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Escrevendo as nossas histórias Para melhorar os nossos ... · a. Esboçar o processo de desenvolvimento de um Plano de Documentação e Comunicação b. Demonstrar aptidões na recolha

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Para melhorar os nossos programasEscrevendo as nossas histórias

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AgradecimentosO conteudo do Manual de Documentação e comunicacação de Boas Práticas comunitárias sobre HIV, a publicação foi

autorizado por Shalotte Chipamaunga e Sara Page. A revisão foi feita por Lois Chingandu com apoio da Rouzeh Eghtessadi o desenho e maquetização foi feito por Fikile Gotami.

Manual de Documentação e Comunicação de Boas Práticas

comunitárias sobre o HIV

September 2009

Escrevendo as nossas históriasPara melhorar os nossos programas

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i i � Escrevendo as nossas histórias

Palavras importantes para lembrar

Facilitador – Alguém com conhecimento e compreensão, que pode auxiliar na realização de tarefas.

Cultura – crenças, valores e costumes colectivos, que se acredita serem verdadeiros e que são transmitidos de geração em geração.

Práticas culturais – o que fazemos tendo em conta as nossas crenças. Hoje em dia nem sempre fazem parte da maioria dos nossos interesses.

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Escrevendo as nossas histórias � i i i

Existem muitas pessoas que não sabem ler nem escrever. Mesmo tendo em consideração que todos temos vastos conhecimentos e experiência, muito pouco é passado para os outros, e em particular para as gerações vindouras. Algumas Boas Práticas relevantes para as nossas comunidades não foram noticiadas porque não foram gravadas nem registadas e, por isso, caíram no esquecimento.

Este manual pode ser usado por qualquer pessoa que trabalha na área do HIV e irá capacitar indivíduos ou comunidades a:

próximas gerações

entre as comunidades e provedores de serviços

Sobre este manual

Como utilizar este manual?O manual pode ser usado em treinos sobre como documentar

as boas práticas e histórias em torno das questões relacionadas com o HIV. Pode igualmente ser usado como um livro de

de conhecimento e informação para aperfeiçoar os seus programas comunitários.

Como deve ser usado o manual em formações?Os facilitadores para esta formação devem possuir boas capacidades em documentação e comunicação de estudos de caso, particularmente em questões relacionadas com o HIV e SIDA. É igualmente importante que estejam familiarizados com as práticas socioculturais comunitárias dos participantes.

orientação durante a fase de escrita e edição no treino.

ObjectivoO objectivo da formação consiste em aumentar a documentação e comunicação de Boas Práticas ao nível das comunidades, o que conduzirá à melhoria da qualidade dos programas de HIV e SIDA.

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Objectivos GeraisA formação irá ajudar os participantes a:

a. Esboçar o processo de desenvolvimento de um Plano de Documentação e Comunicaçãob. Demonstrar aptidões na recolha de dados e registo de histórias para documentar Boas Práticas ao nível local

Boas Práticas através do uso de métodos apropriados a

Quanto tempo dura a formação?Esta formação é participativa e deve ter em consideração

seus participantes na documentação e comunicação. O

serão aplicadas sessões práticas ao longo da formação. Sugere-se que a formação dure cinco dias, no minimo, para a aquisição de práticas adequadas.

Quem deve participar na formação?Idealmente, os participantes na formação devem ser indivíduos

e tratamento do HIV ao nível das comunidades. Será ideal

comunicação.

participantes devem ter um nível básico de aptidões de redacção na sua língua local.

Quantos participantes devem frequentar a formação?Sugere-se um número máximo de 10 participantes por formação, para permitir uma adequada orientação no desenvolvimento de capacidades de redacção e de comunicação.

O que é necessário para preparar a formação?As sugestões aqui apresentadas dependerão das verbas disponíveis para a formação. Deverá ser tido em conta o seguinte: � Visitas de campo – visitar um projecto local relacionado

com o HIV e SIDA proporcionará aos participantes uma oportunidade para aplicar de imediato as capacidades apreendidas no processo de documentação de Boas Práticas e promoverá discussões em torno de questões como: O que funciona? Como adaptar ferramentas? Como fortalecer o processo de documentação de Boas Práticas?

