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Estado do tempo
Expressão do comportamento momentâneo da atmosfera sobre um determinado lugar.
É na atmosfera, mais precisamente na sua camada inferior, designada de Troposfera, que ocorrem os vários fenómenos meteorológicos responsáveis pelos diferentes estados do tempo.
O estudo dos estados do tempo é feito pela meteorologia.
Clima
Resultado estatístico do comportamento médio e da variabilidade dos elementos climáticos registados num determinado lugar durante pelo menos 30 anos.
Estado do Tempo Versus Clima E
sta
do
de
Te
mp
o
• O estado do tempo está relacionado com as condições atmosféricas de um determinado momento.
Clim
a
• O clima diz respeito às condições atmosféricas habituais ao longo dos anos (normalmente um período de 30 anos).
Elementos Climáticos
• Para caracterizar o
estado do tempo
ou o clima de
qualquer lugar,
recorre-se aos
vários elementos
climáticos.
Temperatura
Precipitação
Nebulosidade
Humidade
Direção do vento
Intensidade do Vento
Pressão Atmosférica
Insolação
Elementos
Fundamentais
do Clima
Elementos Climáticos e Respetivos
Instrumentos de Medição
Temperatura
• Utiliza-se um termómetro
• Expressa-se em graus Celcius (ºC)
Precipitação
• Utiliza-se um pluviómetro
• Expressa-se em milímetros (mm)
Nebulosidade
• Utiliza-se um radar
• Expressa-se em percentagem (%) de céu encoberto pelas nuvens
Pressão Atmosférica
• Utiliza-se um barómetro
• Expressa-se em milibares (mb) ou hectopascais (hpa)
Insolação
• Utiliza-se um heliógrafo
• Expressa-se em número de horas de sol
Vento
• Para medir a Direção utiliza-se um catavento
• Para medir a Intensidade ou a Força do vento é usado um anemómetro
A temperatura: variação diurna
• a temperatura máxima ocorre
normalmente após o meio-dia solar,
entre as 13 e as 15 horas;
• a temperatura mínima regista-se
normalmente de madrugada, ou
seja, pouco tempo antes de o Sol
nascer.
Variação diurna da temperatura
Certamente já te deste conta que a temperatura varia ao longo do dia e ao longo do ano, qualquer que seja o lugar à superfície da terra.
A temperatura máxima ocorre entre as 13 e as 15 horas, pelo facto de, nessa altura do dia, ser máxima a soma da radiação solar recebida e da radiação terrestre (radiação de calor, responsável pelo aquecimento da baixa atmosfera).
A temperatura mínima regista-se de madrugada, porque, durante a noite, os lugares não recebem radiação solar, limitando-se apenas a receber a energia irradiada pela superfície da Terra. A soma das perdas de energia é, portanto, máxima pouco tempo antes de o Sol nascer, sendo, normalmente, nesse momento que a temperatura atinge o valor mais baixo.
A variação diurna da temperatura:
fatores explicativos
A variação diurna da temperatura é uma consequência do movimento de rotação da Terra.
É este o movimento responsável pela sucessão dos dias naturais e das noites e pela variação da inclinação (obliquidade ou ângulo de incidência) dos raios solares ao longo do dia natural.
• movimento que a Terra executa em torno do seu próprio eixo. Realiza-se no sentido direto (de W para E) e demora cerca de 24 h.
Movimento de
Rotação da Terra
• Quanto maior for o ângulo de incidência dos raios solares, menor é a
superfície pela qual a energia se distribui e, consequentemente, maior é a
energia recebida por unidade de superfície.
• Quanto menor for o ângulo de incidência dos raios solares, maior é a
superfície pela qual a energia se distribui e, consequentemente, menor é
a energia recebida por unidade de superfície.
A temperatura: variação anual
A temperatura média mensal mais elevada, para a
generalidade dos lugares situados no hemisfério
Norte, regista-se, normalmente, nos meses de julho ou
agosto.
A temperatura média mensal mais baixa ocorre, no
hemisfério Norte, normalmente nos meses de
dezembro ou janeiro.
A temperatura média mensal mais elevada,
para a generalidade dos lugares situados no
hemisfério Sul regista-se, normalmente, nos
meses de Janeiro ou dezembro.
A temperatura média mensal mais baixa
ocorre, no hemisfério Sul, normalmente nos
meses de junho ou julho.
Explicação • as temperaturas médias mensais mais elevadas ocorrem em julho ou agosto, porque nessa altura do ano
o Sol, no seu movimento anual aparente, encontra-se a norte do equador e, portanto, os raios solares incidem com menor inclinação sobre esses lugares. Além disso, os dias naturais são maiores do que as noites;
• as temperaturas médias mensais mais baixas acontecem em dezembro ou janeiro, uma vez que nessa época do ano o Sol, no seu movimento anual aparente, está deslocado para sul do equador e, portanto, os raios solares incidem com maior inclinação no hemisfério Norte. Além disso, os dias naturais são menores do que as noites.
