52
ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO Alexandre Camões Barbosa Fisiatra Clínica das Conchas Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Caparica, 2012

ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Embed Size (px)

DESCRIPTION

ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO. Alexandre Camões Barbosa Fisiatra Clínica das Conchas. Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Caparica, 2012. O que é a Medicina Física e de Reabilitação?. Especialidade médica - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

ENGENHARIA BIOMÉDICA

E

MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Alexandre Camões Barbosa

Fisiatra

Clínica das Conchas

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Universidade Nova de Lisboa

Caparica, 2012

Page 2: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

O que é a Medicina Física e de Reabilitação?

Especialidade médica

Promoção da funcionalidade física e cognitiva, da actividade e da participação social

Page 3: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

«Medicina física…»

• Técnicas terapêuticas empregues

– Cinesiterapia• Mobilização de articulações e estruturas miotendinosas• Fortalecimento muscular• Resistência muscular• …

– Agentes electrofísicos• Ultra-som• Laser• Correntes eléctricas• Ondas de choque• Ondas curtas• …

Page 4: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

«… e de Reabilitação»

• Estimulação eléctrica funcional

• Laboratório de marcha

• Laboratório da posição sentada

• Técnicas aumentativas de comunicação

Page 5: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Aparelho que utiliza vibrações mecânicas semelhantes ao som

Infra-som<20Hz

Ondas sonoras20 Hz – 20 kHz

Ultra-som> 20 kHz

Page 6: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Princípio terapêutico

Aplicação de vibração sónica a um material viscoelástico

Aumento dos movimentos moleculares

(vibração e consequente aumento do n.º de colisões)

Aumento da energia térmica

Page 7: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Produção de ultra-som

Page 8: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

Page 9: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 10: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

Page 11: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

Page 12: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

INTENSIDADE x PROFUNDIDADE

Page 13: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som• Efeitos biológicos

– Aquecimento• Elevação da temperatura até 40-45ºC hiperemia, diminuição dor e espasmo, aumenta reparação tecidular

– Cavitação• Formação de bolhas de gás com diâmetro <1• Improvável nas intensidades usadas

– Ondas estacionárias• Ondas reflectidas que se sobrepõem a ondas incidentes, gerando picos de alta

pressão intervalados por picos de baixa pressão• Formação muito improvável dada a técnica de aplicação dinâmica

– Fluxo acústico• Movimento macroscópico e microscópico de fluido que exerce pressão nas

membranas celulares e «lava» os iões e moléculas acumulados

– «Micromassagem»• As rápidas alterações de pressão nas estruturas celulares provavelmente têm

efeitos importantes, a que tem sido chamado de ‘micromassagem’.

Page 14: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Lesão de tecidos moles

– Fase aguda (até aos 3 dias)• Possivelmente sem benefício

– Fase subaguda (= granulação)• Deposição de tecido conectivo por acção dos fibroblastos

– Aumento da formação de colagénio– Aumento da resistência elástica

– Fase crónica (= remodelação)• Não foi estabelecido benefício, mas é provável que existe

Ainda não existe evidência convincente!

Page 15: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Reparação de cartilagem articular

– POSSÍVEL ÁREA DE DESENVOLVIMENTO FUTURO

– Estudo com exposição de cartilagem rotuliana de coelhos a US diário durante 4-52 semanas mostrou melhoria significativa às 4-8 semanas

– Resultados semelhantes em estudo de ratos com osteoartrose induzida

– Nenhuma evidência ainda em humanos (falta de estudos)

Page 16: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Reparação de feridas

– Vário estudos em animais revelam aceleração da cicatrização de feridas

• Em porcos houve aumento da resistência elástica (24%) e da deposição de colagénio (29%)

• Intensidades usadas: 0,1 W/cm2 – 1,5 W/cm2

– Estudos em humanos• Úlceras de pressão

– Callam 1987: aumento de 20% de cicatrização às 20 semanas

– Riet 1986: sem benefício

Page 17: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Consolidação de fracturas

– Benefício claro nos atrasos de consolidação e pseudoartroses

• Aumento da velocidade de consolidação• No entanto, equipamento usado diferente do usado

na clínica diária• Falta estabelecer eficácia de equipamento usado

na clínica!

Page 18: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Ultra-som

• Tecido cicatricial

– Poderá aumentar a extensibilidade– Faltam estudos que o evidenciem!

