EMPREENDEDORISMO · 2018-08-03 · mercado e a si 17 Olhares sobre o empreendedorismo 18 Empreendedorismo em números ... tilhamento de conteúdos, informações e conheci- ... reinvenção

EMPREENDEDORISMOCOLOCAR EM PRÁTICA IDEIAS QUE SURGIRAM

DA INTUIÇÃO OU DA CRIATIVIDADE

INOVAÇÃOCRIAR DIFERENCIAÇÃO EM

CENÁRIOS EXTREMAMENTE COMPETITIVOS

ENCADEAMENTO PRODUTIVO

O PODER DO GANHA-GANHA

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

CONSTRUIR UMA BASE CONSTANTE DE MELHORIA DAS EMPRESAS

SUSTENTABILIDADEBENEFÍCIOS PARA O MEIO

AMBIENTE, AS PESSOAS E OS NEGÓCIOS

Ed. 1 • Ano 1 Nº 1 • Nov./2014

©2014. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeUniversità Cattolica del Sacro Cuore (UCSC)Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n.° 9.610).

INFORMAÇÕES E CONTATOSServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeUniversidade Corporativa SebraeSEPN – Quadra 515, Bloco CCEP: 70.700-900 – Brasília – [email protected] 0800 570 0800www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo NacionalRoberto Simões

Diretor-PresidenteLuiz Eduardo Pereira Barretto Filho

Diretor-TécnicoCarlos Alberto dos Santos

Diretor de Administração e FinançasJosé Claudio dos Santos

Gerente da Unidade Universidade Corporativa SebraeAlzira de Fátima Vieira

Gerente-Adjunto da Unidade Universidade Corporativa SebraePaulo Roberto de Melo Volker

REVISTA EXPERIÊNCIAS DE HOJE INOVAÇÕES DE AMANHÃCoordenação editorialMara Sônia Bauer e Paulo Roberto de Melo Volker

Consultoria de criação e desenvolvimento de metodologiaMonclair Cammarota e Veronica Marques

Consultoria de edição final de textosVeronica Marques

Projeto Gráfico e EditoraçãoIComunicação

Todos os textos são resultados do Programa Internacional de Desenvolvimento de Lideranças do Sistema Sebrae, realizado ao longo de 2014, em parceria com a Università Cattolica del Sacro Cuore (UCSC) – ALTIS, Postgraduate Scholl Business & Society. ISSN 2359-4268

ÍNDICEEditorial4 O futuro se faz com ações do

presente

Conteúdo Online5 Vivências replicadas entre

profissionais do Sebrae

Programa6 Uma visão geral do Programa

Desenvolvimento Territorial8 O desafio do desenvolvimento

territorial9 Vidas que se transformam10 Processos de mudança 11 Desenvolvimento econômico

territorial12 Dados e fatos14 A visão europeia

Empreendedorismo16 Empreender para superar o

mercado e a si17 Olhares sobre o

empreendedorismo18 Empreendedorismo em números 20 Do nada: iniciar, fazer e realizar21 De olho na europa22 Conhecer para atuar melhor

Encadeamento Produtivo23 O poder do ganha-ganha

24 Atuação conjunta aumenta a produtividade na cadeia de valor

25 Dados e fatos

28 A visão europeia

29 Pontos de aprendizado

INOVAção30 Inovar para diferenciar-se

31 Um olhar sobre a inovação

33 A busca dos resultados

34 Dados e fatos

35 Comparativo Brasil x Europa

36 Inovar no Sebrae é

SUSTENTABILIDADE38 Sustentabilidade nos dias de hoje

39 Sustentabilidade na prática para os pequenos negócios

40 Sustentabilidade?

42 Ser sustentável é rentável

43 O que pensam os pequenos negócios sobre sustentabilidade

44 Convergência de atuação com a sustentabilidade

45 A visão Europeia

46 Negócios e sustentabilidade

4 | experiências de hoje inovações de amanhã

Você está recebendo o primeiro número da Revista ”Experiências de Hoje – Inovações de Amanhã”, criada com o propósito de compartilhar conhecimentos e experiências adquiridas, dentro e fora do Sebrae. Nesta

edição, nós abordaremos cinco temas estratégicos para o desenvolvimento dos pequenos negócios no Brasil: Empreendedorismo, Sustentabilidade, Inovação, Desenvolvimento Territorial e Encadeamento Produtivo.

Este trabalho é fruto da reflexão de setenta Gerentes do Sistema Sebrae, reunidos no Programa Internacional de Desenvolvimento de Lideranças, reali-zado com a participação de professores da Dinamarca, da Alemanha, da Itália e da Espanha que abordaram os temas sob a ótica europeia e, em vários mo-mentos, compararam com a realidade brasileira.

O Programa foi composto por uma etapa online com o objetivo de promover o alinhamento conceitual dos participantes sobre os temas. A segunda etapa foi presencial, em Brasília, para o aprofundamento dos temas, o debate dos participantes com os especialistas europeus e a reflexão sobre a aplicação dos conceitos às realidades dos participantes. A terceira etapa, também presencial, ocorreu na Itália, na região da Lombardia, oportunidade em que os participan-tes tiveram para ver, na prática e por meio de visitas técnicas, experiências exitosas de empresas e instituições italianas.

Como resultados, espera-se que os participantes ampliem seus horizontes e a percepção da influência do mundo globalizado sobre os pequenos negócios no Brasil; extraiam das melhores práticas visitadas insumos que possam in-fluenciar positivamente suas realidades; e acima de tudo que revigorem seus compromissos com o desenvolvimento da economia nacional.

O futuro já começou. Boa leitura!

Nel

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O FUTURO SE FAZ

COM AÇÕES DO

PRESENTE

Editorial

experiências de hoje inovações de amanhã | 5

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Uma das particularidades do Programa Internacional para Desenvolvimento de Lideranças é o compar-tilhamento de conteúdos, informações e conheci-

mentos, potencializando a multiplicação de vivências e a replicação dos módulos de aprendizado. Além da Revista que traz os olhares e as experiências dos participantes, a bagagem técnica e conceitual da iniciativa está disponível para acesso online no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Universidade Corporativa Sebrae.

VIVÊNCIAS REPLICADAS ENTRE PROFISSIONAIS DO SEBRAEPotencializando vivências e a replicação de aprendizado

CONTEÚDO ONLINE

Acesse através do site http://lms.uc.sebrae.com.br/ ou faça a leitura do qrcode.


O Programa Internacional para Desenvolvimento de Lideran-ças do Sistema Sebrae 2014 é

uma realização da Universidade Cor-porativa do Sebrae em parceria com a Universidade Católica de Milão, na Itália. A iniciativa é uma continuação do projeto iniciado em 2012, após os acordos de colaboração realizados com a Universitá Cattolica del Sacro Cuore, e tem como objetivo preparar lideranças para os novos desafios da sociedade brasileira.

A programação foi composta por cinco etapas: formação a distân-cia, formação presencial em Brasília, formação presencial em Milão, dis-seminação de conhecimentos e ela-boração de conteúdos. Contou com a participação de gerentes das capitais, dos escritórios regionais e do Sebrae Nacional, totalizando 70 vagas que reuniram representantes das cinco regiões brasileiras.

A etapa de formação a distância co-locou em pauta os conceitos centrais do programa: empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, encadea-mento produtivo, desenvolvimento e competitividade do território e marco legal e institucional para pequenos negócios. As atividades aconteceram

no período de oito semanas e reuni-ram vídeo-aulas, vídeos de estudos de casos, entrevistas, leituras e exercícios interativos em plataforma online.

Já a formação presencial em Brasília aprofundou os temas da primeira etapa

O PROGRAMA EM NÚMEROS

70 PARTICIPANTES de todas as regiões brasileiras20 HORAS de Educação a Distância (EaD) organizadas em 8 Unidades Didáticas (UD)5 DIAS de formação presencial em Brasília com docentes internacionais5 DIAS de vivências italianas, incluindo três momentos de visitas de campo9 POSSIBILIDADES de visitas técnicas em segmentos diversos2 EDIÇÕES da Revista Experiências de Hoje – Inovações de Amanhã

UMA VISÃO GERALDO PROGRAMAEtapa em Brasília é marcada por intercâmbio de conhecimentos

em aulas ministradas por docentes italianos e de outros países europeus. Na ocasião, foram apresentados casos concretos, políticas e instrumentos que mostraram novos olhares e as experiências europeias. A ocasião

marcou ainda a realização da primeira edição da Revista Experiências de Hoje – Inovações de Amanhã, uma cocriação entre os participantes que apresenta conhecimentos e vivências do Programa.

Em Milão, os participantes conhe-ceram casos concretos de empresas, organizações e territórios em visitas de campo seguidas de momentos de discussão sobre a experiência e suas conexões com a atuação do Sebrae local ou nacional. Os conhecimentos adquiridos durante o Programa tam-bém serão compartilhados com as equipes do Sebrae através de diver-sos meios presenciais, físicos e onli-ne e da Revista, que trará a cobertura completa feita pelos participantes das vivências italianas.

Programa


Docentes internacionais apresentaram outros olhares para os gestores.

Compartilhamento de conhecimentos foi um

dos destaques da etapa realizada em Brasília.

O Programa potencializou a geração de novas

possibilidades para a atuação do Sebrae.

