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EXERCÍCIOS – PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
PROF: JEOVÁ
3º E CURSO
01 - (PUC SP/2016)
“Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma
metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos,
ofereceria um modelo para a independência do Brasil.”
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência
hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448.
O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o
texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por
exemplo, na
a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma
única e poderosa nação.
b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que
rapidamente se impuseram sobre toda a América.
c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e
politicamente as forças da metrópole.
d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas
colônias portuguesas do litoral africano.
02 - (UECE/2016)
Atente ao que se diz a respeito dos dois partidos políticos denominados Partido Português
e Partido Brasileiro, considerando os acontecimentos que culminaram com o processo de
emancipação política brasileira de 1822.
I. O Partido Português, composto em sua maioria por comerciantes portugueses,
gostaria de ver mantidos os privilégios a eles proporcionados pela estrutura colonial e
desejava o retorno de Dom Pedro a Portugal para que as medidas recolonizadoras
fossem aplicadas.
II. O Partido Brasileiro reunia burocratas, grandes proprietários de terras, advogados e
investidores urbanos nascidos no Brasil. Esse grupo foi privilegiado pela abertura dos
portos de 1808 e gostaria que fosse mantida a elevação do Brasil a Reino Unido de
Portugal e Algarves.
Acerca das duas proposições acima, é correto afirmar que
a) ambas são verdadeiras.
b) I é falsa e II é verdadeira.
c) ambas são falsas.
d) I é verdadeira e II é falsa.
03 - (Centro Universitário de Franca SP/2016)
O ingresso das províncias no jogo político, com expressão geográfica autônoma, vinha
dos dias da independência. Portugal, na desvairada política recolonizadora expressa nas
Cortes de Lisboa, tentara fragmentar o Reino Unido num feixe heterogêneo de províncias,
dependentes diretamente do ultramar, sem subordinação ao foco de poder situado no Rio
de Janeiro, sob o comando do príncipe D. Pedro. Os representantes brasileiros não
sentiram, desde logo, no plano dispersador, o golpe vibrado contra a unidade nacional.
(Raymundo Faoro. Os donos do poder, 2000.)
O excerto refere-se a uma medida aprovada nas Cortes de Lisboa no período em que D.
Pedro era príncipe regente do Brasil. É correto afirmar que tal medida
a) visava à emancipação das províncias, o que propiciaria o surgimento de diferentes
países no território brasileiro.
b) representava o fortalecimento do governo do príncipe regente já que anulava a
subordinação das províncias ao governo português.
c) concretizava o ideal de uma pátria única, constituída por meio de uma federação de
províncias autônomas.
d) pretendia descentralizar o poder na colônia, dando maior autonomia para as
províncias a fim de enfraquecer o governo do príncipe regente.
e) procurava criar um governo central fortalecido na colônia para facilitar o domínio da
metrópole portuguesa.
04 - (UFSCAR SP/2016)
As elites coloniais, influenciadas pelo liberalismo, organizaram os movimentos de
independência na América Latina.
Após esses movimentos, uma característica que diferenciou o Brasil foi
a) a abolição imediata da escravidão.
b) a manutenção da unidade territorial.
c) a realização de ampla reforma agrária.
d) o fim da dependência econômica à Inglaterra.
e) o controle do governo pelas classes populares.
05 - (FUVEST SP/2015)
Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra
Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua
publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
a) reforma e crise do Império Português na América.
b) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
e) Proclamação da República e instauração da Primeira República.
06 - (IFSC/2015)
O processo de independência do Brasil foi efetivado com o Grito do Ipiranga de D. Pedro I
em 1822. Alguns historiadores aceitam que esse processo pode ser analisado desde o ano
de 1808. Sobre o período de 1808 a 1822 é CORRETO afirmar que:
a) Em 1821 D. Pedro I tentou proclamar a independência, porém foi sufocado pela
Revolução Pernambucana.
b) O ano de 1808 é marcado pela vinda da família real portuguesa ao Rio de Janeiro.
c) No ano de 1815 toda a família real portuguesa retornou a Portugal, permitindo a José
Bonifácio articular a independência com seu filho Pedro.
d) A abertura dos portos em 1815 tirou o Brasil do status de colônia, pois poderia
comercializar com todos os países com tarifas iguais.
e) O Grito do Ipiranga foi apenas simbólico. Desde 1821 o Brasil não tinha nenhuma
ligação política com Portugal.
