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Estádio partilhado pelos dois clubes de
Munique FC Bayern de Munique e TSV 1860
Munique
desafio: Como podem duas equipas e adeptos
sentir-se identificadas com um único
estádio?
SOLUÇÃO dos arquitetos suíços Herzog & DeMeuron:
utilização da luz que ilumina a fachada do
estádio com as cores de cada equipe durante os
respectivos jogos, mudando a aparência deste por
completo.
Arena oval:
258 m comprimento
227 m largura
50 m altura
O interior inclui uma variedade de entretenimento,
restauração e lazer, serviços de acolhimento de
crianças e jardim de infância, lojas, escritórios e salas
de conferências.
— A membrana externa do Allianz
Arena é composta de 2,874
painéis (almofadas) de ETFE -
etileno-tetrafluoroetileno
copolímero a uma pressão de 35
hPa, com uma espessura de 0,2
milímetros.
— Cada painel pode ser iluminado
em branco, vermelho ou azul. A
intenção é iluminar os painéis
para combinar com as cores da
respectiva equipe local, ou
branco, quando joga a selecção
alemã.
— Um sistema de lâmpadas
fluorescentes alimentado
eletronicamente ativa essa luz
particular.
O ETFE é um plástico transparente com grande
durabilidade, possui uma elevada resistência química
e mecânica (ao corte e à abrasão) assim como grande
estabilidade às mudanças de temperatura suporta até
170 ºC. A resina pode ser processada de diversas
formas: molde por injecção, compressão,
transferência e pressão de liquido.
A qualidade que mais se destaca é a elevada
resistência aos raios ultravioletas o que o
diferencia de outros plásticos uma vez que não
amarelece.
Esta característica converte o ETFE numa
alternativa ao vidro na edificação, para além de
que pesa 100 vezes menos que o vidro e que, na
forma de almofada, é mais isolante.
― Este material chega a ser considerado como uma
nova revolução para a arquitectura dado que
constituiu uma abertura de novos horizontes.
― O Baixo peso das laminas e dos perfis de fixação
são uma vantagem que envolve uma poupança
importante na estrutura, resulta, assim, em
sistemas mais económicos e de baixa manutenção.
― destaca-se a possibilidade de grandes vãos e
superfícies de grandes dimensões.
perspectiva dos autores:
O estádio marca uma nova localização na
paisagem aberta para o norte entre o aeroporto
e o centro de Munique como um enorme corpo
luminoso. A pele deste corpo luminoso consiste
em grandes e brilhantes almofadas brancas de
ETFE em forma de diamante.
A mudança de aparência do estádio irá aumentar
sua atractividade como um monumento urbano,
mesmo para pessoas que não estão
interessadas no futebol.
Fair & Exhibition Hall, Paris Nord
Lacaton & Vassal
O pavilhão apresenta uma geometria
simples e oferece dois tipos de frentes:
lateral pública com painéis
translúcidos e anexos laterais com
revestimento de alumínio.
A fachada tem 189m de comprimento e é
dividida em estufas destinadas a regular,
de forma natural a temperatura no interior
do edifício. Os usuários usufruem de luz
natural e de uma ampla vista do exterior.
A estrutura das estufas é feita em aço
galvanizado, enquanto as paredes consistem
de chapas onduladas de policarbonato.
As fachadas são compostas por sete estufas
com 2 m de largura, 40 m de comprimento e
preenchidas com trepadeiras de flor.
Os pavilhões de
exposições
tradicionais
são,
normalmente,
herméticos e
opacos não
aproveitando a
energia passiva
para a melhoria
do conforto.
Lacaton e Vassal entendem que esta abordagem
priva o usuário do prazer do lugar: o contato com
o exterior, a vista do lugar, etc. pelo que
decidiram instalar estufas na frente do pavilhão
7 de forma a satisfazer estas condições.
Os autores não queriam fazer uma
construção cega, que não comunicasse com o
exterior, assim, 5000m2 das laterais do
edifício estão completamente abertas para
Norte, Sul e especialmente para Este.
"Uma faixa contínua de vidro 3m de
altura, permite aos visitantes
encontrar o perímetro do local pela
transparência” L&V
As fachadas de estufas fazem parte do
conceito de projecto BIO-CLIMÁTICO do
edifício e, neste contexto, têm o papel de
‘buffer’ entre o ar exterior e o ar
interior.
Um conjunto de equipamentos automatizados,
idênticos às estufas de produção agrícola
profissional, garantem o controlo do clima e boas
condições para o crescimento das plantas incluindo:
ventilação natural, cortinas de sombreamento,
irrigação por gotejamento e nebulização. A operação
é automática e baseia-se em sensores.
—O sistema de estufas instalado permite a abertura automática
de vãos para a criação de uma ventilação natural que,
dependendo do clima/estação do ano, permite um uso mais
racional de ar condicionado ou aquecimento do interior do
edifício e elimina a necessidade de reduz o uso de ventilação
mecânica.
―As paredes totalmente translúcidas deixam entrar a luz
natural, pelo que é reduzido o recurso à iluminação
artificial.
―O facto de estas estufas conterem trepadeiras que florescem,
para além do aspecto cénico e decorativo, irá ser permitir
criar sombra natural durante os períodos quentes e, nos frios,
favorecerá a entrada do sol participando, assim, a vegetação
na regularização climática do pavilhão.
Para os autores, as
estufas não são apenas
“slides técnicos”, são
também “objetos de
emoções”.
http://www.lacatonvassal.com
Bibliografia: