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7/25/2019 envelhciemto e atividade ficsica.docx
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INTRODUO
A relao entre atividade fsica, sade, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo
cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente praticamente umconsenso entre os profissionais da rea da sade que a atividade fsica um fator
determinante no sucesso do processo do envelhecimento. o obetivo desta reviso
estabelecer os principais fatores determinantes do nvel de atividade fsica durante o
envelhecimento e os benefcios do estilo de vida ativo na preval!ncia de doenas cr"nicas
no transmissveis, na mortalidade e na manuteno da capacidade funcional durante
esse processo.
Al#uns dos conceitos que sero utilizados ao lon#o da discusso dos assuntos aquitratados t!m sido adequadamente definidos e compilados pelos melhores especialistas da
rea, que em reunio especial che#aram a al#uns consensos$. %entre aqueles, os
conceitos que merecem especial ateno so&
a'Atividade fsica& definida como qualquer movimento corporal produzido em
conseq(!ncia da contrao muscular que resulte em #asto cal)rico.
b'*+erccio& definido como uma subcate#oria da atividade fsica que planeada,
estruturada e repetitiva resultando na melhora ou manuteno de uma ou maisvariveis da aptido fsica.
c'Aptido fsica& considerada no como um comportamento, mas uma caracterstica
que o indivduo possui ou atin#e, como a pot!ncia aer)bica, endurancemuscular, fora
muscular, composio corporal e fle+ibilidade.
%esta forma poderamos tambm considerar a pr)pria definio dos autores$, de
epidemiolo#ia da atividade fsica, como a parte da epidemiolo#ia que se preocupa com&
a' a associao entre os comportamentos da atividade fsica e a doena b' a distribuio
e determinantes dos comportamentos da atividade fsica em popula-es especficas e c'
a associao entre atividade fsica e outros comportamentos.
Nvel de atividade fsica, barreiras e motivao nos adultos de maior idade
%entre essas associa-es propostas pela epidemiolo#ia da atividade fsica, t!m sur#ido
pesquisas tentando estabelecer o padro do nvel de atividade fsica em diferentes
popula-es de indivduos de maior idade. *m $/, 0aspersen et al.$
compilaraminformao de cinco #randes levantamentos realizados na populao do se+o masculino
maior de 12 anos da 3n#laterra, *stados 4nidos e 5olanda. %e acordo com aquelas
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pesquisas, a caminhada foi uma das atividades mais realizadas, variando de 678 a 9:8,
se#uida pela ardina#em, que foi prevalente entre 698 e 198. ; atividades como
correr, trotar, o#ar t!nis e #olfe foram realizadas por menos que um em cada dez
indivduos.
%ados provenientes de :.976 homens e 2.acional de ?ade dos *stados 4nidos de $o
entanto, eram barreiras que poderiam ser superadas com a divul#ao das novas
mensa#ens de promoo da atividade fsica, que mostram como no h necessidade deequipamento, local, habilidade ou conhecimento para uma pessoa ser re#ularmente
ativa.
0onsiderando os a#entes facilitadores no ambiente para o envolvimento re#ular com a
atividade fsica os dados de Andrade et al.6revelaram que, em ordem de prioridade, as
pessoas maiores de 2< anos de idade realizavam atividade fsica por causa de indicao
de&
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Cs dados claramente evidenciam a relev@ncia do profissional da sade, particularmente
do mdico, como vetor para o envolvimento re#ular com a atividade fsica nessa fai+a
etria. %e forma similar, Iusuf et al.:ressaltaram a import@ncia da orientao mdica
sobre o nvel de prtica de atividade fsica de adultos e idosos como uma forma no s)
da preveno primria das doenas cr"nicas, mas tambm da preveno secundria em
pacientes com doenas cardiovasculares e outras enfermidades.