07 - (UNITAU SP/2015)
“Na Europa, o liberalismo era uma ideologia burguesa voltada contra as instituições do
antigo Regime, os excessos do poder real, os privilégios da nobreza, os entraves do
feudalismo ao desenvolvimento da economia. No Brasil, as ideias liberais teriam um sentido
mais restrito, não se apoiaram nas mesmas bases sociais, nem teriam exatamente a mesma
função”.
COSTA, E. V. d. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Brasiliense, 1987,
p.27.
Sobre o liberalismo no processo de Independência da Colônia portuguesa na América, é
CORRETO afirmar:
a) Apesar da aparente ideia de liberdade, havia grandes contradições que impunham
limites à utopia liberal, como era o caso da escravidão.
b) Foi utilizado intensamente como mecanismo contra o despotismo real português.
c) Apesar do sistema escravocrata, a instauração de uma nação nos moldes liberais no
Brasil foi possível devido ao empenho do partido liberal em promover discursos
convincentes.
d) As afinidades entre a corte portuguesa e os interesses coloniais baseados no
liberalismo contribuíram para que fossem tomadas medidas para manter o príncipe no
Brasil.
e) Foi, desde o início, organizado como uma forma de se opor frontalmente às pretensões
radicais de democracia no Brasil.
08 - (FGV/2015)
Observe o mapa.
(Armelle Enders, A nova história do Brasil, p. 109)
Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil
a) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil,
imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do
Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa,
defensoras da recolonização brasileira.
b) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento
emancipacionista entre os principais comandos regionais do Brasil e com a
constituição de acordos políticos que garantiram a unidade territorial e a efetivação
do federalismo.
c) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao
fim do tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias
do Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição
de uma monarquia dual.
d) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias
ao Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas
províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando a guerras de independência.
e) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América
portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de
resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma
separação negociada.
09 - (UNESP SP/2015)
Entre os fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
podemos citar
a) a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética.
b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na região da antiga Iugoslávia.
c) o confronto entre Áustria e Hungria pelo controle dos Bálcãs.
d) a disputa comercial e industrial entre Inglaterra e Alemanha.
e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alemanha.
10 - (Fac. Cultura Inglesa SP/2015)
Para o Rio de Janeiro, os eventos da segunda metade de 1822 que levaram a criação de um
império brasileiro independente ofereceram duas alternativas principais com que era
possível datar a fundação do novo regime: o Grito do Ipiranga em 7 de setembro ou a
aclamação de Pedro em 12 de outubro (a mesma data de seu aniversário). Não estava claro
qual desses dias era mais digno de comemoração. Um decreto de dezembro de 1822
determinando o protocolo da corte para os dias de gala deixou de mencionar o 7 de
setembro e, o que talvez seja ainda mais interessante, não identificou um dia para
comemorar a independência (12 de outubro foi descrito como a data do aniversário de
Pedro e de sua aclamação). No início daquele mês, no entanto, Pedro havia decretado que
“sendo conveniente memorizar a gloriosa época da Independência do Brasil e sua elevação
a categoria de Império […], o número de anos que decorreram da mencionada época […]
devera contar-se de o memorável dia 12 de outubro do presente ano”.
(Hendrik Kraay. “A invenção do sete de setembro, 1822-1831”. Almanack Braziliense, maio de
2010.)
