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Estresse hídrico na bacia do rio Paraíba do Sul e a segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro
Diretoria de Gestão das Águas e do Território - Digat
Instituto Estadual do Ambiente - INEA
01 de julho de 2014
Importância da Bacia Paraíba do Sul
para o Estado do Rio de Janeiro
Reservatório Jaguari:Vazão mínima = 10m³/s
Reservatório Santa Branca:Vazão mínima = 40m³/s
Reservatório Paraibuna:Vazão mínima = 30m³/s
Reservatório Funil:Vazão mínima = 80m³/sVazão regularizada=150m³/s
Rio Paraíba do Sul (Santa Cecília, ponto da transposição Guandu):Vazão mínima = 190m³/sVazão normal= 250m³/s
12,3 milhões de
habitantes abastecidos
pelas águas do rio Paraíba
do Sul (75% do Estado)
57 municípios na Bacia do
rio Paraíba do Sul + 9 da
Região Metropolitana
Segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro
O Estado do Rio de Janeiro é fortemente dependente das águas da Bacia do rio Paraíba do Sul
Complexo Sistema Hidráulico (contexto politico-institucional)
Transposição: 1952
Reservatórios e UHEs: Santa Branca (1959), Funil (1969),
Jaguari (1972) e Paraibuna (1978)
Diagrama esquemático das UHEs da bacia do Rio Paraíba do Sul integrantes do SIN:
Afluência (ENA):
3,1% SE/CO1,8% SIN
Armazenamento (EAR):
3,6% SE/CO2,6% SIN
Fonte: ONS, 2014.
Vazões Mínimas e Armazenamentos
PA
RA
IB
UN
A
Sta
. B
RA
NC
A
Rio Paraíba do Sul
JA
GU
AR
I
FU
NIL
Sta
. C
EC
ÍLIA
Rio Jaguari
2.636
hm³
Vazão Natural (MLT)
69 m³/s
Vazão Natural (MLT)
80 m³/s
307
hm³
Vazão Natural (MLT)
228 m³/s
602
hm³
Vazão Natural (MLT)
28 m³/s
792
hm³
30 m³/s 40 m³/s 80 m³/s
10 m³/s
190 m³/s 71 m³/s
119 m³/s
Referência: Restrições de vazões mínimas estabelecidas na Resolução ANA nº 211, de maio/2013.
Fonte: ONS, 2014.
Regras operativas em vigor, legalmente estabelecidas, garantem
água para o Estado do Rio de Janeiro, que se situa a jusante de
SP e MG
Gestores: ANA e ONS
Regras operativas dos reservatórios da bacia do P do Sul
Resumo
Aproveitamento Vazão mínima (m³/s)
Paraibuna 30
Jaguari 40
Santa Branca 10
Funil 80
Santa Cecíliabombeamento 119 (média)
a jusante 71 (instantânea)
Pereira Passos 120 (instantânea)
Usuários abastecidos pelos rios Paraíba do Sul e Guandu
Balanço hídrico na Bacia do rio Guandu: futuro já preocupante
Cenários
PERHI
Disponibilida-
de Hídrica
Q95 (m³/s)
Consumos [diferença entre a captação e retorno]
(m³/s) Percentual
de
comprome
-timento
(%)
Saldo
Hídrico
(m³/s)Abastecimen
to Humano
Indústria /
Mineração
Agrope-
cuária
Total
(inclusive
vazão
ambiental
de 25m³/s)
Atual 129,3 41,05 29,08 0,02 95,16 73,6% 34,14
Otimista (2030) 129,3 48,08 42,25 0,03 115,36 89,2% 13,95
Factível (2030) 129,3 52,71 42,31 0,02 120,04 92,8% 9,28
Tendencial
(2030)129,3 58,47 38,93 0,02 122,42 94,7% 6,90
Tendencial
(2030) +
Reserva Hídrica
ETA Guandu
(CEDAE)
129,3 64,78 38,93 0,02 128,73 99,6% 0,57
Segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro
Médio Paraíba do Sul tem seus usos assegurados nas regras operativas em vigor
Não é possível reduzir a vazão do rio Paraíba do Sul, a jusante de Santa Cecilia (em condições normais) => Baixo Paraíba do Sul tem sofrido muitos impactos=> Única reserva de agua futura para a RMRJ
Estresse hídrico atual da Bacia do rio Paraíba do Sul
Evolução dos armazenamentos – 2000/2014
Fonte: ONS, 2014.
