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ÀAas do 59 Simpósio Regional de Geologia, SBG/SP - São Paulo,198S, v. 2 ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS SUBTERRÂNEAS DO AQÜÍFERO BO TUCATU - RESULTADOS PARCIAIS PARA A REGI AO NORTE DA BACIA DO PARANÁ r Rosa Beatriz Gouvêa da Silva* Annkarin Aurélia Kimmelmann** Aldo da Cunha Rebouças ** * DAEE; CEPAS ** IG-ÜSP; CEPAS Realizado com apoio financeiro da FINEP/PADCT n9 5384075500 e Agência Internacional de Energia Atômica, contrato n9 3648/Rl/GS. ABSTRACT This paper shows the first results of an investigation, that is befing done (1984 - 1987) , in order to study the flow path, the processes controlling the chemical composition, the recharge, as well as, the origin, apparent ages and dynamic of the groundwater of the Botucatu Aquifer in the Brazilian part of the Paraná Basin (818.000 km 2), using hydrochemical and environmental isotope technics (2 H , 18 O , 13 C/ 3 Hf in c) m Until now 20 deep wells, located in the northern part of the Basin (states of São Paulo, Mato Grosso do Sul and Goiás), have been sampled. The obtained hydrochemical and isotope data permit a preliminary interpretation, that is quite similar to Silva's (1983) observations concerning the aquifer in the state of São Paulo: the recharge is mainly due to the infiltration of precipitations in the outcrop area of the aquifer; the trend of a gradual increase of temperature, pH, salinity, as well as, of average apparent ages is from the outcrop area towards the central part of the Basin, following the progressive confinement conditions of the aquifer; the calcium and/or mixed bicar bonated waters on the borders of the Basin changes to sodium bicarbo- nated towards its central part. INTRODUÇÃO A Bacia do Paraná, estende-se entre os paralelos de 109 e 32? de latitude sul e os meridianos de 479 e 649 de longitude oeste, tendo una superfície de 1.000.000 km 2 no território brasileiro, 400.000 tan 2 na Argentina, 100.000 km 2 no Paraguai e 100.000 km 2 no Uruguai. O aqüífero mais importante na Bacia do Paraná é o aqüífero Botuca tu, cuja extensão no território brasileiro é de 818.000 km 2 ,encontran do-se nos seguintes estados do norte ao sul: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais» São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Figura 1). Trata-se de um aqüífero livre apenas nas bordas da bacia e confl. nado pelos basaltos era 90% de sua extensão. Os derrames basãlticos po den atingir espessuras de até 2.00 Oro no centro da bacia.. 0 aqüífero ei tã sendo explorado através de poços profundos entre 300 e 2.000m, com vazões entre 100 e l.OOOmVh (Rebouças, 1979). Os estudos hidrogeolõgicos ji efetuados (Rebouças, 1976; DAEE, 1979 - 1983) revelam reservas importantes, mas são ainda insuficier. tes para a melhor caracterização das taxas de recarga e da hidrodinã álea do aqüífero. ~ 489

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ÀAas do 59 Simpósio Regional de Geologia, SBG/SP - São Paulo,198S, v. 2

ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS SUBTERRÂNEAS DO AQÜÍFERO BOTUCATU - RESULTADOS PARCIAIS PARA A REGI AO NORTE DA BACIA DO PARANÁ

rRosa Beatriz Gouvêa da Silva*

Annkarin Aurélia Kimmelmann**

Aldo da Cunha Rebouças **

* DAEE; CEPAS

** IG-ÜSP; CEPAS

Realizado com apoio financeiro da FINEP/PADCT n9 5384075500 e Agência

Internacional de Energia Atômica, contrato n9 3648/Rl/GS.

ABSTRACT

This paper shows the first results of an investigation, that isbefing done (1984 - 1987) , in order to study the flow path, theprocesses controlling the chemical composition, the recharge, as wellas, the origin, apparent ages and dynamic of the groundwater of theBotucatu Aquifer in the Brazilian part of the Paraná Basin(818.000 km 2), using hydrochemical and environmental isotope technics(2 H, 18 O, 13 C / 3 H f in c ) m

Until now 20 deep wells, located in the northern part of theBasin (states of São Paulo, Mato Grosso do Sul and Goiás), have beensampled.

