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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – FAESPI
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA
DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
TERESINA – PI
2017
1
FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA
DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Monografia apresentada a Faculdade de
Ensino Superior do Piauí – FAESPI como
requisito para obtenção do grau de Bacharel
em Psicologia. Orientadora: Profª. Me. Laís de Meneses
Carvalho Arilo.
TERESINA – PI
2017
2
FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA
DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Monografia apresentada a Faculdade de
Ensino Superior do Piauí – FAESPI como
requisito para obtenção do grau de Bacharel
em Psicologia.
Aprovada em: _____ / _____ / 2017.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________ Prof.ª Ma. Laís de Meneses Carvalho Arilo
Orientadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI
________________________________________________________
Prof.ª Me. Karolyna Pessoa Teixeira Carlos 1ª Examinadora
Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI
________________________________________________________ Prof.ª Esp. Ligia Damasceno Cronemberger Neiva
2ª Examinadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI
3
A Deus, que se mostrou criador, foi criativo.
Sеu fôlego devida еm nós nos foi sustento е
nos deu coragem para questionar realidades е
propor sempre um novo mundo de
possibilidades. À família, pela capacidade de
acreditarеm nós е coragem de investirеm mim.
Аоs nossos velhos amigos e aos amigos
conquistados nessa trajetória, pеlаs alegrias,
tristezas е dores compartilhadas. A todos
aqueles que de alguma forma estiveram е estão
próximos de nós, fazendo nossas vidas vale
cada vez mais а pena. A todos nossos
professores que convivemos no decorrer do
curso, que foram tão importantes na nossa vida
acadêmica е de forma indireta no
desenvolvimento deste trabalho.
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por renovar
a cada momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo dessa
jornada.
Aos meus pais: Fernando e Lucia pelo apoio.
Ao meu esposo: Domingos pela compreensão e o incentivo.
A minha filha Letícia pelas palavras de apoio e por compreender minha ausência nos
momentos de estudo.
A minha professora orientadora pelo apoio, disponibilidade de tempo e material,
sempre com uma simpatia contagiante, conhecimentos e experiência, pela paciência e
incentivo tornando possível assim a realização deste trabalho.
A Faculdade de Ensino Superior do Piauí - FAESPI, pelo ambiente acadêmico
criativo, amigável agradável que proporciona, cumprindo com êxito a sua missão, por
oferecer com extrema qualidade o curso de psicologia. Disponibilizando uma equipe
dedicada e qualificada nas áreas administrativas assim como os docentes.
Agradeço а todos os professores por proporcionarem о conhecimento nãо apenas
racional, mas а manifestação do caráter е afetividadeda e ducação no processo de formação
profissional, ensinando pelo exemplo que acredito que, amelhor maneira de educar, pоr tanto
quе se dedicaram а mim, naо somente pоr terem mе ensinado, más porterem mе feito
aprender. Aоs professores dedicados оs quais sеm nominar terão оs meus eternos
agradecimentos.
Aos professores que demonstraram disponibilidade em compor a banca examinadora,
pelo suporte no pouco tempo que lhes coube, pelas suas correções, sugestões е incentivo,
foram de crucial importância na elaboração desse trabalho.
Aos amigos...
Aos que direta ou indiretamente contribuíram.
5
“O intervalo de tempo entre a juventude e a
velhice é mais breve do que se imagina. Quem
não tem prazer de penetrar no mundo dos
idosos não é digno da sua juventude [...]”
(Augusto Cury)
6
RESUMO
A depressão em idosos é um dos principais problemas apresentados na sociedade moderna,
devido a vários fatores de risco que podem estar associados, tais como a perda de autonomia,
abandono, ansiedades, viuvez recente, dores crônicas. Adepressão não é uma doença
específica da pessoa idosa, ocorre em jovens, adultos e crianças, porém no idoso aparece com
maior frequência, e quando não tratada tende à cronicidade causando grande sofrimento
psíquico e uma piora na qualidade de vida do paciente. Buscar evidências científicas, e
analisar as principais características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada.
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Foram analisados estudos dos ultimos
cinco anos, onde os artigos selecionados foram publicados entre 2012 a 2017. Sendo quatro
artigos publicados em 2012, dois em 2013, dois em2014, dois em 2016 e um em 2017.
Totalizando os 11 artigos selecionados. Para melho rcompreensão organizou-se categorias
temáticas, a saber: Quadros depressivo em pessoas idosas que vivem em ILPI; suas
características, tais como humor deprimido, e a perda de prazer diante de atividades
rotineiras; impactos dos quadros depressivos no cotidiano de idosos residentes em ILPI; a
presença de quadros depressivos em idosos institucionalizados e os principais fatores que
favorecem o surgimento da depressão. O presente estudo permitiu analisar as principais
características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada, bem como
identificar as principais conseqüências da depressão em idosos residentes de instituições de
longa permanência, pode-se definir também, os principais fatores que desencadeiam quadros
depressivos em idosos institucionalizados, bem como verificar a relação entre abandono
familiar e depressão em idosos institucionalizados. Os resultados de depressao em idosos
institucionalizados mostraram que em todos os estudos encontrados e analisados mostravam a
presença de depressao nesses idosos, esse estudo trouxe também resultados com relação a
idosos que viviam no contexto familiar, pois esse contato familiar atuava como fator de
proteção reduzindo as taxas de depressao nesses sujeitos, percebeu se também que apesar da
visão negativa que se tem a respeito das Instituições de Longa Permanecia-ILPI’s, em alguns
casos a institucionalização vem como beneficio para aqueles idosos que não possui de um
cuidador ou até mesmo possui um familiar, porém vivem em situação de maus tratos tendo
seus direitos violados, justificando assim a relevância dessa pesquisa e considerando esse
estudo de suma importância para pesquisas futuras. Palavras-chave: Depressão. Família. Idoso institucionalizado.
7
ABSTRACT
Depression in the elderly is one of the main problems presented in modern society, due to
several factors such as loss of autonomy, abandonment, anxieties, recent widowhood, chronic
pain are some of the factors that increase the risk of depressive symptoms. Depression is not a
specific disease of the elderly, occurs in young people, adults and children, but in the elderly
appear more frequently, and when untreated tend to chronicity causing great psychological
suffering and worsening of the quality of life of the patient. To search for scientific evidence,
and to analyze the main characteristics of depressive disorders in the institutionalized elderly
person. To identify in the literature the main consequences of depression in elderly residents
of long-term institutions. Define the main factors that trigger depressive disorders in
institutionalized elderly. To verify the relation between family abandonment and depression in
institutionalized elderly. It is a bibliographical research, where it was used the method based
on evidences. When analyzing the studies found, the temporal cut was performed for twelve
years, where the selected articles were published between 2012 and 2017, four in 2012, two in
in 2013, two in 2014, two in 2016 and one in 2017. Totaling the 11 selected articles. All the
analyzed studies have exploratory method with quantitative approach. For better
understanding, thematic categories were organized, namely: Depressive pictures in elderly
people living with ILPI and some of their characteristics. Impacts of depressive disorders in
the daily life of elderly people living in ILPI. The presence of depressive symptoms in
institutionalized elderly people, and the main factors that trigger them. The binomial elderly /
family, and the relationship between family abandonment and depression. The present study
made it possible to analyze the main characteristics of depressive disorders in the
institutionalized elderly person, as well as to identify the main consequences of depression in
elderly people living in long-term care facilities. It is also possible to define the main factors
that trigger depressive disorders in the institutionalized elderly; it was also possible to verify
the relationship between family abandonment and depression in institutionalized elderly. This
research is of great relevance to the entire scientific community, since it allows students,
professionals and researchers in general to extract information with high level of reliability of
the results in a fast and practical way,It also invites all psychologists and other professionals
working in the context of mental health to open new research in this area, which is of great
importance, since the scientific production by the same in this area of knowledge is still timid.
Keywords: Depression. Family. institutionalized elderly.
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABVD Atividades Básicas de Vida Diária
AIVD Atividades Instrumentais da Vida Diária
BVS Biblioteca Virtual em Saude
DSM Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
IBGE Instituto Brasileiro de Geografiae Estatísticas
ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos
LILACS Literatura Latino Americano e do caribe em Ciencia da Saude
OMS Organização Mundial de Saúde
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio
PNI Política Nacional do Idoso
PSH Programa de saúde do homem
PEPSIC Periodicos eletrônicos em Psicologia
SCIELO Scientific Eletronica Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 13
2.1 IDOSOS NO BRASIL .............................................................................................. 13
2.2 DEPRESSAO NO IDOSO ........................................................................................ 14
2.2.1 Idosos de instituições de longa permanência versus convívio familiar .............. 17
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 26
4.1.1 Quadros depressivos em idosos moradores de ILPI e suas características ....... 29
4.1.2 Impactos de quadros depressives no cotidiano de idosos de ILPI ...................... 35
4.1.3 Depressão em idosos residentes de ILPI ............................................................... 36
4.1.4 Relação entre o abandon familiar e a depressão .................................................. 39
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 43
10
1 INTRODUÇÃO
Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatisticas) a população tende a envelhecer cada vez mais e esse é um fenômeno mundial,
com o aumento da população idosa a velhice transforma-se em uma questão de saúde pública,
o que gera várias problemáticas e dentre elas encontra-se a depressão (BRASIL, 2012).
A depressão no idoso é um dos principais problemas apresentados na sociedade
moderna, devido a vários fatores de risco, tais como a perda de autonomia, abandono,
ansiedades, viuvez recente e dores crônicas. A depressão não é uma doença específica da
pessoa idosa, ocorre em jovens, adultos e crianças, porém no idoso aparece com maior
freqüência, e quando não tratada tende a se tornar crônica causando grande sofrimento
psíquico e uma piora na qualidade de vida do paciente (CHAIMOWICZ, 2013).
Conforme estudos de Souza et al.,(2015), esse aumento do envelhecimento da
sociedade é impactante nos âmbitos culturais, econômicos e políticos, passando aexigir
atenção da população e necessitando de estudos por parte da comunidade científica a fim de se
estimular estratégias de envelhecimento saudável. Deve-se atentar que envelhecimento não é
sinônimo de adoecimento, no entanto torna-se evidente o aumento de doenças entre idosos.
As instituições de longa permanência para idosos (ILPI) são domicílios coletivos para
pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, tem caráter residencial e abrigam idosos com
ou sem o suporte da família. É importante ressaltar que essas instituições mesmo nãotendo
caráter de serviço de saúde, realizam essa demanda em função de grandes dependências dos
idosos residentes de abrigos. Muitas vezes, a ILPIs constitui-se na única alternativa viável para
preservar mecanismos de sobrevivência diante de dificuldades sócio-econômicas, afetivas e
familiares vivenciadas no processo de envelhecer (SALCHER, 2015).