A análise do texto permite concluir corretamente que
a) o dia 7 de setembro de 1822 foi rapidamente celebrado, pelo povo, pelo parlamento
e pelo imperador, como a verdadeira data de comemoração da independência do
Brasil.
b) a data do aniversário do imperador, 12 de outubro, foi de imediato reconhecida, por
todos os brasileiros e pelos governantes dos países amigos, como o dia da
independência do Brasil.
c) o governo imperial ignorou e adiou a definição da data de comemoração da
independência do Brasil, pois não reconhecia sua importância simbólica.
d) a data de comemoração da independência do Brasil foi um marco pensado pelo
governo imperial, preocupado com o desenvolvimento do sentimento nacionalista no
país.
e) o dia 7 de setembro e o dia 12 de outubro foram eventos igualmente importantes para
o governo imperial brasileiro, que demorou décadas para definir a data oficial da
independência.
11 - (IFBA/2015)
Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
“E passando imediatamente a obrar [agir], equipou canhoneiras que têm hostilizado as ilhas
de Santo Antônio de Maré, a costa da Saubara, a barra do Paraguaçu, mandou metralhar
Itaparica, encravar a Artilharia de sua Fortaleza, interceptou nossa comunicação com a
cidade, aprisionando e roubando as embarcações que faziam nosso comércio interior e
proibindo a importação de mercadorias e víveres para o Recôncavo, fez mandar tropa
lusitana e barcas de guerra para atacar e ocupar a rica povoação de Nazaré [combate do
Funil] e finalmente preparar-se com estrépito terror para nos acometer e obstar entrada
da esquadra que vem da Corte do Brasil em nosso socorro; e por outro lado, a Junta
Provisória do Governo, aliás composta de sábios e honrados brasileiros, de quem a Pátria
esperava tudo, ou por coação, ou por natural fraqueza, não respondeu à participação do
ato da Aclamação de Sua Alteza Real, feita pelas Câmaras e Autoridades, tem se abstido de
toda correspondência conosco, e finalmente pelas suas Reclamações de doze e vinte e três
de Julho próximo passado se declaram contra nós, arguindo-nos de rebeldes e facciosos, e
forçando com tão inauditos procedimentos a nossa involuntária subtração à sua
Autoridade. Deixemos, Senhores, de observar miudamente, quanto seja irrisório, que o
opressor da Bahia apelide, fiel a uma assaz pequena fração da Província, e rebelde a toda
ela constitucional, a minguada caterva de soldados iludidos Europeus da Bahia, e facciosa
a numerosa Povoação da Província inteira.”
Ata da Câmara da Vila de Nossa Senhora do Rosário do porto da Cachoeira datada de 21
de agosto
de 1822. In: TAVARES, Luís Henrique Dias. Independência do Brasil na Bahia. (Coleção
Bahia
de Todos). Salvador: EDUFBA, 2005, p. 132-133.
a) A Independência da Bahia se deu em 2 de Julho de 1823, depois de intensas batalhas
entre o Partido Português e o Partido Brasileiro iniciadas no Recôncavo e estendidas à
capital da Província. Muitas dessas batalhas se deram na Bahia de Todos os Santos.
b) As guerras de consolidação da Independência espalhadas pelo Brasil após o famoso
Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, contaram com a participação de sujeitos
de vários grupos sociais. Na Bahia, a participação de negros libertos e cativos que
buscavam ser recompensados com a Carta de Alforria foi marcante. As mulheres
também estiveram presentes. Nessa narrativa, Maria Quitéria é considerada grande
heroína da Guerra de Independência na Bahia.
c) O ato da Aclamação de D. Pedro defensor perpétuo e imperador constitucional do
Brasil ocorreu no dia 12 de outubro de 1822. A iniciativa da Aclamação partiu do
Senado da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e contou com o apoio de diversos
setores da sociedade brasileira, bem como da Junta Provisória do Governo, criada após
o Grito de Independência.
d) A Guerra de Independência na Bahia compôs um quadro de instabilidade política,
instaurado no Brasil após a Independência. D. Pedro, certo de que lado estaria desde
os primeiros confrontos, colaborou com os brasileiros para a expulsão dos portugueses
nas batalhas que aconteceram após a sua Aclamação como Imperador e Defensor do
Brasil. Apenas, no Maranhão, ele se eximiu completamente, abandonando os
maranhenses à sua própria sorte, já que preferiam a continuidade do vínculo com
Portugal.
e) No dia 7 de novembro de 1837, Salvador amanheceu sob governo dos líderes da
Sabinada. A maior causa desse levante e de outros tantos que eclodiram durante o
período regencial foi, justamente, a exigência da autonomia da província baiana em
relação ao Rio de Janeiro, objetivo que, conforme a Ata supracitada, permeou todo o
processo de Guerra de Independência, anos antes.
12 - (Univag MT)
O Bloqueio Continental, em 1807, que ocasionou a vinda da família real portuguesa para o
Brasil, e a abertura dos portos, em 1808, foram fatos significativos para
a) o início das disparidades econômicas entre as regiões da Colônia.
b) a Revolução Industrial no Brasil.
c) a consolidação da nacionalidade brasileira.
d) o processo de emancipação política.
e) a constituição do ideário federalista.
13 - (UniRV GO)
Sobre a influência da Inglaterra no processo de independência do Brasil, assinale V para as
alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
a) O processo de independência do Brasil não contou com apoio da Inglaterra.
b) Com a abertura dos portos em 1808, o Brasil deixa de ser colônia de Portugal. Rompia
o pacto colonial como queria a elite agrária brasileira, acentuando as relações com a
Inglaterra.
c) A independência do Brasil contou com forte participação popular, atendendo aos
interesses dos ingleses.
d) Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade),
Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu
diretamente na dependência do capitalismo inglês.
14 - (UFG GO)
Analise as imagens a seguir.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE ou O GRITO DO IPIRANGA,
de Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. São Paulo: Museu Paulista.
PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA, de François-
René Moreaux, óleo sobre tela, 1844. Petrópolis: Museu Imperial.
As duas pinturas representam a Proclamação da Independência do Brasil (1822) e a figura
de D. Pedro I. Com base na análise comparativa das imagens,
a) explique as diferenças de sentido nas representações das imagens do príncipe D. Pedro
I, da guarda real e do povo, em cada uma das pinturas.
b) descreva um elemento comum a ambas as pinturas que corrobora uma mesma
concepção de his - tória e explique que concepção de história é essa.
15 - (ESCS DF)
A independência norte-americana foi o passo inicial do desmonte do Antigo Sistema
Colonial. As ondas revolucionárias que sacudiram a Europa Ocidental na primeira metade
do século XIX tiveram ressonância no outro lado do Atlântico, acompanhando o processo
de emancipação das colônias espanholas e portuguesa. A respeito desse processo de
independência latino-americana, assinale a opção correta.
a) Ao contrário do ocorrido no Brasil, o movimento pela emancipação política das
colônias espanholas na América seguiu um caminho autônomo, desconhecendo as
circunstâncias históricas que, naquele contexto, convulsionavam grande parte da
Europa, inclusive a Península Ibérica.
b) Ciosa da necessidade de manter a salvo seus históricos interesses econômicos em
Portugal, a Inglaterra, na condição de maior potência capitalista mundial no século XIX,
procurou impor vários obstáculos à concretização da independência do Brasil.
c) Ao adotar a forma monárquica de governo, quando proclamou sua independência, o
Brasil seguiu o exemplo da maior parte das antigas colônias espanholas, mas rompeu
com o modelo republicano escolhido pelas colônias inglesas da América do Norte ao
se emanciparem.
d) A transferência do Estado português para sua colônia americana, decisão tomada em
face da difícil conjuntura política europeia, acabou por criar as condições favoráveis à
independência do Brasil, a começar pela abertura dos portos ao comércio
internacional, que pôs fim ao “pacto colonial”.
16 - (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP)
O problema inerente ao amadurecimento do capitalismo industrial na Inglaterra é de
âmbito amplo e define o quadro geral das transformações do mundo ocidental nesse
período. A luta entre os interesses mercantilistas e o liberalismo econômico se processaria
de forma intensiva na Inglaterra do século XIX, afetando drasticamente a política de todos
os países coloniais diretamente relacionados com a expansão do Império britânico do
comércio livre.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.
