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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº199 — 12 de novembro de 2011 Foto: Luciano Rêgo Esgotamento chega à Lauro de Freitas Correndo em ritmo acelerado, as obras de implantação de esgotamento sanitá- rio em Lauro de Freitas levarão qualidade de vida a cerca de 469 mil pessoas. A previsão é ampliar o índice de cobertura no município dos atuais 9% para 95%, resolvendo um grande passivo ambiental e sanitário. Apesar dos transtornos temporários causados por intervenções dessa natureza, a população já come- mora a chegada do serviço de esgotamento. PÁGINA 5 Lançada segunda Lançada segunda etapa do Programa etapa do Programa Água para Todos Água para Todos PÁGINA 3 PÁGINA 3 Embasa é eleita Embasa é eleita melhor do Nordeste melhor do Nordeste em saneamento em saneamento PÁGINA 3 PÁGINA 3

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº199 — 12 de novembro de 2011

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Esgotamento chega à Lauro de Freitas

Correndo em ritmo acelerado, as obras de implantação de esgotamento sanitá-rio em Lauro de Freitas levarão qualidade de vida a cerca de 469 mil pessoas. A previsão é ampliar o índice de cobertura no município dos atuais 9% para 95%, resolvendo um grande passivo ambiental e sanitário. Apesar dos transtornos temporários causados por intervenções dessa natureza, a população já come-mora a chegada do serviço de esgotamento. PÁGINA 5

Lançada segunda Lançada segunda etapa do Programa etapa do Programa Água para TodosÁgua para Todos

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Embasa é eleita Embasa é eleita melhor do Nordeste melhor do Nordeste

em saneamentoem saneamentoPÁGINA 3PÁGINA 3

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DIRETORIA EXECUTIVA

Diretor-PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão CorporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de Operação e Expansão RMSEduardo Benedito de Oliveira Araújo

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCarlos Alberto Pontes de Souza

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AssessoraDébora Ximenes

EditoraDébora Ximenes

RedatoresDaniel Menezes, Fernanda Macedo, Marcos Fonseca, Mariana Paranhos,

Patrícia Araújo (UNI), Benedito Simões (USI), Cássia Dias (UNF),

Hebert Régis (UNB), Augusto Queiroz (USV)

Editoração GráficaPatrícia Resende

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. Rêgo

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Cian Gráfica e Editora

EXPEDIENTE

Congresso da Abes reúne representantes de 25 companhias estaduais no RS

Promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambien-

tal (Abes), o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado em Porto Alegre (RS), em setembro, foi ponto de encontro de mais de cinco mil profissionais da área de saneamen-to, além de representantes das 25 companhias estaduais. Como uma das maiores e mais repre-sentativas empresas do setor, a Embasa esteve presente no evento, em sua 26ª edição, com uma delegação formada por 40 colaboradores. O pró-ximo congresso nacional acontecerá na cidade de Goiânia (GO) em 2013.

“O congresso é o maior evento de saneamento da América Latina e um dos três mais importantes do mundo, onde se reúnem todos aqueles que dis-cutem e executam ações nesta área, desde pres-tadores até universidade e consultores”, explica o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho que, entre outros compromissos, foi convidado para participar dos painéis “Universalização do Sa-neamento: desafios e soluções para o setor”, que contou com a presença do ministro das Cidades, Mário Negromonte, e “Parceria Público Privada”.

“Participamos do evento com uma delegação

grande, demonstrando compromisso da empresa para que seus profissionais possam participar e con-tribuir para as grandes questões nacionais. Também apresentamos dez trabalhos técnicos”, ressalta.

Na ocasião, também foi realizada a Fitabes 2011 — IX Feira Internacional de Tecnologias de Sanea-mento Ambiental, com a presença de 265 exposito-res dos segmentos de água, esgoto, resíduos sóli-dos, equipamentos, controle e proteção ambiental. A Embasa contou com um espaço institucional no qual foram apresentadas informações sobre obras de expansão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário e projetos de edu-cação ambiental e mobilização social.

