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TIM I – Set. 2003 E E s s c c o o l l a a S S u u p p e e r r i i o o r r d d e e T T e e c c n n o o l l o o g g i i a a d d e e V V i i s s e e u u Caderno da disciplina Licenciatura em Engenharia de Madeiras Ano Lectivo 2003/2004

Escola Superior de Tecnologia de Viseu - estgv.ipv.pt · quer mecânico e respectivos acessórios, bem como o local de trabalho, são factores que não passam despercebidos a quem

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TIM I – Set. 2003

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Caderno da disciplina

Licenciatura em Engenharia de Madeiras

Ano Lectivo 2003/2004

Tecnologia das Indústrias da Madeira I− Prática

2º Ano − 1º Semestre

Departamento de Engenharia de Madeiras

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Normas de Funcionamento para as aulas práticas no L.T.I.M.

Ano Lectivo 2003/2004

Tecnologia das Indústrias da Madeira I− Prática

2º Ano − 1º Semestre

Departamento de Engenharia de Madeiras

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Generalidades

Todo e qualquer trabalho a desenvolver no L.T.I.M., deve ser realizado

com ordem, disciplina, limpeza e com o máximo de segurança, a fim de evitar

qualquer acidente e seus resultados negativos.

Por outro lado, a forma como é tratado todo o equipamento, quer manual,

quer mecânico e respectivos acessórios, bem como o local de trabalho, são

factores que não passam despercebidos a quem avalia, e contribuem para

adquirir hábitos de trabalho importantes.

1. Posto de trabalho

Não é possível realizar trabalhos de qualidade, se não tivermos o cuidado

de manter em ordem e no local adequado os vários componentes necessários

ao trabalho.

Assim, todas as ferramentas devem ser cuidadas e protegidas de

forma a evitar a sua ruptura, desgastes inúteis ou mesmo o seu extravio.

As ferramentas que possuem lâminas de corte, caso dos formões, plainas

ou serrotes, devem ser correcta e exclusivamente utilizadas para o trabalho a

que estão destinadas.

Devem estar sobre o banco de trabalho apenas as ferramentas

necessárias à sua realização e todas as outras deverão permanecer nos locais

próprios.

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No banco de trabalho existem locais destinados à colocação em

segurança da ferramenta que não esteja a ser utilizada no momento.

As ferramentas, possuem portanto, locais apropriados para serem

arrumadas e deverão ser sempre colocadas na devida ordem e em condições

de limpeza no final de cada aula.

Caso estas exigências não sejam cumpridas, os alunos poderão ser penalizados em termos de avaliação.

2. Trabalhos e desperdícios

Os trabalhos, madeiras e restos de materiais, deverão ficar arrumados

em local apropriado. Para tal são destinados locais para arrumação dos

trabalhos, painéis aglomerados, madeiras e desperdícios, proporcionando

assim condições para um bom ambiente laboral. Nenhum aluno poderá

abandonar o seu local de trabalho sem previamente deixar todas as

ferramentas, máquinas portáteis e matérias subsidiárias nos respectivos locais,

armários de ferramentaria e aprovisionamento.

3. Segurança no trabalho

Um aspecto muito importante é o da segurança do aluno, a fim de evitar

ou minimizar o risco de ocorrência de acidentes que são próprios nestas

operações:

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3.1- O aluno deve concentrar-se no que está a fazer e não desviar a sua

atenção;

3.2- O desconhecimento total do funcionamento de uma determinada

ferramenta ou máquina-ferramenta, pode tornar-se um factor de elevado

risco, por conseguinte não é permitido ao aluno trabalhar num

equipamento, sem que primeiro lhe sejam dados os devidos

esclarecimentos, relativamente ao seu modo de funcionamento;

3.3- O aluno que tenha um ritmo de trabalho não adequado, por ser

demasiado rápido ou demasiado lento, deverá manter-se calmo e seguro,

sem que se verifique prejuízo no seu rendimento;

3.4- O excesso de confiança conduz muitas vezes ao acidente, por isso

sugere-se prudência e concentração aos movimentos irreflectidos;

3.5- Evitar desviar a atenção, do colega que está a utilizar determinado

equipamento. Quando houver necessidade de o fazer, impõe-se que seja

efectuado com prudência, de forma adequada, sem que o colega que se

encontra a trabalhar se precipite.