Hartmann destaca que:
A transição de idosos do seio familiar paraas instituições de longa permanência para
idosos (ILPI) traz impactos abrangentes na psique destes indivíduos, pela radical
mudança a que são submetidos, alterando todo o contexto sócio cultural que já
estavam habituados. Portanto tais mudanças engatilham nos idosos sentimentos de
abandono pelos filhos, de perda de liberdade, de autonomia, de identidade, de
isolamento e de inatividade física, especialmente quando as ILPI contemplam
exclusivamente a assistência social (HARTMANN, 2012, p.45).
Os idosos afastados do ambiente familiar e transferidos para um abrigo sofrem com
essa mudança, encontra-se em um novo lar, convivendo com novas pessoas a sentem a perda
de liberdade, da autonomia e o isolamento, o que repercute um grande desafio a ser
11
enfrentado, despertando sentimentos de abandono, inutilidade e desesperança (HARTMANN,
2012).
Os filhos ou responsáveis por pessoas idosas se encontram impotentes em relação ao
cuidado devido a esses indivíduos, muitas vezes motivados por questões sociais, como por
exemplo, suas obrigações particulares, à necessidade vital de trabalhar para o próprio
sustento, bem como para garantir o bem estar do parente idoso. Portanto devidos à
adversidade de tantos fatores sociais, esses em sua grande maioria, que determinam a
institucionalização de idosos por parte dos seus familiares. Os idosos muitas vezes tornam-se
um peso para sua família, pois perde sua independência, ficando sob os cuidados de algum
familiar, necessitando de cuidadose atenção que esse cuidador não dispõe, a família optam
pela institucionalização, os idosos são encaminhados por questão de sobrevivência, cujo
cuidado ficou impossível em casa (CORREA, 2012).
O estatuto do idoso, art. 3º dispõe:
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar
ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, a o esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária
(BRASIL, 2003).
Segundo o estatuto do idoso, os direitos da pessoa idosa vêm sendo atribuídos às
famílias, comunidade e sociedade, além do poder público. E é através desse estatuto que
buscou-se trazer algumas reflexões pertinentes a cerca dessa polêmica temática, que é de
grande interesse para a sociedade em geral, já que o processo de envelhecimento é fisiológico
e inevitável. Assim, procurou-se saber se os idosos que vivem em instituições de longa
permanência para idosos, apresentam quadros depressivos, em comparação a idosos que são
cuidados pela família e participam do ciclo de vida familiar.
A pesquisa teve como objetivo buscar produções científicas sobre o tema e analisar
as principais características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada. Acerca
dos objetivos específicos procurou-se ao longo desse estudo: identificar na literatura as
principais conseqüências da depressão em idosos residentes de instituições de longa
permanência; definir os principais fatores que desencadeiam quadros depressivos em idosos
institucionalizados e verificar a relação entre abandono familiar e depressão em idosos
institucionalizados.
O que impulsiona a realização desse trabalho é entender o processo de adoecimento
psíquico que a institucionalização de pessoas na terceira idade pode vir a ocasionar,
12
apresentando os motivos, causas e determinantes que favoreceu o fato, para que a sociedade,
estado e família pensem estratégias de cuidado e assistência a pessoas da terceira idade e para
que possam ajudara pessoa idosa aultrapassar os obstáculos comuns que surgem na terceira
idade, justificando assim a relevância desse estudo.
A inclusão de idosos em instituições de longa permanência tem sido tema de muitas
outras pesquisas e os resultados têm apontado a existência de muitos estigmas e estereótipos
sobre o processo do envelhecimento. Esse fato vem gerando muita preocupação no meio
científico, uma vez que esses idosos,assim como as demais,precisam ser considerados e
valorizados. E pela necessidade de analisar quais as principais causas de depressão e os
impactos apresentado pelo idoso como rompimento dos vínculos familiares, e assim como
compreenderem que momento e por quais razões esse dá a quebra de tais vínculos. As
respostas a essas questões propiciarão informações que consideramos importantes para a
prática da psicologia, especialmente direcionadas para idosos institucionalizados que
apresentam quadros depressivos, ocasionados pela quebra de vínculo familiar.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. IDOSOS NO BRASIL.
Analisando apopulação brasileira por faixa etária, observa-se que a população idosa
vem crescendo constantemente nos últimos anos (IBGE, 2010).
Em uma visão panorâmica, utilizando dados históricos, a população idosa no Brasil
cresceu consideravelmente. Segundo o IBGE, (2010) antes de 2010, a taxa de pessoas idosas
as sempre esteve abaixo dos 10% da população, o que se assemelhava aos índices registrados
em países subdesenvolvidos. Ainda com base no mesmo documento, em 2015 a população
brasileira era composta por um total de 204, 9 milhões de pessoas, com uma taxa de
crescimento variando em torno de 1% entre 2005 e 2015. Nesse mesmo período, quando
inserindo a população idosa,observam-se um crescimento variante de 9,8% para 14, 3% da
população.
Os dados mostram que a população brasileira está envelhecendo, e a tendência é a
continuação deste fenômeno. Segundo as projeções oficiais, em 2025 a estimativa é que o
Brasil tenha aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade,
alcançando a sexta colocação no ranking mundial de países mais longevos (BRASIL, 2016).
Paralelo a este crescimento da população brasileira com 60 anos ou mais, surgem os
desafios para o incremento de políticas públicas que visem atender a esta faixa etária. A
maioria desta não está inserida na população economicamente ativa. Nisso surgem questões
relacionadas à dependência dos idosos, quando se comparado à outra faixa etária (BRASIL,
2016).
Com o envelhecimento da população se torna necessários investimentos na promoção
da autonomia e da vida saudável dos idosos, assim como prover planejamento, para uma
atenção adequada às suas necessidades. Envelhecer não significa estar ou ser doente, mas
significa que cuidados diferenciados devem ser oferecidos a essa população. Pois chegar à
velhice remete às mudanças, que podem ser isoladas ou não, dependendo de cada invididuo
(MINAYO, 2012).
Com base no IBGE, entende-se por pessoas dependentes à razão entre as pessoas
economicamente dependentes jovens e idosas e aquelas potencialmente ativas. Nisso,
identificou que no Brasil, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicilio) 2015, a razão de dependência de jovens diminuiu significativamente, passando de
41,7 jovens por 100,0 pessoas sem idade potencialmente ativa, em 2005, para 32,5 em 2015,
os jovens passaram a ser mais independentes, enquanto a razão de dependência dos idosos
14
aumentou de 15, 5 para 22,2 no mesmo período o que mostra a perda de autonomia com o
aumento da idade (BRASIL, 2016).
Toda essa alteração no aumento da idade da população tem se apresentado como um
grande desafio para as políticas públicas. As mudanças vao se alargando numa média de 2,5%
de crescimento anual, o que gera preocupações para o sistema de saúde, porque mesmo sem
ter solucionado os problemas sanitários relativos à infância, à adolescência e aos
trabalhadores, terão de se equipar para dar respostas eficientes relativas à prevenção de
enfermidades e à atenção aos idosos. Além disso, as famílias também estão se adequando a
essa nova realidade.
Silva, Araújo e Cardoso (2017), afirmam que a própria sociedade atribui
características negativas ao idoso, como sendo o um sujeito incapaz, que vive doente, pessoas
solitárias, e ainda os enxergam como alguém que perdeu a independência em todos os
âmbitos. Essa visão estereotipada contribui para o crescimento da visão negativa que se tem
do envelhecimento.
Para Prevelato (2015) envelhecer é:
{...} um martírio e um exílio social forçado causando temor às pessoas que
envelhecem. Esse “suposto martírio” é percebido aos primeiros sinais da passagem
do tempo e é importante compreender o envelhecimento como um processo que
ocorre naturalmente com os indivíduos ao longo de suas vidas, e que não é um
fenômeno que ocorre rápida e isoladamente (PREVELATO, 2015, p. 20).
2.2 DEPRESSÃO NO IDOSO
Entende-se por depressão um conjunto de distúrbios, provocado por vários fatores na
área afetiva ou do humor, exercendo forte impacto funcional e aspectos de ordem biológica,
psicológica e social, tendo como principais sintomas o humor deprimido e a perda de interesse
ou prazer diante de atividades rotineiras, aumentando a vulnerabilidade e o agravamento de
quadros patológicos da depressão (NOBREGA et al., 2012).
A depressão é conhecida pela presença de sintomas tais como, apatia, irritabilidade,
perda de interesse, tristeza, atraso motor ou agitação, idéias agressivas, fadiga, insonia,
anorexia. Seu diagnóstico requer um bom conhecimento teórico por parte do profissional.
Porém, suas origens, suas relações objetais e suas concepções ainda podem levantar
questionamentos e levar a interpretações equivocadas prejudicando um possível tratamento
(ESTEVES; GALVAN, 2006).
Além disso, segundo DSM -V, (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais) depressão pode ser conceituada como:
15
[...] presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações
somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento
do indivíduo. O que difere entre ele são os aspectos de duração, momento ou
etiologia presumida (DSM 5.2014, p. 155).
Sentir-se triste é uma resposta natural a eventos da vida, como o sofrimento frente
uma perda ou um desapontamento. O transtorno afetivo denominado depressão, é algo muito
mais grave e caracterizado pela falta de controle sobre o próprio estado emocional (GARCIA
et al., 2006).
Duarte (2011) afirma que:
Há uma prevalência de transtorno depressivo em jovens com idade entre20 e 40anos.
Acontece com maior freqüência em mulheres e em indivíduos com baixa renda e
menor grau de escolaridade, a pessoas viúvas, separadas, divorciadas do que em
solteiros e casados (DUARTE etal., 2011, p.129).
Segundo dados da OMS, (Organizaçao Mundial de Saúde) divulgados em relatório
no ano 2015, o número de pessoas acometidas por transtornos depressivos têm aumentado
progressivamente no mundo, afetando algo em torno de 322 milhões de pessoas, ao se fazer
uma comparação no período de 10 anos, iniciando-se em 2005 e terminando em 2015,
observou-se o aumento em de 18,4%%, chegando a ser identificada a presença de transtornos
depressivos em 4, 4% da população mundial. Nesses índices, o Brasil apresenta algo em torno
de 5,8% da população afetada por este problema, sendo colocado em 2º lugar no continente
americano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (BRASIL, 2016).
Quando colocando em destaque a população idosa, a depressão está relacionada a um
transtorno mental recorrente, que afeta os idosos em geral. Essa prevalência pode ser maior
em idosos de instituições de longa permanência, vindo a se diferenciar de tristeza por sua
persistência, podendo durar semanas, meses ou anos, interferindo diretamente na vida do
idoso. A depressão vem se destacando, tornando-se um problema de saúde pública gerando
gastos. Estima se que a depressão ficara em segundo lugar em países desenvolvidos, perdendo
apenas para as doenças cardíacas graves, até 2020 poderá atingir o primeiro lugar em países
em desenvolvimento. A incidência de depressão é maior em idosos de abrigos ou internados
com doenças agudas (SIQUEIRA et al ., 2009).
