EXERCÍCIO FLUXO DE CARGA

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  • Universidade Federal do Par - UFPA

    Instituto de Tecnologia - ITEC

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia Eltrica - PPGEE

    Anlise de Sistemas de Potncia

    Estudo de Fluxo de Carga de um Sistema Eltrico de Potncia

    Prof. Dr. Ubiratan Holanda Bezerra

    Benedito das G. D. Rodrigues Matrcula: 2012004M0026

    Curso de Mestrado em Engenharia Eltrica

    [email protected]

    I) Os dados a seguir so de um sistema eltrico de potncia

    de 9 barras. Utilizando o programa computacional

    Powerworld, execute um estudo de fluxo de carga para o

    sistema (caso base) Escolha como bases do sistema

    V=345kV e S=100MVA. Comente os resultados obtidos,

    verificando se os mdulos das tenses esto dentro dos

    limites permitidos de 5%, e se as linhas e

    transformadores apresentam sobrecargas.

    Dados de Barra

    Nmero Tipo Pd

    (MW)

    Qd

    (MVAr)

    Shunt

    (MVAr) Base (kV)

    1 Ref. 0,00 0,00 0,00 345

    2 PV 0,00 0,00 0,00 345

    3 PV 0,00 0,00 0,00 345

    4 PQ 0,00 0,00 0,00 345

    5 PQ 90,00 30,00 0,00 345

    6 PQ 0,00 0,00 0,00 345

    7 PQ 100,00 35,00 0,00 345

    8 PQ 120.00 40,00 0,00 345

    9 PQ 125,00 50,00 0,00 345

    Tabela 01. Dados das barras do sistema eltrico

    Dados de Gerao

    Barra Pg

    (MW)

    Qg

    (MVAr )

    Qmax

    (MVAr)

    Qmin

    (MVAr)

    Base

    (MVA)

    Pmax

    (MW)

    Pmin

    (MW)

    1 0,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00

    2 163,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00

    3 85,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00

    Tabela 02. Dados das capacidades da gerao

    Dados de Ramos

    De Para R(pu) X(pu) B(pu) Sn(MVA)

    1 4 0,00 0,0576 0,00 250

    4 5 0,0170 0,0920 0,1580 250

    5 6 0,0390 0,1700 0,3580 150

    3 6 0,00 0,0586 0,00 300

    6 7 0,0119 0,1008 0,2090 150

    7 8 0,0085 0,0720 0,1490 250

    8 2 0,00 0,0625 0,00 250

    8 9 0,0320 0,1610 0,3060 250

    9 4 0,0100 0,0850 0,1760 250

    Tabela 03. Dados dos Transformadores e LTs.

    Tomando o caso base como referncia, aplique as

    seguintes contingncias no sistema:

    I.1) Contingncia 01: Perda da Linha 4-9;

    I.2) Contingncia 02: Perda da Usina 3;

    I.3) Contingncia 03: Aumento de 100% na carga ativa

    e reativa da barra 5;

    I.4) Contingncia 04: Perda simultnea das linhas 4-9 e

    7-8;

    Para todas as contingncias aplicadas, comente os

    resultados obtidos com relao aos nveis das tenses

    nodais, dos carregamentos das linhas, das perdas de

    potncias ativa e reativa, e das aberturas angulares. So

    atingidas as situaes crticas para operao em regime

    permanente? Caso ocorram violaes, o que fazer para

    san-las? Implemente as solues propostas executando

    novos estudos de fluxo de carga.

    II) Para atender a uma nova carga de 150MW e 40MVAr,

    dever ser construda uma nova subestao ligada a

    subestao 4. Esta nova subestao ser designada com o

    nmero 10, distante 50km a partir da subestao 4.

    II.1) Projete esta nova linha de transmisso (4-10)

    especificando os seus condutores com capacidade para

    atender a essa nova demanda.

    II.2) Execute estudos de fluxo de carga para o sistema

    resultante de 10 barras, e implemente as solues

    necessrias para atendimento de todas as cargas, com

    qualidade.

    III) Para o sistema resultante de 10 barras, execute estudos

    de fluxo de carga DC para os 5 anos seguintes, a partir do

    caso base, admitindo um crescimento uniforme das cargas,

    de 5% ao ano, para todas as subestaes. Verifique nos

    resultados as aberturas angulares, e se as capacidades de

    gerao e de transmisso das linhas so ultrapassadas.

    Comente todos os resultados.

    Figura 01. Diagrama unifilar do sistema eltrico.

  • Soluo:

    Para simulao do sistema eltrico em estudo, foi

    configurado no software Powerworld o sistema eltrico

    mostrado na figura 02 abaixo.

    Figura 02. Fluxo de carga caso Base. Em condies normais de

    operao.

    Tabela 04 Resultado fluxo de carga, caso base.

    Na figura 02 e tabela 04 observamos que as restries de

    carga e operao esto satisfeitas, Isto , existe equilbrio

    entre a gerao e a demanda de potncias ativa e reativa,

    os mdulos das tenses nas barras esto dentro dos limites

    permitidos de 5%, e as linhas de transmisso e os

    transformadores no apresentam sobrecargas. Neste caso

    dizemos que o sistema est operando no Estado Normal,

    pois, existe margem de reserva de capacidade associada

    gerao e transmisso, suficiente para proporcionar um

    nvel adequado de segurana.

    I.1) Contingncia 01: Perda da Linha 4-9.

    Figura 03. Contingncia 01: Perda da linha 4-9.

    Tabela 05 Resultado fluxo de carga, contingncia 01.

    Nesta contingncia ocorreram violaes de limite de

    capacidade da Linha de Transmisso 6-7, alm das tenses

    nodais das barras B6, B5, B8, e B7, que ficaram abaixo do

    limite inferior de 0,95pu, porm, a situao mais crtica foi

    que a tenso na barra B9 ficou em 0,69312pu, conforme

    mostrado na tabela 05.

    Este um caso em que o sistema est no Estado de

    Emergncia, e devero ser tomadas aes de controle de

    emergncia, que para este caso, a medida mais adequada

    o corte da carga ligada barra B9.

    O fluxo de carga com a abertura do disjuntor da carga da

    barra B9 mostrado na figura 04.

    Figura 04. Contingncia 01: Perda da linha 4-9, com ao de

    controle de emergncia.

    Tabela 06 Resultado fluxo de carga, contingncia 01. Ao de

    controle de emergncia (Desligar carga da B9).

    A tabela 06 mostra as tenses nodais nos barramentos do

    sistema, onde podemos observar que no h violao dos

    limites dessas tenses.

    Uma ao restaurativa dever ser realizada para

    recomposio da linha 4-9 para posteriormente religar a

    carga da barra B9.

  • I.2) Contingncia 02: Perda da Usina 3.

    Figura 05. Contingncia 02: Perda da Gerao da barra 3.

    Tabela 07 Resultado fluxo de carga, contingncia 02.

    A perda da usina 3 provocou uma sobrecarga de 15% no

    transformador 1-4, e violaes de tenses nas barras B5,

    B7 e B9, alm de sobrecarga de 11,6% de potncia ativa

    na usina 1.

    Uma medida que poder ser adotada para melhorar o

    desempenho do sistema para esta contingncia, a adoo

    de um sistema de corte seletivo de carga, utilizando um

    Esquema Regional de Corte e Carga ERAC, que atuar

    quando ocorrer sobrecarga no gerador 1, com a

    consequente queda de frequncia (f).

    Para possibilitar a simulao, a carga da barra B9 foi

    dividida em 2 partes de 40% e 60%. Para restaurar as

    condies operacionais do sistema suficiente para o caso

    de perda da usina 3, desligar seletivamente 40% da carga

    da barra B9, conforme mostrado na figura 06.

    Figura 06. Contingncia 02: Perda da Gerao da barra 3, com

    ao de controle de emergncia.

    Tabela 08 Resultado fluxo de carga, contingncia 02. Aps

    corte de 40% da carga B9.

    A soluo adotada de cortar a carga pela atuao de um

    dispositivo ERAC se mostrou eficaz na recuperao das

    condies normais de operao do sistema, tanto para as

    violaes de limites de geradores, transformadores quanto

    para as tenses nodais nos barramentos. Para retorno com

    a carga desligada da barra B9, ser necessrio retornar com

    a usina 3 para operao.

    I.3) Contingncia 03: Aumento de 100% na carga ativa

    e reativa da barra 5.

    Figura 07. Contingncia 03: Aumento de 100% na carga ativa e

    reativa da barra 5.

    Tabela 09 Resultado fluxo de carga, contingncia 03.

    A contingncia 03, provocou violaes nos limites

    operacionais da usina 1 com sobrecarga de 14% da

    potncia ativa e no transformador 1-4 uma sobrecarga de

    20%. Alm disso, foram violados os limites mnimos de

    tenso nas barras B9 e B5.

    Como medida para eliminar as sobrecargas na usina 1

    (incluindo o transformador), foi aumentado o despacho de

    carga da usina 3, passando de 85MW para 185MW, essa

    medida no entanto, no resolve o problema das tenses nas

    barras B9 e B5, que possuem uma carga elevada. Para

    solucionar este problema necessrio instalar bancos de

    capacitores de 50MVAr em cada barra para melhorar os

    nveis de tenso.

  • Figura 08. Contingncia 03: Aumento de 100% de P e Q B5.

    Com aumento despacho e instalao de BC de 50MVAr.

    Tabela 10 Resultado fluxo de carga, contingncia 03. Com

    aumento despacho na usina 3

    Na figura 08 acima podemos observar que o aumento do

    despacho na usina 3 melhorou a distribuio de carga entre

    as usinas, eliminando as violaes de limite na usina 1 e no

    transformador 1-4, porm as tenses nas barras B5 e B9

    ficaram abaixo do limite mnimo 0,915pu e 0,935pu

    respectivamente. A melhoria do perfil de tenso foi

    resolvida com a insero de bancos de capacitores de

    50MVAr nas barrar B5 e B9; o resultado mostrado na

    tabela 11 abaixo.

    Tabela 11 Resultado fluxo de carga, contingncia 03. Com

    aumento despacho na usina 3 e BC de 50MVAr na B5 e B9.

    I.4) Contingncia 04: Perda simultnea das linhas 4-9 e

    7-8;

    Esta contingncia provocou a separao do sistema em

    duas partes: Um com as usinas 1 e 3 e outro com o

    ilhamento da usina 2.

    A parte do sistema com as usinas 1 e 3 no teve nenhum

    limite violado, para o caso de nesta contingncia estar

    inserido na barra B5 o banco de capacitores de 50MVAr.

    Com ilhamento da usina 2, surgiram violaes de limite

    operacional do transformador da usina 2 com sobrecarga

    de 9% e nos limites de tenso nas barras de carga B8 com

    0,94667pu e B9 com 0,87157pu de tenso nodal, conforme

    podemos observar na figura 09 e na tabela 11.

    Figura 09. Contingncia 04: Perda simultnea linhas 4-9 e 7-8;

    Tabela 12 Resultado fluxo de carga, contingncia 04.

    A tenso na barra B9 ficou em um valor muito abaixo do

    limite mnimo de 0,95pu, e para recuperar a condio

    operacional ser necessrio retirar parte da carga desta

    barra.

    A figura 10 mostra o resultado da medida emergencial de

    corte de carga de 20% na barra B9. Esta medida

    necessria enquanto as outras aes de restabelecimento da

    interligao das linhas 4-9 e 7-8 so tomadas. A tabela 12

    mostra os nveis de tenso nas barras B8 e B9 foram

    recuperadas.

    Figura 10. Contingncia 04: Perda simultnea linhas 4-9 e 7-8.

    Corte de 20% carga da B9.

  • Tabela 13 Resultado fluxo de carga, contingncia 04. Com cor

    de carga de 20% na B9.

    II) Para atender a uma nova carga de 150MW e

    40MVAr, dever ser construda uma nova subestao

    ligada a subestao 4. Esta nova subestao ser

    designada com o nmero 10, distante 50km a partir da

    subestao 4.

    II.1) Projete esta nova linha de transmisso (4-10)

    especificando os seus condutores com capacidade para

    atender a essa nova demanda.

    A potncia aparente a ser transportada dada por:

    2 2 0150 40 155,2414,93 MVAS

    O dimensionamento dos parmetros da linha ser

    simplificado e no sero considerados os efeitos do solo e

    as mtuas indutncias entre as fases. Ser considerada no

    dimensionamento apenas a capacidade de conduo de

    corrente nos condutores.

    Determinao do mdulo da corrente de fase da linha de

    transmisso:

    155,24259,79

    3 3.345

    SI A

    V

    Para o projeto adotaremos uma projeo de carga de 5% ao

    ano por 15 anos o que dar 540A.