PRÊMIO PRÊMIO A Embasa foi destaque no evento ao conquistar

o primeiro lugar no Prêmio Gestão Eficiente da Energia Elétrica e Água, oferecido pela Abes com apoio da Eletrobras Procel Sanear. Em sua ter-ceira edição, o prêmio destacou os três melhores trabalhos técnicos apresentados no congresso, versando sobre o tema “Energia, Eficiência Ener-gética e Controle de Perdas: gestão, controle e redução de consumo”.

Foto: Daniel Cruz

Embasa enviou delegação com 40

colaboradores

Com o case GEOWeb — projeto de geo-processamento, a Embasa foi eleita como

a empresa destaque no prêmio IT4CIO 2011, concorrendo com outros 50 cases de suces-so de empresas privadas e públicas da Bahia. De acordo com gerente da Divisão de Geo-processamento da Embasa, Helder Aragão (à direita), o principal objetivo do prêmio é fazer com que os participantes estabeleçam rela-cionamentos e conheçam as últimas soluções disponíveis no mercado.

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Embasa, melhor e maior empresa de saneamento do Nordeste

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento foi destaque na edição 2011 do anuário Valor 1000, publicação do jornal Valor Econômico, que aponta, anualmente, as 1.000 maiores em-presas brasileiras em 26 ramos de atividade. A Embasa, que conquistou a 14ª posição entre as 50 maiores empresas nordestinas, foi clas-sificada como a que teve melhor desempenho em 2010 no setor de saneamento e, também,

como a maior empresa de saneamento da re-gião, considerando a sua receita líquida.

As avaliações levaram em conta sete critérios, entre eles receita, geração de valor, crescimen-to sustentável, no qual a Embasa ficou em 3º lugar, e rentabilidade. Os critérios utilizados pelo guia têm a chancela da escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e da Serasa Experian.

Segunda etapa do Programa Água para Todos beneficiará 5 milhões

Com investimento de R$ 3,7 bilhões, cerca de cinco milhões de baianos serão atendidos na segunda etapa

do Programa Água para Todos (PAT 2), lan-çado em setembro, em Salvador, com a pre-sença do governador Jaques Wagner, do mi-nistro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, do secretário de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, da secretária da Casa Civil, Eva Chiavon e do presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho.

Na primeira fase do Água para Todos, de 2007 a julho de 2010, foram beneficiados 3,1 milhões de baianos com ligações de água, esgotamento sanitário, saneamento integrado e ações ambientais, e inves-tidos R$ 3 bilhões. No período, 66.500 cisternas, 2.536 poços e 2.602 sistemas de abastecimento (convencionais e sim-plificados) foram construídos ou amplia-dos. Até o final de 2014, está prevista no programa a execução de 446 mil ligações de água e de 400 mil ligações de esgoto, além da construção de 2 mil poços e duas grandes barragens. Dos R$ 3,7 bilhões de recursos já garantidos para o progra-ma, R$ 2,2 bilhões serão direcionados ao abastecimento de água e R$ 1,3 bilhão ao esgotamento sanitário.

Durante o lançamento do PAT 2, foi as-sinada a ordem de serviço para a amplia-ção do sistema de abastecimento de Dias D´ávila e a ampliação dos sistemas de es-gotamento sanitário dos municípios de Ipiaú e Itaberaba, com investimentos totais de R$ 14,8 milhões. De acordo com o governador Jaques Wagner, o programa estadual serviu como referência para o Governo Federal, que vai adotar o Água para Todos como parte do programa Brasil sem Miséria.

Cerca de três mil moradores do município de Lajedinho, a 355 quilômetros de Salva-dor, comemoraram, no início de outubro, a ampliação do sistema de abastecimento de água. Seis novas localidades da cidade pas-saram a ser atendidas por meio do progra-ma Água para Todos: Simpatia, Sem Terra, Angico, Bom Jardim, Quebra-Viola e Colosso.

A dona-de-casa, Eurides Jesus Santos, 31 anos, falou sobre as dificuldades que os mo-radores do município tinham para ter acesso à água. “Faltava muito. Tínhamos que ir para lugares distantes. Com água podemos fazer muita coisa, cuidar da limpeza da casa, de

nossa higiene pessoal”, enfatizou.De acordo com o presidente da Embasa, Abe-

lardo Oliveira, foram investidos cerca de R$ 1,68 milhão na execução da obra, cujos serviços com-preendem a ampliação da capacidade de produ-ção do sistema de 20 para 34 mil litros por hora; implantação de 25 quilômetros de adutoras e 19 quilômetros de rede de distribuição.