� Ferramentas da visita de campo – para além do caderno de notas e caneta, preparar máquinas fotográficas para recolher dados através das fotografias.

� Exercício escrito – actividades para ensinar os participantes a adoptar estilos de escrita adequados à documentação das Boas Práticas.

� Revisão – os participantes irão partilhar os seus trabalhos escritos e fotografias para obterem o retorno dos outros participantes. Esta fase é importante no processo de aprendizagem.

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Agradecimentos..................................................................................................................................................................................................................................... iPalavras para lembrar ................................................................................................................................ ........................................................................................ iiSobre este manual ................................................................................................................................ ............................................................................................ iii Como utilizar este manual? ..................................................................................................................... ................................................................................ iii Como usar este manual em formações? ................................................................................................................. ........................................................... iii Objectivo .................. ................................................................................................................... .................................................................................................. iii Objectivos gerais .......................... ........................................................................................................................ ...................................................................... iv Quanto tempo dura a formação? .......................... .................................................................................................................. ............................................. iv Quem deve participar na formação? ........................... ................................................................................................................. ....................................... iv Quantos participantes devem frequentar o formação? ....... ....................................................................................................... ................................. iv O que é necessário para preparar a formação? .......................... ............................................................................................................ ......................... iv1ª. Sessão: Iniciando ................................................................................. .............................................................................................................................. ............ 22ª. Sessão: O que é uma Boa Prática? .................................................. ............................................................................................................................. ............ 33ª. Sessão: Como planear a documentação e comunicação?............................................................................................................................................... 54ª. Sessão: Como recolher dados? .............................................................. ....................................................................................................................................85ª. Sessão: Recolhendo dados no terreno .................................................................................................................................................................................106ª. Sessão: Escrevendo as nossas histórias ................................................................................................................................................................................127ª. Sessão: Escrevendo as nossas histórias – Apresentando a 1ª. Versão .... ...................................................................................................................148ª. Sessão: Partilhando as nossas histórias ............................................................................................................................................................................... 169ª. Sessão: Plano de Acção e encerramento da formação ...................................................................................................................................................18 Anexo 1: Qualidades de uma Boa Prática .................................................................................................................................................................... 20 Anexo 2: Métodos comuns usados para recolher informação ............................................................................................................................. 21 Anexo 3: Porque devemos escrever ............................................................................................................................................................................... 23 Anexo 4: Exemplos de registo ......................................................................................................................................................................................... 24

Lista de conteúdos

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1 º. Passo: Dependendo da situação e de como os facilitadores e os participantes se relacionam, alguns destes aspectos poderão não ser relevantes. Após o registo dos participantes e a sessão de abertura do formação, dirija uma actividade introdutória que possibilite o relaxamento e o à vontade de todos.

2 º. Passo: Solicite aos participantes para partilhar as suas expectativas e escreva-as no flipchart. Apresente os objectivos da formação e procure consenso sobre as expectativas que podem ser atingidas durante a formação. É importante que os participantes compreendam o que irão fazer ao longo da formação.

3 º. Passo: Informe os participantes que no final de cada Sessão haverá tempo destinado para reflectir no que foi aprendido e para escrever na “Névoa de preocupação” qualquer questão que surja sobre os conteúdos. Mostre a página de “Névoa de preocupação”. Esta refere-se a algo que não esteja bem esclarecido nas suas mentes. Este exercício de registo escrito de pensamentos, sentimentos e dúvidas consiste numa forma positiva de encorajar a documentação

1. Sessao: Iniciando Esta sessão irá estabelecer o ritmo da formação. Os participantes irão obter orientações claras sobre os objectivos da formação e compará-los com as suas expectativas.

