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LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 05 (parte 2) Emprego das classes de palavras Olá! Continuamos no assunto classes de palavras. Como falamos na primeira parte desta aula, esse é um assunto extenso e devemos aprofundar naquilo que realmente é cobrado. Assim, dividimos esta aula em três partes e esta é a segunda. Fazendo uma investigação nas bancas CESPE e FCC, podemos perceber que a banca FCC explora esse tema, de maneira bem didática. Por isso, preferi inserir apenas questões desta banca. Lembre-se do seguinte: entendendo os exercícios de verbos da FCC, os da banca CESPE ficam infinitamente mais simples. Nesta segunda parte da aula, vamos às flexões dos verbos irregulares. Para isso é importante vermos alguns conceitos. Vimos no arquivo anterior o que é a raiz (radical) de um verbo: cantar, beber e partir. Agora veremos que, quando a vogal tônica está no radical do verbo, temos as formas rizotônicas (rizo=raiz/radical; tônica=vogal de som mais forte): estudo, compreendam, cantam. Há também as formas arrizotônicas, isto é, a vogal tônica está fora do radical: venderão, cantarei, conseguiríamos. Outros conceitos importantes são os seguintes: Regulares: verbos que mantêm a mesma base (radical). Perceba que na flexão do verbo “cantar” se mantém a base “cant”: eu canto .... talvez eu cante .... se eu cantasse... Irregulares: verbos que não mantêm a mesma base (radical). Veja que na flexão do verbo “saber”, a base “sab” se modifica: eu sei ... talvez eu saiba .... se eu soubesse ... Essa variação da base (radical), quando mudamos os tempos, mostra que o verbo é irregular. Naturalmente, são justamente eles que caem na prova. Os verbos ser e ir, por apresentarem profundas alterações nos radicais em sua conjugação, são chamados anômalos. (ser) eu sou ... talvez eu seja ... se eu fosse... (ir) eu vou ... talvez eu vá ... se eu fosse... Língua Portuguesa para Analista do INSS (Teoria e exercícios)

Emprego das classes de palavras

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Tempos e modos derivados do presente do indicativo

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Aula 05 (parte 2)

Emprego das classes de palavras

Olá!

Continuamos no assunto classes de palavras. Como falamos na primeira parte desta aula, esse é um assunto extenso e devemos aprofundar naquilo que realmente é cobrado. Assim, dividimos esta aula em três partes e esta é a segunda.

Fazendo uma investigação nas bancas CESPE e FCC, podemos perceber que a banca FCC explora esse tema, de maneira bem didática. Por isso, preferi inserir apenas questões desta banca. Lembre-se do seguinte: entendendo os exercícios de verbos da FCC, os da banca CESPE ficam infinitamente mais simples.

Nesta segunda parte da aula, vamos às flexões dos verbos irregulares. Para isso é importante vermos alguns conceitos.

Vimos no arquivo anterior o que é a raiz (radical) de um verbo: cantar, beber e partir. Agora veremos que, quando a vogal tônica está no radical do verbo, temos as formas rizotônicas (rizo=raiz/radical; tônica=vogal de som mais forte): estudo, compreendam, cantam.

Há também as formas arrizotônicas, isto é, a vogal tônica está fora do radical: venderão, cantarei, conseguiríamos.

Outros conceitos importantes são os seguintes:

Regulares: verbos que mantêm a mesma base (radical). Perceba que na flexão do verbo “cantar” se mantém a base “cant”:

eu canto .... talvez eu cante .... se eu cantasse...

Irregulares: verbos que não mantêm a mesma base (radical). Veja que na flexão do verbo “saber”, a base “sab” se modifica:

eu sei ... talvez eu saiba .... se eu soubesse ...

Essa variação da base (radical), quando mudamos os tempos, mostra que o verbo é irregular. Naturalmente, são justamente eles que caem na prova.

Os verbos ser e ir, por apresentarem profundas alterações nos radicais em sua conjugação, são chamados anômalos.

(ser) eu sou ... talvez eu seja ... se eu fosse... (ir) eu vou ... talvez eu vá ... se eu fosse...

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Perceba que não mudamos só o radical. A palavra está totalmente modificada.

Defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou modos. (teremos exemplos adiante)

Abundantes: apresentam mais de uma forma para determinada flexão. (teremos exemplos adiante) Conjugação de alguns verbos irregulares

Muitas questões da Fundação Carlos Chagas têm base nos verbos pôr, ter, ver e vir (e seus derivados). Assim, atente à conjugação abaixo especificada na região sombreada, além das setas.

Tempos e modos derivados do presente do indicativo:

Primeiro, perceba que o radical da primeira pessoa do singular do presente do indicativo normalmente gera o radical do presente subjuntivo. Isso é importante porque nos livra da decoreba, basta aplicar na conjugação. Veja: presente do indicativo: eu vejo

Esse radical “vej-“ será empregado na flexão deste verbo no presente do subjuntivo: talvez eu veja, tu vejas, ele veja, nós vejamos, vós vejais, eles vejam.

Como vimos na primeira parte desta aula, a vogal temática (A) vira desinência (E) e a vogal temática (E ou I) vira desinência (A), quando temos o presente do subjuntivo. Observe este mesmo verbo na forma infinitiva: ver (vogal temática “e”). No presente do subjuntivo esta vogal vira “a”, agora com o nome de desinência modo-temporal. É lógico que esta banca não pergunta o nome, mas faz a troca desta vogal.

Veja outro: ele canta (infinitivo: cantar – vogal temática: “a”)

Talvez ele cante (desinência modo-temporal “e”). Confira isso pelo uso da seta nas conjugações.

Lembre-se da formação do imperativo, vista na primeira parte desta aula. O afirmativo é gerado pelo presente do indicativo nas segundas pessoas (tu/vós), retirando-se o “s”. A terceira pessoa do singular (você) e do plural (vocês) e a primeira do plural (nós) do imperativo afirmativo e todo o imperativo negativo são gerados do presente do subjuntivo. (É só copiar!!!!)

Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo:

Note que, na segunda pessoa do singular do tempo pretérito perfeito do indicativo, encontramos a terminação “-ste” (desinência número-pessoal). Ao retirarmos esta terminação, sobra uma base, chamada tema. Essa base forma o pretérito-mais-que-perfeito do indicativo, com acréscimo da desinência modo temporal (-ra) e os tempos pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo, com as desinências “-sse” e “-r”, respectivamente. Todos estão sombreados a seguir.

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I - pôr

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu ponho punha pus pusera porei poria tu pões punhas puseste puseras porás porias ele põe punha pôs pusera porá poria nós pomos púnhamos pusemos puséramos poremos poríamos vós pondes púnheis pusestes puséreis poreis poríeis eles põem punham puseram puseram porão poriam

Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu ponha pusesse puser - não - tu ponhas pusesses puseres põe tu não ponhas tu

ele ponha pusesse puser ponha você não ponha você

nós ponhamos puséssemos pusermos ponhamos nós não ponhamos nós

vós ponhais pusésseis puserdes ponde vós não ponhais vós

eles ponham pusessem puserem ponham vocês não ponham vocês

Você verá que não é o verbo “pôr” que cai na prova, normalmente são

seus derivados que caem. Então veja quais são: antepor, apor, compor, decompor, depor, expor, impor, indispor, justapor, opor, predispor, pressupor, propor, repor, supor, transpor, etc. Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006):

Quem não se dispor a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da competição.

Será que está correta a flexão verbal? Lógico que não! O verbo “dispor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos “Quem não pôr”. O contexto pede o tempo futuro do subjuntivo (puser), por isso a forma verbal correta é “dispuser”:

Quem não se dispuser a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da competição.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 4ªR 2008):

Serão bem-vindas todas as iniciativas que se proporem a melhorar a qualidade dos noticiários de TV.

O verbo “propor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos no futuro do subjuntivo “porem”, mas “puserem”, por isso a forma verbal correta é “propuserem”:

Serão bem-vindas todas as iniciativas que se propuserem a melhorar a qualidade dos noticiários de TV.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003):

Eles pressuporam que elas agiriam eticamente, mas os fatos que advieram provaram o contrário.

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O verbo “pressupor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos no pretérito perfeito do indicativo “eles poram”, mas “eles puseram”, por isso a forma verbal correta é “pressupuseram”:

Eles pressupuseram que elas agiriam eticamente, mas os fatos que advieram provaram o contrário.

II - ter e seus derivados abster, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster.

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu tenho tinha tive tivera terei teria tu tens tinhas tiveste tiveras terás terias ele tem tinha teve tivera terá teria nós temos tínhamos tivemos tivéramos teremos teríamos vós tendes tínheis tivestes tivéreis tereis teríeis eles têm tinham tiveram tiveram terão teriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu tenha tivesse tiver - não - tu tenhas tivesses tiveres tem tu não tenhas tu

ele tenha tivesse tiver tenha você não tenha você

nós tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos nós não tenhamos nós

vós tenhais tivésseis tiverdes tende vós não tenhais vós

eles tenham tivessem tiverem tenham vocês não tenham vocês

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Antigas práticas supersticiosas se manteram ao longo da história dos povos, em todo o planeta.

Note que o verbo “manter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “eles teram”. A construção correta no pretérito perfeito do indicativo é “eles tiveram”, por isso a forma verbal correta é “mantiveram”:

Antigas práticas supersticiosas se mantiveram ao longo da história dos povos, em todo o planeta. Veja outra frase cobrada pela Fund. Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Os torcedores brasileiros ainda retêem, como glória máxima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa. O verbo “reter” é derivado de “ter” e, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, é flexionado assim: “têm”. Apenas os verbos “crer, dar, ler e ver” dobram a vogal “e” (creem, deem, leem, veem). Assim, a forma verbal correta é “retêm”:

Os torcedores brasileiros ainda retêm, como glória máxima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa.

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Veja outra frase cobrada pela Fund Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

É comum que os meninos menores não se detenhem diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo. O verbo “deter” é derivado de “ter” e, na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo, é flexionado assim: “tenham”. Assim, a forma verbal correta é “retenham”:

É comum que os meninos menores não se detenham diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo. Veja outra frase cobrada pela Fund. Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006):

Se os policiais não detessem os torcedores mais exagerados, certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães.

O verbo “deter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “se eles tessem”. A construção correta é: “se eles tivessem”, por isso a forma verbal correta é “detivessem”:

Se os policiais não detivessem os torcedores mais exagerados, certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães. Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2008):

A independência que os habitantes do Timor Leste obteram foi reconhecida pela ONU; espera-se que venha a consolidar-se.

O verbo “obter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “teram”, no pretérito perfeito do indicativo, mas “tiveram”, por isso a forma verbal correta é “obtiveram”:

A independência que os habitantes do Timor Leste obtiveram foi reconhecida pela ONU; espera-se que venha a consolidar-se. Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2008):

Se um otimista não se conter, sua expectativa de êxtase cresce tanto que ele acaba por se juntar aos pessimistas.

O verbo “conter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “se ele ter”, no futuro do subjuntivo, mas “se ele tiver”, por isso a forma verbal correta é “contiver”:

Se um otimista não se contiver, sua expectativa de êxtase cresce tanto que ele acaba por se juntar aos pessimistas. Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011):

Se eu me abster, haverá empate na votação.

O verbo “abster” é derivado de “ter” e, no futuro do subjuntivo, flexionamos “se eu tiver”, por isso a forma verbal correta é “abstiver”:

Se eu me abstiver, haverá empate na votação.

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III - ver e seus derivados antever, entrever, prever e rever

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu vejo via vi vira verei veria tu vês vias viste viras verás verias ele vê via viu vira verá veria nós vemos víamos vimos víramos veremos veríamos vós vedes víeis vistes víreis vereis veríeis eles veem viam viram viram verão veriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu veja visse vir - não - tu vejas visses vires vê tu não vejas tu

ele veja visse vir veja você não veja você

nós vejamos víssemos virmos vejamos nós não vejamos nós

vós vejais vísseis virdes vede vós não vejais vós

eles vejam vissem virem vejam vocês não vejam vocês

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Os homens primitivos anteveram benefícios na prática de certos rituais supersticiosos.

O verbo “antever” é derivado de “ver” e nós não flexionamos “eles veram”. A construção correta é: “eles viram”, por isso a forma verbal correta é “anteviram”:

Os homens primitivos anteviram benefícios na prática de certos rituais supersticiosos.

Veja outra frase cobrada pela Fund. Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006):

Se nós revêssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles.

O verbo “rever” é derivado de “ver” e não podemos flexionar “se nós vêssemos”. A construção correta, no pretérito imperfeito do subjuntivo, é: “se nós víssemos”, por isso a forma verbal correta é “revíssemos”:

Se nós revíssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles.

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IV - Vir e seus derivados advir, avir-se, contravir, convir, desavir-se,

desconvir, intervir, provir, sobrevir.

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu venho vinha vim viera virei viria tu vens vinhas vieste vieras virás virias ele vem vinha veio viera virá viria nós vimos vínhamos viemos viéramos viremos viríamos vós vindes vínheis viestes viéreis vireis viríeis eles vêm vinham vieram vieram virão viriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu venha viesse vier - não - tu venhas viesses vieres vem tu não venhas tu

ele venha viesse vier venha você não venha você

nós venhamos viéssemos viermos venhamos nós não venhamos nós

vós venhais viésseis vierdes vinde vós não venhais vós

eles venham viessem vierem venham vocês não venham vocês

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Uma vez que não nos conviu nos afastarmos dos subterfúgios ilusórios, também não nos convirá enfrentar nossa imagem num espelho verdadeiro.

O verbo “convir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “ele viu” (na ideia de vir de algum lugar). A construção correta é: “ele veio”, por isso a forma verbal correta é “conveio”.

