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N. S. POMBAL Escalões de Formação – Organização e orientações metodológicas
[ C o m p a n y A d d r e s s ]
ETAPAS DE FORMAÇÃO
COORDENAÇÃO TÉCNICA – RICARDO DINIZ
2 NÚCLEO SPORTINGUISTA DE POMBAL – ETAPAS DE FORMAÇÃO Ricardo Diniz
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1. ESPECIFICIDADES DO FUTSAL 4
Futsal Jovem 4
2. ETAPAS DE FORMAÇÃO DO JOVEM PRATICANTE 5
3. ETAPA DE INICIAÇÃO 5
I. DESENVOLVIMENTO MORFO-FUNCIONAL 6 II. DESENVOLVIMENTO MOTOR 6 III. DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL 7 IV. DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO 7 V. DESENVOLVIMENTO AFETIVO 7 VI. DESENVOLVIMENTO SOCIAL 7 Resumo das características psico-fisiológicas 8
4. ESCALÃO ETÁRIO: ESCOLAS (6-10 ANOS) 9
1.1 PERFIL BIOLÓGICO 9 1.2 PREPARAÇÃO FÍSICA – CAPACIDADES MOTORAS 9 1.3 PREPARAÇÃO TÉCNICA 9 1.4 PREPARAÇÃO TÁTICA 10 1.5 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 10 1.6 METODOLOGIA DO TREINO 10 1.7 CONTEÚDOS 10
4. ETAPA DA PRÉ-ESPECIALIZAÇÃO 10
Características da criança (10-12 anos) 10 Necessidades e experiências 11
5. ESCALÃO ETÁRIO: INFANTIS (10-12 ANOS) 11
1.8 PERFIL BIOLÓGICO 11 1.9 PREPARAÇÃO FÍSICA – CAPACIDADES MOTORAS 12 1.10 PREPARAÇÃO TÉCNICA 12 1.11 PREPARAÇÃO TÁTICA 12 1.12 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 12 1.13 METODOLOGIA DO TREINO 12
6. ETAPA DA ESPECIALIZAÇÃO 13
Características do Jovem (12-18 anos) 13 Necessidades e experiências 13
7. ESCALÃO ETÁRIO: INICIADOS E JUVENIS (12-16 ANOS) 14
1.14 PERFIL BIOLÓGICO 14
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1.15 PREPARAÇÃO FÍSICA – CAPACIDADES MOTORAS 14 1.16 PREPARAÇÃO TÉCNICA 14 1.17 PREPARAÇÃO TÁTICA 14 1.18 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 15 1.19 METODOLOGIA DO TREINO 15
8. ETAPA DO APERFEIÇOAMENTO (16-18 ANOS) 15
1.20 PERFIL BIOLÓGICO 15 1.21 PREPARAÇÃO FÍSICA – CAPACIDADES MOTORAS 15 1.22 PREPARAÇÃO TÉCNICA 16 1.23 PREPARAÇÃO TÁTICA 16 1.24 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 16 1.25 METODOLOGIA DO TREINO 16 Objetivos por escalão na relação formação / rendimento 16
9. PERIODIZAÇÃO DO TREINO 17
Organigrama 18
4 NÚCLEO SPORTINGUISTA DE POMBAL – ETAPAS DE FORMAÇÃO Ricardo Diniz
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1. Especificidades do Futsal
Futsal Jovem
Como ser melhor treinador?
Onde estou?
Onde quero chegar?
Como chegar?
Secção 1 Onde Estou?
Efetuar sempre uma autoanálise e autocrítica sobre o trabalho desenvolvido;
Analisar defeitos da equipa.
Secção 2 Onde Quero Chegar?