As visões europeias foram apresentadas

e conectadas ao cenário nacional.

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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIALComo potencializar territórios e ampliar vantagens competitivas tendo em vista recortes locais, atores e recursos? O principal papel do Sebrae no desenvolvimento do território está na manutenção de uma base constante de melhoria das empresas levando em consideração oportunidades naturais que surgem das vocações, das potencialidades locais e das vantagens trazidas por novos atores e conhecimentos externos. Neste cenário, o desenvolvimento local torna-se um processo de reinvenção constante através da geração de tecnologias e produtos específicos com foco na construção de um futuro desejado pela coletividade. Para que aconteça, depende basicamente da capacidade de aliar e de fazer parcerias inteligentes e com grande flexibilidade.

Equipe: André Silva Spínola – Sebrae NA, Danilo Lisboa Borges – Sebrae MA, Etel Tomaz – Sebrae NA, Fabio Ravazi Gerlach – Sebrae SP, Flávia Roberta Pacheco Donato Bossonaro – Sebrae TO, Francisco Marcelino Fontes Costa – Sebrae PA, Jose Marcilio de S. Santos – Sebrae PB, Jose Ricardo Castelo Campos – Sebrae PR, Lindeti Góes Ferreira – Sebrae AP, Lorena Roosevelt de Lima Alves – Sebrae RN, Marcus Antonio de Souza Lima – Sebrae AM, Sandra Amarilha – Sebrae MS, Sérgio Augusto Monturil de Carvalho – Sebrae GO e Volmir José Contreira – Sebrae MT

ASN


Por meio do desenvolvimen-to econômico local, criam-se oportunidades para dinamizar

a economia e melhorar o ambiente de negócios para as micro e pequenas empresas. As potencialidades e as vocações de uma determinada região geográfica subsidiam a estratégia para a geração de emprego e renda. Independente das terminologias e das limitações, o Sebrae através de programas, estratégias e da sua rede sempre trabalhou para o desenvolvi-mento local. Além das questões de empreendedorismo e gestão, novos temas como políticas de desenvol-vimento, competitividade, inovação e sustentabilidade passaram a fazer parte da pauta de discussão.

O desenvolvimento territorial é uma estratégia de atuação mais atual e utilizada pelo Sebrae para a implementação destas ações. Faz uma abordagem de desenvolvimen-to econômico local a partir de um recorte territorial, permitindo definir melhor os limites de ação, os atores

O principal papel do Sebrae é a manutenção de uma base constante de melhoria das empresas

VIDAS QUE SE TRANSFORMAM

envolvidos e os recursos disponíveis. A estratégia possibilita ainda delimi-tar e desenvolver uma região, ten-do como função principal promover vantagens competitivas territoriais a partir de oportunidades naturais que surgem das vocações, das po-tencialidades locais e das vantagens trazidas por novos atores e conheci-mentos externos.

Somada às vantagens competiti-vas, esta abordagem melhora o pata-mar das empresas do território, além de monitorar a implementação e o acompanhamento das ações e dos

resultados. O principal papel do Se-brae no desenvolvimento do territó-rio está na manutenção de uma base constante de melhoria das empresas. Nos últimos anos, independente da forma, foi possível ampliar a quanti-dade de empreendimentos e imple-mentar melhorias.

A atuação em Arranjos Produtivos Locais (APL), setor-segmentos prio-ritários, encadeamento produtivo e políticas públicas atreladas aos pro-gramas nacionais promove sensíveis melhorias no ambiente de negócios dos municípios.

Superar desafios e adversidades é um trabalho de equipe.

ASN


Desenvolvimento Territorial

O desenvolvimento econômico é o processo de transformação no qual um número crescen-

te de necessidades humanas é sa-tisfeito através do aumento do poder econômico. Em geral, o conceito está associado à melhoria do ambiente produtivo, à qualidade do emprego, ao fortalecimento do empreendedorismo, à inovação e ao aumento de competiti-vidade empresarial. Desenvolvimento territorial também é o processo que se aproveita das vantagens comparativas e competitivas para promover a me-lhoria das condições de vida das pes-soas em um determinado território.

OUTROS OLHARESO desenvolvimento local tornou-se

um processo de reinvenção constan-te através da geração de tecnologias e produtos específicos com foco na construção de um cenário futuro de-sejado pela coletividade. Para que aconteça, depende basicamente da ca-pacidade de aliar e de fazer parcerias inteligentes com grande flexibilidade.

Não é o tamanho da empresa o impulsionador do sucesso em cada território, mas a forma como se or-ganiza e coordena sua atuação com a de organizações e instituições de apoio, como pode ser visto na experi-ência europeia. Assim, pode atuar em redes de grandes empresas, redes de pequenas e microempresas ou micro-empreendedores individuais desde que se construa formas inteligentes de se conectar e coordenar.

PROCESSOS DE MUDANÇA Ampliando vantagens comparativas e competitivas para promover melhorias

Iniciativas passadas de sensibiliza-ção de atores locais sinalizaram que não bastava insistir nas costumeiras ações de mobilização, capacitação

”O desenvolvimento local pode ser entendido como

uma política estratégica de dinâmica produtiva e territorial.

A estratégia baseia-se no modelo de

dinamização da economia empreendida pela rede interativa

de atores, que se apoia nas especificidades dadas pelos

diferentes contextos territoriais (Barquero, 1999)”.

e consultoria empresarial, pois era necessário outros incentivos para obter a transformação da realidade econômica.

As atividades desenvolvidas mos-tram ainda a necessidade da criação de mecanismos de intervenção na gestão pública aliados às melhorias empresariais para a transformação no ambiente de negócios local, sem a qual não é possível ampliar a com-petitividade das empresas de forma sustentável.

Com o propósito de alinhar esforços públicos e privados em uma rede para o desenvolvimento local fundamen-tado na competitividade dos peque-nos negócios, surgiu a necessidade de criar uma trilha ou metodologia para o desenvolvimento das ações do Sebrae nos territórios.

O desenvolvimento territorial passa por

mudanças constantes para atender ao mercado

e as demandas locais.

ASN


O Sebrae, percorrendo o caminho de apoiador do desenvolvimento territorial, evoluiu em suas es-tratégias, adotando recentemente a abordagem

do desenvolvimento econômico territorial. Esse conceito pretende transformar o ambiente de negócios do território através da geração de oportunidades, competências, ino-vações e empresas competitivas.

Essa abordagem levou ainda a priorização das ações em quatro eixos fundamentais da Lei Geral: compras

públicas, agente de desenvolvimento, microempreendedor individual e

desburocratização.

Transformando o ambiente de negócios do território com outras possibilidades

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TERRITORIAL

Acesso a MercadosUSO DO PODER DE

COMPRA público e privado

CONHECIMENTO e INFORMAÇÃOqualificada do

território

Criação de umAMBIENTE DE

NEGÓCIOS favorável a partir

da implementaçãoda LEI GERAL

Articulação de uma REDE DE COOPERAÇÃO

público e privadaDET

Criação de uma REDE DE AGENTES DEDESENVOLVIMENTO

ATENDIMENTO e organização de SETORES

EMPRESARIAIS PRIORITÁRIOS


DADOS E FATOSFomentando vocações locais de territórios previamente identificados


A dinamização de territórios compostos por aglomerações produtivas de diversos seto-

res, a partir de um conjunto de ações estruturado com base na abordagem econômica, tem-se demonstrado uma estratégia interessante e inteligente para a promoção do desenvolvimento local nas diversas regiões. Diferentes instituições têm unido esforços para o alinhamento de ações convergentes, executando em conjunto iniciativas de apoio e fomento às vocações locais de territórios previamente identificados, preferencialmente com baixo dinamis-mo econômico e indicadores sociais.


Considerando as diversidades re-gionais do Brasil, mesclam-se abor-dagens e experiências metodológicas diversas, como a organização de Ar-ranjos Produtivos Locais (APL), clus-ters e projetos de desenvolvimento territorial. Dentre as iniciativas mais recentes, o Programa Territórios da Cidadania, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Governo Federal, tem-se destacado pelos resultados e transformações promovidos nos mais de 120 territórios distribuídos em 1.500 municípios com atendi-mento a mais de meio milhão de empreendedores.

O Programa Territórios da Cidadania, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Governo Federal,

tem-se destacado pelos resultados e transformações

promovidos nos mais de 120 territórios distribuídos

em 1.500 municípios com atendimento a

mais de meio milhão de empreendedores.

micos. No Maranhão, por exemplo, uma estratégia pautada no fomento à pecuária leiteira a partir da intro-dução de técnicas de manejo vem transformando a região sudoeste do Estado. Micro e pequenos produto-res rurais conseguiram aumentar a produtividade e saíram de uma pro-dução diária de 3 litros por animal/dia, em 10 hectares, para 15 litros utilizando apenas meio hectare da propriedade. A disseminação desse conhecimento tem contribuído for-temente para o aumento da produ-tividade de leite, elevando também a produção local.

PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO LOCALAlém de programas setoriais e

territoriais, o Sebrae destaca-se como protagonista da promoção do desenvolvimento local, atuando fortemente através da implemen-tação da Lei Geral das Micro e das Pequenas Empresas, que tira do papel dispositivos que aprimoram o ambiente de negócios e geram ganhos reais por meio de deso-nerações tributárias, fomento ao mercado e fortalecimento de uma agenda real de desenvolvimento.