The obtained hydrochemical and isotope data permit a preliminaryinterpretation, that is quite similar to Silva's (1983) observationsconcerning the aquifer in the state of São Paulo: the recharge ismainly due to the infiltration of precipitations in the outcrop areaof the aquifer; the trend of a gradual increase of temperature, pH,salinity, as well as, of average apparent ages is from the outcroparea towards the central part of the Basin, following the progressiveconfinement conditions of the aquifer; the calcium and/or mixed bicarbonated waters on the borders of the Basin changes to sodium bicarbo-nated towards its central part.

INTRODUÇÃO

A Bacia do Paraná, estende-se entre os paralelos de 109 e 32? delatitude sul e os meridianos de 479 e 649 de longitude oeste, tendouna superfície de 1.000.000 km2 no território brasileiro, 400.000 tan2

na Argentina, 100.000 km2 no Paraguai e 100.000 km2 no Uruguai.O aqüífero mais importante na Bacia do Paraná é o aqüífero Botuca

tu, cuja extensão no território brasileiro é de 818.000 km2,encontrando-se nos seguintes estados do norte ao sul: Goiás, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Minas Gerais» São Paulo, Paraná, Santa Catarina e RioGrande do Sul (Figura 1).

Trata-se de um aqüífero livre apenas nas bordas da bacia e confl.nado pelos basaltos era 90% de sua extensão. Os derrames basãlticos poden atingir espessuras de até 2.00 Oro no centro da bacia.. 0 aqüífero eitã sendo explorado através de poços profundos entre 300 e 2.000m, comvazões entre 100 e l.OOOmVh (Rebouças, 1979) .

Os estudos hidrogeolõgicos ji efetuados (Rebouças, 1976; DAEE,1979 - 1983) revelam reservas importantes, mas são ainda insuficier.tes para a melhor caracterização das taxas de recarga e da hidrodinãálea do aqüífero. ~

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Neste sentido, têm sido realizados estudos geotérmicos (Teissedrele Barner, 1981), hidroqulmicos e isotópicos (Gallo, 1977; Gallo e Sinelli, 1980; Silva et alii, 1982) em algumas regiões do aqüífero noestado de São Paulo. Silva (1983) efetuou pela primeira vez um estudointegrado hidroqulmico e isotópicò em toda extensão do aqüífero Botucatu no estado de São Paulo.

Nos outros estados brasileiros, onde o aqüífero ocorre, os estudos são raros e puntuais, devido também à densidade reduzida de poçosprofundos no centro da Bacia do Paraná.

0 presente trabalho, em andamento (1984 - 1987). objetiva a aplicação de técnicas de isótopos ambientais (18O, 2H, 3H, I3C, 1UC) conjugada com a hidroquimica para o conhecimento dos mecanismos de circulação e mineralização das águas subterrâneas do aqüífero Botucatu para a porção brasileira da Bacia do Paraná. Neste trabalho, são apresentados os primeiros resultados de amostras de água subterrânea coletadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS E HIDROGEOLÕGICAS DA AREA

Do ponto de vista geológico o aqüífero Botucatu é constituído peIas Formações Pirambóia - lamitos e arenitos finos a médios, mal selecionados,^silto-argilosos, de origem fluvial, e Botucatu - arenitosfinos a médios, bem selecionados de origem eólica. Este pacote sedimentar constitui a base do Grupo São Bento.No Rio Grande do Sul a Formação Pirambtfia é equivalente à Formação Rosário do Sul. As Pomações Pirarabóia - Botucatu são intercaladas entre as camadas permianas do Grup"oPassa Dois e os derrames basálticos da Formação Serra Geral, a qual sesitua no topo do Grupo São Bento.

O aqüífero Botucatu ê um aqüífero confinado na maior parte da suaextensão, sendo livre apenas nas bordas da bacia. Sua espessura aumenta no sentido do centro da bacia, formando duas subbacias onde estãoconcentrados os maiores pacotes de sedimentos:- no norte, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, com es

pessuras de cerca 500ra;- no sul, entre o estado do Rio Grande do Sul e o Uruguai com valores

da ordem de l.OOOm.A superfície potenciomêtrica da água apresenta características de

artesianismo na porção central da bacia, onde os níveis d'água são daordem de^400m no norte, podendo atingir l.OOOm no Sul (Rebouças,1979).As direções de fluxo das águas subterrâneas convergem das bordas da bacia para o seu eixo central, por onde passa a resultante geral do fluxo de direção sudoeste (Gilboa et alii, 1976).

