Upload
doannhu
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO – LATO-SENSU – ARTETERAPIA EM SAÚDE E EDUCAÇÃO
ESPIRITUALIDADE E ARTETERAPIA: UM CAMINHO PARA A
FELICIDADE.
Catarina Curátola Passos Chaves Orientador: Professora Mary Sue Data da Entrega: 29/01/2005
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO – LATO-SENSU – ARTETERAPIA EM SAÚDE E EDUCAÇÃO
ESPIRITUALIDADE E ARTETERAPIA: UM CAMINHO PARA A
FELICIDADE.
Objetivo: Conscientizar as famílias e a comunidade educativa do Colégio Verbo Divino da responsabilidade de desenvolver a individuação e a espiritualidade para que os alunos se encontrem, sejam livres, felizes e participem das transformações sociais.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser um Pai zeloso e misericordioso, dando-me oportunidades únicas e
preciosas. Aos meus professores e aos colegas de turma pela troca de experiência e pelo
carinho. A Mary Sue, minha orientadora atenciosa, prestativa e acolhedora. Ao Padre
Marcos Roberto Barbosa por indicar bibliografias e sinalizar o caminho. A Martha M. M.
Meirelles pela parceria nos estudos, nos trabalhos, nos lanches deliciosos que entremeavam
o nosso crescimento como futuras Arteterapeutas. A Tânia M. Mello, minha comadre e
coordenadora do Ensino Religioso, no Colégio Verbo Divino, que com paciência sugeriu,
colaborou e revisou esta monografia. Ao professor Braulio Rodrigues Queiroz, que revisou
a gramática do texto com competência e carinho. As bibliotecárias Malvina e Norma que
com presteza e competência colaborou na bibliografia.
Eu Perguntei Eu perguntei a lua se ela queria ser o sol. Ela me disse que jamais desejaria. Sem ela, luar não haveria e essa idéia não seduz, Os namorados necessitam de sua luz. Eu perguntei a borboleta se ela queria ser leão. Teria forças e dominaria tudo. Ela me disse que sua força está em ser frágil E que ao leão, lhe sobram forças mas lhe falta o coração. Aconselhei uma cigarra que parasse de cantar. E preparasse provisões para o inverno. Ela me disse que é um inferno essa vida sem canção. Que vale a pena viver só por um verão. Eu perguntei ao céu se ele queria ser o mar. Teria barcos navegando em ondas brancas Ele me disse que suas nuvens são suas ondas E que no ar cada um dos pássaros são barco a navegar Mas eu entrei numa cidade e perguntei a cada um E não vi ninguém satisfeito tal qual é Seja ele velho, jovem, homem ou mulher, Me perguntava pensativo, de responder não fui capaz, Se tudo isso é só ganância ou se talvez, O homem é feito para alguém ou algo mais. (Autor desconhecido)
Dedico esta monografia a minha família que acompanhou os dias de estudo e trabalho para o término deste e contribuiu com a crítica verdadeira e a Iolanda Beatriz Curátola Passos, minha mãe e primeira professora.
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre a arteterapia e espiritualidade, suas
relações, objetivos, com a finalidade de despertar a comunidade educativa do Colégio
Verbo Divino (CVD) para a necessidade que o ser humano tem de superar-se e buscar a
transcendência para ser feliz.
A experiência com Deus torna o homem mais humilde, não no sentido de ser
inferior, mas no reconhecimento de seu limite diante de explicações racionais, um dos
aspectos misteriosos da própria existência.
O processo terapêutico oportuniza expressar o que sente no seu interior, através da
capacidade criadora, permitindo seu crescimento, percebendo sua maneira de relacionar-se,
posicionar-se e de estar no mundo.
Enfim, educar o homem para buscar sua individuação, sua realização pessoal e
para a felicidade está intimamente ligado a uma vivência espiritual que o harmonize com os
demais seres humanos e com a natureza.
Palavras-chave: Espiritualidade. Arteterapia. Ser humano.
METODOLOGIA
Usar-se-á a pesquisa bibliográfica e explicativa onde foram consultados autores expressivos
nos temas abordados pela monografia.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 9 CAPÍTULO I O SER HUMANO.....................................................................................................
10 CAPÍTULO II O SER HUMANO É POR NATUREZA RELIGIOSO – BUSCA A TRANSCENDÊNCIA..........................................................................
13
CAPÍTULO III ESPIRITUALIDADE E ARTETERAPIA: UM CAMINHO PARA A FELICIDADE......................................................................................................
18
CAPÍTULO IV A VIVÊNCIA DA RELIGIOSIDADE E DA TRANSCENDÊNCIA ALIADA A ARTETERAPIA.........................................