O acesso dos pequenos negó-cios às compras públicas e a capa-citação de gestores e empresários nesse tema são os objetivos do FOMENTA, outro exemplo de ação relevante. Espalham-se ainda pelo país centenas de outros resultados que, associados a iniciativas pú-blicas e parcerias com a iniciativa privada, contribuem para a redução das desigualdades locais e o desen-volvimento econômico e social das diversas regiões.

Os esforços resultam em benefí-cios para a população e proporcio-nam ganhos reais de qualidade de vida a partir da evolução da renda e outros indicadores sociais e econô-

Promover o desenvolvimento

local garante novas oportunidades para

os negócios.

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Investimentos locais geram benefícios para os negócios e para a qualidade de vida da população.

ASN


O debate sobre o desenvolvi-mento endógeno territorial surge, nas décadas de 70 e

80, na Europa como consequência da crise econômica, o que culminou nas diversas iniciativas para o crescimen-to a partir de fatores locais. A aplica-ção do desenvolvimento participativo buscou responder aos desafios glo-bais tomando por base o ponto de vista local.

Segundo Barquero, não podemos negar a capacidade de o território reagir. Isso indica que o desenvolvi-mento local se faz com infraestrutura, capital social, líderes e atores locais. Necessita ainda de empreendedoris-mo, treinamento, educação, inovação, conhecimento, assistência técnica, comércio exterior e governança local.

DESENVOLVIMENTO = CONHECIMENTO + ENERGIADe acordo com Cicciotti, a abor-

dagem estratégica para o desenvol-vimento local requer combinações e diversidade de atores com inte-resses conflitantes. Trata-se de um processo de negociação, construção de consensos e de envolvimento de parceiros estratégicos. São ainda

aspectos necessários para o desen-volvimento territorial: a governança, a inovação, o acesso ao crédito, a sustentabilidade, as parcerias públi-co-privadas e as redes de empresas.

A inovação no desenvolvimento territorial baseia-se na especialização produtiva e na adoção de alta tecno-logia, nas quais as grandes e médias empresas puxam a inovação nas pe-quenas empresas por meio da sua inserção na cadeia de suprimentos. A inovação aberta é bastante utiliza-da como forma de desenvolvimento e existe o site Innocentive (www.inno-centive.com) no formato de banco de soluções para atender as empresas. O mercado exigente também estimula a inovação nas pequenas empresas, mas nem tudo é perfeito, pois há difi-culdade de interação entre academia e pequenas empresas.

Não existe um modelo único ou preponderante quando se fala da abordagem para o desenvolvimen-to territorial. Cada país e território, a partir de suas características sociais, econômicas e históricas, constrói modelos únicos que contribuem para o desenvolvimento sustentável das empresas e das regiões.

DESAFIOS

Embora exista muito conhecimento acumulado, alguns questionamentos permanecem ativos em função da diversidade de realidades.> Quem pode assumir o papel de liderança

no processo de desenvolvimento local? As prefeituras municipais? As entidades de classe? O Sebrae?

> Quem são outros parceiros?> Quais são os melhores indicadores

de resultados no desenvolvimento territorial?

> Qual é a importância do planejamento participativo e do empoderamento dos atores locais para o desenvolvimento territorial?

> O que fazer para criar competências locais para serem protagonistas do desenvolvimento de seus territórios?

> Como promover o intercâmbio de boas práticas e fomentar estudos e pesquisas em nível nacional e internacional que contribuam para o avanço das estratégias de atuação para o desenvolvimento territorial?

A VISÃO EUROPEIA

Não é possível negar a capacidade do território reagir

Empreendedorismo

EMPREENDER PARA SUPERAR O MERCADO E A SIColocar em prática uma ideia que surgiu da intuição ou da criatividade em um mundo cada vez mais sistêmico, númerico e baseado em resultados. O desafio de fomentar o empreendedorismo acontece todos os dias nas mais diversas partes do país. Atualmente, cerca de 60% das pessoas abrem um novo negócio a partir da identificação de oportunidades de mercado. E para sobreviver em mercados cada vez mais competitivos é necessário estar continuamente em busca de oportunidades, ter iniciativa e persistência, correr riscos calculados, ser eficiente e comprometido, saber planejar e monitorar e agir com independência e autoconfiança. ”A verdadeira força motivadora para o empresário é o desafio em si, superar limites e pontos fracos, fazer acontecer e fazer a diferença”, reforça o professor Fábio Antoldi.

Equipe: Cesar Reinaldo Rissete – Sebrae PR, Edilson Batista de Azevedo – Sebrae PB, Elaine Maria de Moura Souza – Sebrae GO, Fábio Krieger Lopes Reis – Sebrae RS, Flávia Rosa Santos Silva – Sebrae MS, Francisco Régis Cavalcanti Dias – Sebrae CE, Inês Schwingel – Sebrae NA, Ivan Constant Filho – Sebrae RJ, José Melquiades Neto – Sebrae SE, Jussara Siqueira Leite – Sebrae PE, Maria do Socorro Gomes de Figueiredo – Sebrae AC, Maria José Nero Macário – Sebrae PA, Mirela Malvestiti – Sebrae NA, Mirna Vaz da Rocha – Sebrae PI e Nuberlânia Ribeiro Batista – Sebrae RR

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OLHARES SOBRE O EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo está for-temente vinculado ao de-senvolvimento do país, ao

fortalecimento da economia nacional e, em especial, à missão institucional do Sebrae de promover a competitivi-dade e o desenvolvimento sustentá-vel dos pequenos negócios. De acordo com pesquisa do Global Entrepreneur-ship Monitor (GEM), de 2013, tem cres-cido no país o empreendedorismo por oportunidade: 60% das pessoas abrem um novo negócio a partir da identifi-

cação de oportunidade de mercado. Outro aspecto positivo é o aumento significativo da taxa de sobrevivência dos negócios para 80% nos dois pri-meiros anos de vida.

A promoção de um modelo base-ado no estímulo da atividade empre-endedora torna-se imprescindível nos dias atuais, especialmente ao considerar o empreendedorismo o conjunto de características que des-creve o perfil empreendedor. Busca de oportunidades, iniciativa, persis-tência, correr riscos calculados, qua-lidade, eficiência, comprometimento, busca de informações, estabeleci-mento de metas, planejamento, mo-nitoramento sistemático, persuasão, redes de contatos, independência e autoconfiança são algumas delas.

O empreendedorismo também pode

ser considerado o processo de aber-tura de novos empreendimentos ou o processo de orientação para o desen-volvimento de negócios existentes que passam pelos estágios de abertura, so-brevivência, decolagem ou maturidade como forma de impactar a economia e as estruturas da sociedade.

De forma geral, os empreendimen-tos estabelecidos ou existentes se concentram em atividades de baixo conteúdo tecnológico, com pequenas barreiras de entrada, voltadas para o mercado interno e geridas pelo próprio empreendedor. Assim, o empreendedo-rismo torna-se fator determinante para impulsionar o crescimento econômico sustentável do País, considerando que o surgimento de novas empresas gera empregos, distribui renda e cria oportu-nidade para todos.

Novos negócios e oportunidades de mercado

O desafio de superar adversidades e

promover mudanças é um elemento fomentador do

empreendedorismo.

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Empreendedorismo

EMPREENDEDORISMO EM NÚMEROS Criar negócios por sonho e autonomia profissional


21 milhões de indivíduos estão envolvidos na criação ou na administração de um negócio em estágio inicial

50% dos empreendedores

possuem entre 18 e 34 anos

Clima econômico, normas culturais e

sociais e programas governamentais são

fatores de impulso ao empreendedorismo.

Historicamente no Brasil, temos o empreendedor por necessidade - aquele que por motivos diver-

sos é obrigado a empreender para so-breviver. Nós últimos anos, porém vem crescendo a fatia do empreendedor por vocação – aquele que visa realizar um sonho associado a um desejo de auto-nomia profissional. Em ambos os casos, há o conflito entre a intuição e a racio-nalidade, pois são dois ”mundos” dis-tintos que coexistem e atuam simulta-neamente no empreendedor. O grande desafio é colocar em prática a ideia que surgiu da intuição, da criatividade ou de algum experimento em um mundo real que é racional, sistemático e formal.

Dados das mais recentes pesquisas GEM apontam o cenário do empre-endedorismo no Brasil: 21 milhões de indivíduos estão envolvidos na criação ou na administração de um negócio em estágio inicial, 50% dos empreen-dedores possuem entre 18 e 34 anos e 71,3% dos empreendedores em estágio inicial relataram que abriram a empre-sa por oportunidade, predominante-mente nas regiões Sul e Sudeste.

Já ao comparar empreendedores homens e mulheres, a proporção é de 52,2% feminina e 47,8% masculina em quase todas as regiões. Entre os empreendedores iniciais, três grupos de atividades se destacam. Primeira-mente, a alimentação com 14,2%. Em segundo lugar estão a beleza e a hi-giene pessoal com 12,5%. E, por fim, o vestuário com 11,1%.

Os estudos também apontam as condições para empreender. Clima eco-nômico, normas culturais e sociais e programas governamentais são fato-res de impulso ao empreendedorismo. Já as políticas governamentais, o apoio financeiro, a educação e a capacitação são considerados fatores limitantes.