Uma vez que não nos conveio nos afastarmos dos subterfúgios ilusórios, também não nos convirá enfrentar nossa imagem num espelho verdadeiro.

Note que o verbo “convirá” está corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003):

Se convirmos em que os fins justificam quaisquer meios, justificar-se-ão até mesmo as maiores atrocidades.

O verbo “convir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “se virmos” (na ideia de vir de algum lugar). A construção correta é: “se viermos”, por isso a forma verbal correta é “conviermos”:

Se conviermos em que os fins justificam quaisquer meios, justificar-se-ão até mesmo as maiores atrocidades.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003):

Atos éticos nunca adviram de meios antiéticos, segundo o que assevera a autora do texto.

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O verbo “advir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “viram” (na ideia de vir de alguma coisa). A construção correta é: “vieram”, por isso a forma verbal correta é “advieram”:

Atos éticos nunca advieram de meios antiéticos, segundo o que assevera a autora do texto.

V – Diferença na conjugação dos verbos prever, provir e prover:

O verbo prever é conjugado como o verbo ver. O verbo provir é conjugado como o verbo vir. Assim, basta observar as conjugações de seus verbos primitivos ver e vir, respectivamente, e acrescentar os prefixos. Mas o verbo prover é conjugado, em boa parte, como o verbo ver e, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados, ele é regular. Veja:

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu provejo provia provi provera proverei proveria tu provês provias proveste proveras proverás proverias ele provê provia proveu provera proverá proveria nós provemos províamos provemos provêramos proveremos proveríamos vós provedes províeis provestes provêreis provereis proveríeis eles proveem proviam proveram proveram proverão proveriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu proveja provesse prover - não - tu provejas provesses proveres provê tu não provejas tu

ele proveja provesse prover proveja você não proveja você

nós provejamos provêssemos provermos provejamos nós não provejamos nós

vós provejais provêsseis proverdes provede vós não provejais vós

eles provejam provessem proverem provejam vocês não provejam vocês

Veja duas frases cobradas pela Fund. Carlos Chagas (TRF 1ªR 2001):

I - O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

II - De onde proviram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

Como visto anteriormente, o verbo “prover” é derivado de “ver” no presente do indicativo. Apenas, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados, flexiona-se regularmente, como os verbos “beber”, “vender”, “abastecer”. Assim, se o cronista “vê”, então o cronista “provê”. A frase I está correta. Já a frase II está errada, pois o verbo “provir” (vir de algum lugar) é derivado de “vir”. Não se diz “eles viram”, mas “eles vieram”. Então o correto é “provieram”.

II - De onde provieram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

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Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011): Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto

escrito a seguinte frase: Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria pela secretária

geral, segundo a qual, porque não prouvemos o depósito de material de limpeza, tenhamos de providenciá-lo a nossas próprias expensas.

Note que o verbo “prover”, no pretérito perfeito do indicativo, é regular: “provemos”, como indicado no esquema da conjugação desse verbo anteriormente. Perceba, também, que o verbo “tenhamos” não combina no contexto, o tempo presente do indicativo (temos) transmite a ideia correta. Há, também erro na pontuação. Assim, a frase reescrita de acordo com o padrão culto é:

Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria, pela secretária geral, segundo a qual, porque não provemos o depósito de material de limpeza, temos de providenciá-lo a nossas próprias expensas.

Questão 1: SPPREV 2012 Analista em Gestão Previdenciária Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:

(A) Certamente muitas das dúvidas que acabaram por colocar em xeque a objetividade científica proviram do convívio mais intenso de alguns cientistas com a arte.

(B) Grandes cientistas foram os que sempre obstaram a que prevalecessem os preconceitos subjacentes a procedimentos científicos supostamente imparciais.

(C) O artista que se dispor a conhecer um pouco mais da ciência poderá também ver surgir os reflexos positivos desse conhecimento nas obras que vier a criar.

(D) No dia em que revermos nossos conceitos sobre a arte e a ciência, bem como melhor compreendermos as suas afinidades, nós só teremos a ganhar.

(E) Quantas vezes já não se deteram os cientistas na discussão sobre a parcela de objetividade que realmente caberia atribuir aos métodos científicos?

Comentário: Na alternativa (A), o verbo “provir” se conjuga da mesma forma que o verbo “vir”. Assim, se no pretérito perfeito do indicativo a terceira pessoa do plural é “vieram”, com o verbo “provir” é “provieram”. Veja:

Certamente muitas das dúvidas que acabaram por colocar em xeque a objetividade científica provieram do convívio mais intenso de alguns cientistas com a arte.

A alternativa (B) é a correta. Note que o verbo “obstar” é regular, por isso a sua flexão na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo é realmente “obstaram”. Da mesma forma, o verbo “prevalecer” é também regular e sua flexão no pretérito imperfeito do subjuntivo é “prevalecessem”. Veja: Grandes cientistas foram os que sempre obstaram a que prevalecessem os preconceitos subjacentes a procedimentos científicos supostamente imparciais.

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Na alternativa (C), o verbo “dispor” se conjuga da mesma forma que o verbo “pôr”. Assim, se no futuro do subjuntivo a terceira pessoa do singular é “puser”, com o verbo “dispor” é “dispuser”. Veja:

O artista que se dispuser a conhecer um pouco mais da ciência poderá também ver surgir os reflexos positivos desse conhecimento nas obras que vier a criar.

Na alternativa (D), o verbo “rever” se conjuga da mesma forma que o verbo “ver”. Assim, se no futuro do subjuntivo a primeira pessoa do plural é “virmos”, com o verbo “rever” é “revirmos”. Veja:

No dia em que revirmos nossos conceitos sobre a arte e a ciência, bem como melhor compreendermos as suas afinidades, nós só teremos a ganhar.

Na alternativa (E), o verbo “deter” se conjuga da mesma forma que o verbo “ter”. Assim, se no pretérito perfeito do indicativo a terceira pessoa do plural é “tiveram”, com o verbo “deter” é “detiveram”.

Quantas vezes já não se detiveram os cientistas na discussão sobre a parcela de objetividade que realmente caberia atribuir aos métodos científicos? Gabarito: B Questão 2: TCE AM 2012 Analista de Controle Externo Está correta a flexão de todas as formas verbais em:

(A) Se não deterem a escalada da censura moralista, os Estados Unidos tornar-se-ão um país cada vez mais problemático em sua falsa ortodoxia de valores.

(B) Quando todos convirmos em que é necessária uma linha divisória entre a moral pública e a privada, nossos valores terão maior legitimidade.

(C) Toda promessa hipócrita que advir de uma falsa moralidade deverá ser denunciada pelos eleitores, para que se eleve o nível das campanhas eleitorais.

(D) Os candidatos sempre se entreteram com os números das campanhas, sem atinar com a qualidade das teses e a possibilidade de cumprimento das promessas.

(E) Quando revirmos os valores morais que sempre costumamos defender, dar-nos-emos conta de quantos deles não deveriam merecer nosso crédito.

Comentário: Na alternativa (A), o verbo “deter” se conjuga da mesma forma que o verbo “ter”. Assim, se no futuro do subjuntivo a terceira pessoa do plural é “tiverem”, com o verbo “deter” é “detiverem”. Veja:

Se não detiverem a escalada da censura moralista, os Estados Unidos tornar-se-ão um país cada vez mais problemático em sua falsa ortodoxia de valores.

Na alternativa (B), o verbo “convir” se conjuga da mesma forma que o verbo “vir”. Assim, se no futuro do subjuntivo a primeira pessoa do plural é “viermos”, com o verbo “convir” é “conviermos”. Veja:

Quando todos conviermos em que é necessária uma linha divisória entre a moral pública e a privada, nossos valores terão maior legitimidade.

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Na alternativa (C), o verbo “advir” se conjuga da mesma forma que o verbo “vir”. Assim, se no futuro do subjuntivo a terceira pessoa do singular é “vier”, com o verbo “advir” é “advier”. Veja:

Toda promessa hipócrita que advier de uma falsa moralidade deverá ser denunciada pelos eleitores, para que se eleve o nível das campanhas eleitorais.

Na alternativa (D), o verbo “entreter” se conjuga da mesma forma que o verbo “ter”. Assim, se no pretérito perfeito do indicativo a terceira pessoa do plural é “tiveram”, com o verbo “entreter” é “entretiveram”. Veja:

Os candidatos sempre se entretiveram com os números das campanhas, sem atinar com a qualidade das teses e a possibilidade de cumprimento das promessas.

A alternativa (E) é a correta. Note que o verbo “ver”, na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo é “virmos”. Assim, o verbo “rever” no mesmo tempo é “revirmos”. Note que houve mesóclise no verbo “daremos”, pois percebemos a inserção do pronome oblíquo átono “nos”: dar-nos-emos.

Quando revirmos os valores morais que sempre costumamos defender, dar-nos-emos conta de quantos deles não deveriam merecer nosso crédito. Gabarito: E Questão 3: Assembleia Legislativa 2010 - Agente Os verbos grifados estão corretamente flexionados na frase:

(A) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

(B) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas: A alternativa (A) é a correta. Perceba que “propuseram” é derivado de “pôr”. (B) Em vários países, autoridades se dispuseram a elaborar projetos que previssem a exploração sustentável do meio ambiente. (C) Os consumidores se abstiveram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta. (D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteve a exploração descontrolada daquela área de mata nativa. (E) Com a alteração climática sobreveio o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos. Gabarito: A

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Questão 4: TRE SE - 2007 - Técnico O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

(A) Proporam-se medidas de caráter emergencial para controle das emissões de gases poluentes na atmosfera.

(B) Medidas de controle da poluição atmosférica foram tomadas pelos especialistas, para satisfazerem exigências legais.

(C) Diante do rompimento da tubulação de esgotos, as autoridades preveram um surto de moléstias infecciosas na região.

(D) A chuva excessiva fez transbordar o córrego, de onde adviram inundações e mortes com o alagamento da área urbana.

(E) Especialistas ateram-se à observação de certos fenômenos climáticos para chegar à iminência de catástrofes em algumas regiões do planeta.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas: (A) Propuseram-se medidas de caráter emergencial para controle das emissões de gases poluentes na atmosfera. (derivado do verbo “pôr”) A alternativa (B) está correta. Note que o verbo “satisfazer” está no infinitivo flexionado. Medidas de controle da poluição atmosférica foram tomadas pelos especialistas, para satisfazerem exigências legais. (C) Diante do rompimento da tubulação de esgotos, as autoridades previram um surto de moléstias infecciosas na região. (derivado do verbo “ver”) (D) A chuva excessiva fez transbordar o córrego, de onde advieram inundações e mortes com o alagamento da área urbana. (derivado do verbo “vir”) (E) Especialistas ativeram-se à observação de certos fenômenos climáticos para chegar à iminência de catástrofes em algumas regiões do planeta. (derivado do verbo “ter”) Gabarito: B

Verbos que despertam dúvidas de pronúncia e flexão Adaptar, designar, impugnar, obstar, ritmar, dignar-se, impregnar, indignar-se, optar, persignar-se, pugnar, raptar, resignar-se. Esses verbos não formam sílaba nova na conjugação. Atente principalmente ao presente do indicativo de alguns deles:

Deve-se dizer: Impugnam a lei, e não: *impuguinam; A injustiça nos indigna, e não: *nos indiguina; Opto por ficar, e não: *opito.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu impugno impugnava impugnei impugnara impugnarei impugnaria tu impugnas impugnavas impugnaste impugnaras impugnarás impugnarias ele impugna impugnava impugnou impugnara impugnará impugnaria nós impugnamos impugnávamos impugnamos impugnáramos impugnaremos impugnaríamos vós impugnais impugnáveis impugnastes impugnáreis impugnareis impugnaríeis eles impugnam impugnavam impugnaram impugnaram impugnarão impugnariam

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Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu impugne impugnasse impugnar - não - tu impugnes impugnasses impugnares impugna tu não impugnes tu

ele impugne impugnasse impugnar impugne você não impugne você nós impugnemos impugnássemos impugnarmos impugnemos nós não impugnemos nós

vós impugneis impugnásseis impugnardes impugnai vós não impugneis vós eles impugnem impugnassem impugnarem impugnem vocês não impugnem vocês

Aderir, advertir, competir, deferir, repelir... ...compelir, conferir, convergir, despir, desservir, discernir, dissentir, divergir, ferir, impelir, interferir, investir, mentir, preferir, preterir, proferir, referir, repetir, servir, sugerir, transferir, etc. A irregularidade desses verbos está em a vogal e, última do radical, passar a i na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo, e a e aberto na 2ª e 3ª pessoas do singular e 3ª do plural do presente do indicativo e 2ª pessoa do singular do imperativo.

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu adiro aderia aderi aderira aderirei aderiria tu aderes aderias aderiste aderiras aderirás aderirias ele adere aderia aderiu aderira aderirá aderiria nós aderimos aderíamos aderimos aderíramos aderiremos aderiríamos vós aderis aderíeis aderistes aderíreis aderireis aderiríeis eles aderem aderiam aderiram aderiram aderirão adeririam

Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu adira aderisse aderir - não - tu adiras aderisses aderires adere tu não adiras tu

ele adira aderisse aderir adira você não adira você

nós adiramos aderíssemos aderirmos adiramos nós não adiramos nós

vós adirais aderísseis aderirdes aderi vós não adirais vós

eles adiram aderissem aderirem adiram vocês não adiram vocês

Aguar e enxaguar Com a reforma ortográfica, o u passou a ser tanto átono quanto tônico. Assim, esses são verbos com duas possibilidades de conjugação. Pres. ind.: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam. aguo, aguas, agua, aguamos, aguais, aguam. Pret. perf. ind.: aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram. Pres. subj.: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem. ague, agues, ague, aguemos, agueis, aguem. Imper. afirm.: água, águe, aguemos, aguai, águem. agua, ague, aguemos, aguai, aguem.