30 minutos

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1 º. Passo: Apresente a sessão e o seu propósito. Solicite aos participantes para reflectirem nos trabalhos que estão a realizar e partilhar aquilo que consideram que teve/tem sucesso, apresentando as razões. Registe as principais palavras usadas para definir “sucesso”. Acrescente que “uma Boa Prática é uma iniciativa/acção que contém todas ou algumas das seguintes qualidades:” – Anexo 1

2 º. Passo: Questione “Porque documentamos as Boas Práticas?”. As respostas devem englobar: Para partilha de informação e de lições aprendidas que contribuem para o aperfeiçoamento dos programas. Relembre aos participantes que o documento de uma Boa Prática pode também incluir aspectos do trabalho que não alcançaram os resultados

3 º. Passo:

Boa Prática ou sobre um programa/projecto de HIV e SIDA específico, com o qual estejam familiarizados (nutrição, COV´s, trabalho com escolas, etc.). Coloque a questão: “Quais os elementos no seu programa que o farão explorar

4 º. Passo: Esclareça a diferença entre uma “Boa Prática” e uma “prática boa”. Permita alguma discussão em torno destas

“Névoa de preocupação” e convide os participantes a reflectirem sobre os assuntos abordados na sessão.

2. Sessao: O que é uma Boa Prática?Nesta sessão os participantes irão ser capazes de identificar uma Boa Prática e reconhecer o seu valor na melhoria dos seus trabalhos.

1 horas

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Eu preciso mais explanação sobre:

2. Sessão:

Nevoa de preocupacao

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3. Sessão:

Como planear a documentação e comunicação?Os participantes irão identificar os passos para o desenvolvimento de um plano de documentação e comunicação.

1 horas

1 º. Passo: Coloque a questão: Agora que já sabemos o que é uma Boa

Prática, como é que recolhemos informação e redigimos a nossa história?”.

Promova a discussão sobre a planificação geral, incluindo:

� Definição de metas e objectivos – para

conhecer? Como iremos faze-lo? Quando? Quem?

� Recolha de dados - Que tipo de dados precisamos? Onde e como os vamos recolher?

� Como vamos escrever? �

registámos é uma Boa Prática? � Como vamos informar outros sobre a

nossa Boa Prática? 2 º. Passo: Focalize os participantes na planificação para a

documentação de Boas Práticas. Envolva os participantes na apresentação, promovendo,

por exemplo, a sua participação na sugestão dos passos subsequentes para a planificação, à medida que os vai apresentando.

3 º. Passo: Solicite aos participantes para trabalharem em

seus planos, começando por decidirem qual a Boa Prática que pretendem documentar. Recomenda-se que os participantes escolham com quem querem trabalhar, especialmente se já se conheciam antecipadamente ou se trabalharam anteriormente na mesma área do HIV.

Cada grupo irá desenvolver um plano simples para apresentar em plenária. Relembre os participantes que devem escolher uma Boa Prática que permita abordar aspectos práticos nos trabalhos a desenvolver no formação, por exemplo, sobre um programa para controle da diarreia na comunidade.

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Exemplo de Plano de Documentação de Boas Práticas

Aspectos a ter em mente … � Se não for cuidadosamente planeada, a recolha de dados da Boa Prática pode demorar bastante tempo, com um

esforço acrescido. � São necessários dados detalhados quando se documenta uma Boa Prática.

Passos do Plano Como Quando Quem ComentáriosIdentificar a BP –1. Produção de uma lista de ideias para dar prioridade

2. Reflectir

3. Recolha de dados

4. Registar

5. Testar

6. Incorporar contributos

7. Disseminar

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3. Sessão:

Névoa de preocupação

Eu preciso mais explanação sobre:

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4. Sessão: Como recolher dados?Nesta sessão os participantes irão ser capazes de: � Seleccionar métodos apropriados para recolher dados � Determinar quais os dados necessários a recolher

1 horas

1 º. Passo: Solicite aos participantes para voltarem às páginas de “Névoa de preocupação” e partilhem com todos. Destaque a importância de

aprenderem uns com os outros, e que para isso, devem sentir-se à vontade para pedir ajuda e apoio. Esclareça as névoas que existem na planificação e, caso seja necessário, reveja a o processo de planificação.

2 º. Passo: Descubra quais os métodos de recolha de dados que os participantes conhecem e já usaram.

Promova uma discussão sobre a forma de utilizar esses métodos, as vantagens e desvantagens dos métodos mais usados, aplicando o Anexo 2.

3 º. Passo: Informe os participantes que o próximo exercício será prático e irá incidir sobre a recolha de dados numa comunidade vizinha. Agrupe os participantes novamente

usar na recolha de dados, dependendo do tipo de dados que necessitam. Oriente os grupos a escreverem algumas questões a aplicarem de acordo com os métodos escolhidos.