23
CAPÍTULO V A TRANSCENDÊNCIA SE MOSTRA.............................................................
26 CONCLUSÃO..................................................................................................... 28 BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 29 ATIVIDADES CULTURAIS 31 ÍNDICE................................................................................................................ 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 44
INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende ser um despertar da comunidade educativa do Colégio
Verbo Divino (CVD), em Barra Mansa - RJ, para atuar em uma sociedade, que assumiu a
cultura individualista e consumista, afastando-se do Criador. Ela está doente, carente do
aspecto ético, fundamental no relacionamento, e este é marcado pela recusa total de
qualquer tipo de violência.
Através da transcendência e da Arteterapia, elementos portadores de esperanças e
mudanças, poder-se-á efetivar o “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti
mesmo” (CASTRO, 1977).
CAPÍTULO I
O SER HUMANO
Em razão do processo evolutivo, os humanos, ao contrário das outras espécies
animais, não trazem no seu patrimônio genético o repertório de respostas comportamentais
com o qual viverá a sua existência. Eles têm que construí-lo a partir do exercício da
capacidade de atribuir sentido as coisas, aos fatos, aos fenômenos naturais etc. É através do
exercício dessa capacidade que os diferentes grupos que integram a nossa espécie vêm
produzindo suas existências, seu mundo material, sua linguagem, suas relações sociais e o
sentido de suas existências desde que surgiram. Surge então os questionamentos: de onde
venho? Quem sou eu? Para onde vou? Por que existo? Boff (2004) de forma clara e
completa responde a esses questionamentos:
“O ser humano é um elo da corrente única da vida e dotados da psique que nos permite ser sujeitos autoconscientes, com a psique estruturada ao redor do desejo, de arquétipos primordiais e de todo tipo de emoções, coroados pelo espírito, que é aquele momento da consciência pela qual percebemos que tudo está ligado a tudo, e, por isso interdependente, que faz o sentir-se parte de um todo, ao qual está aberto, capaz de intervir na natureza, de fazer cultura,de criar e captar significados e valores e se indagar sobre o sentido derradeiro do todo e se si mesmo, hoje em sua fase planetária, rumo à noosfera pela qual mentes e corações convergirão em uma humanidade ampliada e unificada. Esse ser humano, se dá conta de que é simultaneamente sapiens e demius, capaz de racionalidade, amor, perdão e êxtase e, ao mesmo tempo, ódio, exclusão e de destruição e que, por isso, comparece como ser ético, cuja missão é cuidar da Terra e se responsabilizar pelo bem-estar dos demais seres. E, por fim, é capaz de perceber o elo que perpassa todos os seres, fazendo com que do caos surja permanente um cosmos e ousa tirar esse elo do anonimato e dar-lhe um nome, expressão de sua reverência e amor: a fonte originária de todos os seres, Deus. Sendo isso tudo, sentimo-nos incompletos e ainda nascendo. Somos um projeto infinito que reclama seu objeto adequado, também infinito, Deus. E somos mortais. Custa-nos acolher a morte dentro da vida, como passagem alquímica para outra forma de vida. Mas por amor à arte, pela fé e pela esperança pressentimos que há algo que vai além da morte. E suspeitamos que no balanço
final das coisas, um pequeno gesto de amor verdadeiro vale mais que toda a matéria e a energia do universo juntas”.
Portanto, o ser humano nasce para ser livre. Ele é um ser de relações e afeto que
constrói o seu caminho e busca a felicidade.
1.1. A BUSCA DA FELICIDADE
Felicidade é um estado de intensa alegria que experimentamos em alguns
momentos, dando sempre para recriá-los e reinventá-los (ZANDONAI, 2004).
A busca da felicidade é meta de todo ser humano. Todas as atitudes humanas
visam sempre conquistar uma vida melhor para si ou para mais pessoas. Porém, quando
essas ações têm objetivos individualistas, a possível felicidade se transforma em frustrações
e em novas necessidades. Quando a construção da felicidade é altruísta, realiza-se em
comunhão com os outros e na doação, então ela se torna gratificante, porque a pessoa
humana só se realiza em comunhão com os demais. A felicidade vem de alguém e vai para
alguém.
Fatores como a não-realização das necessidades nos afastam do ideal, por isso nos
tornamos infelizes. Pautar a felicidade no ter e não no ser pessoa, torna a vida vazia e
distante do criador. Nascemos para ser felizes. Disse Jesus: Eu vim para que todos tenham
vida, e vida em abundância. (CASTRO, 1977). A vida é o valor universal mais sagrado e ao
qual toda ética se subordina. A própria fé deve ser vivida como valorização da vida.