Apaziguar, averiguar, obliquar No presente do indicativo, o “u” é tônico, exceto na primeira e segunda pessoas do plural. Compare com os dois verbos anteriores.

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Presente do indicativo: apaziguo, apaziguas, apazigua, apaziguamos, apaziguais, apaziguam.

Pretérito perfeito do indicativo: apaziguei, apaziguaste, apaziguou, apaziguamos, apaziguastes, apaziguaram.

Presente do subjuntivo: apazigue, apazigues, apazigue, apaziguemos, apazigueis, apaziguem.

Aprazer, comprazer, desprazer, descomprazer Embora sejam derivados de prazer, que quase não é usado na 1ª e 2ª pessoa, estes verbos possuem conjugação completa.

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu aprazo aprazia aprouve aprouvera aprazerei aprazeria tu aprazes aprazias aprouveste aprouveras aprazerás aprazerias ele apraz aprazia aprouve aprouvera aprazerá aprazeria nós aprazemos aprazíamos aprouvemos aprouvéramos aprazeremos aprazeríamos vós aprazeis aprazíeis aprouvestes aprouvéreis aprazereis aprazeríeis eles aprazem apraziam aprouveram aprouveram aprazerão aprazeriam

Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu apraza aprouvesse aprouver - não - tu aprazas aprouvesses aprouveres apraze tu não aprazas tu

ele apraza aprouvesse aprouver apraza você não apraza você

nós aprazamos aprouvéssemos aprouvermos aprazamos nós não aprazamos nós

vós aprazais aprouvésseis aprouverdes aprazei vós não aprazais vós

eles aprazam aprouvessem aprouverem aprazam vocês não aprazam vocês

Questão 5: Assembleia Legislativa 2010 - Agente Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:

(A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice.

(C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas: (A) Ainda que retivéssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência. (derivado de “ter”) (B) Se a adolescência nos provesse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (“provesse” vem do verbo “prover”) A alternativa (C) é a correta. Note que o verbo “aprouver” é o futuro do subjuntivo do verbo “aprazer”.

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Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? (D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervier na conduta de um jovem desorientado para tentar retificar o rumo de sua vida. (derivado do verbo “vir”) (E) Sempre conveio ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido. (derivado do verbo “vir”) Gabarito: C Questão 6: TRT 13ªR - 2005 Analista Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se

pronunciava como se detera o monopólio do coração. (B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos

de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho. (C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em

que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. (D) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas

eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação.

(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. (A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detivera o monopólio do coração. (B) A mãe interveio na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pelos de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho. (C) O autor afirma que sempre se comprouve em participar de reuniões em que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. (“comprouve” é o pretérito perfeito do indicativo do verbo “comprazer”) A alternativa correta é a (D). Note que o verbo “condissessem” deriva do verbo “dizer”: Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação. (E) Caso Mitterrand contivesse o ímpeto de sua fala, não haveria de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo. Gabarito: D Questão 7: TRT 11ªR - 2005 Analista Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:

(A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice.

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(C)) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. (A) Ainda que retivéssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência. (B) Se a adolescência nos provesse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (“provesse” é derivado do verbo “prover”) (C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? (“aprouver” é o pretérito perfeito do indicativo do verbo “aprazer”) (D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervém na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida. (E) Sempre conveio ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido. Gabarito: C

Arguir, redarguir (o “u” é semivogal no infinitivo) O u é tônico em quatro formas do presente do indicativo e subjuntivo. No restante da conjugação, é átono quando seguido de i. Pres. ind.: arguo , arguis, argui, arguímos, arguís, arguem. Pret. Imp. Ind.: arguía, arguías, arguía, arguíamos, arguíeis, arguíam. Pret. perf. ind.: arguí, arguíste, arguiu, arguímos, arguístes, arguíram. Pres. subj.: argua , arguas, argua, arguamos, arguais, arguam.

Verbos terminados em “guir” Distinguir, extinguir

Esses verbos possuem o dígrafo “gu” (duas letras com apenas um som). Após “g” e “q” e antes de “e” e “i” (que, qui, gue, gui”), o “U” aparece para soar /KÊ/ e /GÊ/. A falta do “u” no infinitivo “distinguir”, por exemplo, faria com que o som fosse /JI/. Perceba, na conjugação deste verbo, que, quando recebe as vogais “a” e “o”, deve perder o “u” (distingo, distinga). Quando recebe as vogais “e” ou “i”, automaticamente se insere o “u” (sem som): distinguir, distinguisse, distingue. Veja a conjugação.

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu distingo distinguia distingui distinguira distinguirei distinguiria tu distingues distinguias distinguiste distinguiras distinguirás distinguirias ele distingue distinguia distinguiu distinguira distinguirá distinguiria nós distinguimos distinguíamos distinguimos distinguíramos distinguiremos distinguiríamos vós distinguis distinguíeis distinguistes distinguíreis distinguireis distinguiríeis eles distinguem distinguiam distinguiram distinguiram distinguirão distinguiriam

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Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu distinga distinguisse distinguir - não - tu distingas distinguisses distinguires distingue tu não distingas tu

ele distinga distinguisse distinguir distinga você não distinga você

nós distingamos distinguíssemos distinguirmos distingamos nós não distingamos nós

vós distingais distinguísseis distinguirdes distingui vós não distingais vós

eles distingam distinguissem distinguirem distingam vocês não distingam vocês

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003):

A menos que distinguamos entre o bem e o mal, não haverá como aferir a qualidade ética dos nossos atos.

Ao observarmos a conjugação deste verbo no presente do subjuntivo, percebemos que a forma correta é “distingamos”:

A menos que distingamos entre o bem e o mal, não haverá como aferir a qualidade ética dos nossos atos.

Crer, descrer Estes verbos conjugam-se como ler. O particípio é esquisito, mas é isso mesmo: crido.

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu creio cria cri crera crerei creria tu crês crias creste creras crerás crerias ele crê cria creu crera crerá creria nós cremos críamos cremos crêramos creremos creríamos vós credes críeis crestes crêreis crereis creríeis eles creem criam creram creram crerão creriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu creia cresse crer - não - tu creias cresses creres crê tu não creias tu

ele creia cresse crer creia você não creia você

nós creiamos crêssemos crermos creiamos nós não creiamos nós

vós creiais crêsseis crerdes crede vós não creiais vós

eles creiam cressem crerem creiam vocês não creiam vocês

Veja a frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Todos aqueles que crêm na força dos talismãs sentem-se em segurança ao usá-los.

O verbo “crer”, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, dobra a vogal e não possui acento. Assim, a frase corretamente reescrita é:

Todos aqueles que creem na força dos talismãs sentem-se em segurança ao usá-los.

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Questão 8: TJ PI 2010 Analista Todos os verbos estão corretamente flexionados na frase:

(A) Aqueles que preveram dificuldades trazidas pela globalização devem reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios.

(B) Alguns especialistas crêm na redução dos bolsões de pobreza no país, pois boa parte da população brasileira obteu mais renda.

(C) Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam ter havido redução das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração.

(D) O governo de muitos países interviu na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comércio pela crise mundial.

(E) Para que se mantessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente às famílias de classe média.

Comentário: Abaixo, as frases já estão corrigidas e os verbos alterados estão sublinhados e em negrito. Veja como foram explorados os verbos derivados de “ver”, “ter” e “vir”. A FCC adora isso!!!! (A) Aqueles que previram dificuldades trazidas pela globalização devem reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios. (B) Alguns especialistas creem na redução dos bolsões de pobreza no país, pois boa parte da população brasileira obteve mais renda. A alternativa (C) é a correta. Note que “constitui” deve terminar em “i”. Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam ter havido redução das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração. (D) O governo de muitos países interveio na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comércio pela crise mundial. (E) Para que se mantivessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente às famílias de classe média. Gabarito: C

Haver Note a irregularidade no presente do subjuntivo “haja”, forma que não é originada do presente do indicativo.

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu hei havia houve houvera haverei haveria tu hás havias houveste houveras haverás haverias ele há havia houve houvera haverá haveria nós havemos havíamos houvemos houvéramos haveremos haveríamos vós haveis havíeis houvestes houvéreis havereis haveríeis eles hão haviam houveram houveram haverão haveriam

Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu haja houvesse houver - não - tu hajas houvesses houveres há tu não hajas tu

ele haja houvesse houver haja você não haja você

nós hajamos houvéssemos houvermos hajamos nós não hajamos nós

vós hajais houvésseis houverdes havei vós não hajais vós

eles hajam houvessem houverem hajam vocês não hajam vocês

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Pesar No sentido de “causar mágoa, desgosto”, pesar é defectivo e só se conjuga nas terceiras pessoas. Quando possui sujeito oracional, permanece na 3ª pessoa do singular. Quando o sujeito é substantivo ou palavra equivalente, concorda com ele no singular ou plural: Pesa-me saber essas notícias. (sujeito oracional = saber essas notícias) Pesam-me notícias de morte. (sujeito = notícias de morte)

Querer (Compare com a conjugação do verbo “requerer”, adiante, no pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados)

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu quero queria quis quisera quererei quereria tu queres querias quiseste quiseras quererás quererias ele quer queria quis quisera quererá quereria nós queremos queríamos quisemos quiséramos quereremos quereríamos vós quereis queríeis quisestes quiséreis querereis quereríeis eles querem queriam quiseram quiseram quererão quereriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu queira quisesse quiser - não - tu queiras quisesses quiseres quere tu não queiras tu

ele queira quisesse quiser queira você não queira você

nós queiramos quiséssemos quisermos queiramos nós não queiramos nós

vós queirais quisésseis quiserdes querei vós não queirais vós

eles queiram quisessem quiserem queiram vocês não queiram vocês

Neste verbo há uma quebra da derivação do tempo presente do subjuntivo em relação à primeira pessoa do presente do indicativo. Perceba que “queira”, no presente do subjuntivo, não foi gerado de “quero”, presente do indicativo; pois este verbo não possui o “i”.

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011 ):

Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase:

Quem quizesse afagar o ego do velho casmurro, lhe bastava oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência para ouvir-lhe em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra.

Esta frase não está correta, pois o verbo “querer”, no pretérito imperfeito do subjuntivo, é “quisesse”. Esse verbo não recebe a letra “z” no radical, mas “s”. Há outros vícios de linguagem na frase, mas cabe aqui comentar apenas o verbo. Os outros problemas gramaticais serão comentados ao longo do nosso curso. A frase reescrita de acordo com o padrão culto será:

A quem quisesse afagar o ego do velho casmurro, bastava-lhe oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência para ouvi-lo em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra.

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Veja outra frase cobrada pela Fund. Carlos Chagas (TRT 4ªR 2011):

O período redigido de forma clara e correta é:

“Quizeram mediar as pessoas da comunidade atingida junto aos órgãos públicos que lhe pudessem conceder ajuda imediata para o quê foram incapazes.”

Veja como é explorado o verbo “querer” com “z” no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus derivados. De acordo com o que vimos na conjugação, deve ser grafado com “s” (Quiseram). Além desse erro, há outros, apontados na reescrita da frase. Veja a reescrita:

“Quiseram mediar as pessoas da comunidade atingida junto aos órgãos públicos que lhes pudessem conceder ajuda imediata para aquilo de que foram incapazes.”

Requerer (compare com o verbo “querer”, já conjugado)

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu requeiro requeria requeri requerera requererei requereria tu requeres requerias requereste requereras requererás requererias ele requer requeria requereu requerera requererá requereria nós requeremos requeríamos requeremos requerêramos requereremos requereríamos vós requereis requeríeis requerestes requerêreis requerereis requereríeis eles requerem requeriam requereram requereram requererão requereriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu requeira requeresse requerer - não - tu requeiras requeresses requereres requere tu não requeiras tu

ele requeira requeresse requerer requeira você não requeira você

nós requeiramos requerêssemos requerermos requeiramos nós não requeiramos nós

vós requeirais requerêsseis requererdes requerei vós não requeirais vós

eles requeiram requeressem requererem requeiram vocês não requeiram vocês

Note que o verbo “requerer” tem conjugação parecida com o verbo “querer”; porém, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus derivados (sombreados na conjugação), ele é conjugado regularmente. Isso é muito importante.

Questão 9: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:

(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais.

(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades do país.

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(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer.

(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do puro e simples desconhecimento.

(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.

Comentário: A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “detenha” está corretamente flexionado no presente do indicativo (derivado de “ter”). Além disso, a locução verbal “vem sendo estudado” está correta e se encontra na voz passiva.

A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dispor” é gerado do verbo “pôr”. Assim, se o futuro do subjuntivo deste verbo é “puserem”, basta inserir o prefixo “dis-“: dispuserem. Note que o verbo “fruir” tem o sentido de aproveitar, gozar, desfrutar; por isso está corretamente empregado. Veja:

“Enquanto não se dispuserem a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais.”

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “requerer” não se flexiona da mesma forma que “querer”. No tempo pretérito imperfeito do subjuntivo, sua flexão é regular: requeressem. Veja:

“Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requeressem o respeito que faziam por merecer.”

A alternativa (D) está errada, pois o contexto nos faz entender que há o verbo “provir” (ser originado de alguma coisa). Este verbo está flexionado na terceira pessoa do plural, pois faz referência ao sujeito composto “a desvalorização e a pouca visibilidade” Além disso, ele está flexionado no presente do indicativo e é derivado do verbo “vir”. Assim, eles vêm, eles provêm. O sujeito composto “a desvalorização e a pouca visibilidade” força a locução verbal ao plural: “podem ser resultado”. Veja:

“Se não provêm do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só podem ser resultado do puro e simples desconhecimento.”