0omo parte de um estudo lon#itudinal de envelhecimento e aptido fsica, ?atariano et
al./investi#aram em :.as mulheres maiores de 92 anos de idade
problemas de sade e funcionais, como medo Es quedas, foram as principais barreiras
mencionadas. *sses dados so similares aos previamente reportados por Andrade et
al.6no levantamento feito no *stado de ?o =aulo. %esta forma a promoo da atividade
fsica na terceira idade deve levar em considerao a falta de companhia e a falta de
interesse, principais barreiras citadas, no momento de estabelecer polticas de sade
pblica.
C nvel de conhecimento em relao ao novo padro da atividade fsica para a promoo
da sade mostrou ter um comportamento diferente de acordo com o se+o e o local
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analisado2. %e acordo com o 0%0JA0?1o novo paradi#ma da atividade fsica para a
promoo da sade recomenda que os indivduos devem realizar atividade fsica de
intensidade moderada, por pelo menos 6< minutos por dia, na maior parte dos dias da
semana, de prefer!ncia todos, de forma contnua ou acumulada. *ste dia#n)stico foirealizado mediante a elaborao de um questionrio aplicado em diversas cidades do
*stado. >as cidades pequenas o padro de conhecimento sobre o novo paradi#ma da
atividade fsica foi positivo em 6:8 da populao feminina e em 628 da masculina. %e
forma similar, 618 das mulheres e 6$8 dos homens consideraram que a atividade fsica
deveria ser feita de tr!s a quatro vezes por semana e por mais de 6< minutos por
sesso. >a De#io etropolitana e #randes cidades do *stado, o padro foi relativamente
melhor& praticamente /os dados das cidades
mais populosas, menos de :68 daqueles que tinham conhecimento do novo paradi#ma
praticavam atividade fsica de acordo com essas novas recomenda-es. *ntre :28 Bse+o
masculino' e 6:8 Bse+o feminino' deles eram irre#ularmente ativos, enquanto /78 das
mulheres e 268 dos homens eram sedentrios. >as cidades menores os dados so mais
preocupantes& somente $/8 dos indivduos que t!m conhecimento do novo paradi#ma
praticam atividade fsica de acordo com estas recomenda-es. >o se+o feminino, 6/8
eram irre#ularmente ativas e /$8 sedentrias. >o masculino, :2,:8 eram
irre#ularmente ativos e praticamente /
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Iusuf et al.:, que relataram menor preval!ncia de mulheres re#ularmente ativas do que
homens. CLama e Cliveira7consideram tambm que no e+istiu diferena na adaptao
ao meio entre idosos Bhomens e mulheres' que participaram de pro#ramas de educao
fsica. 0om o obetivo de analisar os padr-es de atividade fsica durante o curso da vidaem mulheres idosas ativas e sedentrias, 0ousins e Meatin#encontraram que eventos
similares aconteceram na vida desses dois #rupos de mulheres. >o entanto, as mulheres
ativas deram um destino diferente aos desafios e comearam ou mantiveram a prtica da
atividade fsica, enquanto que as inativas responderam de forma diferente tentando
Nconservar ener#iaN e assim reduziram ou pararam o movimento. *m uma aborda#em
similar, Ioun# et al.$este caso a
promoo do novo paradi#ma, aqui postulado1, de atividades fsicas moderadas,
convenientes e li#adas E rotina diria pode ser o mais efetivo para os #rupos de idosos
sedentrios.
Proramas de atividade fsica na terceira idade
4m dos aspectos que devem ser considerados na relao atividade fsica, doena e sadeem termos populacionais a escolha do tipo de atividade fsica a ser prescrito na terceira
idade. Decentemente t!m sur#ido recomenda-es especficas de pro#ramas de atividade
fsica para atender a populao de adultos maiores de 1< anos de idade, tais como as
normas propostas pela Cr#anizao undial da ?ade$$ou o =ro#rama de =romoo da
Atividade Hsica& A#ita ?o =aulo na populao do *stado de ?o =aulo BOoverno do
*stado de ?o =aulo$:'. %e acordo com novos paradi#mas e evid!ncias, *ttin#er et al.$6,
sumarizando os critrios de realizao de testes em indivduos idosos, su#eriram a
necessidade dos mesmos somente para indivduos acima de 2< anos nos casos dee+erccios vi#orosos. >o caso de e+erccios moderados, somente deveriam ser
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submetidos a testes de esforo aqueles com doenas cr"nicas, ou com presena de
fatores de alto risco e ainda aqueles sintomticos.