Para o estado de São Paulo a única região onde a disponibilidade dedados permitiu estudos mais detalhados, Silva (1983) cita os seguintesvalores para os parâmetros hidráulicos do Botucatu: a capacidade específica varia entre 1 e 23m3/h/m, sendo entre 10 e 15ro3/h/m os valoresmais representativos; a transmisividade varia entre 4,7 x IO"4 e 1,5 x10"2m2/s, a maioria dos valores sendo 10~3m2/s, enquanto a permeabili^dade varia entre 2,4 x 10"6 e 4,5 x 10"5ro^s; o coeficiente de armanezãmen to tem valores entre 4 x 10~' e 2 x 10 ** .

Esta configuração hidrogeolõgica condiciona nesta área aumentos datemperatura de 229 à 619C, do pH (de 5,40 â 10,35) e dos sais totaisdisolvidos (de 31 a 650mg/l) destas águas no sentido sudoeste,das bordas da bacia para a parte muito confinada do aqüífero. Na zona de afioramento as águas são atuais, bicarbonatadas ntagnesianas ou calco-magnesianas, com uma evaiução gradativa para bicarbonatadas sódicas e clorosulfatadas sódicas, nas regiões onde o aqüífero é confinado,podendo atingir idades superiores a 30.000 anos.

Os resultados isotópicos e hidroquímicos obtidos por Silva (1983)indicam que as águas subterrâneas são originárias principalmente da infiltração das precipitações nas zonas de afloramento do aqüífero e quesua evolução química é determinada pelo grau de conflnamsnto, pelas dJLreções do fluxo e pelo tempo de trânsito da água.

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As penaeabilidades médias aparentes, calculadas a partir dos dadosde ^ C e do gradiente hidráulico são de 2,6 x ie"^n/s.

A variação dos teores dos isôtopos estáveis 618O (-6/5 a -10,1 /oo)62H (-45 a -70°/oo) e 5J3C (-6,3 a -23,1 /oo) nas águas subterrâneaspermitiram supor possíveis mudanças climáticas durante as diferentes é

1 poças de recarga.

AMOSTRAGEM E ANALISES

Até o momento foram amostrados 20 poços profundos nos, estados deSão Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás (Tabela 1) . M n situ" foram determinadas uma série de medidas flsico-químicas (Tabela 2),cono temperatura, pH eeH, condutividade elétrica, alcalinidade e teor de C0;livre. As análises físico-químicas completas foram realizadas nos Ia

, boratórios da CETESB, utilizando os métodos da 15 ed. do Standardj Method for the Examination of Water and Wastewater (Tabela 3).| ^ Para estes poços foram coletadas ainda amostras para análises isot tópicas de 18O e de 2H e, em 18 deles, para determinação de *^C segunj do a mesma metodologia de coleta do luC, descrita mais abaixo.I As análises de isôtopos estáveis foram realizadas nos laboratórios• do CENA-Piracicaba, 2H e 13C com um espectrometrc de massa Micrcmass

602 e leO coro um Atlas Ga 150. Os dados desses isótopos são expre£sos, como de costume, em desvios por mil ( /oo), do valor de ieO e 2Hem relação ao padrão SMOW (Standard Mean Ocean Water) e do valor de13C em relação ao padrão PDB (Belemnitella Americana da Formação PeeDee) .

Foram efeV^adas coletas de amostras para ll»C em 15 poços, cujoteor ê exprer? ' em porcentagem de carbono-14, tendo por base a compa

; ração com o * irão NBS (fabricado a partir de ácido oxálico em 1950).Com os teor .-. vi luC e 13C é possível calcular a idade aparente daságuas subte/\ jnaas. Para a análise de 14C coletou-se um volume entre100 e 400 ] J> *.( s de água (em função dos teores de bicarbonato) , embombonas p.á.t.cas. No campo é efetuada a precipitação de BaCOs, poradição de W* rJ 2. 2H2O, com anterior elevação do pH até torná-lo sup<2rior a 8. Af r!J a precipitação, o precipitado de BaCÜ3 é transferidopara frasco menores, evitando-se a contaminação com o CO2 atmosféri-co. As an?; ses de luC estão sendo executadas no laboratório isotópi-co do Dep<Í.amento de Física da UFCe, sendo que os resultados aindanão foram concluídos.

Foram fctnda colhidas 3 amostras na zona de afloramento para determinação da :oncerítraçio de trítio (3H), cujas análises serão efetuadas futuramente.

