Upload
letram
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
NÓS
Época de Pentecostes 2014
Editorial
Tema do períodoFesta do Divino Espírito Santo, 3 a 6PedagógicoEnsino de Geografi a no 5º ano, 7Observação de Aves nos 5ºs anos, 14
Expediente
Agradecemos a todos que colaboraram com esta edição.Representante do Corpo Docente:Adriana LeiblAssociação Pedagógica Rudolf Steiner:Rosemarie Schalldach
Capa: Matthias Zaeslin, Professor de ArtesDiagramação: Graphium EditoraImpressão Gráfica: Graphium Gráfica e EditoraTiragem: 300 exemplares Site: www.ewrs.com.br
3
Deus lhe pague arroz e feijão
Ai que vós deram pra companhia
Espírito Santo é que abençoa
Ao meu senhor e sua família
É...
Deus lhe pague a Santa Ceia
Em santa mesa a todos abençoai
Espírito Santo é quem abençoa
A sua casa a ter a fartura
É...
(Mestre Dito Geraldo)
Querida Comunidade,
Neste ano nossa tradicional festa de São João está marcada para o dia 7 de junho, data que, dentro do calen-dário cristão, coincide com a véspera da comemoração de Pentecostes. Sen-do assim, a nossa Escola optou por celebrar pela primeira vez a festa do Divino Espírito Santo.
Desde os primórdios da humani-dade temos relato da profunda relação que as comunidades agrícolas estabe-leceram com a Natureza e com o sa-grado. Tais comunidades sabiam que sua sobrevivência estava vinculada aos frutos que a terra poderia lhes propor-cionar e assim, pediam e agradeciam para que não lhes faltasse o alimen-to. Em muitas destas comunidades,
foram se constituindo rituais longos, complexos, que denotam grande com-preensão da importância dos proces-sos em detrimento de ações pontuais. Contavam com a participação ativa de todos os membros do grupo, sendo que as ações comunitárias aconteciam em detrimento das atuações indivi-duais. Certos membros participavam desse preparo durante toda a vida, memorizando uma quantidade enor-me de práticas ritualísticas. A benção ao alimento esteve presente em todos os tempos e em inúmeros povos, as-sumindo diferentes roupagens, mas guardando a mesma essência.
O Antigo Testamento traz relatos de festas em agradecimento às dádivas
Tema do Período
4Tema do Período
da Natureza (Ex 23,14-17). Uma de-las é a Festa de Pentecostes, também chamada Festa das Primícias, ou Festa das Semanas (Shavout) – já que se rea-liza sete semanas após o Pessach (Pás-coa). Neste dia, todo israelita deveria comparecer ao santuário ofertando dois pães preparados com a farinha do trigo recém colhido, as primícias ou Bicurim. Levavam também, em uma cesta enfeitada com fl ores, amarrados um ao outro, frutos maduros colhi-dos no campo. Após a benção, tais alimentos eram compartilhados em festa, não somente com a família, mas também com os pobres, as viúvas e os estrangeiros (Dt 16,9-12).
No entanto, a festa das Primícias não era apenas um agradecimento pe-los frutos nascidos na terra prometida, mas a comemoração da aliança entre o povo de Israel e Iahwet, no Mon-te Sinai (Dt 7-10). O acesso ao cume deste Monte sagrado era concedido apenas a Moisés, que lá recebia instru-ções divinas, inclusive, a proclamação dos Dez Mandamentos. A relação que se estabelecia era a de uma autorida-de divina instruindo uma autoridade terrena, sendo Moisés o líder de um povo ligado fortemente pela corrente hereditária. A festa de benção ao ali-mento foi, portanto, ampliada para uma grande festa de renovação da Aliança do homem com o Divino.
Para o Cristão, esse dia representa a possibilidade de uma nova aliança.
No dia da comemoração de Pentecos-tes, cinquenta dias após a ressurreição do Cristo, estavam todos reunidos no cenáculo: os onze apóstolos, Matias, que havia ocupado o lugar de Judas, e Maria – que é sempre relatada como fi gura central do grupo. Eram, portan-to, doze mais um. O sentimento do grupo era de desolação, dor profun-da. Eles haviam permanecido quaren-ta dias em companhia de seu Mestre, recordando tudo o que tinham passa-do ao seu lado. Nasceu-lhes uma nova compreensão, a memória trouxe-lhes o nascimento de uma consciência ele-vada. No entanto, o Cristo os havia deixado, ordenando-lhes que perma-necessem em Jerusalém (At 1,1-11).