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “entrever” é derivado do verbo “ver”. Assim, se a terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo “ver” é “viu”, a do verbo “entrever” é “entreviu”. Veja:

“Rodolfo Coelho Cavalcante entreviu que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.” Gabarito: B

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Questão 10: TJ RJ 2012 Técnico de Atividade Judiciária Está adequada a flexão de todos os verbos da frase: (A) É possível que ele requera imediatamente sua aposentadoria; otimista,

espera que o pedido não lhe seja denegado. (B) O autor estaria disposto a trabalhar no que lhe conviesse, depois de

aposentado, para assim imunizar-se contra os males do ócio. (C) Se o autor manter com disciplina o cômputo diário do que resta para

aposentar-se, fará contas pelos próximos seis meses e 28 dias. (D) Se nos propormos a trabalhar depois de aposentados, evitaremos os males

que costumam acometer os ociosos. (E) Os que haverem de se aposentar proximamente serão submissos a uma

averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes. Comentário: A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “conviesse” está corretamente flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo (derivado de “vir”: viesse→conviesse). A alternativa (A) está errada, pois o verbo “requerer”, quando flexionado no presente do subjuntivo, é “requeira”. Veja:

“É possível que ele requeira imediatamente sua aposentadoria; otimista, espera que o pedido não lhe seja denegado.”

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “manter” é derivado do verbo “ter”. Assim, se a terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo do verbo “ter” é “tiver”, a do verbo “manter” é “mantiver”. Veja:

“Se o autor mantiver com disciplina o cômputo diário do que resta para aposentar-se, fará contas pelos próximos seis meses e 28 dias.”

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “propor” é derivado do verbo “pôr”. Assim, se a primeira pessoa do singular do futuro do subjuntivo do verbo “pôr” é “pusermos”, a do verbo “propor” é “propusermos”. Veja:

“Se nos propusermos a trabalhar depois de aposentados, evitaremos os males que costumam acometer os ociosos.”

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “haver”, quando flexionado na terceira pessoa do plural do futuro do subjuntivo, é “houverem”. Veja:

“Os que houverem de se aposentar proximamente serão submissos a uma averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes.” Gabarito: B Questão 11: TST 2012 Analista Judiciário – Área Administrativa A flexão de todas as formas verbais está plenamente adequada na frase:

(A) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem.

(B) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre.

(C) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes.

(D) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa?

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(E) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião.

Comentário: Na alternativa (A), ocorre a locução verbal “vir a desrespeitar”. Tal locução verbal deve ser flexionada no futuro do subjuntivo: “vierem a desrespeitar”. Veja: Os que vierem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem. Na alternativa (B), o verbo “constituir”, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, deve receber a vogal “i”: “constitui”.

Deixar de professar uma fé não constitui delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre.

A alternativa (C) é a correta. Apesar de pouco usarmos a flexão do verbo “querer” no futuro do presente do indicativo, a sua conjugação é realmente “quererá”. O verbo “imbuir”, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, recebe a vogal “i”.

Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes. Na alternativa (D), o verbo “dispor” é derivado do verbo “pôr” e sua flexão no futuro do subjuntivo é “dispusermos”. Se não nos dispusermos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa? Na alternativa (E), o verbo “requerer” no tempo futuro do subjuntivo é regular e não se flexiona de acordo com o verbo “querer”. Compare:

Quem quiser... Quem requerer... Quem requerer respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião. Gabarito: C Questão 12: TRF 2ªR 2012 Analista Judiciário – Área Administrativa O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão corretos em:

(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo.

(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge do esquecimento, em 1974.

(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram longos anos de esquecimento.

(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem.

(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico.

Comentário: Na alternativa (A), o verbo “requerer”, na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo é regular: “requereram”. Veja: A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requereram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo.

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Na alternativa (B), o verbo “imergir” significa submergir, afundar. Além disso, tal verbo exige a preposição “em” e não cabe no contexto. A grafia correta neste contexto é “emerge”, pois significa “sair de”, “elevar-se”. Além disso, perceba que há a preposição “de”, a qual é corretamente exigida por este verbo (imergir em, emergir de).

Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela emerge do esquecimento, em 1974.

Na alternativa (C), o verbo “retificar” significa “corrigir”, o que não cabe neste contexto. Veja que o tema exige o verbo “ratificava”, o qual significa “confirmava”. O verbo “sobreviram” não existe. O verbo “vir” recebeu o prefixo “sobre-”. Como tal verbo se encontra no pretérito perfeito do indicativo, a flexão correta é “sobrevieram”.

A cada novo ciclo econômico ratificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobrevieram longos anos de esquecimento.

A alternativa (D) é a correta. Note que o verbo “envidar” está corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo (envidará). O verbo “refrear”, no gerúndio, apenas recebe o sufixo “-ndo” (refreando). O verbo “sucumba” é o presente do subjuntivo do verbo “sucumbir”.

A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem.

Na alternativa (E), o verbo “imbuir” está corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo: “imbuiu”. O verbo “obtesse” não existe. O verbo “obter” se flexiona como o verbo “ter”. Como tal verbo se encontra no pretérito imperfeito do subjuntivo, a flexão correta é “obtivesse”.

Note que o substantivo “polo”, após a nova reforma ortográfica, perdeu o acento.

Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtivesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico. Gabarito: D Verbos terminados em -ear

Os verbos em -ear (cear, frear, nomear, passear, recear, etc.) trocam o e pelo ditongo ei nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª pessoas do singular e 3ª pessoa do plural dos presentes do indicativo e subjuntivo).

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu nomeio nomeava nomeei nomeara nomearei nomearia tu nomeias nomeavas nomeaste nomearas nomearás nomearias ele nomeia nomeava nomeou nomeara nomeará nomearia nós nomeamos nomeávamos nomeamos nomeáramos nomearemos nomearíamos vós nomeais nomeáveis nomeastes nomeáreis nomeareis nomearíeis eles nomeiam nomeavam nomearam nomearam nomearão nomeariam

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Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu nomeie nomeasse nomear - não - tu nomeies nomeasses nomeares nomeia tu não nomeies tu

ele nomeie nomeasse nomear nomeie você não nomeie você

nós nomeemos nomeássemos nomearmos nomeemos nós não nomeemos nós

vós nomeeis nomeásseis nomeardes nomeai vós não nomeeis vós

eles nomeiem nomeassem nomearem nomeiem vocês não nomeiem vocês

Questão 13: Polícia Civil MA - 2006 - Agente O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

(A) As tropas americanas não conteram os ataques da população enfurecida à Biblioteca Nacional.

(B) Saqueadores de museus contrabandeiam obras de raro valor arqueológico no mercado internacional.

(C) Nazistas se proporam a destruir, em enormes fogueiras, livros considerados perigosos na Alemanha.

(D) O problema que sobreviu à invasão americana no Iraque foi a destruição de peças arqueológicas raríssimas.

(E) Os invasores do Iraque não antevieram as funestas consequências dos saques, como o contrabando de obras valiosas.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas: (A) As tropas americanas não contiveram os ataques da população enfurecida à Biblioteca Nacional. (derivado do verbo “ter”) (B) Saqueadores de museus contrabandeiam obras de raro valor arqueológico no mercado internacional. (veja a conjugação de verbos terminados em “ear”) (C) Nazistas se propuseram a destruir, em enormes fogueiras, livros considerados perigosos na Alemanha. (derivado do verbo “pôr”) (D) O problema que sobreveio à invasão americana no Iraque foi a destruição de peças arqueológicas raríssimas. (derivado do verbo “vir”) (E) Os invasores do Iraque não anteviram as funestas consequências dos saques, como o contrabando de obras valiosas. (derivado do verbo “ver”) Gabarito: B Verbos terminados em –iar Os verbos em -iar, como premiar e maquiar, com exceção dos verbos “MARIO” (ver adiante), são conjugados regularmente.

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu maquio maquiava maquiei maquiara maquiarei maquiaria tu maquias maquiavas maquiaste maquiaras maquiarás maquiarias ele maquia maquiava maquiou maquiara maquiará maquiaria nós maquiamos maquiávamos maquiamos maquiáramos maquiaremos maquiaríamos vós maquiais maquiáveis maquiastes maquiáreis maquiareis maquiaríeis eles maquiam maquiavam maquiaram maquiaram maquiarão maquiariam

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Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu maquie maquiasse maquiar - não - tu maquies maquiasses maquiares maquia tu não maquies tu

ele maquie maquiasse maquiar maquie você não maquie você

nós maquiemos maquiássemos maquiarmos maquiemos nós não maquiemos nós

vós maquieis maquiásseis maquiardes maquiai vós não maquieis vós

eles maquiem maquiassem maquiarem maquiem vocês não maquiem vocês

Os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar, cujas iniciais formam a palavra MÁRIO, conjugam-se, nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª pessoas do singular e 3ª pessoa do plural dos presentes do indicativo e subjuntivo), como se terminassem em -ear. Será conjugado abaixo o verbo “mediar”, o qual é o de maior ocorrência nas provas da FCC dentre os verbos desta regra:

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu medeio mediava mediei mediara mediarei mediaria tu medeias mediavas mediaste mediaras mediarás mediarias ele medeia mediava mediou mediara mediará mediaria nós mediamos mediávamos mediamos mediáramos mediaremos mediaríamos vós mediais mediáveis mediastes mediáreis mediareis mediaríeis eles medeiam mediavam mediaram mediaram mediarão mediariam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu medeie mediasse mediar - não - tu medeies mediasses mediares medeia tu não medeies tu

ele medeie mediasse mediar medeie você não medeie você

nós mediemos mediássemos mediarmos mediemos nós não mediemos nós

vós medieis mediásseis mediardes mediai vós não medieis vós

eles medeiem mediassem mediarem medeiem vocês não medeiem vocês

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (MPU 2007): A frase em que a forma destacada está apropriada às normas gramaticais é: Espero que ele medie a reunião com a isenção de espírito de que todos necessitamos. Veja como é explorado o verbo “mediar” no tempo presente do subjuntivo. De acordo com o que vimos na conjugação, deve ser flexionado “medeie”. Veja a reescrita: Espero que ele medeie a reunião com a isenção de espírito de que todos necessitamos.

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Verbos terminados em -uar

Verbos como atuar, atenuar, efetuar, extenuar, etc. possuem a vogal temática “a”, a qual se transforma em desinência “e”, e não i, no presente do subjuntivo.

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu atuo atuava atuei atuara atuarei atuaria tu atuas atuavas atuaste atuaras atuarás atuarias ele atua atuava atuou atuara atuará atuaria nós atuamos atuávamos atuamos atuáramos atuaremos atuaríamos vós atuais atuáveis atuastes atuáreis atuareis atuaríeis eles atuam atuavam atuaram atuaram atuarão atuariam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu atue atuasse atuar - não - tu atues atuasses atuares atua tu não atues tu

ele atue atuasse atuar atue você não atue você

nós atuemos atuássemos atuarmos atuemos nós não atuemos nós

vós atueis atuásseis atuardes atuai vós não atueis vós

eles atuem atuassem atuarem atuem vocês não atuem vocês

Verbos terminados em –uir

Os verbos afluir, anuir, atribuir, concluir, constituir, contribuir, destituir, diluir, diminuir, distribuir, estatuir, imbuir, imiscuir, influir, instituir, instruir, possuir, restituir, ruir, etc. são grafados com is e i (e não es, e) na 2ª e 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Deve-se acentuar o i quando for tônico e formar sílaba sozinho ou acompanhado de s. Note que o verbo “imiscuir” tem caído muito nas provas da FCC. Sua conjugação é igual ao do verbo “possuir”, conjugado abaixo.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu possuo possuía possuí possuíra possuirei possuiria tu possuis possuías possuíste possuíras possuirás possuirias ele possui possuía possuiu possuíra possuirá possuiria nós possuímos possuíamos possuímos possuíramos possuiremos possuiríamos vós possuís possuíeis possuístes possuíreis possuireis possuiríeis eles possuem possuíam possuíram possuíram possuirão possuiriam

Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu possua possuísse possuir - não - tu possuas possuísses possuíres possui tu não possuas tu

ele possua possuísse possuir possua você não possua você

nós possuamos possuíssemos possuirmos possuamos nós não possuamos nós

vós possuais possuísseis possuirdes possuí vós não possuais vós

eles possuam possuíssem possuírem possuam vocês não possuam vocês

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Questão 14: TRT 2ªR 2008 Analista Todas as formas verbais estão corretamente empregadas e flexionadas na frase:

(A) Não há nada que impela mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica.

(B) O juiz disse ao amigo que lhe convira frequentar as duas linguagens, a poética e a jurídica.

(C) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo.

(D) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destitue de objetividade o ofício de julgar.

(E) Nem bem se detera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas: (A) Não há nada que impila mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. (Este verbo é conjugado conforme o verbo “aderir”. Confira na conjugação feita anteriormente) (B) O juiz disse ao amigo que lhe conviera frequentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. A alternativa (C) é a correta. Perceba que o primeiro verbo é regular e é o pretérito imperfeito do indicativo do verbo “vislumbrar”. O segundo é derivado do verbo “vir”. Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. (D) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destitui de objetividade o ofício de julgar. (a conjugação deste verbo é igual a “possuir”. Confira!) (E) Nem bem se detivera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada. Gabarito: C Os verbos construir, desconstruir, destruir e reconstruir, na segunda e terceira pessoa do singular e na terceira do plural do presente do indicativo, possuem “o” aberto. Veja: Pres. ind.: construo, constróis, constrói, construímos, construís, constroem. Imper. afirm.: constrói tu.