Todo ser humano é responsável pela própria vida e tem direito e dever de
defendê-la. Escolhemos os valores com os quais dirigimos nossas ações. A decisão depende
de nós, como também o resultado de nossas ações. A sociedade nos condiciona até certo
ponto, mas podemos reagir a isso e sermos responsáveis por um caminho novo e mais feliz.
Quem não aposta na vida, quem não arrisca viver, quem não celebra a conquista e
até mesmo as incertezas, corre o risco de passar pela vida com se fosse apenas “um
universo frio e sem sentido...” (ALVES, 2002). A felicidade humana se completa com a
busca do transcendente. O ato de fé atinge o ser humano na sua motivação mais profunda.
CAPÍTULO II
O SER HUMANO É POR NATUREZA RELIGIOSO – BUSCA A
TRANSCENDÊNCIA
2.1. A MATRIZ RELIGIOSA BRASILEIRA
Os brasileiros são um povo misturado, miscigenado, e por isso muito rico. Nossa
história uniu povos e, conseqüentemente, culturas e credos muito diferentes.
A formação da sociedade brasileira é inspirada em duas matrizes religiosas principais: uma delas que se apresenta principalmente como instrumento de sacralização na natureza, e a outra se direciona para o caráter transcendental da existência humana. Tais matrizes com freqüência interpenetram-se nas manifestações cotidianas de crença por parte da população brasileira (AZZI, 1996).
Enfatizamos aqui a segunda matriz religiosa, devido a sede de realização pessoal e
para tal, a busca do transcendente.
2.2. COMO SE DÁ A TRANSCENDÊNCIA
A experiência religiosa se dá em meio às demais experiências humanas. O ato de
fé atinge o ser humano na sua motivação mais profunda permitindo a ele um encontro
pessoal com Deus, que o toca e o transforma.
2.3. EXPERIÊNCIAS RELIGIOSAS DA TRANSCENDÊNCIA
O ser humano necessita relacionar-se com Deus e demonstrar de alguma forma,
essa experiência.
A experiência da transcendência com Deus acontece na medida em que a pessoa
estabelece relação com o Mesmo, o que implica na abertura do coração e da inteligência do
ser humano para Ele, e sem a qual não pode haver tal experiência. Essa relação supõe dupla
dinâmica: o chamado de Deus e a resposta da pessoa (HACKMANN, 1999). “A
espiritualidade se revela também no lado exterior, em atos na solidariedade, no respeito as
diferenças. Se não há mudanças interna, não haverá mudanças externa.”
(MAZZAROLLO, 2004). Portanto é a espiritualidade exterior que nos proporciona o
equilíbrio, que nos mantém ligados a uma realidade.
A palavra transcendência estabelece, em sua característica primeira, a
superioridade do criador em relação à criatura.
A transcendência nas pessoas é percebida a partir do reconhecimento do limite do
ser humano diante de explicações racionais, um dos aspectos misteriosos da própria
existência humana. Santo Agostinho diz: “Na humildade o homem reconhece a dimensão
que lhe foi dada, reconhece que é homem e não Deus: Deus tornou-se homem”. A
humildade não é em primeiro lugar, uma virtude, mas sim, uma atitude religiosa, que une o
homem a Cristo. A humildade abre-nos para Deus.
Grün & Dufner (apud BOLLNOW, 2001) confirmam a visão beneditina da
humildade como atitude religiosa:
“A humildade não está voltada de maneira nenhuma para a relação de um homem com outro, diante do qual ele possa sentir-se superior ou inferior, mas unicamente para o que se subtrai a toda comparação, para a relação fundamentalmente diferente do homem com a divindade, onde ele experimenta toda sua total insuficiência”.
A humildade, portanto nasce de uma experiência com Deus. Não é uma virtude
que possamos alcançar, mas uma experiência que nos faz crescer, é a condição para uma
autêntica experiência com Deus. Na Bíblia Sagrada, Jesus nos diz: “Todo aquele que se
exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (CASTRO, 1977).
A humildade, portanto, é cumprir a palavra de Jesus e crescer na atitude e no
pensamento dEle.
Na parábola do fariseu e o republicano, o primeiro põe toda sua confiança em si e
nas suas realizações morais, e é humilhado por Deus, pois não tem qualquer entendimento
dEle. Usa Deus para aumentar o sentimento do seu próprio valor. Não é a Deus que ele
serve, mas a um ídolo. Assim, antes de poder entregar-se a Deus, ele precisa primeiro ser
confrontado com sua miséria. O republicano, que põe toda sua confiança em Deus, que, em
sua humildade, conhece a si mesmo, este se entrega à misericórdia de Deus e, por isso,
Deus o ergue e exalta (GRÜN & DUFNER, 2004).