“Tendo-se completado o dia de Pen-tecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam. Apareceram-lhe então, línguas como o fogo, que se repartiam e que pou-saram sobre cada um deles. E todos fi caram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras lín-guas, conforme o Espírito lhes conce-dia se exprimirem.” (At 2,4-13)
Com o ruído que se fez, muitos chegaram e os viram falar em muitas línguas, entendendo e se fazendo en-tender por todos os estrangeiros que lá estavam. Entre os que assistiam àque-la cena, alguns zombavam, outros fi -
5 Tema do Período
caram perplexos, outros perguntaram se aquele grupo havia se embriagado.
Este é o marco de um segundo momento da biografi a destes apósto-los. Nasce naquele grupo, composto por membros tão diferentes entre si, uma imensa força que os dirigiu para o mundo sem medo, espalhando a mensagem do Cristo, ministrando curas, milagres e conversões. Segui-ram separados, porém profundamen-te unidos por laços maiores.
O que se estabeleceu foi uma nova aliança, não mais da autoridade di-vina para autoridade terrena, mas da Palavra Divina disposta para uma comunidade formada por indivíduos preparados internamente. Pois o ca-minho do Cristo não culmina no pre-paro da individualidade, mas na for-mação de individualidades preparadas e unidas em uma comunidade coesa a ponto de acolher o elemento espiri-tual. Difícil entender um signifi cado tão profundo, pois, sem dúvida, esta-mos tratando de um momento futuro da humanidade.
Como comemoração a Pentecos-tes, encontramos em nossa cultura popular brasileira a Festa ao Divino Espírito Santo. Ao nos relacionarmos com a cultura popular, ligamo-nos à tradição de um povo, a sua alma, e as-sim, ao que diz respeito ao humano universal.
A cultura popular tem a qualidade de zelar por tradições, o que acontece com os contos de fadas, por exem-plo e, em nossa cultura, nas Folias de Reis, Cantos de Trabalho, Celebração ao Divino.
As Festas ao Divino Espírito Santo acontecem em praticamente todos os estados brasileiros, com peculiarida-des rítmicas e danças específi cas. No Maranhão, por exemplo, a fi gura cen-tral são as caixeiras, mulheres devotas do espírito santo, que conhecem cada ritual e os toques das caixas e loas, es-pecífi cos para cada momento da festa.
O núcleo central desta festa é um grupo de crianças que representa a cor-te do Divino Espírito Santo na Terra. Todo ano são coroados um impera-dor, uma imperatriz, mordomos. Sua origem é Portuguesa, sendo creditada à Dona Izabel Diniz sua introdução ainda no século XIV. Como agrade-cimento de promessa feita por pedido de paz em época de disputas no reino, a rainha teria coroado uma criança do povo como imperador e realizado um banquete aos pobres como agra-decimento ao Divino Espírito Santo. A festa passou a ser realizada todos os anos com objetivo de celebrar a paz, sendo difundida para todas as comu-nidades de tradição portuguesa. No Brasil é trazida principalmente pe-los açorianos, recebe forte infl uência africana e também traços da cultura
indígena.
Normalmente há um festeiro, al-guém que fez uma promessa ao divi-no e alcançou a graça desejada, que patrocina a festa como pagamento de sua promessa.
O símbolo da Festa é a pomba branca, o Divino Espírito Santo, que aparece nas bandeiras normalmente sobre um fundo vermelho. Em geral a bandeira visita às casas da comuni-dade acompanhada das folias, arreca-dando fundos para o evento. É uma grande honra e uma bênção recebê--los. Assim, dar, receber e retribuir, princípios tão presentes em tradições populares, possibilitam a existência do festejo.
Muitas vezes há mais de um festei-ro. Por isso, na praça principal acon-tece o encontro de bandeiras, que são colocadas em um altar ao divino. No momento desse encontro os grupos de dança e música tradicional de cada bairro se apresentam. Nesse momento
ocorrem as congadas, marujadas, mo-çambiques, jongos, fandangos.