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (MPU 2007):

A frase em que a forma destacada está apropriada às normas gramaticais é:

Quem disse que ele constroe toda essa argumentação sem apoio de advogados?

Vimos que a conjugação do verbo “construir”, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, é “constrói”. Veja a reescrita:

Quem disse que ele constrói toda essa argumentação sem apoio de advogados?

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Verbos terminados em -zer e –zir

a) fazer, liquefazer, perfazer, desfazer, refazer, satisfazer Note que esses verbos perdem a vogal e final na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e (não obrigatoriamente) na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo, quando o z não é precedido de consoante. Uma seta indicará isso na conjugação abaixo:

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu faço fazia fiz fizera farei faria tu fazes fazias fizeste fizeras farás farias ele faz fazia fez fizera fará faria nós fazemos fazíamos fizemos fizéramos faremos faríamos vós fazeis fazíeis fizestes fizéreis fareis faríeis eles fazem faziam fizeram fizeram farão fariam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu faça fizesse fizer - não - tu faças fizesses fizeres faze tu não faças tu

ele faça fizesse fizer faça você não faça você

nós façamos fizéssemos fizermos façamos nós não façamos nós

vós façais fizésseis fizerdes fazei vós não façais vós

eles façam fizessem fizerem façam vocês não façam vocês

Veja a frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006):

Era importante para o homem primitivo que os feitiços desfazessem possíveis perigos.

O verbo “desfazer” é derivado do verbo “fazer”. Este, na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo, flexiona-se “fizessem”. Por isso o correto seria: desfizessem:

Era importante para o homem primitivo que os feitiços desfizessem possíveis perigos.

Questão 15: TRT 9ª R – 2013 – Analista Judiciário A frase em que todos os verbos estão corretamente flexionados é:

(A) Quem se dispor a ler a obra seminal de Hobsbawm sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto e o esforço despendido.

(B) As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789 requerem muito cuidado para que não se perca de vista a complexidade que as afirmações categóricas tendem a desconsiderar.

(C) Os revolucionários de 1789 talvez não prevessem, ou sequer imaginassem, o impacto que o movimento iniciado na França teria na história de praticamente toda a humanidade.

(ou faz)

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(D) Se as pessoas não se desfazerem da imagem que cultivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar que o talento pessoal é o principal ou mesmo o único requisito para a obtenção do sucesso.

(E) Quando se pensa na história universal, nada parece tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no ocidente, do que as imagens que adviram da Revolução Francesa de 1789.

Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o contexto obriga o emprego do futuro do subjuntivo “dispuser”, e não o infinitivo “dispor”.

Quem se dispuser a ler a obra seminal de Hobsbawm sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto e o esforço despendido.

A alternativa (B) é a correta, pois os verbos “requerem” e “tendem” encontram-se no presente do indicativo dos verbos “requerer” e “tender”, e o verbo “perca” encontra-se no presente do subjuntivo do verbo “perder”.

As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789 requerem muito cuidado para que não se perca de vista a complexidade que as afirmações categóricas tendem a desconsiderar.

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “prever” deve ser flexionado conforme o verbo “ver”. Assim, sua flexão no pretérito imperfeito do subjuntivo é “previssem”.

Os revolucionários de 1789 talvez não previssem, ou sequer imaginassem, o impacto que o movimento iniciado na França teria na história de praticamente toda a humanidade.

A alternativa (D) está errada, pois o verbo “desfazer” deve ser conjugado de acordo com o verbo “fazer”. Como o futuro do subjuntivo do verbo “fazer” é “fizerem”, o mesmo tempo do verbo “desfazer” é “desfizerem”.

Se as pessoas não se desfizerem da imagem que cultivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar que o talento pessoal é o principal ou mesmo o único requisito para a obtenção do sucesso.

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “advir” deve ser flexionado da mesma forma que o verbo “vir”. Como o pretérito perfeito do verbo “vir” é “vieram”, o mesmo tempo do verbo “advir” é “advieram”.

Quando se pensa na história universal, nada parece tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no ocidente, do que as imagens que advieram da Revolução Francesa de 1789. Gabarito: B

Questão 16: BB 2012 Engenheiro de Segurança Façamo-nos videntes: olhemos devagar para a cor das paredes.

A frase acima permanecerá correta caso se substituam as formas sublinhadas por:

(A) Faça-se vidente - olha (B) Faz-te vidente - olha

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(C) Fazei-vos videntes - olheis (D) Façam-se videntes - olhai (E) Faça-te vidente - olhes Comentário: O verbo “fazer” está flexionado na primeira pessoa do plural do imperativo afirmativo. O mesmo ocorre com o verbo “olhar”. Quando o verbo estiver flexionado na primeira pessoa do plural e em seguida houver o pronome oblíquo átono “nos”, o “s” é excluído. Nesta questão, você terá que observar se os dois verbos permanecem na mesma pessoa do discurso. Vejamos a conjugação deles no imperativo afirmativo:

presente do indicativo imperativo afirmativo presente do subjuntivo

eu faço, olho, - talvez eu faça, olhe tu fazes, olhas, faze(faz), olha tu talvez tu faças, olhes ele faz, olha, faça, olhe você talvez ele faça, olhe nós fazemos, olhamos façamos, olhemos talvez nós façamos, olhemos vós fazeis, olhais fazei, olhai talvez vós façais, olheis eles fazem, olham façam, olhem talvez eles façam, olhem

A alternativa (A) está errada, porque o verbo “Faça” está flexionado na terceira pessoa do singular (você); já o verbo “olha” está flexionado na segunda pessoa do singular (tu).

A alternativa (B) é a correta, porque o verbo “Faz” está flexionado na segunda pessoa do singular (tu). Note que pode haver a variação “faze”, “faz”. O verbo “olha” também está flexionado na segunda pessoa do singular (tu).

A alternativa (C) está errada, porque o verbo “Fazei” está flexionado na segunda pessoa do plural (vós); já o verbo “olheis” está flexionado equivocadamente. Deve-se retirar o “s” e manter a vogal temática “a” para manter o imperativo afirmativo na segunda pessoa do singular (tu). A flexão correta é “Olhai”.

A alternativa (D) está errada, porque o verbo “Façam” está flexionado na terceira pessoa do plural (vocês); já o verbo “olhai” está flexionado na segunda pessoa do plural (vós).

A alternativa (E) está errada, porque o verbo “Faça” está flexionado na terceira pessoa do singular (você), não cabendo o pronome “te”, mas “se”. Já o verbo “olhes” está flexionado equivocadamente. A flexão correta para manter o imperativo afirmativo na terceira pessoa do singular (você) é “Olhe”. Gabarito: B

b) dizer, bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer

Os futuros do indicativo desse verbo e seus derivados são irregulares, já

que perdem a sílaba “ze” (confira na conjugação). O particípio desse verbo e de seus derivados é irregular: dito, bendito,

contradito...

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Note que esses verbos perdem a vogal e final na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e (não obrigatoriamente) na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo, quando o z não é precedido de consoante. Uma seta indicará isso na conjugação abaixo:

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu digo dizia disse dissera direi diria tu dizes dizias disseste disseras dirás dirias ele diz dizia disse dissera dirá diria nós dizemos dizíamos dissemos disséramos diremos diríamos vós dizeis dizíeis dissestes disséreis direis diríeis eles dizem diziam disseram disseram dirão diriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu diga dissesse disser - não - tu digas dissesses disseres dize tu não digas tu

ele diga dissesse disser diga você não diga você

nós digamos disséssemos dissermos digamos nós não digamos nós

vós digais dissésseis disserdes dizei vós não digais vós

eles digam dissessem disserem digam vocês não digam vocês

c) trazer Os futuros do indicativo desse verbo e seus derivados são irregulares, já

que perdem a sílaba “ze” (confira na conjugação).

Indicativo

presente pretérito imperfeito

pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu trago trazia trouxe trouxera trarei traria tu trazes trazias trouxeste trouxeras trarás trarias ele traz trazia trouxe trouxera trará traria nós trazemos trazíamos trouxemos trouxéramos traremos traríamos vós trazeis trazíeis trouxestes trouxéreis trareis traríeis eles trazem traziam trouxeram trouxeram trarão trariam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu traga trouxesse trouxer - não - tu tragas trouxesses trouxeres traze tu não tragas tu

ele traga trouxesse trouxer traga você não traga você

nós tragamos trouxéssemos trouxermos tragamos nós não tragamos nós

vós tragais trouxésseis trouxerdes trazei vós não tragais vós

eles tragam trouxessem trouxerem tragam vocês não tragam vocês

(ou diz)

(ou traz)

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d) aduzir, conduzir, deduzir, introduzir, traduzir

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu traduzo traduzia traduzi traduzira traduzirei traduziria tu traduzes traduzias traduziste traduziras traduzirás traduzirias ele traduz traduzia traduziu traduzira traduzirá traduziria nós traduzimos traduzíamos traduzimos traduzíramos traduziremos traduziríamos vós traduzis traduzíeis traduzistes traduzíreis traduzireis traduziríeis eles traduzem traduziam traduziram traduziram traduzirão traduziriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu traduza traduzisse traduzir - não - tu traduzas traduzisses traduzires traduze tu não traduzas tu

ele traduza traduzisse traduzir traduza você não traduza você

nós traduzamos traduzíssemos traduzirmos traduzamos nós não traduzamos nós

vós traduzais traduzísseis traduzirdes traduzi vós não traduzais vós

eles traduzam traduzissem traduzirem traduzam vocês não traduzam vocês

Verbos Defectivos

Chamam-se defectivos os verbos que não possuem conjugação completa, ou seja, deixam de ser flexionados em algumas formas.

Em geral, o fator determinante da classificação de um verbo como defectivo é de natureza morfológica ou eufônica. Se fosse completo, o verbo falir, por exemplo, apresentaria, no presente do indicativo, eu falo, tu fales, ele fale. Falo é forma do presente do indicativo de falar; fales e fale são do presente do subjuntivo do mesmo verbo. Isso implicaria um problema morfológico, ou seja, formas iguais para verbos diferentes (porém a norma gramatical deixou escapar alguns verbos de formas iguais, não os colocando como defectivos para evitar problemas ainda maiores).

Dividimos os defectivos em dois grupos para facilitar a aprendizagem.

Primeiro grupo

Verbos que, no presente do indicativo, deixam de ser conjugados apenas na primeira pessoa do singular, consequentemente não apresentam presente do subjuntivo e imperativo negativo. O imperativo afirmativo limita-se às pessoas diretamente provenientes do indicativo (tu e vós). É o caso, entre outros, dos verbos:

abolir aturdir banir bramir carpir colorir delinquir demolir esculpir espargir exaurir explodir extorquir feder fremer (ou fremir) fulgir haurir impingir retorquir ruir

(ou traduz)

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ABOLIR

presente do indicativo imperativo afirmativo eu - - tu aboles abole tu ele abole - nós abolimos - vós abolis aboli vós eles abolem -

Na necessidade de se utilizarem esses verbos na primeira pessoa do singular, ou no presente do subjuntivo, é recomendado substituir por um sinônimo não defectivo. Por exemplo: “É preciso que se revogue” “É preciso que se anule”, pois não se pode usar que “se abula” (do verbo “abolir”).

Da mesma forma, utilize “Para que se esgotem”, evitando a construção “exauram” (do verbo “exaurir”).

Segundo grupo

Verbos que, no presente do indicativo, são conjugados apenas na primeira e na segunda pessoas do plural (nós, vós). Os verbos desse grupo não possuem presente do subjuntivo e imperativo negativo. O imperativo afirmativo limita-se à forma diretamente retirada do presente do indicativo.

É o caso dos verbos:

adequar aguerrir combalir comedir-se falir fornir foragir-se precaver reaver remir ressarcir ressequir

adequar, falir, precaver, reaver,

presente do indicativo imperativo afirmativo eu - - tu - - ele - - nós adequamos, falimos, precavemos, reavemos - vós adequais, falis, precaveis, reaveis adequai, fali, precavei, reavei eles - -

Veja a flexão de dois verbos que normalmente caem na prova:

precaver

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do pretérito

eu - precavia precavi precavera precaverei precaveria tu - precavias precaveste precaveras precaverás precaverias ele - precavia precaveu precavera precaverá precaveria nós precavemos precavíamos precavemos precavêramos precaveremos precaveríamos vós precaveis precavíeis precavestes precavêreis precavereis precaveríeis eles - precaviam precaveram precaveram precaverão precaveriam

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Subjuntivo Imperativo presente pretérito imperfeito futuro afirmativo negativo eu - precavesse precaver - não - tu - precavesses precaveres - tu não - tu

ele - precavesse precaver - você não - você

nós - precavêssemos precavermos - nós não - nós

vós - precavêsseis precaverdes precavei vós não - vós

eles - precavessem precaverem - vocês não - vocês

reaver

Indicativo presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito

pretérito mais-que-perfeito

futuro futuro do pretérito

eu - reavia reouve reouvera reaverei reaveria tu - reavias reouveste reouveras reaverás reaverias ele - reavia reouve reouvera reaverá reaveria nós reavemos reavíamos reouvemos reouvéramos reaveremos reaveríamos vós reaveis reavíeis reouvestes reouvéreis reavereis reaveríeis eles - reaviam reouveram reouveram reaverão reaveriam Subjuntivo Imperativo presente pretérito imperfeito futuro afirmativo negativo eu - reouvesse reouver - não - tu - reouvesses reouveres - tu não - tu

ele - reouvesse reouver - você não - você

nós - reouvéssemos reouvermos - nós não - nós

vós - reouvésseis reouverdes reavei vós não - vós

eles - reouvessem reouverem - vocês não - vocês

a) Como dissemos anteriormente, na necessidade de se utilizarem esses verbos no presente do subjuntivo, por exemplo, é recomendado substituí-los por um sinônimo não defectivo. Assim:

É necessário que se adapte. ( Não use adeque)

Para que eles se precatem, se acautelem, se previnam. (Não use precavejam ou precavenham.)