RIO DE JANEIRO ONLINESe for realizado um recorte na Re-

gião Sudeste em relação aos empre-endedores digitais e as startups, o Rio de Janeiro pode ser considerado um ambiente favorável ao desenvol-vimento, pois existem bons centros de pesquisa, universidades, incuba-doras, aceleradoras, investidores e mentores. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae/RJ, 59% destes empreendedores possuem menos de 30 anos de idade, 79% são do sexo masculino e têm boa formação edu-cacional com 69% possuindo nível su-perior com pós-graduação.

As mulheres representam

mais de 50% dos empreendedores

brasileiros.

Davi

Zoc

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Empreendedorismo

Fábio Antoldi é professor as-sociado de Estratégia de Ne-gócios da Faculdade de Eco-

nomia da Universitá Cattolica del Sacro Cuore e codiretor do Centro de Pesquisa para o Desenvolvi-

DO NADA: INICIAR, FAZER E REALIZAR

Na sua visão, qual o melhor concei-to de empreendedorismo?Considero o conceito de J. Timmons, de 1989, o mais completo: ”É a capacidade de criar e construir algo de valor prati-camente do nada: iniciar, fazer, realizar, criar uma empresa ou organização”.

Empreendedorismo está ligado à ganância e ao dinheiro?A verdadeira força motivadora para o empresário é o desafio em si, superar limites e pontos fracos, fazer aconte-cer e fazer a diferença.

Quais são as características do em-preendedor?É o indivíduo, dono de uma empresa, que gosta de trabalhar autonoma-mente, organizar, gerir e assumir os riscos de uma empreitada com alta propensão a mudanças e a inovação.

Comente um pouco sobre a nature-za do empreendedorismo. Empreendedorismo é um processo e não um evento. Um processo de forte interação com o meio externo: indiví-duo e ambiente.

A pessoa nasce empreendedora?Todos nós temos algum empreen-dedorismo em potencial dentro de nós, influenciado pelo ambiente que nos rodeia.

mento Empresarial. Nesta entre-vista, ele destaca que todos têm algum nível de empreendedorismo que poderá ser estimulado a partir do cenário em que o indivíduo está inserido.

Todos têm algum nível de empreendedorismo

”A verdadeira força motivadora para o empresário é o desafio em si, superar limites e pontos fracos, fazer acontecer e fazer a diferença”.

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Na Europa, diferentemente do Brasil, a abordagem do em-preendedorismo não tem

ênfase nas atitudes e nos compor-tamentos empreendedores, mas no estágio de evolução da gestão empre-sarial. Estes conceitos também são denominados empreendedorismo 1.0, que visa ações para iniciar uma nova empresa, e empreendedorismo 2.0, que foca ações para desenvolver e consolidar essas empresas.

De acordo com a pesquisa GEM 2013, o continente europeu apresen-ta bom desempenho em relação ao empreendedorismo. Destacam-se, principalmente, aspectos como in-fraestrutura física, dinâmica de mer-cado, regulamentação e programas governamentais para empreendedo-rismo. Porém, apesar de despontar mundialmente, pesquisa da Comis-são Europeia mostra o baixo impacto da educação empreendedora.

O cenário mostra ainda que as condições ambientais que afetam o empreendedorismo na Europa são superiores e favoráveis se compa-radas às da realidade brasileira. Por outro lado, as atitudes e as percep-ções empreendedoras da Comunida-de Europeia são inferiores. Apenas 13,5% dos entrevistados visualizam uma oportunidade de empreender e somente 56,9% percebem o empreen-dedorismo como uma escolha de car-reira aceitável, quando no Brasil este percentual é de 84,6%.

DE OLHO NA EUROPAEmpresas são analisadas pela evolução na gestão

CONDIÇÕES QUE AFETAM O EMPREENDEDORISMO

ATITUDE E PERCEPÇÕES EMPREENDEDORASPERCEPÇÃO DE

OPORTUNIDADE

APOIO FINANCEIRO

POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS:

PRIORIZAÇÃO

POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS: REGULAMENTAÇÃO

PROGRAMASGOVERNAMENTAIS

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

(TRANSPARÊNCIA TECNOLÓGICA

INFRAESTRUTURA COMERCIAL E PROFISSIONAL

DINÂMICA DO MERCADO

FACILIDADE DE ENTRADA DE NOVAS EMPRESAS EM

MERCADOS JÁ EXISTÊNTES

ACESSO À INFRAESTRUTURA FÍSICA

NORMAS CULTURAIS E SOCIAIS

28,7

2,62,3

2,62,5

2,41,7

2,82,3

2,52

3,22,4

3,13

2,62,1

43

2,62,7

50,9

42,352,6

39,838,7

13,527,2

56,984,6

65,582,2

4984,1

PERCEPÇÃO DE CAPACIDADE

MEDO DE FRACASSO

INTENÇÕESEMPREENDEDORAS

EMPREENDEDORISMO COM ESCOLHA DE CARREIRA

ACEITÁVEL

STATUS/VALORIZAÇÃO SOCIAL DO EMPREENDEDORISMO

ATENÇÃO DA MÍDIA PARA O EMPREENDEDORISMO

UNIÃO EUROPEIA

UNIÃO EUROPEIA

BRASIL

BRASIL


Empreendedorismo

Apesar dos avanços no conheci-mento sobre o processo empre-endedor e da experiência prática

do Sebrae, existe a necessidade de apro-fundar questões relevantes para maior efetividade da sua missão.

Como lidar com o empreendedorismo por necessidade em momentos de crise? Como tornar sustentável o aumento do empreendedorismo por necessidade nestes momentos?

Que fatores determinam a capacidade dos pequenos negócios de serem prota-gonistas do desenvolvimento de uma so-ciedade?

As ferramentas utilizadas pelo Sebrae são adequadas à realidade e à capacidade de aprendizagem empresarial?

As políticas nacionais de apoio ao empre-endedorismo (políticas públicas, inovação, serviços financeiros e acesso a mercados) são passíveis de adequação para atender às necessidades dos empreendedores?

O contexto social é fator determinante para o processo do empreendedorismo e a sustentabilidade dos pequenos negó-cios no Brasil?

É preciso também entender melhor o empreendedor e o contexto em que está inserido, percebendo as diferenças regionais, sociais e culturais, além de analisar os fatores que levam muitos a atuar na informalidade, tratada muitas vezes como uma atividade gerada pela necessidade, o que não necessariamen-te é verdade. Cabe prospectar experi-ências internacionais de programas de educação empreendedora para ampliar a atuação do Sebrae, assim como estudar e entender seus possíveis impactos no País. Sugerem-se ainda a realização de pesquisas nos seguintes temas: diferen-ças entre empreendedorismo e liderança, como o empreendedorismo acontece nas regiões do Brasil e as diferenças do em-preendedorismo por gênero.

CONHECERPARA MELHOR ATUAR

É preciso entender o empreendedor e o contexto em que está inserido

Diferenças regionais, sociais e culturais afetam o

empreendedorismo.

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Rab

ello

Encadeamento Produtivo

O PODER DO GANHA-GANHAEncadeamentos produtivos são relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes, que se estabelecem entre grandes companhias e pequenas empresas de sua cadeia de valor com a finalidade de adequar requisitos e facilitar a realização de negócios, melhorando a competitividade das pequenas, das grandes companhias e da cadeia de valor como um todo. As iniciativas do Sebrae nesta temática mostram que as pequenas empresas contribuem muito mais para o conjunto da economia local do que se pode calcular apenas a partir dos gastos e dos lucros gerados, o que se torna ainda mais evidente na constatação dos ganhos qualitativos que se visualizam com a inserção destes negócios na cadeia de valor das grandes empresas.

Equipe: Alex Brito – Sebrae/BA, Arestides Bezerra – Sebrae/AL, Carlos Dias – Sebrae/SC, Carlos Freitas – Sebrae/SP, Célio Vieira – Sebrae/RN, Débora Mendonça – Sebrae/SE, Eduardo Alcântara – Sebrae/GO, Elizabeth Monteiro – Sebrae/AC, Fabrício Fernandes – Sebrae/MG, Kelly Sanches – Sebrae/NA, Richard Maia – Sebrae/AP, Sandro Rossi – Sebrae/MT, Vanessa Leite – Sebrae/MS e Viviane Ferran – Sebrae/RS

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Encadeamento produtivo

Um dos principais desafios do incremento da competitividade é o aumento da produtividade

das empresas. De acordo com o Insti-tuto Econômico de Pesquisa Aplicada (IPEA), a produtividade no Brasil cres-ceu apenas 23% nos últimos cinquen-ta anos. Já nos EUA o crescimento foi de 50%. A Coréia do Sul alavancou sua produtividade em 90%. E na China, a expansão foi de 177%.

A situação aponta a necessidade de uma resposta rápida brasileira, pois sendo pouco produtivo o país perde

ATUAÇÃO CONJUNTA AUMENTA A PRODUTIVIDADE NA CADEIA DE VALOR

competitividade e mercado para os demais competidores do mundo. Bus-cando reverter este quadro, o Sebrae decidiu trabalhar com a estratégia de encadeamento produtivo para dimi-nuir lacunas de competitividade entre as grandes e as pequenas empresas, levando em consideração que aumen-tar a produtividade da pequena em-presa também aumenta a da grande empresa na sua cadeia de valor.