“Investimos para a melhoria na vida das pessoas, principalmente moradoras da zona rural. A primeira etapa do programa foi um sucesso e agora esperamos muito mais bene-ficiados para esta segunda fase do Água para Todos”, afirmou o governador Jaques Wagner.

AMPLIAÇÃO DO PROGRAMA EM LAJEDINHO ATENDE TRÊS MIL AMPLIAÇÃO DO PROGRAMA EM LAJEDINHO ATENDE TRÊS MIL

Foto: Manu Dias / Secom

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PAT 2 conta com investimentos de R$ 3,7 bilhões

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Donos de lava a jatos dão exemplo de consciência ambiental em IrecêA situação da Barragem de Mirorós e o

atual regime de distribuição de água, que foi alterado devido ao período de

racionamento em Irecê, foram os temas da conversa entre representantes da Embasa e donos de lava a jatos do município, que se reu-niram no dia 17 de outubro. O gerente regional da Embasa em Irecê, Raimundo Neto, falou so-bre a importância da população se tornar uma parceira da Embasa, principalmente neste perí-odo. “Nossa função é sensibilizar a sociedade, além dos comerciantes e os grandes consumi-dores, quanto ao uso consciente da água, inde-pendente da atividade econômica”, comentou.

O gerente também esclareceu sobre o papel da Embasa neste período de racionamento, que é informar sobre os dias em que haverá abaste-cimento, além de alertar a população sobre o uso consciente da água. “Estamos agindo na sensibili-zação de todos para o uso racional, mas a fiscali-zação ou punição deve ser realizada pelos órgãos responsáveis”. A Embasa também vem realizando reuniões com grandes consumidores, categoria em que estão inseridos hospitais, escolas e outras instituições. A proposta é envolver nestas ações as 14 cidades atendidas pelo Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Irecê, do qual faz parte a Adutora do Feijão. O objetivo da Embasa é estabelecer parcerias com estes públicos, prin-cipalmente durante o período de racionamento, para que cada um faça a sua parte.

ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE Os lava a jatos são comumente apontados

como grandes responsáveis pelo desperdício de água. Em Irecê, alguns proprietários procu-raram maneiras de reaproveitar o recurso para economizar e contribuir com o meio ambiente. É o caso de Jailson Vicente da Silva, dono de um lava a jato situado numa das avenidas mais movimentadas da cidade. Em seu estabeleci-

mento, toda a água utilizada na lavagem dos veículos, é reaproveitada. Carros e motos ficam estacionados em cima de uma espécie de pla-taforma, com um reservatório embaixo.

“A água que lava os carros desce por uma canaleta e segue para o primeiro reserva-tório. Depois de decantada toda a sujeira, a água passa por um filtro e fica armazenada no reservatório seguinte para ser reutiliza-da”, explica Jailson. “Água limpa mesmo, só no final da lavagem, para retirar o sabão”, acrescenta. Uma mangueira de alta pressão ligada a uma bomba é responsável por puxar a água, seja do reservatório com água usada, seja do pequeno tanque onde é armazenada a água distribuída pela Embasa. “Aí, eu que escolho de onde vou pegar a água”, finaliza o

comerciante, que estima um atendimento de 20 veículos, entre carros e motos, por dia, o que resulta numa conta de água no valor mé-dio de R$ 80 por mês.

Preservação ambiental também foi o propó-sito dos sócios Talles Pereira e Marcos Silva, quando resolveram trazer para Irecê, há quase um ano, um serviço de lavagem de automóveis que pouco utiliza água. “A água é usada so-mente em algumas partes do carro, o restante é limpo com um pano e cera específica. Até a água usada na lavagem dos panos no final do dia é reaproveitada”, informou Talles. Uma mé-dia de 12 veículos passa pelo estabelecimento todos os dias. “Além de implantar uma nova tecnologia na cidade, também pensamos na questão de escassez de água”, conclui Pereira.