Ele espera que eu recupere, resgate o dinheiro. (Não use reaveja)

b) precaver não deriva de ver, nem de vir. Não existem as formas “precavejo, precavo, precavenho”. No pretérito perfeito do indicativo e tempos derivados, comporta-se como verbo regular: precavi, precaveste, precaveu...

Então, use: Ele se precaveu. (Não use precaviu ou precaveio)

c) Na prática, pode-se dizer que reaver é conjugado como haver, mas só existe nas formas em que o verbo haver apresenta “v”. Observe com atenção o pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

Por isso, cuidado: Eles reouveram a joia desaparecida. (Não use reaveram).

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Questão 17: DNOCS 2010 Superior É preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase:

(A) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ninguém imagina viver sem se valer dele a todo momento.

(B) Se uma mensagem eletrônica contiver algum vírus, o usuário incauto será prejudicado, ao abri-la.

(C) Caso não nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, será preciso que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet.

(D) Se uma mensagem provier de um desconhecido, será preciso submetê-la a um antivírus específico.

(E) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivírus, para evitar que algum e-mail o contaminasse.

Comentário: Perceba que foi pedida a alternativa errada. Na alternativa (A), o verbo “interveio” é derivado de “vir”, cuja conjugação no pretérito perfeito é “veio”. Assim, está correta a flexão. Na alternativa (B), o verbo “contiver” é derivado de “ter”, cuja conjugação no futuro do subjuntivo é “tiver”. Assim, também está correta a flexão. Na alternativa (C), os verbos “disponhamos” e “munamos” estão corretamente flexionados, pois são o presente do subjuntivo dos verbos “dispor” e “munir”, respectivamente. Na alternativa (D), o verbo “provier” é derivado de “vir”, cuja conjugação no futuro do subjuntivo é “vier”. Assim, também está correta a flexão. A alternativa (E) está errada, pois não existe a forma “precaveio”. O verbo “precaver” é defectivo e não é conjugado nas três primeiras pessoas do singular e na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, mas no pretérito perfeito do indicativo passa a ter conjugação regular. Assim, a conjugação ideal seria: precaveu. Gabarito: E Questão 18: TCE PB - 2006 Assistente Jurídico Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

(A) Conviu ao comitê do Nobel que se premiasse o escritor turco. (B) Muito do que advir de uma premiação do Nobel obterá imediato sentido

político. (C) É preciso que se abula a pena de morte, que se pune de outra forma. (D) Os turcos reaverão sua auto-estima quando convierem em apurar todos

os fatos. (E) Enquanto um povo não reaver sua dignidade, prosseguirá refém de seu

passado. Comentário: Na alternativa (A), o verbo “conviu” não existe. Na realidade, o verbo “convir” é derivado do verbo “vir”. Flexionando-se este verbo na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, temos: “veio”. Assim, basta inserir o prefixo “con-": conveio. O verbo “premiasse” está corretamente flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Na alternativa (B), o verbo “advir” é derivado do verbo “vir”. Quando se

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flexiona no futuro do subjuntivo, sua flexão é “vier”. Assim, basta inserir o prefixo “ad”: advier. O verbo “obterá” está corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo. Na alternativa (C), o verbo “abolir” é defectivo, não se flexionando na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Por isso, não pode ser flexionado no presente do subjuntivo. Para manter a coerência e a gramaticalidade, pode-se substituir por um sinônimo, como “extinga”. O verbo “punir”, neste contexto, deve ser flexionado no presente do subjuntivo: puna. Veja:

É preciso que se extinga a pena de morte, que se puna de outra forma.

A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “reaverão” está corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo. O verbo “convierem” é derivado do verbo “vir”, o qual é flexionado no futuro do subjuntivo da seguinte forma: “vierem”. Basta agora inserir o prefixo “con": convierem. O verbo “apurar” encontra-se no infinitivo e está corretamente flexionado. Na alternativa (E), o verbo “reaver”, no futuro do subjuntivo, é flexionado como o verbo “haver”: houver. Basta retirar o “h” e inserir o prefixo “re”: reouver. Gabarito: D

Verbos abundantes

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma para determinada flexão. Esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares, terminadas em –ado ou –ido, surgem as formas irregulares, também chamadas curtas ou breves.

Infinitivo impessoal

Particípio regular

Particípio irregular

aceitar entregar enxugar expressar expulsar findar isentar limpar matar salvar segurar soltar

aceitado entregado enxugado expressado expulsado findado isentado limpado matado salvado segurado soltado

aceito entregue enxuto expresso expulso findo isento limpo morto salvo seguro solto

acender benzer eleger morrer prender suspender

acendido benzido elegido morrido prendido suspendido

aceso bento eleito morto preso suspenso

emergir emergido emerso

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expelir exprimir extinguir imergir imprimir inserir omitir submergir

expelido exprimido extinguido imergido imprimido inserido omitido submergido

expulso expresso extinto imerso impresso inserto omisso submerso

(ter / haver) (ser/estar)

Os particípios regulares são empregados normalmente com os auxiliares ter e haver; os particípios irregulares são normalmente empregados com os auxiliares ser e estar: O Brasil tem elegido deputados preguiçosos. Ele está eleito. O professor havia imprimido bom ritmo de aula. A folha foi impressa. Questão 19: MPE SE 2010 Superior Está apropriado o emprego e correta a flexão de todos os verbos na frase:

(A) Tínhamos ganho vários presentes, e eu já tinha eleito o meu favorito: um belo helicóptero, que deporam junto à árvore de Natal.

(B) O helicóptero alçava o ar pela força dos meus braços, sem que intervisse qualquer tipo de dispositivo eletrônico.

(C) Seria preciso que eu retivesse o helicóptero em sua caixa, para que ninguém viesse a suspeitar do que lhe ocorrera.

(D) Meu irmão refreiou por um momento sua curiosidade, ao passo que eu, como não detesse a curiosidade, passei a abrir os presentes.

(E) Meus pais se manteram para todo o sempre à margem do que ocorrera com meu helicóptero e do pequeno ardil que lhes impigira.

Comentário: Na alternativa (A), O verbo auxiliar “Tínhamos” leva o particípio do verbo “ganhar” a flexionar-se de modo regular “ganhado”. O mesmo ocorre com o verbo “elegido”. O verbo “depuseram” é derivado de “pôr”.

Tínhamos ganhado vários presentes, e eu já tinha elegido o meu favorito: um belo helicóptero, que depuseram junto à árvore de Natal.

Na alternativa (B), o verbo “interviesse” é derivado de “vir”.

O helicóptero alçava o ar pela força dos meus braços, sem que interviesse qualquer tipo de dispositivo eletrônico.

A alternativa (C) é a correta. Perceba que o verbo “retivesse” é derivado de “ter”:

Seria preciso que eu retivesse o helicóptero em sua caixa, para que ninguém viesse a suspeitar do que lhe ocorrera.

Na alternativa (D), a forma “refreiou” não existe: perde-se o “i” no pretérito perfeito do indicativo dos verbos terminados em “ear”. O verbo “detivesse” é derivado de “ter”:

Meu irmão refreou por um momento sua curiosidade, ao passo que eu, como não detivesse a curiosidade, passei a abrir os presentes.

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Na alternativa (E), “mantiveram” também deriva de “ter”. O infinitivo do segundo verbo é “impingir”, então o pretérito mais-que-perfeito não pode perder o “n” do radical.

Meus pais se mantiveram para todo o sempre à margem do que ocorrera com meu helicóptero e do pequeno ardil que lhes impingira. Gabarito: C Vamos a algumas questões que exploraram tudo o que vimos nesta aula!!!!

Questão 20: TJ PE 2007 Analista Estão adequados o emprego e a flexão de todas formas verbais na frase:

(A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervissem no comportamento das pessoas, o estudo ao qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o público.

(B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível que outros fatores hajam de modo determinante sobre o nosso comportamento.

(C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resultados que talvez constituam motivo para algum alarme.

(D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as encriminam como responsáveis pela multiplicação da violência social.

(E) Se as violências que provêem do hábito de assistir à TV se saneiassem por conta de alguma regulamentação governamental, seria o caso de pedir providências às autoridades.

Comentário: Note que esta questão aborda o emprego e a flexão. Os verbos corrigidos estão em negrito e sublinhados. Os que estão apenas sublinhados já estavam corretos na questão e só servem de base. Na alternativa (A), o problema é apenas a flexão verbo “intervir”, o qual é derivado de “vir”. Este verbo está flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo, assim (se eles viessem→se eles interviessem). Veja:

Se as pesquisas bem realizadas sempre interviessem no comportamento das pessoas, o estudo ao qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o público.

Na alternativa (B), perceba que o contexto pede o verbo “emergir” (sair) e não “imergir” (entrar). Assim, a forma correta no presente seria “Emergem”. Note também que o verbo “hajam” é o presente do subjuntivo do verbo “haver” (confira na conjugação). Já o contexto exige o verbo “agir” neste mesmo tempo. Por isso o correto é “ajam”.

Emergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível que outros fatores ajam de modo determinante sobre o nosso comportamento.

A alternativa (C) está correta, pois o verbo “rever” está no futuro do subjuntivo. Este verbo é derivado do verbo “ver”, o qual seria conjugado

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“Quem vir” (reveja a conjugação anteriormente). Assim, a construção “Quem revir...” está corretíssima.

Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resultados que talvez constituam motivo para algum alarme.

Na alternativa (D), o verbo “conviu” não existe. Ele é derivado do verbo “vir”, o qual possui a seguinte flexão no pretérito perfeito do indicativo (veio→ “conveio”). O verbo “encriminar” também não existe, o correto é: “incriminar”. Veja a reconstrução da frase:

Jamais conveio às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as incriminam como responsáveis pela multiplicação da violência social.

Na alternativa (E), a forma correta é “provêm”, pois o contexto pede o verbo derivado de “provir” no presente do indicativo. A forma “proveem”, a qual já perdeu o acento gráfico com a reforma ortográfica, é do verbo “prover”. Compare a conjugação de prover e provir, no esquema anteriormente colocado. O verbo “sanear” está na regra dos terminados em “ear”, como “nomear”, conjugado anteriormente. Compare! Ele só admite a semivogal “i” no radical, em algumas pessoas do presente do indicativo (saneio, saneias, saneia, saneiam) e imperativos (saneia tu, saneie você, saneiam vocês; não saneies tu, não saneie você, não saneiem vocês). Como este verbo se encontra no pretérito imperfeito do subjuntivo, não pode haver esta semivogal no radical.

Se as violências que provêm do hábito de assistir à TV se saneassem por conta de alguma regulamentação governamental, seria o caso de pedir providências às autoridades. Gabarito: C

Questão 21: TRT 9ªR - 2010 Analista Estão corretamente empregadas e flexionadas todas as formas verbais da frase:

(A) Se não intervirmos no mundo em que vivemos, para garantir seu equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer.

(B) Se a religião não se dispor a refazer os cálculos, o número de 7.000 anos que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo.

(C) Se os crentes requisessem e obtivessem a presença de Deus como prova de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo.

(D) Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto à existência de um único Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas.

(E) Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detessem no caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que os verbos negritados e sublinhados foram corrigidos e os outros serão apenas sublinhados: (A): Se não interviermos no mundo em que vivemos, para garantir seu

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equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer. (correlação 1: também cabe a forma no futuro “interessará”) (B): Se a religião não se dispuser a refazer os cálculos, o número de 7.000 anos que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo. (Correlação 1. Verbo “dispor” é derivado de “pôr”.) (C): Se os crentes requeressem e obtivessem a presença de Deus como prova de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo. (Correlação 2. Verbo “requeressem” é regular. Diferencie de “querer”.) (D) é a correta: Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto à existência de um único Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas. (correlação 2) (E): Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detivessem no caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns. (correlação 2) Gabarito: D

Questão 22: Bahia Gás - 2010 Analista Está correta a flexão verbal, bem como adequada a correlação entre os tempos e os modos na frase:

(A) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e o havia condenado a estar acorrentado ao monte Cáucaso.

(B) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hércules intercedera, compadecido que ficou.

(C) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda, não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do suplício.

(D) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse, Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte Cáucaso.

(E) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. Na alternativa (A), o verbo “teria” (futuro do pretérito do indicativo) correlaciona-se com “condenou” (pretérito perfeito do indicativo). A forma “Havia condenado” é o pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto que indicaria o passado do passado, mas não foi isso que ocorreu. Houve uma hipótese (teria), e um resultado desse processo é a condenação (que certamente ocorreu depois da irritação). A banca não pediu erro de colocação pronominal, mas corrigimos o pronome “se” deixando-o entre os verbos. O ideal seria o verbo “ficar” no lugar de “estar”, mas não é erro. Zeus teria se irritado com a ousadia de Prometeu e o condenou a estar acorrentado ao monte Cáucaso. Na alternativa (B), houve a correlação da mesma forma que a letra (A). Houve uma suposição no passado e algo como resultado (interceder), o que não pode ser transmitido com o pretérito mais-que-perfeito, mas com o pretérito perfeito do indicativo. Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hércules intercedeu, compadecido que ficou.