Desde a década de 90, o Sebrae atua em conjunto com grandes empresas como Vale, Gerdau, Petrobras, Nestlé e Braskem. Essas parcerias já bene-ficiaram 15 mil empresas de micro e pequeno portes gerando negócios na ordem de R$ 4,7 bilhões. Os resultados foram verificados em diversos atendi-mentos, como a redução de custos em 15%, o aumento da produtividade no

setor de compras em 50% e a diminui-ção em 65% das reclamações traba-lhistas de prestadores de serviços.

ENTENDENDO O ENCADEAMENTO PRODUTIVOPara efeito de atuação do Sebrae,

encadeamentos produtivos são rela-cionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes que se estabelecem entre grandes com-panhias e pequenas empresas de sua cadeia de valor com a finalidade de adequar requisitos e facilitar a re-alização de negócios, melhorando a competitividade das pequenas, das grandes companhias e da cadeia de valor como um todo.

A referência da cadeia de valor é abordada por Michael Porter como um conjunto interligado de todas as ativi-dades que criam valor, desde a fonte básica de matéria-prima ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou ser-viços), distribuição, varejo, consumo, atividades de pós-venda, assistência técnica, manutenção, coleta, recicla-gem de materiais e destinação final.

A ideia é desenvolver e aprimorar a competência das empresas de peque-no porte para que tenham condições de realizar as próprias mudanças e adicionar maior valor ao negócio, au-mentando sua produtividade. De um lado, busca-se identificar a demanda tecnológica e de gestão das grandes empresas e, de outro, a oferta das pe-quenas empresas junto às grandes empresas. O encadeamento produti-vo atua em cinco focos estratégicos: políticas corporativas, inteligência competitiva, desenvolvimento das empresas de pequeno porte, acesso dos pequenos negócios ao mercado e rede de aprendizagem.

O desafio de diminuir lacunas entre as empresas

Ao somar esforços e conectar oportunidades

grandes e pequenas empresas saem ganhando.

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DADOS E FATOSParcerias e novos horizontes para os negócios

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A atuação do Sebrae no enca-deamento produtivo ocorre por meio de oito parcerias

nacionais, firmadas com 50 grandes empresas, em 116 projetos, atenden-do aproximadamente 19 mil micro e pequenas empresas e movimentan-do mais de R$ 101 milhões em prol dos pequenos negócios. Vale salien-tar que o encadeamento produtivo acontece considerando as caracterís-ticas locais aliadas às necessidades das empresas âncoras.

O projeto constituiu um mar-co para o Sebrae, não somente pela abrangência, mas sobretudo pela importância na implementação da metodologia de indicadores de de-senvolvimento nos estados que par-

ticipam do programa, envolvendo 286 empresas – das quais 13% são do setor do comércio, 24% da indústria e 63% do setor de serviços – em um to-tal de 8.662 empregados.

A iniciativa permitiu perceber que as pequenas empresas contribuem muito mais para o conjunto da econo-mia local do que se pode calcular ape-nas a partir dos gastos e dos lucros gerados, o que se torna ainda mais evidente na constatação dos ganhos qualitativos que se visualizam com a inserção destes negócios na cadeia de valor das grandes empresas.

PETROBRASA parceria com a Petrobras, ini-

ciada em 2005, constituiu a primei-

ra experiência do SEBRAE no enca-deamento produtivo. O objetivo foi promover a inserção competitiva e sustentável dos pequenos negócios na cadeia produtiva de petróleo, gás e energia, além de estimular pro-cessos locais de desenvolvimento e fortalecer os arranjos produtivos e sistemas de produção locais. Mais de 13 mil empresas foram atendidas com 36 projetos em 16 Estados (AM, AL, BA, CE, ES, MA, MG, MS, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SE e SP).

VALEA parceria entre Sebrae e Vale provém

de uma iniciativa conjunta para suprir as demandas de fornecimento de produtos e serviços para as unidades industriais

Os pequenos negócios são fundamentais para a

economia local.

ASN


em sete Estados (ES, MA, MG, MS, PA, RJ e SE). Outras mudanças também foram provocadas, como a melhoria da relação entre âncora e empresas participantes do projeto a partir da conscientização da relação ganha-a-ganha e das relações comerciais desenvolvidas com a abertura de mercado incorporada às práticas do dia-a-dia dos pequenos negócios. Soma-se ainda a melhoria na gestão de pessoas, na formação de preços, no controle financeiro e no atendimento às demandas da Vale em geral.

GERDAUA parceria Gerdau e Sebrae tem

como objetivo desenvolver ações para o aumento da competitividade e da sustentabilidade das micro e pequenas empresas fornecedoras da cadeia produtiva do aço. No período de 24 meses, foram implementadas ações em oito estados (BA, CE, MG, PE, PR, RJ, RS e SP), onde estão instaladas as plantas industriais. As atividades

Aumento de 29,4% no faturamento dos pequenos

negócios da indústria do aço. Redução de 12% dos gastos gerais, aumento de 13,6% na lucratividade e aumento de 17,1% na produtividade do trabalho. Incremento de 25% no número de postos

de trabalho, redução de 70% das não conformidades e crescimento de 6,3% no atendimento ao prazo de

entrega médio.

A convergência gera resultados de longo prazo e novas possibilidades para os pequenos negócios.

ASN

focaram na capacitação em temáticas de gestão e implantação da prática da medição de resultados empresariais por meio de indicadores gerenciais.

HISTÓRIAS DE SUCESSO

O Sebrae RN participou diretamente no desenvolvimento do encadeamento produtivo da REDEPETRO RN, que envolveu micro e pequenas empresas da cadeia de petróleo e gás fornecedores da Petrobrás. A criação da Rede possibilitou o acesso de cerca de 140 empresas como fornecedoras de bens e serviços para a Petrobras e suas subsidiárias, gerando ganhos de competitividade, aprendizado coletivo e possibilidade de alcançar outros mercados. Atualmente, celebrando cinco anos de existência, a Rede conta com 51 empresas com certificações ISO 9000, 14000 e 18000, o que demonstra os ganhos da atuação integrada. Já no Sebrae AL, o caso de sucesso é com a Braskem e a cadeia da indústria química. O projeto buscou atender três elos: empresas de pequeno porte fornecedoras de produtos e serviços de unidades industriais da Braskem, pequenos negócios transformadores e as sociedades cooperativas de materiais recicláveis.



O encadeamento produtivo trabalhado na União Europeia é diferente da abordagem

feita nas mais diversas regiões brasileiras, especialmente ao considerar as diferenças culturais e o estágio de maturação das micro e pequenas empresas. Na Itália, o encadeamento produtivo é a segmentação das diversas etapas de produção que compõem um produto acabado. O modelo de produção permite um grau de especialização do componente produzido, o que eleva a competitividade das empresas,

A VISÃO EUROPEIAA segmentação das diversas etapas de produção

“A atuação cooperada das empresas e das

organizações se torna um diferencial competitivo

quando os atores envolvidos internalizam essa forma de atuação

integrada como estratégia para o desenvolvimento

dos negócios e da região”

ço por parte da governança. Entre-tanto, esse cenário não inviabiliza a criação ou a adaptação de metodolo-gias para a implantação do encadea-mento produtivo nas mais diversas regiões do país.

adiciona valor aos negócios, agrega valor aos insumos produzidos e atinge um grau elevado de especialização da mão de obra, preparando as pequenas empresas para o mercado, sem torná-las dependentes da grande empresa.

Esse encadeamento positivo con-tribui ainda para o desenvolvimen-to dos pequenos negócios italianos, possibilita a transferência de tecno-logia e permite o reconhecimento por parte da grande empresa da impor-tância da cadeia de fornecedores. No Brasil, o sistema Sebrae vem impri-mindo esforços para preparar as pe-quenas empresas para fornecer para as grandes corporações, entretanto, a forma de abordagem é diferente da vivência italiana.

Não é possível desconsiderar os ambientes que permeiam os dois países, pois a realidade e o grau de maturação dos pequenos negócios no Brasil requerem um maior esfor-

A visão europeia de encadeamento produtivo propõe uma outra forma de relacionamento entre as empresas.


PONTOS DE APRENDIZADO

Reflexões sobre a participação das pequenas empresas

As vivências apresentadas pelo programa trouxeram novas re-flexões para os profissionais e a

atuação do Sebrae. Em uma perspectiva de competividade

de negócios, a participação de uma gran-de empresa no encadeamento produtivo é uma ação de responsabilidade social ou econômica? Em qual delas é sustentável?

O ganho de eficiência da pequena empresa no programa de encadeamen-to produtivo deve ser apropriado pelas micro e pequenas empresas, pela grande empresa ou por ambas?

Como funcionam as redes estrutu-radas de fornecedores para as grandes empresas na Itália?

Com relação à participação das micro e pequenas empresas no programa de encadeamento produtivo, é necessário pesquisar os impactos percebidos. Indicadores como a mudança na geração de emprego e renda, o aumento ou a diminuição dos postos de trabalho, o acesso a novos mercados, o aumento do portfólio de produtos e serviços, a participação em redes empresariais, a inserção em cadeias de valor internacionais etc podem possibilitar o aumento do patamar competitivo do público-alvo envolvido no programa. Porém, permanece a diferença conceitual de cadeia de valor e cadeia produtiva, o que pode sugerir uma redefinição da estratégia ou objetivo de um programa de encadeamento produtivo.