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4. Sessão:

Névoa de preocupação

Eu preciso mais explanação sobre:

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5. Sessão:

Recolhendo dados no terrenona recolha de dados.

4 horas

1 º. Passo: Explique que esta é uma sessão prática na qual se irá exercitar a recolha de dados numa comunidade vizinha. Pergunte se há alguma névoa na mente dos participantes. Certifique-se que todos estão de acordo com a visita à comunidade para recolher os dados necessários.

2 º. Passo: Solicite a participação de dois voluntários para simularem uma entrevista com um

líder comunitário. Os contributos dos restantes participantes serão importantes para realizarem esta tarefa. Caso seja necessário, proponha a simulação de uma discussão em grupo, referindo que os participantes irão para uma comunidade com a qual estão familiarizados. Recorde os participantes a importância de usar comportamentos e atitudes culturalmente apropriados.

Idealmente, deverá ser gasto meio-dia da formação na visita de campo. Poderá ser necessário despender mais tempo, caso os participantes tenham que percorres distâncias longas para a comunidade a visitar.

3 º. Passo: Certifique-se que os participantes não se

esquecem de levar consigo cadernos e canetas para tirar apontamentos e, se for relevante, máquina fotográfica.

ção na visita is Outros métodos de recolha

de dados são: � Fotografias – por

exemplo, para mostrar as pessoas a retirarem água de locais impróprios.

� Desenhos

os métodos de recolha

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5. Sessão:

Névoa de preocupação

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6. Sessão:

Escrevendo as nossas históriasNesta sessão os participantes estarão capazes de usar os dados recolhidos para escreverem Boas Práticas

4 horas

1 º. Passo: apreciados e os menos apreciados no processo de recolha de dados. Será muito importante esclarecer qualquer névoa. Verifique se os participantes compreendem a necessidade de escrever. Utilize o Anexo 3.

2 º. Passo: Os participantes irão agora utilizar os dados recolhidos para escreverem as suas histórias. No Anexo 4 estão exemplificados alguns tipos de registo.

3 º. Passo: : Explique que muitas pessoas estão habituadas a escrever relatórios e poucas escrevem histórias. As histórias são ricas em conteúdos porque incluem os sentimentos das pessoas sobre um determinado assunto ou serviço. Quando se escrevem histórias, inclui-se citações d o que as pessoas disseram.

Pergunte se existem questões para esclarecer e informe os participantes que os facilitadores irão fornecer orientação na escrita das histórias/Boas Práticas/estudos de caso.

Agrupe os participantes nos grupos já formados para escreverem a 1ª. Versão das suas histórias. Cada Grupo deverá ser orientado por um facilitador.

rias. As histórias são

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6. Sessão:

Névoa de preocupação

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7. Sessão:

Escrevendo as nossas histórias – Apresentando a 1ª. VersãoO objectivo desta sessão é capacitar os participantes a: ��� Apresentar as primeiras versões das suas histórias/estudo de caso ��� Receber e incorporar contributos dos outros participantes

4 horas

1º. Passo: Descubra como os participantes se sentem em relação ao que escreveram na primeira versão. Relembre-os que a redacção é um processo de avanços e recuos que requer tempo e esforço. Os participantes devem compreender que necessitam de alterar uma série de coisas após receberem os

contributos. 2º. Passo: Promova a discussão sobre a importância de dar e receber contributos e realce que esta fase constitui uma oportunidade de aprender com os outros. Cada

grupo deve proceder à apresentação dos seus trabalhos. Inicialmente devem explicar os tópicos e os métodos usados na recolha de dados. Depois de apresentarem devem receber os comentários dos outros participantes. Esta abordagem é demorada e, por isso, como alternativa pode permitir a apresentação de um ou dois trabalhos de grupo seguida imediatamente pelos comentários. Depois os restantes grupos que não fizeram a apresentação dos trabalhos trocam os documentos para análise. A desvantagem deste método é que os participantes não vão aprender com todas as histórias.

3º. Passo: Os facilitadores orientam os participantes a incorporarem os contributos nas versões seguintes das histórias, até que os participantes fiquem satisfeitos com o que escreveram.

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7. Sessão:

Névoa de preocupação

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8. Sessão: Partilhando as nossas históriasNesta sessão os participantes serão capazes de demonstrar habilidades para disseminar os documentos de Boas Práticas.

4 horas

1º Passo: : Descubra em que estado estão as versões dos trabalhos dos participantes. Alguns podem estar na segunda versão e outros mais adiantados mas explique que isso faz parte do processo. Esclareça qualquer preocupação.

2º Passo: : Mencione que nesta fase a sessão irá incidir na partilha das histórias. Os participantes voltam aos grupos de trabalho para reverem o Plano que elaboraram inicialmente. Por

Esta fase faz parte de um ciclo que requer a verificação de progresso e relevância, e fazer alterações para melhorar o Plano geral, caso seja necessário. Relembre os participantes que pode ser usada uma variedade de métodos de

disseminação. Alguns desses métodos incluem encontros e apresentações

destinamos a dar a conhecer a nossa história.

3º Passo: : Realize trabalhos práticos, nos quais os participantes exibem as formas de disseminar as Boas Práticas. Os outros participantes irão fazer comentários.

4º Passo: : Os participantes irão incorporar os contributos. Sugira aos participantes a tomarem notas sobre as acções subsequentes indicando como

é que procederão à escrita de uma história quando regressarem às suas organizações.

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8. Sessão:

Névoa de preocupação

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18 � Escrevendo as nossas histórias

9. Sessão: Plano de Acção e encerramento do FormaçãoNesta sessão os participantes irão demonstrar as suas aptidões para disseminar os seusdocumentos de Boas Práticas.

4 horas

1º. Passo: Informe os participantes que esta é a última versão da formação. Pergunte se há alguma questão; é importante que os participantes terminem a formação sem qualquer dúvida ou preocupação.

2º. Passo: Possibilite a cada participante trabalhar individualmente na elaboração do seu Plano de Acção, especificando: O que irá fazer, quando, como, com quem, na documentação e partilha da Boa Prática.

What they will do, when, how, with whom, to document and share Best Practices. Make sure you link them up with on-going support for this.

3º. Passo: Conceda aos participantes uma oportunidade de avaliarem a formação. Pode aplicar um formulário de avaliação ou/e receber o retorno verbal dos participantes sobre a formação.

4º. Passo:

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Anexos

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20 � Escrevendo as nossas histórias

EFICÁCIA – A actividade produz bons

resultados de acordo com os objectivos

estabelecidos

ACEITÁVEL – A actividade é aceite pela

comunidade

SUSTENTABILIDADE – A comunidade pode dar continuidade à actividade

usando os seus próprios recursos e fundos mesmo quando o apoio

externo é reduzido.

EFICIÊNCIA – A actividade foi concluída

no tempo certo usando os recursos disponíveis

RELEVANCIA – A actividade destina-se a

resolver um problema na comunidade

Anexo 1: Qualidades de uma Boa Prática

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Questionários sobre conhecimentos e atitudesO questionário é utilizado para perceber o conhecimento, as atitudes e as práticas das pessoas sobre um determinado assunto. O questionário deve ser aplicado directamente a cada pessoa, membro da audiência alvo.

Vantagens: Permite abordar informação relevante. Através deste método pode-se atingir um grande número de pessoas.

Desvantagens:para aplicá-los. Pode não ser possível atingir um elevado numero de pessoas caso estas não saibam ler nem escrever. Algumas pessoas podem não responder ao questionário.

Discussões de grupo

um determinado tema para obter informações relevantes. O grupo deve ter 6 a 10 participantes envolvidos no tema.

Vantagens: Envolve menos representantes/participantes do que os outros métodos; facilita a exploração sobre como os envolvidos se sentem e actuam de determinada forma; permite discussões mais profundas; mais rápidas e menos dispendiosas do que os questionários

Anexo 2:Métodos comuns usados para recolher informação

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22 � Escrevendo as nossas histórias

Desvantagens: Os indicadores não são representativos de toda a comunidade; os indicadores são qualitativos e não quantitativos; requer perícia a conduzir a discussão e a relatar (através de relatório escrito posterior à discussão); dificuldade em reunir e motivar os envolvidos a participar

EntrevistasConversa entre duas pessoas (o entrevistador e o entrevistado). O Entrevistador conduz entrevistas individuais com os membros do grupo alvo, para que os assuntos possam ser explorados.

clínicas, centros comunitários, serviços governamentais, etc. Devem ser agendados com pessoas que concordem em participar na recolha de dados.