    De acordo com valor de tabela de cabo de alumnio com

    alma de ao o cabo para a corrente de 540A o cabo de

    bitola 400MCM, cujas caractersticas so:

    R75 = 0,198 /km x 50km = 9,9

    XL = 0,3744 /km x 50km = 18,72

    9,90 18,72LTZ j

    A impedncia base para o sistema dado por: 2(345 )

    1.190,25100

    base

    kVZ

    MVA

    9,900,00832

    1.190,25LTr pu

    18,720,015728

    1.190,25LTx pu

    A mxima capacidade de transmisso da LT com cabo

    400MCM dado por:

    max 3.345.540 322LTS MVA (limite trmico da linha)

    II.2) Execute estudos de fluxo de carga para o sistema

    resultante de 10 barras, e implemente as solues

    necessrias para atendimento de todas as cargas, com

    qualidade.

    Para a simulao com a nova subestao foi considerado

    inicialmente o caso base, e sem os bancos de capacitores

    nas barras B5 e B9 de 50MVAr que foram instalados para

    melhorar o desempenho do sistema nas contingncias

    anteriores.

    Com o aumento de carga da subestao 10, foi necessrio

    aumentar o despacho de carga das Usinas 2 e 3 para

    190MW e 225MW respectivamente.

    Figura 11. Caso base com entrada da subestao da barra B10.

    Tabela 14 Resultado fluxo de carga, entrada da B10

    A figura 11 mostra violaes nos limites de gerao da

    usina 1 com 37,2% e no transformador com 45% de

    sobrecarga. Alm da disso a tabela 14 mostra violaes

    dos limites de mnima tenso nas barras B5, B10 e B9.

    Para resolver estes problemas, teremos que adotar 2

    medidas:

    - Aumentar o despacho de carga das usinas 2 e 3 para

    190MW e 225MW respectivamente;

    - Inserir os BCs de 50MVAr nas barras B5 e B9.

    O resultado est mostrado na figura 12 e na tabela 15.

    Figura 12. BCs e aumento despacho usinas 2 e 3.

  • Tabela 15 Resultado fluxo de carga, BCs com aumento

    despacho das Usinas 2 e 3.

    Os resultados obtidos nesta simulao mostram que as

    medidas tomadas de aumentar o despacho nas usinas 2 e 3

    eliminou as sobrecargas na usina 1 e no transformados 1-4,

    e a insero dos bancos de capacitores de 50MVAr

    melhorou as tenses nodais das barras B5, B9 e B10.

    Com as melhorias implementadas o sistema capaz de

    atender a carga da barra B10 com segurana.

    III) Para o sistema resultante de 10 barras, execute

    estudos de fluxo de carga DC para os 5 anos seguintes,

    a partir do caso base, admitindo um crescimento

    uniforme das cargas, de 5% ao ano, para todas as

    subestaes. Verifique nos resultados as aberturas

    angulares, e se as capacidades de gerao e de

    transmisso das linhas so ultrapassadas. Comente

    todos os resultados.

    Para simulao das condies deste caso, foi utilizado o

    mesmo sistema anterior, com a subestao da barra 10,

    sendo selecionada a opo de Fluxo de Carga DC no

    Powerworld, onde so assumidas que todas as barras esto

    com 1,0pu de tenso, conforme mostra a figura 13 abaixo.

    Fluxo de carga DC do Ano 0

    Figura 13. Fluxo de Carga DC para o ano 0.

    Na tabela 16 esto mostradas as projees de carga nas

    barras B5, B7, B8, B9 e B10, para os prximos 5 anos,

    admitindo um crescimento uniforme de 5% ao ano desde o

    Ano 0 (referncia de carga) at o Ano 5.

    As simulaes para os anos 1 a 5 foram realizadas, com a

    insero dos valores de carga definidos na tabela 16, para

    cada subestao e, quando necessrio, para corrigir as

    violaes de limites de capacidade de gerao e

    transmisso, foram feitos ajustes nos despachos de gerao

    das usinas.

    Barra Potencia (MW) nas Barras

    Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    B5 90,00 94,50 99,23 104,19 109,40 114,87

    B7 100,00 105,00 110,25 115,76 121,55 127,63

    B8 120,00 126,00 132,30 138,92 145,87 153,16

    B9 125,00 131,25 137,81 144,70 151,94 159,54

    B10 150,00 157,50 165,38 173,65 182,33 191,45

    Total 585,00 614,25 644,97 677,22 711,09 746,65

    Tabela 16 Projeo das cargas para 5 anos (5% ao ano).

