Upload
danilo
View
226
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
1/33
MédicaFaculdade de Medicina – FAMED/FURG
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
2/33
ESPOROTRIC
OSE
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
3/33
• Infecção subaguda ou crônica.• Caracterizada por lesões polimórcas da pele
e do tecido subcutâneo.• É frequente comprometimento dos linfticos
ad!acentes" que se inicia por inoculação do#porot$ri% sc$enc&ii na pele.
• ' disseminação secundria para articulações"m(sculos e ossos ) rara" assim como as
manifestações *iscerais da doença.
ETIOLOGIA
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
4/33
• +ungo aeróbio dimórco" de reprodução
se%uada.• +orma le*eduriforme a ,- graus" in *itro ounos tecidos de um organismo *i*o.
• forma lamentosa / temperatura ambiente.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
5/33
• 0abitat1 mat)ria *egetal" sob determinadascondições de temperatura e umidade.
•
2 solo rico em mat)ria *egetal emdecomposição" em especial o solo das tocasdo tatu.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
6/33
EPIDEMIOLOGIA' esporotricose afeta todas as pessoas sem distinção"por)m" quem trabal$a em !ardinagem" $orticultura eagricultores tem maior risco de adquirir a patologia elatamb)m est relacionado com ati*idades de lazer noambiente rural como pescarias.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
7/33
• 3icose profunda de maior pre*al4ncia global.• 2corre em quase todas as regiões do mundo"
principalmente na 'm)rica.•
3ais comum em zonas temperadas e tropicais.• 2 maior n(mero de casos *4m do 3)%ico e do 5rasil.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
8/33
• 6a 'm)rica do #ul13uito frequente no 7ruguai" Colômbia e 8enezuela.9ara no C$ile" :anam e quador.• 6o 5rasil1• #egundo lugar" após a paracoccidioidomicose.• 6o 9# ) a micose subcutânea mais frequente e na
'mazônia ocupa o ;< lugar.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
9/33
Artigo E!ide"iologia da e#!orotrico#e na regi$ocentral do Rio Grande do Sul Re%i#ta da Sociedade&ra#ileira de Medicina Tro!ical' %( )*' n(+' #et/out
,---
6esse artigo foram analisados casos deesporotricose diagnosticados em #anta 3aria nad)cada de =>??@=>>- e comparados com os
casos de d)cadas anteriores. Aessa forma"constatou@se que ocorreu uma mudança noperl dos pacientes ao longo dos anos" assimcomo da forma clBnica mais pre*alente. 2s
dados mais recentes relataram maior incid4nciaem moradores de reas urbanas" os quaisadquirem a doença atra*)s da prtica deesportes e passeios em reas rurais. 'l)m disso"ocorreu aumento da forma linfo@cutânea" ouse!a" com comprometimento dos linfonodos" a
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
10/33
:atogenia• Inoculação traumtica da pele• %istem relatos de infecção por aspiração e at)
ingestão do fungo" por)m pouco frequentes• 3aior pre*al4ncia no se%o masculino•
9elação ocupacional1 Dardineiros" Eoristas" fazendeiros"$orticultores" feirantes etc.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
11/33
:atogenia• Crianças brincando que sofram escoriações ou
arran$ões na face• Incubação de sete a trinta dias após inoculação F at)
seis meses•
:ossi*elmente imunidade $umoral e celular *iamacrófagos.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
12/33
:atogenia• #ituações predisponentes1 Aiabetes" alcoolismo" idade
a*ançada" doença maligna" uso de corticoides pormuito tempo" imunossupressão.
G6estas a patologia apresenta um carter oportunista.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
13/33
:atogenia
• ' patogenia da esporotricose se resume /presença de microorganismos f(ngicos namat)ria orgânica" ocorrendo inoculação porlesões cutâneas" consequentemente $
proliferação e desen*ol*imento de abscessos"culminando na ruptura e gerando (lceras
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
14/33
:atogenia• :ode permanecer localizado no tecido
subcutâneo.• stender@se localmente para os linfticos.• raramente" disseminar@se / distância pela
corrente sangHBnea.• ' forma que assume a doença ) determinada
pela resposta imunológica do $ospedeiro
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
15/33
:atogenia' e%pressão clBnica tamb)m depende" al)m de um fatorindi*idual" da magnitude da inoculação" local deinoculação e *ariação de patogenicidade. ' infecção pode permanecer localizada de*ido a umequilBbrio entre a resist4ncia do $ospedeiro e *irul4ncia
do parasito ou se disseminar.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
16/33
3anifestações clBnicas
• 's localizações podem ser cutânea"cutaneolinftica" e%tracutânea Jmucosa" óssea"ocular" articularK" *isceral e disseminada.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
17/33
3anifestações clBnicas
• +293' C7LM6' N2C'NIO'A' J+IP'K• Nesão papulosa ou papulotuberosa" por *ezes
formando placa *errucosa.• 6a face.• 'presentação *errucosa ) diagnóstico diferencial de
leis$maniose" cromomicose e tuberculose JgrupoNCLK.
