3
Research question: qual evidência de pesquisa será relevante para o problema ou a hipótese de interesse na síntese? Artigo Descrição geral SAINT-PIERRE, Héctor Luis. 11 de Setembro: do terror à injustificada arbitrariedade e o terrorismo de Estado. Revista de Sociologia e Política, v. 23, n. 53, p. 9-26, 2015. O autor traz como destaque a discussão sobre o que é terrorismo. Sobre o 11 de setembro, que ele classifica como terrorismo aleatório – devido à falta de alvo específico e à visibilidade global do atentado (Torres gêmeas e Pentágono) –, o autor traz o fator do medo e do desespero que trouxe aos americanos. BUZAN, Barry. As implicações do 11 de setembro para o estudo das relações internacionais. Contexto Internacional, v. 24, n. 2, p. 233, 2002. Questiona como o 11/09 pode afetar a ordem mundial, segundo a perspectiva neo-realista, globalista e regionalista. Por ter sido publicado pouco após do ataque, o artigo se limita a tentar prever quais pautas de segurança ficariam em destaque. VIOLA, Eduardo; LEIS, Héctor Ricardo. Unipolaridade, governabilidade global e intervenção unilateral anglo- americana no Iraque. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 47, n. 2, p. 29- 58, 2004. Os autores defendem o pensamento realista, afirmando que a teoria realista se baseia em fatos históricos. A interpretação dos fatos é que de fato os ataques foram um ato de guerra, que invoca uma resposta de guerra defendendo assim igualmente a reação norte-americana. SAWASAKI, Cindy Akemi; FORIGO, Marlus Vinicius. Uma análise da guerra no Iraque com base nas ideias de Michel Foucault e Joseph Nye. Relações Internacionais no Mundo Atual, v. 2, n. 12, p. 9-47, 2012. Os autores trazem uma digressão história desde os ataques de 11 de setembro até chegar à Guerra do Iraque em 2003. O foco da análise dos autores é quanto à utilização do soft e do hard power no governo Bush. VIZENTINI, Paulo Fagundes. A guerra contra o Iraque, o" império" norte-americano e a crise sistêmica. Indicadores Econômicos FEE, v. 31, n. 1, p. 7-20, 2008. Afirma que a Guerra do Iraque tinha como objetivo estratégico a intenção de atingir outros adversários potenciais. Traz o 11 de setembro como catalizador da Guerra do Iraque. E discute toda a ocupação americana no Iraque, sob o argumento que ela foi ineficiente e trazendo as razões para o seu fracasso. BURITY, Caroline Rangel Travassos. O foco do trabalho na questão de

Estado Da Arte - 11 de setembro e guerra do iraque

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Estado Da Arte - 11 de setembro e guerra do iraque

Citation preview

Page 1: Estado Da Arte - 11 de setembro e guerra do iraque

Research question: qual evidência de pesquisa será relevante para o problema ou a hipótese de interesse na síntese?

Artigo Descrição geralSAINT-PIERRE, Héctor Luis. 11 de Setembro: do terror à injustificada arbitrariedade e o terrorismo de Estado. Revista de Sociologia e Política, v. 23, n. 53, p. 9-26, 2015.

O autor traz como destaque a discussão sobre o que é terrorismo. Sobre o 11 de setembro, que ele classifica como terrorismo aleatório – devido à falta de alvo específico e à visibilidade global do atentado (Torres gêmeas e Pentágono) –, o autor traz o fator do medo e do desespero que trouxe aos americanos.

BUZAN, Barry. As implicações do 11 de setembro para o estudo das relações internacionais. Contexto Internacional, v. 24, n. 2, p. 233, 2002.

Questiona como o 11/09 pode afetar a ordem mundial, segundo a perspectiva neo-realista, globalista e regionalista. Por ter sido publicado pouco após do ataque, o artigo se limita a tentar prever quais pautas de segurança ficariam em destaque.

VIOLA, Eduardo; LEIS, Héctor Ricardo. Unipolaridade, governabilidade global e intervenção unilateral anglo-americana no Iraque. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 47, n. 2, p. 29-58, 2004.

Os autores defendem o pensamento realista, afirmando que a teoria realista se baseia em fatos históricos. A interpretação dos fatos é que de fato os ataques foram um ato de guerra, que invoca uma resposta de guerra – defendendo assim igualmente a reação norte-americana.

SAWASAKI, Cindy Akemi; FORIGO, Marlus Vinicius. Uma análise da guerra no Iraque com base nas ideias de Michel Foucault e Joseph Nye. Relações Internacionais no Mundo Atual, v. 2, n. 12, p. 9-47, 2012.

