
que alteram as características físicas,
químicas e biológicas do meio hídrico
prejudicando a utilização das águas pa-
ra outros fins (SANTOS et al., 2006; SER-
RÃO e CHAVES, 2019; SOUZA FILHO et al.,
2019; SOUZA FILHO et al., 2020a).
Diante disso, no ano de 2005 o Con-
selho Nacional do Meio Ambiente esta-
beleceu as Resoluções nº 274 e nº 357 do
CONAMA no intuito de enquadrar os
corpos de água segundo suas classes e
adequar as melhores condições de qua-
lidade da água a ser utilizada nas mais
diversas finalidades (BRASIL, 2005). De
acordo com a resolução nº 357 de 2005
do CONAMA (BRASIL, 2005), o teor má-
ximo permitido de P (fósforo) em água
doce é de 0,020 m g l-1 de P para ambi-
ente lêntico (água parada), para ambi-
ente intermediário é de 0,025 m g l-1 de P
para ambiente lótico (em movimento,
correnteza) é de 0,1 m g l-1 de P (BRASIL,
2005). O excesso de P nos rios acarreta a
eutrofização da água, pois a elevada
concentração favorece o crescimento
de algas (cianobactérias) e macrófitas
aquáticas impactando a fauna e a flora
aquática, através da diminuição de oxi-
gênio dissolvido, liberação de toxinas,
além de odor e sabor desagradáveis.
(VOLLENWEIDER et al, 1980; PAULA et al,
2016; BARRETO et al, 2013). O P está pre-
sente em três formas: fosfato particulado,
fosfato orgânico dissolvido e fosfato inor-
gânico dissolvido. Este último é o mais
importante, pois é a principal forma de P
assimilada pelos vegetais aquáticos. O P
inorgânico dissolvido, na forma de orto-
fosfato, é facilmente utilizado pelos pro-
dutores primários e é, portanto, a princi-
pal forma biodisponível de P, mas algu-
mas espécies de P orgânico dissolvido
também pode ser utilizado (SANUDO,
2006; MONBET et al 2009; WORSFOLD et
al., 2016). O fracionamento e especia-
ção de P são fatores importantes ao
considerar o impacto do elemento na
qualidade da água. Nas águas naturais
o P pode ser encontrado em várias for-
mas “dissolvidas” definida como a fra-
ção que passa por um filtro de 0,2 a 0,45
μm e em função do pH do meio e da va-
riação da temperatura pode-se ter dife-
rentes espécies iônicas: H3PO4, H2PO4-,
HPO42- e PO4
3- (ESTEVES, 2011).
Conforme o método difundido
Standard Methods (SM-4500-P) as análi-
ses de P em águas naturais englobam
dois passos de procedimentos gerais: (a)
conversão da forma de P de interesse
para ortofosfato dissolvido e (b) determi-
E63
nação colorimétrica de ortofosfato dis-
solvido. Do ponto de vista químico, os
fosfatos que respondem aos testes colo-
rimétricos sem hidrólise ou digestão oxi-
dativa preliminares, são chamados de
fósforos reativos. O método mais empre-
gado para determinação do teor de or-
tofosfato dissolvido (fósforo reativo) é o
colorimétrico com quantificação por es-
pectrofotômetro de absorção molecular
no visível que mede a transmitância de
um feixe de luz num determinado com-
primento de onda quando atravessa
uma solução colorida dentro de uma
cubeta de quartzo ou de vidro
(EDWARDS e ALEXANDER, 2017). A de-
terminação da concentração de fosfa-
tos pela técnica espectrofotométrica de
absorção molecular no visível relaciona
a transmitância e a concentração da
solução que está baseada na formação
de um complexo colorido, azul de moli-
bdênio, que é formado entre a reação
do molibdato de amônio e o fosfato,
formando o fosfomolibdênio, com sua
posterior redução química mediada pelo
ácido ascórbico para espécie colorida
no tom de azul, conforme explicita na
equação química a seguir (STRICKLAND
et al.,1965). 7 H3PO4 + 12 (NH4)6Mo7O24 + 51 H+ → 7
(NH4)3PO4.12MoO3+ 51 NH4+ + 36 H2
Três métodos de determinação de
ortofosfato são descritos na metodologia
Standard Methods (SM-4500-P). A sele-
ção depende amplamente da faixa de
concentração de ortofosfato. O método
do ácido vanadomolibdofosfórico (C) é
mais usado para análises de rotina na
faixa de 1 a 20 mg P/L. O método do clo-
reto estanhoso (D) ou o método do áci-
do ascórbico (E) são mais adequados
para a faixa de 0.01 a 6 mg P/L. Neste
trabalho o método colorimétrico utilizado
foi o da quantificação pelo método do
ácido ascórbico (E), mais adequados
para a faixa de 0.01 a 6 mg P/L, que
compreende a faixa da resolução CO-
NAMA 357/2005 para limites de até 0,1
mg de P/L (Águas da Classe II) na forma
de ortofosfatos dissolvidos como efeito
de aplicação da legislação. O método selecionado neste estu-
do foi o de colorimetria direta, que em
relação aos métodos que utilizam do
procedimento de oxidação, apresenta
menos interferentes, o que apresenta vi-
abilidade devido a redução de custos
para aquisição de reagentes, menor
consumo de tempo e aparelhagem mais
simples em relação ao necessário para
realização da digestão e emprego dos
métodos; ácido nítrico-ácido sulfúrico,
oxidação com persulfato, além do mé-
todo com ácido perclórico, o mais drás-
tico e que consome maior tempo de
análise, sendo esta última recomendável
somente para amostras particularmente
difíceis como os sedimentos. O método
pelo ácido ascórbico tem sido ampla-
mente utilizado para determinação de P
em águas superficiais e residuais, solo e
água para fins alimentícios (SANTOS et
al., 2014; COLZANI et al., 2017). Do ponto
de vista de precisão, o método selecio-
nado para validação, pelo ácido ascór-
bico está entre os que possuem menor
desvio padrão relativo (Entre 4,0 a 9,1%)
e menor erro relativo (Entre 4,4 a 10%)
associados ao ensaio conforme Standard
Methods (SM-4500-P). Nesse intuito o presente trabalho
teve como objetivo realizar a validação
da metodologia de determinação de
ortofosfatos dissolvido por intermédio de
uma curva analítica da concentração
de fosfatos relacionando com a absor-
bância resultante, através da verificação
dos parâmetros de aceitação e confiabi-
lidade determinados pelo DOQ-CGCRE-
008 – INMETRO de 2018. Como forma de
verificar a aplicabilidade do método pa-
ra o ensaio validado foi escolhido um
igarapé na cidade de Manaus-AM para
tomar como local de referência (Matriz)
para esta validação, igarapé este que
apresenta atualmente concentração de
fosfatos em concentração acima do es-
tabelecido pela legislação CONAMA de
E64
2005 (OLIVEIRA et al., 2016; ARCOS et al.,
2018; SOUZA FILHO et al., 2019; SOUZA FI-
LHO et al., 2020a; SOUZA FILHO et al.,
2020b).
Todas as vidrarias utilizadas para es-
te estudo foram submetidas à desmine-
ralização com ácido nítrico a 5%, com o
intuito de diminuir o risco de contamina-
ção. O Padrão de P utilizado foi da fabri-
cante Sigma–Aldric na concentração
1000 m g l-1, preparado em água ultrapu-
ra pureza de 99,5% ± 5% do tipo Milli-Q
(Tipo 1). Os demais reagentes utilizados
foram de qualidade P.A. O equipamento
utilizado foi o espectrofotômetro de ab-
sorção molecular no visível modelo Evo-
lution 220 da fabricante Thermo Scienti-
fic, acoplado em um computador. As
análises foram realizadas nos meses de
novembro e dezembro de 2018 no Labo-
ratório de Métodos Espectroscópicos –
LAMESP e a preparação de solução e
reagentes no Laboratório de Qualidade
Ambiental – LAQUA na Central Analítica
da Universidade Federal do Amazonas
(UFAM).
As amostras foram coletadas con-
forme metodologia de coleta e preser-
vação de amostras de águas descritas
por Souza Filho et al. (2019), realizadas no
período de execução da metodologia
de validação analítica do ensaio, na
área urbana da cidade de Manaus-AM
no norte do Brasil. Foram coletados cinco
amostras de águas com características
distintas de qualidade, partindo da área
de nascente do igarapé (montante) de-
nominado ponto P1 até pontos com ca-
racterísticas antropizadas, perpassando
por trechos do meio do curso alto do iga-
rapé no ponto P2 no bairro Novo Aleixo,
P3 no conjunto residencial Petros, no P4 –
Parque municipal do Mindu, e nas proxi-
midades da foz do curso (jusante), no
ponto P5 no Parque dos Bilhares. As
amostras foram previamente filtradas
através de uma membrana de filtro de
diâmetro de poro de 0.45 µm conforme
Standard Methods (SM-4500-P).
O método proposto foi validado
conforme as orientações normativas do
DOQ-CGCRE-008 INMETRO (Instituto Na-
cional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial), conforme o traba-
lho de Albano e Raya-Rodrigues (2015) e
por último, através do descrito por Leite
(2008). Foram analisados os seguintes pa-
râmetros: Linearidade, Faixa de trabalho
ou Faixa linear de trabalho (INMETRO,
2018), Sensibilidade, Limite de detecção
(LD), Limite de quantificação (LQ), Repe-
tividade, Precisão Intermediária (repro-
dutibilidade), Recuperação e Robustez.
O método selecionado (Figura 1) para
validação foi o de colorimetria direta (4)
na forma de fósforo reativo dissolvido (or-
tofosfato dissolvido) pelo método do
ácido ascórbico (E) conforme descrito
em Standard Methods (SM-4500-P).
A execução do método de valida-
ção foi realizada em etapas. Na Etapa 1
(Figura 2) foram preparados os reagentes
para a reação de redução do P em or-
fosfatos dissolvidos. A separação dos re-
agentes e preparo das soluções para
execução do método foi realizado con-
forme descrito na referência do Standard
Method (SM 4500-P), pelo método de re-
dução com ácido ascórbico (E) para de-
terminação de fosfatos em águas.
E65
Figura 1 – Rota para análise de fosfatos pelo método Standard Methods 4500-P em águas naturais.
Em negrito, com seta laranja em ênfase, a rota utilizada neste trabalho. Fonte: Standard Methods
4500-P pelo método do ácido ascórbico (E).
Figura 2 – Soluções preparadas para execução da Etapa 3 deste estudo.
Na Etapa 2 (Figura 3A) para a determi-
nação da linearidade foi utilizado o mé-
todo do padrão externo a partir de uma
solução padrão de 1000 m g l-1 de P da
marca Sigma Aldrich. Foram preparadas
duas soluções (mães) de 50 m g l-1, e a
partir destas soluções foram preparadas
novas soluções (soluções filhas) de forma
E66
alternada para a determinação da cur-
va analítica com valores de concentra-
ção; 0,050; 0,10; 0,25; 0,50, 075 e 1,0 m g l-
1 e avolumadas em balão volumétrico de
50 mL (Figura 3A).
Figura 3– Em (3A) Soluções mães um e dois preparadas a partir de um padrão de 1000 m g l-1 de P
marca Sigma Aldrich. Em (3B) mistura com reagentes da água deionizada (tipo MiliQ) para deter-
minação da linearidade ou utilização da Matriz (amostra) para realização dos testes complemen-
tares da validação. Em (3C) quantificação das amostras de água e matriz em espectrofotômetro
de absorção molecular no visível com comprimento de onda de 880 nm após interstício de 10 a 30
min de reação.
A Etapa 3 (Figura 3B e 3C) foi exe-
cutada através da obtenção de alíquo-
ta de 50 mL de água deionizada (tipo
MiliQ) com adição de padrão de cada
uma das concentrações definidas e adi-
ção de 0,05 mL (1 gota) de fenolftaleína
em um erlenmeyer de 125 mL. Em segui-
da adicionado 8.0 mL do reagente
combinado preparado na Etapa 1, após
o interstício entre 10 e 30 minutos foi reali-
zado leitura no equipamento em com-
primento de onda de 880 nm. O proces-
samento das reações foi destacado na
Figura 4C; Em amarelo é apresentada a
reação de redução dos fosfatos presen-
te na amostra, e em azul a reação de
complexação na forma de fosfomolib-
dênio para quantificação em 880 nm.
Para o preparo da linearidade foram
executadas sete curvas, em cada uma
delas foi realizada a leitura em triplicata
de cada padrão de concentração defi-
nido, gerando ao final do teste uma mé-
dia final das sete curvas obtidas.
E67
A faixa de trabalho ou faixa linear
de trabalho (faixa de concentração do
analito em que os resultados do método
são proporcionais à concentração do
analito) foi definida a partir de um pa-
drão central de 0,10 m g l-1 (limite da re-
solução CONAMA n°357/2005 para o pa-
râmetro de P inorgânico (fosfatos) em
curso lótico de corpos receptores de
Classe II desta resolução), com uma
concentração inferior a 0,10 m g l-1 e três
concentrações superiores a 0,10 m g l-1
com limite máximo de 1,0 m g l-1. Foram
preparadas sete curvas, sendo que cada
uma delas foi elaborada com leituras em
triplicata de sua respectiva concentra-
ção. As mesmas leituras em triplicatas
foram inferidas para os outros parâmetros
de validação elaborados.
Após as Etapas 1, 2 e 3 foi calcula-
da a regressão linear obtida através do
método dos mínimos quadrados (equa-
ção da reta ou equação do 1° grau) ex-
plicita na equação 1. A partir da curva
de linearidade obtida foi determinada a
faixa de trabalho através da regressão
linear e sensibilidade do método que fo-
ram calculadas conforme a Equação 1 e
2 respectivamente.
(1)
em que y é variável dependente, x é a
variável independente, a é o coeficiente
angular e b é coeficiente linear.
S = (2)
Em que S é a sensibilidade, dx é a varia-
ção da resposta e dy a variação da
concentração.
A partir da curva de linearidade
plotada a partir da Equação 1, foram
analisados o perfil do gráfico dos resí-
duos. Conforme destacou Albano e Ra-
ya-Rodrigues (2015), o gráfico de resí-
duos deve possuir uma ordem aleatória
de distribuição, onde, se o “coeficiente
de determinação” da equação da reta
for maior que 0,995 e o gráfico de perfil
dos resíduos de regressão possuir ordem
aleatória de distribuição, então o méto-
do pode ser considerado linear. Um dos
pressupostos do modelo de regressão
linear é a de que os erros devem ter va-
riância constante, esta condição é de-
signada por homoscedasticidade. A va-
riância ser constante equivale a supor
que não existem observações incluídas
na variável residual cuja influência seja
mais intensa na variável dependente.
Uma das técnicas usadas para verificar a
suposição de que os resíduos são homo-
cedásticos, é a análise do gráfico dos
resíduos versus valores ajustados. Este
gráfico deve apresentar pontos dispostos
aleatoriamente sem nenhum padrão de-
finido. Por isso, se os pontos estão aleato-
riamente distribuídos em torno da reta y
= 0, sem nenhum comportamento ou
tendência, tem-se indícios de que a va-
riância dos resíduos é constante, a pre-
sença, por exemplo, de “funil” é um indi-
cativo da presença de heteroscedastici-
dade. Podemos dizer que homoscedas-
ticidade é o termo para designar variân-
cia constante dos erros experimentais
para observações distintas (RODRIGUES,
2012). Caso a suposição de homosce-
dasticidade não seja válida, podemos
listar alguns efeitos no ajuste do modelo:
Os erros padrões dos estimadores, obti-
dos pelo método dos mínimos quadra-
dos, são incorretos, portanto, a inferência
estatística não é válida. Em resumo não
basta apenas a equação da reta se
apresentar na forma linear, o gráfico de
resíduos é importante para avaliar se o
modelo apresenta homoscedasticidade
ou heteroscedasticidade, isto é, σ2 cons-
tante.
Para verificação de valores discre-
pantes em cada nível de concentração
da curva analítica foi aplicado o teste
de Grubbs a 95% de confiança (GRUBBS,
1969). O teste de Grubbs é primeiramen-
te realizado para verificar a existência de
um valor anômalo em cada extremida-
E68
de do conjunto de dados. Se nesta pri-
meira análise, um dos dois valores for
considerado anômalo, ele é rejeitado,
retirado do conjunto e um novo teste,
verificando a existência de um valor
anômalo em cada extremidade do con-
junto, é realizado e assim sucessivamen-
te; caso contrário, se nesta primeira aná-
lise, ambos os valores forem aceitos co-
mo não anômalos, o teste é encerrado e
utilizamos o conjunto de dados rema-
nescentes para análise (FERREIRA, 2017).
O limite de detecção (LD) é defini-
do como a menor concentração detec-
tada, mas não necessariamente quanti-
ficada. O limite de detecção pode ser
determinado mediante o sinal/ruído, o
desvio-padrão da resposta e do coefici-
ente angular e por processos estatísticos.
O sinal/ruído pode ser aplicado somente
para processos analíticos que exibem
linha de base. Conforme Brito et al (2003)
a determinação da razão sinal/ruído é
realizada por meio da comparação dos
sinais medidos da amostra com baixas
concentrações conhecidas do analito
com as do branco, estabelecendo-se a
concentração mínima na qual o analito
pode ser detectado, o documento orien-
tativo do INMETRO (2016) sugere no mí-
nimo sete replicatas para a estimação
do LD. A razão sinal/ruído com valor três
é geralmente considerada aceitável pa-
ra estimar o limite de detecção (BRITO et
al, 2003; RIBEIRO e FERREIRA, 2008; SOA-
RES et al., 2012; SOUZA et al., 2016). Neste
trabalho o LD foi determinado pela
Equação 3:
LD = 3,3 x (3)
em que LD é o Limite de detecção, s é o
desvio padrão da resposta da matriz de
menor concentração e b a inclinação
(coeficiente angular) da curva analítica.
O limite de quantificação é defini-
do como a menor concentração que
pode ser quantificada pelo método,
com exatidão e precisão, geralmente
adota-se o menor valor de concentra-
ção da faixa de trabalho (LEITE, 2008;
BRITO et al., 2003; RIBEIRO e FERREIRA,
2008; SOARES et al., 2012; SOUZA et al.,
2016). Para esse fim, o LQ foi determina-
do pela Equação 4:
LD = 10 (4)
Onde LQ é o Limite de quantifica-
ção, s é o desvio padrão da resposta da
matriz de menor concentração e b a in-
clinação (coeficiente angular) da curva
analítica.
A precisão de um método é quan-
do existe concordância entre os valores
experimentais obtidos e quanto mais
próximos entre si estiverem, maior será a
precisão. A precisão foi determinada a
partir da repetitividade e reprodutibilida-
de (precisão intermediária). De acordo
com o documento DOQ-CGCRE-008 IN-
METRO, quando não houver métodos
com quais possam ser comparadas as
características de precisão, então, os va-
lores teóricos de repetibilidade e repro-
dutibilidade podem ser calculados a par-
tir da equação de Horwitz, que leva em
consideração a concentração do anali-
to. A forma mais adequada é o uso dos
valores de HORRAT para avaliar a acei-
tabilidade das características de preci-
são de um método. O valor de HORRAT é
dado pela Equação 5.
(5)
Sendo a Equação de Horwitz:
(6)
Em que DPR é o desvio padrão relativo e
C a concentração do analito. Se os valo-
res de HORRAT forem menores ou iguais
a 2,0; os valores de repetibilidade e re-
E69
produtibilidade dos métodos podem ser
considerados satisfatórios.
Nesse estudo foi determinada a re-
cuperação do método, que consiste na
adição (fortificação) de uma quantida-
de conhecida de analito à amostra para
testar se a resposta da amostra corres-
ponde ao esperado a partir da curva de
calibração. Nesse estudo, a amostra foi
fortificada com uma concentração co-
nhecida de concentração de P e em
seguida foram analisadas em triplicata,
em três níveis de concentração (baixa,
média e alta) da mesma forma que as
desconhecidas. No final do procedimen-
to foi calculado o Fator de Recuperação
(FR) conforme Equação 7 (INMETRO,
2018) ou seja, o FR é uma resposta sobre
a eficiência do método (FILHO, 2010).
x 100 (7)
em que Recuperação (%) é o fator de
recuperação, C1 é a concentração do
analito na amostra fortificada, C2 é a
concentração do analito na amostra
não fortificada, e C3 a concentração do
analito adicionado à amostra.