Enquanto tiver que esconder minhas fraquezas, eu só serei capaz de entrar em
contato com os outros de uma maneira superficial. Mas o coração não entra em contato com
outro. Para Jung (apud GRÜN & DUFNER, 2004), a humildade constitui assim, um
requisito essencial para a comunidade humana.
É uma lei da vida que só podemos encontrar o caminho para o nosso eu e para
Deus quando temos coragem de descer às nossas sombras e as trevas do nosso inconsciente.
Jung fala da inflação das pessoas orgulhosas das que se incham com elevados ideais,
identificados com imagens arquetípicas, como por exemplo, com a imagem de mártir, do
profeta ou do santo. O identificarmos com a imagem arquetípica nos torna cegos para a
própria realidade. A humanidade é a coragem de olhar para a própria sombra. O
autoconhecimento tem uma imensa necessidade da humildade. A pessoa que não tem
humildade procura reprimir seus lados desagradáveis. Só admitindo as próprias fraquezas é
que podemos nos preservar de mecanismos de repressão, que nos levam a não ver as
sombras. A humildade é necessária também para nos relacionarmos com o inconsciente.
Para o filósofo aquele que pretender arrebatar para si o inconsciente está sujeito ao risco da
inflação. Com bastante freqüência, o orgulho, o que se identificou com as imagens
arquetípicas, só pode ser curado “dando com a cara no chão”, sofrendo uma derrota moral
caindo no pecado.
A humildade é também a condição para podermos desenvolver a confiança nos
outros, enquanto que o orgulho nos isola e nos exclui da comunidade humana.
A alguém que procura de qualquer maneira falar com ele, Jung escreve: ”Se a
senhora está sozinha, é porque se isolou; e se for bastante humilde, nunca ficará só. Nada
nos isola mais do que o poder e o prestígio. Tente descer, seja humilde jamais estará
sozinha” (JUNG, 1904 apud GRÜN & DUFNER, 2004).
Hoje, num clima cultural sem Deus, como fazer acontecer a experiência com Deus? As respostas seriam muitas, pois a dificuldade não provém de Deus, que é simples e luminoso, mas na diversidade da condição humana, envolvem-se no mundo material e dos sentidos. Presta-se mais atenção ao que se pode ver, ouvir ou tocar, que causa prazer ou parece ser útil a obtenção de objetivos terrenos, mais ou menos imediatos. No entanto, nada satisfaz o coração humano. Por isso, cansadas das ilusões alimentadas pelo racionalismo e pela ciência, as pessoas procuram hoje a fonte da felicidade e da paz numa nova relação com o mundo. A transcendência manifesta-se aos homens em todos os domínios da vida. Através de realidades palpáveis, sensíveis, terrenas e temporais é que o ser humano, no contexto das relações interpessoais que começam desde a vida intra-uterina e que cada um de nós irá se abrindo a transferência, numa grande diversidade de caminhos, enfrentado dificuldades e obstáculos de todo os tipos.” (CATÃO, 1999).
Portanto a busca do transcendente se dá no momento em que descubro dentro de
mim, na realidade em que estou, que minha existência necessita de uma relação forte, sem
falhas, que é Deus, como traduzem a canção A Fé (BRAGA, 1978) e o poema Buscamos o
Infinito (ROWEDDER, 1999).
A Fé
Na linha do horizonte Do alto da Montanha, Pra onde quer que eu ande Este amor me acompanha. A luz que vem do alto Aponta o meu caminho, É forte no meu peito Eu não ando sozinho. Te vejo pelos campos, Te sinto até nos ares, Te encontro nas montanhas E te ouço nos mares. Você é meu escudo Você pra mim é tudo Minha fé me leva até você Pra quem te traz no peito O mundo é mais florido, A vida aqui na terra Tem outro sentido. Eu ando e não me canso, Esqueço a minha cruz, Firme neste rumo Que a você me conduz. Em todos os momentos Que eu olho para o espaço, Sou forte e minha fé Me faz um homem de aço. Buscamos o infinito Mas o ser humano não se basta a si mesmo! Mesmo com esforço solidário Não realizamos o projeto que somos. Tendemos para além de nós mesmos. Em nossa finitude buscamos o infinito! Buscamos respostas para as nossas perguntas existenciais... Tentamos descobrir o sentido de nossa vida e da história... Anima-nos uma força interior... A esperança está em nós e nos faz prosseguir... Sim, há uma realidade que transcende. Cremos num SER infinito que está muito além de nós! Ao mesmo tempo está em nós. Com ele nos comunicamos. Ele está presente em nossos relacionamentos, Respeita a nossa liberdade, Ajuda-nos a crescer como pessoas E a construir um mundo mais humano. Ajuda-nos a transpor a porta da história, Para além de plenitude feliz.”
CAPÍTULO III
ESPIRITUALIDADE E ARTETERAPIA: UM CAMINHO PARA A
FELICIDADE
“A arteterapia é entendida como um processo expressivo desprendido de questões de ordem estética, técnica acadêmica, comercial ou religiosa. A arte em arteterapia é desenvolvida através de modalidades expressivas, cada uma com propriedades terapêuticas inerentes e específicas, que são adequadas pelo arteterapeuta a cada situação” (NAGEM, 2004).
Como se observa:
“O dar forma a sentimentos, percepções, sensações, fantasias, desejos, pensamentos... é que torna possível o processo psicoterápico e dá ao que paciente a possibilidade de integrar e estruturar sua própria experiência, criar seu próprio eu, participar de sua cura. (NORGREM, 2004).
Noutras palavras:
“Faz-se necessário entender como dentro de um processo de crescimento e maturidade a expressividade e a arte podem ser empregadas em educação, reabilitação, psicoterapia e prevenção, pois a força propulsora, a criatividade se realiza em conjunto com o desenvolvimento da personalidade como um todo. Com o auxílio da expressão artística e a criatividade inerente, o ser humano expressaria, tomaria conhecimento e sentir-se-ía individualmente participando do seu contínuo processo de crescimento, dentro de um contexto social. Esses métodos, também, promovem a sublimação, ou seja, a aprendizagem da utilização de forma criativa e construtiva de um maior controle da ação e dos impulsos. Pela expressão concretizada da afetividade promove uma evolução da comunicação não verbal para a verbal, refazendo um paralelo no que a arte faz para o artista. Esta é a alma da arte, é este poder que se pretende pelas artes e terapias expressivas.” (ANDRADE, 2000).
3.1. QUEM É O ARTETERAPEUTA?
O Arteterapeuta é um profissional assistencial, cujo foco de trabalho baseia-se na
integração de três produtos: produção de imagens, processo criativo através da arte e inter-
relação do paciente com a obra. É uma terapia de promoção, preservação e recuperação da
saúde, pois a integração de três áreas do conhecimento – Arte, Saúde e Educação –
possibilita uma ampla transformação nos indivíduos facilitando o processo de criação e de
exteriorização dos conteúdos intrínsecos (NORGREM, 2004).
3.2. A ARTE E O TRANSCENDENTE
A arte e a religião nasceram com o despertar da humanidade. São manifestações
culturais universais, presentes nas sociedades desde os primórdios até os nossos dias.
Embora diferentes, expressam a mesma realidade: a dimensão transcendente do ser
humano. Ambos caminham juntas numa constante interação.
A arte tem algo de transcendente, é capaz de transpor o tempo e o espaço e nos
conduzir para além dos limites físicos da matéria, da iminência do cotidiano. A religião por
sua vez, encontra na arte a linguagem mais adequada expressar a experiência do indivisível
do mistério do qual é portadora.
A arte é uma atividade criadora que contribui muito para o desenvolvimento
harmonioso do indivíduo, visando desenvolver e elevar os sentimentos, tornar a vida mais
abundante, proporcionar alegria e revalorizar o sentido de dignidade humana.
A Bíblia diz que uma pessoa é reconhecida pelos seus frutos (CASTRO, 1977).
Sendo a arte inseparável do homem, então a arte deve ser considerada um fruto da
expressão humana.
3.3. A ARTETERAPIA NO PROCESSO DE
INDIVIDUAÇÃO DO SUJEITO
No processo de individuação, a pessoa vai descobrindo quem ela realmente é. De
acordo com Jung o homem é capaz de tomar consciência e influenciá-lo.
Do confronto do inconsciente e consciente é que diversos componentes da
personalidade amadurecem e unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo
específico e inteiro.
O processo psicoterápico acompanha o homem para ajudá-lo na sua individuação
partindo do princípio que por sua natureza ele é transcendente, busca superar-se. Segundo
Boff (2000): a transcendência é, talvez, o desafio mais secreto escondido de ser humano.
Porque nós seres humanos, homens e mulheres, na verdade, somos essencialmente seres de
protest-ação, de ação de protesto. Buscamos o que acreditamos, o que somos capazes de
realizar, dentro da nossa realidade.
No processo de Arteterapia o indivíduo descobre suas idéias e sentimentos no
fazer. Criando, as pessoas se desenvolvem a partir da livre expressão de diversas
possibilidades, com diversos materiais, a capacidade de fluência, flexibilidade, elaboração,
originalidade, capacidade de selecionar, de escolher, organizar, sintetizar e observar.
Inicialmente, em relação ao trabalho, para a seguir ampliá-las, de modo que possa se tornar
criativo na vida.