Adaptado.)
Entre os efeitos produzidos no Brasil pelo processo histórico mencionado no texto, é
correto incluir
a) o rompimento das relações diplomáticas entre Portugal e Inglaterra e o aumento
significativo do comércio colonial com a França, no início do século XIX.
b) a ampliação do emprego de mão de obra escrava e a repressão ao movimento
abolicionista, que só veio a alcançar seu principal objetivo no final do século XIX.
c) a reorganização do Império português a partir da transferência da família real para a
colônia, em 1808, e a intensificação das ações pela independência.
d) o aumento das exportações brasileiras de açúcar, na metade do século XIX, e o
desestímulo à produção de algodão, provocado pela baixa demanda da mercadoria.
e) a aproximação política e comercial do Brasil com os demais países da América e a
submissão do país, a partir de 1822, aos interesses comerciais norte-americanos.
17 - (PUC RJ)
Considere as afirmações abaixo sobre a crise do Antigo Sistema Colonial e a Independência
do Brasil (1822).
I. O movimento intelectual chamado de Iluminismo teve grande influência na crise do
Antigo Sistema Colonial, pois, além de criticar as bases do Antigo Regime, como o
absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza, condenava também o sistema
colonial e o monopólio comercial.
II. Os conflitos na Europa decorrentes da expansão do império napoleônico estiveram na
base desse processo, na medida em que Napoleão, tentando bloquear o acesso da
Inglaterra ao mercado colonial ibérico, invadiu Espanha e Portugal, precipitando,
assim, o processo de independência da América.
III. A vinda da corte portuguesa para o Brasil é considerada como um fator que retardou
o processo de independência brasileiro, pois a presença do monarca lusitano na
América estreitou ainda mais os laços entre Brasil e Portugal, tornando o primeiro
ainda mais dependente do segundo.
IV. A Independência do Brasil foi marcada por um forte conflito entre o novo país e a sua
antiga metrópole europeia, devido à rejeição das elites político-econômicas da antiga
colônia portuguesa ao modelo agroexportador implantado pela coroa lusitana,
baseado na grande propriedade da terra e na mão de obra escrava.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
18 - (ENEM)
A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da
Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás
da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das
Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa
por terem
a) incentivado o clamor popular por liberdade.
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.
19 - (UFT TO)
O ano de 1808 marcou a chegada da família real portuguesa ao Brasil. É CORRETO afirmar
que a chegada ocorreu principalmente em razão da:
a) perda de posse da Província Cisplatina.
b) invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão.
c) intenção de proclamar a independência do Brasil.
d) implantação da guarda costeira nacional brasileira.
e) retomada de terras coloniais ocupadas pelos ingleses.
20 - (ENEM)
Eu gostaria de entrar nua no rio, mas estou aqui entre homens, somos todos soldados.
Os portugueses de uma canhoneira bombardearam Cachoeira, então um bando de
Periquitos, e entre eles eu e mais cinco ou seis mulheres, entramos no rio, de culote, bota
e perneira, capa abotoada e baioneta calada. Pensei outra vez no sítio. Ali tudo era cálido,
os panos convidavam ao sono. Aqui, luta-se pela vida, pela Pátria. Minha baioneta rasga o
ventre de um português que não quer reconhecer a Independência do Brasil gritada, lá no
Sul, pelo Imperador D. Pedro.
MARIA QUITÉRIA, s/d. Disponível em: www.vidaslusofonas.pt.
Acesso em: 31 jan. 2012 (adaptado).
A análise do texto revela um processo de emancipação política do Brasil que supera o
marco do Grito do Ipiranga e da figura de D. Pedro I, pois a luta pela independência
a) foi conduzida por um exército profissional.
b) ficou limitada a disputas e acordos políticos.
c) fomentou movimentos separatistas do Sul do país.
d) contou com a participação de diversos segmentos sociais.
e) consolidou uma ideia de pátria que excluía a herança portuguesa.