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A alternativa (C) é a correta. Lembre-se da correlação nº 2: O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda, não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do suplício. Na alternativa (D), o pretérito imperfeito do subjuntivo “cometesse” transmite dúvida e não foi que o contexto mostrou. Na realidade, Prometeu cometeu ousadia num momento passado antes da condenação e do acorrentamento, por isso o ideal seria o pretérito mais-que-perfeito (cometera) e os outros dois verbos no pretérito perfeito do indicativo, transmitindo certeza. Irritado com a ousadia que Prometeu cometera, Zeus o condenou e acorrentou ao monte Cáucaso. Na alternativa (E), novamente o futuro do pretérito do indicativo (haveria) mostra um transcurso de um processo no futuro de um passado e, depois desse processo, cabem os verbos no pretérito perfeito do indicativo (livrou, abateu) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando Hércules o livrou do suplício, e abateu a águia. Gabarito: C Questão 23: TCE MG - 2007 Superior Todos os verbos estão corretamente empregados e flexionados na frase:

(A) Se eu voltar à mesma escola e os alunos proporem as mesmas perguntas, os debates não deixarão de ter o mesmo calor da primeira vez.

(B) Se o autor do texto não retesse o mesmo entusiasmo de menino pelas perguntas, não haveria todo aquele magnetismo durante o colóquio.

(C) Ao autor aprouve suspender a palestra convencional e deter-se nas perguntas fundamentais que as crianças lhe propuseram.

(D) Imergia das questões formuladas aquela vitalidade própria das crianças que não se resiguinam à passividade diante dos mistérios do mundo.

(E) Seria interessante que os cientistas convissem em que é fundamental não perder o contato com a curiosidade que se constitue ainda na infância.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Não há desvio de correlação. Você notará que o verbo negritado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados:

(A): Se eu voltar à mesma escola e os alunos propuserem as mesmas perguntas, os debates não deixarão de ter o mesmo calor da primeira vez.

(B): Se o autor do texto não retivesse o mesmo entusiasmo de menino pelas perguntas, não haveria todo aquele magnetismo durante o colóquio.

A alternativa (C) é a correta, pois a flexão de “aprazer” no pretérito perfeito do indicativo é “aprouve” (confira na conjugação deste verbo). Quanto à correlação, os verbos “aprouve” e “propuseram” estão no mesmo tempo verbal. Veja que os verbos “suspender” e “deter-se” estão no infinitivo, corretamente empregados (suspender ... e deter-se ... aprouve ao autor).

Ao autor aprouve suspender a palestra convencional e deter-se nas perguntas fundamentais que as crianças lhe propuseram.

Na alternativa (D), lembre-se de que o verbo “resignar” tem o “g” mudo

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no radical. A sua conjugação é regular, então não podemos inserir o “ui”. Veja a conjugação do verbo “impugnar”. É a mesma para “resignar”. Perceba novamente o verbo “imergir”. Na realidade, devemos entender que algo sai daquelas questões, por isso o verbo correto é: “Emergia”. Emergia das questões formuladas aquela vitalidade própria das crianças que não se resignam à passividade diante dos mistérios do mundo. (E): Seria interessante que os cientistas conviessem em que é fundamental não perder o contato com a curiosidade que se constitui ainda na infância. Gabarito: C Questão 24: TRT 24ªR - 2006 Analista Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Ao longo do tempo, os corruptos nem sempre se desaviram com as

instituições; pelo contrário, muitos souberam usá-las em benefício próprio.

(B) Em respeito à ética, se os interesses particulares se contrapuserem aos públicos, devem prevalecer estes, e não aqueles.

(C) Caso não detêssemos boa parte dos nossos ímpetos destrutivos, nenhuma sociedade conheceria um momento sequer de estabilização.

(D) Quando os estados nacionais não intervêem nas instituições corrompidas, a ordem social tende a fragilizar-se cada vez mais.

(E) Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos antepassados haveram de lutar, estaríamos hoje numa sociedade mais justa.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. (A) Ao longo do tempo, os corruptos nem sempre se desavieram com as instituições; pelo contrário, muitos souberam usá-las em benefício próprio. (“desavir” é derivado de “vir”) A alternativa (B) é a correta. Note que “contrapor” é derivado de “pôr”: Em respeito à ética, se os interesses particulares se contrapuserem aos públicos, devem prevalecer estes, e não aqueles. (C) Caso não detivéssemos boa parte dos nossos ímpetos destrutivos, nenhuma sociedade conheceria um momento sequer de estabilização. (“deter” é derivado de “ter”) (D) Quando os estados nacionais não intervêm nas instituições corrompidas, a ordem social tende a fragilizar-se cada vez mais. (“intervir” é derivado de “vir”) (E) Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos antepassados haveriam de lutar, estaríamos hoje numa sociedade mais justa. (Correlação 2, por isso o futuro do pretérito: “haveriam”.) Gabarito: B Questão 25: TRF 1ªR - 2006 Analista Estão corretos o emprego e a flexão dos verbos na frase:

(A) A polêmica que o editorial tinha aceso entre os latino-americanos também acerrou os ânimos de intelectuais progressistas europeus.

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(B) Atitudes colonialistas costumam insulflar ressentimentos entre os povos que buscam imergir de suas fundas penúrias.

(C) A revista The Lancer descriminou os cubanos, tratando-os como bem lhe aprouveu.

(D) Se os cubanos interviessem em outros países do modo como já intervieram as grandes potências, seriam duramente rechaçados.

(E) Que ninguém se surprenda se os cubanos recomporem seu estilo de vida, após uma eventual ruptura política.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. Na alternativa (A), veja que a locução verbal deve ser “tinha acendido”. Lembre do que falamos sobre os particípios abundantes. Eles são regulares com os verbos “ter” e “haver” (tinha acendido). Com os verbos “ser” e “estar” o particípio seria irregular (estar aceso). Note que não existe o verbo “acerrar” e sim “acirrar”. A polêmica que o editorial tinha acendido entre os latino-americanos também acirrou os ânimos de intelectuais progressistas europeus. Na alternativa (B), note que o verbo “insuflar” não possui “l” antes do “f”. Novamente está sendo cobrado o verbo “imergir”. O contexto pede “emergir” (sair/emergir de: note a preposição “de”, que já nos dá a dica) Atitudes colonialistas costumam insuflar ressentimentos entre os povos que buscam emergir de suas fundas penúrias. Na alternativa (C), “descriminar” significa “absolver”. Isso não cabe no contexto. O texto fala da “discriminação”, então o correto é “discriminou”. Note que o verbo “aprouve” é pretérito perfeito do verbo “aprazer”. A revista The Lancer discriminou os cubanos, tratando-os como bem lhe aprouve. A alternativa (D) é a correta. Note os verbos derivados de “vir”.

Se os cubanos interviessem em outros países do modo como já intervieram as grandes potências, seriam duramente rechaçados.

Na alternativa (E), o verbo “surpreender” possui duas vogais “e” no radical. Essas vogais não se perdem no presente do subjuntivo. O verbo “recompor” é derivado de “pôr”.

Que ninguém se surpreenda se os cubanos recompuserem seu estilo de vida, após uma eventual ruptura política. Gabarito: D Questão 26: TRF 3ªR - 2007 Analista Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas no contexto da seguinte frase:

(A) Se não nos entretermos com as ficções de nossas telas, dizem algumas pessoas, com que se preencherá nosso tempo ocioso?

(B) Quando finalmente convirmos em que os sonhos são estimulantes e necessários, a eles recorreremos para combater nosso excessivo pragmatismo.

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(C) Já que aos adolescentes de ontem aprouve cultivar tantos sonhos, por que os de hoje terão abdicado do direito a todos os devaneios?

(D) Se as ficções não nos provissem de tantas imagens e informações, teríamos mais tempo para criar nossas próprias fantasias.

(E) As sucessivas gerações já muito se contradizeram, por força da diversidade de seus sonhos, ao passo que a de hoje parece ter renunciado a todos eles.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados. (A) Se não nos entretivermos com as ficções de nossas telas, dizem algumas pessoas, com que se preencherá nosso tempo ocioso? (derivado de “ter”) (B) Quando finalmente conviermos em que os sonhos são estimulantes e necessários, a eles recorreremos para combater nosso excessivo pragmatismo. (derivado de “vir”) A alternativa (C) é a correta. O verbo “aprouve” é o pretérito perfeito do indicativo do verbo “aprazer”. Já que aos adolescentes de ontem aprouve cultivar tantos sonhos, por que os de hoje terão abdicado do direito a todos os devaneios? (D) Se as ficções não nos provessem de tantas imagens e informações, teríamos mais tempo para criar nossas próprias fantasias. (derivado de “prover”) (E) As sucessivas gerações já muito se contradisseram, por força da diversidade de seus sonhos, ao passo que a de hoje parece ter renunciado a todos eles. (derivado de “dizer”) Gabarito: C Questão 27: TRT 9ª R – 2013 – Técnico Judiciário – Área Administrativa esta vida é uma viagem / pena eu estar / só de passagem

O segmento em destaque nos versos acima transcritos equivale a: que eu

(A) estivera. (B) esteja. (C) estaria. (D) estivesse. (E) estava. Comentário: A conjunção “que” força que o verbo se flexione em modo e tempo verbal. Como a primeira oração apresenta o tempo presente do indicativo “é”, o infinitivo “estar” deve se flexionar no presente do subjuntivo (esteja). Assim, a alternativa correta é a (B). Veja:

esta vida é uma viagem / pena que eu esteja / só de passagem Gabarito: B

Questões cumulativas de revisão

Questão 28: TJ PI Analista 2010 Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência...

A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:

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(A) Não sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada... (B) Durante oito dias, os funcionários da Emergency ficaram incomunicáveis. (C) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administração... (D) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007... (E) A ligação completou-se com um soldado britânico... Comentário: O verbo “falava” possui a desinência modo-temporal de primeira conjugação “-va” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “sabia” encontra-se com a desinência modo-temporal de segunda conjugação “-ia”, por isso também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ficaram”, “consistiu” e “completou” (pretérito perfeito do indicativo) e “remonta” (presente do indicativo). Gabarito: A Questão 29: TRE RN 2011 Técnico Na frase “... como fazia em noites de trovoadas.”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: (A) Ao ouvir as notícias... (B) ... D. João embarcou na carruagem... (C) ... que passara a madrugada... (D) ... bastaram algumas semanas... (E) ... que o aguardava... Comentário: O verbo “fazia” possui a desinência modo-temporal de segunda conjugação “-ia” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “aguardava” encontra-se com a desinência modo-temporal de primeira conjugação “-va”, por isso também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ouvir” (infinitivo), “embarcou” (pretérito perfeito do indicativo), “passara” (pretérito mais-que-perfeito do indicativo), “bastaram” (pretérito perfeito do indicativo). Gabarito: E Questão 30: TRT 18ª R 2008 - Analista É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. (A) tu possas - confies - te (B) Vossa Excelência podeis - confiei - vos (C) tu possas - confia - te (D) vós possais - confiem - vos (E) Sua Senhoria podeis - confiai - vos Comentário: Para melhor visualização da questão, vamos articular a frase com os pronomes de segunda pessoa do singular (tu) e do plural (vós) e de terceira pessoa do singular (você) e do plural (vocês). Não cabe neste contexto o pronome “nós”. Veja também que o pronome de tratamento “Vossa Excelência” se encaixa ao pronome de terceira pessoa do singular.

Tu: É importante que tu possas contar com minha amizade; confia nela; que eu não te decepcionarei.

Você: É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela; que eu não o decepcionarei.

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Vossa Excelência: É importante que Vossa Excelência possa contar com minha amizade; confie nela; que eu não o decepcionarei.

Vós: É importante que vós possais contar com minha amizade; confiai nela; que eu não vos decepcionarei.

Vocês: É importante que vocês possam contar com minha amizade; confiem nela; que eu não os decepcionarei.

Compare as flexões dos verbos no imperativo afirmativo e negativo com a estrutura anteriormente colocada na teoria. Gabarito: C

O que devo tomar nota como mais importante?

1. Saber flexionar os verbos derivados de “ter”, “ver”, “vir” e “pôr”.

2. Saber diferenciar a conjugação de “prever” (igual a “ver”), “provir” (igual a “vir”) e “prover” (igual a “ver”, mas no pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados, conjuga-se regularmente) 3. Atentar-se quanto à flexão do presente do subjuntivo, o qual é gerado a partir da primeira pessoa do presente do indicativo. É só acompanhar a “seta” no esquema mostrado na aula.

4. Atentar-se quanto à flexão dos tempos pretérito mais-que-perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo. Todos eles são gerados a partir da segunda pessoa do pretérito perfeito do indicativo.

Grande abraço!!! Professor Terror

Lista de questões

Questão 1: SPPREV 2012 Analista em Gestão Previdenciária Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:

(A) Certamente muitas das dúvidas que acabaram por colocar em xeque a objetividade científica proviram do convívio mais intenso de alguns cientistas com a arte.

(B) Grandes cientistas foram os que sempre obstaram a que prevalecessem os preconceitos subjacentes a procedimentos científicos supostamente imparciais.

(C) O artista que se dispor a conhecer um pouco mais da ciência poderá também ver surgir os reflexos positivos desse conhecimento nas obras que vier a criar.

(D) No dia em que revermos nossos conceitos sobre a arte e a ciência, bem como melhor compreendermos as suas afinidades, nós só teremos a ganhar.

(E) Quantas vezes já não se deteram os cientistas na discussão sobre a parcela de objetividade que realmente caberia atribuir aos métodos científicos?