É preciso analisar cuidadosamente os

impactos gerados pelo encadeamento produtivo.

Podem existir diferenças conceituais entre cadeia de

valor e cadeia produtiva.

inovação

Inovar para diferenciar-seA inovação é o principal fator de diferenciação dos negócios especialmente em cenários extremamente competitivos e nos quais as mudanças acontecem muito rapidamente. O desafio das pequenas e micro empresas é acompanhar as alterações do mercado mantendo e criando vantagens competitivas que garantam seu sucesso e que correspondam as demandas de consumidores cada vez mais exigentes. Para o Sebrae, o cenário aponta a importância de inserir e motivar a inovação na rotina do empreendedor brasileiro ao mesmo tempo em que oferece soluções e serviços que possam apoiar novos resultados nos pequenos negócios. Criar cadeias de inovação pode não só garantir o futuro sustentável das empresas, mas elevar o Brasil a outros patamares.

Equipe: Elcio de Lima Nunes – Sebrae PI, Enio Albérto Parmeggiani – Sebrae SC, Fabiana Gisele Moreira – Sebrae CE, José Antônio Lira – Sebrae PA, José Carlos Bessa – Sebrae TO, Juarez de Paula – Sebrae NA, Liane Beatriz Portantino Klein – Sebrae RS, Nádia Jaciara de A. Castro – Sebrae RR, Ricardo Wargas – Sebrae RJ, Roberto Faria Santos Filho – Sebrae DF, Sandra Maria dos Santos Martins – Sebrae RN, Soraya Neves de Menezes – Sebrae AC, William Rodrigues de Brito – Sebrae MG.

ASN


UM OLHAR SOBRE A INOVAÇÃO

A inovação pode ser vista como um conceito amplo, incluin-do vários tipos de iniciativas

que ampliam as condições de com-petitividade e de sustentabilidade dos pequenos negócios. Acompanhe abaixo:

Inovação tecnológica é a que re-sulta do desenvolvimento de novos conhecimentos ou de nova combina-ção de conhecimentos já existentes, gerando invenções que possam ser convertidas em novos produtos.

Inovação de processo é a que re-sulta de mudanças incrementais ou disruptivas nos processos produtivos.

Inovação de gestão é a que resul-ta de melhorias organizacionais nas empresas para redução de custos e aumento da produtividade.

Inovação de mercado é a que resulta da identificação de novos nichos, seg-mentos, tendências ou territórios que possibilitem a expansão dos negócios.

Inovação institucional é a que resul-ta do aprimoramento do ambiente de negócios e do marco legal regulatório.

A inovação, seja de que tipo for, tor-nou-se o principal fator de diferenciação dos negócios, transformando-se em uma condição para a manutenção da vantagem competitiva. Porém, quanto

mais empresas aceleram o ritmo das inovações, mais o mercado se fragmen-ta, mais as barreiras de entrada se am-pliam, mais a obsolescência programada dos produtos se aprofunda e mais exi-gentes se tornam os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

A velocidade das mudanças tec-nológicas e os custos crescentes de investimentos em inovação, combina-dos às novas tecnologias de informa-ção e de comunicação, permitem uma interação rápida e barata entre diver-sos agentes, o que tem estimulado de forma crescente o fenômeno da cola-boração e da cocriaçao de soluções, dando origem as redes de inovação, as redes de conhecimento, as redes de aprendizagem e similares.

Competitividade e sustentabilidade como características principais

ASN

A inovação pode garantir novos patamares de atuação para os pequenos negócios.

“A velocidade das mudanças tecnológicas e os custos

crescentes de investimentos em inovação, combinados com as

novas tecnologias de informação e de comunicação, permitem uma

interação rápida e barata entre diversos agentes”

“É fundamental mostrar que a inovação pode ser acessível

aos pequenos negócios e deve ser uma preocupação

imprescindível para a conquista da competitividade e da

sustentabilidade”

As empresas que querem se manter no mercado precisam inovar constantemente.

inovação

A situação cria obstáculos e opor-tunidades para os pequenos negó-cios. Porém, ainda que existam as exceções nas quais as pequenas em-presas conseguem tirar vantagens de sua criatividade, conectividade, flexi-bilidade, adaptabilidade e velocidade para implementar mudanças, o fato é que a maior parte dos pequenos ne-gócios atua em setores tradicionais e encontra grandes dificuldades para inovar. Assim, é fundamental mos-trar que a inovação pode ser aces-sível aos pequenos negócios e deve ser uma preocupação imprescindível para a conquista da competitividade e da sustentabilidade.

Saiba mais sobre inovação e pequenos negócios.


A inovação é ampla e, de maneira simples, significa a introdução de algo novo ou que modifique

substancialmente algo existente. Se-gundo o manual de Oslo, são quatro os tipos de inovação: de produto, de pro-cessos, de marketing e organizacional. As duas primeiras são chamadas ino-

A BUSCA DE RESULTADOS

Tipos de inovação para pequenas empresas

MODELOS DE INOVAÇÃO> Empurrado pela tecnologia

> Puxado pela demanda

vações tecnológicas. Já as demais são realizadas pelas empresas com base em sua vivência no mercado.

Alguns resultados possíveis de al-cançar através da inovação são o au-mento dos lucros e margens, a diversi-ficação e diferenciação de produtos, a satisfação das necessidades dos con-

sumidores, a fidelização de clientes, a participação e o posicionamento de mercado, o aproveitamento de novas oportunidades de negócios e a redu-ção de custos de produção.

Como agente promotor do aumento da competitividade, o Sebrae tem dois grandes desafios: possibilitar que a ino-vação seja um tema estratégico e incor-porado no dia-a-dia do empreendedor brasileiro e atuar para que as soluções e os serviços prestados possam apoiar, de forma sistêmica, o alcance de resul-tados pelos pequenos negócios.

DEMANDA DESENVOL-VIMENTO

PRODUÇÃO VENDAS

CIÊNCIA DESIGN PRODUÇÃO MARKETING VENDAS


inovação

A inovação tem permeado a atu-ação do Sebrae em todo o Brasil a partir da realidade, da necessi-

dade, do grau de desenvolvimento e da maturidade das empresas. As iniciativas acontecem através do Programa Sebra-etec, que estimula negócios a inovar e a crescer e que acontece nacionalmente disponibilizando consultorias e soluções, como a otimização do processo produti-vo, a melhoria da qualidade do produto ou do serviço, a eliminação de desperdí-

cios, a redução de custos, a melhoria no design dos produtos, das embalagens e do layout, a difusão de conhecimentos e o aumento da eficiência energética.

Além do Sebraetec, outras ações de acesso à inovação são desenvolvi-das através de parcerias com univer-sidades e institutos federais por meio de incubadoras, como a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Tecnologias Inovadoras (ANPROTEC), que qualifica a gestão das incubado-ras de empresas e dá suporte para sua melhor atuação, a Rede de Servi-ços Tecnológicos (RST), que identifica a demanda das empresas e encami-nha para laboratórios credenciados

Estimular negócios a crescer e inovar

DADOS E FATOSRi

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A inovação é a chave para diferenciar-se em mercados competitivos.

e o Conselho Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que através do Agente Local de Inovação (ALI) dedica-se a capaci-tação de jovens recém-formados que atuam diretamente nas empresas de pequeno porte e estimulam a cultura da inovação.

Cabe ressaltar a importância da atu-ação nesta área ao analisar o orçamento aplicado em ações de inovação, que hoje é de, no mínimo, 20% do total dos recur-sos. No Programa ALI, são 1,1 mil espe-cialistas que acompanharam mais de 40 mil negócios em 2013. São ainda 152 incubadoras no país com investimentos da ordem de R$ 24,8 milhões.


O QUE ACONTECE NA EUROPA Promover o desenvolvimento eco-

nômico, o crescimento e o emprego. A inovação faz parte da espinha dorsal da economia europeia, trabalhan-do para criar um ambiente favorável

COMPARATIVO

BRASIL X EUROPA

A Comissão Europeia criou um ambiente regulatório amigável aos pequenos e médios negócios, au-mentando limites para as regras dos auxílios estatais, permitindo isen-ções de impostos IVA, simplificando a burocracia, melhorando o acesso aos mercados, inclusive o financeiro, e promovendo o empreendedorismo. Como política empresarial, criou o Small Business Act (SBA) viabilizando as condições de enquadramento para as empresas e criando um movimento em direção à inovação.

Outras iniciativas importantes são a plataforma de oferta e de-manda de soluções de inovação para micro e pequenas empresas, pro-gramas de pesquisas continuadas e elevado investimento que mede os resultados obtidos.

O CENÁRIO BRASILEIRONo Brasil, o governo federal e as

instituições têm consciência da impor-tância da inovação, o que foi demons-trado com a criação da Lei de Inovação (Lei nº 1.0973/2004) para o fomento e estímulo à inovação. A partir destes e outros desafios, o Sebrae criou os pro-gramas Sebraetec e ALI. No entanto, diferentemente da atuação europeia, não existem a estratégia de promoção e a integração dos órgãos públicos e privados para fomentar a inovação vi-sando o desenvolvimento econômico.