Segundo a International Conferen-
ce on Harmonisation (ICH), a robustez do
método é a medida da sua capacidade
de permanecer inalterado sob peque-
nas, mas estudadas variações nos parâ-
metros do método e prover indicação
da sua dependência durante o uso nor-
mal (MAROTO et al., 1999; NIJHUIS et al.,
1999; VAN DER HEYDEN et al., 1999; BRITO
et al., 2003). A robustez neste trabalho foi
calculada de acordo com Albano e Ra-
ya-Rodriguez (2015) por meio da média
de seis réplicas para cada uma das
combinações testadas. As variáveis rela-
cionadas para o cálculo da robustez fo-
ram dispostas através do cálculo entre os
fatores:
1. O cálculo do efeito dos fatores Reagente ( )
e fator Tempo ( ) calculados através das
seguintes equações 8 e 9;
*= -
(8)
Sendo:*Média dos reagentes A no tempo 1
(MRAtempo1), *Média dos reagentes A no
tempo 2 (MRAtempo2), *Média dos reagen-
tes B no tempo 1 (MRBtempo1), e a *Média
dos reagentes B no tempo 2 (MRBtempo1)
* = -
(9)
2. Elevar estas diferenças dos fatores
ao quadrado
3. Somar os desvios e fazer à média;
4. E por fim calcular o desvio (𝑆𝑟ob)
pela Equação 10:
(10) (10)
Calcula-se então o desvio da Ro-
bustez (𝑆𝑟ob) de cada concentração e
compara-se com o desvio da reproduti-
bilidade interna (𝑆𝑟epro) de cada con-
centração caso o desvio da robustez se-
ja menor que o desvio da reprodutibili-
dade interna (𝑆𝑟ob<𝑆𝑟epro) então o mé-
todo é considerado robusto.
Os resultados das absorbâncias
com leituras no comprimento de onda
de 880 nm foram reunidos na Tabela 1.
A curva analítica média, obtida por
meio do método dos mínimos quadra-
dos, apresentou a equação: y= 0,6136x +
0,0033 e um “coeficiente de determina-
ção” de 0,9999. No gráfico da Figura 4
foram plotados os dados da linearidade
obtidas para as sete curvas obtidas.
E70
Tabela 1 – Dados de absorbância obtidos em comprimento de onda de 880 nm para as sete curvas de linearidade.
Concentração
(m g l-1)
Curva MÉDIA
1 2 3 4 5 6 7
0,050 0,033 0,030 0,035 0,033 0,035 0,031 0,033 0,033
0,100 0,062 0,061 0,062 0,059 0,069 0,064 0,072 0,064
0,250 0,149 0,159 0,163 0,152 0,162 0,147 0,153 0,155
0,500 0,310 0,314 0,316 0,308 0,330 0,321 0,306 0,315
0,750 0,453 0,477 0,460 0,472 0,443 0,463 0,461 0,461
1,000 0,603 0,626 0,625 0,616 0,610 0,600 0,620 0,616
Figura 4 – Gráfico da regressão linear obtido a partir de sete curvas analíticas realizadas. Programa
estatístico utilizado: Microsoft Excel 2016.
Pode-se perceber pelo valor do
coeficiente de determinação, que as se-
te curvas plotadas apresentam correla-
ção fortíssima (0,91< R<0,99) conforme
dados de Brito et al (2003), sendo na opi-
nião de Leite (2008) o coeficiente de de-
terminação, o critério mínimo aceitável
para os testes de linearidade e seletivi-
dade. Outros trabalhos (Moura et al.,
2008; Rubim et al., 2012; Borba et al.,
2013) consideraram valores aceitáveis o
coeficiente de determinação dentro do
intervalo (0,91<R<0,99) para os métodos
avaliados por espectrofotometria de ab-
sorção molecular, sendo considerado,
linear o método sob estudo.
Os limites de detecção e quantifi-
cação foram calculados a partir da ra-
zão sinal/ruído (BRITO et al., 2003; INME-
TRO, 2018; RIBEIRO e FERREIRA, 2008; SO-
ARES et al., 2012; SOUZA et al., 2016) fo-
ram estabelecidos a partir da média da
determinação de sete alíquotas de 50
mL da matriz de menor concentração,
calculados os limites de detecção
(Equação 3) em 0,0060 m g l-1, limites de
quantificação (Equação 4) de 0,0118 m
g l-1 e desvio padrão (S) com dados reu-
nidos na Tabela 2. O valor da sensibilida-
de de 0,6136 foi obtido a partir do coefi-
ciente angular da equação de lineari-
dade y= 0,6136x + 0,0033. A faixa de tra-
E71
balho estabelecida ficou no intervalo de
0,0118 a 1,0 mg L-1.
Tabela 2 – Dados de replicatas obtidos para
o cálculo dos limiares LD e LQ a partir da Ma-
triz.
Repetições Replicatas para LD
1 0,0750
2 0,0770
3 0,074
4 0,0760
5 0,0750
6 0,0760
7 0,0740
Média 0,0750
Desvio Padrão (S) 0,0011
Sensibilidade 0,6136
LD 0,0060
LQ 0,0118
Conforme Pinheiro (2010) que ava-
liou a distribuição espacial de ortofosfa-
tos na cidade de Manaus com limites es-
tudados entre 0,04 e 5,31 mg L-1 na bacia
do São Raimundo, implica que os valores
de LD e LQ obtidos neste estudo inferio-
res ao de Pinheiro (2010) tem capacida-
de de detectar este método e pode ser
utilizado para quantificação das águas
do Igarapé do Mindu, curso principal da
bacia do São Raimundo.
No gráfico da Figura 5 foram plo-
tados os resíduos obtidos que se apresen-
taram sob forma aleatória de distribui-
ção, onde também se pode considerar o
método linear.
Figura 5 – Gráfico de plotagem de resíduos. Programa estatístico utilizado: Microsoft Excel 2016.
Para verificar se houve valores dis-
crepantes em cada nível de concentra-
ção da curva analítica foi aplicado o
teste de Grubbs a 95% de confiança. Os
valores obtidos apresentaram-se abaixo
do Gtabelado, não havendo valores discre-
pantes para as réplicas. Aplicou-se o tes-
te de Cochran (COCHRAN,1934; TUKEY,
1962) a um nível de confiança de 95%
para determinar se o método é homo-
cedástico, isto é, a homogeneidade da
variância dos resíduos. Os valores de
Ccalculado obtidos apresentaram-se todos
abaixo do Ctabelado para as concentra-
ções determinadas, portanto, existe ho-
mogeneidade e homoscedasticidade
em todas as concentrações testadas e
comprova-se a linearidade do método.
E72
Os dados de desvio padrão, variância,
coeficiente de variação, e teste de Co-
chran a nível de 95% de significância fo-
ram reunidos na Tabela 3.
Tabela 3 – Dados calculados para comprovação da homoscedasticidade do método.
Concentração Desvio Padrão (S)
Coeficiente de
variação (CV
%)
Variância Teste de
Cochran Ctab
0,05 0,0019 5,7 0,00000348 0,0094 0,4194
0,10 0,0048 7,4 0,00002283 0,0616 0,4194
0,25 0,0064 4,10 0,00004033 0,1087 0,4194
0,50 0,0084 2,7 0,00006978 0,1881 0,4194
0,75 0,0113 2,5 0,00012824 0,3458 0,4194
1,00 0,0103 1,7 0,00010624 0,2864 0,4194
Os valores do coeficiente de variação
(CV) enquadrados, inferiores a 10%, de-
monstram que há baixa dispersão dos
resíduos obtidos tanto do método quan-
to da leitura do equipamento (CHAVES
et al., 2018). Cardoso et al. (2010) utilizou
metodologia semelhante para análise de
resíduos empregando avaliação pelo
teste de Cochran obtendo valores de
Ccalculado < Ctabelado.