Assistentes sociais da Embasa aprovei-tam o recadastramento do Bolsa Famí-

lia, no bairro Morada da Lua, em Barreiras, para esclarecer moradores sobre a Tarifa Social. No início de outubro, cerca de 60 pessoas receberam esclarecimentos sobre a adesão ao benefício na tarifa de água, vin-culado ao cadastro no programa de assis-tência social do Governo Federal. O cadastro na Tarifa Social deve ser feito nas unidades da Embasa. É preciso estar munido de có-pias do RG, CPF, conta de água e do cartão Bolsa Família, além de informar o Número de Inscrição Social (NIS).

Foto: Patrícia Araújo/ Acervo Embasa

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Proprietários investem em sistemas de reaproveitamento de água

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Serviço de esgotamento chega a Lauro de FreitasÉ como reformar a casa. Dá trabalho, causa

transtornos temporários, mas o resultado é recompensante. Como na reforma do

lar, uma obra de saneamento básico não é uma intervenção simples. Leva tempo e traz descon-fortos: poeira, lama e buracos decorrentes das escavações são desafios comuns no cotidiano de quem convive com esse tipo de serviço. Em con-trapartida, o resultado da ação se traduz em mais saúde e qualidade de vida para a população.

Em Lauro de Freitas, município da Região Me-tropolitana de Salvador, a Embasa está com 14 frentes de trabalho para a implantação do sis-tema de esgotamento sanitário, que beneficiará cerca de 469 mil pessoas. Para minimizar os transtornos de uma obra desse porte, os mora-dores são comunicados antecipadamente sobre as intervenções e têm à disposição um telefone para informações e reclamações (3369-0290).

“A população precisa entender o que está acontecendo. Por isso, uma equipe de mo-bilização presta acompanhamento social aos moradores antes que a intervenção se instale em sua vizinhança”, explica a assistente so-cial da Embasa Bárbara de Oliveira. Além do atendimento porta a porta, o trabalho de sen-sibilização é complementado com a realização de reuniões públicas e palestras em escolas e organizações não governamentais. Cerca de 5 mil pessoas já foram atendidas, recebendo informações sobre saneamento básico e meio ambiente, além de orientações sobre a obra.

A sociedade civil conta ainda com representa-

ção na Comissão de Acompanhamento da Obra de Lauro de Freitas, que tem também membros da Embasa e prefeitura municipal. Para Apare-cida Costa, membro da Comissão e presidente da Associação de Moradores do Loteamento Portão do Sol, em Buraquinho, “por se tratar de uma obra de grande porte, não há como ter melhoria sem ter transtorno. Mas o clima entre os vizinhos é de expectativa, já que estamos falando de qualidade de vida”, resume.

Conceição Torres, moradora de Itinga, também espera a obra com ansiedade. “Quando chove mui-to, dá trabalho até para sair de casa. Detesto pisar em água suja e tenho que sair pelo cantinho, na

ponta do pé”. Por mais transtorno provisório que a obra possa trazer, a comunidade afetada entende que os benefícios colhidos serão duradouros.

RITMO ACELERADORITMO ACELERADOIniciada em junho de 2010, a obra de esgota-

mento em Lauro de Freitas passou por revisão de projeto e, por isso, só foi retomada em ritmo acelerado neste segundo semestre. Atualmente, cerca de nove quilômetros de rede coletora de esgoto já foram implantados. Estão previstos 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao inter-ceptor da Paralela) e 40 mil ligações domici-liares. O sistema de esgotamento de Lauro de Freitas será integrado ao de Salvador, uma vez que os esgotos coletados no município serão en-caminhados ao Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe, também conhecido como Emissá-rio Submarino da Boca do Rio.

Atualmente, apenas 9% de Lauro de Freitas dispõe do serviço de esgotamento. Com o início das obras, a expectativa é ampliar o índice de co-bertura para 95%, resolvendo um grande pas-sivo ambiental e sanitário representado pelos resíduos que são lançados em rios como Joanes e Sapato. O município é quase inteiramente aten-dido por fossas e sumidouros. Além de Itinga e Centro, o sistema irá beneficiar os moradores de localidades como Ipitanga, Flamengo (parte), Areia, Vilas do Atlântico, Portão e Buraquinho. A previsão de conclusão é 2013.