Nacionalmente, é necessário ain-da superar barreiras de interação entre os institutos de ciência e tec-nologia e os pequenos negócios. Ou-tro fator é a participação da iniciativa privada através de sindicatos, asso-ciação e outras organizações ligadas ao empresariado na definição das políticas e na execução das ações de fomento a inovação.

através de políticas específicas e me-didas de apoio para reforçar as pe-quenas e médias empresas. Com base na estratégia de Lisboa, lançou como sucessor o Programa Horizonte 20-20 – Europa 2020.

Olhar e aprender com as diferenças

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Rica

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O Sebrae disponibiliza diversas possibilidades para o incremento da inovação nos pequenos negócios.


inovação

“INOVAR NO SEBRAE É

Os participantes do Programa foram questionados sobre o que a inovação representa para o Sebrae e para suas atividades.

Fortalecer ações que favoreçam a cultura da inovação junto às micro e pequenas empresas da região no âmbito do projeto Atendimento Empresarial. José Antônio Lira/PA

Pensar em inovação no Ceará é pensar na estratégia fundamen-tal para alavancar a competiti-vidade, quer pela importância socioeconômica, quer pela ne-cessidade de comportamentos investigadores, observadores, inovadores e em contraposição com a produção artesanal e tradicional.Fabiana Gisele Moreira /CE

Por intermédio do Programa Integrado de Sistemas Agro-pecuários (PISA), o qual visa implementar melhorias nas técnicas de produção leiteira, pretendemos incrementar a inovação no setor agropecuá-rio, além de fixar o homem no campo”.Liane Beatriz Portantino Klein/RS

Criar o primeiro distrito de fruticultura orgânica do lito-ral piauiense, buscando novos nichos de mercado.Elcio de Lima Nunes/PI

As criações do INOVAREJO, do Projeto Original e do Centro de Referência do Artesanato Bra-sileiro (CRAB), além da carteira do e-commerce, são focos que devemos perseguir.Juarez de Paula/NA

Buscamos viabilizar a certificação de produtos orgânicos da agricul-tura familiar no DF com foco nos produtores contemplados com os kits da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Roberto Faria Santos Filho/DF

Vamos desenvolver sistemas de gestão financeira eletrônicos seg-mentados por porte de empresas com foco no setor automotivo do sul do Tocantins. José Carlos Bessa/TO

A gerência de operação dos produtos do Rio de Janeiro irá intensificar a atuação do SE-BRAETEC e ALI, além de incen-tivar e ampliar a participação das micro e pequenas empre-sas nos programas de incuba-doras e parques tecnológicos.Ricardo Vargas/RJ

Estamos trabalhando principal-mente na melhoria de processos e produtos com foco nas micro e pequenas empresas das áreas de comércio e serviços do Acre. Na indústria, priorizamos os setores de panificação, confecções e moda.Soraya Neves de Menezes/AC

Atuar fortemente com inova-ção com o uso da estratégia do encadeamento produtivo, neste momento nas cadeias de suínos, aves e leite do oeste catarinense.Enio Albérto Parmeggiani/SC

experiências de hoje inovações de amanhã | 37“

INOVAR NO SEBRAE ÉFIQUE DE OLHO

PESQUISA E PROSPECÇÃO

O acumulo de tarefas ajuda a cair na rotina e a fazer o trabalho sempre da mesma forma. Você lembra quais inovações implementou no trabalho? E hoje, já fez algo inovador? No Se-brae, além de desenvolver iniciativas para tornar a atuação melhor, todos são chamados a orientar empresários sobre negócios e oportunidades, o que demanda conhecimento e inovação.

Responda: > É caro inovar? > Como faço? > Existem instituições que disponibi-

lizam recursos para isso? > Quais os benefícios da inovação?Para orientar a busca de informações,

o Sebrae disponibiliza um conjunto de ferramentas como a Unidade de Inova-ção e Tecnologia e o site www.sebrae.com.br/inovacao, mas é sempre impor-tante lembrar que a grande diferença é feita por cada um.

Acompanhe o relato das experiências dos programas ALI e Sebraetec no sites: www.finep.org.br, www.anpei.org.br,www.amprotec.org.br e www.uc.sebrae.com.br.

Intenção estratégica de utilizar as ações da Feira do Empreendedor para implementar ações inovadoras, tanto internamente como para os nossos clientes.Nádia Jaciara de A. Castro/RR

Trabalhamos para melhorar o desempenho dos bares e restaurantes nos aspectos de higiene, manipulação de alimentos, design visual dos estabelecimentos e sua cate-gorização diante da habilitação para cada um destes focos. Isto traz inúmeros avanços para o turismo regional.Sandra Maria dos Santos Martins/RN

Nossa região de atuação tem baixo grau de trabalhos com foco na inovação. Trabalharemos de forma intensa na formação de um grupo regional que seja capaz de pensar e elaborar um plano de inovação alinhado às principais atividades econômicas da região. O momento é oportuno e as possibilidades são imensas. William Rodrigues de Brito/MG

SUSTENTABILIDADEAS

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Pesquisas apontam que mais de 54% dos pequenos negócios não identificam oportunidades de ganhos com a sustentabilidade, o que demonstra o desafio de inserir a temática nas milhares de empresas que estão espalhadas por todo o território nacional e modificar a consciência do empresariado sobre esse tema. De um lado, estão aspectos sociais, econômicos e ambientais. De outro, a necessidade de implementar soluções inovadoras e que reduzam desperdícios e resíduos no dia-a-dia das organizações. Se vencidas as barreiras iniciais para a inserção da sustentabilidade nos pequenos negócios, todos ganharão – o meio ambiente, as pessoas e os negócios.

Equipe: Ana Lúcia de Araújo Lima – Sebrae RJ, Ary Ferreira – Sebrae DF, Carlos Henderson Tavares Cardoso – Sebrae AM, Carlos Raimundo dos Santos – Sebrae MT, Dulcileide Salinas – Sebrae MA, Eligeneth Resplande Pimentel - Sebrae TO, Ênio Duarte Pinto - Sebrae NA, Vera Helena Lopes - Sebrae MG, Lucélia Barros – Sebrae PE, Luiz Carlos da Silva – Sebrae PR, Magaly Tânia Dias de Albuquerque – Sebrae NA, Maria de Fátima dos Santos – Sebrae AL, Roberto Tavares de Albuquerque – Sebrae SC, Rogério Teixeira – Sebrae BA

SUSTENTABILIDADE NOS DIAS DE HOJE


SUSTENTABILIDADE NA PRÁTICA PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS

Como um tema tão discutido e es-sencial para a sociedade ainda é tão pouco comum nos pequenos

negócios? E o papel do Sebrae no esta-belecimento de uma relação prática para elevar a competitividade dos pequenos negócios por intermédio da sustentabi-lidade? Vamos praticar um pouco?

Os pequenos negócios precisam combinar a utilização dos recursos na-turais com o desenvolvimento social, econômico e ambiental ou podem não obter êxito em sua relação com o mer-

cado. A associação dessas temáticas é precedida da implantação de soluções inovadoras na cultura das organizações.

O Sebrae e os mais diversos parcei-ros têm como responsabilidade a socia-lização e a implementação de práticas sustentáveis objetivando proporcionar aos pequenos negócios diferenciais comparativos relacionados à reputa-ção, à visibilidade e ao desenvolvimento de produtos com valores social, econô-mico e ambiental agregados.

Essa variável nos negócios exigirá

não somente o emprego, a atualização e o desenvolvimento de soluções efi-cientes formatadas com o viés do triple bottom line (social, ambiental e econômi-co), mas a aderência do corpo funcional ao paradigma da sustentabilidade.

Na prática, o empresário sempre irá questionar: “E quanto eu ganho com isso?”. Esses aspectos e elementos prá-ticos propõem a navegação, buscando entendimento lógico e sistêmico para uma abordagem da sustentabilidade nos pequenos negócios.

Os vários olhares que podem gerar diferenciais

É preciso fomentar o olhar de que a sustentabilidade vai além dos cuidados com o meio ambiente.

ASN


sustentabilidade

AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE?Dentre os diversos conceitos desta-

ca-se o mais utilizado: “É a responsabi-lidade das empresas em função do seu impacto sobre a sociedade”, (EU, 2011).

para as empresas. A primeira citação sobre sustentabilidade aconteceu em 1986, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) fez uma encomenda a um grupo de cientistas e especialistas. O estudo culminou em um livro intitulado “Nosso futuro comum” que trouxe uma definição clara sobre o conceito.

SUSTENTABILIDADEEntendendo mais sobre o conceito que pode mudar o mundo

SUSTENTABILIDADEE OS NEGÓCIOSA partir do conceito criado pelos

cientistas, Jonh Elkington, um em-presário norte-americano e fun-dador da ONG Sustainability, criou uma nova maneira de entender a sustentabilidade nos negócios.

“É preciso que os negócios sejam feitos levando-se em conta o equilíbrio entre os

fatores ambientais, sociais e econômicos e os resultados das empresas precisam refletir esse

equilíbrio”, Jonh Elkington.

TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADEAo conceito de sustentabilidade

empresarial criado por Jonh Elkington foi dado o nome de “triple bottom line”, que em português foi nomeado tripé da sustentabilidade e compreende o ambiental, o social e o econômico em equilíbrio no resultado das empresas.

?“É preciso que a economia

humana seja capaz de suprir as necessidades das gerações presentes, sem comprometer

a capacidade das gerações futuras atenderem às suas

próprias necessidades”, Gro Brundtland.

“O homem é, ao mesmo tempo, obra e construtor do

meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para

desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente”, Declaração de Estocolmo, 1972.

NOVOS DESAFIOS E VANTAGENSO século XXI trouxe novos

desafios e vantagens competitivas


S = Sustentabilidade

EconômicoAmbiental

Social

Cuidado do PlanetaProteção AmbientalRecursos RenováveisEcoeficiênciaGestão de ResíduosGestão dos Riscos

ProsperidadeResultado Econômico

Direitos dos AcionistasCompetitividade

Relação entre clientes e fornecedores

Dignidade HumanaDireitos Humanos

Direitos dos trabalhadoresEnvolvimento com comunidade

TransparênciaPostura Ética

desenvolvimento sustentável– tripé da sustentablidade

S

ASN

O tripé da sustentabilidade compreende os aspectos ambiental, social e econômico em equilíbrio com o resultado das empresas

SER SUSTENTÁVEL É RENTÁVEL

Em uma primeira análise, a questão da sustentabilidade nos pequenos negócios pode parecer um ele-

mento marginal e pouco pensado além das fronteiras da melhoria dos custos por meio da eficiência enérgica e dos resídu-os sólidos. Entretanto, vários exemplos disseminam boas práticas e incentivam empreendedores brasileiros a agir de forma sistêmica, pensando na expansão de horizontes e nas ações sustentáveis.

Em função da necessidade de disseminar bons exemplos, o primeiro passo do Sebrae foi criar o Centro Sebrae de Sustentabilidade, sediado

em Cuiabá (MT). O espaço contribui para a prospecção, a geração e a disseminação de conhecimentos e práticas sustentáveis nos pequenos negócios, além de ser veículo de mobilização e sensibilização sobre o tema. Outra iniciativa foi o Prêmio de Práticas Sustentáveis, desenvolvido pelo Sebrae Minas Gerais, para estimular a identificação de práticas sustentáveis aplicadas aos negócios.

CASOS DE SUCESSOEm Ouro Preto (MG), a sorveteria

Gosto do Cerrado produz sorvetes com

Boas práticas que incentivam empreendedores brasileiros

PARA CONHECER MAIS CASOS ACESSE

http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br/Sustentabilidade/Negócios-de-sucesso/

frutos do cerrado que são adquiridos diretamente das famílias extrativistas através da prática do comércio justo. A empresa contribui com o extrativis-mo sustentável, incentiva o pequeno produtor rural a manter a flora nativa, oferece apoio técnico e dá as semen-tes das frutas.

Já no APL de móveis do Alto Vale do Rio Negro (SC), a necessidade de mer-cado levou a criação do selo Biomóvel, que incentiva as pequenas empresas a utilizar madeiras certificadas, com-provar a produção mais limpa e ter processos de desenvolvimento de pro-dutos que envolvam a reutilização e a reciclagem. A abordagem fez com que as empresas fossem reposicionadas estrategicamente para atendimento ao mercado interno, que hoje adquire 65% de toda a produção.

O Centro Sebrae de Sustentabilidade

contribui para a difusão do conceito

nacionalmente.

ASN

sustentabilidade


O QUE PENSAM OS PEQUENOS

NEGÓCIOS SOBRE

SUSTENTABILIDA

DE

54%

13%

47%

40%

83%78,6% 77,7%

não identificam oportunidades

de ganhos com a sustentabilidade.

consideram ser custos ou despesas

a questão ambiental.

consideram que a sustentabilidade está fortemente associada

a questões ambientais, a questões sociais e

a questões econômicas.

afirmam ter oportunidades

de ganhos com a questão

ambiental.

não consideram ter ganhos ou perdas

com a questão ambiental.


sustentabilidade

A principal característica da visão europeia é um desenvolvimen-to que satisfaça as necessida-

des do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. Neste cenário, três fatores merecem destaque.

A escassez de recursos, que obri-ga as empresas a criar processos de recuperação e de reutilização dos re-cursos ou procurar novas formas de utilizá-los eficientemente.

A pressão dos consumidores, que estão muito mais conscientes da ima-

gem da empresa para a qual traba-lham. Por exemplo, os grandes fabri-cantes de automóveis que já não falam de velocidade, mas sim de desempe-nho ambiental.

A legislação, que necessita de me-lhora contínua, pois nem tudo pode ser alcançado por pressões do mercado, escassez de recursos e pressão dos consumidores.

A visão brasileira amplamente dis-cutida na Rio+20 priorizou a erradi-cação da pobreza e a inclusão social, firmando o compromisso do país em fortalecer o equilíbrio entre os pilares

ambiental, social e econômico. O Brasil dispõe de arcabouço legal sobre polí-tica ambiental, de resíduos sólidos, de eficiência energética e outras, o que si-naliza a convergência de atuação fren-te aos países da União Europeia.

O Sebrae elegeu dois eixos estraté-gicos de atuação sobre a sustentabili-dade com vieses econômicos. Na área de resíduos sólidos, focou na reutiliza-ção, na redução, na reciclagem, na in-serção da cadeia de limpeza e no ma-nejo de resíduos com especial atenção aos catadores.

Já na área de eficiência energética, o direcionamento ficou por conta da redução de perdas de energia no pro-cesso produtivo e no acesso ao mer-cado e da redução da participação do insumo de energia no custo do produ-to e do negócio.

A inovação em produtos, serviços e processos, visando melhores re-sultados para a sustentabilidade das empresas, permeiam esses dois eixos que, por serem transversais a todos os setores econômicos, alcançam escalas significativas na atuação do Sebrae.

Há similaridade na atenção e na atu-ação dos países de forma geral no tema da sustentabilidade, tanto no Brasil quanto na Comunidade Europeia, o que explicita o desenvolvimento dos aspec-tos ambiental, econômico e social na competitividade dos territórios.

CONVERGÊNCIA DE ATUAÇÃO COM ASUSTENTABILIDADENecessidades de hoje e de amanhã

A visão europeia da sustentabilidae analisa o presente e o futuro da sociedade.

ASN

experiências de hoje inovações de amanhã | 45 “

“A sustentabilidade implica em pensar em um conjunto de variáveis interdependentes que integram os aspectos sociais, energéticos, econômicos e ambientais. Ary Ferreira/DF

Os pequenos negócios da Europa atuam com foco em sustentabilidade, não somente por ser um fator competitivo, mas por uma questão de consciência sistêmica de sua importância para as pessoas, o ambiente e o mercado.Dulcileide Salinas/MA

As empresas geram valor se atuarem com respon-sabilidade ambiental.Enio Parmeggiani/SC

Um conceito segundo o qual as empresas incorporam interesses sociais e ambientais nas suas operações.José Marcílo/PB

A VISÃO EUROPEIAOs participantes do Programa Internacional de Desenvolvimento de Lideranças foram questionados sobre a visão europeia da sustentabilidade. Acompanhe as respostas.

É possível crescer e desenvolver uma economia sem agressão ao meio ambiente e a sociedade.Ivan Constant/RJ

O tema da sustentabilida-de é um grande diferencial de competitividade para os mercados e os clientes mais exigentes.Jose Lessa/TO

Eles tratam no sentido amplo: tripé da sustenta-bilidade.Marcus Lima/AM

É qualidade de vida para todos.Sérgio Monturil/GO

Sair do conceito e viven-ciar a sustentabilidade é um caminho que não tem mais volta. Esse percurso se faz a partir das pequenas mudanças diárias, tanto de pesso-as quanto de empresas. Eligeneth Resplande/TO

Os estados membros, em seus marcos legais, enfatizam a responsa-bilidade corporativa e o impacto gerado pelas empresas na sociedade. Magaly Albuquerque/NA


sustentabilidade

Para o Sebrae, a sustentabilida-de é uma questão de atitude. Estimulá-la implica em apoiar o

desenvolvimento com ferramentas e processos tecnológicos e gerenciais, garantir o subsídio aos serviços espe-cializados e articular parcerias estra-tégicas e cooperação para instrumen-

> Quais as instâncias de governo que empresários de pequeno porte devem recorrer a respeito do meio ambiente?

> É possível ter uma visão de negócios integrada à da gestão sustentável?

Aprimorar os conhecimentos do corpo técnico do Sebrae e cons-cientizar os empreendedores são iniciativas que precisam ser apro-fundadas. É importante ainda a mu-dança de atitude, evidenciando que a sustentabilidade é um bom negó-cio, além de uma necessidade para as gerações futuras e a qualidade de vida do planeta.

Desafios para inserção da sustentabilidade nos pequenos negócios

NEGÓCIOS &SUSTENTABILIDADE

talizar os pequenos negócios para os desafios e as tendências de mercado.

O avanço da sustentabilidade nos pequenos negócios demanda ainda respostas para algumas perguntas:

> Qual é a importância da adesão das micro e pequenas empresas à sustentabilidade?

> Como o Sebrae pode apoiar às micro e pequenas empresas na sustentabilidade?

> Quais as vantagens em adotar atitudes sustentáveis para as micro e pequenas empresas e empreen-dedores?

É preciso estar em um esforço contínuo para inserir a sustentabilidade na rotina dos pequenos negócios.

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