O quadro seguinte representa um resumo sobre o futsal geral:
TIPOS DE FUTSAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS TÉCNICO RESPONSÁVEL
BASE FORMAÇÃO INTEGRAL DO ATLETA
PROFESSOR
RECREATIVO
PREENCHIMENTO DO ÓCIO E MANUTENÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA COM MELHORIAS PARA A SAÚDE
COORDENADOR
COMPETITIVO RENDIMENTO E RESULTADOS TREINADOR
Secção 3 Como Chegar?
a) Conhecer os 4 pilares da preparação do jogador:
Físico
Técnico
Tático
Psicológico
b) Conhecer as etapas de formação do jovem praticante:
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Escolas (6-10 anos)
Infantis (11-12 anos)
Iniciados (13-14 anos)
Juvenis (15-16 anos)
Juniores (17-18 anos)
c) Saber o que trabalhar em cada etapa
2. Etapas de Formação do Jovem Praticante
3. Etapa de Iniciação
Características da criança (6-10 anos) Nesta fase o crescimento, embora constante, é relativamente lento. Verifica-se, contudo, um
refinamento das habilidades motoras básicas, o estabelecimento de uma base sensorial
INICIAÇÃO 6-10 ANOS
PRÉ-ESPECIALIZAÇÃO
10-12 ANOS
ESPECIALIZAÇÃO 12 - 16 ANOS
APERFEIÇOAMENTO 16 - 18 ANOS
6 NÚCLEO SPORTINGUISTA DE POMBAL – ETAPAS DE FORMAÇÃO Ricardo Diniz
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estável e uma rápida aprendizagem nos domínios cognitivo e motor. A criança passa,
definitivamente, de um ambiente familiar e caseiro para o envolvimento no ambiente social
escolar. A principal tarefa da criança é a de ajustar-se às três grandes alterações que
promovem o seu desenvolvimento neste período: (I) a transição de casa para o grupo de
amigos; (II) a transição para o mundo das tarefas escolares organizadas e dos jogos, umas e
outros solicitando novos desenvolvimentos no domínio das aptidões neuromusculares; e (III) a
transição para o mundo dos conceitos adultos, o que requer a aquisição gradual das aptidões
e da arte da lógica, do simbolismo e da comunicação (Havighurst, 1950, cit. Espenchade &
Eckert, 1980).
I. Desenvolvimento morfo-funcional Algumas medidas relativas às proporções corporais diferem entre rapazes e raparigas a
partir dos 6 anos, embora essas diferenças não sejam relevantes. Aumento gradual do peso
e altura. O grau de desenvolvimento esquelético é moderado. O esqueleto, particularmente
ao nível das cartilagens, oferece fraca resistência ao esforço, encontrando-se numa fase de
evolução ativa. A massa muscular representa uma pequena percentagem do peso do corpo
apresentando fracas condições em termos da força. Órgão e partes do corpo com
crescimento próprio e diferenciado. Coração e pulmões pequenos em relação ao peso e
altura. Aumento da força dos dedos, mãos e braços.
II. Desenvolvimento motor A criança é muito ativa com limites de fixação de atenção muito curtos que tendem a
aumentar progressivamente. As capacidades de coordenação estão em fase de
desenvolvimento. O tempo de reação é fraco, tendendo a melhorar progressivamente. Não
suporta atividades prolongadas em débito de oxigénio. Melhoria gradual da coordenação
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neuromuscular com especial relevo para a coordenação óculo-manual. O movimento
corporal vai-se tornando mais rítmico e gradual.
III. Desenvolvimento intelectual Realiza ações mentais interiorizadas sem ter de recorrer à manipulação e à presença dos
objetos, podendo invocá-los através da imagem. Junta, dissocia e classifica mentalmente
(operações mentais). Dificuldade em discussão de grupo.
IV. Desenvolvimento psicológico Viva, expansiva, eufórica, alegre, contraditória e persistente.
Atenta a pormenores significativos e curiosos. Não gosta de falhar e aceita bem as
indicações. Gosta de exibir as habilidades, adere totalmente à competição desportiva. É
mais competitiva em grupo. Aprecia intensamente qualquer tipo de jogo, mas alterna o
interesse das atividades individuais com as coletivas. Temperamental e ciumenta, desejosa
de prestígio.
V. Desenvolvimento afetivo Comunicativa, honesta e franca, humor variável e resmungona. Aprecia mais o elogio
oportuno, admira pais e família. Cultiva o segredo partilhado como forma de intensificar a
consciência do “EU” e a identificação com os outros. Não gosta de ser tratado como criança,
mas carece de ajuda nos momentos difíceis. Não suporta punições a longo prazo. Se tem
que ser castigada quer sê-lo logo. Sentido de justiça razoavelmente crítico. Aos 9 anos
atravessa uma fase individualista, independente, introvertida.
