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1 EXISTEM DOIS TIPOS DE PESSOAS: AS QUE AGRADECEM E AS INGRATAS Rubem Amorese O mundo das lutas, problemas e privações é habitado por dois tipos de pessoas: aquelas que glorificam a Deus, e lhe dão graças e aquelas que, nas mesmas circunstâncias, não o fazem. As primeiras são apontadas pelo apóstolo Paulo como bem-aventuradas; as segundas como loucas. A ingratidão, segundo ele, é causa de soberba e degradação. Achando-se sábios, tornam-se loucos. Considero esse entendimento do apóstolo intrigante. Ele apresenta a gratidão como um divisor de águas. Ou melhor, como um divisor de almas. Na sequência de seu pensamen- to, o quadro é triste: embrutecimento e declínio moral são o caminho daqueles que "nem lhe deram graças" (Rm 1:21). Ao tentar compreender a razão por que a gratidão ocupa posição tão destacada no pensamento do apóstolo, dou-me conta de que estou às voltas com um mistério. Considero-a integrante de uma trindade fundamental da alma humana, formada pela fé, pela contrição e pela gratidão. A gratidão me parece ser uma capacidade, ou disposição do coração, que funciona como célula-tronco espiritual. É capaz de se transformar em qualquer tipo de "tecido da alma". Além disso, é atitude esperada por Deus entre aqueles que o buscam. Ela não pode, no entanto, ser comprada no mercado. Então, de onde vem? Como desenvolvê-la? Tenho aprendido que é dádiva do próprio Deus; e que se desenvolve pela prática, pelo seu exercício. Consciente de que estou examinando um mistério, tento compreender esse coração que dá graças mesmo em meio às vicissitudes; essa alma cujo culto é permeado de comunhão, cânticos e ações de graças; esse coração que, na alegria e na dor, adora seu Criador. De fato, este último gesto pressupõe a gratidão. Pois ela não floresce em um coração ressentido, como o de Jonas. Ora, temos aprendido que "sem fé é impossível agradar a Deus"; também ouvimos do salmista que é de um coração contrito que Deus se agrada. E também, que o mundo está dividido entre aqueles que mantêm e os que não mantêm o coração grato. Mas, tendo chegado a este ponto, é razoável indagar: como? Onde haveremos de encontrar, dentro de nós, a fé, a contrição e a gratidão que tanto agradam a Deus? Eu ousaria sugerir que tais células-tronco da alma já estão lá. Foram depositadas em nossas vidas pelo próprio Criador. Entretanto, como são capacidades, ferramentas, aguardam seu uso adequado. São chaves que abrem determinadas portas. São tesouras que cortam de modo peculiar; são martelos que batem em pregos; são palavras inefáveis a serem ditas; De 14 a 21 de Janeiro de 2017 | Ano 46 | Número 223

EXISTEM DOIS TIPOS DE PESSOAS: AS QUE AGRADECEM E … Boletim Digital Betel.pdf · Louvar a Deus em “todo o tempo” implica também reconhecer que as circunstâncias da vida, mesmo

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EEXXIISSTTEEMM DDOOIISS TTIIPPOOSS DDEE PPEESSSSOOAASS:: AASS QQUUEE AAGGRRAADDEECCEEMM EE AASS IINNGGRRAATTAASS

Rubem Amorese

O mundo das lutas, problemas e privações é habitado por dois tipos de pessoas: aquelas que glorificam a Deus, e lhe dão graças e aquelas que, nas mesmas circunstâncias, não o fazem. As primeiras são apontadas pelo apóstolo Paulo

como bem-aventuradas; as segundas como loucas. A ingratidão, segundo ele, é causa de soberba e degradação. Achando-se sábios, tornam-se loucos. Considero esse entendimento do apóstolo intrigante. Ele apresenta a gratidão como um divisor de águas. Ou melhor, como um divisor de almas. Na sequência de seu pensamen-to, o quadro é triste: embrutecimento e declínio moral são o caminho daqueles que "nem lhe deram graças" (Rm 1:21). Ao tentar compreender a razão por que a gratidão ocupa posição tão destacada no pensamento do apóstolo, dou-me conta de que estou às voltas com um mistério. Considero-a integrante de uma trindade fundamental da alma humana, formada pela fé, pela contrição e pela gratidão. A gratidão me parece ser uma capacidade, ou disposição do coração, que funciona como célula-tronco espiritual. É capaz de se transformar em qualquer tipo de "tecido da alma". Além disso, é atitude esperada por Deus entre aqueles que o buscam. Ela não pode, no entanto, ser comprada no mercado. Então, de onde vem? Como desenvolvê-la? Tenho aprendido que é dádiva do próprio Deus; e que se desenvolve pela prática, pelo seu exercício. Consciente de que estou examinando um mistério, tento compreender esse coração que dá graças mesmo em meio às vicissitudes; essa alma cujo culto é permeado de comunhão, cânticos e ações de graças; esse coração que, na alegria e na dor, adora seu Criador. De fato, este último gesto

