2
Didáxis Cooperativa de Ensino, RA Teste de HCA Módulo III Cotação da questão Cotação da questão 1. No meio da desorganização administrativa, económica e social produzida pelas invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Igreja, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição. 1.1 Refere o papel da Igreja após a queda do Império Romano do Ocidente. 1.2 Localiza no tempo a Idade Média. 2. Texto A - A ociosidade é inimiga da alma. Por isso, os irmãos devem ocupar- se, em certas horas, com o trabalho manual e, noutras, com a leitura das coisas divinas. Os irmãos devem sair pela manhã para trabalharem no que for necessário, desde a hora prima até à quarta hora. Da quarta até à sexta hora entregar-se-ão à leitura. Depois da sexta hora, após se terem levantado da mesa, descansarão nas suas camas em completo silêncio. Depois de rezarem, à nona voltarão ao trabalho que tiver de ser feito, até às Vésperas. Se a necessidade exigir que os irmãos façam eles próprios o trabalho da ceifa, não deverão afligir-se com isso, porque é assim que serão verdadeiros monges, vivendo do trabalho das suas mãos. Regra de S. Bento 2.1 Refere, de acordo como texto A, as atividades a que se dedicavam os monges. 2.2 Justifica a importância económica e cultural das abadias e mosteiros. 2.3 Diz por que razões, apesar de toda a dureza da vida monacal, os monges optavam por esta forma de vida. 3. Observa a Figura 1 e lê o Texto B. Texto B «A planta das igrejas de peregrinação parece desenhada pelas multidões que as percorrem, pela ordem da sua marcha e das suas estações, pelos seus pontos de paragem e seu escoamento. Por vezes, um vasto nártex, lembrança da antiga igreja dos catecúmenos, precede a igreja e serve-lhe de vestíbulo, igreja ele próprio, com a sua nave principal, as suas naves secundárias e o seu andar. A igreja propriamente dita é de três e por vezes cinco naves. Alberga assim a multidão que se acumula e impõe-lhe uma ordem, abrindo nessa matéria movediça sulcos paralelos. Um transepto simples ou duplo, para o qual se abrem capelas orientadas, desenha na planta duas ou quatro saliências, e os braços monumentais têm as proporções de uma igreja transversal que se insere na igreja principal. Mas não interrompem o percurso do peregrino. Oferecendo à multidão acesso e saídas secundárias, pertencem também a essa topografia arquitetónica da peregrinação que permite um percurso contínuo no interior do edifício, desde a fachada ocidental até às capelas da abside e das capelas da abside à fachada ocidental.» Henri Focillon, Arte do Ocidente, Lisboa, Editorial Estampa, 1993 3.1 Refere quatro das características da planta da catedral românica de peregrinação, recorrendo à observação da Figura 1 e à leitura do Texto B. 3.2 Faz a legenda dos pontos assinalados na figura 1. 4. Em finais do século XI, já existiam, no nosso país, mosteiros beneditinos de arquitetura românica. 4.1 Identifica o templo representado na Figura 2. 4.2 Carateriza a fachada deste edifício. 5 DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ANO LETIVO 2012 /2013 TESTE DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES MÓDULO III A CULTURA DO MOSTEIRO 2TAAR1114 ALUNO ____________________________________ N.º _____ FEVEREIRO DE 2013 PROFESSORA: TERESA GONÇALVES Figura 1 Reconstituição da planta original da Catedral de Santiago de Compostela, 1075-1188, in upload.wikimedia.org (consultado em 11 de 2010) Figura 2 Igreja de S. Pedro de Rates

Exame mod 3 2 taar

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Exame mod 3  2 taar

Didáxis – Cooperativa de Ensino, RA Teste de HCA – Módulo III

Cota

ção d

a

questã

o

Cota

ção d

a

questã

o

1. No meio da desorganização administrativa, económica e social produzida pelas

invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Igreja, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição.

1.1 Refere o papel da Igreja após a queda do Império Romano do Ocidente.

1.2 Localiza no tempo a Idade Média.

2. Texto A - A ociosidade é inimiga da alma. Por isso, os irmãos devem ocupar-se, em certas horas, com o trabalho manual e, noutras, com a leitura das coisas divinas. Os irmãos devem sair pela manhã para trabalharem no que for necessário, desde a hora prima até à quarta hora. Da quarta até à sexta hora entregar-se-ão à leitura. Depois da sexta hora, após se terem levantado da mesa, descansarão nas suas camas em completo silêncio. Depois de rezarem, à nona voltarão ao trabalho que tiver de ser feito, até às Vésperas. Se a necessidade exigir que os irmãos façam eles próprios o trabalho da ceifa, não deverão afligir-se com isso, porque é assim que serão verdadeiros monges, vivendo do trabalho das suas mãos. Regra de S. Bento

2.1 Refere, de acordo como texto A, as atividades a que se dedicavam os monges.

2.2 Justifica a importância económica e cultural das abadias e mosteiros.

2.3 Diz por que razões, apesar de toda a dureza da vida monacal, os monges optavam por esta forma de vida.

3. Observa a Figura 1 e lê o Texto B.

Texto B «A planta das igrejas de peregrinação parece desenhada pelas multidões que as percorrem, pela ordem da sua marcha e das suas estações, pelos seus pontos de paragem e seu escoamento. Por vezes, um vasto nártex, lembrança da antiga igreja dos catecúmenos, precede a igreja e serve-lhe de vestíbulo, igreja ele próprio, com a sua nave principal, as suas naves secundárias e o seu andar.

A igreja propriamente dita é de três e por vezes cinco naves. Alberga assim a multidão que se acumula e impõe-lhe uma ordem, abrindo nessa matéria movediça sulcos paralelos. Um transepto simples ou duplo, para o qual se abrem capelas orientadas, desenha na planta duas ou quatro saliências, e os braços monumentais têm as proporções de uma igreja transversal que se insere na igreja principal. Mas não interrompem o percurso do peregrino. Oferecendo à multidão acesso e saídas secundárias, pertencem também a essa topografia arquitetónica da peregrinação que permite um percurso contínuo no interior do edifício, desde a fachada ocidental até às capelas da abside e das capelas da abside à fachada ocidental.»

Henri Focillon, Arte do Ocidente, Lisboa, Editorial Estampa, 1993

3.1 Refere quatro das características da planta da catedral românica de peregrinação, recorrendo à observação da Figura 1 e à leitura do Texto B.

3.2 Faz a legenda dos pontos assinalados na figura 1.

4. Em finais do século XI, já existiam, no nosso país, mosteiros beneditinos de arquitetura românica.

4.1 Identifica o templo representado na Figura 2.

4.2 Carateriza a fachada deste edifício.

5

DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

ANO LETIVO

2012 /2013

TESTE DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES

MÓDULO III – A CULTURA DO MOSTEIRO 2TAAR1114

ALUNO ____________________________________ N.º _____ FEVEREIRO DE 2013 PROFESSORA: TERESA GONÇALVES

Figura 1 – Reconstituição da planta original da Catedral de Santiago de Compostela, 1075-1188, in upload.wikimedia.org (consultado em 11 de 2010)

Figura 2 – Igreja de S. Pedro de Rates

Page 2: Exame mod 3  2 taar

Didáxis – Cooperativa de Ensino, RA Teste de HCA – Módulo III

Cota

ção d

a

questã

o

Cota

ção d

a

questã

o

5. Lê os textos C e D e observa a figura 3. Texto C - “Quando Gregório I, O Grande, Papa de 590 a 604,

constatando a dificuldade de fazer chegar a palavra de Deus a uma população sobretudo analfabeta, proclamou que a imagem é a escrita dos iletrados, fez dessa imagem, da figuração sacra, um texto para ser lido e entendido por toda a vasta cristandade, desde a regência ao povo - um processo de evangelização que tinha como suporte os muros sagrados dos edifícios de Deus. (…)

Esta abertura fez comungar todo o povo medieval nos ensinamentos sagrados e nos mais simbólicos quadros dos textos litúrgicos, contribuiu para a explosão do riquíssimo léxico figurativo

sagrado que se constata no gosto pela diversidade do homem medieval, tão patente no livro figural das paredes das Igrejas e dos Mosteiros.

Hugo Lopes, Os mosteiros medievais como edifícios de saber

Texto D - «A pintura estava, na verdade, a caminho de se tornar uma forma de escrita

através de imagens.» E.H. Gombrich, A História da Arte, Londres, Phaidon, 2005

5.1 Tendo em conta o texto C, refere a subordinação da pintura e da escultura românica em relação à arquitetura.

5.2 Explica a frase sublinhada.

5.3 Baseando-te no texto D, diz o que sabes sobre a pintura medieval.

6. Numa época em que a voz do sacerdote não possuía qualquer auxiliar, o canto desempenhou funções ministeriais: exprimia a oração de forma mais suave, favorecia o caráter comunitário da mesma e conferia amplitude e solenidade à palavra das escrituras e aos ritos. Derivado dos cantos da sinagoga judaica, e provavelmente também influenciado pelas músicas grega e romana, o canto gregoriano é uma música monódica, de ritmo livre, destinada a acompanhar os textos latinos retirados da Bíblia, enquadrados no sistema diatónico.

6.1 Baseando-te no texto, refere as funções do canto gregoriano.

6.2 Menciona as principais caraterísticas desta

expressão musical sacra.

7. Lê o Texto E e observa a Figura 4. Texto E

«De resto, para que serve, nos claustros, onde os frades leem o Ofício, aquela ridícula monstruosidade, aquela espécie de estranha formosidade disforme e disformidade formosa? O que estão ali a fazer os imundos símios? Ou os ferozes leões? Ou os monstruosos centauros? Ou os semi-homens? Ou os tigres listrados? Ou os cavaleiros combatendo? Ou os caçadores com as trombetas? Podem ver-se muitos corpos com uma só cabeça ou então muitas cabeças sobre um único corpo. De um lado, avista-se um quadrúpede com cauda de serpente, do outro, um peixe com cabeça de quadrúpede. Ali, um animal com o aspeto dum cavalo arrasta, atrás de si, a metade de uma cabra; aqui, um animal cornudo tem um traseiro de cavalo. Enfim, por todo o lado, aparece tão grande e estranha diversidade de formas, que nós somos mais tentados a ler no mármore do que nos nossos livros e a passar todo o dia admirando estas coisas, em vez de meditar na lei divina. Por amor de Deus, se não nos envergonhamos destas criancices,

por que razão, ao menos, não evitamos estes gastos?» Bernardo de Claraval – Apologia XII, 28 e 29 (Adaptação)

7.1 Explica, com base na leitura do texto E e na observação da figura 4, de que forma os princípios doutrinários de Bernardo de Claraval se materializaram na arquitetura.

8. Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política

expansionista. A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano no Natal do

ano 800.

8.1 Explica o significado da Coroação de Carlos Magno.

8.2 Caracteriza a ação cultural deste Imperador Cristão do Ocidente.

9. A cidade islâmica é a soma de um determinado número de crentes (não de um determinado número de cidadãos – como a cidade clássica). A cidade islâmica é uma cidade secreta, uma cidade que não se vê, não se exibe, que não tem rosto.

9.1 Diz por que razão a cidade islâmica é uma “cidade secreta”.

9.2 Justifica o aniconismo da arte islâmica.

Figura 3 – O Trono de Deus, iluminura do séc XI

Figura 4 – Nave da igreja do Mosteiro de Alcobaça.

Figura 5 – S. Gregório Magno, iluminura do século XII.

Figura 6 - Carlos Magno, representado por Durer, usando a coroa imperial de Otão o Grande