VI. Desenvolvimento social Muito receptiva à informação sobre o social, começa a compreender questões complexas.
Interesse pelas regras e formas de agir. Evolui dos desentendimentos de jogo para uma
relação mais tolerante, solidária e leal. No entanto provoca facilmente lutas e discussões
8 NÚCLEO SPORTINGUISTA DE POMBAL – ETAPAS DE FORMAÇÃO Ricardo Diniz
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como forma de afirmação pessoal. O prestígio do adulto e o apelo do mais velho é ainda
muito forte e por isso continua dependente dos julgamentos e das normas ditadas pelos
adultos. A interiorização dessas normas ou regras começa a fazer-se sentir e a criança
sente-se culpabilizada ou satisfeita consigo própria, consoante respeita ou não as regras
apreendidas. Aceita bem as censuras mas reage violentamente a acusações injustas. No
final deste período verifica-se um interesse crescente pelo grupo e assiste-se ao
aparecimento do hermetismo grupal compacto. Dedicada ao “grupo”, assimila facilmente os
bons ou os maus padrões de comportamento social. As atividades coletivas tornam-se do
seu agrado. Rapazes e raparigas têm interesses sensivelmente convergentes pelo que é
aconselhável participarem juntos nas mesmas atividades desportivas.
Resumo das características psico-fisiológicas
O comportamento é caracterizado por movimentos inicialmente impetuosos que,
progressivamente, se reduzem a um volume normal. Uma das expressões desta alegria
motora transbordante traduz-se num entusiasmo pelo desporto. Um bom equilíbrio físico,
uma atitude otimista e despreocupada são também características gerais da criança nesta
idade. As boas bases corporais – as crianças são pequenas e ligeiras, possuindo boas
relações de força de alavanca – permitindo uma maior capacidade de concentração, assim
como uma capacidade de diferenciação do movimento e uma aquisição refinada de
informações, tornam a idade escolar precoce um momento muito favorável à
aprendizagem (cfr. Winter, 1981, citado em Weineck, 1986). No entanto, a capacidade, já
muito desenvolvida nesta idade, de aprender rapidamente novos movimentos não é
acompanhada por uma faculdade correspondente de os fixar. A preponderância, ainda
presente, os processos emotivos, associada aos importantes fenómenos de irradiação dos
processos de controlo pelos centros nervosos, conduz facilmente a um “apagamento” dos
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canais motores característicos de qualquer movimento, tornando mais difícil a sua
conservação (cfr. Holz-Weineck, 1983, citado em Weineck, 1986). Por esse motivo, tudo o
que for ensinado recentemente deve ser exercitado muitas vezes para que possa ser
integrado de forma estável no reportório motor da criança (cfr. Demeter, 1981, citado
em Weineck, 1986).
4. Escalão etário: ESCOLAS (6-10 anos)
1.1 Perfil Biológico
Crescimento estável e progressivo; Desenvolvimento das capacidades coordenativas, mais especificamente,
coordenação e equilíbrio.
1.2 Preparação Física – Capacidades Motoras
CAPACIDADE CONTEÚDOS
FORÇA Não realizar trabalho específico Trabalhar destrezas básicas e gerais
VELOCIDADE Trabalhar velocidade de reação e de execução Maturação das células nervosas
RESISTÊNCIA Trabalho de resistência aeróbia Aquisição mediante o “jogo” Regula-se inconscientemente
FLEXIBILIDADE Trabalhar desde sempre Capacidade articular elevada Perde-se com o tempo
1.3 Preparação Técnica
“Ferramenta” do jogo (passe e receção), promover o contacto com a bola; Familiarização com a bola (bola adaptada) e com o campo; Trabalhar conceitos relacionados com o espaço e com o tempo; Tudo baseado no jogo (jogos reduzidos/jogos lúdicos).
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1.4 Preparação Tática
Diferenciar claramente, defensor/atacante; Conceitos muito simples.
1.5 Preparação Psicológica
Criança egocêntrica; Não tem capacidade de abstração (utilização do modelo); Não compreende: imita (treinador é o exemplo); Níveis de atenção muito baixos: estimular esta capacidade.
1.6 Metodologia do Treino
Muitos jogos (variedade); Muitas bolas; Eliminar tempos de espera (tempo de empenhamento motor); Privilegiar a prática em detrimento da teoria.