pressupõe a gratidão. Pois ela não floresce em um coração ressentido, como o de Jonas. Ora, temos aprendido que "sem fé é impossível agradar a Deus"; também ouvimos do salmista que é de um coração contrito que Deus se agrada. E também, que o mundo está dividido entre aqueles que mantêm e os que não mantêm o coração grato. Mas, tendo chegado a este ponto, é razoável indagar: como? Onde haveremos de encontrar, dentro de nós, a fé, a contrição e a gratidão que tanto agradam a Deus? Eu ousaria sugerir que tais células-tronco da alma já estão lá. Foram depositadas em nossas vidas pelo próprio Criador. Entretanto, como são capacidades, ferramentas, aguardam seu uso adequado. São chaves que abrem determinadas portas. São tesouras que cortam de modo peculiar; são martelos que batem em pregos; são palavras inefáveis a serem ditas;

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são linguagem apropriada para expressar segredos íntimos, e revelá-los até mesmo a quem dessa linguagem se utiliza. Estão lá no fundo, dizíamos; são dons do Criador; e seu uso é esperado por ele, do mesmo modo que o lavrador espera o germinar da semente que plantou. Assim como nos tornamos hábeis no uso de nossas ferramentas de trabalho, devemos praticar o uso da "ferramenta gratidão". Sem que a utilizemos, ela ficará inerte, dentro de nós, e nada de bom produzirá. Uma tesoura não corta sozinha. Mas tendo sido reconhecida, mediante a exortação da Palavra de Deus, poderá ser utilizada com destreza e grande proveito. E como é esse misterioso instrumento da alma, que chamamos de gratidão? Penso que se trata de uma linguagem. Uma capacidade de expressar emoções e afetos. Ele pode se manifestar na forma de cântico, de poesia, de gesto de carinho, de sorriso ou mesmo de um simples olhar. Não importa; o que vale é o que está "dizendo". E normalmente "diz" que algo lá dentro percebeu o bem recebido e se alegrou e deseja que o benfeitor saiba disso. O coração sabe que esse bem, essa alegria, esse agrado não foi produzido por ele mesmo. Não, veio de fora; veio sem preço, veio de graça — não raramente inesperada. E o exercício a que nos referíamos consiste em identificar o benfeitor e "dizer" isso de volta. A esse "dizer" eu chamaria

de agradecimento ou ação de graças. Estamos expressando gratidão. Estamos exteriorizando essa alegria interna, esse bem-querer, esse desejo de retribuição — muitas vezes impossível de realizar, considerando a dimensão da dádiva recebida. Sentimos e dizemos que tal gesto criou em nós uma obrigação de retribuição impossível. Dizemos, então, que estamos muito obrigados. O que me encanta nisso tudo é que o trabalho constante das células-tronco faz crescer em nós as células da alegria, do contentamento, do afeto, da amabilidade e tantas outras. Em particular, torna-nos generosos. Porque a gratidão é célula-tronco do altruísmo

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NNAASSCCIIMMEENNTTOO

03/01 Gina Laurentini da Mota 09/01 Elizabete Ribeiro de Barros 10/01 Lucas Augusto Ferreira 14/01 Rebeca Caroline Ishumi de S. Souza 15/01 José Rubens de M. de Oliveira 15/01 Sheila Feffim Oliveira

28/01 Rozineide Maria da Silva Cavalcante 29/01 Fernando José Maciel Cavalcante

CCAASSAAMMEENNTTOO

06/01 Ilzene Prospero da Silva Laureano e Emerson Laureano *

* Não Membros da Igreja

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EESSTTÁÁTTUUAASS DDEE SSAALL Pr Israel Belo de Azevedo

Lemos a dramática narrativa do destino das cidades contíguas (Sodoma e Gomorra), por quem Abraão orou, mas não foi completa-mente atendido, porque seus

habitantes eram muito maus e não se arrependeram, embora tivessem tido a oportunidade de o fazer, tendo Deus lhes enviado anjos. Gostamos da atitude de Ló e afirmamos que, se estivéssemos lá, faríamos como ele fez. Reprovamos o que fez a sua esposa, creditando-lhe uma tola desobediência que lhe custou a vida. Antes de escolher rapidamente a personagem com quem melhor nos identificamos (Ló, sua esposa, suas filhas ou os de desejos abomináveis), devemos pensar. Reflitamos no perfil da esposa e mãe da história. Se estivéssemos em Sodoma e Gomorra, sairíamos com Ló, arrastando suas filhas, ou como a esposa de Ló, que se desgarrou dele para permanecer na cidade de onde tinha que sair? A esposa de Ló tomou uma decisão. Pagou com a vida, quando Deus a transformou definitivamente numa estátua de sal. Podemos ser estátuas de sal, de onde sai... sal, sal em excesso é inútil, sal que empedra e não serve mais, sal que abre ainda as feridas já abertas.

Somos estatuas de sal quando não prestamos atenção ao que Deus nos diz e vivemos como achamos que é certo. Somos estatuas de sal quando somos amargos, carregando fardos que petrificam nossas veias, por onde a ternura não trafega. Somos estátuas quando guardamos uma raiva dentro de nós, que represamos até sob a forma de sorrisos falsamente gentis ou mesmo de ironias e sarcasmos. Somos estátuas de sal quando não perdoamos quem nos ofendeu, não pedimos o perdão a quem machucamos, não nos perdoamos nem quando confessamos a Deus o nosso pecado. Somos estátuas de sal quando gostamos da vida que levamos, mesmo quando distantes de Deus. Quem queremos ser? Se formos como Ló, haverá uma vida nova pela frente, que recomeçou, depois de perdido tudo. Se formos como a esposa de Ló, continua-remos sendo estatuas de sal, que parecem vivas, mas estão mortas. Rejeitemos ser a esposa de Ló, mesmo que as dores, as ofensas, os abusos, os ataques, as frustrações, às decepções nos tenham petrificado ou estejam a ponto de nos petrificar. Tendo escolhido ser Ló, peçamos a Deus que nos dê sabedoria, saúde e santidade, para alcançarmos nosso lugar na montanha.

AA pprreeooccuuppaaççããoo nnuunnccaa ddoorrmmee.. OOss ffiillhhooss ddee DDeeuuss,, ssiimm.. Max Lucado

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DDeeuuss nnooss aammaa ddeemmaaiiss ppaarraa ssaacciiaarr ttooddooss ooss nnoossssooss ccaapprriicchhooss.. Max Lucado

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LLOOUUVVAARREEII AAOO SSEENNHHOORR -- ""EEMM TTOODDOO OO TTEEMMPPOO"" Ronaldo Lidório

Enganoso é o nosso coração. Não é raro observar que, por vezes, mesmo tendo muito mais do que precisamos, permanecemos descontentes pelo que julgamos nos faltar. Outras vezes, mesmo tendo pouquíssimo, o pouco que temos se mostra suficiente para encher o coração de louvor e agradecimento a Deus. Isto nos leva a uma percepção bíblica de que o louvor a Deus não é definido pelas circunstâncias da existência, mas pela atitude do coração; e que nosso coração, essencialmente enganoso, é também ensinável, e deve aprender a louvar a Deus dentro de uma proposta bíblica radical — “todo o tempo”. O Salmo 34 é um convite ao louvor e à maturidade espiritual. Nele o salmista manifesta o compromisso de louvar ao Senhor em “todo o tempo”(v.1). Louvar ao Senhor ao receber o que tanto desejou, ou ao ser surpreendido por uma ótima notícia, é uma resposta natural dos sentidos, e não exige nada especial do nosso coração. A proposta bíblica, porém, é louvar a Deus em “todo o tempo”: no dia bom e também no dia mau; em plena saúde e nos dias de enfermidade; quando aplaudido ou criticado; ao receber uma resposta positiva do Senhor