No processo de individuação o Arteterapeuta deve ser presença facilitadora. As
informações que a linguagem da arte, as teorias de desenvolvimento e de funcionamento
psicológico possam trazer a respeito do cliente, só poderão ser válidas através da relação
com ele. Não basta olhar para a obra, ela precisa ser vista dentro do contexto em que foi
criada, a seqüência que foi realizada, as associações verbais e não verbais, a linguagem
corporal expressa pelo indivíduo, cada aspecto é rico em mensagem e deve ser levado em
consideração, para que se conheça o cliente.
“Através de uma série de imagens produzidas, o cliente tem a possibilidade de perceber-se a partir da constatação na evolução de suas imagens, e efetuar comparações entre elas, alcançando, por meio dessa dinâmica, a possibilidade de plasmar-se” (JUNG, 1999 apud URUTIGARAY, 2003). “Mobilizando a construção pessoal a partir da utilização de técnicas específicas da Arteterapia, temos a aprendizagem como resultado desse processo, seja na educação sistematizada, pela formalidade e diretriz presente na instituição escolar, ou em outros eventos modeladores de comportamento” (URUTIGARAY, 2003).
3.4. O USO DOS SÍMBOLOS PARA ELUCIDAR A REALIDADE
O símbolo possibilita a cura e nos familiarizam com a realidade espiritual que
existe nos bastidores do mundo concreto: bem e mal, harmonia e caos, Deus e não-Deus.
O próprio Deus possui espírito artístico: é impossível contemplar a criação e a
revelação de Deus – a Bíblia – sem observar a sua intencionalidade estética e sua
sensibilidade que transcende o meramente funcional. Temos, então, um Deus artista.
A arte nos ajuda a entender a verdade. Diz Jesus: ”A verdade vos libertará”
(CASTRO, 1977). Quando Jesus utilizou-se da parábola como instrumento para desenredar
os princípios da vida, Ele legitimou o uso dos símbolos para elucidar a realidade. Hoje o
artista cristão dispõe de artifícios multiformes para avançar a causa de Cristo. E, para quem
contempla a arte popular, a busca de Deus por entre os símbolos pode render uma
compreensão mais profunda sobre a relação de Deus com os homens.
A arte popular permite que nós nos alfabetizemos no idioma cultural daqueles que
buscam alcançar.Portanto, a energia simbólica se manifesta através de uma imagem. Criar
imagens é uma habilidade inerente ao organismo. A mente humana, desde os tempos pré-
históricos, tem se comunicado por imagens.
O símbolo pode, também, ser entendido como uma força orientadora, indicando
uma possibilidade adormecida na inteligência inconsciente. Em muitos casos, eles indicam
uma direção ou vocação que a psique precisa seguir para chegar à auto-realização. O
símbolo é uma energia que vem dos níveis mais profundos da mente.Quando esta energia é
levada para a consciência, ela cria um eixo entre o self e o ego. Quando o símbolo é
estimulado, seu efeito pode persistir por muitos e muitos anos. O símbolo possibilita, portanto, a cura. O Arteterapeuta ou arte-educador quer ajudar as pessoas a serem receptivas e a se renderam à energia simbólica, para que ela possa, gradualmente, revelar sua essência.No ato de pintar, a pessoa está chamando sua energia para se expressar e transformar a sua vida.” (BELLO, 2003).
CAPÍTULO IV
A VIVÊNCIA DA RELIGIOSIDADE E DA TRANSCENDÊNCIA
ALIADA À ARTETERAPIA
Ao longo da história, homens e mulheres experimentam a limitação e o fracasso
de suas aspirações, mas sempre se levantam e retomam o impulso para uma vida melhor,
para um mundo mais justo onde seja possível a verdadeira liberdade para todos. Buscam
respostas e formas de expressarem suas emoções. É essa busca que tem permitido os
grandes encontros, as grandes descobertas. Inclusive de si mesmo.
Através da busca do transcendente e do processo psicoterápico, elementos
portadores de esperança e mudanças, poder-se-á educar o homem para a realização pessoal
e para a felicidade através do conhecimento de si mesmo do mundo e diante da
transcendência.
Atitudes e referências terapêuticas que possibilitarão desenvolver uma verdadeira
educação para o amor e realização pessoal que comprometam a liberdade pessoal na
vivência de valores fundamentais, sobretudo, vivência da fé:
− Tomar consciência da dimensão da transcendência, buscando compreensão
aprofundada da experiência religiosa.
− Aprender a lidar com as questões existenciais para ser capaz de criticar,
com responsabilidade, a realidade existente, propor mudanças, ter atitude
crítica frente a supostos valores, meios de comunicação, estruturas, ter
atitude de alerta, ser insubornável e apaixonado pela verdade.