Page 19: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation

• Modelo atómico (Bohr, 1913)

• Efeito fotoeléctrico e emissão induzida (Einstein, 1917)

Page 20: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

Page 21: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

Page 22: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 23: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Material activo nos laser usados em MFR

– He-Ne 632,8 nm 1-2 mm– AsGaAl (díodo) = 630 – 1550 nm 2-4 mm

PENETRAÇÃO MÁXIMA COM ~ 1200 nm

Page 24: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Potência

– CLASSE 1: < 0,5 mW– CLASSE 2: 0,5 – 1 mW– CLASSE 3A: 1 – 5 mW– CLASSE 3B: 5 – 500 mW

Page 25: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Foto-receptor Fotossinal

FotoprodutosEfeitofinal

Radiação laser

activação

Cadeiafotobiológica

produção

FOTOBIOMODULAÇÃO

Foto-receptores Lavoproteínas

Catalases

Citocromoxidases

Tirosinases

SOD

Page 26: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Efeitos directos ou primários

a. Bioquímicos

a. Variação dos níveis de AMPc

b. síntese de ATP mitocondrial

c. síntese de ADN

d. síntese de prostaglandinas

e. síntese de beta-endorfinas

f. actividade de fibroblastos e formação de colagénio

g. proliferação celular

h. Normalização dos níveis de fibrinogénio

b. Bioeléctricos: são todos aqueles nos quais se produzem alterações regularizadoras do potencial de membrana

Page 27: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Efeitos indirectos ou secundários

A. Estimulação da microcirculação

Estímulo vasodilatador através de mediadores (e.g., histamina)

B. Efeitos sobre o trofismo local

1. Estimulação de tecido de granulação (feridas e úlceras)

2. Regeneração das fibras nervosas dos nervos periféricos;

3. Angioneogénese e regeneração de linfáticos;

4. Regeneração de tecido ósseo;

C. Outros efeitos

1. Estimulação da actividade neuronal;

2. dos potenciais de acção nervosos;

3. capacidade fagocitária de macrófagos e linfócitos.

Page 28: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Efeitos terapêuticos

– Efeito anti-inflamatório– Efeito biotrófico– Efeito analgésico

Page 29: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Cicatrização de feridas

– Evidência in vitro– Evidência conflituosa em animais– Muito pouca evidência em humanos por falta de

trabalhos metodologicamente bons

Page 30: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Cervicalgia e lombalgia

– Pouca evidência favorável– Alguns autores sugerem que luz não

coerente é tão eficaz como luz coerente

Page 31: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Síndrome do canal cárpico

– Weintraub, 1997: melhoria dos sintomas e comportamento neurofisiológico

– Irvine, 2004: sem benefício

Page 32: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

LASER

• Edema

– Poucos estudos existentes são favoráveis (redução do volume de edema)

Page 33: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Correntes eléctricas

• BAIXA: 1 – 1000 Hz

• MÉDIA: 1000 – 10 000 Hz

• ALTA: > 10 000 Hz

Page 34: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Correntes eléctricas

• Usos

– Excitomotor

– Analgésico

– Iontoforese

Page 35: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Correntes eléctricas

• EXCITOMOTOR

– Fortalecimento muscular– Aumento da resistência muscular– Manter trofismo muscular– Estimulação eléctrica funcional

• Membro superior pós-AVC (e.g., extensores punho)• Assistência marcha na paralisia cerebral (e.g., dorsiflexores

tornozelo)• Pé pendente

Page 36: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Correntes eléctricas

• ANALGÉSICO

– Baseado no efeito gate control de Wall e Melzack (1965)

– Estimulação de fibras Ab inibe transmissão nociceptiva ao nível da lâmina II corno posterior medula (substância gelatinosa de Rolando)

Page 37: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 38: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Correntes eléctricas

• Iontoforese

– Introdução de substâncias terapêuticas através da pele

– Usa corrente estado constante– Validada pela experiência de Leduc

Page 39: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 40: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

SUBSTÂNCIA ELÉCTRODO EFEITO

Procaína + Analgésico

AINE

(e.g., diclofenac)

- Anti-inflamatório

Corticóides - Anti-inflamatório

Cloreto de cálcio

1%

+ Analgésico

Hipossulfito de sódio - Analgésico

IK - Fibrinolítico

Page 41: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

IONTOFORESE

• Necessidade de investigação

– Novas substâncias• Toxina botulínica• Insulina

– Meios de aplicação mais eficazes

Page 42: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Laboratório de marcha

• Estudo do apoio plantar dinâmico• Cinemática da marcha• Forças reactivas do apoio durante a

marcha• Dinâmica articular• Electromiografia dinâmica telemétrica• Registo videográfico da marcha

Page 43: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 44: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 45: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 46: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 47: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Laboratório da posição sentada

• Analisa postura sentada através de sensores de pressão

• Permite avaliar regiões de hiperpressão e modificar cadeira de rodas ou almofada anti-escaras

Page 48: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 49: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Técnicas aumentativas e alternativas de comunicação

Page 50: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 51: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
Page 52: ENGENHARIA BIOMÉDICA E MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO