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Introdução Usar estes princípios e métodos de estudo o ajudará a aprender as suas peças melhor e de maneira mais rápida e irá ajudá-lo a melhorar sua técnica. Usando bons métodos de estudo, você consegue aprender o dobro na metade do tempo e suas peças terão um resultado musical melhor. Cada pessoa aprende de uma forma única. Por causa da sua experiência, passado e habilidades, você vai aprender de uma maneira que é diferente da forma como qualquer outra pessoa aprende. Assim, as técnicas de estudo e métodos de aprendizagem que funcionam bem para uma pessoa podem não funcionar tão bem para outra. Além disso, uma técnica que é muito útil no estudo de uma determinada peça, digamos, Bach, pode ser inútil para ajudar você a aprender outra obra, digamos, Debussy. Você deve ser infinitamente criativo, experimentando e tentando diferentes métodos para descobrir o que funcionará melhor para ajudá-lo a aprender uma passagem ou obra em particular. Princípios do Estudo de Piano: 1. Escute! Todo o resto no estudo de piano depende de você ouvir a si mesmo. 2. Sempre faça certo desde o início. Sempre tenha como objetivo a perfeição em notas, som e expressão musical. VOCÊ PODE FAZER ISSO! Se você se esforçar para fazer tudo correto desde o primeiro momento, tocar piano fica fácil. Uma vez que você praticou uma centena de vezes errado, porém, é muito difícil tocar com perfeição. Lembre-se: fazendo uma vez corretamente é melhor do que fazer mil vezes errado. Os psicólogos dizem: Um estímulo cria uma memória de longo prazo (ou seja, é "aprendido") depois de ter sido observado atentamente sete vezes. Mas se um estímulo "incorreto" é aprendido em primeiro lugar, então leva uma média de trinta e cinco repetições para aprender o estímulo corrigido. Aprender certo da primeira vez é cinco vezes mais

Estudo de Piano 1

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Introdução

Usar estes princípios e métodos de estudo o ajudará a aprender as suas peças melhor e de maneira mais rápida e irá ajudá-lo a melhorar sua técnica. Usando bons métodos de estudo, você consegue aprender o dobro na metade do tempo e suas peças terão um resultado musical melhor.

Cada pessoa aprende de uma forma única. Por causa da sua experiência, passado e habilidades, você vai aprender de uma maneira que é diferente da forma como qualquer outra pessoa aprende. Assim, as técnicas de estudo e métodos de aprendizagem que funcionam bem para uma pessoa podem não funcionar tão bem para outra. Além disso, uma técnica que é muito útil no estudo de uma determinada peça, digamos, Bach, pode ser inútil para ajudar você a aprender outra obra, digamos, Debussy. Você deve ser infinitamente criativo, experimentando e tentando diferentes métodos para descobrir o que funcionará melhor para ajudá-lo a aprender uma passagem ou obra em particular.

Princípios do Estudo de Piano:

1. Escute! Todo o resto no estudo de piano depende de você ouvir a si mesmo.

2. Sempre faça certo desde o início. Sempre tenha como objetivo a perfeição em notas, som e expressão musical. VOCÊ PODE FAZER ISSO! Se você se esforçar para fazer tudo correto desde o primeiro momento, tocar piano fica fácil. Uma vez que você praticou uma centena de vezes errado, porém, é muito difícil tocar com perfeição. Lembre-se: fazendo uma vez corretamente é melhor do que fazer mil vezes errado.

Os psicólogos dizem: Um estímulo cria uma memória de longo prazo (ou seja, é "aprendido") depois de ter sido observado atentamente sete vezes. Mas se um estímulo "incorreto" é aprendido em primeiro lugar, então leva uma média de trinta e cinco repetições para aprender o estímulo corrigido. Aprender certo da primeira vez é cinco vezes mais fácil do que reaprender depois de ter aprendido de forma incorreta.

3. Tente entender a música. Aplique as coisas que você aprendeu em suas aulas de teoria e tudo o que sabe sobre a música nas peças que você toca. Procure a tonalidade, escalas, acordes, padrões, seções repetidas, a forma, frases, padrões de acompanhamento, padrões rítmicos - tudo que você puder encontrar. Se você entende a música, você vai aprender mais rápido, memorizar melhor e tocar mais musicalmente. Mantenha um lápis ao lado do piano e escreva estas coisas na partitura à medida que as encontra.

Psicólogos que estudam a aprendizagem dizem: Analisar o significado de algo ajuda a memorizar por mais tempo.

4. Escreva. É mais fácil lembrar se você escreve. Quando você ver o que escreveu um dia, dois dias ou uma semana depois, isto refresca a sua memória e ajuda a torná-la parte de sua memória permanente. Se você anotar as coisas, esse processo acontecerá automaticamente. Se você não escrevê-las, você provavelmente não vai pensar nelas novamente e vai esquecê-las.

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Coisas que você deve escrever:

Coisas que o professor diz. Passamos horas em aulas de piano, mas no minuto em que saímos da sala, esquecemos 90% do que o professor disse. É como jogar fora 90% do tempo que passamos nas aulas de piano. O professor de piano tenta escrever as coisas para você, mas simplesmente não pode escrever tudo. Você deve deixar a aula, tocar suas peças, e ali mesmo na partitura ou em um caderno anotar tudo o que você conseguir se lembrar sobre a sua aula. Não precisam ser frases completas, apenas anotações e idéias que você entende e que ajudam sua memória. Se você fizer isso, você vai se surpreender com o quanto mais você se lembra e o professor de piano vai ter que repetir menos a mesma coisa.

Coisas que você descobrir sobre a música: Se você descobrir que a tonalidade de obra está em Ré maior, escreva "Ré maior". Se você encontrar um acorde de Fá maior, anote. Se você descobrir a peça está na forma ABA, anote. Descobrir essas coisas uma vez e depois esquecê-las não é bom.

Interpretação. Circule todas as indicações de dinâmica e de andamento. Escreva de que forma você quer tocar a peça. Por exemplo, desenhe sinais de crescendos e decrescendos para mostrar como você pretende tocar uma determinada frase.

Psicólogos que estudam a memória de longo prazo dizem: o segredo para tornar um estímulo em particular parte permanente de sua memória de longo prazo consiste em revê-lo várias vezes durante um longo período de tempo. Memórias que não são revistas desta forma tornam-se cada vez mais fracas com o tempo. Escrever as coisas lhe permite analisá-las durante um período de tempo e assim torná-las parte de sua memória de longo prazo.

5. Seja seu próprio professor. Não espere seu professor lhe dizer tudo o que precisa fazer; descubra por conta própria. Muitas vezes você pode descobrir o problema e resolvê-lo tão bem quanto o professor, então por que esperar?

No final, você ensina a si mesmo a tocar piano, com a ajuda de outros.

6. Não veja o estudo como a necessidade de passar um determinado período de tempo ao piano, ou de ter que repetir as suas peças um certo número de vezes. Perceba o estudo como o ato de encontrar e resolver problemas em suas peças.

Há três etapas nesse processo:

Identifique o problema. Saiba como a peça deve soar, e reconheça a diferença entre a maneira como ela deve soar e a maneira como ela soa.

Descubra o que causa o problema. O problema é causado por problemas técnicos? Dedilhado ruim? Uma posição ruim da mão ou salto na música? Uma imagem mental da música em sua mente que não está clara o suficiente? Seja o que for, você precisa descobrir a causa do problema antes de poder corrigi-lo.

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Resolva o problema. Isto pode significar usar alguns dos métodos descritos abaixo, mudando o dedilhado, analisando a música para você entender melhor, ou (como último recurso!) praticando o trecho de novo e de novo até que se torne confortável para tocar. Problemas que você não consegue resolver sozinho devem ser levados ao seu professor ou colegas.

7. Lembre-se de três questões importantes. Como você sabe quando uma passagem ficou boa? Como você sabe que está, técnica e musicalmente, o melhor que pode estar?

Perguntando a si mesmo as três questões abaixo é um bom começo. Se responder "sim" a elas, você pode ter confiança de que está no caminho certo. Se houver um problema com um ou mais dos três elementos, você precisa trabalhar na resolução de problemas.

1. Está soando bem? Tem as notas certas, o ritmo certo, a dinâmica e fraseado certos, o ritmo certo, a articulação certa, a distribuição de vozes certa?

2. A sensação é boa? Se sente confortável? Você está o mais relaxado possível para tocar essa passagem, ou você sente uma tensão excessiva nas mãos, braços, ombros, pescoço ou em qualquer outro lugar? Em geral, os seus movimentos são percebidos como suaves e fluidos ou abruptos e espasmódicos? Você tem consciência de como suas mãos, braços e corpo sentem, ou você bloqueou essas sensações por completo?

3. Está parecendo correto? Você consegue ver alguma evidência de excesso de tensão? A coreografia dos seus movimentos de mãos, dedos, braços, cabeça e corpo inteiro parecem corresponder às exigências da passagem?

Olhar para o que você está fazendo é muitas vezes uma grande ajuda na criação de uma maior consciência de suas sensações musculares. As sensações musculares são geralmente muito sutis e seus olhos podem ajudá-lo a entrar em sintonia com o que você está sentindo. Observando-se em um espelho ou através de uma filmagem é muito útil.

Os alunos muitas vezes prestam atenção ao som apenas. No piano, é possível obter um som perfeitamente correto e até mesmo bonito e musical, enquanto ao mesmo tempo se abusa do corpo de uma maneira terrível. Você pode ser capaz de tocar assim durante um ano ou até dez anos, mas eventualmente isto irá lhe atrapalhar. Enquanto isso, você provavelmente tem várias dores e desconfortos e seu som e técnica, mesmo que sejam bons, não são tão bons quanto poderiam ser.

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Métodos de estudo de piano:

1. Estudo Seção por Seção.

Divida sua peça em pequenas seções e estude cada seção até que fique boa. Em seguida, combine duas pequenas seções para formar uma seção maior. Estude esta seção maior até que fique boa. Continue combinando seções até tocar a peça inteira.

Certifique-se de dividir a música em seções que fazem sentido - uma frase, meia frase ou duas frases, por exemplo. Não divida apenas de dois em dois compassos ou a cada linha, se não fizer qualquer sentido musical.

No início, as seções devem ser bem pequenas - tão pequenas que você quase pode tocá-las de modo perfeito desde o início. À medida que você se sente mais confortável com a peça, as seções podem se tornar maiores. Com uma peça fácil, as seções podem ser maiores de início; com uma peça difícil, as seções precisam ser pequenas.

O erro mais comum que estudantes fazem é começar com trechos que são muito grandes. Escolha uma seção pequena e trabalhe o dedilhado e o ritmo. Então experimente tocar seu trecho, com atenção e em um andamento lento, sete vezes. Se você não pode tocar com perfeição (no mínimo: notas corretas e ritmo certo), após uma ou duas tentativas, a seção é muito longa ou o seu andamento é muito rápido. Depois de tocar a seção sete vezes, tire a partitura e tente tocar de memória. Se você não consegue lembrar-se de tudo, sua seção é muito grande. Divida ao meio e tente novamente.

À medida que você aprende uma obra, você vai gradualmente poder lidar com seções maiores. Mas quando você está aprendendo uma peça do início, as seções devem ser curtas o suficiente para que você possa memorizá-las depois de tocá-las apenas sete vezes.

Por que isso funciona:

A regra "memorizar após sete vezes" vem da psicologia da aprendizagem. Se um estímulo suficientemente pequeno para caber na memória de curto prazo é repetido com atenção cerca de sete vezes, ele entrará na memória de longo prazo. Se este processo é repetido durante um período de tempo (digamos, o estímulo é repetido sete vezes por dia por um período de cinco dias), a memória de longo prazo torna-se gradualmente mais e mais forte – uma memória "permanente".

Assim, se, no início, você ficar com seções que são pequenas o suficiente para que você possa "memorizar após sete vezes", você estará trabalhando com as seções que são pequenas o suficiente para caber confortavelmente em sua memória de curto prazo. Estas seções são as mais fáceis para a sua mente compreender e processar, de modo que serão aprendidas e memorizadas mais rapidamente e serão mantidas por mais tempo.

Se no seu estudo você toca seções que são maiores do que a capacidade da sua memória de curto prazo, o início da passagem terá "escapado" de sua memória de curto prazo quando você chegar ao final da passagem. Esta sobrecarga da memória de curto

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prazo interrompe todo o processo de memorização. Aprender e memorizar se torna muito mais difícil nessas condições.

VANTAGENS:

Trabalhando de uma maneira que complementa a maneira natural do aprendizado você vai aprender mais rápido e manter o que você aprendeu por mais tempo.

Se você pratica uma peça inteira ou uma seção que é muita longa, você esquece todos os erros da primeira frase quando você chega ao final. Trabalhando com uma pequena seção, você pode perceber todos os problemas de uma vez, e assim corrigi-los.

Você pode buscar a perfeição. É fácil obter uma pequena frase perfeita, mesmo durante o primeiro dia de estudo. Mas parece impossível obter uma peça inteira perfeita, mesmo depois de semanas e semanas. Lembre-se: Dividir para conquistar!

Quando utilizar:

Você deve usar esse método com todas as peças que for aprender. Você também deve combiná-lo com outros métodos.

2. Mãos separadas.

Escolha um trecho e toque cada mão separada até que você possa fazê-lo bem. Em seguida, toque com as mãos juntas até que você possa fazer isso bem também.

VANTAGENS:

Tocar cada mão separada é mais fácil.

A mão esquerda pode ser mais fraca e apenas enrolar sem ser notada. Dar-lhe uma atenção especial irá fortalecê-la.

Quando utilizar:

Normalmente, você só deve usar este método se você está tendo problemas para tocar as mãos juntas, ou tendo problemas particulares com uma mão em uma determinada seção. Nas seções onde você consegue, geralmente é melhor começar com as duas mãos.

O estudo com mãos separadas funciona bem com escrita coral, peças polifônicas (por exemplo, fugas), e qualquer obra onde as mãos são razoavelmente independentes.

3. Todo-Parte-Todo.

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Faça tudo junto, divida em partes e, em seguida faça tudo junto de novo. Por exemplo, toque a peça inteira, então estude cada seção individualmente e, em seguida, toque a peça inteira novamente. Ou então, toque toda uma seção e, em seguida, divida em seções menores e estude tais seções e, finalmente, toque toda a seção novamente. Ou toque as mãos juntas, então mãos separadas, então as mãos juntas novamente.

VANTAGENS:

Psicólogos que estudam a aprendizagem dizem que este é um dos melhores métodos de aprendizagem. Ele ajuda você a aprender mais rapidamente e a reter melhor as informações. Os psicólogos se referem a este método como "síntese-análise-síntese". Pode ser usado em outras áreas também (por exemplo, o estudo de teoria).

Quando utilizar:

Pode ser usado em qualquer momento na aprendizagem de uma peça, mas é particularmente bom para uma peça que está bastante boa, mas precisa ser polida, ou para trazer uma peça antiga de volta. Toque a obra completa, pratique em seções, em seguida, toque toda ela novamente.

4. Paradas.

Você insere paradas em determinados pontos da peça. Por exemplo, se a sua peça tem uma seção com várias semicolcheias seguidas, você poderia parar na primeira semicolcheia de cada tempo. Ou na segunda semicolcheia de cada pulso, ou na terceira ou quarta. Ou você poderia agrupar oito semicolcheias juntas, parando apenas no primeiro e terceiro tempos em um compasso 4/4.

Uma boa maneira de estudar com este método é começar parando a cada tempo. Faça isso até que fique perfeito. Em seguida, pare a cada dois tempos; faça isso até que fique perfeito. Então pare a cada quatro tempos. Continue dessa maneira até que você possa tocar toda a seção sem parar.

VANTAGENS:

Inserir as paradas faz você pensar em grupos de notas. Isso pode fazer sua execução soar mais musical.

Praticar com paradas pode ajudar sua execução a soar mais rítmica – algo que geralmente faz falta no toque dos estudantes.

Praticar com paradas ajuda a memória. Torna cada grupo de notas absolutamente claro em sua mente.

Praticar com paradas ajuda a sua técnica. Simplificando um pouco o assunto: existem dois tipos de nervos que controlam os músculos que você usa para tocar. Podemos chamá-los de nervos de "parar" e os nervos de “tocar”. Os nervos de “parar” dizem aos músculos quando parar, os nervos de "tocar" lhes dizem quando tocar.

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Obviamente, é preciso coordenação de ambos os tipos de nervos para tocar bem. A falta de impulsos de “parar” torna seu toque descontrolado (rápido, afobado, irregular), a falta de impulsos de "tocar" torna o toque lento e arrastado. Inserir uma parada antes do tempo reforça os nervos de "parar", o que lhe dá mais controle sobre sua execução. Parar sobre cada tempo reforça os nervos de "tocar", tornando-o capaz de tocar mais rápido. Obviamente, tanto os nervos de “parar” quanto os de “tocar” são muito necessários para a obtenção de uma boa técnica pianística.

Quando utilizar:

Você pode usá-lo em qualquer passagem, mas é particularmente bom para passagens com colcheias ou semicolcheias seguidas que são executadas em uma velocidade constante. É muito bom para as passagens de dedo, ou qualquer outra passagem que envolve um padrão rítmico regular.

5. Grupos de dedos.

Do mesmo modo que as “paradas” (ver tópico anterior), porém você agrupa de acordo com padrões de dedilhado em vez de ritmo. Por exemplo, uma escala de dó maior com a mão direita pode ser praticada assim (os números se referem ao dedilhado):

1 2 3 [parada] 1 2 3 4 5 4 3 2 1 [parada] 3 2 1 1 2 3 [parada] 1 2 3 4 5 4 3 2 1 [parada] 3 2 1

Isto representa uma parada ao final de cada grupo de dedos. Outro método é ir uma nota adiante, ou seja, parar na primeira nota do grupo seguinte, em vez da última nota do grupo anterior. Na escala de dó maior ficaria assim:

1 2 3 1 [parada] 2 3 4 5 4 3 2 1 3 [parada] 2 1 1 2 3 1 [parada] 2 3 4 5 4 3 2 1 3 [parada] 2 1

VANTAGENS:

A parada lhe dá tempo para avaliar, pensar e planejar com antecedência.

Ajuda você a aprender o dedilhado bem.

Ajuda você a memorizar (você está quebrando em pequenos pedaços que são absorvidos mais facilmente).

Concentra sua atenção no ponto mais difícil de qualquer passagem de dedo (o ponto onde você passa o polegar por baixo).

6. Staccato.

Toque todas as notas em staccato.

VANTAGENS:

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Fortalece o levantar do dedo (muitas vezes uma parte fraca da técnica de dedo).

Ajuda a criar um som mais claro; impede as notas de se misturarem.

Quando utilizar:

Use em passagens de dedo.

Atenção: Staccato pode levar a tensão, use o bom senso e observe o seu corpo.

7. Pianíssimo

Toque cada nota tão suave quanto você pode. Certifique-se de executar todas as notas com a mesma sonoridade. Você pode tocar de forma lenta ou a tempo.

VANTAGENS:

Ajuda a regularidade.

Ajuda a manter o controle.

Quando utilizar:

Pode ser usado em qualquer passagem, mas é especialmente bom para passagens de dedo.

Atenção: Paradoxalmente, tocar suavemente pode gerar tensão. Muitas vezes, essa tensão não está em suas mãos ou antebraços, mas em outra parte do braço, ombros, costas, pernas ou outra parte do seu corpo.

8. Forte

Toque cada nota muito forte. Você terá que tocar mais devagar do que o habitual. Faça-o apenas para passagens curtas e em seguida mude para um método de estudo diferente (como pianíssimo). Se suas mãos ou braços começarem a doer, ou se sentir cansado, pare imediatamente. Depois de criar resistência por um tempo, você perceberá que será capaz de fazer este exercício por mais tempo.

VANTAGENS:

Cria força.

Desenvolve resistência.

Pode ajudar a memória, através da apresentação de um estímulo mais forte.

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Quando utilizar:

Este método pode ser usado para qualquer passagem, mas é especialmente bom para passagens de dedo.

AVISOS:

Esta é uma técnica de estudo e não uma forma de extravasar sua frustração. Bater uma passagem por frustração é contraproducente e eventualmente perigoso para suas mãos e braços.

Esta técnica, se usada em demasia, pode ser a causa de problemas de mãos e braços. Ao estudar (com esta técnica ou qualquer outra), você deve sempre estar ciente do estado de suas mãos e braços.

Seu sinal para parar e descansar as mãos e braços é quando os músculos de seus braços chegarem a um ponto de exaustão. Os músculos de seus braços são pequenos e delicados. Eles atingem esse ponto de esgotamento mais cedo do que a maioria das pessoas pensa.

Os sinais de que seus músculos tenham chegado a um ponto de exaustão são sutis e facilmente passam desapercebidos. Seus braços (geralmente a parte superior ou inferior dos antebraços) podem se sentir cansados, pesados ou com um formigamento leve. Seus dedos podem parecer um pouco lentos ou não estarem respondendo com agilidade. Você não vai sentir dor – como tal, o ponto de exaustão é muito abaixo do limiar da dor. (Se você sentir dor, você foi longe demais. Pare imediatamente e tire um longo descanso!)

Se você parar antes desse ponto de exaustão, você não vai precisar de um longo descanso antes de continuar praticando. Seus braços podem se recuperar em menos de 10-20 segundos, apenas o tempo suficiente para pegar uma nova partitura ou procurar a próxima seção que pretende estudar. Uma observação cuidadosa lhe dirá quando você pode voltar a tocar. Seus braços já não terão mais aquela sensação de cansaço, formigamento ou lentidão.

Toda vez que você continua tocando após o ponto de exaustão, você aumenta drasticamente o risco de problemas de mão e braço. Alguns músculos grandes respondem bem a um trabalho além do ponto de exaustão (pergunte a um instrutor de musculação sobre isso na próxima vez que você for à academia). Mas os músculos pequenos (os que usamos para tocar piano) não respondem bem ao excesso de trabalho. Eles se lesionam, muitas vezes de modo irreversível.

9. Metrônomo lento para rápido.

Comece com o metrônomo em um ritmo bastante lento. Execute a passagem neste tempo até que possa fazê-lo perfeitamente e sincronizar exatamente com o metrônomo. Em seguida, acelere o tempo do metrônomo uma marca mais rápida e

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repita o processo. Continue fazendo isso até chegar ao andamento que você deveria estar tocando a passagem (se possível).

Se você não pode tocar uma passagem perfeitamente com o metrônomo, desacelere o metrônomo uma marca ou duas mais lento. Se você ainda não conseguir tocar perfeitamente e exatamente com o metrônomo (dê a si mesmo duas ou três tentativas, no máximo), torne o andamento ainda mais lento. Muitas vezes, o andamento em que você pode tocar uma passagem perfeitamente com o metrônomo e sem erros é surpreendentemente lento. Encontre este andamento (surpreendentemente lento) e, gradualmente, trabalhe a partir daí até a velocidade em que você gostaria de tocar a passagem. Você vai progredir muito mais rápido se você trabalhar dessa forma, ao invés de repetir a passagem em vão, sempre com erros, em um andamento você acha que pode lidar, mas realmente não pode.

VANTAGENS:

Fortalece a memória. Muitas vezes os alunos só podem tocar uma passagem de memória a tempo, mas não mais lento. Isso é porque eles estão confiando apenas na memória dos dedos (cinestésica). Tocar em andamentos diferentes obriga a desenvolver outros métodos de memória.

Fortalece a técnica. Muitas vezes os alunos têm problemas técnicos ao tocar uma peça em um andamento mais lento, embora possam executá-la a tempo. Isso mostra que a peça não está tecnicamente confiável.

Mantém você honesto. Você não pode enganar o metrônomo. Se você estiver tocando o ritmo errado ou não consegue manter um ritmo constante, você saberá imediatamente.

10. Metrônomo para cima e para baixo em etapas

Como no metrônomo lento para rápido, primeiro, encontre o andamento que você pode realmente tocar uma certa passagem sem erros. Em seguida, decida qual o andamento que você gostaria de ser capaz de executar a seção. Digamos que você pode tocar com o metrônomo em 80 e gostaria de executar com o metrônomo em 104.

Ponha o metrônomo em 80 e toque a seção. Se você tocou sem nenhum erro, e exatamente com o metrônomo, mude o andamento uma marca até 84. Toque a 84, e se for novamente sem erros e precisamente com o metrônomo, acelera mais uma marca até 88.

Se houver erros ou você não tocar exatamente com o metrônomo, ajuste o metrônomo uma marca abaixo.

Continue assim, subindo uma marca no metrônomo se a seção foi bem tocada, e descendo uma marca se não foi, até chegar ao seu objetivo final de andamento (neste caso, 104).

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Vntagens:

Esse método ajuda a avançar passo-a-passo do andamendo que você realmente pode executar uma passagem, ao andamento que você deseja tocá-la.

Ajustar o metrônomo para cima ou para baixo é um reforço positivo ou negativo sutil à sua execução e incentiva você a tocar melhor.

11. Metrônomo com saltos repentinos de andamento

Proceda como no método anterior (metrônomo para cima e para baixo em etapas). Mas, depois de concluir cada etapa, experimente a seção em seu andamento final.

Se o tempo que você pode realmente tocar uma seção é 84 e seu objetivo é 104, uma sessão de estudo com este método pode ser assim:

80 sem erros

104 (tentativa) desastrosa

84 sem erros

104 (tentativa) um pouco menos desastrosa

88 um erro

84 sem erros

104 (tentativa) ainda bastante desastrosa

88 sem erros

104 (tentativa) gradualmente menos desastrosa

92 sem erros

104 (tentativa) não tão desastrosa

96 sem erros

104 (tentativa) bom

Vantagens:

Algumas pesquisas têm mostrado que aqueles que praticam por esse método alcançam seu andamento final mais cedo do que aqueles que praticam simplesmente

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com metrônomo para cima e para baixo em etapas. (É discutível qual método conduz a uma melhor retenção de longo prazo, no entanto.)

Experimentar mais vezes o andamento final (se você puder fazê-lo!) pode ser produtivo porque a técnica (os músculos que você usa e como você os controla) no andamento final é bastante diferente da técnica em um andamento lento.

12. Metrônomo.

O metrônomo deve ser utilizado com freqüência no estudo. Obriga a ser mais preciso em sua contagem dos tempos e no ritmo da passagem. Ele ajuda a desenvolver seu senso rítmico.

Estudo com o metrônomo pode e deve ser combinado com outros métodos de estudo, como estudar em seções, paradas, staccato, forte, pianíssimo, e assim por diante.

13. Contar em voz alta.

O método básico de estudo com contagem em voz alta não deve ser ignorado, mesmo por estudantes avançados.

Muitas vezes é útil contar em diferentes níveis. Cada nível é útil em uma maneira diferente. Por exemplo, se uma peça é em ¾ e contém colcheias no nível mais baixo (menor divisão), você pode contar:

1 & 2 & 3 & 1 & 2 & 3 & 1 & etc

Um nível mais alto (sensação de pulso maior) seria:

1 2 3 1 2 3 1 etc.

Um nível ainda mais elevado (sensação de um pulso por compassos):

1 1 1 etc.

Às vezes, você pode contar em níveis ainda mais altos, sentindo um pulso para cada dois compassos ou um pulso para cada quatro compassos.

VANTAGENS:

Contar em voz alta ajuda a desenvolver o seu ritmo.

Você garante que vai tocar ritmos corretamente se você contar em voz alta.

Contar em voz alta ajuda você a tocar junto com o metrônomo.

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Contar em voz alta, conectando a sua voz com as suas mãos, muitas vezes ajuda você a encontrar um ritmo natural e agradável que seja rigoroso em uma mão mas flexível em outra.

Contar pulsos maiores (nível superior) pode ajudar a encontrar o fluxo rítmico natural.

AVISO: As respirações rápidas, muitas vezes usadas quando se conta em voz alta ao tocar pode levar à tensão. Quando contar em voz alta, preste especial atenção à sua respiração (superficial, profunda, etc.) e à tensão no seu torso.

14. Subdivisão.

Isso é semelhante a contagem em voz alta, mas ao invés de contar "1 & 2 & 3 & 4 &", você diz uma sílaba, como "ta ta ta ta ta ta ta ta". Faça-o em colcheias se a sua peça tiver colcheias ou semicolcheias se com a sua peça tiver semicolcheias.

Você pode fazê-lo em voz alta ou silenciosamente quando você estuda, você pode até fazê-lo em silêncio durante uma apresentação.

VANTAGENS:

Ajuda a desenvolver o seu ritmo.

Torna os seus ritmos mais precisos.

Ajuda a coordenar as mãos e seu cérebro.

Ajuda a tornar o toque mais regular.

Quando utilizar:

Sempre que o seu ritmo não estiver claro.

Em vez de contar.

Para fazer os seu ritardandos e accellerandos acontecerem de forma gradual, em vez de abruptamente.

Quando suas mãos estão tendo problemas para tocar precisamente juntas.

Ao praticar passagens com colcheias ou semicolcheias constantes.

AVISO: Vocalizar subdivisões pode afetar e até mesmo interromper a sua respiração. Uma das vantagens de subdividir em vez da tradicional contagem em voz alta, porém, é que você pode subdividir (ta, ta, ta, etc) ao expirar, bem como ao inspirar. Então subdivisão não precisa necessariamente interromper a sua respiração. Mas existe uma tendência a fazê-lo – esteja ciente de como você está usando seu corpo.

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15. Estude para a perfeição.

Escolha uma seção da sua peça. Tente tocá-lá três vezes seguidas sem um único erro. Quando você puder fazer isso, tente tocar cinco vezes seguidas sem errar. Quando você conseguir fazer isso, tente dez vezes perfeitas. Quando você puder fazer isso, você sabe que já domina a passagem.

Você pode ter diferentes níveis de perfeição. Na primeira, você pode apenas tentar acertar todas as notas. Mais tarde você vai querer um som perfeito, fraseado, dinâmica, pedal, equilíbrio, regularidade, etc., etc., etc. Concentre-se em apenas uma seção pequena e uma coisa de cada vez, e você será capaz de fazê-lo!

Uma vez que você puder fazer todas as pequenas seções perfeitas, você pode combiná-las e tentar tocar as seções maiores com perfeição. Continue combinando trechos até que você possa tocar toda a peça perfeita. Você pode nunca realmente tocar uma peça inteira com perfeição, mas você pode chegar muito mais perto do que você faria de outra forma. E você pode muito bem chegar perto o suficiente para que quaisquer desvios ou erros sejam tão pequenos que não prejudiquem a impressão artística que você está tentando comunicar com essa peça em particular.

Você pode fazer uma tabela mostrando todas as seções de sua obra e marcar cada vez que você tocar uma seção perfeitamente. Uma boa meta poderia ser a de tocar cada seção pelo menos uma vez perfeita a cada dia.

Ou você pode manter um registro de quantos erros você faz cada vez que você toca uma passagem. Se você tocá-la com perfeição, coloque um "P", caso contrário coloque o número de erros. Você ficará surpreso com a quantidade de erros que você faz e nunca sequer notou antes.

Este método pode ser combinado com os outros métodos de estudo.

VANTAGENS:

Você se acostuma a tocar perfeito desde o início. É muito mais fácil fazer a coisa certa desde o início do que tentar consertar mais tarde.

Você cria um objetivo definido em seu estudo ao invés de apenas tocar a esmo isso ou aquilo. O tempo de estudo passa mais rápido e você terá produzido muito mais. E soa muito melhor no final.

Você fica mais consciente dos seus erros, então torna-se mais capaz de resolvê-los. A maioria das pessoas faz dezenas de erros no estudo e nem sequer notam. Melhora a sua audição.

Atenção: Prestar atenção apenas no que você está tocando para conseguir as notas e ritmos corretos pode levar você a negligenciar a atenção necessária ao uso do corpo. Lembre-se que deve SOAR bem, SENTIR bem, PARECER bem.

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Se você praticou diligentemente e aprendeu a tocar uma passagem perfeitamente (notas e ritmo), mas com uma tensão incrível, então o que aconteceu? Você se treinou para tocar com algo que você não quer, ou seja, a tensão incrível. Agora você tem que desaprender a forma errada de tocar (tensão incrível) e reaprender a maneira correta (tensão mínima).

E lembre-se a regra de cinco vezes mais fácil: é cinco vezes mais fácil aprender certo da primeira vez que reaprender depois de aprender errado.

16. Estudo do lápis

Semelhante ao "Estudo para perfeição," o Estudo do Lápis habilmente une vários métodos psicologicamente comprovados para ajudá-lo a aprender mais rápido e melhor.

Imagine a estante de música no piano tem três posições. Você pode colocar um lápis em qualquer uma das três posições: 1 é a posição mais baixa, 2 no meio, e 3 a mais elevada.

    * Escolha uma passagem curta para estudar. Coloque o lápis na posição 1.    * Toque a passagem uma vez. Se você estivesse satisfeito com a passagem (lembre-se: SOM, SENSAÇÃO, APARÊNCIA), em seguida, mude o lápis para a posição 2.    * Toque a passagem novamente. Se você estiver satisfeito novamente, mude o lápis para a posição 3.    * Toque a passagem novamente. Se você estiver satisfeito neste momento, passe o lápis de volta para a posição 1. Agora você está pronto para passar para a próxima passagem (ou a mesma passagem em um andamento mais rápido).    * Se você não está satisfeito com seu desempenho, mova o lápis de uma posição para baixo (de 2 para 1, ou de 3 para 2, mas você não pode ir abaixo da posição 1).

Se você está continuamente permanecendo nas duas posições inferiores, ou leva um longo tempo para "completar" uma passagem, voceê provavelmente está tocando em um andamento muito rápido ou esta tentando resolver uma passagem que é muito longa (ou talvez está tocando uma peça que está além de sua habilidade técnica neste momento). Tente um andamento mais lento (estudo com metrônomo é o mais útil), divida a seção pela metade ou tente praticar mãos separadas.

VANTAGENS:

Mudando o lápis para cima ou para baixo é um pequeno reforço positivo/negativo.

A pausa para mover o lápis dá ao seu cérebro tempo para absorver o que você acabou de aprender (a tomada de tempo para mover o lápis realmente economiza tempo a longo prazo!). Cria tempo para pensar sobre o que você fez e o que você vai fazer a seguir.

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Parar para mover o lápis é um "micro-pausa", que ajuda a aliviar a rigidez e a tensão. Dê uma pausa um pouco mais longa depois de ter "terminado" a passagem para alongar, mover o corpo, etc.

Mudar o lápis ajuda a manter o controle de onde você está e mantém você mentalmente concentrado na tarefa.

17. Grave-se.

Mantenha um gravador à mão e grave sua execução com freqüência. Será uma experiência que aprimora a habilidae de ouvido.

Você deve manter uma registro de todos os seus melhores desempenhos. Sempre que você estiver com uma peça pronta para apresentação, grave-a. Não faça apenas uma vez, grave algumas vezes até obter uma gravação muito boa. De tempos em tempos, você pode ouvir essa gravação de todos os seus melhores desempenhos. Você ficará surpreso com o progresso que você fez em poucos meses ou poucos anos.

Você não precisa esperar até que uma peça esteja realmente pronta para gravá-la. Você deve gravá-la em diferentes fases ao longo do processo de estudo. Então escute com atenção e decida o que você precisa fazer para torná-la melhor. Você pode se dar uma boa aula dessa maneira.

Você também pode gravar a si mesmo tocando uma curta passagem, e então comparar com uma gravação profissional da mesma passagem. Você não está tentando imitar servilmente a gravação profissional, mas sim analisá-la: Porque a gravação profissional funciona musicalmente, enquanto a minha gravação (geralmente!) não funciona, ou não funciona tão bem?

VANTAGENS:

Melhora a audição.

Você pode ouvir e julgar o seu próprio desempenho em vez de confiar em alguém para fazer isso.