Depressão no idoso não pode ser ignorada, por apresentar-se como um distúrbio
crescente na sociedade, gerando conseqüências negativas em relação a aspectos funcionais e
biológica afeta a qualidade de vida, levando a perda de autonomia e o agravamento de quadros
patológico, consequentemente elevando riscos de morbidades e mortalidade nessa população,
16
muitas vezes não é diagnosticada, devido às diferenças acentuadas em relação a sentimentos
melancólicos que são erroneamente visto como manifestações naturais do processo de
envelhecimento (TESTON, 2014).
Rodrigues (2012) afirma que sociedade tem um papel fundamental no
reconhecimento do idoso como um ser social.
[...] importante nessa fase e ser aceite pela sociedade assim como em qualquer fase,
mas aqui o mais importante é a pessoa aceita-seela própria com as mudanças se
alterações que sofre. A nível físico é sempre possível atrasar. Alterar algum aspecto,
mas a nível psicológico tem de estar tudo muito bem definido para que a pessoa
consiga viver em paz consigo própria (RODRIGUES, 2012, p. 38).
A depressao pode interferir nas atividades mais simples diárias do idoso, ocasionando
um dos principais problemas nessa fase, a perda de autonomia e o agravamento de quadros
patológicos (FRADE et al., 2015).
É importante observar a diferença entre tristeza e depressão, tristeza é um estado
fisiológico do ser humano com pouca duração, vários fatores podem desencadear sentimentos,
como perdas, desilusões, distúrbios dos mais variados e diversas formas, porém, vale ressaltar
que quando esses sintomas persistem e são acompanhados de apatia, indiferença,
desesperança, apresentam-se sinais claros de depressão, o que é comum no público idoso, por
muitas vezes, perderem a independência que tinham anteriormente (LIMA et al., 2016).
De acordo com Prevelato (2015) a discriminação internalizada leva os idosos a uma
atitude de negação das mudanças físicas que ocorrem nessa etapa da vida, são socialmente e
culturalmente construídos, os idosos não serão aceitos e acolhidos, tornando a velhice um
verdadeiro martírio sinônimo de sofrimento, dependência e solidao.
Segundo Whitaker (2010) o idoso:
{...} não podem mais contar com o apoio da extensa parentela que lhes garantia
apoio e bem-estar. Hoje, os idosos devem resolver a maior parte dos seus problemas
sozinhos, devem freqüentar grupos de terceira idade e ler livros de auto-ajuda, porque
a depressão é ameaça constante, face às doenças que os ameaçam durante o
envelhecimento (WHITAKER, 2010, p.183).
O processo de envelhecimento é considerado uma etapa do ciclo vital, na perspectiva
do desenvolvimento psicológico, que tem despertado interesse de pesquisadores, devido às
mudanças físicas, sociais e biológicas que ocorre nessa fase da vida, estudos apontam uma
preocupação por parte da sociedade, para que esse processo passe a ser visto como novas
possibilidades, para um processo saudável. Porém, pare que isso ocorra é necessário estimular
o idoso a práticas de independência e auto cuidado. Diante dessas transformações a família
17
deve se torna rum aliado junto ao idoso, proporcionando bem-estar e segurança, compreender
o comportamento do idoso favorece o bom desempenho dos cuidadores facilitando a
interação, diminuindo as possibilidades da inserçãodo idoso em ILPI (SILVA; COMIN;
SANTOS, 2013).
Lana (2014) afirma que o envelhecimento pode ser entendido:
{...} como um processo dinâmico e progressivo, em que há modificações
morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, com perdas progressivas da
capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, assim como maior
prevalência de processo patológico que demonstram maior incapacidade com as
inúmeras perdas, incluindo papel social, renda, posição social, independência e
estrutura anatômica (LANA. 2014, p.674).
2.2.1 Idosos de Instituiçoes de Longa Permanencia Versus Convivio Familiar
Os idosos são mais vulneráveis a transtorno mentais, o que justifica a relevância da
investigação das manifestações psicológicas nessa população, dessa forma planejarem
intervenções adequadas, promovendo saúde mental e qualidade de vida para o idoso
(RESENDE et al., 2011).
Para Tavares fragilidade no idoso é:
{...} uma síndrome medica com múltiplas causas e fatores contribuintes
caracterizada pela diminuição da forca, Resistência e funções fisiológicas reduzidas
que aumentam a vulnerabilidade de um individuo para o desenvolvimento de
dependência funcional ou morrer (TAVARES, 2014, p. 348).
Há um declínio geral na capacidade do indivíduo, aumentando o risco de contrair
doenças, devido à redução das funções fisiológicas, o que pode resultar no falecimento. Os
idosos muitas vezes não conseguem adaptar se a novas situações, provocando um sentimento
de incapacidade e insegurança, deixando de acreditar em seus planos, mergulhando em uma
depressão profunda, o que lhes causa medo e vontade de não viver (RODRIGUES, 2012).
Idosos moradores de ILPI são limitados ao desenvolvimento de suas atividades
básicas de vida diária (ABVD) tais como vestir-se, limpa a casa, banhar sozinho, alem de
oyras atividades instrumentais de vida diária (AIVD), ou seja, tomar o próprio medicamento,
tomar decisões, administrar seu dinheiro favorecendo o compromentimento do estado
funcional do idoso (SOARES; COELHO; CARVALHO, 2012).
Os idosos excluídos da interação familiar ficam mais expostos a conflitos que podem
levar a depressao, causando impactos negativos, tais como ansiedade, baixa auto-estima,
18
tristeza, solidão e outros agravos psiquiátricos considerados comuns na velhice, contribuindo
para o seu isolamento e insatisfação com as relações sociais (RABELO, 2015).
Os idosos passam por transformações importantes durante o envelhecimento, essas
transformações ocorrem também dentro das famílias, há um realinhamento de papeis,
acompanhada de dificuldades de adaptação para ambas as partes, por um lado o idoso não
consegue aceitar a perda de independência, por outro as famílias na maioria das vezes não
estão preparadas para fazer o papel de cuidado. Além da questão familiar, existe um agravante
que engloba a morte das pessoas que o idoso convivia. Isso faz com que ele vá percebendo
que a sua hora está chegando, principalmente com o aparecimento das doenças crônicas. “É
uma série de sentimentos que começam a aparecer tornando essa fase mais complicada
(HORTA; FERREIRA; ZHAO, 2010)”.
Os idosos têm vivido uma espécie de discriminação social e por conta dessa visão
eles acabam sendo excluídos do ambiente em que ocorrem as trocas de relações interpessoais.
A destacar o período de adesão da aposentadoria onde ocorre o afastamento da atividade
ostornando ociosos e consequentemente os afastando dos grupos sociais (SILVA; ARAÚJO;
CARDOSO, 2017).
A compreensão do envelhecimento na atualidade traz reflexões sobre as categorias
identitárias e os termos utilizados para descrever o processo. A partir desse ponto, que a
terceira idade é compreendida como uma faixa etária que vem modificandoos discursos
políticos, práticas sociais e interesses econômicos (SILVA, 2008).
As familias sentem dificudade no cuidado com idoso, pois desenvolver o papel de
cuidador não e tarefa fácil, requer cuidados, atenção e disposição de tempo, diante das
dificuldades sócias econômicas enfrentadas pela maioria da população brasileira, as ILPI
torna se uma saída encontrada por muitas famílias. O idoso ao ser institucionalizado
geralmente sentem se desmotivados sem expectativas, porém ainda resta lhe esperanças de
voltar ao convívio familiar, diante de um novo lar, atravessa a fase de adaptação, aprender a
conviver com pessoas diferentes e a privação do convívio social, sendo obrigado a aceitar a
institucionalização, mergulhando numa espécie de isolamento que limita e prejudica o
convívio, e as relações sociais (MARIN et al, 2012).
A Família tem um papel fundamental na vida do idoso e pode ser compreendida
como, um conjunto de pessoas que residem no mesmo domicilio ou não, ligadas por laços de
parentesco, afetividade, reprodução, dependências domesticas que compartilham as mesmas
normas de convivências interagindo entre si, a família e a base na formação do caráter do
individuo dentro de um processo histórico,constituindo um local de apoio para seus
19
membros,formadora de pessoas emocionalmente estáveis ,felizes e equilibradas,constituindo
um espaço de proteção social (SOUSA et al., 2015).
A família constitui-se, como um suporte fundamental vida do idoso, possibilitando
vinculo, atenção direta e auxílio para possíveis problemas graves de saúde que podem
ocasionar a perda de autonomia dessa pessoa (ARAUJO et alt., 2012).
O processo de envelhecimento e sua vivência constituem uma experiência particular
a cada indivíduo, pois, são varias as circunstâncias vivenciadas de diferentes formas pelas
pessoas idosas, tais como as perdas cognitivas, físicas e mentais e as mudanças na
personalidade, na vida social e produtiva, que afetam de algum modo a autonomia e a
independência para o viver diário e a qualidade de vida esses eventos sao negativos e
estressantes, que levam à baixa qualidade de vida, tanto para quem vivencia essa condição
como para aqueles que convivem com o idoso.
À medida que envelhecemos o organismo tende a reduzir suas capacidades
funcionais e aptidões. Por exemplo, as alterações que ocorrem nos domínios biopsicossociais
e que acabam comprometendo a qualidade de vida das pessoas idosas (SILVA; ARAÚJO;
CARDOSO, 2017).
Essa visão sobre o declínio da funcionalidade é defendida por Cancela (2007) quando
ele diz que o envelhecimento depende do estilo de vida que a pessoa assume na infância, na
adolescência. O organismo envelhece como um todo, sendo que órgão, células e tecidos vão
envelhecendo em diferentes momentos.
Assim como qualquer outra etapa da vida e por se tratar de um processo individual,
universal e irreversível, o envelhecimento é marcado por mudanças biopsicossociais que se
manifestam em momentos distintos na vida. Porém essa etapa não pode ser encarada como
uma perda. O estilo de vida que a pessoa leva durante as etapas anteriores, tem influência
marcante nesse processo de envelhecimento assim como os fatores genéticos e hereditários
(PELEGRINO, 2009).
O envelhecimento pode ser dividido em três etapas: o envelhecimento primário refere
se como um processo gradual e inevitável de deterioração do corpo. Envelhecimento
secundário que se refere às consequências de doenças está ligado ao estilo de vida da pessoa.
E a terceira é a idade funcional que diz que, é a capacidade de uma pessoa funcionar
efetivamente em seu espaço físico e social, isso comparando com outras pessoas da mesma
idade cronológica. O declínio da saúde mental nos idosos não é tão comum, porém quando
ocorrem os problemas mentais e comportamentais podem ser severos (PAPALIA; OLDS;
FELDMAN, 2006).
20
A caracterização de “velho” é dada ao indivíduo, quando este começa a apresentar
alguns traços como lapsos de memória, dificuldade de aprendizagem, falhas de atenção,
orientação e concentração, além da capacidade cognitiva que o individuo possuía
anteriormente, porem isso se trata de um processo normal que ocorre ao logo do
envelhecimento, pois durante esse processo o indivíduo começa a passar por uma lentificação
das capacidades cognitivas (SCHNEIDER; IRIGRAY, 2008).
Segundo os mesmo autores isso se trata de um processo normal que ocorre ao logo
do envelhecimento, pois durante esse processo o indivíduo começa a passar por dificuldades
de capacidades cognitivas. Porém eles ressaltam que isso podem ser compensados através do
ganho de sabedoria e experiência. Esse processo leva o indivíduo a uma menor
disponibilidade para colocar em prática medidas essenciais para a manutenção dos afazeres
diario.
Schneider e Irigaray (2008) defendem que:
Os idosos podem apresentar uma imensa capacidade de se adaptar a novas situações
e de pensar estratégias que sirvam como fatores protetores. O conceito de resiliência,
que pode ser definido como a capacidade de recuperação e manutenção do
comportamento adaptativo mesmo quando ameaçado por um evento estressante, e o
de plasticidade, caracteriza do como o potencial para mudança, são vividos pelos
idosos e constituem fatores indispensáveis para um envelhecimento bem-sucedido
(SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008, p. 592).
Uma das alternativas encontrada por algumas famílias diante das dificuldades para
cuidar integralmente desse idoso, são as ILPIs. Nem sempre a institucionalização é uma
decisão que parte da família e que também não é fácil para os familiares aceitar a decisão
tomada pelo idoso, fatores como a existência de familiares e a qualidade dessa relação irão
influenciar bastante, bem como o grau de autonomia do idoso (SCHARTSTEIN;
CAMARANO, 2010).
A história dessas instituições de longa permanência recai sobre a ideia de asilos que
faziam obras de caridade abrigando pessoas carentes financeiramente e que não tinham para
onde ir, O primeiro asilo foi construído no ano de 1890 no Rio de Janeiro, denominado como
Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada, era uma instituição filantrópica, porém em 1909,
foi divide por alas e destinando uma parte para pessoas que pagavam mensalmente, hoje, com
o nome de Casa São Luiz, atende a classe mais favorecida (CAMARANO; KANSO, 2010).
A institucionalização de idosos é um assunto delicado, pois ainda nao se tem um
consenso sobre sua aceitação. Os asilos, atualmente chamados de Instituições de Longa
Permanência, representam uma alternativa para um perfil específico de idosos há uma grande
21
procura por vagas, não só por parte dos idosos com alta dependência, mas também por
idosos jovens entre 60 e 65 anos, independentes, que foram excluidos do mercado de trabalho
e da proteção familiar, devido às transformações sócio economicas, no qual o idoso e tido
como invalido,pois não conseque mais produzir e se manter no trabalho ( PESTANA, 2008).
Enquanto alguns idosos são retirados bruscamente do seio familiar e colocados em
instituições acolhedoras, existe outra parte de idosos, que mesmo morando com seus
familiares sentem se solitários, falta afeto, atenção, conforto e até mesmo de auxilio com suas
necessidades básicas, as ILPI surgi como uma saída (FORTUNATO, 2011).
O idoso institucionalizado transforma-se em uma pessoa isolada, ociosa e
acomodada, perdendo por inércia as aptidões físicas e sociais, com isso se fecha em um
círculo vicioso socialmente isolado, sente-se frágil, fraco, inoperante, podendo ser acometido
por diversos tipos de sofrimento psíquico, entre eles a depressão (HARTMANN et al., 2012).
Quando esses idosos percebem que foram abandonados pela família, perderam a
convivência com a sociedade e os amigos não vêm visitar, geralmente apresentam os sintomas
de depressao, A solidão provoca um sentimento de vazio interior aliado ao situaçao que se
encontra, tais como o isolamento social, o abandono ou mesmo um luto, a incapacidade fisica
e outras comorbidades favorece o surgimento da depressão, alem desses fatores advindos da
velhice, a internaçao pode surgir como um fator estressante e desencadeador da depressão.
Esses idosos que reside em instituições correm maiores riscos de apresentarem quadros
depressivos, principalmente no início da internação. As ILPI surgem como alternativas para as
famílias que não dispõe de cuidadores para auxiliar o idoso na família, dessa forma recorrem
aos cuidados fora do âmbito familiar nas ILPI (NEU, 2012).
O contexto institucional também favorece ao idoso vivenciar perdas em vários
aspectos da vida, aumentando a vulnerabilidade a quadros depressivos que podem desencadear
desordens psiquiátricas, perda da autonomia e agravamento de quadros patológicos
preexistentes (CARREIRA et al., 2011).
Costa (2015) pontua que:
Em algumas ocasiões, o idoso, “quando debilitado ou sob outras situações (sem
condições de prover a família com os custos financeiros de sua permanência no lar,
por exemplo) acaba sendo considerado um peso” para a família que tem que se
revezar para atender as necessidades deste, ou mesmo encontrar outras formas de
prover suas necessidades, ou ainda o abandona em ILPIs (COSTA, 2015, p.4).
A velhice é uma fase em que o idoso necessita de maior cuidado, muitas vezes já não
existem condições de ajudar nos custos financeiro tornando se improdutivo, gerando um peso
22
familiar que os levam ao rompimento dos vínculos familiares, e como alternativos os
abandona em instituições de longa permanência (COSTA, 2015).
Mesmo que as pessoas da familia não disponibilizem de tempo ou de boa vontade
para cuidar do idoso, o ideal seria que o mesmo permanecesse no seu seio familiar, apesar de
muitas vezes, nao oferecer um tratamento necessario para o idoso, ainda é o ambiente
saudável para a preservação dos vínculos afetivos, transmitindo aos seus descendentes
valores, respeito e união a quem um dia também se dedicou a eles ( CARMO et al, 2012).
É indiscutível que a família seja importante para o idoso, porem algumas delas
terminam por “abandoná-los” em instutuiçoes acolhedoras, sintomas depressivos são mais
frequentes em idosos, porém a depressão é mais comum em subgrupos específicos, como os
idosos internados em ILPI (SILVA et al., 2006).
A maior dificuldade dos idosos é conseguir admitir para si próprios que o tempo
passou e que terá que se adaptar a um novo lar associada e essa fase de vida, porém, isto não
deve ser visto como algo ruim e negativo. É importante que os idosos busquem desenvolver
estratégias para enfrentar as mudanças inevitáveis, adquirindo habilidades para lidar os
desafios e dificuldades decorrentes deste período. Para isso é preciso ser resiliênte, ter
adquirido hábitos saudáveis e positivos (SILVA; ARAÚJO; CARDOSO, 2017).
Depressão em idosos é marcada por um quadro de irregularidades das emoções e
sentimentos, para diagnosticar é preciso olhar o sujeito como um todo, com suas
potencialidades e particularidade, idosos depressivos precisam ser vistos de uma forma ampla
e integrada, desconstruindo estigmas direcionados a velhice, e assim, contribuir para cuidados
adequados à realidade do idoso (HARTMANN, 2012).
As instituiçoes asilares caracteriza se como um ambiente de solidão, mesmo
abrigando varias pessoas, a solidão que não significa estar sozinho numa ocasião, solitário
com seus problemas cotidianos, impedindo o convivio social, tira a libertade e o direito de ir e
vi, seria uma solidão múltipla, nesse sentido, os idosos estão isolados do convivio familiar e
da sociedade (MAIA, 2008).
Segundo Souza (2011) a prevalência de depressão é maior em:
“Idosos institucionalizados em relação à queles que não vivem em instituições. A
prevalência de cerca de 1% a10% de depressão na população idosa (acima de 60
anos) pode chegar até 25% a 80% nos idosos institucionalizados” (SOUZA;
PAULUCCI, 2011, p.41).
A insatisfação do idoso se explica, em parte, pelo fato do idoso ser obrigado a
conviver com desconhecidos, ter que seguir uma rotina de horários, nao tem o poder de
23
escolha e o sentimento de ser apenas mais um abandonado dentro de uma instituição, o que
podem levar ao aumento da incidência de depressão. Dessa forma faz-se necessário
conhecimento teorico para idenfificarr os sintomas de depressão em idosos, compreender que
as pessoas não vivenciam a depressão da mesma forma e que o cuidado deve ser direcionados
para atender a singularidade de cada indivíduo (ELISA, 2012).
24
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa e classifica como bibliográfica, tendo em vista que se utilizou de
informações publicadas em periódicos para se averiguar a situação pertinente do problema.
Segundo Neves (2013) pesquisa bibliográfica é:
O levantamento de um determinado tema, processado em bases de dados nacionais e
internacionais que contêm artigos de revistas, livros, teses e outros documentos.
Como resultado obtém-se uma lista com as referências e resumos dos documentos
que foram localizados nas bases de dados (NEVES, 2013.p. 2).
Partindo da perspectiva que a depressão no idoso envolve modificação psicológica e
funcional no organismo, diminuindo a vitalidade, favorecendo o surgimento de doenças
relacionadas a essa etapa da vida, com o objetivo de compreender a depressão nos idosos
institucionalizados.
Do ponto de vista da abordagem do problema, esta pesquisa é caracterizada como
qualitativa.
“A pesquisa qualitativa pressupõe que o pesquisador fará uma abordagem empírica
de seu objeto. Para tal, ele parte de um marco teórico-metodológico pré estabelecido,
para em seguida preparar seus instrumentos coleta de dados, que se bem elaborados e
bem aplicados fornecerão uma riqueza ímpar ao pesquisador. De posse desses dados,
resta analisá-los apartir de suas categorias analíticas, e assim proceder a
umadiscussão dos resultados de sua pesquisa” (GUERRA, 2014, p.15).
No que diz respeito à interpretação dos dados, trata-se de uma pesquisa descritiva,
pois vis aà descrição das causas ou dos fatores que levam os idosos institucionalizados a
desenvolverem quadros depressivos identificados na literatura analisada, sendo também
explicativa, ou seja, o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois
tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos (OLIVEIRA, 2011).
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que deve
proporcionar respostas aos problemas propostos, sendo que esta é desenvolvida medianteos
conhecimentos disponíveis e o uso cuidadoso de métodos, técnicas, e outros procedimentos
científicos desenvolvidos ao longo de um processo de inúmeras fases, desde a formulação do
problema até a apresentação dos resultados. A pesquisa bibliográfica é elaborada baseada em
materiais que já foram publicados, sendo utilizados materiais impressos ou contidos em
diversificados outros tipos de fontes como em bancos de dados ou internet (GIL, 2010).