• 6ão $ linfangite.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
18/33
3anifestações clBnicas
• +293' C7LM6' N2C'NIO'A' J+IP'K
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
19/33
3anifestações clBnicas
• +293' C7L'62NI6+QLIC'• +orma mais comum J-RS dos casosK a lesão
inicial Jcancro de inoculaçãoK ) nódulo queulcera" surgindo então no*os nódulos que
supuram ao longo do tra!eto linftico.• 3embros superiores nos adultos e face nas
crianças.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
20/33
3anifestações clBnicas
• +293' C7L'62NI6+QLIC'
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
21/33
3anifestações clBnicas
• +293' 37C2#'• +orma rara. ' lesão torna@se granulomatosa ou
papilomatosa. 2corre na faringe" laringe"con!unti*a ou plpebras.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
22/33
3anifestações clBnicas
• +293' AI##3I6'A'• :or disseminação $ematog4nica" obser*a@se em
pacientes imunossuprimidos. É" em geral"primria e decorre da ingestão ou inalação de S.
schenckii.• #ão obser*adas lesões nodulares por toda a
pele.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
23/33
3anifestações clBnicas
• +293' PL9'C7LM6'• 2 paciente" em geral imunodeprimido" ingere ou
inala o fungo" e" por disseminação $ematog4nica"este pode acometer órgãos internos.
• ' forma de maior importância clBnica ) o subtipoosteoarticular" caracterizado por uma artriteen*ol*endo articulações dos coto*elos" !oel$os epun$os.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
24/33
3anifestações clBnicas• +293'# 8I#C9'I#
• :ulmões Jlesão ca*itriaK" rinsJnefriteK" fBgado" baçoe pâncreas.
• ' e#!orotrico#e !ul"onar ocorre mais
frequentemente em $omens de meia@idade queapresentam doença pulmonar obstruti*a crônica eabuso de lcool.
• #intomas comuns são febre" sudorese noturna"perda de peso" fadiga" dispneia" tosse" escarro
purulento e $emoptise.• É aguda e rapidamente progressi*a.• 9adiograa de tóra% mostra ca*idades bilaterais ou
unilaterais .• 3imetiza a tuberculose em quase todos os aspectos.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
25/33
3anifestações clBnicas
• +293'# 8I#C9'I#
graa computadorizada de tóra%" mostrando ca*idadesredes ora lisas" ora irregulares" acompan$adas de tra*es
sas" bronquiectasias e numerosos nódulos centro@lobulares.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
26/33
DIAG.STICO• Cultura 0"ai# indicado1• 'lta positi*idade J-?"> % R"TS do e%ame micológico diretoK.• Ae*e ser culti*ado grande n(mero de tubos de ensaio.• 7tiliza@se pus" e%sudato" material de curetagem ou swab de
lesões abertas e aspirado com seringa de nódulos cutâneos.
• Rea2$o Intradér"ica co" E#!orotri3uina• In!eção intrad)rmica de V"= mN da solução antig4nica.• 9esultado entre ;? e -T $oras.• É W quando ppula de diâmetro igual ou superior a =V mm.• TVS de indi*Bduos normais apresentam positi*idade. :or
outro lado" uma reação negati*a praticamente e%clui apossibilidade da doença.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
27/33
DIAG.STICO• Te#te de Aglutina2$o dePart4cula# de l5te6
• 9esultado tr4s a quatrosemanas .
• :ositi*o em tBtulos bai%os empacientes normais.
• Aiagnóstico de esporotricosee%tracutânea.
• :ara monitorar a resposta aotratamento.