*mbora o 0ol#io Americano de edicina *sportiva recomende um teste de esforo para
todo indivduo acima de 2< anos que queira comear um pro#rama de treinamento
vi#oroso, esta recomendao provavelmente no ser necessria para indivduos idosos
que simplesmente queiram caminhar ou participar de um pro#rama de treinamento de
resist!ncia, como su#erido recentemente por *vans$/. *sse autor recomenda nestes
casos a aplicao de um questionrio simples para identificar os sueitos que precisam de
uma avaliao mdica. *sta concluso foi conseq(!ncia de sua e+peri!ncia com o
pro#rama Keep Moving - Fitness after 50, que envolvia mais de 7.
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em duas sess-es semanais de < minutos, durante $7 meses, em que so
desenvolvidas& a reestruturao corporal, atividades de rela+amento e respirat)rias,
atividades aer)bicas e atividades direcionadas E fora muscular, fle+ibilidade, controle
motor, locomoo, equilbrio e ritmo$7
. %a mesma forma, o esquema 3A B3dosos emovimento antendo a Autonomia', da 4niversidade do *stado de Dio de ;aneiro, um
pro#rama que inclui aulas de #instica e dana obetivando trabalhar a fle+ibilidade,
mobilidade articular, equilbrio esttico e din@mico, coordenao, deslocamento e
rela+amento. %esta forma as aulas so elaboradas obedecendo a um esquema
peda#)#ico mais fle+vel Es altera-es do envelhecimento$.
4m aspecto fundamental do pro#rama de e+erccio o fortalecimento da musculatura
procurando incrementar a massa muscular e, por conse#uinte, a fora muscular, evitando
assim uma das principais causas de inabilidade e de quedas. Alm disso, a massa
muscular o principal estmulo para incrementar a densidade )ssea. Decentemente t!m
sido estabelecidas$/,:
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>a escolha das atividades aer)bicas ou de treinamento de fora muscular vrios aspectos
devem ser considerados, mas especialmente os obetivos a serem atin#idos. As
evid!ncias disponveis e amplamente analisadas por 5urleL e 5a#ber#:2indicam
claramente que tanto o treinamento aer)bico quanto o treinamento de fora no idosot!m efeitos benficos. Cs autores sintetizam que os dois tipos de treinamento melhoram
a densidade mineral )ssea, a homeostase da #licose e o risco de queda porm, se o
obetivo for melhorar o condicionamento cardiovascular, diminuir a hipertenso arterial,
melhorar o perfil de lipoprotenas plasmticas ou amenizar a hipertrofia do ventrculo
esquerdo, o treinamento aer)bico parece ser o mtodo mais eficaz. =or outro lado, se o
obetivo for aumentar a massa e a fora muscular, o treinamento de resist!ncia a
melhor opo. >o entanto, nenhum dos tipos de treinamento tem mostrado piorar al#um
dos par@metrosFchaves cardiovasculares e msculoFesquelticos. %essa forma,concordamos inte#ramente com a posio dos autores que a melhor opo para o
indivduo que est envelhecendo a realizao de um pro#rama de atividade fsica que
inclua tanto o treinamento aer)bico como o de fora muscular e que ainda incorpore
e+erccios especficos de fle+ibilidade e equilbrio.
Apesar de ser uma arte marcial chinesa milenar, que encoraa a concentrao mental e o
controle dos movimentos corporais, foi somente nos ltimos anos que comearam a
sur#ir as primeiras publica-es cientficas sobre os efeitos do tai chi chuan na aptido
fsica e capacidade funcional do idoso. *ssa atividade representa uma alternativa de
atividade efetiva e funcional, particularmente para os idosos que freq(entemente esto
em risco por causa de al#uns problemas associados ao envelhecimento, como artrite,
disfuno neurol)#ica, declnio #eral do equilbrio, coordenao e funo locomotora. 3sso
se deve a sua natureza de respeito ao ritmo da pr)pria pessoa, no estressora e no
competitiva, assim como sua habilidade de economizar tempo, espao e equipamento:1.