21 - (UERN)
... é comumente, datado a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao
Brasil. A verdade dessa proposição reside, em especial, na montagem pelo Príncipe, e
depois Rei, João VI, de um aparelho governativo no Brasil. Tal criação dá-se, por um lado,
através da transferência de órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento, no Rio de
Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas, um jornal, instituições de
fomento. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos de caráter colonial, como os
monopólios e as restrições industriais e comerciais. Por fim, todo o processo é coroado pela
assinatura de dois tratados com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de Comércio
e Navegação, em 1810.
(Monteiro, Hamilton de Mattos. In: Linhares, Maria Yedda.
História Geral do Brasil. 14ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 129.)
O trecho anterior se refere ao processo de
a) abolição da escravidão.
b) independência do Brasil.
c) descolonização da região Sul do país.
d) desenvolvimento industrial no Brasil.
22 - (UNIOESTE PR)
No imaginário dos brasileiros, tão célebre quanto o grito de dom Pedro, às margens do Rio
Ipiranga, é o quadro pintado por Pedro Américo por legitimar aquele momento decisivo,
em que o Brasil se separava oficialmente de Portugal. Nele, como se pode observar, na
reprodução abaixo, nosso primeiro imperador ergue a espada num gesto de desafio, que
conta com o apoio resoluto dos civis que o seguem e das tropas reunidas ao seu lado.
Pedro Américo (1843-1905). Independência ou morte, 1888. Óleo sobre tela, 760x415 cm.
São Paulo. Acervo do Museu Paulista.
Considerando a imagem acima sobre os acontecimentos que marcaram a independência
do Brasil, é correto afirmar que
a) o movimento de independência de 1822 foi o resultado de uma forte reação das
camadas sociais mais pobres, trabalhadores livres e escravos, às pretensões e
tentativas das Cortes de Lisboa de restabelecer o pacto colonial.
b) a Revolução Constitucional Liberal do Porto está vinculada aos conflitos sociais
liderados pela burguesia industrial portuguesa que entrou em crise com a concorrência
das mercadorias produzidas na Colônia, no início do século XIX.
c) o quadro de Pedro Américo é considerado uma representação fiel e real de todos os
setores que almejavam e lutaram pela independência do Brasil, após a longa e
sangrenta guerra civil contra os comerciantes portugueses, liderada por dom Pedro.
d) na primeira década do século XIX, o reino de Portugal foi palco da revolução Liberal do
Porto. Os revolucionários lusitanos convocaram as Cortes Gerais e entre suas
deliberações, propuseram o retorno do imperador dom Pedro I a Portugal.
e) o quadro de Pedro Américo é uma representação elaborada posteriormente à
independência que enaltece o suposto ato heroico de dom Pedro I.
23 - (FUVEST SP)
Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos
pela distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade,
não raro, de interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que
todos os contrastes ou indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao
desejo de emancipação política. No Brasil, as duas aspirações – a da independência e a da
unidade – não nascem juntas e, por longo tempo ainda, não caminham de mãos dadas.
Sérgio Buarque de Holanda, “A herança colonial – sua desagregação”. História geral
da civilização brasileira, tomo II, volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.
a) Explique qual a diferença entre as aspirações de “independência” e de “unidade” a que
o autor se refere.
b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma
das aspirações mencionadas no item a).
24 - (UECE)
Acerca do processo de independência no Brasil, isto é, da separação política entre a colônia e a metrópole
portuguesas em 1822, é correto afirmar-se que
a) culminou juntamente com o processo da consolidação da unidade nacional.
b) foi marcado por um movimento propriamente nacionalista e revolucionário.
c) representou a imagem tradicional da colônia em guerra contra a metrópole.
d) resultou de uma reação conservadora provocada por interesses comuns de certos setores da elite brasileira,
bem como do Imperador.