    Simulao do Ano 1:

    No ano 1, o aumento de 5% na carga das subestaes no

    provocou violao de limites das capacidades de gerao e

    transmisso, conforme mostrado na figura 14 abaixo.

    Figura 14. Fluxo de Carga DC para o ano 1.

    Simulao do Ano 2:

    No ano 2 j podemos verificar que as potncias que fluem

    pelo transformador 1-4 e pela linha de transmisso 6-7 j

    esto prximos da sua capacidade nominais, podendo no

    caso de alguma contingncia no sistema, violar os seus

    limites.

    Figura 15. Fluxo de Carga DC para o ano 2.

  • Simulao do Ano 3:

    No ano 3, o crescimento da carga em 5%, j mostra uma

    violao da capacidade do transformador 1-4, de 5% de

    sobrecarga, e a usina 1 ficou com uma sobrecarga de 4,8%,

    como mostrado na figura 16. Esta situao ser corrigida

    repetindo a simulao aumentando o despacho da usina 2

    de 190MW para 220MW, pois existe reserva de gerao

    nesta usina.

    Figura 16. Fluxo de Carga DC para o ano 3.

    Na figura 17 abaixo, est apresentado o resultado do fluxo

    de carga para o caso do ano 3 com aumento do despacho

    da usina 2. Nesta simulao observamos que as usina esto

    atendendo toda a carga, porm j esto prximo de suas

    capacidades de gerao: Usina 1com 93%, usina 2 com

    88% e usina 3 com 90%. Um uma ampliao na gerao j

    se torna necessrio para atendimento das cargas com

    segurana.

    Figura 17. Fluxo de Carga DC para o ano 3, com aumento na

    gerao da Usina 2 para 220MW.

    Simulao do Ano 4:

    Na simulao do ano 4, mostrado na figura 18, ocorreu

    violao no transformador 1-4 com 6% e na usina 1 com

    6,4%. Para evitar estas violaes de limites foram

    aumentados os despachos das usinas 2 e 3 para 240MW

    cada uma, e o resultado da simulao est apresentado na

    figura 19.

    Figura 18. Fluxo de Carga DC para o ano 4.

    Na figura 19 abaixo, observamos que o sistema j est com

    a sua capacidade de gerao prxima dos limites mximos.

    Figura 19. Fluxo de Carga DC para o ano 4, com aumento na

    gerao das Usinas 2 e 3 para 240MW cada.

    Simulao do Ano 5

    No ano 5 o sistema atinge praticamente o limite mximo

    de gerao. A figura 20 mostra violaes de limite no

    transformador 1-4 com 7% e usina 1 com 6,8% de

    sobrecarga.

    Uma segunda simulao foi realizada para o ano 5, onde

    foram aumentados os despachos de gerao das usina 2 e 3

    para os seus valores mximos de 250MW. O resultado est

    mostrado na figura 21.

  • Figura 20. Fluxo de Carga DC para o ano 5.

    Figura 21. Fluxo de Carga DC para o ano 5, com aumento na

    gerao na Usina 2 e 3 para 250MW cada.

    Na tabela 17 abaixo esto mostrados os valores dos

    ngulos nas barras para resultantes das simulaes desde o

    ano de referncia (0) at o ano 5.

    Barra ngulo (Rad)

    Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    B1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    B2 0,1150 0,0771 0,0377 0,0792 0,1138 0,1108

    B3 0,2487 0,2154 0,1805 0,1895 0,2231 0,2257

    B4 -0,0979 -0,1148 -0,1325 -0,1337 -0,1332 -0,1421

    B5 -0,0763 -0,1016 -0,1281 -0,1288 -0,1227 -0,1330

    B6 0,1168 0,0836 0,0487 0,0576 0,0824 0,0791

    B7 0,0044 -0,0335 -0,0733 -0,0586 -0,0379 -0,0471

    B8 -0,0038 -0,0415 -0,0812 -0,1227 -0,0361 -0,0454

    B9 -0,1349 -0,1625 -0,1915 -0,1881 -0,1841 -0,1973

    B10 -0,1215 -0,1396 -0,1585 -0,1611 -0,1618 -0,1723

    Tabela 17 ngulos nas barras para os anos 1 a 5. Os anos 3, 4

    e 5 so aps correo dos despachos de gerao.