A revisão de literatura é descrita como a busca de informações sobre um tema ou
tópico que resuma a situação dos conhecimentos sobre um problema de pesquisa. O principal
25
objetivo da revisão de literatura é fornecer uma síntese dos resultados de pesquisa, para
auxiliar o profissional a tomar decisões. Neste tipo de estudo são abordados os tópicos
relevantes sobre o tema, de forma a proporcionar ao leitor uma compreensão do que existe
publicado sobre o assunto. Assim a revisão tem uma função integradora e facilita o acúmulo
de conhecimento (POLIT; HUNGLER, 1995).
Para busca dos artigos que foram revisados, realizou-se buscas através da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Periódicos Eletrônicos em
Psicologia (PePSIC ), no período de 29/09/2017 a 31/11/2017. A escolha por utilizar essas
fontes se deu pela legitimidade e credibilidade que essas bases possuem, bem como de todo
material nela encontrado, e foram utilizados como descritores: Depressão, família, idoso
institucionalizado.
Foram utilizados como critérios de inclusão, os artigos publicados em português,
disponíveis online nos bancos de dados escolhidos, que abordaram a temática do estudo,
estudos do tipo exploratórios, produções dos últimos 5 anos, entre os anos de 2012 e 2017, e
como critério de exclusão, os artigos que não estão publicados em português, que não estão
disponíveis online nos bancos de dados escolhidos, que não abordavam a temática do estudo,
que não sejam estudos do tipo exploratórios.
Após a leitura e análise dos artigos selecionados, os resultados foram disponibilizados
através de tabela contemplando: Autor/título, periódico/ano de publicação/base de dados,
objetivos e tipo de estudo. Realizando em seguida uma breve discussão dos resultados. Para
melhor compreensão dos resultados, os estudos foram agrupados, analisados e correlacionados
por meio de categorias temática, discutidas de acordo com os resultados dos artigos
selecionados para o estudo.
Segundo Minayo (2010), a análise temática compreende três etapas: pré-análise,
exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Aexploração do
material pressupõe aplicar o que foi definido na pré-análise, sendo essa a mais demorada das
três etapas, pois talvez haja necessidade de repetir várias vezes a leitura do material. A análise
de conteúdo ocorreu no sentido de apreender os eixos temáticos e categorias emergentes e
significativas, que foram agrupadas, organizadas, classificadas e fundamentadas à luz do
universo teórico, pertinente à temática, respondendo o problema da pesquisa e aos objetivos
proposto.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização das buscas, foram encontrados 260 artigos, no entanto, após
exclusão de artigos repetidos e aqueles que nao atendiam os critérios de inclusão referentes à
pesquisa, embora tenham sido encontrados 12 puplicaçoes no SCIELO, nenhum artigo
contemplou os critérios de inclusão na pesquisa sendo descartados todos os artigos, ao final da
busca, apenas 11 artigos contemplaram os critérios de inclusão na pesquisa, apresentados na
tabela 1, de acordo com a base na qual estavam disponibilizados.
Tabela 1. Distribuiçao de artigos nas bases de dados.
45
Após a leitura minuciosa dos artigos selecionados, os resultados foram organizados
em categorias temáticas, que serão apresentados no quadro a seguir.
Quadro1-Distribuição dos artigos selecionados de acordo com autor/título, periódico/ano
de publicação/objetivos e tipo de estudo. Teresina, 2017.
Nº AUTOR/ TÍTULO PERIODICO/ANO/B
ASE DE DADOS
OBJETIVOS TIPO DE
ESTUDO
1 SOARES, E.
COELHO, M.de O.
CARVALHO, S. M.
R. de./ Capacidade
Rev. Kairós
Gerontol./
2012/BVS
Verificar a existência de
possíveis correlações
entre tais fatores e a
possível intervenção de
Metodologia
epidemiológica,
com abordagem
quantitativa e
Revisão sistemática
260 artigos
60 selecionados na
primeira etapa
LILACS
18 artigos
BVS
30 artigos
SCIELO
12
04 artigos
selecionados
Nenhum artigo
selecionado
07 artigos
selecionados
27
funcional, declínio
cognitivo e depressão
em idosos
Institucionalizados:
Possibilidade de
relações e correlações.
outras variáveis, tais
como idade e
escolarização no
ambiente de uma ILPI.
qualitativa.
2 ROSSETTO. Maíra et
al.,/
Depressão em idosos
de uma
instituição de longa
permanência
Rev. Enferm. UFSM/
2012/ BVS
Determinar a
prevalência depressão
em idosos residentes em
uma ILPI no Rio
Grande do Sul através
da
Aplicação da Escala de
Depressão Geriátrica de
Yesavage em versão
reduzida
(EDG-15)
Estudo
descritivo,
transversal, de
abordagem
quantitativa.
3 SILVA ER, SOUSA
ARP, FERREIRA LB,
PEIXOTO HM/
Prevalência e fatores
associados à depressao
entre idosos
institucionalizados:
subsidio ao cuidado de
enfermagem.
Rev. Esc
Enferm USP/
2012/BVS
Avaliar a prevalência de
sintomas de depressão
em idosos
institucionalizados e
verificar possíveis
fatores associados além
de verificar possíveis
fatores associados que
subsidiar a assistência
de enfermagem.
Delineamento
observacional,
com metodologia
seccional do tipo
corte transversal.
4 ALENCAR, Mariana
Asmar et al.,/Perfil
dos idosos residentes
em uma instituição
de longa permanência.
Rev. Bras.
Geriatr.
Gerontol.
2012/LILACS
Traçar o perfil clínico-
funcional de idosos de
uma instituição de longa
permanência para idosos
(ILPI).
Pesquisa
quantitativa, do
tipo exploratório
e descritivo.
5 MARTIN, Inacio;
PÓVOA, Vanessa
Oliveira/ Estudo piloto
para validação da
escala de qualidade de
vida para residentes de
instituições delonga
permanência para
idosos.
Estud. Interdiscipl.
envelhec.
2013/BVS
Realizar um estudo
piloto para validação da
escala de qualidade de
vida para residentes de
instituições de
Longa permanência
para idosos para o
Português.
Metodologia
epidemiológica,
com abordagem
quantitativa e
qualitativa.
6 MARTINS, E.
Constituição e
significação de família
para idosos
institucionalizados:
uma visão hitórico-
cultural do
envelhecimento.
Estudos e pesquisas
em psicologia.
Estud. em pesq. de
psicolo.
2013/ BVS
Compreender a
perspectiva histórico-
cultural, a significação
dada ao envelhecimento
e os sentidos atribuídos
à família em seu
processo de constituição
e manutenção.
Pesquisa
quantitativa, do
tipo exploratório
e descritivo.
7 TESTON E. F;
CARREIRA L;
MARCON S. S.
Rev. Bras Enferm.
2014/ BVS
Comparar os sintomas
de depressão entre
residentes em um
Estudo seccional,
de natureza
quantitativa.
28
Sintomas depressivos
em idosos:
comparação entre
residentes em
condomínio específico
para idoso e na
comunidade.
condomínio para
idosos e na
comunidade.
8 ROCHA, Josemara de
Paula; KLEIN, Otavio
José; PASQUALOTTI
Adriano/Qualidade
devida, depressão e
cognição a partir da
educação
gerontológica mediada
por uma rádio-poste
em instituições de
longa permanência
para idosos.
Rev. Bras. Geriatr.
Gerontol.
2014/LILAC
Identificar possíveis
mudanças na qualidade
de vida, cognição e
depressão de idosos
advindos de oficinas de
educação gerontológica
mediadas por uma rádio-
poste oferecidas em
instituições de longa
permanência para
idosos.
Pesquisa com
natureza de dados
qualitativa e
quantitativa, que
contemplou
variáveis
descritivas e de
associação.
9 HARTMANN, José
Antônio Spencer
Júnior; GOMES, iliane
cordeiro/ Depressão
em idosos
institucionalizado:
padrões
cognitivos e qualidade
de vida.
Ciências &Cognição
2016/BVS
Determinar o percentual
de depressão, os padrões
cognitivos e a qualidade
de vida de idosos
institucionalizados.
Estudo descritivo,
transversal,
observacional,
com comparação
de grupos.
10 VERÇOSAVSL;
CAVALCANTISL,
FREITASDA./
Prevalência de
sintomatologia
depressiva em idosos
institucionalizados.
Rev. Enferm.
UFPE online.
2016/BVS
Identificar a presença de
sintomatologia
depressiva em idosos
que vivem em
instituições de longa
permanência.
Estudo descritivo,
transversal, de
caráter
quantitativo.
11 GÜTHS, Jucélia
Fátima da Silva et
al.,/Perfil sócio
demográfico, aspectos
familiares, percepção
de saúde capacidade
funcional e depressao
em dosos
institucionalizados no
Litoral Norte do Rio
Grande do Sul,Brasil.
Rev. Bras. Geriatr.
Gerontol.
2017/LILACS
Conhecer o perfil sócio
demográfico e aspectos
familiares dos idosos
institucionalizados na
região do litoral norte
gaúcho brasileiro, bem
como a percepção de
saúde referida
limitações funcionais e
depressao.
Estudo descritivo
Quantitativo
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS)
Ao analisar os estudos encontrados, identificou-se que o recorte temporal realizado
foi de cinco anos, onde os artigos selecionados foram publicados entre 2012 a 2017. Sendo
quatro em 2012, dois em 2013, dois em 2014, dois em 2016 e um em 2017. Totalizando os 11
artigos selecionados.
29
Nos artigos analisados observou-se que a maioria das pesquisas realizadas utilizou
escalas pré-estabelecidas validadas para medir ou avaliar a susceptibilidade dos idosos
desenvolverem depressão, quanto à territorialização, a maioria dos estudos foram realizada em
estados do centro-sul e sul, a minoria realizados em estados do nordeste do Brasil, pois deve-
se levarem conta o contexto cultural, sócio econômico, escolaridade. E o nordeste ainda é
assolado com a má distribuição de renda e altos índices de analfabetismo, principalmente
entre a população idosa dos quais nas décadas passadas o acesso aos bens de consumo e a
educação formal eram bem mais difícil o acesso.
Observou-se ainda que a maioria das publicações analisadas foram pesquisas
realizadas por profissionais de outras áreas da saúde que não a psicologia, a maioria das
pesquisas são de enfermeiros, sendo que encontra-se em número significativo trabalhos feitos
por fisioterapeutas, a menor quantidade de produção foi por profissionais da saúde mental, o
que é preocupante por se tratar de um tema relevante e que faz parte do campo de atuação do
psicólogo.