As evid!ncias cientficas t!m mostrado efeitos benficos si#nificativos da prtica re#ular
do tai chi chuan no equilbrio e nos movimentos suaves dos braos:9, no consumo
m+imo de o+i#!nio, na fle+ibilidade toracolombar, na fora muscular de e+tenso e dafle+o do oelho:7, assim como na funo cardiorrespirat)ria de pacientes com cirur#ia de
revascularizao cardaca:. >o nosso #rupo de pesquisa, Cliveira et al.6
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>o entanto, os efeitos benficos do tai chi chuan t!m sido demonstrados tambm em
variveis relacionadas E sade, como o caso do estudo realizado por Ioun# et al.6:com
idosos sedentrios hipertensos, encontrando uma reduo estatisticamente si#nificante
na presso arterial sist)lica e diast)lica. C conunto de informa-es cientficas recentespermite concluir que o tai chi chuan pode ser uma #rande alternativa em termos de
sade pblica para controlar ou reduzir a presso arterial, assim como para melhorar
outras variveis da aptido fsica relacionadas E sade e E qualidade de vida de
indivduos idosos.
Promoo do estilo de vida ativo
Cs pro#ramas de promoo da atividade fsica na comunidade para indivduos acima de
2< anos de idade t!m crescido em popularidade nos ltimos anos. 0onsiderando as novas
propostas internacionais de atividade fsica como forma de promover sade na
populao, sur#iu o =ro#rama A#ita ?o =aulo, que tem como obetivo aumentar o nvel
de conhecimento da populao sobre os benefcios da atividade fsica e aumentar o nvel
de atividade fsica da populao do *stado de ?o =aulo66. 4m dos focos principais do
pro#rama a populao da terceira idade e a proposta de prescrio de atividade para
essa populao realizar atividades fsicas de intensidade moderada, por pelo menos 6este sentido, um ponto em comum entre
esse posicionamento oficial ou de outros pesquisadores da rea:/,61,69como tambm da
nossa pr)pria viso da atividade fsica para os indivduos idosos so as variveis quedevem ser priorizadas para prescrever atividade fsica na terceira idade para manter a
independ!ncia funcional do indivduo& a' fora muscular b' equilbrio c' pot!ncia
aer)bica d' movimentos corporais totais e e' por ltimo, mas no menos importante,
as mudanas do estilo de vida, sem as quais no acreditamos que sea possvel manter
na totalidade a capacidade funcional do idoso.
!tividade fsica, mortalidade e lonevidade
4m dos aspectos mais fascinantes que tem sido motivo de vrias pesquisas a relaoentre o e+erccio, atividade fsica e a lon#evidade. Al#uns dados obtidos com atletas
mostraram que, apesar de no continuarem realizando atividade fsica de forma
sistemtica, eles possuem maior capacidade fsica BQC:m+.' do que seus companheiros
noFatletas sedentrios, possivelmente pelos altos padr-es de atividade de lazer destes
e+Fatletas67. A partir dos tradicionais estudos realizados por =affenbar#er6 com o
se#uimento de apro+imadamente $1.
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$.RcalJsem'. Guando os mais ativos foram comparados com os menos ativos, o
aumento na e+pectativa de vida foi em mdia de :,2$ anos para indivduos de 62F6
anos de idade no incio do estudo e de
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aqueles que adotaram um estilo de vida ativo. >o entanto, a maioria destes dados
provm de estudos observacionais e no randomizados. Cutros estudos analisados pelos
autores mostraram que a atividade fsica tambm tem um impacto positivo em variveis
intermedirias, como a presso arterial, o perfil de lipoprotenas e a toler@ncia E #licose,que influenciam a sade e a lon#evidade. %e forma similar, Harrell et al./2, com :2.6/$
pacientes do se+o masculino se#uidos em mdia por 7,/ anos e classificados em tr!s
nveis de condicionamento fsico Balto, mdio e bai+o', observaram uma forte associao
inversa entre o nvel de condicionamento e mortalidade por doenas cardiovasculares em
indivduos sem outros fatores de risco Bfumo, colesterol e presso arterial elevadas', mas
tambm em indivduos fumantes e com colesterol elevado. >o foram encontradas
associa-es em hipertensos ou sueitos com dois ou mais fatores de risco.