25 - (IFGO)
NOVAES, C. E; RODRIGUES, V. R. Capitalismo para principiantes: a
história dos privilégios econômicos. São Paulo: Ática, 2009. p. 91.
Na charge ha uma reflexão crítica sobre o processo de “independência” do Brasil (1822).
Com base nessa interpretação, assinale a alternativa incorreta:
a) O processo de independência do Brasil significou uma mudança conservadora, pois a
dependência em relação ao capital estrangeiro se intensificou.
b) O processo de independência do Brasil não significou a emancipação para os negros
africanos que continuaram escravizados.
c) A economia brasileira deixou de estar submetida ao monopólio colonial, mas a
monarquia e a agroexportação baseada no latifúndio permaneceram.
d) O processo de independência política em relação a Portugal possibilitou a ampliação
dos direitos eleitorais no Brasil.
e) D. Pedro I contraiu empréstimos com banqueiros ingleses para reprimir a
Confederação do Equador, evidenciando o aumento da dependência do Brasil.
GABARITO:
1) Gab: C
2) Gab: A
3) Gab: D
4) Gab: B
5) Gab: C
6) Gab: B
7) Gab: A
8) Gab: D
9) Gab: D
10) Gab: D
11) Gab: B
12) Gab: D
13) Gab: FVFV
14) Gab:
a) O quadro de Pedro Américo representa D. Pedro I como um herói militar, posicionado
ao centro da tela, erguendo a espada (símbolo justamente desse poder) e liderando a
guarda real. A guarda é representada de forma destacada no primeiro plano,
circundando D. Pedro I. Américo representa o povo à margem do acontecimento, na
figura de um camponês que passa com seu carro de boi. Desse modo, o pintor atribui
caráter militar à Proclamação da Independência. Já no quadro de Moreaux, D. Pedro I
é representado como um herói popular, ao centro da tela, erguendo seu chapéu em
meio à multidão formada por pessoas comuns. O povo é representado de forma
destacada no primeiro plano, celebrando a proclamação e legitimando, assim, a ação
de D. Pedro I. Moreaux representa a guarda apenas ao fundo da imagem, de forma
secundária. Desse modo, o pintor atribui caráter civil ao evento.
b) O elemento comum a ambas as pinturas é a centralidade da figura de D. Pedro I na
Independência do Brasil. Ambos os quadros instituem o ato da Proclamação como o
momento de fundação heroica do regime monárquico e do Brasil independente, assim
como idealizam a figura de D. Pedro I, tornando-o o herói da Independência. Desse
modo, corroboram para uma concepção de história que privilegia a concepção de
herói, sobrepondo o indivíduo ao papel do coletivo e não compreendendo a história
como algo processual ou social.
15) Gab: D
16) Gab: C
17) Gab: A
18) Gab: B
19) Gab: B
20) Gab: D
21) Gab: B
22) Gab: E
23) Gab:
a) As aspirações de independência e de unidade aparecem ao longo de boa parte da
história colonial e monárquica do Brasil. A repressão aos movimentos separatistas e a
discussão entre federalismo e centralismo são exemplos dessas aspirações
antagônicas.
A diferença está nos projetos de organização política e econômica do Brasil. Por um
lado, o separatismo e as independências fragmentariam a América lusitana; por outro
lado, o unitarismo desejava manter, ainda que pela força, a unidade territorial e
procurava impor a construção de um país de dimensões continentais, a partir de um
poder centralizado.
b) Como aspiração de “unidade”, pode-se citar como exemplo a outorga da constituição
de 1824, de caráter monárquico, centralista, autoritário e sustentada politicamente no
poder moderador. Entretanto, a implementação daquela carta gerou reações em
algumas províncias coadjuvantes naquela conjuntura política. Um dos mais relevantes
exemplos é a Confederação do Equador (1824), republicana e separatista,
contrapondo-se aos pilares da monarquia que surgia e servindo, portanto, como
exemplo da aspiração de “independência” a que o autor se refere.
24) Gab: D
25) Gab: D