A variação anual da temperatura:
fatores explicativos
Movimento de translação da Terra
A variação anual da temperatura (estações do ano) é uma consequência do movimento de translação da Terra
• movimento que a Terra executa em torno do Sol. Demora aproximadamente 365 dias e 6 horas e realiza-se também no sentido direto.
Ao executar o movimento de translação, a Terra passa por quatro posições estratégicas:
• Equinócio da Primavera, a 21 de Março
• Solstício de Verão, a 21 de Junho
• Equinócio de Outono, a 22 ou 23 de Setembro
• Solstício de Inverno, a 21 ou 22 de Dezembro.
O movimento de translação e a inclinação constante do eixo da Terra com o plano da sua órbita fazem variar, num mesmo lugar, a inclinação dos raios solares ao longo do ano.
A variação anual da temperatura:
fatores explicativos
21 de junho
• Nos meses em que o Sol se encontra entre o equador e o Trópico de Câncer (março a setembro), os raios solares incidem com menor inclinação nos lugares situados no hemisfério Norte do que nos lugares com o mesmo valor de latitude do hemisfério Sul.
22 de dezembro
• Nos meses em que o Sol se encontra entre o equador e o Trópico de Capricórnio (setembro a março), os raios solares incidem com maior inclinação nos lugares situados no hemisfério Norte do que nos lugares com o mesmo valor de latitude do hemisfério Sul.
A variação anual da temperatura: a relação
entre a duração dos dias naturais e das noites Luga
res • A norte do
Círculo Polar Ártico
• Entre o Círculo Polar Ártico e o equador
• Equador
• Entre o equador e o Círculo Polar Antártico
• A sul do Círculo Polar Antártico
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de
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• Dia natural = 24 h
• Dia natural > Noite
• Dia com duração semelhante à noite
• Dia natural < Noite
• Noite = 24 h
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• Noite = 24 h
• Dia natural < Noite
• Dia com duração semelhante à noite
• Dia natural > Noite
• Dia Natural = 24 h
• Dia natural = Noite
• O movimento de translação provoca ainda a desigualdade na duração dos dias
naturais e das noites em todos os lugares da superfície da Terra, ao longo do ano,
embora no equador sejam sempre muito semelhantes.
Elementos Fundamentais do Clima
2 - PRECIPITAÇÃO
A precipitação é a queda de água a partir das nuvens. Pode ocorrer no estado líquido (chuva) ou no estado sólido (neve ou granizo).
Para que possa acontecer qualquer forma de precipitação, é necessário, então, que haja nuvens, e estas podem formar-se em consequência de uma subida do ar capaz de provocar o aumento da humidade relativa e a condensação do vapor de água.
Tipos de Precipitação De acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e o seu consequente
arrefecimento, podem distinguir-se três tipos de precipitação:
OS FATORES DO CLIMA
Os fatores climáticos são situações que influenciam os diferentes elementos climáticos como a temperatura, precipitação, pressão atmosférica, vento, entre outros.
As diferenças de temperatura e de precipitação que se verificam à superfície da Terra são explicadas pela ação simultânea de vários fatores climáticos tais como:
A LATITUDE;
O RELEVO (a altitude e a exposição geográfica das vertentes);
A CONTINENTALIDADE (maior ou menor afastamento do mar);
AS CORRENTES MARÍTIMAS.
A influência da latitude na temperatura
Regra geral, a temperatura diminui à medida que a latitude aumenta, ou seja, as temperaturas médias anuais são mais elevadas nas regiões relativamente próximas do equador e vão diminuindo com a aproximação aos polos.
A influência da latitude na temperatura
• Na região intertropical, os raios solares incidem mais na vertical, a radiação solar distribui-se por uma superfície mais pequena e, consequentemente, a concentração de energia e o aquecimento são maiores.
• Nas regiões frias, pelo contrário, os raios solares incidem mais obliquamente, a radiação solar distribui-se por uma área maior e, portanto, o aquecimento é reduzido.
A explicação desta variação está, fundamentalmente, na inclinação com que os raios solares incidem sobre a superfície.
Conclui-se, assim, que, à medida que a latitude aumenta, a inclinação dos raios solares também aumenta e, portanto, a temperatura vai diminuindo.
A influência da latitude na precipitação
A variação da precipitação com a latitude deve-se, em parte, às diferenças de pressão atmosférica que se fazem sentir à superfície da Terra.
A pressão atmosférica pode ser representada em mapas, através de isóbaras (ou linhas isobáricas).
• As isóbaras são, na maior parte das vezes, curvas fechadas e mais ou menos concêntricas, e permitem a representação dos centros barométricos ou centros de ação.
De acordo com os valores da pressão e com o modo como esta varia, os centros barométricos podem ser de dois tipos: centros de altas pressões e centros de baixas pressões.