− Compreender a educação como um “ato de amor”, que leva a assumir
responsabilidade pelo outro, buscando o viver comunitário e democrático,
sendo solidário com os mais fracos e os pobres oprimidos.
− Respeitar o aspecto ético, fundamental, para acontecer às relações com o
outro que deve ser marcada pela recusa total de qualquer tipo de violência.
− Educar o nosso olhar para perceber o encontro com a emoção simples,
com a gratuidade amorosa, com sentimento de proteção de minha
existência, com a espantosa beleza de algumas coisas e gestos.
− Encantar-se com a borboleta, com o pôr-do-sol, com o filho adormecido,
com as aulas do professor e com outros elementos do cotidiano.
− Educar-se para ser livre, amar e ser amado, não abdicar da realidade, mas
usá-la na disposição permanente de buscar o bem comum.
− Ser dinâmico, sujeito criador do seu próprio destino, ser capaz de dialogar
com o diferente para estabelecer o ritmo da convivência. Ser o que é, falar
do que crê e viver o que proclama.
− Construir a consciência de que é pela vida e pela ação que se manifesta a
presença ativa de Cristo, de ir ao encontro do outro, pessoas multidões ou
povos e ser mediador ou agente capaz de conduzir processos de libertação.
− Perceber que:
“Para o Cristianismo, o importante não é a transcendência nem a imanência é a transparência desse homem, Jesus de Nazaré, homem como nós, que morreu não num acidente da estrada da palestina, mas morreu na cruz, num processo de insurgência, porque tomou partido dos pobres, dos humildes, transparência que permita captar a transcendência divina. A transcendência é poder ver no outro Deus nascendo da profundidade de seu coração. Essa é a singularidade do Cristianismo”. (BOFF, 2000).
Enfim, educar o homem para a realização pessoal e para a felicidade está
intimamente ligado a uma vivência espiritual que o harmonize com os demais seres
humanos e com a natureza.
CAPÍTULO V
A TRANSCENDÊNCIA SE MOSTRA ...
As experiências espirituais acontecem no nosso cotidiano. É preciso educar o
nosso olhar para perceber o encontro com Deus em nossas vidas e comprometer-se com a
Palavra de Deus para crescer no espírito.
“Falar de Deus é não poder expressar com palavras a verdade de um relacionamento. Então, falo de três sentimentos que me aproximam dele intensamente: o amor pela minha família, a afeição pelos meus amigos e a felicidade que eles me proporcionam nas relações de confiança, de apego e de entrega”. (AZEVEDO, 2004). Para mim, a experiência mais fundamental de nós mesmos, é a do enamoramento. Quando a pessoa se enamora, a outra vira divindade. Não se mede sacrifícios, o tempo não conta.Por quê? Porque você sai de si e vai ao encontro do outro” (BOFF, 2000). Nasceu meu primeiro filho e, após o parto, sozinho no quarto da maternidade, chorei de gratidão pela dádiva de poder, também, desdobrar minha vida” (CORTELLA, 1999). Através do processo terapêutico percebi que o simples ato de riscar um papel tem um sentido e descobri em meus desenhos algumas verdades que meu pensamento discursivo tinha sido incapaz de captar. Era como se tecessem para mim, em fios muito finos, a própria trama do simbólico.” (PEREIRA, 1976, p.9). “Uma espécie de alegria que tenho presenciado não é o mesmo que felicidade, que freqüentemente se origina de circunstâncias externas. Nem deve ser confundida com excitação, uma borbulhante qualidade da personalidade humana. A alegria, ao invés disso, é um gozo interior, profundo e permanente, o eu está enraizado, fundamentalmente, na confiança de Deus. Uma vez que a alegria é o fruto do Espírito, ela surge naturalmente como conseqüência do crescimento e não como resultado de uma decisão” (DONIER, 1980).
“Santo Agostinho, o grande teólogo da experiência de Deus no mundo da antiguidade, afirma que a pessoa tem sua força de atração irremediável em Deus, ainda que esta força deva ser dada permanentemente como um dom para frear a tendência do pecado. E essa graça leva a estabelecer comunhão e vida com Deus, que, por sua vez, se torna visível nos fruto do Espírito Santo em fé, esperança e caridade.” (HACKMANN, 2004). “Fico extasiado no dia-a-dia ao observar que a violeta que plantei renova-se exuberante, que os gatos de casa se enrolam nos meus pés quando chego, que o passar das mãos de minha mulher sobre meus cabelos de forma sutil e cuidadosa mostram a amorosidade de um percurso parceiro” (CORTELA, 1999).
É preciso educar nossa atenção para observar experiências de transcendências que
acontecem no dia a dia. É preciso afinar nossos sentidos e sentimentos para não deixá-los
passar como fatos corriqueiros: é preciso perceber que, provavelmente, a transcendência
está nos detalhes inesquecíveis, e por isso fundamentais.