%ando continuidade E anlise da mais importante fonte de dados sobre fatores de risco,
mortalidade e lon#evidade Bos alunos de 5arvard analisados consecutivamente nos anos
1
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dia, do que naqueles que andavam mais do que 6,:Rm dirios. A dist@ncia caminhada
nesse caso permaneceu inversamente relacionada E mortalidade, mesmo quando
austada a outras medidas de atividade e outros fatores de risco. %e acordo com os
dados de um dos ltimos estudos realizados com os e+Falunos de 5arvard, See e=affenbar#er2o entanto,
os autores concluem que parece ser que as atividades fsicas de al#uma forma so
benficas e as vi#orosas claramente predizem ta+as bai+as de mortalidade. *m estudo
mais recente, See et al.2$utilizaram uma coorte prospectiva de $6.
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5u et al.22, se#uindo durante oito anos mais de 9:.
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See29, estudando em um perodo de seis anos um pouco mais de 9.2
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0om o prop)sito de determinar a relao entre os fatores de risco para a sade e a
incapacidade, Qita et al.1
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indivduo tem que ter a habilidade para se adaptar e modificar o andar em funo de
distrbios, assim como os desafios esperados e inesperados da locomoo. %esta forma,
a capacidade de movimentao seria considerada, no como o nmero de tarefas que o
sueito pode ou no realizar, mas sim pela amplitude de conte+tos ambientais nos quaisestas tarefas possam ser desempenhadas.
A mobilidade uma varivel e+tremamente importante associada no somente com a
qualidade de vida na terceira idade mas tambm com a lon#evidade. >este sentido,
5irvensalo et al.1/ analisaram a relao entre a mobilidade e o nvel de atividade fsica
com a mortalidade e a independ!ncia em $.$a
mesma reviso12os autores analisaram o efeito do e+erccio na velocidade de andar com
o envelhecimento. C e+erccio aer)bico e o treinamento de fora t!m mostrado um
impacto positivo na amplitude de passada em homens idosos. >o entanto, o e+ercciono influencia a velocidade de andar nos indivduos idosos, e+ceto em um passo muito
lento. Cs autores apresentam evid!ncias de que pro#ramas de e+erccio de cinco anos
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t!m mostrado melhora na fle+o e na rotao do quadril em mulheres de 2< a 9$ anos.
=rovavelmente, alm do e+erccio aer)bico e do treinamento de fora, sea necessrio um
pro#rama de treinamento especfico da velocidade de andar para conse#uir melhoras
si#nificantes nessa varivel no indivduo que est envelhecendo.
DI#$U##O
As evid!ncias epidemiol)#icas apontam para um decrscimo do nvel de atividade fsica
com o aumento da idade cronol)#ica, tornando o sedentarismo um fator de risco de
morbidade e mortalidade durante o processo de envelhecimento. Cs dados apontam que
as barreiras para a prtica de atividade fsica re#ular na terceira idade so facilmente
superveis e que estrat#ias de polticas pblicas de sade podem ser implantadas para
superar a falta de equipamento, a falta de tempo e de conhecimento que so apontadas
como as barreiras mais comuns. %essa forma, possvel encoraar a adoo de um estilo
de vida ativo durante o envelhecimento, sensibilizando a populao sobre a possibilidade
de ser fisicamente ativo sem precisar ter muito tempo e habilidades, conhecimentos ou
equipamentos especficos. %o mesmo modo, as evid!ncias enfatizam o papel do mdico e
da famlia como a#entes facilitadores para a prtica re#ular da atividade fsica nesta
etapa da vida. >este aspecto fundamental considerar as observa-es realizadas
recentemente por 0hristmas e Andersen11, que su#erem para os profissionais da rea da
sade, especialmente os mdicos, estrat#ias especficas para abordar e motivar o
paciente idoso sedentrio levando em considerao o padro de atividade fsica do
indivduo durante a vida e seus interesses, assim como o nvel de atividade fsica nos tr!s
ltimos meses, o nvel de interesse e motivao para o e+erccio e as prefer!ncias sociais
para a prtica da atividade fsica re#ular. =ara reforar e conse#uir sucesso os autores
recomendam que a prescrio da atividade fsica sea realizada por escrito, levando em
conta o tempo disponvel para realizar atividade fsica, o deseo do paciente, osequipamentos e as facilidades disponveis, lembrando as comorbidades que podem afetar
o desempenho para realizar atividade fsica e, o mais importante, ser estimulada como
um hbito para o resto da vida. A avaliao mdica, no entanto, deve ser utilizada com
critrios especficos para converter esta ferramenta em mais uma barreira para a prtica
da atividade fsica. C ltimo posicionamento a este respeito de um dos maiores
especialistas da rea, ?hephard19, aponta claramente, com fortes evid!ncias
epidemiol)#icas, que o idoso que desea realizar atividades fsicas leves ou moderadas
deve ser encoraado a se envolver re#ularmente sem uma avaliao mdica especial, que desnecessria e um fator desmotivante. %evido Es claras e fortes evid!ncias
epidemiol)#icas de que o estilo de vida ativo um fator fundamental na preveno,
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tratamento e controle das doenas cr"nicas no transmissveis, a promoo da atividade
fsica re#ular deve ser promovida nesta populao com polticas claras e estrat#ias de
implementao recentemente descritas por ?. atsudo e Q. atsudo17. As polticas
pblicas devem promover na populao o estmulo E adoo da recomendao atual daatividade fsica, encoraando os indivduos de todas as idades, mas em especial os
maiores de 2< anos, a realizar pelo menos 6< minutos de atividade fsica moderada por
dia, na maior parte dos dias, de forma contnua ou acumulada. *stas estrat#ias devem
enfatizar a no obri#atoriedade da avaliao mdica Bcom e+ceo dos casos
sintomticos' ou da participao em pro#ramas estruturados ou supervisionados para a
adoo de um estilo de vida ativo como mecanismo de promoo da sade.
$ON$%U#&'#
As evid!ncias epidemiol)#icas apresentadas nos permitem concluir que a atividade fsica
re#ular e a adoo de um estilo de vida ativo so necessrias para a promoo da sade
e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. A atividade fsica deve ser
estimulada no somente no idoso, mas tambm no adulto, como forma de prevenir e
controlar as doenas cr"nicas no transmissveis que aparecem mais freq(entemente
durante a terceira idade e como forma de manter a independ!ncia funcional. As
atividades que devem ser mais estimuladas so as atividades aer)bicas de bai+o
impacto, mas preferencialmente o e+erccio com pesos, para estimular a manuteno da
fora muscular dos membros superiores e inferiores, deve ser a prioridade no idoso. %a
mesma forma, o equilbrio e os movimentos corporais totais devem fazer parte dos
pro#ramas de atividade fsica na terceira idade. As evid!ncias su#erem que a atividade
fsica re#ular e o estilo de vida ativo t!m um papel fundamental na preveno e controle
das doenas cr"nicas no transmissveis, especialmente aquelas que se constituem na
principal causa de mortalidade& as doenas cardiovasculares e o c@ncer. as, alm disto,a atividade fsica est associada tambm com uma melhor mobilidade, capacidade
funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. importante enfatizar, no
entanto, que to importante quanto estimular a prtica re#ular da atividade fsica
aer)bica ou de fortalecimento muscular, as mudanas para a adoo de um estilo de vida
ativo no diaFaFdia do indivduo so parte fundamental de um envelhecer com sade e
qualidade.
R'('R)N$I!#
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