ou quando ele nos fecha um caminho que intensamente desejávamos seguir. Louvar a Deus em “todo o tempo” implica reconhecer que todos os planos do Pai são planos de amor. Que todas as coisas, de fato, cooperam de alguma forma, que pouco compreendemos, para o bem dos que sinceramente amam a Deus, e isto nos basta. Louvar a Deus em “todo o tempo” implica também reconhecer que as circunstâncias da vida, mesmo as mais complexas e difíceis, possuem algum motivo de gratidão. Neste salmo não encontramos um cenário de perfeição que nos leva naturalmente ao louvor, mas um louvor que é proferido na realidade por uma vida que possui desafios constantes. Os versos 4, 5 e 6 nos falam sobre temores, angústias e prisões. O verso 8 nos leva, entretanto, ao reconhecimento de que, além das cores que pintam o presente cenário da existência, Deus é bom. Somos conduzidos não apenas a compreender a sua bondade, mas a experimentá-la: “provai e vede que o Senhor é bom!”. Deus não é apresentado como aquele que realiza atos de bondade, mas como aquele que é bom em sua essência. É da natureza de Deus ser bom. Alguns passam por angústias e tornam-se murmuradores. Outros passam por tragédias e reconhecem a bondade do Senhor. A diferença parece estar na atitude do coração. Em seu edificante livro O Discípulo Radical, John Stott nos apresenta oito características de um discípulo: inconformismo, semelhança com Cristo, maturidade, cuidado com a criação, simplicidade, equilíbrio, dependência e morte. Em todas elas ele destaca a atitude do coração, e a diferença entre o que meramente conhecemos e aquilo que abraçamos como valor e prática de vida. O louvor a Deus não é simples assunto de exposição ou tão somente artigo de fé. Ele deve ser praticado, e praticado “todo o tempo”. É certo também perceber que o louvor a Deus combate a ansiedade da alma. Depressões, ansiedades, fobias e temores são as enfermidades do século. Neste salmo vemos que, ao praticar o louvor, pacificamos nossos corações. No verso 1 ele nos fala sobre a alegria, no 2, sobre a libertação dos temores e, no 5, sobre a libertação das angústias. Louvar a Deus alegra o coração do Pai e também apazigua a nossa alma, uma vez que nos conduz a reconhecer que nossas vidas estão nas mãos daquele que, em todas as coisas, é bom. A declaração de louvor, lançada intencionalmente no futuro (“louvarei” ao Senhor), é sem dúvida uma afirmação de fé

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para caminharmos com Deus, pois não conhecemos o amanhã. Não sabemos o que nos aguarda, se a alegria inesperada ou a tragédia mais temida. Diante deste cenário de fluida incerteza o salmista faz um compromisso e o declara: “amanhã... eu o louvarei”. O que pode parecer uma incoerência perante a inconstância da vida é, na verdade, uma afirmação de conhecimento e confiança. Não conhecemos o amanhã, mas conhecemos o Deus que controla o amanhã. Não sabemos se alegrias ou tragédias virão, mas estamos certos que nenhuma tragédia é maior que a sua bondade. Não conseguimos desvendar os mistérios da vida, mas sabemos que os planos do Pai são planos de amor. Desta forma, louvar a Deus é certamente um exercício de fé que apazigua as ansiedades da alma e nos dá paz. No amanhã — que desconheço — eu o

louvarei. Em 1873 um navio francês, o Ville de Havre, seguia da costa leste americana para a Europa. Entre os passageiros encontravam-se a senhora Spafford — esposa de um cristão piedoso, jovem advogado de Chicago — e seus quatro filhos. Nesta viagem o navio sofre um acidente e vem a naufragar, morrendo quase todos os tripulantes. Dias de desespero se seguem com a ausência de notícias para as famílias dos desaparecidos em alto mar. Finalmente o senhor Spafford recebe um telegrama comunicando que sua esposa foi encontrada ainda com vida, mas estava só. A mensagem sobre a perda de seus quatro filhos lhe aflige a alma. Ele chora e lamenta. Depois senta-se e escreve a letra de um hino que se tornaria conhecido em todo o mundo: “It is well with my soul” (Está bem a minha alma), conhecido como “Sou feliz com Jesus”. Assim, ele diz:

Se paz a mais doce me deres gozar Se dor a mais forte sofrer Oh, seja o que for, tu me fazes saber Que feliz com Jesus sempre sou

O louvor a Deus não é definido pelos marcadores da nossa história, mas pela bondade do Senhor que vai além das linhas do horizonte do entendimento da vida. Louvar a Deus é reconhecer que a sua bondade será sempre maior do que qualquer acontecimento que possa se abater sobre nossos dias. É cantar a sua bondade nos dias de luz e alegria, e não deixar de fazê-lo nos dias de forte neblina e cores escuras. Sua bondade é maior que a vida. Um dia, em luz plena e eterna, cantaremos a sua bondade em “todo o tempo”. Não precisaremos de fatos da vida para fazê-lo. A sua presença nos bastará.