    Verificao dos resultados do Fluxo de Carga DC

    obtidos na simulao para o ano 5.

    Para confirmao dos valores obtidos nos Fluxos de Carga

    DC na simulao 5, foram realizados os clculos,

    mostrados a seguir, a partir da equao do fluxo de carga

    linearizado:

    1( )km k m

    km

    Px

    Os clculos foram realizados com os dados dos ramos

    entre as barras da tabela 03 e os ngulos da simulao 5 da

    tabela 17.

    14 1 4

    14

    1 1( ) (0,0000 0,1421) 2,4670

    0,0576

    246,70 98,68%

    P pux

    MW

    45 4 5

    45

    1 1( ) ( 0,1421 0,1330) 0,0989

    0,0920

    9,89 4%

    P pux

    MW

    56 5 6

    56

    1 1( ) ( 0,1330 0,0791) 1,2476

    0,1700

    124,76 83%

    P pux

    MW

    36 3 6

    36

    1 1( ) (0,2257 0,0791) 2,50

    0,0586

    250 83%

    P pux

    MW

    67 6 7

    67

    1 1( ) (0,0791 0,0471) 1,252

    0,1008

    125,2 83,47%

    P pux

    MW

    78 7 8

    78

    1 1( ) ( 0,0471 0,0454) 0,02361

    0,0720

    2,36 0,94%

    P pux

    MW

    28 2 8

    28

    1 1( ) (0,1108 0,0454) 2,50

    0,0625

    250 100,00%

    P pux

    MW

    89 8 9

    89

    1 1( ) ( 0,0454 0,1973) 0,9435

    0,1610

    94,35 37,74%

    P pux

    MW

    49 4 9

    49

    1 1( ) ( 0,1421 0,1973) 0,6494

    0,0850

    64,94 25,98%

    P pux

    MW

    Consideraes Finais:

    Para as simulaes de contingncias, realizados no item 1,

    observamos que:

    As medidas adotadas de instalao de 02 bancos de

    capacitores nas barras B5 e B9 foram suficientes para

    proporcionar um bom controle de tenso nas barras do

    sistema para as contingncias avaliadas.

    A implementao de um ERAC na barra 09 para atuar

    quando da perda de gerao, por exemplo, da Usina 3

    (conforme simulado), evitar sobrecargas nas usinas

    que permanecem no sistema quanto da perda de uma

    usina.

    As medidas anteriores, tambm atendem as condies

    operacionais mesmo aps a entrada da Subestao da barra

    B10.

    As simulaes realizados para o Fluxo de Carga DC,

    mostraram que o atendimento da carga j ficar

  • comprometido a partir do ano 2, pois, com a previso de

    aumento de 5%, o sistema ficar com uma reserva girante

    de 18,1%, considerando que toda a capacidade instalada

    estar em operao (750MW), conforme mostra a tabela

    18. Neste caso dever ser providenciado o aumento da

    gerao com a ampliao da capacidade existente, ou

    instalando uma nova usina.

    Barra Potencia (MW) nas Barras

    Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    B5 90,00 94,50 99,23 104,19 109,40 114,87

    B7 100,00 105,00 110,25 115,76 121,55 127,63

    B8 120,00 126,00 132,30 138,92 145,87 153,16

    B9 125,00 131,25 137,81 144,70 151,94 159,54

    B10 150,00 157,50 165,38 173,65 182,33 191,45

    Carga Total 585,00 614,25 644,97 677,22 711,09 746,65

    Gerao 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00

    Reserva

    Girante (%) 22,00 18,10 14,00 9,70 5,19 0,45

    Tabela 18 Projeo de crescimento da Carga x Potncia

    instalada no sistema.

    Bibliografia:

    [1] Monticceli, A. Fluxo de carga em redes de energia

    eltrica So Paulo: Edgard Blcher, 1983.

    [2] Saadat, Hadi, Power System Analisys - PSA

    Publishing; Third edition, 2010.

    [3] Grainger, J. and Jr., William Stevenson - Power

    System Analisys - McGraw-Hill Engineering; 1 edition,

    1994.

    [4] Bezerra, U. H, Apostila Fluxo de carga em sistemas de

    energia eltrica, UFPA 2007.

    [5] Powerworld, user manual - PowerWorld Corporation.