4.1.1 Quadros depressivo em idosos moradores de ILPI, e suas características
Os autores já citados anteriormente abordararam alguns pontos que colaboraram
com objetivo da pesquisa. As dificuldades encontradas pelas famílias para cuidar do idoso são
expressa, e muitas vezes ficam claras para o próprio idoso que naquele ambiente em que ele
vive, existem pessoas que possuiem um cotidiano difícil e que nem sempre a família dispõe de
tempo para prestar cuidados de maneira integral. Desse modo gerando um intenso sofrimento
no idoso, ao sentir se abandonado, menosprezado e inútil.
A convivência com idosos vem se tornando algo complexo devido às mudanças
ocorridas nas configurações familiares e sociais. Para a análise dos dados encontrados como
fatores que levam o idoso a pararem em abrigos, segue abaixo um quadro que demonstra os
motivos segundo apontados pelos autores:
Tabela 2 – Motivos apontados para o Surgimento de Depressao no Idoso.
Autores Doenças
Crônicas
Situação
Financeira
/Ausência da
Família
Baixa Escolaridade Prevalência
de Gênero
Alencar
(2012)
X X
30
Rosseto
(2012)
X
X
X
Silva
(2012)
X
X
X
Soares
(2012)
X
X
X
Martin
(2013)
X
X
Martins
(2013)
X
X
X
X
Teston
(2014)
X
X
Rocha
(2014)
X
X
X
Oliveira
(2014)
X
X
Verçosa
(2016)
X
X
Ruths
(2017
X
X
X
Total 8 8 7 6
Fonte: própria autoria, com base na literatura pesquisada.
Em seu trabalho, Soares e Coelho (2012), buscou compreender o processo do
envelhecimento, e os impactos provocados na qualidade de vida de idosos institucionalizados,
com o objetivo de verificar a existência de possíveis correlações entre os fatores culturais,
sociais, psicológicos e biológicos, e a possível intervenção de outras variáveis, como idade e
escolarização dentro de uma ILPI. Esses autores abordaram alguns pontos que colaboram com
a hipotese da pesquisa. As dificuldades encontradas pelos idosos com quadros de demência
acarretam o aumento da dependência física e mental desses idosos, em relação ao gênero, na
ILPI estudada, observou se que a variável sexo não influencia na capacidade cognitiva e
funcional e no aparecimento da depressao, em relação a idade ,não foram observado
diferença, porém foram observados que indivíduos mais escolarizados apresentaram menor
31
desempenho funcional e melhor desempenho cognitivo, com o aumento da idade o idoso
perde a autonomia na realização de tarefas diárias,o que favorece o surgimento de episódios
depressives, observaram que idosos escolarizados e independentes apresentam menor risco de
desenvolver depressão.
No artigo de Rosseto et al (2012) foi destacado a necessidade de atenção redobrada,
para a prevenção das doenças mentais e de outros transtornos físicos e de cognição que
possam acometê-los. Percebeu-se que 1/4 dos idosos que participaram dessa pesquisa não
apresentavam sinais de depressão, outro 1/4 apresentavam sinais de depressão severa, a
metade apresentavam sinais de depressao leve ou moderada, As mulheres apresentaram
quadro depressivo com mais freqüência do que os homens.
De acordo com Silva (2012) quadros depressivos são frequentes entre idosos
institucionalizados, conforme os estudos outrora citados ocorrem mais em mulheres, e em
indivíduos com mais idade, que apresentam algum tipo de limitação e dependência e que estão
insatisfeitos com a sua instituição. As autoras pontuam sobre o declínio da capacidade
funcional em que gradativamente vai comprometendo a capacidade que esse idoso tem de
desempenhar suas atividades básicas do seu dia a dia, isso faz com que esse idoso precise de
alguém que o auxilie no seu cotidiano. Esse é um problema que gera não só uma perda de
autonomia para o idoso, mas que também exige de uma boa estrutura física e psicológica para
atender as necessidades da demanda por parte de profissionais da saúde.
Dos estudos já analisados outrora, mostraram a semelhança em relação a gênero,
estado civil, quantidade de filhos e nível de escolaridade, alterações cognitivas e a perda de
autonomia, são fatores apresentados pela a maioria dos idosos com quadros depressivos, a
dependência dos idosos conta como forte fator que ative pensamentos negativos por esses
sujeitos, pois não querem se sentir como obstáculos na vida das pessoas, o que tende a
desenvolver o isolamento social. Em relação ao grau de dependência dos institucionalizados,
observou-se que a maioria não necessitava receber assistência para as atividades diárias,
destes, menos da metade não recebiam assistência para o banho, menos da metade não
recebiam assistência para vestir-se, metade não recebia assistência para a higiene pessoal; a
minoria necessita de auxílio para alimentar-se. Em relação à alimentação, dos idosos
institucionalizados que apresentaram independência para alimentar-se, alguns já sofreram
quedas no último ano, sendo que os casos de quedas são outros agravantes, pois na maioria
dos casos apresentam complicações relacionadas, muitas vezes os deixando com nível de
dependência parcial ou até mesmo total. Percebe se uma relaçao entre independência e
depressão em idosos asilados, ou seja, quanto mais independentes forem os idosos e mais
32
satisfeitos estiverem com a vida, menores serão as chances de apresentarem depressão
(ALENCAR, 2012).
Ainda refletindo sobre a situação de abandono por familiares, esses idosos refletem
consequências de tal ação, principalmente impactos cognitivos. O resultado do estudo de
Martin, mostrou que os participantes que não recebiam visitas, alguns tinham deterioração
cognitiva. Relativamente à funcionalidade e estado mental, no que diz respeito à realização
das atividades, a maioria era dependente na execução das atividades básicas da vida diária ou
precisa de alguma ajuda, o que lhes fornece um pouco da autonomia. A minoria dos
participantes da amostra eram dependentes na realização destas tarefas, tornando-os mais
propensos a pensamentos negativos, isolamento, declínio de humor e até mesmo a depressao,
a avaliação do estado mental identifica alguns participantes da amostra com deterioração
cognitiva e outros com sintomas depressivos, depressão média, moderada ou severa, sendo
que a maioria apresenta sintomas de depressão média (MARTIN; PÓVOA, 2013).
Esse estudo reforçou a importância da participação da família na vida das pessoas
idosas, essa relação tem um impacto positivo para essas pessoas.
Quanto ao gênero, no estudo de Martins, predominou pessoas do sexo feminino, as
quais a maioria eram solteiras ou viúvas, sendo que a prevalência de depressao grave
prevalece nas mulheres (MARTINS, 2013).
No quesito caracterização dos idosos propensos a terem depressão vivendo em
abrigos, mostrou que a maioria dos participantes era do sexo feminino; destes, alguns têm de
generação cognitiva e a média de idades da população da amostra situa-se nos 82 anos,
relativamente ao estado civil, a grande maioria são viúvos e a menor proporção eram solteiras.
Quanto ao nível de escolaridade, alguns participantes freqüentaramo primeiro ciclo do ensino
básico e uma parte deles nunca freqüentaram o ensino formal. Dos que freqüentaram o ensino
básico, alguns têm deterioração cognitiva. O tempo de permanência na Instituiçãode Longa
Permanência para Idosos variaram entre 2 meses e 20 anos, sendo a média de 5 anos. No que
se refere ao número de visitas, uma parte dos participantes afirmaram receber regularmente
visitas na instituição. Como demonstrado nesse estudo, esses resultados assemelham-se com
os demais apresentados, em relação à idade, gênero, formação formal.
De acordo com Teston (2014) as pesquisas apontaram que a família é compreendida
como um pilar na vida idoso, mesmo passando por constantes transformações, com as
mudanças ocorridas nas famílias, percebeu o aumento da procura de ILPI por parte da família,
em busca de cuidados para o idoso, pois o ator de cuidar tornou se um dos principais
problemas enfrentados por familiares e muitas vezes ficam claras para o próprio idoso que
33
naquele ambiente em que ele vive, existem pessoas que possui um cotidiano difícil e que nem
sempre a família dispõe de tempo para prestar cuidados de maneira integral. Em relação aos
sentimentos quando o assunto é familia, percebeu se que os idosos referiam lembranças
acompanhadas de emoçoes e saudades de suas infância. Quando questionados sobre a família
atual, os idosos lembrava dos netos se referiam aos com carinho e tristeza por estarem
distantes. Com relação institucionalização alguns relataram ter ido para a ILPI por vontade
própria, pois percebiam que estavam sendo um peso para os familiares, não queriam
incomodar os relataram também sentirem-se sozinhos, pois todos saiam para o trabalho,
aumentando o sentimento de inutilidade por parte desses idosos, portanto, observou se que
transformações ocorridas no âmbito familiar, levaram as famílias a recorrerem a instituições
para o cuidado com os seus idosos, porem, esse estudo mostrou que o ambiente familiar
continua sendo o melhor lugar se viver e de se relacionar com os outros, desse modo
preservando o direito de ir e vim dos idosos, bem como a interação social, outro fator bastante
mencionado pelos autores e também encontrado em outras literaturas foram questões de
disponibilidade de um familiar ou de alguém que fosse o responsável para cuidar do idoso,ou
seja, a falta de um cuidador para o idoso.
A depressão nos idosos institucionalizados, avaliados nesse estudo, identificaram que
63,6% deles, tinham baixa escolaridade, não recebiam visitas de familiares, e que somente
saiam para realização de exames de rotina, os idosos seguiam rotinas e normas da instituição,
o que os impediam de terem uma vida social, e o direito de ir e vir (ROCHA;
PASQUALOTTI, 2014).
O estudo de Hartmann (2016) descreveu a situação de saúde, o grau de
funcionalidade e depressão dos idosos institucionalizados no litoral norte gaúcho brasileiro.
Percebeu se que maioria dos idosos institucionalizados são mulheres entre 70 e 89 anos, com
baixa escolaridade, e baixa renda, solteiras ou viúvas sem ocupação. A maioria não tinha
filhos, porém, recebem visitas frequentemente de algum familiar. Em relação à saúde, a
maioria apresentava doenças crônicas e faziam uso de medicamentos e tratamento através do
SUS (Sistema único de Saúde), pois não tinha plano de saúde, alguns recebiam apenas um
salario minino, apesar de a maioria terem apresentado boa capacidade funcional, muitos
apresentavam quadros depressivos.
Corroborando com a idéia de Rosseto et al (2012) entende-se que a situação
econômica, a ociosidade, ausencia da familia, sao alguns dos fatores que favoreceram a
depressão, com isso a pesquisa demonstrou que a renda dos idosos por eles estudados
provinha predominantemente de aposentadoria, exclusivamente ou associada à ajuda ou à
34
pensão, percebe se a importância de considerar o envelhecimento um processo complexo, no
qual o idoso não pode ser excluído, pois favorece o aparecimento de quadros depressivo,
como se verifica na presente pesquisa.