A Repetividade e a precisão inter-
mediária (reprodutibilidade interna do
laboratório) foram avaliadas a partir de
três níveis de concentração diferentes e
com analistas diferentes. Os resultados
organizados na Tabela 4 para a repetivi-
dade demonstraram que o método tes-
tado apresentou boa precisão, pois o
valor de Horrat apresentou-se inferior a
2,0. Lessa et al. (2017) analisou a precisão
por estudos de repetibilidade por espec-
trofotometria de absorção molecular. Os
resultados obtidos da repetibilidade re-
velaram coeficientes de variância meno-
res do que o valor máximo exigido.
Os resultados obtidos para a preci-
são intermediária estão apresentados na
Tabela 5. O valor de Horrat apresentou-
se inferior a 2,0; o que comprova que o
método testado apresentou boa preci-
são (INMETRO, 2018; ALBANO e RAYA-
RODRIGUEZ, 2015).
Tabela 4 - Resultados de repetitividade obtido por meio de medidas espectrofotométrica de ab-
sorção molecular no visível em três níveis de concentrações diferentes (0,05;0,25 e 0,75 m g l-1).
Analista Concentração (mg L-1) DPR % calculado DPR valor de Horwitz Valor de
Horrat
1
0,05 1,41 22 0,064
0,25 1,54 19 0,081
0,75 0,722 17 0,044
2
0,05 4,13 22 0,191
0,25 0,948 19 0,050
0,75 0,363 17 0,022
Tabela 5 - Resultados de precisão intermediária obtido por meio de medidas espectrofotométrica
de absorção molecular no visível em três níveis de concentrações diferentes (0,05;0,25 e 0,75 m g
L-1).
Analista Concentração (mg L-1) DPR % calculado DPR valor de Horwitz Valor de
Horrat
1 e 2
0,05 6,16 22 0,28
0,25 3,46 19 0,18
0,75 0,983 17 0,059
E73
Bomfim et al. (2010) em validação
de método cromatográfico gasoso para
determinação de monômetros plásticos
de embalagens utilizou a equação de
Horwitz utilizando do valor de Horrat co-
mo critérios de aceitabilidade, indicando
que o método apresenta precisão ade-
quada quando as medidas de uma úni-
ca amostra são obtidas em dias diferen-
tes.
Aguiar et al. (2013) em validação
por cromatografia líquida em análise de
aspirina e ácido acetilsalicílico em teste
de validação da utilizou da equação de
Horwitz na análise da precisão interme-
diaria confirmando pelos valores dos
desvios padrão relativos de reprodutibili-
dade (DPR%). O teste foi realizado com
três analistas e alteração de três fabri-
cantes dos analitos estudados. Todos os
resultados obtidos ficaram abaixo dos
limites estabelecidos de DPR% em fun-
ção da concentração do analito.
Costa et al. (2018) em análise de ni-
tratos e nitrogênio amoniacal por espec-
trofotometria de absorção molecular de
amostras de lixiviado de solo, com varre-
dura de comprimento de onda entre 550
a 630 nm, adotando-se 590 nm para
quantificação. Em análise de validação
do método realizou o teste de precisão
intermediaria a partir da equação de
Horwitz utilizando dos valores de Horrat,
utilizando três níveis de concentração,
leituras no mesmo dia e no dia seguinte
para quantificação. As três amostras
avaliadas por Costa et al. (2018) foram
consideradas validadas no critério de
aceitação de valores de Horrat, apresen-
tando-se inferiores a 2,0 para o método
avaliado.
Verificou-se o comportamento dos
resultados em relação a duas variáveis:
reagentes e tempo. Os dois parâmetros
foram realizados de forma independente
com variação dos reagentes nas con-
centrações de 0,25 e 0,75; e com varia-
ção do tempo de 45 min e 60 min em
cada uma das concentrações estuda-
das; 0,25 e 0,75.
Para os reagentes foram alterados
os fabricantes do ácido sulfúrico e ácido
ascórbico, utilizados no preparo do rea-
gente combinado (RC) necessário para
a redução do P inorgânico a partir do
molibdato em meio ácido. No teste, o
reagente A (ácido sulfúrico) é da fabri-
cante Synth® e o ácido ascórbico é da
fabricante Biotec®, o reagente B é do
fabricante Nuclear® para ácido sulfúrico,
e o ácido ascórbico do fabricante Che-
micals®. Os resultados experimentais ob-
tidos para a robustez estão apresentados
nas Tabela 6 para os conjuntos analisa-
dos.
Após a análise das seis replicatas de to-
dos os conjuntos estudados, calculou-se
a média dos conjuntos e verificou-se o
efeito dos fatores analisados como de-
monstrado no cálculo a seguir:
Para a concentração de 0,25:
-
-
Após a verificação dos fatores analisa-
dos elevaram-se ao quadrado os mes-
mos:
( e )
Por fim, somaram-se os desvios elevados
ao quadrado (𝑀) e fez-se a média. Para
o cálculo do desvio da Robustez (𝑆𝑟ob)
usou-se a Equação 10.
= 0,3252
E74
Para a concentração de 0,75:
-
-
Após a verificação dos fatores analisa-
dos elevaram-se ao quadrado os mes-
mos ( e ), por fim, somaram-se os
desvios elevados ao quadrado (𝑀) e fez-
se a média para a concentração de
0,75. Para o cálculo do desvio da Robus-
tez (𝑆𝑟ob);
𝑆𝑟ob = 0,9986
Como desvio padrão (𝑆𝑟ob) da robustez
para as concentrações de 0,25 e 0,75
respectivamente de (0,3252 e 0,9986) foi
maior do que o Desvio da Reprodutibili-
dade Interna de Horrat (𝑆𝑟epro) para as
concentrações de 0,25 e 0,75 respecti-
vamente de (0,018 e 0,059) o método
não é considerado robusto, ou seja, é
sensível as alterações de tempo (45 e 60
min) e reagentes (fabricantes diferentes).
Tabela 6 - Resultado relativo à robustez do método para a concentração de 0,25 e 0,75 no tempo
de 45 min e de 60 min.
Replicatas
Tempo 45 min Tempo 60 min
Concentração 0,25 Concentração 0,25
Reagente A (Ác.
Sulf. Synth®)
Reagente B Ác.
Ascórb. – Biotec®)
Reagente A
(Ác. Sulf.
Synth®)
Reagente B (Ác.