Ao ouvir suas gravações antigas, você pode ouvir o progresso que você fez.

18. Estudo sem pedal.

Se um certo trecho é geralmente tocado com pedal, toque-o sem pedal.

VANTAGENS:

Você pode ouvir as coisas mais claramente, em particular notas erradas e descontroladas.

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Se soar bem sem pedal, talvez soe ainda melhor com pedal.

AVISOS: Se você usar muito esforço para ligar as notas quando você está tocando sem pedal, isso pode causar tensão (de segurar notas que você não precisa). Segurar as notas por muito tempo pode, paradoxalmente, levar a fraseados que não têm o contorno suave que você está buscando. Muitas vezes, o fluir do legato suave (especialmente em trechos com acordes ou oitavas ao invés de uma única linha melódica) não é alcançado usando seus dedos para manter as notas pelo valor inteiro da nota. É bastante comum para os dedos e a mão segurarem as notas por, por exemplo, ¼ a ¾ do seu valor escrito. O pedal faz a conexão que os dedos não fazem.

Assim, quando praticar sem pedal, não espere nem tente fazer esses tipos de passagens imitarem o som ultra-conectado que terão quando você adicionar o pedal.

19. Visualize.

Comece com uma obra que você já memorizou. Feche os olhos e tente imaginar-se tocando ao piano. Imagine as teclas do piano e suas mãos tocando. Tente tornar isso tão vivído na mente quanto seria se você realmente estivesse tocando.

A visualização é um dos melhores métodos de estudo, mas exige bastante esforço mental! Aqui estão algumas maneiras para torná-la um pouco mais fácil:

Visualize apenas uma mão de cada vez. É mais fácil do que visualizar as duas mãos.

Visualize apenas uma passagem curta de cada vez. Toque-a e, em seguida, tente visualizar, então toque-a novamente. Continue fazendo isto até que você consiga visualizar muito claramente.

Olhe para a música enquanto você visualiza. Isto constrói a sua habilidade de manter uma imagem visual, mas você não precisa memorizar a música primeiro. Na verdade, isto vai ajudar você a memorizar mais facilmente.

Tente estudar na mesa, ou seja, tocar a peça longe do piano. Basta imaginar o som e a sensação de um piano real, enquanto os dedos tocam na mesa. Se você pode tocar uma peça ou uma passagem dessa maneira, você realmente sabe a música!

VANTAGENS:

Visualização cria uma imagem visual clara e melhora a memória.

Estudar mentalmente a música dá as mãos um descanso, enquanto perimte seu cérebro treinar.

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20. Diversifique

O principal órgão está se exercitando quando você estuda piano não é os dedos, mãos ou braços. É o seu cérebro. Qualquer método, não importa quão bom, faz com que o cérebro se desligue se for usado repetidamente por horas a fio. O estudo deve ser um momento criativo e divertido e não apenas uma rotina maçante. Ao variar suas técnicas de prática, você pode manter sua mente concentrada. Você vai então reter muito mais daquilo que estudar.

Praticar em uma variedade de maneiras, com uma variedade de toques, constrói e fortalece a memória. Muitos pianistas se queixam de dificuldades de memória quando eles têm que tocar em um piano com uma sensação diferente da que estão acostumados. Se você tem estudado a sua obra pianíssimo, forte, staccato, legato, com e sem pedal, com cinco diferentes tipos de paradas, mãos separadas, visualizando, contando, gravando, toacando com metrônomo em uma variedade de ritmos, e praticado seções pequenas e longas até que tenha ficado impecável, você provavelmente não terá esse problema. Você vai estar acostumado a tocar sua peça com uma variedade de toques e em uma variedade de situações (psicólogos chamam isso de "superaprendizagem").

Normalmente, quando se estuda, você não precisa repetir cada método de estudo de novo e de novo; o que você precisa fazer é repetir cada método até que você possa fazê-lo bem: sem erros, com um bom som e com boa técnica. Em seguida, passe para um método diferente. Isto vai dar mais variedade para o seu estudo, assim como dar-lhe uma série de objetivos pequenos e práticos para atingir no seu estudo diário.

21. Planeje Trabalhar

Muitos pianistas não gostam de usar técnicas de estudo como essas porque sentem que seu estudo torna-se muito regrado; eles querem "apenas tocar". Podem se converter depois de tentar estas técnicas por alguns meses e descobrir que eles estão aprendendo suas músicas duas a três vezes mais rápido do que antes e executandos suas obras de uma maneira mais musical e precisa. Neste ponto, eles podem começar a planejar e regrar todos os seus minutos de estudo, porque vêem o quanto é eficaz.

Tal como em tudo que se relaciona com estudo, pianistas devem manter um equilíbrio entre a utilização de técnicas planejadas e organizada e "apenas tocar" ("apenas tocar" cairia sob a categoria de "todo" na técnica todo-parte-todo).

Mas pianistas devem perceber que nem todos momentos de seu estudo serão divertidos. Aprender música é mais divertido do que muitas coisas na vida, mas como todos os outros campos de atividade humana, há muito sobre aprender a tocar o piano que é simplesmente trabalho pesado, repetitivo, sem graça, um trabalho difícil e chato.

Para pianistas, o talento para persistir com este tipo de trabalho difícil, repetitivo e chato é mais importante do que qualquer outro talento musical.