Nas Festas ao Divino encontramos procissão, mastro, bandeirolas, músi-cas, danças, brincadeiras, quermesse, tapete de serragem. Muitos desses elementos são comuns também nas celebrações juninas. Como comida tí-pica, em muitas cidades, encontramos nesta ocasião o pastel de angu, a vaca atolada ou o churrasco.
O ideal cristão veio para toda a hu-manidade e é tocante constatar como o Espírito Santo, o terceiro elemen-to da trindade cristã, foi abraçado e compreendido por tantas comunida-des religiosas no Brasil. Neste festejo tão ecumênico, a bandeira do Divino pode abençoar todos os lares, desde que os moradores tenham suas portas e seus corações abertos.
Desejamos um lindo festejo à nos-sa comunidade! Um grande abraço,
Do Grupo de Religião da EWRS
Referências:Bíblia de Jerusalém, Editora PaulusCampbell, Joseph – Mitologia Primitiva, Editora Palas AthenaCiclo de Festas Cristãs, Sociedade Antroposófi cahttp://www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/bitstream/1/295/1/Festa%2520do%2520Divino%2520no%2520Maranhao.pdfjoao_rafael_coelho_cursino_dos_santos.pdf
6Tema do Período
Ensino de Geografi a no 5º ano
O interesse pelo mundo, que deve despertar nas aulas de geografi a, tem um efeito mais profundo do que só de aumentar o horizonte. Em primeiro lugar dá à criança coragem para a vida. Por aprender também as condições de vida e a forma como os seres humanos dividem o espaço na terra, a criança de acordo com Steiner, desenvolve uma relação mais amorosa para com o próximo, ou seja, o ensino de geografi a tem, como todas as outras matérias, um componente moral.
Tradução livre de Monica von Beckedorff de vários pequenos trechos de Christoph Göpfert, extraídos da revista “Erziehungskunst”!
7 Pedagógico
8Pedagógico
Des
enho
de:
Luiz
a Bac
il N
asci
men
to 5
ºA
9 Pedagógico
Des
enho
de:
Luan
a Mik
i Sac
ay 5
ºA
10Pedagógico
Des
enho
de:
Luiz
a Bac
il N
asci
men
to 5
ºA
11 Pedagógico
Des
enho
de:
Luiz
a Yos
him
ura 8
ºB
12Pedagógico
Des
enho
de:
Luiz
a Yos
him
ura 8
ºB
13 Pedagógico
Des
enho
de:
Luiz
a Yos
him
ura 8
ºBD
esen
ho d
e: Jo
anna
G. M
arsil
io 8
ºB
14Pedagógico
Observação de Aves nos 5ºs anos
No mês de abril o Sr. Carlos Augusto Rizzo, criador e coordenador do Uba-tubabirds, veio realizar um trabalho com os alunos dos quintos anos sobre ob-servação de aves. Possuidor de um currículo notável em diversas áreas, conquis-tou a atenção de todos e despertou o interesse para mais esta porta que se abre no aprendizado dos alunos, ao longo deste ano.
Helena W. BiraiProfessora de Classe do 5º B
Des
enho
de:
Benj
amin
5ºB
15 Pedagógico
Des
enho
de:
Luca
5ºB
Agenda
MANTENEDORAAssociação Pedagógica Rudolf SteinerRua Job Lane, 900 Cep 04639-001Alto da Boa Vista São PauloTel.: +11 5523-6655 Fax: 5686-9863e-mail: [email protected]
11/06 Encerramento do 1º semestre
19 a 22/06 Corpus Christi
24/06 Dia de São João
14/07 Início do 2º semestre
21/07 Início do Curso Normal Noturno
31/07 Palestra (Comissão de Palestras)
07 a 10/08 Peça Teatral – 8º B
14/08 Reunião de Representantes de Classe
16/08 Encontro do Ex-aluno
21/08 Palestra (Comissão de Palestras)
23/08 XII Inter-Waldorf
28 a 31/08 Peça Teatral – 11º A
07/09 Independência do Brasil