Fotos: Luciano Rêgo

Sistema atenderá cerca

de 469 mil pessoas

D. Conceição guarda expectativa para conclusão dos serviços

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FEIRA DE SANTANAFEIRA DE SANTANA

No dia 27 de setembro foi realizado, em Conceição do Coi-té, o Seminário de Abertura do Projeto de Educação Am-

biental e Mobilização Social em Saneamento (PEAMSS II/BA). Cerca de 150 pessoas participaram do evento, onde foram apresentados os objetivos, metodologia e ações do projeto que está sendo realizado em 13 municípios baianos. O PE-AMSS visa chamar a sociedade à reflexão sobre as questões socioambientais e incentivar a participação social na gestão do saneamento básico.

Também em setembro, mais de 70 fa-mílias passaram a contar com o serviço de abastecimento de água no distrito de Humildes, em Feira de Santana. As ruas Colina das Árvores, Flor de Lis, Recife, Lí-rio do Campo, Flor de Cactus, Aurelino da Hora, José Francisco, Perimetral e São Salvador foram atendidas com 1.450 metros de rede distribuidora.

Já no distrito de Jaguara, os moradores foram beneficiados com a implantação de uma nova adutora de 13 quilômetros no sistema de abastecimento da região, o que possibilitará a duplicação da ofer-ta de água. Os moradores já percebe-ram a diferença. “Nós cobramos muito que o abastecimento melhorasse aqui. Agora temos uma adutora só para nos-sa comunidade e não falta mais água”, relatou a agente de saúde Cleusa Maria Silva, moradora do distrito.

Mais água para os distritos de

Humildes e Jaguara

No final de setembro, as comunidades de Saco do Capitão, Calandro e Garapa, no

distrito de Maria Quitéria, comemoraram a chegada da água tratada e canalizada. Cerca de 230 famílias foram beneficiadas com a im-plantação de mais de 17 quilômetros de redes. Para dona Julieta Lima, 73, ter água em casa é a realização de um sonho antigo. “Moro aqui há 18 anos, vivendo na luta de pegar água em tanques, carregando latas na cabeça. Agora, graças a Deus, nossa vida vai melhorar”, conta.

A ampliação do abastecimento de água na zona rural de Feira de Santana faz parte do projeto de extensão de redes realizado pela Embasa em parceria com a Prefeitura Mu-nicipal. Com a execução do projeto, mais de 1.200 famílias passaram a contar com abas-tecimento de água em dez meses. No total, 43 localidades nos distritos de Maria Quité-ria, Governador João Durval Carneiro (antigo

Ipuaçu), Matinha, Tiquaruçu, Humildes e Jaíba estão sendo beneficiadas. No projeto, a Em-basa investe R$ 1,7 milhão e já soma mais de 100 quilometros de rede implantados.

MAIS PROJETOS MAIS PROJETOS

Está em fase de finalização o projeto exe-cutivo para implantação de rede de abaste-cimento no distrito Governador João Durval Carneiro. A obra vai beneficiar mais de seis mil pessoas nos próximos meses, em locali-dades como Iêda Barradas, Fazenda Brava, Sítio do Meio, Malhador, Conceição, Casca-lheira, Ponte do Rio Branco e Umbuzeiro. Entre os investimentos previstos, o grande destaque é a implantação do Centro de Re-servação Norte, na cidade de Feira de San-tana, um conjunto de reservatórios e esta-ções elevatórias (bombas), que vai garantir uma melhor distribuição da água na cidade.

Zona rural de Feira de Santana comemora chegada

da água tratada

Fotos: Cássia Dias/ Acervo Embasa

Água tratada representa

mais qualidade

de vida para moradores

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Ilhéus: obra vai melhorar abastecimento em Teotônio Vilela

A Embasa está investindo mais de R$ 450 mil para melhorar o abastecimento e combater as perdas de água no bairro Teotônio Vilela, um dos mais po-

pulosos de Ilhéus, com cerca de 20 mil habitantes. Em outubro, técnicos da Embasa participaram de uma reunião com cerca de 70 pessoas da comunidade na sede da as-sociação de moradores, quando foi apresentado o plane-jamento da obra, que deve ser concluída em dez meses.

A primeira etapa da obra é a substituição de um quilô-metro de adutora, a partir da Estação de Tratamento de Água do Centro (ETA Centro) até a avenida Itabuna. A me-dida vai aumentar a vazão e melhorar o fornecimento de água para a comunidade. Já a segunda etapa compreende a implantação e substituição de 10,8 quilômetros de redes de distribuição profundas, modelo que dificulta a correção de vazamentos e o combate às fraudes.