Os rest tados isotópicos estão reunidos na Tabela 4.

DISCUSSÃO PKELIMINAR DÓS RESULTADOS

Resultados Hidroquímicos

Os resultados das 20 amostras de água de poços profundos mostramque as águas são fracamente mineralizadas,com valores de resíduo secoa 1059C variando entre 38 e 362mg/l.Os valores de pH destas águas estão no intervalo entre 5,52 e 9,69, predominando águas básicas. A temperatura apresenta-se,nas regiões aflorantes do aqüífero e suas proxi^reidades, entre 24,2 e 28<?C,aumentando no sentido do seu confinamentoaté valores da ordem de 46-489C, como ocorre em Araçatuba e Jales. E£te acréscimo/como já observado por Teissedre e Barner (1981) e Silva(1983)/ é devido ao grau geotérmico natural (19C/35m),

k figura 2 mostra a distribuição dos resultados sobre o diagramade Piper onde se distinguem duas areas de concentrações de pontos ruma,onde as águas são classificadas como bi carbonatadas cálcicas e/ou mis_tas e, outra, onde as águas são bicarbonatadas sódicas.

A família de águas bicarbonatadas cálcicas ou mistas,num total de14 amostras, é menos salina, com resíduos secos inferiores a 119mg/l ,

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-pH entre 5,52 e 8,02 e temperaturas entre 24,2 e 389C. Os teares do»Ions maiores, em meq/1, situam-se nos seguintes intervalos:Ca de 0,04a 1,10; Kq de 0,04 a_0,59; Na de 0,01 a 0,76; K de 0,01 a 0,32;HCO3de 0,16 a 1,84; CO3 de 0 a 0,04,- SOu não detectado e Cl~de 0 a 0,03.

Segundo a classificação proposta por Schoeller (1962) estas águasobedecem â seguinte seqüência de concentração dos íons maiores:

rMg++

rHCO? >

A família de águas bicarbonatadas sôdicas, representada por 5 amostrás, apresenta teores de resíduo seco mais elevados (246-362mg/l),pHbásicos (8,94 - 9,61) e temperaturas mais elevadas (39 - 48<?C) . +£ variaçao dos teores dos íons maiores, em meq/1, é a seguinte: Ca dê*0,03 a 0,10; Mg de 0,01 a 0,03; Na de 4,00 a 5,65; K de 0,01 a0,02; HCO3" de 0,84 a 2,44; SOu"" de 0,19 a 1,10; Cl" de 0,31 a 0,59.

A seqüência obedecida pelas ânions é a mesma da família anteriorhavendo modificação apenas na seqüência catiônica;

rNa+ > rCa++ > rMg++

A água do poço de Bauru (212/156) é uma exceção: na classificaçãoé bicarbonatada sôdica e apresenta pH básico (9,03), mas sua temperatura e resíduo seco são baixos (25,59C e 91mg/l). Este comportamentodistinto pode talvez ser devido à presença na área de um alto estrutural. Esta elevação local propiciou a erosão dos basaltos e a deposiçãodos sedimentos Bauru diretamente sobre a Formação Botucatu.

A distribuição espacial destas famílias indica que as águas bicarbonatadas cálcicas e/ou mistas se encontram na porção aflorante doaqüífero ou onde ele é pouco confinado, seja a oeste (Mato Grosso doSul), seja a leste (São Paulo). Já as águas bicarbonatadas sódicas sãoencontradas no centro da bacia, onde o aqüífero é muito confinado.

Resultados Isotópicos

Antes da análise dos resultados isotópicos obtidos para as águassubterrâneas cabe uma breve consideração sobre as águas de chuva dasregiões de recarga do aqüífero.

No estado de São Paulo, Silva (1983) concluiu que a média anualdos teores de 6l8O das águas de chuva deve ser da ordem de -7,1 /oo ,média das amostras de água subterrânea aí coletadas. Os valores obti-dos nas amostras*de águas de chuva colhidas em São Carlos e RibeirãoPreto (ano hidrolõgico 1981 - 1982) não foram considerados como representativos da média plurianual, visto que sendo da ordem de -9,5 /oorefletiam o excesso de pluviosidade ocorrido no período da coleta.

Para a região de Mato Grosso do Sul, foram consultados os resultados de 618O médios das chuvas da estação de Cuiabá medidos a partirde amostras de dois anos de observação no início da década de setenta(IAEA, 1981) . A média ponderada anual para esta estação é de -4,9 /oo.

Quanto âs águas subterrâneas, serão tecidas aqui breves considerações apenas sobre os teores de 6l8O, £2H e <513C, visto que os resultados dos demais isotopos não estão ainda disponíveis. Os teores de618O e 62H obtidos variam entre -5,7 e -9,8°/oo e -32 e -67°/oo, respectívamente.

A figura 3 mostra a relação entre os valores de 6X6O e í H_ comparados â reta meteórica mundial. Como se observa, os pontos estão proximos a reta, Indicando uma origem meteórica para as águas.Observam-se, ainda, dois grupos distintost

- Um grupo onde os teores de $180 e Ó2H são mais negativos (-8,1 a-9,8°/oo e -56 a - 67°/oo);

- Um segundo grupo, com teores mais positivos (-5,7 a -6,8°/oo e -32a -47°/oo).

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Oito pontos reunidos no primeiro grupo,referentes a poços na porção confinada do aqüífero em São Paulo, apresentam um intervalo devariação similar ã variação observada por Silva (1983) na mesma região. Existe um ponto coní1^) -7,4 /oo e <52H -49 /oo, referente aopoço de Araraquara, situado na área livre do aqüífero e, no gráfico,entre os dois grupos referidos. Seus teores são compatíveis com a media das águas de chuva da área de recarga (-7,1 Voo) neste estado. "~

Os pontos do segundo grupo são provenientes.dos poços de oeste(Mato Grosso do Sul) situados na área de recarga ou proximo a ela. Ofato desse grupo apresentar concentrações de <5le0.mais positivos queos da área de recarga em São Paulo (-7,1 /oo) pode ser explicado possivelmente pela ação do efeito da altitude sobre as chuvas (esta região é menos elevada) . Outros fatores que podem também influenciar es_te comportamento são variações climáticas e de latitude. Os dados dechuva de estação de Cuiabá (-4,9 /oo) indicam essa tendência mais positiva da recarga nesta área. ~

Dois poços fogem a este comportamento geral,Camapuã(MGS) e Itajá(GO), que estão compreendidos no primeiro grupo. A luz dos resultadosdisponíveis não é possível ainda explicar esta diferença. No entanto,como estes poços apresentara-se mais mineralizados e com pH mais alçalino que os poços próximos pode-se supor a possibilidade de estas aguas serem localmente mais confinadas do que aparentam. Os resultadosdo carbono-14 deverão propiciar a elucidação desta dúvida.

Os valores de 613C de 17 amostras variam entre -5,9 e -20,6 /oo .Pode-se observar que em São Paulo eles são mais positivos,entre -5,9e -13,5°/oo, com predomínio do intervalo -5,9 e -8,5 /oo. Estes ültimos valores correspondem ãs amostras da área francamente confinada doaqüífero. Mos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás os resultados sãomais negativos entre -10,9 e -20,6_/oo, a maioria situando-se entre-16,4 e -20,6/00. Estes valores são provenientes de amostras nas kreas livres e pouco confinadas do aqüífero.

Poi também observada uma relação entre os teores de 613c e de COzlivre: quanto maior o C02 livre mais negativo oo't (Figura 4).

Os parâmetros que geralmente influenciam os valores de £ ?C naságuas subterrâneas são oriundos da interação entre o CO2 de origem debiogênica, o CO2 atmosférico, o CO2 das rochas, além de processos detroca na zona não saturada. Fatores climáticos e variações sazonaistambém interferem nos teores de 613Ç.

No presente trabalho visto que só estão disponíveis poucos resaltados, muito espaçados entre si, e que ainda não foi possível relacioná-los aos dados quantitativos de 6'3C dos fatores acima mencionados?julga-se prematura uma interpretação para as variações observadas.

CONCLUSÕES PRELIMINARES

Para a porção norte da Bacia do Paraná (estados de São Paulo,MatoGrosso do Sul e Goiás), os dados preliminares apresentados neste trabalho, permitem as seguintes considerações sobre as águas subtérrâ

neas:a) As seqüências evolutivas hidroqulmicas, a variação dos teo

res dos Ions maiores e a distribuição espacial observadas permitem asseguintes conclusões preliminares:

- Para o estado de São Paulo, os novos dados confirmam as consideraçoes de Silva (1983), completando informações onde havia ausência dêdados;

- Para os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, apesar da escassezde dados e sua distribuição não uniforme, pode-se supor comportamento similar ao do estado de São Paulo;

- A evolução hidroqulraica sugerida, a mesma de Silva (1983), caracte-riza-se por um aumento da temperatura, pH e mineralização das águasa partir das bordas da bacia (a leste em Sio Paulo e oeste-noroeste

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en Mato Grosso do Sul) no sentido na calha do rio Paraná, acompanhar»do as direções do escoamento subterrâneo e o confinaroento progressi~vo do aqüífero. As águas bicarbonatadas cálcicas e/ou mistas, nas áreas de recarga, passam a bicarbonatadas sôdicas nas regiões fortenente confinadas.

b) Os resultados isotópicos d e ^ b e <52H mostram que as águasca área de recarga em Mato Grosso do Sul são ligeiramente mais positivas que as da recarga em São Paulo, provavelmente devido a diferençasclimáticas, de altitude e latitude. As amostras dos poços na área fortemente confinada (São Paulo) são ainda mais negativas, semelhantesaos resultados de Silva (1983) para a mesma área, cuja razão, ainda emdiscussão, pode estar relacionada a variações climáticas pretéritas ocorridas na época de recarga destas águas.

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585

' 480

525

433

..I355Í.. Í41JÜ490

..650_._

310

111280

(560)400

380

460

445

*

*

prat

(m)

600

581

1042

291

1323

969

1200

1136

. 2 5 6 . .

112

150

144

95*

150

798

200

215

150

potlçoo do «juíftro

oo to topo(m)

280

121

- 1 6 1

440

- 5 7 2

(-589)

Jt55_7J _

-344

. 650 .

310

511 ...,

*

323*

420

- 35

*

*

aipMauro (mjt • fotol

290 p

117 p

382 t

201 t

318 p

(25 p)

23? p

288 o

_?i>2_ p......

110 p

121 p

conxtarfolcot NoVoufco*

coto ravalpotacwmttnco

(m)

493521

441

480,4

423

(•355)

£+410)

449

_ 619285,3

•511.0262,0

* i (548)

18 p : 397,4* ' *

128 p

318 p

15 p

5 p

4 0 D

447,8

365,0

*

*

*

OA

15.892,74

19,9 •'

12

9,63J

J

14,9

1,6

0.235,3

7.5 .

2,1*

2.71

1,12

J

J

J

T

1.3xlO"2

2,4xi0"3

l.SiclO"2

*

3.9xl0~3

8.5xl0"3

comücoodooqui'faro

confinadoconfinadoconfinado

confinadoconfinado

confinado

confinadoconfinado

livrelivre

livrelivre

confinado

confinado

confinadoconfinado

confinado

rnnfiraHn

pnnfina/ln

confinado

( ) dados aproximados; * dados foram solicitados.

Tabela 1 - Cadastro de Poços Tubulares Perfurados no Aqüífero Botucatu.

Page 9: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

\o

*

I - SP

2 - SP

3 - SP

4 - SP

5 - SP

6 - SP

7 - SP

8 - SP

9 - SP

I - MS

2 - MS

3 - MS

* - MS

5 - MS

6 - MS

7 - MS

8 - MS

9 - MS

10 - MS

I - GO

4»•rigtm

119/11

98/11

135/28

212/156

31/36

90/sn9

90/sn9

74/216

166/48

:OR-FSESPÇGR-044/ll-SIID-006/ll-S

IAR-004

LMA-017/12-S10-019/

5&UT" -12

UVS-OOl

munlefclo

Guariba

Monte Alto

Lins

Bauru

Jales

Araçatuba

Araçatuba

S.José Rio Preto

Araraquara

Dois Irraaos_Camapuã

Corguinho

Campo Grande

.Sidrolândia

Maracaju

Amanhai

Dourados

Cassilândia

Cassilândia

Ztaja

dot»

10/12/84

11/12/84

12/12/84

12/12/84

15/05/85

18/05/85

18/05/85

19/05/85

29/05/85

20/03/85

21/03/85

22/03/85

22/03/85

23/03/85

23/03/85

24/03/85

24/03/85

16/05/85

16/05/85

16/05/85

T

ro

31

36

39

25,5

48

47

46

43,7

24,5

26

27

28

24_'2

25,5

26,5

25

38

27

2 7 »5

28

pH

7,95

7,97

9,61

9,03

8,94

9,23

9,30

9,24

6,1

_5?52

J,91_6,14"