CONCLUSÃO
A vivência da transcendência aproxima a criatura do seu criador e possibilita uma
relação dialógica. Para responder ao chamado do criador, que propõe uma vida em
comunhão, é necessário que a comunidade educativa e o educando assumam
responsabilidades e atitudes que auxiliarão no desabrochar de si mesmo, descobrindo suas
idéias e seus pensamentos na vivência e no fazer. Portanto no processo de arteterapia e na
busca do transcendente, o indivíduo se encontra, sente-se livre e compromissado em
construir a sua felicidade, meta de todo ser humano.
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. O que é religião. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2002. ANDRADE, Liomar Quintiliano. Terapias expressivas. São Paulo: Vetor, 2000. AZEVEDO, Juliano Cardoso de. Alcançar o invisível pelo amor. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 348, jul. 2004. AZZI, Rioland. A formação histórica da matriz religiosa brasileira. Rio de Janeiro. Revista Diálogo. N. 02, maio, 1996. BARROS, Marcelo & NASCIMENTO, Railton. Buscar a felicidade. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 352, nov. 2004. BOFF, Leonardo. Ecologia – grito da terra, grito dos pobres. São Paulo: Ática, 1995. __________. Espiritualidade: um caminho de transformação. Rio de Janeiro: Sextante, 2001. __________. Tempo de transcendência. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. __________. Um ser de afeto, relações e cuidados. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 349, ago. 2004. CASTRO, João José Pedreira de. Bíblia Sagrada Ave Maria. Clarentiana: São Paulo, 1977. CATÃO, Francisco. A experiência religiosa da transcendência. Rio de Janeiro. Revista Diálogo. N. 14, maio, 1999. CORTELLA, Mário Sérgio. A transcendência se mostra. Rio de Janeiro. Revista Diálogo. N. 14, maio, 1999. GRÜN, Anselm & DUFNER, Munrad. Espiritualidade a partir de si mesmo. Petrópolis: Vozes, 2004. HACKMANN, Geraldo Luis Borges. A experiência de Deus. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 348, jul. 2004. MAZZAROLLO, Gisele. O dia-a-dia da espiritualidade. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 349, ago. 2004. NAGEN, Denise. Uma proposta terapêutica, artística e educacional para o resgate do saber de si mesmo. In: III Jornada Carioca de Reabilitação Infanto-Juvenil: Rio de Janeiro, 2004.
NORGREN, Maria Betânia Paes. Considerações sobre o processo de arteterapia. In: III Jornada Carioca de Reabilitação Infanto-Juvenil: Rio de Janeiro, 2004. OLENIKI, Marilac L. R. & DALDIGAN, Viviane Mayer. Encantar-se. Petrópolis: Vozes, 2003. URUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia. Rio de Janeiro: Wak, 2003. ZANDONAI, Zuleika. Sempre é tempo de reinventar a felicidade. Porto Alegre: PUC, Revista Mundo Jovem. N. 352, nov. 2004.
ATIVIDADES CULTURAIS
ÍNDICE INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I - O SER HUMANO 10 1.1. A BUSCA DA FELICIDADE 11 CAPÍTULO II - O SER HUMANO É POR NATUREZA RELIGIOSO – BUSCA A TRANSCENDÊNCIA
13
2.1. A MATRIZ RELIGIOSA BRASILEIRA 13 2.2. COMO SE DÁ A TRANSCENDÊNCIA 13 2.3. EXPERIÊNCIAS RELIGIOSAS DA TRANSCENDÊNCIA 14 CAPÍTULO III - ESPIRITUALIDADE E ARTETERAPIA: UM CAMINHO PARA A FELICIDADE
18
3.1. QUEM É O ARTETERAPEUTA? 18 3.2. A ARTE E O TRANSCENDENTE 19
3.3. A ARTETERAPIA NO PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO DO SUJEITO
20
3.4. O USO DOS SÍMBOLOS PARA ELUCIDAR A REALIDADE
21
CAPÍTULO IV - A VIVÊNCIA DA RELIGIOSIDADE E DA TRANSCENDÊNCIA ALIADA A ARTETERAPIA
23
CAPÍTULO V - A TRANSCENDÊNCIA SE MOSTRA ... 26 CONCLUSÃO 28 BIBLIOGRAFIA 29 ATIVIDADES CULTURAIS 31 ÍNDICE 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES Pós-Graduação “lato-sensu” em Arteterapia em Saúde e Educação Título da Monografia: Espiritualidade e arteterapia: um caminho para a felicidade. Data da Entrega: 29/01/2005 Avaliado por: __________________________________ Grau: __________ _____________________________. _____ de _______________ de _____.