A influência da latitude na precipitação
Centros Barométricos localizados
no Hemisfério Norte
Num centro de altas pressões,
o movimento do ar é
descendente na vertical e
divergente à superfície.
Num centro de baixas
pressões, o movimento do ar
é convergente à superfície e
ascendente na vertical.
A influência da latitude na precipitação
Quando o ar desce, aquece e a
humidade relativa diminui, pelo que
não existem condições para que se
dê a condensação do vapor de
água e a formação de nuvens,
muito menos ainda a queda de
precipitação.
A um centro de altas pressões está,
normalmente, associado bom tempo (céu
limpo e tempo seco).
A influência da latitude na precipitação
Quando o ar sobe, arrefece e a
sua humidade relativa aumenta,
pelo que existem condições para
que ocorra a saturação, a
condensação do vapor de água
e a formação de nuvens, e ainda
a mais que provável queda de
precipitação.
A um centro de baixas pressões está,
normalmente, associado mau tempo (céu
nublado e possibilidade de queda de
precipitação).
A influência da latitude na precipitação
Os diferentes centros
barométricos
localizam-se
fundamentalmente em
determinadas latitudes
embora eles se
desloquem ao longo do
ano, para norte e para
sul, acompanhando,
com um ligeiro atraso,
o movimento anual
aparente do Sol.
A influência da latitude na precipitação
• Localizam-se nas regiões equatoriais e nas latitudes médias, uma vez que é aí que predominam as baixas pressões equatoriais e subpolares, respetivamente;
Áreas com maiores valores de precipitação
• Localizam-se junto dos trópicos e nas regiões polares, devido, entre outros fatores, ao movimento descendente do ar nas altas pressões subtropicais e polares, respetivamente
Áreas com menores valores de precipitação
A influência do relevo na temperatura
e na precipitação
Na temperatura: • À medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui (cerca de 6ºC por cada 1000 m –
gradiente térmico vertical).
• As vertentes expostas ao sol (soalheiras) registam temperaturas mais elevadas que as vertentes sombrias (umbrias).
Na precipitação:
• Quando o ar se depara com uma barreira montanhosa, é obrigado a subir. Ao subir, arrefece e satura, dando-se a condensação do vapor de água e a formação de nuvens, que conduzem à queda de precipitação (chuva ou neve).
• Na vertente oposta, o ar, contendo já menos humidade, desce e aquece, diminuindo assim a possibilidade da ocorrência de precipitação.
A influência da continentalidade
A temperatura e a precipitação variam com a continentalidade, isto é, com a proximidade ou o afastamento dos lugares em relação ao mar.
De um modo geral, e em comparação com as áreas do interior, as áreas litorais não têm temperaturas tão elevadas na estação quente nem tão reduzidas na estação fria, devido à influência amenizadora do mar.
• Os oceanos, por serem massas líquidas, demoram mais tempo a aquecer e mais tempo a arrefecer do que os continentes e, por esse motivo, estão mais frescos no verão e mais quentes no inverno, exercendo assim uma ação moderadora sobre as temperaturas dos lugares próximos.
À medida que a distância em relação ao mar aumenta, a ação moderadora por eles exercida diminui, razão pela qual a amplitude térmica anual é maior no interior dos continentes.
As áreas do litoral têm tendência a registar valores mais elevados de precipitação do que as áreas do interior, devido à influência dos ventos húmidos que sopram do oceano.
A ação das correntes marítimas
• Dependendo do lugar de origem, as correntes marítimas
podem ser:
– quentes (se provenientes das regiões equatoriais e tropicais);
– frias (se provenientes das regiões polares).
• As correntes quentes provocam, nas áreas litorais junto
das quais passam, temperaturas e precipitações mais
elevadas. As correntes frias, pelo contrário, provocam
temperaturas baixas e escassez de precipitação.
A representação dos principais
elementos do clima
Precipitação Gráfico
Termopluviométrico
Precipitação Total
Mensal
Precipitação Total
Variação da Temperatura ao longo
do ano Temperaturas médias mensais
Temperatura Média Anual
Amplitude Térmica Anual
Gráfico que representa
simultaneamente as variações da temperatura e precipitação
Temperatura
Não esqueças…
Estado do tempo e clima são conceitos distintos e, embora inter-relacionados têm significados diferentes.
• O estado do tempo diz respeito às condições atmosféricas de um determinado momento.
• O clima relaciona-se com o comportamento médio e a variabilidade dos elementos climáticos registados em determinado lugar durante pelo menos 30 anos.
O estado do tempo e o clima
• Caracterizam-se com base nos vários elementos do clima tais como a temperatura, a pressão atmosférica, a precipitação, a humidade do ar, a nebulosidade, o vento, etc.
• Estes elementos sofrem a influência simultânea de fatores climáticos como a latitude, o relevo, a continentalidade e as correntes marítimas.
A forma de representar os elementos fundamentais do clima, temperatura e precipitação, é o gráfico termopluviométrico.