Ascórb. – Bio-
tec®)
1 0,2213 0,2231 0,2231 0,2301
2 0,2231 0,2266 0,2231 0,2319
3 0,2284 0,2231 0,2249 0,2301
4 0,2319 0,2231 0,2213 0,2336
5 0,2319 0,2196 0,2231 0,2354
6 0,2266 0,2196 0,2231 0,2354
Média 0,2272 0,2225 0,2231 0,2328
Replicatas
Tempo 45 min Tempo 60 min
Concentração 0,75 Concentração 0,75
Reagente A (Ác.
Sulf. Synth®)
Reagente B Ác. As-
córb. – Biotec®)
Reagente A (Ác.
Sulf. Synth®)
Reagente B Ác.
Ascórb. – Bio-
tec®)
1 0,7041 0,7093 0,6935 0,7146
2 0,7023 0,7093 0,6918 0,7058
3 0,6970 0,7128 0,6953 0,7128
4 0,7005 0,7163 0,7023 0,7163
5 0,7005 0,7128 0,7076 0,7057
6 0,7023 0,7111 0,7023 0,711
Média 0,7011 0,7120 0,6988 0,7110
A análise estatística dos dados ob-
tidos, variando os fabricantes dos ácidos
sulfúrico e ácido ascórbico, e alterações
no tempo de teste demonstrou que ocor-
re uma influência significativa nos resul-
tados. No entanto, essa variação não
E75
afeta nos resultados dos outros testes so-
bre validação de métodos analíticos
(INMETRO, 2018) pois, a robustez é um
parâmetro opcional dentro dos estudos
de validação, no entanto, outras opções
de mudanças poderiam ser realizadas
para avaliar o parâmetro robustez no
método. Lessa et al. (2017) utilizando es-
pectrofotômetro de absorção molecular
de feixe duplo da marca Shimadzu para
quantificação do corantes em efluentes
industriais na faixa de comprimento de
onda de 500 a 520 nm realizou altera-
ções na robustez do método ajustando o
pH das soluções de corantes de concen-
trações distintas com soluções de HCℓ e
NaOH para os valores de 3, 7 e 11, os au-
tores observaram que o método apre-
senta sensibilidade a influência do pH do
corante quantificado pelo método.
Junior et al. (2017) em validação
por método espectrofométrico de ab-
sorção molecular realizou a análise de
robustez variando-se a marca do solven-
te etanol (Vetec, Reagen e Dinâmica) e
a temperatura da sala de análise (27 e
24 °C), demonstrando que o método
avaliado foi sensível a estas alterações,
não sendo considerado robusto.
Chaves et al. (2018) em teste de va-
lidação por cromatografia gasosa mos-
trou que o método foi robusto para de-
terminar herbicida 2,4-D (ácido 2,4-
diclorofenoxiacético) em águas superfi-
ciais realizando mudanças de reagentes,
temperatura, para diferentes analistas e
variação de temperatura da coluna.
As recuperações médias para três
níveis diferente de concentrações foram
reunidas na Tabela 7. Os valores da re-
cuperação média obtido para o método
testado apresentou-se enquadrado na
faixa de aceitação para recuperação
(80-110), (INMETRO, 2018; ALBANO e RO-
DRIGUEZ, 2015).
Vários autores têm utilizado o limiar
de Recuperação para avaliar a exatidão
de métodos de validação em testes es-
pectrofotometria de absorção molecular
em uv/vis, absorção atômica, plasma
induzido (ICP/OES), cromatografia e etc.
Brito et al. (2003) destacou que o teste
de recuperação está relacionado com a
exatidão, pois reflete a quantidade de
determinado analito, recuperado no
processo, em relação à quantidade real
presente na amostra. Os valores apresen-
tados por Brito et al (2003), em análise de
resíduos de pesticidas apresentaram re-
cuperações médias enquadradas na le-
gislação com valores entre 83 a 109%.
Tabela 7 - Recuperação obtidos do teste de
adição de padrão em três níveis de concen-
tração diferentes.
Concentração (mgL-1) Recuperação mé-
dia +/-DP (%)
0,05 99,9958 +/- 0,0038
0,25 100,0001 +/- 0,0096
0,75 100,001 +/- 0,0020
Média +/- DP 99,9990 +/- 0,0051
Chaves et al. (2018) em validação
de ensaio de herbicida por cromatogra-
fia gasosa verificou que a recuperação
média avaliada apresentou regressão
conforme aumentou o volume de amos-
tra de 100 a 1000 mL obtendo faixas de
recuperação média de 105,93±2,2% para
volumes de 100 mL e 51,8±2,4% para vo-
lumes de 1000 mL de amostra.
Lessa et al. (2017) em análise de co-
rantes por espectrofotometria de absor-
ção molecular na faixa de comprimento
de onda de 500 a 520 nm avaliou o teste
de exatidão pelo método de recupera-
ção do analito em três concentrações
diferentes (5, 40 e 60 mg.mL-1) obtendo
valores aceitáveis para os testes realiza-
dos.
Na Tabela 8 foram reunidos os
resultados de cada ponto amostral
E76
do igarapé após a execução do en-
saio. A equação utilizada foi à média
da curva de regressão linear y=
0,5779x + 0,0033, com leituras no es-
pectrofotômetro de absorção mole-
cular no visível com comprimento de
onda de 880 nm.
Tabela 8 – Apresentação dos resultados obtidos para amostras de P1 a P5 do igarapé do Mindu.
Pontos Amostrais Leitura Média em Absorbância P inorgânico (m g l-1
)
P1 (Saída Nascentes) 0,0560 0,09
P2 (Novo Aleixo) 0,5400 0,37
P3 (Conjunto Petros) 0,3860 0,28
P4 (Parque do Mindu) 0,2580 0,20
P5 (Pq. Dos Bilhares) 0,2840 0,22
Limite Resolução Conama 357/2005 (m g l-1
) 0,10
O ponto de proximidade das nas-
centes do igarapé do Mindu foi o único
que apresentou limites inferiores a 0,10
mg L-1 de P inorgânico e enquadrados à
legislação vigente, sendo os demais pon-
tos com concentração de P inorgânico
fora de especificação. Souza Filho et al.
(2019) destacaram queµ as principais
suspeitas de contaminação das águas
por fosfatos no igarapé do Mindu e em
outros igarapés de Manaus tem sido o
despejo de efluentes industriais, resíduos
sólidos e a baixa coleta e tratamento de
esgoto que colabora para a entrada de
efluentes com alta concentração de P e
nitrogênio nas águas (SANTOS et al.,
2006; ARCOS et al., 2018; SOUZA FILHO et
al., 2018; SOUZA FILHO et al., 2019; SER-
RÃO e CHAVES, 2019).
Para a Linearidade o método apre-
sentou-se com homogeneidade e resí-
duos homocedásticos, apesar dos in-
crementos de alguns pontos necessita-
rem de aproximação conforme teste de
Cochran. Os limites de Detecção (LD) e
Quantificação (LQ) foram de 0,0060 e
0,0118. A precisão (Repetibilidade e Re-
produtibilidade) foram avaliados con-
forme os valores de HORRAT que se apre-
sentaram inferiores a 2, atestando a pre-
cisão do método para esse parâmetro.
O teste de exatidão foi realizado
conforme teste de Recuperação que se
apresentou dentro da faixa de aceita-
ção. No teste de Robustez o método não
se apresentou robusto com valores supe-
riores aos valores do desvio padrão da
Reprodutibilidade 𝑆𝑟ob > 𝑆𝑟epro. A mu-
dança foi realizada no tempo e fabri-
cante de reagentes do qual o método
se mostrou sensível a estas alterações.
O método foi testado com a apli-
cação de uma amostra real de um iga-
rapé da cidade de Manaus-AM. Os valo-
res para os pontos amostrais foram en-
quadrados dentro da faixa de trabalho,
mas valores de concentração superiores
(>1,0 m g l-1) poderiam ter aceitação na
faixa de trabalho com a diluição das
amostras e posterior cálculo da concen-
tração pelo fator de diluição.
O teste foi realizado em relação ao
igarapé do Mindu, obedecendo a suas
características e propriedades físicas e
químicas encontradas. Em relação a re-
solução CONAMA 357/2005, quatro pon-
tos amostrais coletados apresentaram
críticos em relação a legislação e ape-
nas um ponto (P1 – Saída Nascentes)
possui concentração de fosfatos a legis-
lação vigente para águas de classe II
para corpos receptores lóticos, objeto de
estudo deste trabalho, o que pode ainda
carecer de informações precisas sobre
os principais contribuintes e diluentes de
fosfatos nas águas.
E77
Sob o ponto de vista de aplicabili-
dade, o teste foi validado a partir de
uma metodologia consagrada como
Standard Methods (SM-4500-P) pelo mé-
todo do ácido ascórbico (E), com limia-
res analíticas mantidas dentro dos limites
pré-estabelecidos (DOQ-CGCRE-008 IN-
METRO) e estudos estatísticos dentro da
faixa de aceitação conforme resultados
obtidos nos testes de linearidade, repeti-
bilidade, reprodutibilidade e exatidão,
testados nas condições de trabalho do
laboratório (reagentes, temperatura,
amostras, equipamentos, operadores),
com resultados satisfatórios na validação
o método apresentou-se apropriado pa-
ra a finalidade pretendida, a de realiza-
ção de análises de fosfatos na rotina do
laboratório em águas naturais.
Os autores agradecem a A Universi-
dade Federal do Amazonas (UFAM) pelo
incentivo a pesquisa. Ao CNPq e a FA-
PEAM pelo auxílio da bolsa.
Este artigo é inédito e não está sendo
considerado para qualquer outra publi-
cação. Os autores e revisores não relata-
ram qualquer conflito de interesse duran-
te a sua avaliação. Logo, a revista Scien-
tia Amazônia detém os direitos autorais,
tem a aprovação e a permissão dos au-
tores para divulgação, deste artigo, por
meio eletrônico.
AGUIAR, J.L.N; LEANDRO, K.C; ABRANTES,
S.M.P; ALBERT, A.L.M. Validação intralaboratorial de um novo método analítico por cromatografia
líquida em fase reversa do ácido acetilsalicílico e do ácido salicílico em comprimidos. Revista
Analytica, n°6, p.66-72, 2013.
ALBANO, F.M; RODRIGUES, T.R. Validação e Ga-rantia da Qualidade de Ensaios Laboratoriais. Por-
to Alegre: Rede Metrológica RS, 130p, 2015.
ARCOS, A.N; AMARAL, A.C.L; SANTOS, M.A; SIL-
VA, C.M.A; KOCHHANN, D; TADEU, W.P. Water
Quality of Urban Lakes in the Central-Southern
Region of Manaus, Amazon. Revista Scientia Ama-
zonia, v.7, n°2, p.1-11, 2018.
BARRETO, L. V.; BARROS, F. M.; BONOMO, P.;
ROCHA, F. A.; AMORIM, J. S. Eutrofização em rios brasileiros. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico
Conhecer - Goiânia, v.9, n.16, p.2167, 2013.
BOMFIM, M.V.J; ABRANTES, S.M.P; ZAMITH,
H.P.S. Validação de método analítico para deter-
minar a migração de ε-caprolactama das embala-gens para alimentos gordurosos. Revista Química
Nova, n°33, p.1114-1118, 2010.
BRASIL. Resolução CONAMA n.º 357, de 17 de
março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condi-
ções e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da República
federativa do Brasil, Brasília, Seção 1, p. 58-63.
2005.
BRITO, N.M; JUNIOR, O.P.A; POLESE, L; RIBEI-
RO, M.L. Validação de Métodos Analíticos: Estra-tégia e Discussão. Pesticidas: Revista Ecotoxicolo-
gia e Meio Ambiente, Curitiba-PR, v. 13, 2003.
CARDOSO, M.H.W.M; GOUVÊA, A.V; NÓBREGA,
A.W; ABRANTES, S.M.P. Validação de método
para determinação de resíduos de agrotóxicos em tomate: uma experiência laboratorial. Revista Ci-
ência e Tecnologia de Alimentos, n°30, p.63-72,
2010.
CHAVES, M. J. S.; VERBINNEN, R. T.; DINIZ, M.
S.; VIANA, J. L. M.; MENDONÇA, C. J. S.; FRAN-CO, T. C. R. S. Eficiência e Robustez na Determi-
nação do Herbicida 2,4-D em Águas Superficiais. Revista Virtual de Química, n°10, p.1474-1484,
2018.
COCHRAN, W. G. The distribution of quadratic
forms in a normal system, with applications in the
analysis of covariance Cambridge Philosophical
Society, Cambridge, v. 30, n. 2, p. 179-191, 1934.
COLZANI, H; RODRIGUES, Q.E.A.G; FOGAÇA, C; GELINSKIB, J.M.L.N; FILHO, E.R.P; BORGESA,
E.M. Determinação de fosfato em refrigerantes
utilizando um scanner de mesa e análise automa-tizada de dados: um exemplo didático para ensino
de química. Revista Quim. Nova, Vol. 40, n° 7,
833-839, 2017.
COSTA, C.L; BRAZ, C.E.M; KAMOGAWA, M.Y; AL-BERTO C. DE CAMPOS BERNARDI, A.C.C; SOUZA,
G.B; NOGUEIRA, A.R.A. Determinação de nitrato e
amônio por sistema de análise em fluxo em amos-
E78
tras de lixiviado de solo. Circular Técnica EM-
BRAPA, n°80, 2018.
EDWARDS, A.A; ALEXANDER, B.D. UV-Visible Ab-
sorption Spectroscopy, Organic Applications. En-cyclopedia of Spectroscopy and Spectrometry,
n°3, p.511-519, 2017.
ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 3.
ed. Rio de Janeiro: Interciência, 826 p, 2011.
FERREIRA, A.L.S. Comparação de diferentes téc-nicas para detecção e tratamento de outliers na
determinação de fatores de medidores. Rio de Janeiro, Dissertação de Mestrado - Programa de
Pós-Graduação em Metrologia, 89p, 2017.
GRUBBS, F.E. Procedures for Detecting Outlying Observations in Samples. Technometrics 11: 1–
21, 1969.