Os autores trazem uma digressão história desde os ataques de 11 de setembro até chegar à Guerra do Iraque em 2003. O foco da análise dos autores é quanto à utilização do soft e do hard power no governo Bush.

VIZENTINI, Paulo Fagundes. A guerra contra o Iraque, o" império" norte-americano e a crise sistêmica. Indicadores Econômicos FEE, v. 31, n. 1, p. 7-20, 2008.

Afirma que a Guerra do Iraque tinha como objetivo estratégico a intenção de atingir outros adversários potenciais. Traz o 11 de setembro como catalizador da Guerra do Iraque. E discute toda a ocupação americana no Iraque, sob o argumento que ela foi ineficiente e trazendo as razões para o seu fracasso.

BURITY, Caroline Rangel Travassos. A influência da mídia nas Relações Internacionais: um estudo teórico a partir do conceito de Diplomacia Midiática. Contemporânea, v. 11, n. 1, 2013.

O foco do trabalho na questão de mídias e de como ocorre a “media diplomacy”, a autora cita marginalmente os ataques de 11 de setembro e Guerra do Iraque como exemplos.

DA SILVA WELLAUSEN, Saly. Terrorismo e os atentados de 11 de setembro. Tempo social, v. 14, n. 2, p. 83-112, 2002.

Por ter sido publicado pouco tempo após aos atentados, o artigo se centra na questão do terrorismo que emergiu pós-11 de setembro.

DA SILVA, Leonardo Luiz Silveira; FINELLI, Ramon Moreira Gonçalves; DE ARAÚJO RANGEL, Bruno. A reflexão sobre a eficiência dos pressupostos realistas na contemporaneidade através da invasão do Iraque em 2003. GeoTextos, v. 10, n. 2, 2014.

Os autores trazem uma digressão história desde os ataques de 11 de setembro até a Guerra do Iraque em 2003, para por fim concluir que a interpretação dos fatos pode ser feita não somente por uma perspectiva realista, como também pelo liberalismo. Apesar da aparente contradição, os autores defendem a complementaridade das duas visões para a compreensão dos eventos.

KISSINGER, Henry. Os Estados Unidos: superpotência ambivalente. In: KISSINGER, H. A ordem mundial. Leya, cap. 8, 2014.

Kissinger realiza uma abordagem realista para defender a Guerra do Iraque de 2003, afirmando que era necessária uma resposta aos ataques de 11 de setembro.

SCHMIDT, Brian C.; WILLIAMS, Michael C. The Bush doctrine and the Iraq War: Neoconservatives versus realists. Security Studies, v. 17, n. 2, p. 191-220, 2008.

Esses três artigos foram selecionados para serem discutido juntos devido à proximidade deles no uso da visão neoconservadora como a que subsidiou a doutrina Bush, além das críticas que os autores realizam à Guerra do Iraque. Segundo os autores, STORTI, Janaína Marques. Teorias em debate:

Page 2: Estado Da Arte - 11 de setembro e guerra do iraque

neoconservadorismo e realismo perante a política externa de segurança norte-americana no pós 11 de setembro. Trabalho apresentado no I Simpósio em Relações Internacionais do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e USP, 12 a 14 de novembro de 2007.

os fatos não podem ser considerados como uma sequência realista, por não ter sido levado em consideração aspectos como a “balança de poder”. Os EUA, apesar de ser força hegemônica, acabaram por desconsiderar completamente o posicionamento dos outros atores internacionais, incentivando assim a formação de um grupo contra-hegemônico capaz de prejudicar seus interesses nacionais.

MEARSHEIMER, John J. Hans Morgenthau and the Iraq war: realism versus neo-conservatism. OpenDemocracy, 2005.LANDAU, Mark J. et al. Deliver US from evil: The effects of mortality salience and reminders of 9/11 on support for President George W. Bush. Personality and Social Psychology Bulletin, v. 30, n. 9, p. 1136-1150, 2004.

O artigo mostra resultados de pesquisa de satisfação com o governo de Bush após o 11 de setembro e como o discurso mais voltado à preocupação com mortalidade influenciou os cidadãos.

QUARANTELLO, Kim. The Bush Doctrine and Presidential Rhetoric: Change and Continuity in US Foreign Policy. Honor Thesis Collection, paper 113, 2013.

Nessa tese, a autora verifica a presença de palavras características de discursos estratégicos e discursos ideológicos na retórica de Bush após os atentados de 11 de setembro para a percepção de quão latente a questão do terrorismo estava.