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Questão 2: TCE AM 2012 Analista de Controle Externo Está correta a flexão de todas as formas verbais em:

(A) Se não deterem a escalada da censura moralista, os Estados Unidos tornar-se-ão um país cada vez mais problemático em sua falsa ortodoxia de valores.

(B) Quando todos convirmos em que é necessária uma linha divisória entre a moral pública e a privada, nossos valores terão maior legitimidade.

(C) Toda promessa hipócrita que advir de uma falsa moralidade deverá ser denunciada pelos eleitores, para que se eleve o nível das campanhas eleitorais.

(D) Os candidatos sempre se entreteram com os números das campanhas, sem atinar com a qualidade das teses e a possibilidade de cumprimento das promessas.

(E) Quando revirmos os valores morais que sempre costumamos defender, dar-nos-emos conta de quantos deles não deveriam merecer nosso crédito.

Questão 3: Assembleia Legislativa 2010 - Agente Os verbos grifados estão corretamente flexionados na frase:

(A) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

(B) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

Questão 4: TRE SE - 2007 - Técnico O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

(A) Proporam-se medidas de caráter emergencial para controle das emissões de gases poluentes na atmosfera.

(B) Medidas de controle da poluição atmosférica foram tomadas pelos especialistas, para satisfazerem exigências legais.

(C) Diante do rompimento da tubulação de esgotos, as autoridades preveram um surto de moléstias infecciosas na região.

(D) A chuva excessiva fez transbordar o córrego, de onde adviram inundações e mortes com o alagamento da área urbana.

(E) Especialistas ateram-se à observação de certos fenômenos climáticos para chegar à iminência de catástrofes em algumas regiões do planeta.

Questão 5: Assembleia Legislativa 2010 - Agente Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:

(A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

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(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice.

(C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Questão 6: TRT 13ªR - 2005 Analista Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se

pronunciava como se detera o monopólio do coração. (B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos

de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho. (C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em

que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. (D) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas

eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação.

(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.

Questão 7: TRT 11ªR - 2005 Analista Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase: (A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não

tardariam a incorrer em nossa consciência. (B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém

conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (C)) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou,

caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? (D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um

jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida. (E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos

anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido. Questão 8: TJ PI 2010 Analista Todos os verbos estão corretamente flexionados na frase: (A) Aqueles que preveram dificuldades trazidas pela globalização devem

reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios. (B) Alguns especialistas crêm na redução dos bolsões de pobreza no país, pois

boa parte da população brasileira obteu mais renda. (C) Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam ter havido redução

das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração. (D) O governo de muitos países interviu na economia para controlar os maus

resultados trazidos ao comércio pela crise mundial. (E) Para que se mantessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso

garantir renda suficiente às famílias de classe média.

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Questão 9: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:

(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais.

(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades do país.

(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer.

(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do puro e simples desconhecimento.

(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.

Questão 10: TJ RJ 2012 Técnico de Atividade Judiciária Está adequada a flexão de todos os verbos da frase:

(A) É possível que ele requera imediatamente sua aposentadoria; otimista, espera que o pedido não lhe seja denegado.

(B) O autor estaria disposto a trabalhar no que lhe conviesse, depois de aposentado, para assim imunizar-se contra os males do ócio.

(C) Se o autor manter com disciplina o cômputo diário do que resta para aposentar-se, fará contas pelos próximos seis meses e 28 dias.

(D) Se nos propormos a trabalhar depois de aposentados, evitaremos os males que costumam acometer os ociosos.

(E) Os que haverem de se aposentar proximamente serão submissos a uma averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes.

Questão 11: TST 2012 Analista Judiciário – Área Administrativa A flexão de todas as formas verbais está plenamente adequada na frase:

(A) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem.

(B) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre.

(C) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes.

(D) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa?

(E) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião.

Questão 12: TRF 2ªR 2012 Analista Judiciário – Área Administrativa O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão corretos em:

(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo.

(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge do esquecimento, em 1974.

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(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram longos anos de esquecimento.

(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem.

(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico.

Questão 13: Polícia Civil MA - 2006 - Agente O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

(A) As tropas americanas não conteram os ataques da população enfurecida à Biblioteca Nacional.

(B) Saqueadores de museus contrabandeiam obras de raro valor arqueológico no mercado internacional.

(C) Nazistas se proporam a destruir, em enormes fogueiras, livros considerados perigosos na Alemanha.

(D) O problema que sobreviu à invasão americana no Iraque foi a destruição de peças arqueológicas raríssimas.

(E) Os invasores do Iraque não antevieram as funestas consequências dos saques, como o contrabando de obras valiosas.

Questão 14: TRT 2ªR 2008 Analista Todas as formas verbais estão corretamente empregadas e flexionadas na frase:

(A) Não há nada que impela mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica.

(B) O juiz disse ao amigo que lhe convira frequentar as duas linguagens, a poética e a jurídica.

(C) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo.

(D) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destitue de objetividade o ofício de julgar.

(E) Nem bem se detera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada.

Questão 15: TRT 9ª R – 2013 – Analista Judiciário A frase em que todos os verbos estão corretamente flexionados é:

(A) Quem se dispor a ler a obra seminal de Hobsbawm sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto e o esforço despendido.

(B) As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789 requerem muito cuidado para que não se perca de vista a complexidade que as afirmações categóricas tendem a desconsiderar.

(C) Os revolucionários de 1789 talvez não prevessem, ou sequer imaginassem, o impacto que o movimento iniciado na França teria na história de praticamente toda a humanidade.

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(D) Se as pessoas não se desfazerem da imagem que cultivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar que o talento pessoal é o principal ou mesmo o único requisito para a obtenção do sucesso.

(E) Quando se pensa na história universal, nada parece tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no ocidente, do que as imagens que adviram da Revolução Francesa de 1789.

Questão 16: BB 2012 Engenheiro de Segurança Façamo-nos videntes: olhemos devagar para a cor das paredes. A frase acima permanecerá correta caso se substituam as formas sublinhadas por: (A) Faça-se vidente - olha (B) Faz-te vidente - olha (C) Fazei-vos videntes - olheis (D) Façam-se videntes - olhai (E) Faça-te vidente - olhes Questão 17: DNOCS 2010 Superior É preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase:

(A) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ninguém imagina viver sem se valer dele a todo momento.

(B) Se uma mensagem eletrônica contiver algum vírus, o usuário incauto será prejudicado, ao abri-la.

(C) Caso não nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, será preciso que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet.

(D) Se uma mensagem provier de um desconhecido, será preciso submetê-la a um antivírus específico.

(E) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivírus, para evitar que algum e-mail o contaminasse.

Questão 18: TCE PB - 2006 Assistente Jurídico Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

(A) Conviu ao comitê do Nobel que se premiasse o escritor turco. (B) Muito do que advir de uma premiação do Nobel obterá imediato sentido

político. (C) É preciso que se abula a pena de morte, que se pune de outra forma. (D) Os turcos reaverão sua auto-estima quando convierem em apurar todos

os fatos. (E) Enquanto um povo não reaver sua dignidade, prosseguirá refém de seu

passado. Questão 19: MPE SE 2010 Superior Está apropriado o emprego e correta a flexão de todos os verbos na frase:

(A) Tínhamos ganho vários presentes, e eu já tinha eleito o meu favorito: um belo helicóptero, que deporam junto à árvore de Natal.

(B) O helicóptero alçava o ar pela força dos meus braços, sem que intervisse qualquer tipo de dispositivo eletrônico.

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(C) Seria preciso que eu retivesse o helicóptero em sua caixa, para que ninguém viesse a suspeitar do que lhe ocorrera.

(D) Meu irmão refreiou por um momento sua curiosidade, ao passo que eu, como não detesse a curiosidade, passei a abrir os presentes.

(E) Meus pais se manteram para todo o sempre à margem do que ocorrera com meu helicóptero e do pequeno ardil que lhes impigira.

Questão 20: TJ PE 2007 Analista Estão adequados o emprego e a flexão de todas formas verbais na frase: (A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervissem no comportamento

das pessoas, o estudo ao qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o público.

(B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível que outros fatores hajam de modo determinante sobre o nosso comportamento.

(C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resultados que talvez constituam motivo para algum alarme.

(D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as encriminam como responsáveis pela multiplicação da violência social.

(E) Se as violências que provêem do hábito de assistir à TV se saneiassem por conta de alguma regulamentação governamental, seria o caso de pedir providências às autoridades.

Questão 21: TRT 9ªR - 2010 Analista Estão corretamente empregadas e flexionadas todas as formas verbais da frase: (A) Se não intervirmos no mundo em que vivemos, para garantir seu

equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer. (B) Se a religião não se dispor a refazer os cálculos, o número de 7.000 anos

que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo. (C) Se os crentes requisessem e obtivessem a presença de Deus como prova

de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo. (D) Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto à existência de um

único Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas. (E) Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detessem no

caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns.

Questão 22: Bahia Gás - 2010 Analista Está correta a flexão verbal, bem como adequada a correlação entre os tempos e os modos na frase: (A) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e o havia condenado a

estar acorrentado ao monte Cáucaso. (B) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hércules intercedera,

compadecido que ficou. (C) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda, não viesse Hércules

a abater a águia e livrá-lo do suplício.

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(D) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse, Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte Cáucaso.

(E) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia.

Questão 23: TCE MG - 2007 Superior Todos os verbos estão corretamente empregados e flexionados na frase:

(A) Se eu voltar à mesma escola e os alunos proporem as mesmas perguntas, os debates não deixarão de ter o mesmo calor da primeira vez.

(B) Se o autor do texto não retesse o mesmo entusiasmo de menino pelas perguntas, não haveria todo aquele magnetismo durante o colóquio.

(C) Ao autor aprouve suspender a palestra convencional e deter-se nas perguntas fundamentais que as crianças lhe propuseram.

(D) Imergia das questões formuladas aquela vitalidade própria das crianças que não se resiguinam à passividade diante dos mistérios do mundo.

(E) Seria interessante que os cientistas convissem em que é fundamental não perder o contato com a curiosidade que se constitue ainda na infância.

Questão 24: TRT 24ªR - 2006 Analista Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

(A) Ao longo do tempo, os corruptos nem sempre se desaviram com as instituições; pelo contrário, muitos souberam usá-las em benefício próprio.

(B) Em respeito à ética, se os interesses particulares se contrapuserem aos públicos, devem prevalecer estes, e não aqueles.

(C) Caso não detêssemos boa parte dos nossos ímpetos destrutivos, nenhuma sociedade conheceria um momento sequer de estabilização.

(D) Quando os estados nacionais não intervêem nas instituições corrompidas, a ordem social tende a fragilizar-se cada vez mais.

(E) Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos antepassados haveram de lutar, estaríamos hoje numa sociedade mais justa.

Questão 25: TRF 1ªR - 2006 Analista Estão corretos o emprego e a flexão dos verbos na frase:

(A) A polêmica que o editorial tinha aceso entre os latino-americanos também acerrou os ânimos de intelectuais progressistas europeus.

(B) Atitudes colonialistas costumam insulflar ressentimentos entre os povos que buscam imergir de suas fundas penúrias.

(C) A revista The Lancer descriminou os cubanos, tratando-os como bem lhe aprouveu.

(D) Se os cubanos interviessem em outros países do modo como já intervieram as grandes potências, seriam duramente rechaçados.

(E) Que ninguém se surprenda se os cubanos recomporem seu estilo de vida, após uma eventual ruptura política.

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Questão 26: TRF 3ªR - 2007 Analista Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas no contexto da seguinte frase:

(A) Se não nos entretermos com as ficções de nossas telas, dizem algumas pessoas, com que se preencherá nosso tempo ocioso?

(B) Quando finalmente convirmos em que os sonhos são estimulantes e necessários, a eles recorreremos para combater nosso excessivo pragmatismo.

(C) Já que aos adolescentes de ontem aprouve cultivar tantos sonhos, por que os de hoje terão abdicado do direito a todos os devaneios?

(D) Se as ficções não nos provissem de tantas imagens e informações, teríamos mais tempo para criar nossas próprias fantasias.

(E) As sucessivas gerações já muito se contradizeram, por força da diversidade de seus sonhos, ao passo que a de hoje parece ter renunciado a todos eles.

Questão 27: TRT 9ª R – 2013 – Técnico Judiciário – Área Administrativa esta vida é uma viagem / pena eu estar / só de passagem

O segmento em destaque nos versos acima transcritos equivale a: que eu

(A) estivera. (B) esteja. (C) estaria. (D) estivesse. (E) estava. Questão 28: TJ PI Analista 2010 Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência...

A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:

(A) Não sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada... (B) Durante oito dias, os funcionários da Emergency ficaram incomunicáveis. (C) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administração... (D) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007... (E) A ligação completou-se com um soldado britânico... Questão 29: TRE RN 2011 Técnico Na frase “... como fazia em noites de trovoadas.”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:

(A) Ao ouvir as notícias... (B) ... D. João embarcou na carruagem... (C) ... que passara a madrugada... (D) ... bastaram algumas semanas... (E) ... que o aguardava...

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Questão 30: TRT 18ª R 2008 - Analista É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei.

(A) tu possas - confies - te (B) Vossa Excelência podeis - confiei - vos (C) tu possas - confia - te (D) vós possais - confiem - vos (E) Sua Senhoria podeis - confiai - vos

GABARITO

1 B 2 E 3 A 4 B 5 C 6 D 7 C 8 C 9 B 10 B 11 C 12 D 13 B 14 C 15 B 16 B 17 E 18 D 19 C 20 C 21 D 22 C 23 C 24 B 25 D 26 C 27 B 28 A 29 E 30 C