Para facilitar o andamento das intervenções, o bairro foi dividido em cinco setores. O planejamento estabelece que os trabalhos serão desenvolvidos e concluídos em cada se-tor, incluindo a repavimentação do asfalto, para só então ser aberta uma nova frente de trabalho. Durante o período de obras, a Embasa disponibilizará um funcionário na sede da associação de moradores para tirar dúvidas da população.

ITACARÉITACARÉDois povoados de Itacaré, um dos principais destinos tu-

rísticos do sul do estado, também vão contar com água tra-tada fornecida pela Embasa. Vila Marambaia e Campo Seco, que têm uma população estimada em duas mil pessoas, es-tão praticamente ligadas ao núcleo urbano devido à rápida expansão do município. No final de outubro, representantes da empresa promoveram uma reunião com a comunidade e lideranças políticas para explicar o projeto e anunciar o iní-cio das obras, que contam com investimento de R$ 720 mil.

Como forma de promover a revitaliza-ção do Rio da Prata, em Seabra, a Em-basa apresentou, no mês de outubro, o projeto Matas Ciliares, iniciativa que visa restaurar a vegetação nativa no entorno do rio, em áreas situadas entre a nascente e o ponto de captação de água que abastece o município. Duran-te o evento, Embasa e lideranças co-munitárias discutiram estratégias para implementação do projeto, que prevê a instalação de um viveiro seguido do plantio de mudas e o trabalho de edu-cação ambiental com a população ribei-rinha e toda a comunidade de Seabra.

A coordenadora do projeto Mata Ciliares em Seabra, a bióloga Ingryd Oliveira, afirma que tão importante quanto a recuperação da mata ciliar

é a conscientização da população em relação à necessidade de preservação contínua do Rio da Prata, que tem so-frido forte degradação por conta de uma ação humana desordenada. “É preciso trabalharmos juntos pela revi-talização do rio da Prata e pelo bem--estar da comunidade”, destaca.

Já o gerente regional da Embasa em Itaberaba, Amarildo Moreno, afirmou que a preocupação com a recupera-ção do rio é um reflexo da política da Embasa, que visa garantir o acesso ao serviço de abastecimento de água de modo sustentável, buscando a melho-ria da qualidade de vida das pessoas. “A conservação do Prata é primordial para assegurar o abastecimento de água de qualidade para o município”, lembrou.

Projeto Matas Ciliares é lançado em Seabra

Com 20 mil habitantes, o bairro é

um dos mais populosos da

cidade

Ponto de captação em área de atividade agrícola

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Agora, nada de lançar esgoto na praia! Esgoto de ruas vizinhas à praia do Setúbal já tem tratamento e destinação adequada

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sol que arde na praia do Setúbal já pode ser acompanhado por um belo banho de mar. Pescar ou dar um simples mergulho não trazem mais riscos à saúde dos cerca de cinco mil moradores do bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e dos consumidores finais dos peixes e ma-

riscos comercializados pelos pescadores locais. Antes da conclusão das obras de esgotamento sanitário, em setembro, mais de 80 casas construídas abaixo do nível da rua do Setúbal lançavam, indevidamente, seus esgotos domésticos direta-mente na praia. “Aqui era muito sujo e cheio de ratos. Era muito difícil entrar na água, porque descia muito esgoto”, conta o funcionário público, Carivaldo Lopes.

Essa realidade já faz parte do passado, graças aos investimentos da Embasa para melhorar a saúde e qualidade de vida da população do entorno. Para levar o esgoto até a Estação de Condicionamento Prévio do Rio Vermelho, a empresa construiu 738 metros de rede coletora, 204 metros de linha de recalque (tubulação de grande diâmetro) e a Estação Elevatória do Setúbal (estrutura que contém conjuntos de motor-bomba), além de executar 197 ligações domiciliares nas ruas do Setúbal, Vila Rosa e Coqueiros de Peripe-ri. Ao todo, foram aplicados R$ 360 mil. “As pessoas tomavam banho e a água fedia. Agora, não tem mais nada disso. A gente pode ver que não tem mais esgoto descendo”, afirma o pescador Alex Bonfim.

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