Vantagens: Pode-se obter informação mais profunda do que os grupos de discussão

Desvantagens: Mais demorado e trabalhoso que os grupos de discussão

ssão

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Escrevendo as nossas histórias � 23

Anexo 3: Porque devemos escrever/registar uma Boa Prática?

Há muitas pessoas que não sabem ler nem escrever. E mesmo pensando nas pessoas que adquirem conhecimentos através de programas ligados às áreas em que estão envolvidas, apenas uma parte do conhecimento é passado para os que não participam, especialmente para as futuras gerações.

Escrever… � Possibilita a passagem de conhecimentos e práticas válidos para as futuras

gerações

� implementadores de programas

� Garante ás comunidades a possibilidade de tomarem as suas próprias

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24 � Escrevendo as nossas histórias

Anexo 4: Exemplos de registo

�� Caso esteja a escrever sozinho, escolha um local confortável sem distúrbios (mesmo que seja debaixo de uma árvore)

� Conheça a sua audiência – Para quem está a escrever? Tenha em consideração aspectos como a idade, género, educação, etc.

� Identifique a sua mensagem principal e os pontos-chave� �� Coloque a informação mais importante no inicio. O inicio é um lugar de “honra”

e os leitores irão ficar concentrados. Coloque a sua mensagem em local de destaque.

� Utilize palavras e frases curtas. Tente formar frases com 20 palavras no máximo. Em vez de usar virgulas e travessões, divida as frases longas em duas ou mais frases.

�� Crie parágrafos pequenos com a ideia principal na primeira linha.

informação sobreposta. �� Use a voz activa. Evite utilizar o verbo “ser”. Faça uso de acções nas suas

frases. o Exemplo 1: em lugar de escrever “A medicação deve ser tomada

dias à mesma hora”; o Exemplo 2: em lugar de escrever “A consulta do João foi adiada pelo hospital”,

escreva “O hospital adiou a consulta do João”. spital”,

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Escrevendo as nossas histórias � 25

�� Utilize títulos ou subtítulos para cada parte da informação. O texto agrupado em longos blocos torna-se difícil de ler e pode intimidar as pessoas com baixa literacia.

�� Através de títulos e subtítulos o texto fica dividido e ajuda as pessoas a encontrar a informação que procuram.

Igualmente, ajuda a manter a escrita organizada e lógica. � Seja repetitivo com a mensagem central. Repetir o ponto-

chave no mínimo uma vez é uma boa prática que ajudará a manter a sua mensagem presente ao longo de todo o texto e ficará gravada na memória dos leitores.

� Use imagens e gráficos para explicar e ilustrar o texto. Se o material for referente a alimentação saudável, inclua uma imagem de uma refeição equilibrada.

�� Use imagens relacionadas com o conteúdo. Se o material for referente a alimentação saudável, não será adequado exibir imagens de flores e borboletas.

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26 � Escrevendo as nossas histórias

Diferentes tipos de manifestação/produção de Boas PráticasEx. Fotografias, drama, material escrito, desenhos.

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Escrevendo as nossas histórias � 27

Exemplos de registo/documentos

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28 � Escrevendo as nossas histórias

Exemplo de um ciclo de planificação

1. Elabore um plano de documentação - metas - objectivos - actividades

Monitoria e avaliação e recolha

de contributos

4. Desenvolva os conteudos e as imagens

(dependente das necessidades da

2. Defina o grupo alvo (Ex. Jovens

como futuros liders)

3. Pense no tipo de produto a desenvolver

(Objectivos, estilo, etc.)

6. Comunicação e disseminação

5. Teste e revisão dos materiais

(verifique a reacção da

ssenenenvolva

3

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30 � Escrevendo as nossas histórias

Escritório Nacional - Zâmbia: Plot No. 4, Lukasu Road, Rhodes Park, Lusaka, Zambia, Tel: +260 211 257 652, Fax: +260 125 7652, Email: [email protected]

Escritório Nacional -

Website: www.safaids.net