JJeessuuss éé eessppeecciiaalliissttaa eemm rreessttaauurraarr aa eessppeerraannççaa ddaa aallmmaa.. Max Lucado

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IIMMPPOORRTTAA OO QQUUEE OOSS OOUUTTRROOSS PPEENNSSAAMM DDEE MMIIMM?? Trillia J. Newbell

O medo do homem e o julgamento - O medo do homem quase sempre termina com o julgamento sobre os outros, porque nós começamos a supor que conhecemos as motivações, pensamentos, caráter e intenções da outra pessoa. Alguém esquece de respon-der um e-mail, então você presume que não é uma prioridade e que a pessoa é egoísta. Acontece que ela estava de férias. Você passa por alguém no corredor, e a pessoa não acena, então você deduz que ela não gosta de você ou é mal-educada. Acontece que a pessoa não a viu. Você convida alguém para fazer alguma coisa, e ela gentilmente recusa, então você presume que ela está decepcionada com você. Ocorre que ela apenas não quer participar ou está doente ou ocupada. Não importa, na verdade, o que a outra pessoa pensa ou faz, porém a nossa obsessão com a preocupação relacionada ao que as outras pessoas pensam sobre nós nos leva a julgar de maneira pecaminosa. O medo do homem e o auto-esquecimento - Os falsos pensamentos que nos levam a julgar os outros são uma forma de orgulho capaz de ser remediado somente pelo que Tim Keller chama de “a humildade que brota do evangelho”. Conforme ele explica em seu valioso livro Ego Transformado: A humildade do evangelho mata a necessidade que tenho de pensar em mim. Não preciso mais ligar as coisas à minha pessoa. Essa

humildade dá fim a pensamentos como: “Estou nesta sala com essas pessoas. Isso faz com que eu seja bem visto por elas? Estar aqui me faz bem?”. A humildade baseada no evangelho signi-fica que não relaciono mais cada experiência e cada conversa à minha pessoa. Na verdade, deixo de pensar em mim mesmo. É a liberdade que vem do auto-esquecimento.

É o descanso bendito que somente o auto-esquecimento nos oferece.

A preocupação com o que os outros pensam é orgulho. Talvez, você anseie ser respeitada. Talvez, você odeie a idéia de ser mal-entendida (Ah! Como penso nisso!). Seja o que for, trata-se de orgulho, e nós sabemos que Deus se opõe aos soberbos (Tg 4.6).

Todo cristão verdadeiro almeja a humildade que brota do evangelho. Nenhu-ma de nós deseja permane-cer onde está – queremos ser transformadas à semelhança de Cristo. Os cristãos não desejam desobedecer a Deus e entristecer o Espírito Santo. Além disso, não é divertido ser consumida por aquilo que você acha que a outra pessoa pensa. Keller compartilha o segredo para o doce esquecimento que encontramos no evangelho: Você já notou que é somente no evangelho de Jesus Cristo que o veredito é dado antes de desempenharmos nossas ações? [...] No cristianismo, o veredito leva ao desempenho. Não é o desempenho que leva ao

veredito. No cristianismo, no momento em que cremos, Deus afirma: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Vejamos também Romanos 8.1 que diz: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. No cristianismo, assim que cremos, Deus nos imputa as ações perfeitas de Cristo, seu desempenho, como se fossem nossas e nos adota como filhos. Ou seja, Deus pode nos dizer exatamente o que disse a Cristo: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo”.

O veredito do “muito bem” está dado, e, como resultado, você e eu damos início à corrida da fé, despo-jando-nos do julgamento e do medo do homem. Mesmo, lamentavelmente, fracas-sando no futuro, esforçamo-nos ainda assim. Afinal, o “muito bem” de Deus motiva e inspira uma vida consagrada para a sua glória.

Eu gostaria de poder dizer que a luta contra o medo do homem e contra a tentação de julgar as outras pessoas é fácil, mas não é. No entanto, podemos estar certas de que Deus realmente completará a boa obra que começou em nós (Fp 1.6). Trata-se de uma caminhada de fé, uma corrida em direção à linha de chegada, a qual nos fará passar da luta contra o pecado e contra a tentação para a glória. Um dia, nós estaremos com o nosso Salvador, adorando a ele por toda a eternidade. Nunca mais adoraremos o ídolo do homem.

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NNOOSSSSAA AAÇÇÃÃOO MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron

* Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,, PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDEE VVIISSÃÃOO,, MMIISSSSÃÃOO EE PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA

BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.