Esses artigos nos trazem resultados para que se possa refletir relação ao tema
proposta, a prevalência de sintomatologia depressiva foi de metade dos casos nos idosos
institucionalizados, parte foi classificada com sintomas de depressão leve. Analisando os
sujeitos da pesquisa, constatou-se, que a maioria é do sexo feminino e a minoria do sexo
masculino. A variação de idade foi valor mínimo 60 anos e o máximo, 96 anos. Os sujeitos da
pesquisa eram, em sua maioria, solteiros e não tinham escolaridade ou apenas o ensino
fundamental incompleto. Quantoa o tempo de institucionalização, a maioria dos idosos estava
há pelo menos cinco anos institucionalizados. Esse estudo também não apresentou variações
dos seus resultados comparados aos demais estudos já citados, em relação ao sexo a
predominância do sexo feminino, quanto à idade, também permanece na média de idade dos
sujeitos encontrados nos outros artigos, e a escolaridade não houve tanta alteração comparado
aos demais estudos (VERÇOSA; CAVALCANTI; FREITAS, 2016).
Conforme foi pesquisado, esse artigo trás a caracterização dos sujeitos propensos à
depressão, desse modo houve uma predominância do sexo feminino, de idosos com idade
acima de 80 anos, da cor branca e de solteiros. A média de anos de estudo da população foi de
5,6 anos e mais da metade dos indivíduos recebem aposentadoria. Dos indivíduos avaliados,
metade apresentava depressão. Alguns foram classificados como apresentando depressão leve
e a minoria depressão severa. Comparado aos estudos outrora analisados, essas características
se mantém em todos os artigos analisados (SILVA et al., 2012).
Esses estudos possibilitaram também fazer uma breve caracterização dos sujeitos,
onde os casos de depressão em idosos institucionalizados são em maiores proporções em
pessoas do sexo feminino do que no sexo masculino, não querendo dizer que as mulheres são
mais propensas ao adoecimento psíquico, mas por ser em maiores proporções no país,
população masculina que as mulheres, levando em consideração dados do ministério da saúde
em que mostra que os homens tendem a morrer mais imaturamente principalmente motivados
por diversos tipos de violência, pode-se inferir também que o Programa de Saúde do Homem
– PSH, atua timidamente quanto a prevenção de doenças e agravos. Quanto ao fator idade,
todas as pesquisas mostraram uma faixa etária de 60 anos até 100 anos, tendo alguns estudos
que apresentaram resultados com sujeitos com idade até mais de 100 anos.
35
4.1.2 Impactos dos quadros depressivos no cotidiano de idosos de ILPI
Um diagnóstico precoce e preciso de sintomas da depressão, associado ao tratamento
adequado minimizam os efeitos da patologia aumentando as chances de reabilitação de
pessoas acometidas pela depressão. Os impactos da depressão são devastadores, pode-se
observar ainda inquietação psicomotora que é tida como depressão ansiosa, somatizações
variadas, sinais de alterações vegetativas, baixa autoestima, sentimentos de abandono e
dependência, eventuais sintomas psicóticos, déficit cognitivo variável e ideias de suicídio.
Existe a probabilidade que em casos de depressão severa seja fator predisponente de suicídio
entre homens idosos e em mulheres idosas apresentam pensamentos suicida, porém são os
homens que conseguem finalizar tal ato (ROSSETTO et al., 2012).
Em relação aos impactos na vida cotidiana dos idosos depressivos, esse estudo
mostra uma associação significativa entre insônia, taquicardia, parestesia, tontura e sudorese.
Entre os idosos deprimidos, a prevalência dos sintomas variou de metade dos casos de
problemas, que estavam associados a depressão relacionados à dor, e mais da metade referia
suor excessivo. Esses fatores interferem na qualidade de vida desses indivíduos, pois retira
totalmente o prazer de viver aproveitando possíveis eventos de inteiração social entre os
internos (SILVA et al., 2012).
Ainda discutindo tais impactos vivenciados por idosos ocasionados pela depressão,
estudos apontaram que esses indivíduos mesmo tendo acesso a atividades lúdicas, como
passeios culturais, idas ao cinema, boliche, ginástica e fisioterapia dentre outras atividades
desenvolvidas, com o apoio de instituições de ensino. Analisou-se que os idosos com
predisposição à depressão são os quais não buscam se inserir nessas atividades, sendo que
essas atividades de socialização são indispensáveis no que se refere à prevenção da depressão,
sendo que atitude de isolamento pode ser o primeiro sinal de depressão. Pensamentos suicidas
merecem atenção, desde que o suicídio entre pessoas idosas constitui um agravo de saúde
pública, mesmo não sendo muito difundido na mídia, devem-se atentar as constantes
tentativas claras de suicídio, más, também, as veladas que são das mesmas formas letais. A
pessoa com risco para cometer suicídio necessita de constante atenção e monitoramento e
terapia precoce, promovendo um ambiente seguro e promover escuta qualificada, de maneira
que ele se sinta capaz de expressar pensamentos, a fim de impedir que consumisse o ato
suicida (TESTON; CARRIRA; MARCON, 2014).
Discutindo-se sobre a mesma temática Guths (2017) Rocha (2014) buscaram retratar
um pouco dessa vivência em abrigos e os possíveis impactos de quadros depressivos na vida
36
destes sujeitos. Observa-se que essa mudança de moradia apresenta limitações na liberdade de
escolhas nas atividades diárias da vida, promovendo insegurança em relação à morte que se
aproxima insatisfação com o número de oportunidades para novas realizações, quanto ao
reconhecimento recebido pelas ações desenvolvidas antes da institucionalização, com o que
alcançou na vida, ou ainda, não esperando um futuro melhor que o atual, essa vivência triste,
sem motivação para enfrentar as adversidades da vida, propicia alguns agravamentos para a
própria vida, no que já se inferiu em estudos anteriores como o caso do suicídio. Em relação
ao cenário tecnológico das ILPIs, os idosos estavam habituados a acessar a televisão, o
telefone, o rádio, o jornal impresso e revistas ou livros. No lazer, costumavam receber visitas;
andar pelo pátio; ir a igrejas ou participar de celebrações religiosas realizadas dentro da ILPI;
costurar, bordar, tricotar ou pintar; jogar carta, dama ou dominó e praticar jardinagem. Todas
essas atividades funcionam como fatores de proteção.
4.1.3 Depressao em idosos residentes de ILPI
Conforme encontrado nos estudos de Souza (2011) alguns dos principais fatores que
desencadeiam a depressão em idosos institucionalizados estaovam relacionados com vários
fatores. Escolaridade, tempo de institucionalização, sexo, dependência para realização de
atividades básicas do cotidiano influenciam nos sinais da depressão, a prevalência do
acometimento da depressão encontra-se entre sexo feminino, com idade superior à 80
anos,sem nenhum grau de escolaridade, viúvos ou solteiros, níveis elevados de dependência
física e ainda déficit cognitivo.
Esse estudo apontou ainda que a dependência física e a necessidade do consumo de
muitos medicamentos influenciam fortemente ocorrência de depressão. Com isso este estudo
mostrou que os principais fatores de risco, citados outrora: sexo feminino sendo
predominante, o fato de estar longe do convívio familiar por institucionalização, estado civil
desde que a maioria são solteiro e viúvos não contando com um companheiro, o fator idade,
baixos nível de escolaridade e dependência física e cognitiva, interferindo na autonomia.
Os resultados apresentados por Soares (2012) ainda sobre os fatores de risco
apontaram em relação à capacidade funcional, que: grandes partes dos residentes
apresentaram dependência funcional total; equiparando-se com o grau de dependência grave;
e a minoria apresentando dependência moderada e dependência leve. Em se tratar da
capacidade cognitiva, observou-se que metades dos sujeitos não apresentaram declínio
cognitivo que indicasse possível demência; e que menos da metade se enquadraram na
classificação de possível demência.
37
O estudo nos trazem resultados relacionados à formação dos sujeitos, quanto maior o
nível de escolaridade, melhor a capacidade funcional. Porém levam-se em consideração outros
fatores como: melhor situação financeira, melhor estilo de vida, potencializar os cuidados com
a saúde, entre outros, com um maior grau de instrução torna-se possível interferir nesse
processo através do conhecimento. Esses resultados mostram que a escolaridade pode
influenciar positivamente a capacidade cognitiva dos indivíduos, indicam que a falta de
escolaridade tem influência no desenvolvimento de doenças. Desse modo entende-se que a
escolarização possa ser considerada como um fator de proteção para a depressão (SOARES;
COELHO; CARVALHO, 2012).
Como citado anteriormente pelos outros autores em sues estudos como fatores que
desencadeiam a depressão, analisou que o sentimento de invalidez, problemas físicos, sendo
assim o engajamento desses idosos em atividades que sejam prazerosas. Surge como
recursoque pode ser utilizado é a prática de atividade física regular. O exercício físico
apresenta, em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem de não apresentar efeitos
colaterais traz benefícios de uma vida ativa por parte do idoso que pode trazer melhorias da
auto-estima (ROSSETTO et al., 2012).
Como analisado em artigos ja citados entendeu-se que a situação econômica e a
ociosidade eram fatores que favorecem a depressão. Em comparação aos estudos já
relacionados, observa-se uma semelhança entre todos esses estudos, pois as formas similares
de obtenção dos dados, através de instrumentos que em sua maioria avaliam a qualidade de
vida e o risco de desenvolver depressão em idosos, nessa pesquisa um dos fatores citados é a
qualidade de vida. É possível constatar que os participantes que são independentes nas
atividades básicas da vida diária evidenciam maior conforto, melhores competências
funcionais, privacidade, participação em atividades significativas e maior autonomia.
Observa-se também que os participantes que não padecem de incontinência urinária são mais
ativos e participativos e relacionam-se mais com outros residentes, funcionários, família e
amigos que os demais participantes. Os idosos sem distúrbios da visão certamente possuem
melhor relação interpessoal com os outros abrigados, o que vem apenas reforçar o que já
havia sido citado outrora pelos outros autores (MARTIN; PÓVOA, 2013).
Conforme o pesquisado e apresentado nesse estudo, no que diz respeito a assuntos
inerentes à depressão de idosos institucionalizados, a análise dos resultados aponta uma
relação significativa com a existência de algum tipo de limitação ou dependência e
insatisfação do idoso com a instituição na que reside. Entre os idosos com depressão, metade
possui algum tipo de limitação ou de dependência física e mais da metade se dizem
38
insatisfeitos com a instituição que residem, essa insatisfação pode-se relacionar com o anseio
de voltar ao convívio familiar, lhes causando grande frustração. Tendo em vista que o
envelhecimento humano produz a diminuição progressiva da reserva funcional que pode ser
igual ao processo de envelhecimento e a uma piora da qualidade de vida dos idosos, o que
pode deixar o sujeito mais vulnerável aos sintomas da depressão (SILVA et al., 2012).