1.7 Conteúdos
Princípio específico do ataque – penetração e cobertura ofensiva; Princípio específico da defesa – marcação e contenção; Noção de passe/desmarcação.
4. Etapa da Pré-especialização
Características da criança (10-12 anos)
Relativa estabilidade no crescimento; Os membros crescem mais rápido que o resto do tronco; Algumas alterações da pré-adolescência na relação ombros/ancas em ambos
os sexos; Aparecimento rápido de adiposidade nos pré-adolescentes, particularmente
raparigas; Proporções diferentes no crescimento tornam-se mais claras no final deste
período, na medida em que as crianças com maturação precoce entram na adolescência;
O equilíbrio torna-se bem desenvolvido;
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Os padrões motores básicos estão mais aperfeiçoados e adaptados às diferenças estruturais;
Melhor coordenação e controlos motores; Grandes incrementos de força e resistência; Melhoria na coordenação óculo-manual e óculo-pedal. Aumento na
proficiência das habilidades manipulativas; Capacidade de atenção mais prolongado; Grande espírito de aventura; Socialmente mais maturas, interessadas no bem-estar do grupo; Intelectualmente curiosas; Maior interesse na proficiência e no espírito competitivo. Veneração de
heróis-atletas; Algumas diferenças de performance entre os sexos e algum antagonismo em
relação ao sexo oposto.
Necessidades e experiências
Necessidades:
Uso das habilidades com objetivos específicos. Oportunidade de participar numa grande variedade de atividades para adquirir conhecimento das proficiências;
Capacidade de trabalhar em grupo para algumas atividades individuais e jogos de equipa, particularmente os que envolvem força e resistência.
Experiências:
Introdução às habilidades desportivas, liderança de jogos, atividades de autocontrolo, utilização de aparelhos, destrezas variadas, jogos de simples organização mas exigindo coragem;
Atividades de equipa.
5. Esca
lão etário: INFANTIS (10-12 anos)
1.8 Perfil Biológico
Crescimento mais em largura do que em altura; Maior equilíbrio e coordenação.
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1.9 Preparação Física – Capacidades Motoras
CAPACIDADE CONTEÚDOS
FORÇA Melhorar a coordenação inter e intra muscular Não realizar trabalho específico Trabalhar destrezas básicas e gerais
VELOCIDADE Trabalhar velocidade de reação e de execução Maior coordenação neuromuscular
RESISTÊNCIA Trabalho de resistência aeróbia Aquisição mediante o “jogo” Esforços até 5’’ com recurso energético à fosfocreatina
FLEXIBILIDADE
Trabalhar desde sempre Diminuição da capacidade articular devido ao aumento
da massa muscular Perde-se com o tempo
1.10 Preparação Técnica
Idade sensível para a aprendizagem técnica (todos os fundamentos básicos); Técnica é equilíbrio e coordenação; Trabalhar conceitos relacionados com o espaço e com o tempo; Jogos e competição adaptado à idade (espaço, tempo, regras).
1.11 Preparação Tática
Assimila, analisa e sintetiza conceitos básicos; Estimulação da capacidade de decisão (não devemos falar muito com eles
mas sim incitá-los a tomar decisões); Tática individual e coletiva (1x1; 2x2; 2x1; passa e corta; passa e quebra;
iniciação ao contra ataque).
1.12 Preparação Psicológica
Abandona a imitação e passa ao jogo com regras.
1.13 Metodologia do Treino
Variedade de jogos pré-desportivos; Método do jogo globalizado. Registar durante o jogo e corrigir depois; Correção de exercícios analíticos – procura constante da otimização (nunca
se deve dizer que já está bom).
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6. Etapa da Especialização
Características do Jovem (12-18 anos)
Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e da maturidade
biológica, devido ao aumento de secreções hormonais (estrogénios – raparigas e androgénios – rapazes);
Período de crescimento rápido, resultando em ganhos importantes no peso e na altura. Ritmos de crescimento diferenciados das várias partes do corpo;
O aumento do diâmetro bi-acromial, nos rapazes, eleva o centro de gravidade; o aumento do diâmetro bi-iliocristal, nas raparigas, baixa o centro de gravidade;
Proporcionalmente, um maior crescimento no comprimento dos membros para os rapazes;
As alterações nos sistemas fisiológicos (cardiovascular e respiratório, principalmente) resultam em níveis superiores de tolerância à atividade física para os rapazes;
Aumento na diferença entre os sexos – rapazes com mais músculo e raparigas com mais adiposidade;
Ganho rápido e muito claro na força para os rapazes; Maior período de atenção e grande tendência para o grupo; Maior espírito competitivo, especialmente nos rapazes; O interesse pelo sexo oposto e a maturidade social aumentam; Grande variabilidade entre os indivíduos devido a diferentes ritmos/estados
de maturação.