•
E6a"e Micol7gico Direto• 0abitualmente ) negati*o nas
formas cutâneas.• 3aior positi*idade na forma
disseminada.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
28/33
Diagn7#tico Di8erencial•
Ae*ido ao seu grandepolimorsmo" aesporotricose simulanumerosas dermatoses1
• #Blis"• :itirBase• #arcoidose• Neis$maniose"• Luberculose cutânea"• 3icobacterioses
atBpicas"• 0ansenBase"• 8asculite
• ntre muitas outras...
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
29/33
TRATAME.TO• Iodeto de Pot5##io• 8ia oral em doses gradualmente mais altas.• 'umento gradual de*ido intolerância
gastrointestinal que ) o principal efeitocolateral.
• 5ai%o custo.• Aes*antagens 1 resolução clBnica lenta Jum a
oito mesesK" pouco efeito nos tipos sist4micoe disseminado.
• Itracona9ol• É a atual medicação de eleição.• 'ge alterando a permeabilidade celular" com
potente ati*idade antif(ngica contra o #.
sc$enc&ii.
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
30/33
CASO CL:.ICOI.C.+." TT anos" se%o feminino" estudante de 3edicina 8eterinria" procurou atendimento m)dico de*ido a presença de lesãode caracterBstica nodular e ulcerosa localizada no braço. Aiasapós $ou*e aparecimento de lesões m(ltiplas" ulceradasapresentando alguns nódulos ascendentes na região. :acientenega trauma especBco ou manipulação de algum animal que
pudesse *eicular o agente f(ngico. ntretanto" diante dosac$ados clBnicos $ suspeita de ritema 6odoso ousporotricose" sendo solicitado o e%ame direto do Swab da lesãoe cultura para fungos.
6o laboratório" amostra foi col$ida no centro da lesão matriz esemeada em quatro tubos de Qgar Sabouraud" sendo que dois
tubos foram incubados a T=
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
31/33
'pós crescimento dessas colônias foi realizado o e%ame direto comNactofenol e um microculti*o em 'gar 5atata" onde conrmou@se aestrutura f(ngica sugesti*a de Sporothrix schenckii" conrmando@se assim a sporotricose Ninfocutânea nessa paciente.+oram *isualizadas $ifas $ialinas" delgadas" septadas eramicadas" com agrupamentos de conBdios o*ais formados nopice de conidióforos" semel$antes a margaridas.
' conduta terap4utica adotada foi o tratamento com Itraconazol. 'paciente respondeu positi*amente ao tratamento" sendo obser*ada
a remissão das lesões.
&i;li
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
32/33
&i;liogralin85tica @ :aula :itta de 9esende" 'lessandra 8ieira +ranco
@ C'A962# 59'#INI92# A 3AICI6' @ D'6 ' AO F TVV= F 82N PI8 F 62# =" T" , ;.
•
S!orotric?o#i# @ Carol '. Zau[man F 2%ford Dournals Clinical Infectious AiseasesJCIAK @ =>>>T> 'ugust.• ESPOROTRICOSE @UMA.A a#!ecto# cl4nico#' la;oratoriai# e ca#o cl4nico @
Carina :aulino 0ugo" 9oberta A. 9odrigues 9oc$a" 3ônica de +. 9ibeiro +erreira @ :ósem 9e*ista X +'93 T-.
• At!ical !re#entation o8 #!orotric?o#i# re!ort o8 t?ree ca#e# @ 3elissa2rzec$o\s&i Pa*ier" et al. @ 9e*ista da #ociedade 5rasileira de 3edicina Lropical;XJ=K1==X@==?" Dan@+eb" TV=,
• E!ide"iologia da e#!orotrico#e na regi$o central do Rio Grande do Sul @9e*ista da #ociedade 5rasileira de 3edicina Lropical ,TJRK1R;=@R;R" set@out" =>>>.
• Pul"onar #!orotric?o#i# in &ra9il a ca#e re!ort and re%ieB @ #il*a" Nuciano3uller Corr4a da 2li*eira" +l*io de 3attos 0oc$$egger" 5runo #e*ero" Nuiz Carlos @9e*. patol. trop;TJ=K1=T=@=TR" !an.@mar. TV=,. ilus.
• Sporothrix schenckii a##ociated Bit? ar"adillo ?unting in Sout?ern &ra9ile!ide"iological and anti8ungal #u#ce!ti;ilit !ro
8/16/2019 ESPOROTRICOSE - MEDICINA
33/33
O&RIGADO