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALI-
DADE E TECNOLOGIA-INMETRO. DOQ-CGCRE-
008 – Orientação sobre validação de métodos
analíticos. 5a revisão, 2018.
JUNIOR, E.J.A.G; ROEDER, J.S; OLIVEIRA, K.B.L; FERREIRA, M.P; SILVA, J.G. Validação de Método
Analítico para a Quantificação de Paracetamol em Solução Oral por Espectrofotometria no UV. Re-
vista Virtual de Química, n°4, p.1747-1759, 2017.
LEITE, F. Validação em Análise Química. 5. ed.,
Campinas, São Paulo: Átomo, p. 20-45, 2008.
LESSA, R.S.F; BUARQUE, H.L.B; NORBERTO, J.N; MOTA, P.A.L; STEFANUTTI, R. Validação de mé-
todo para determinação de corantes em efluen-
tes. Revista DAE, n°66, p.67-77, 2018.
MAROTO, A.; RIU, J.; BOQUÉ, R.; RIUS, F. X. Es-
timating uncertainties of analytical results using informations from the validation process. Anal.
Chim. Acta., v. 391, p. 173-185, 1999.
MONBET, P; I.D. MCKELVIE; WORSFOLD. Dis-
solved organic phosphorus speciation in the wa-
ters of the Tamar estuary (SW England), Geo-
chim. Cosmochim. Acta 73, 1027-1038, 2009.
NIJHUIS, A.; KNAAP, H. C. M. Van der; JONG, S. de; VANDEGINSTE, B. G. M. Strategy for rugged-
ness tests in chromatographic method validation.
Anal. Chim. Acta, v. 391, p. 187-202, 1999.
OLIVEIRA, B.O.S; TUCCI, C.A.F; NEVES, A.F.J;
SANTOS, A.F. Avaliação dos solos e das águas nas áreas de influência de disposição de resíduos sóli-
dos urbanos de Humaitá, Amazonas. Revista En-genharia Sanitária e Ambiental, v.21, n°3, p.593-
601, 2016.
PAULA, D.T; FILHO, M.M.V; FARIAS, V.L.S; SI-
QUEIRA, D.S. CLAY AND PHOSPHORUS LOSSES BY EROSION IN OXISOL WITH SUGARCANE RES-
IDUES. Engenharia Agrícola, 36(6), p.1063-1072,
2016.
RIBEIRO, F. A. L.; FERREIRA, M. M. C.; MORANO, S. C.; SILVA, L. R.; SCHNEIDER, R. P. Planilha de
validação: uma nova ferramenta para estimar fi-
guras de mérito na validação de métodos analíti-cos univariados. Química Nova, v. 31, n.1, p.164-
171, 2008.
RODRIGUES, S.C.A. Modelo de Regressão Linear
e suas Aplicações. Beira Interior-Portugal, Disser-
tação de Mestrado – Programa de Pós-graduação
em Ensino de Matemática, 94p, 2012.
SANTOS, I.N; HORBE, A.M.C; SILVA, M.S.R; MI-RANDA, S.A.F. Influência de um aterro sanitário e
de efluentes domésticos nas águas superficiais do
rio Tarumã e afluentes – AM. Revista Acta Ama-
zônica, v.36, n°2, p.229-235, 2006.
SANTOS, L.S; SILVA, L.S; GRIEBELER, G. Ácido ascórbico como agente redutor para determinação
de fósforo por colorimetria. Revista Ciência Rural,
Santa Maria-RS, v.44, n.6, p.1015-1018, 2014.
SANUDO, W. A phosphate alternative, Nature, nº
439, pp. 25-26, 2006.
SERRÃO, V.R; CHAVES, E.V. Monitoramento de
Fosfato em águas contaminadas do Igarapé do Educandos. Revista Igapó, v.13, n°1, p.62-68,
2019.
SOARES, R.; ESCALEIRA, V.; CAMPOS, D.V.B.; MONTEIRO, M.I.C.; CARNEIRO, M.C.; SANTELLI,
R.E. & BERNARDI, A.C.C. Comparação de méto-dos convencional e alternativo para determinação
de sódio, potássio e fósforo em extratos de solos obtidos com solução de Mehlich-1. R. Bras. Ci.
Solo, 36:105-112, 2012.
SOUZA FILHO, E.A. Caracterização Físico-química das Águas do Igarapé do Mindu nos bairros Jorge
Teixeira, Conjunto Petros e Parque Dez em Ma-naus-Amazonas. Revista Geofronter, v.6, p.01-20,
2020.
SOUZA FILHO, E.A. Diagnóstico da qualidade das águas do Igarapé do Mindu e criação de protótipo
de aplicativo para disponibilização de dados em Manaus-AM. Dissertação (Mestrado em Gestão e
Regulação de Recursos Hídricos) - UEA, 2018.
SOUZA FILHO, E.A; ALVES, S.B.S.M; NEVES,
R.K.R.N; BATISTA, I.H; ALBUQUERQUE, C.C; DA-
MASCENO, S.B; NASCIMENTO, D.A. Estudo com-
E79
parativo de aspectos físico-químicos entre águas
da microbacia do Mindu e igarapés sob influência antrópica na cidade de Manaus-AM. Revista Brazi-
lian Journal of Development, n°6, p.2419-2433,
2020.
SOUZA FILHO, E.A; BATISTA, I.H; ALBUQUER-QUE, C.C. Levantamento de aspectos físico-
químicos das águas da microbacia do Mindu em
Manaus-Amazonas. Revista Geográfica de América
Central, 63 (2), p.341-367, 2019.
SOUZA, G.B; SOBRINHO, M.R; BOZA, Y. Validação de métodos para análise de alimentos: enfoque
em análise centesimal. 1. ed. – São Paulo :
REMESP, 123 p, 2016.
STANDARD METHODS FOR THE EXAMINATION
OF WATER AND WASTEWATER. American Public Health Association, American Water Works Asso-
ciation, Water, 20 th Edition, método 4500-P,
1998.
STRICKLAND, J.D.H.; PARSONS, T.R. A manual of
sea water analysis. Ottawa: Fisheries Research Board of Canada, Bulletin n° 125, 2 ed. p.203,
1965.
TUKEY, J. W. The future of data analysis. Annals
of Mathematical Statistics, Baltimore, MD, v. 33,
p. 1-67, 1962.
VAN DER HEYDEN, Y.; JIMIDAR, M.; HUND, E.;
NIEMEIJER, N.; PEETERS, R.; SMEYERS-VERBEKE, J.; MASSART, D. 9). Determination of
system suitability limits with a robustness test. J.
Chromatogr. A 845(1-2), pp. 145-154, 1999.
VOLLENWEIDER, R., RAST, W., KEREKES, J.
Phosphorus loading concept and Great Lakes eu-trophication. Annual Cornell University Confer-
ence, vol. 11, pp. 207–234, 1980.
WORSFOLD, I; MCKELVIE; MONBET, P Determi-
nation of phosphorus in natural waters: a histori-
cal review Anal. Chim. Acta, nº 918, pp. 8-20,
2016.