Necessidades e experiências
Necessidades:
Aumento de experiências numa grande variedade de atividades, principalmente nas necessárias à vida adulta;
Maiores oportunidades para trabalho de grupo, principalmente com o sexo oposto;
Maiores oportunidades de exploração.
Experiências:
Jogos de equipa e atividades de autoavaliação em habilidades de alto nível – desportos individuais;
Atividades que implicam força ou elevados níveis de performance devem ser separados por sexos;
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Durante a adolescência, as influências socioculturais parecem exercer um papel muito importante na diferenciação dos níveis de performance entres os sexos.
7. Escalão etário: INICIADOS E JUVENIS (12-16 anos)
1.14 Perfil Biológico
Surgimento da puberdade e PVC (Pico de Velocidade de Crescimento); Idade cronológica e não fisiológica; Desarmonia do corpo; Fragilidade de estruturas (crescimento exagerado).
1.15 Preparação Física – Capacidades Motoras
CAPACIDADE CONTEÚDOS
FORÇA Aumento da massa muscular Hipertrofia muscular
VELOCIDADE Diminui a velocidade de reação e de execução Aumento da velocidade de deslocamento
RESISTÊNCIA Combinação de esforços aeróbios e anaeróbios Esforços até 10’’ com recurso energético ao glicogénio
FLEXIBILIDADE Aumento da secção muscular Evita lesões Aumenta a elasticidade dos músculos
1.16 Preparação Técnica
Aprendizagem inteligente do movimento (percebe quando executa bem ou mal – introspeção);
Ganha autonomia e autocontrolo; Jogos com competição.
1.17 Preparação Tática
Entende sistemas de jogo; Entende conceitos táticos ofensivos (paralela, diagonal, sobreposição,
cobertura ofensiva, desmarcação, passe e corte, etc.);
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Entende conceitos táticos defensivos (cobertura defensiva, vigilância, pressão, temporização, contenção, marcação, troca defensiva, etc.);
Aperfeiçoamento do meio tático ofensivo (contra-ataque); Esquemas táticos defesa/ataque; Métodos de jogo: ataque organizado, contra-ataque; defesa individual; zona e
mista; Transições; Sistemas de jogo: 2:2; 3:1.
1.18 Preparação Psicológica
Qualitativamente pensa como um adulto mas não quantitativamente.
1.19 Metodologia do Treino
Treino na base da idade fisiológica; Incidir mais na aprendizagem do gesto do que na velocidade de execução; Treino integrado.
8. Etapa do Aperfeiçoamento (16-18 anos)
1.20 Perfil Biológico
Dotar o atleta da competência motriz (desenvolvimento integral); Tem que ser um jogador de “elite” mas com falta de experiência; Estabilidade do crescimento e definição da composição coroporal.
1.21 Preparação Física – Capacidades Motoras
CAPACIDADE CONTEÚDOS
FORÇA Trabalho normal mas com cuidado na coluna vertebral Trabalho de força rápida e resistente
VELOCIDADE Trabalho da velocidade de execução Trabalho da velocidade de deslocamento
RESISTÊNCIA Combinação de esforços aeróbios e anaeróbios Esforços até 1’30’’ a 2’ com recurso energético aos
lípidos
FLEXIBILIDADE Evita lesões Estimular a coordenação entre unidades motoras
16 NÚCLEO SPORTINGUISTA DE POMBAL – ETAPAS DE FORMAÇÃO Ricardo Diniz
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1.22 Preparação Técnica
Aplicação da técnica em jogo real (mas com correção dos defeitos); Busca da precisão e velocidade de execução; Relação competição/rendimento.