3.6- As máquinas em funcionamento podem produzir acidentes de

consequências imprevisíveis. Apesar da sua tecnologia ser cada vez mais

avançada, deverão utilizar-se sempre os respectivos dispositivos de

protecção, nomeadamente nos elementos cortantes, de forma a evitar

qualquer contacto fortuito com estes durante o seu movimento. Por outro

lado, a utilização do equipamento manual, deverá obedecer às técnicas

correctas, de forma a evitar acidentes.

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4. Protecção pessoal

Na execução dos diferentes trabalhos no L.T.I.M., deverão ser utilizados

os meios de protecção adequados a cada caso, como por exemplo:

- uso obrigatório de bata durante as aulas, com as mangas bem apertadas no punho;

- uso obrigatório de protectores auriculares, sempre que o sistema de aspiração e máquinas estejam em funcionamento;

- óculos de protecção para o afiamento de ferramentas e em máquinas específicas (torno e furadores);

- uso obrigatório de máscara nos acabamentos;

- obrigatoriamente, todas as pessoas que tenham o cabelo comprido, deverão tomar providências no sentido de o trazer apanhado durante as aulas;

- alunos medicamentados, que em determinadas circunstâncias são aconselhados pelo médico a não se exporem ao perigo adjacente do trabalho em máquinas, deverão imediatamente informar o docente da disciplina, fazendo-se acompanhar da respectiva justificação médica;

- informar o docente de qualquer acidente que ocorra, mesmo que se trate de um dano de pequena importância.

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5. Considerações finais

É importante que exista conforto no espaço destinado à execução dos

trabalhos. É necessário convergir esforços para manter os locais em condições

de limpeza e segurança. Para atingir tais objectivos é necessário

responsabilidade e cumprimento do estabelecido por estas normas e demais,

que pela sua importância, possam ser incluídas.

Ter sempre presente que o L.T.I.M., é um lugar de trabalho sério.1

Os Responsáveis pela Cadeira de T.I.M. I

___________________________

Nuno Garrido

Marcelo Oliveira

1 Realizar somente os trabalhos prescritos e aprovados pelos docentes. Outros tipos de trabalhos são

expressamente proibidos.

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Normas de Funcionamento da disciplina de T.I.M I.

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Funcionamento das Aulas

- Comparência rigorosa à hora prevista no horário.

- As aulas serão contínuas, não havendo interrupções.

- Utilização obrigatória do equipamento de protecção pessoal.

- No final de cada sessão de trabalho, é obrigatório arrumar as

ferramentas e os equipamentos utilizados.

- Cada aluno deve contribuir para a organização do espaço e do

desenrolar do trabalho, mantendo os stocks de madeiras e painéis na

devida ordem e colocar os desperdícios nos locais próprios.

- Cumprimento integral das exigências das normas de funcionamento

nas aulas práticas do L.T.I.M.i

. Equipamento Auxiliar Individual, Obrigatório

- Bata (mangas apertadas no pulso, obrigatoriamente)

- Fita métrica (indispensável)

- Lápis e borracha

- Caderno da disciplina

i Analisar cuidadosamente todas as normas facultadas.

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Avaliação

- A classificação final corresponderá à média aritmética das classificações

dos diferentes trabalhos (70%), do relatório final de grupo (20%) e da

assiduidade e participação (10%).

- O relatório final de cada grupo será entregue uma semana após a

conclusão do último trabalho prático

- A não comparência a uma aula implica uma penalização em 20% da

classificação no respectivo trabalho.

O não cumprimento destas normas pode implicar a exclusão do aluno e a correspondente penalização por falta à aula.

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Trabalhos Práticos

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Trabalho Prático nº 1 – Mesa decorativa (trabalho de grupo)

GRUPOS DE 2 ALUNOS NO MÁXIMO

Objectivos: Aplicação de conhecimentos teóricos adquiridos, na

execução de várias ligações de madeira com mudança de

direcção, recortes e perfis, utilizando o equipamento

adequado para a sua realização.