Conforme o mesmo tema observa-se que, Teston (2014) e Alenca (2012) em seus
estudos apontaram possíveis fatores que corroboram para o aparecimento de sintomas
depressivos. O relato de sentir-se com menos energia, sentir-se que estavam se tornando mais
lentos, são sintomas que geralmente está inserido nos casos de depressão em idosos, sendo
possível associar-se à dores nas costas, cefaléia e vertigem. O fato de sentirem-se cansados
pela redução da energia desfavorece o fortalecimento de vínculos que ajudariam como fatores
de proteção, desanimado, fraco sem iniciativa, esses idosos deixam de freqüentar as atividades
de socialização. Esse ato de envelhecer demanda alterações fisiológicas, que às vezes chega a
ser, que termina por desenvolver um idoso inativo, alterando-lhe redução do desempenho
físico, motor, concentração, reação, produzindo uma crença de auto desvalorização, tristeza,
insegurança, desmotivação, isolamento social e a solidão, tornando-se propícios quadros
depressivos.
Tais estudos como os demais analisados apontaram a relação do corpo e mente, a
somatização de doenças, e com isso favoreceram problemas psíquicos em especial a
depressão, nesses estudos os mesmos apontam que com relação à queixa principal relatada em
no quesito estado de saúde, a maioria dos participantes externaram dificuldades para andar,
seguidos de dor generalizada e problemas de visão. Em maioria, os idosos foram considerados
independentes funcionais, dos quais, alimentar-se independentemente foi a capacidade com
maior percentual de independência e a de banhar-se a de maior dependência, ou seja, mesmo
os idosos que possuem um grau de independência em alguns domínios, apresentam
necessidades de auxílio em atividades cotidianas, como higienizar-se, vestir-se, ou executar
tarefas simples, o que mais uma vez comprova o que já fora apresentados em outros estudos
citados anteriormente, que essas situações de dependências favorecem a percepção de
inutilidade por parte destes sujeitos, fazendo com que os sintomas depressivos venham a
aparecer .
Ainda sobre os fatores que desencadeia a depressão, muitos dos estudos já analisados
mostraram que a dependência dos idosos conta como forte fator que ative pensamentos
negativos por esses sujeitos, pois não querem se sentir como obstáculos na vida das pessoas, o
que tende a desenvolver o isolamento social. Em relação ao grau de dependência dos
39
institucionalizados, observou-se que a maioria não necessitava receber assistência para as
atividades diárias, destes, menos da metade não recebiam assistência para o banho; menos da
metade não recebiam assistência para vestir-se; metade não recebia assistência para a higiene
pessoal; a minoria necessita de auxílio para alimentar-se; e quanto à continência, menos da
metade apresentavam controle esfincteriano completo. Em relação à alimentação, dos idosos
institucionalizados que apresentaram independência para alimentar-se, alguns já sofreram
quedas no último ano. E poucos apresentaram controle esfincteriano completo, desses sujeitos
alguns já sofreram quedas no último ano. Sendo que esses fatores favorecem a baixa estima
por parte destes, os casos de quedas são outros vilões, pois na maioria dos casos apresentam
complicações relacionadas, muitas vezes os deixando com nível de dependência parcial ou até
mesmo total, (OLIVEIRA; TAVARES, 2014), (ALENCAR et al., 2012).
4.1.4 Relação entre o abandono familiar e a depressão
Outra situação enfrentada por idosos institucionalizados é a mudança do ambiente,
onde o mesmo deve se readaptar a uma nova rotina de horários e costumes, alterando sua
cultura e valores, sendo obrigado a perder sua individualidade e privacidade, tendo que dividir
seu ambiente com desconhecidos e ter que aceitar conviver distante do seio familiar, conviver
com uma constante sensação de abandono. A autonomia é substituída pelo sentimento de ser
apenas mais um envolvido na mesma situação que os demais. Esses, entre outros, são fatores
determinantes para o aumento da incidência de depressão nos idosos institucionalizados, pois
é comum encontrar o idoso institucionalizado em um constante estado de tristeza e labilidade,
desta forma apresenta significativa piora de seu estado geral e por um declínio importante de
sua qualidade de vida (GOMES, 2016).
Hartmann; Gomes (2016). Demonstraram em suas pesquisas que os idosos tinham
média de tempo de moradia igual a 2 meses a 25 anos. Alguns declararam receber visitas
familiares, mas para a maioria deles, tais visitas eram raras. Os idosos que declararam não
receber visitas familiares também às consideraram raras. Quanto às saídas da instituição, uns
idosos não souberam informar, mas a administração da ILPI informou que não saíam; menos
da metade declararam usufruir de saídas, dos quais a minoria o fazia sempre acompanhado. A
outra metade informou nunca sair da instituição. Esses resultados comprovam a situação de
abandono e vulnerabilidade a quadros depressivos.
Ainda refletindo sobre a situação de abandono por familiares, esses idosos refletem
consequências de tal ação, principalmente impactos cognitivos. Os resultados desse estudo
nos mostram que os participantes que não recebem visitas, alguns têm deterioração cognitiva.
40
Relativamente à funcionalidade e estado mental, no que diz respeito à realização das
atividades, a maioria é independente na execução das atividades básicas da vida diária ou
precisa de alguma ajuda, o que lhes fornece um pouco da autonomia. A minoria dos
participantes da amostra são dependentes na realização destas tarefas, tornando-os mais
propensos à pensamentos negativos, isolamento, declínio de humor e até mesmo a depressão.
A avaliação do estado mental identifica alguns participantes da amostra com deterioração
cognitiva e outros com sintomas depressivos, depressão média, moderada ou severa, sendo
que a maioria apresenta sintomas de depressão média. Esse estudo reforça a importância da
participação da família na vida das pessoas idosas, essa relação tem um impacto positivo para
essas pessoas (MARTIN; PÓVOA, 2013).
Em confronto aos outros artigos analisados, essa pesquisa mostra que a maioria dos
sujeitos receber visitas de seus familiares e estar há pelo menos 5 anos institucionalizados, não
impede de uma alta taxa de prevalência de depressão entre os idosos, o que entende-se pelo
fato que a depressão ser ocasionada por inúmeros fatores, sendo um dos mais impactantes as
visitas acontecerem apenas nos fins de semana. A falta da presença familiar é a principal
causa da institucionalização, tornando esses idosos, pessoas desmotivadas para viver,
Ansiosos ao retorno do ambiente familiar. Mesmo que essas instituições atendam em parte ao
idoso em suas necessidades básicas de moradia, alimentação e acompanhamento médico, por
outro lado, nem sempre estimula a atividade do idoso que tende a se tornar mais introspectivo
e isolado do convívio social (VERÇOSA; CAVALCANTI; FREITAS, 2016).
No que se refere à participação da família na vida dos idosos institucionalizados que,
o fato de alguns dos sujeitos, mesmo vivendo em condições precárias, estando junto à família,
apresenta menos chances de desenvolverem depressão, comparados aos que passaram a viver
sozinho. Ainda neste contexto deve-se considerar a possibilidade de ter havido um
rompimento na inteiração familiar destes idosos. Desde modo reforça-se o que em todos os
estudos vem mostrando, que essa inteiração família idosos produz impactos positivos no
processo de envelhecimento das pessoas em situação de abandono familiar (TESTON;
CARREIRA; MARCON, 2014).
Conforme declarado por alguns dos idosos nessas pesquisas, a institucionalização
deu-se pelo fato da família consider o idoso como um obstáculo, os quais impossibilitavam
dos familiares realizarem suas atividades laborais. Alguns dos sujeitos da pesquisa foram
institucionalizados por não terem filhos ou parentes próximos que pudessem se
responsabilizar pelos mesmos. Outros motivos que levam os idosos à institucionalização
referem-se à iniciativa pessoal, muitas vezes originada por pressões externas, como solidão no
41
caso dos que morava sozinho, medo da violência urbana, exclusão da família e possibilidade
de apoio tanto de saúde, como no cuidado em si oferecido nas ILPIs, (OLIVEIRA;
TAVARES. 2014), (ALENCAR et al., 2012).
Continuando nessa temática esses estudos trazem em seus resultados, no quesito
institucionalização, esses sujeitos quando retirados do seio familiar e do contexto de suas
residências tendem à desorientar, e apresentar outros agravos psíquicos como a depressão,
essas mudanças experimentadas por eles, ou traumas, como a perda do companheiro, a
doença, a dependência física e a institucionalização podem ser o ponto de partida para a
desestruturação psíquica, tornando-os vulneráveis aos sintomas psicóticos (GUTHS et al.,
2017), (ROCHA; KLEIN; PASQUALOTTI, 2014).
Como consequências da depressão em todas as pesquisas analisadas mostraram como
conseqüência fatores de somatização de doenças tais como, dores, tremores, sudorese, mau
relacionamento interpessoal, tendências ao isolamento entre outros. Quanto aos principais
fatores que desencadeiam sintomas depressivos, o campeão deles citados em praticamente
todos os artigos analisados foi à perda da autonomia principalmente relacionada ao auto
cuidado, seguido de problemas motor relacionados principalmente a locomoção, baixo nível
de escolaridade, fatores econômicos, isolamento social entre outros.
No quesito abandono familiar, os estudos foram bem claros quando mostraram a
importância que as relações familiares possuem, gerando impactos positivos para a prevenção
do adoecimento psíquico, a participaçao nas atividades familiares é capaz de desenvolver
sentimentos positivos de aceitação por parte da família, sendo assim fator de proteção
indispensável.
42
5 CONCLUSÃO
A depressão é uma condição clínica que pode causar grandes impactos negativos na
vida do idoso, afeta principalmente a capacidade funcional e a qualidade de vida desses
idosos, daí a importância de identificar os sintomas da doença e busca ajuda. O presente
estudo permitiu analisar as principais características de depressão em idosos
institucionalizados, bem como identificar as principais consequências da depressão em idosos
residentes de instituições de longa permanência, pode-se definir também, os principais fatores
que desencadeiam depressão nesses idosos, observou-se uma maior prevalência naqueles que
possuem menor grau de escolaridade, sexo feminino, viúvos.
Com essa pesquisa foi possível responder a questão que norteou o presente trabalho:
Idosos que convivem em instituições de longa permanência para idosos, apresentam quadros
depressivos, em comparação a idosos que são cuidados pela família e participam do ciclo de
vida familiar? Em todas as pesquisas encontradas e analisadas, mostraram presença de
quadros depressivos em idosos institucionalizados, esses estudos traziam também resultados
com relação aos idosos que viviam em contexto familiar, pois esse contato com familiares
atuava como fator de proteção reduzindo as taxas de depressão nesses sujeitos. Tendo em
vista que a quebra do elo familiar é um dos principais fatores predisponentes ao aparecimento
de depressão em idosos que residem em ILPI.
43
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