1.23 Preparação Tática
Capacidade perceptiva (campo visual; visão periférica; atenção seletiva), ex: jogos com estímulos externos;
Mecanismo percepção/decisão/execução; Utilização de todo o tipo de meios e procedimentos táticos; Noção de modelo de jogo; Esquemas táticos defesa/ataque; Métodos de jogo: ataque organizado, contra-ataque; Transições; Sistemas de jogo: 2:2; 3:1 e 4:0.
1.24 Preparação Psicológica
Etapa complicada (dúvidas, família, amigos, amor, etc.); Favorecer a autoconfiança e a autoestima; Noção de responsabilidade, coesão de grupo e liderança.
1.25 Metodologia do Treino
Máxima participação nos exercícios; “Eliminar” o jogador “espectador”; Máxima especialização em jogo de cada jogador; Treino integrado.
Objetivos por escalão na relação formação / rendimento
ESCALÃO PREDOMINÂNCIA EDUCATIVA RENDIMENTO
ESCOLAS (6-10 ANOS) 100% 0%INFANTIS 80% 20%INICIADOS 60% 40%JUVENIS 40% 60% JUNIORES 20% 80%
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9. Periodização do Treino
Particularidades Período Preparatório Período Pré-Competitivo Período Competitivo Período de Transição
Etapa Preparação Geral Etapa Preparação Especial Etapa de Preparação para a
Competição Etapa de Transição (final de
época) 1. Orientação do treino
Criar a base para a preparação pré-competitiva e competitiva
Está em todos os componentes da preparação desportiva
Preparação funcional imediata para as competições
Alívio na preparação
2. Preparação Física
Desenvolvimento das capacidades motoras gerais
Desenvolvimento das capacidades motoras especiais, e manutenção do nível global.
Manutenção do nível da preparação geral e especial alcançado
Descanso ativo por meio de jogos
3. Preparação técnico-tática
Reestruturação das habilidades motoras. Aprendizagem de novas ações técnicas
Aperfeiçoamento das ações técnicas e táticas objeto da especialidade
Aperfeiçoamento e confirmação da variabilidade na execução das ações motoras
Eliminação parcial das deficiências técnicas detectadas nas competições
4. Preparação Psicológica
Desenvolvimento das qualidades volitivas da personalidade
Preparação psicológica especial para as cargas de grande intensidade
Garantir a predisposição especial para as competições, modelação do treino
Garantir o estado emocional positivo diante das vitórias e possíveis derrotas
5. Relação entre Prep.Geral e especial do atleta
Maior conteúdo de prep. geral sobre a preparação especial
Maior conteúdo de prep. especial sobre a preparação geral
Aumentam-se ainda mais a preparação especial sobre a preparação geral
Desaparece a preparação especial e predomina em todo o período a preparação Geral.
6. Dinâmica das cargas
A quantidade de exercícios é muito maior que a qualidade da execução, predomínio do treino aeróbio > Volume < Intensidade
O ritmo de execução e a qualidade dos exercícios aumentam, diminui a quantidade de exercícios, parcialmente, o treino aeróbio treina-se em zonas mistas (aeróbio e anaeróbio) Equilíbrio entre Volume e Intensidade
Aumenta consideravelmente a qualidade de execução, continua diminuindo a quantidade de exercícios, maior utilização do regime anaeróbio e misto > Intensidade < Volume
Diminui a qualidade de exercícios, treino aeróbio
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Organigrama
DIREÇÃO
Paulo Saraiva
DIRETORES GERAIS FUTSAL
Raikar/Chico
COORDENADOR TÉCNICO
RENDIMENTO
Artur
SENIORES MASCULINOS
Artur/Cláudio
JUNIORES
MASCULINOS
Pedro
Dirigentes
Marco
Zé Mota
Beto
Jorge
Manaia
DIRECTOR FUTSAL FEMININO
Rui
SENIORES FEMININOS
Sky
JUNIORES FEMININOS
Raikar
INICIADAS FEMININAS
Raikar
Dirigentes
Mónica
Pais
COORDENADOR TÉCNICO
FORMAÇÃO
Ricardo Dinis
JUVENIS MASCULINOS
Carvalho
INICIADOS MASCULINOS
Ricardo Dinis
INFANTIS
Gil
BENJAMINS
Denis
TRAQUINAS
Patrick
PETIZES
João
Dirigentes
Pedro Vieira
Carlos Vieira
Pedro gameiro
Kevin
Pais