Enfrentandoa crise
Resolução ANA 700 define a redução para 173 m³/s até 30 de junho de 2014
Resolução ANA 898 define a redução para 173 m³/s até 31 de julho de 2014
Rotina de monitoramento contínuo e reuniões semanais com ANA, INEA, ONS, GT-OH/CEIVAP, comitês estaduais e usuários, durante o período de validade das Resoluções ANA e definição sobre necessidade de novas resoluções.
Reuniões de monitoramento: 04/6 – Resende (Agevap)
16/06 – ONS (Rio de Janeiro)24/06 – Inea (Rio de Janeiro)03/07 – ONS (Rio de Janeiro)
A redução iniciou-se em 9/6 com uma vazão objetivo de 180 m³/s, sendo 114 m³/s para o Guandu e 66 m³/s no rio Paraíba do Sul.
Enfrentando a crise
Em 9/6 – vistorias para avaliação das infrestruturas das principais captações para abastecimento público no rio P. Sul: Porto Real, Quatis, Barra Mansa, Barra do Piraí, Vassouras, Sapucaia, Itaocara, São Fidélis, Cambuci, Campos e São João da Barra.
Em 16/6 – Resultados das vistorias e monitoramento preliminar da salinidade do Guandu
Em 20/6: Carta ONS à ANA propondo nova redução da vazão objetivo em St. Cecília para 149 m³/s
Enfrentando a crise (cont.)
Em 24/6 – Nova redução de 7 m³/s no Paraíba do Sul, completando o total previsto na Res. ANA 173m³/s.
Em 03/7 – Reunião para apresentação dos resultados do monitoramento de qualidade dos parâmetros físico-químico realizado em 16/06 e da intrusão salina realizados em 30/6 e 01/7
Enfrentando a crise (cont.)
Situação atual e projeção futura
Projeção elaborada pelo Inea
Situação atual e projeção futura
Situação atual e projeção futura
Crise atual mostra que a segurança hídrica da Bacia Paraíba do Sul passa pelo aperfeiçoamento das regras atuais (ONS & ANA)
Desde 2003, as regras operativas atuais garantiram a segurança dos usos múltiplos
Mesmo respeitando as regras, o Sistema ‘entrou no vermelho’ nas condições hidrológicas desfavoráveis de 2013/2014
ANA e INEA já estão estudando regras operativas complementares que aumentem a segurança atual e futura para os usos múltiplos da bacia
Passada a crise: lições para o futuro
Bacia do rio Paraíba do Sul deve ser mais protegida e recuperada => esforço coletivo, inclusive do Estado do Rio de Janeiro
Grande dependência do setor de saneamento (qualidade – coleta e tratamento de esgoto; e quantidade – redução de perdas e uso racional) => papel do Sistema de Gestão de Recursos Hídricos
Recuperar a cobertura vegetal da Bacia e intensificar ações de proteção dos mananciais
Proposta do CEIVAP, de 20 de maio de 2014 deve ser implementada
Passada a crise: lições para o futuro (2)
o ERJ não abre mão das regras operativas atuais -essencial para hoje e absolutamente indispensável para os usos futuros dos rios Paraíba do Sul e Guandu, que abastece a RMRJ
Gravidade do estresse hídrico atual reforça a necessidade de aprofundar discussões técnicas, com forte envolvimento dos colegiados
Passada a crise: lições para o futuro (3)
Muito obrigada!