Funções: Esta pequena peça de mobiliário destina-se

fundamentalmente à decoração de salas de estar, ou outros

espaços.

Material a utilizar: Madeira de Pinho sem defeitos e bem seca,

com as seguintes dimensões:

Madeira Aparelhada

Designação Quantidade Comprimento Largura Espessura

Tampo 8 70 5,5 2,5

Perna 2 35 24 2,2

Apoio Tampo 2 37 4 3,5

Pé 2 37 5 4

Travamento 1 70 5 4

Cunha 2 10 4,5 1

Nota: todas as medidas estão em centímetros

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Trabalho Prático nº 2 – Cadeira decorativa (trabalho de grupo)

Objectivos: Aplicação de conhecimentos teóricos adquiridos, na

execução de várias ligações de madeira (fura-respiga) com

mudança de direcção e recortes, utilizando o equipamento

adequado para a sua realização.

Funções: Esta pequena peça de mobiliário destina-se

fundamentalmente à decoração de espaços próprios e

eventualmente como assento temporário.

Material a utilizar: Madeira de Pinho sem defeitos e bem seca,

com as seguintes dimensões:

Madeira Aparelhada

Designação Quantidade Comprimento Largura Espessura

Assento 1 31 27 1,5

Perna (frente) 2 28 3 3

Perna (posterior) 2 57 3 3

Travessa (frente) 2 28 4,5 e 3 1,5

Travessa (posterior) 2 25 4,5 e 3 1,5

Travessa (lateral) 4 24 4,5 e 3 1,5

Nota: todas as medidas estão em centímetros

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Trabalho Prático nº 3 – Torneado (trabalho individual)

Objectivos: Aplicação de conhecimentos teóricos adquiridos,

destinados ao funcionamento do torno copiador,

nomeadamente:

- Orgãos de comando - Ferramentas de corte (fixação e colocação das ferramentas) - Execução de moldes - Torneamento de peças

Funções: Elementos constituintes de gradeamentos destinados à

protecção de vãos de escadas e sacadas.

Material a utilizar: - Madeira de Pinho sem defeitos e bem seca.

- Aglomerado de fibras de madeira (MDF) para

a concepção do molde.

Tarefas: T1 - A partir de uma peça de MDF construir o molde do

balaústre com as dimensões indicadas no desenho

apresentado.

T2 - Preparação da madeira para execução de um prisma

de secção quadrada de acordo com as dimensões do

molde executado.

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Tópicos para o relatório

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Tópicos para o relatório de T.I.M. I

Nesta etapa, pretende-se que o aluno retracte o desenvolvimento do processo de

fabrico, fazendo referência às matérias primas, às técnicas e aos equipamentos,

realçando eventuais características ou aspectos dos mesmos, que tenham sido

determinantes para o desenrolar do trabalho.

Nesta perspectiva sugerem-se os seguintes tópicos:

Índice Introdução genérica

(a madeira numa perpectiva industrial, o sector, as máquinas/ferramentas,...) Material necessário para a execução do trabalho

(tabelas de componentes em tosco e aparelhados com referências à qualidade das matérias primas disponíveis e outros aspectos que influenciam o planeamento inicial)

Técnicas e tecnologias utilizadas (referências às técnicas construtivas aplicadas, equipamentos industriais e respectivas tecnologias e ferramentas, focando características e aplicações)

Sequências operativas utilizadas (apresentar diagramas de fluxo de fabrico, para cada componente, com operações e máquinas envolvidas)

Matérias primas e subsidiárias consumidas. Peças rejeitadas (determinar os desperdícios de material, critérios de rejeição de peças)

Registo de tempos de fabrico por operação ou tarefa (apresentar tabelas de controlo de tempos por operação e comparar a influência das várias vertentes: tempo de preparação, tempo de afinação, tempo de movimentação, no tempo total obtido)

Críticas/ Sugestões Bibliografia (será valorizada a pesquisa nos temas relacionados)