6,60

7,49

7,70

6,10

8,00

6,14

5,83

8,02

«H

-

-

-

-

-

• 560

— ~

-

-

CC

y/s)----470

470

490440

31

21

200

90

100

110

175

20

' 200

99

43

157

C0 2

ll»r«(mo/l)

4,4

12,1

0

2,2

0

0

00

46,2

9,9

16,5

40,7

24,2

11,0

7,7

26,8

8,8

31,9 __

39,6

5,5

tlcoilnitfodt*

HCO3(mg/l O0CO3)

152 *

128 *

317 *

122 *

105

135

135

135

15 *

5

90

40

35

45

65

10'

80

20

10* -.

75

COJ-(•ng/l CoCOj»

20

35

32,5

55

0

0

0

0

0

^ 0

0

00

0

0

* Nestas amostras foi efetuada apenas a titulação colorimêtrica, não tendo sido possível determinaros teores de C03~~quando o pH é maior que 8,3.

Tabela 2 - Análises Físico - Químicas das Águas Subterrâneas - Determinações de Campo.

Page 10: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

«oOk

«1

1 - SP

2 - SP

3 - SP

4 - SP

5 - SP

6 - SP

7 - SP

8 - SP

9 - SP

1 - MS

2 - MS

3 - MS

4 - MS

5 - MS

6 - MS

7 - MS

8 - MS

9 - MS

10 - MS

1 - GO

código

119/11

.98/11135/28

212/15631/3690/sn9

90/sn9

74/216166/48$A-006

CAM-004,84-SCOR-FSESP

íf^s0 4 4

ÍAR-004^MA-017

CAS-001

PH

8,36

8,229.67

8,92

8,90

9,10

9,00

9,205,80

6,538,20

7,147,38

7.58

8,067,14

8,36

6,006.00

8,00

CE.

172

171

573

132

372

422

450

396

43

21

187

94

89

95.6

160

23

196

39

37

145

rmlduo

o

108 «t

113

104

362

91

250

276

286

246

42

38

105

65

96

101

105

32

119

49

43

98

durezatotol

-59 ,.151,4

2,10,

10,5

6.5

3,5

4 , 1

3.6

12,7

M84,8

32^038,0

41.7

66,910,4

53,614,410,8

44,9

No*

(mg/0

14,0

18,6

130,0

28,0

92,0100,0

105,0

92,50,4

. 0,81.2

_..0,4.2 ,5

3.8

3.3

0.5

.13,00.4

0 .6

17,5

K*

(mg/l)

2»6

i í 4

0,6

0 ,9

1,0

0 ,6

0,7

0,5

3,1

2.7

4.2

12^5

0.5

0.6

1.50,4

U45.2

6.4

2.3

Co**

(mg/t)

20^2_

19,0

0,7

3,5

2,10.9

l i 3

0,8

3.1

0,8

22,1

9,711,6

12,121,2

2,4

18,8

4 . 1

3.5

16,5

(mg/l)

2 f l

1,0

0,1

0,4

0,3

0,3

J°JL2

0,4

1,2

0.7

7,2

1,9

2,2

2,8

3,4

1,1

. 1,6.1,0

0,5

0,9

HCOj"

90

92

106

58

96

119

122

109

14

8

80

35

42

48

75

8

-.8315

13

75

CO3-

1C0CO5}

2

0

122

13

42

57

48

65

0

0

0

0

0

0

0

0

JL...0

0

0

Cl"

(mg/l)

l r 0

1,0

12,5

0 ,5

20,5

13,5

21,0

11,0

nd

nd

0,5

nd

0,5

0,5

0,5

0,5

0TS

nd

nd

0,5

SO4"

(mg/0

nd

nd

53

nd

27

17

26

9

nd

nd

nd

nd

nd

nd

nd

nd

nH

nd

nd

nd

S.O;t

(mg/l)

18.5

14,934

14.9

30,027,0

26,0

26,019,7

24.0-13,8

23.038,0

42,0

30,014,4

?',021.0

20,026

Tabela 3 - Análises Físico - Químicas das Águas Subterrâneas - Determinações de Laboratório.

Page 11: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

NO«O

• t*

1 - SP

2 - SP

3 - SP

4 - SP

5 - SP

6 - SP

7 - SP

8 - SP

9 - SP

1 - MS

2 - MS

3 - MS

4 - MS

5 - MS

6 - MS

7 - MS

8 - KS

9 - MS

10 - MS

1 - GO

*•riflam

119/11

98/11

135/28

212/156

31/36

90/sn9

90/sn?

74/216

166/48ANA-006/80-SCAM-004/84-SCOR-FSESP

§^044/S1D-006/81-SMAR-004

AMA-017/82-SDO-019/82-SCAS-LAT/82CAS-001

mvnldpl»

Guariba

Monte A l to

Lins

Bauru

Jales

Araçatuba

Araçatuba

S.José Rio Preto

Araraquara

Dois Irmãos

Camapuã

Corgútnho

Campo Grande

Sidrolândia

Maracaju

Amambai

Dourados

Cassilândia

Cassilândia

Itaia

doto

coteto

10/12/84

11/12/84

12/12/84

12/12/84

15/05/85

18/05/85

18/05/85

19/05/85

29/05/85

20/03/85

21/03/85

22/03/85

22/03/85

23/03/85

23/03/85

24/03/85

24/03/85

16/05/85

16/05/85

16/05/85

5l80(%o)« SMOW

-9,6

-9.8

-8,1

-8.7

-8,3

_ - ! * *-8,6

-8.9

-7.4

-6.3

-8,6

-6.3

-6,3

-6.2

-5,7

-6,2

-6,8

-6,6

-6,9

-8.2

52HC%,)« SMOW

-67

-65

-56

-60

-59

-63

-59

-61

-49

-39

-58

-37

-37

-40

-32

-36

-42

-45

-47

-56

« POB

-13.5

- l l . l

- 5,9

-11,8

- 6,0

- 8,3

- 8,5

- 8,3*

- v

-11,6

-17,7

-18,6

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-

-16,4

-12,1

-20,4

-20,6

-10.9

%1cmodtmo« NBS

*

*

*

*

*

*

*

- r-****-*

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(ÜT)

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-

-

-

-

-

-

-

idotf* Oporant*(anos)

*

*

*

*

-

. *

-

• *

* Aguardando resultados.

Tabela 4 - Oxigênio-18, Deutério, Carbono-13f Carbono-14 e Trltio nas Águas Subterrâneas,

Page 12: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

A A A A AA AAA /TO A A A

A A AA AA~A

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA/

AAAA AAAAAAA A/IAA AA A AA AA

AA A A-A-AAAAAAAAA/HAAA A AA AAAAAAAAA

A AA AA A A AA A A AA A A

AA

AAA\AAA<VA/rt A A A A1AA A A A A A A A A A AA if*. AAA A / A AAAAAAAAAAA

A A / A AAA A A A71 AAA A AA A IJ/TV/Ks AAAAAAAAAAAA

A XÀ AAAAAAAAAAA'A AAAA A A A A A A A A A-AA4 A A A A

AAAAAAAAAAAAAA'AAAAAAAA A A A A AAAAAAAAAAAAAAAAAA A A A A AA/tt#\ A*A A A A A A A A A A,A

A A A A A1/, •!*. AA A* A A A A A A. AAAA/ IAAAAAA A AAA AA A | / " /4J \ / 4 A A A '

AAAAA A A/A, A

A A A AHA AAUftW

•«rtAA acMAbAAA ATU A AAAAAA\AAAA AA;

A A A A A £AAAAAAAAAAAAA

C 3 A'NCA M ««TWO©

IBO Muinw UVRC0 AOU'rtRO CONTIMM

Figura 1 - Localização da área de estudo e dos poços amostrados,

500

Page 13: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

. • • ' \tWMTDS MNWTOS

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CONCCNTIUçio M *O#(T0$ C «••!

Figura 2 - Distribuição dos dados hidroqulmicos no diagra-ma de Piper, teores em % de meq/1.

SOI

Page 14: ESTUDO HJDROQUÍMICO E ISOTOPICO DAS A6UAS …

- 6

LEGENDA

e A0UÍFERO UVRE

• AQÜÍFERO CONFINADO

•20

•40

60

figura 3 - Variação da composição dos isótopos oxigênio-18 e deutério nas águas subterrâneas. ~"

•20 -12

• AOUHFDW LIVXC

• AQÜÍFERO CONFINADO

CO, LIVRE

10

Figura 4 - Comparação entre os teores do isõtopo carbono-13' CO2 livre das águas subterrâneas

• o

S02