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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Ana Flávia Delatorre
Projeto de Parque Urbano Poliesportivo na cidade de Constantina/RS
Passo Fundo
2016
Ana Flávia Delatorre
Projeto de Parque Urbano Poliesportivo na cidade de Constantina/RS
Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar de Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Mestre Linessa Busato.
Passo Fundo
2016
Ana Flávia Delatorre
Projeto de Parque Urbano Poliesportivo na cidade de Constantina/RS
Banca Examinadora
Prof. Mestre Linessa Busato
Orientadora
Prof. Mestre Amanda Schüler Bertoni
Membro avaliador
Prof. Mestre Thaiana C. Costa
Membro avaliador
Passo Fundo
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e força para superar todas as
dificuldades encontradas neste caminho para a conclusão do curso.
A Faculdade Meridional por seu corpo docente que me ajudaram a chegar até aqui
com confiança, ética e diversos ensinamentos que levarei para sempre em minha vida.
Agradeço em especial a minha orientadora Linessa Busato, pelo suporte, orientações e
incentivos.
E principalmente a minha família que sempre esteve ao meu lado em todos os
momentos, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou indiretamente
fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
RESUMO
Neste estudo serão abordados diversos aspectos sobre a importância do esporte e
lazer para a população de Constantina-RS, objetivando um novo projeto de parque
poliesportivo na referida cidade, com intuito de propiciar cada vez mais o esporte na vida das
pessoas, bem como para criar locais capazes de atrair não somente a população das áreas
urbana e rural, mas também das cidades vizinhas. Através de pesquisas e questionários
informais, verificou-se que, apesar da incessante busca dos constantinenses por um local
para prática de esportes e lazer, os atuais não atendem às necessidades gerais, como
acessibilidade, pavimentação, áreas de lazer e alimentação, dentre outras. O referencial
teórico englobou aspectos sobre a importância do esporte na vida das pessoas; foram
efetuados três estudos de caso, levantando ficha técnica, programa e caráter, implantação,
função, forma, habilidade e tecnologia. De igual modo, foi efetuado um diagnóstico da área a
ser requalificada. Dessa forma, pode-se analisar fatores substanciais para um projeto
arquitetônico, tais como clima, topografia, orientação solar, usos dos solos e alturas, para,
consequentemente, propor um novo projeto de parque poliesportivo, adequando-o aos seus
arredores e utilizando os desníveis do terreno para fazer a integração dos respectivos
espaços.
Palavras-chave: Requalificação – Parque Poliesportivo – Esporte/Lazer
ABSTRACT
In this study will be adress several aspects about the importance of sports and leisure
for the population of Constantina-RS, aiming a new project of a multisports park in the related
city, in order to increasingly provide sports in people’s lives, as well as to create sites capable
of attract leisure not only the populations from urban and rural areas, but also from nearby
towns. Through informal researches and questionnaires, it was found that, despite the
relentless pursuit of sports and leisure sites by Constantina’s people, the current ones does
not comply with general needs, such as accessibility, paving, recreational areas and food
courts, among others. The theoretical reference embraced subjetcs about the importance of
sports in one’s life; three case studies were conducted, developing datasheet, program and
character, implementation, function, form, skill and technology. Likewise, it was made a
diagnostic of the area that will be requalified. Thus, it can be analyzed substantial factors for
an architectural project, such as climate, topography, solar exposure, soil and heights usage,
and hence, to propose a new project for a multisports park, adjusting it to it’s surrounding areas
and taking advantage of the uneven terrain to integrate all the respective spaces.
Keywords: requalification – multisports park – sports/leisure
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 11
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 13
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................................... 13
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................................ 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................13
2.1 HISTÓRIA DO ESPORTE .............................................................................................. 13
2.2 HISTÓRIA DO ESPORTE NO BRASIL .......................................................................... 14
2.3 HISTÓRIA DO PROGRAMA ESPORTIVO SAC ............................................................ 14
2.4 A IMPORTANCIA DO ESPORTE PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL ................ 15
2.5 ESTUDOS DE CASOS ................................................................................................. 17
2.5.1 Unidade SESC Osasco ............................................................................................. 17
2.5.1.1 Programa e Caráter ................................................................................................. 17
2.5.1.2 Implantação ............................................................................................................. 18
2.5.1.3 Função .......................................................................................................................19
2.5.1.4 Dimensão dos espaços ............................................................................................ 20
2.5.1.5 Forma .........................................................................................................................21
2.5.1.6 Habitabilidade .......................................................................................................... 21
2.5.1.7 Tecnologia ............................................................................................................... 21
2.5.2 Parque Tancredo Neves ........................................................................................... 22
2.5.2.1 Programa e Caráter ................................................................................................. 22
2.5.2.2 Implantação ............................................................................................................. 23
2.5.2.3 Função .......................................................................................................................23
2.5.2.4 Forma .........................................................................................................................25
2.5.2.5 Habitabilidade .......................................................................................................... 26
2.5.2.6 Tecnologia ............................................................................................................... 26
2.5.3 Centro Poliesportivo de Bakio ................................................................................. 26
2.5.3.1 Programa e Caráter ................................................................................................. 26
2.5.3.2 Implantação ............................................................................................................. 27
2.5.3.3 Função .......................................................................................................................28
2.5.3.4 Forma .......................................................................................................................28
2.5.3.5 Habitabilidade .......................................................................................................... 29
2.5.3.6 Tecnologia ............................................................................................................... 29
2.6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 29
7
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ................................................................30
3.1 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ............................................................ 31
3.1.1 Contextualização Regional ...................................................................................... 31
3.1.2 Mapa Nolli .................................................................................................................. 31
3.1.3 Skyline de cada face do quarteirão ......................................................................... 32
3.1.4 Infraestrutura: Sistema Viário .................................................................................. 34
3.1.5 Uso e Ocupação do Solo .......................................................................................... 35
3.1.6 Mapa de Infraestrutura Urbana (geral) .................................................................... 36
3.1.7 Transporte ................................................................................................................. 38
3.2 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ............................................................................................ 38
3.3 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA .................................. 39
3.3.1 Plano Diretor ............................................................................................................. 39
3.3.2 NBR 9050 ................................................................................................................... 39
3.3.3 NBR 9077 ................................................................................................................... 40
4 CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO .......................................................................40
4.1 CONCEITO DA PROPOSTA ........................................................................................ 40
4.2 CARTA DE INTENÇÕES .............................................................................................. 40
4.2.1 Entorno ...................................................................................................................... 40
4.2.2 Funcionalidade ......................................................................................................... 41
4.2.3 Herança cultural ........................................................................................................ 41
4.2.4 Características do sítio ............................................................................................ 41
4.2.5 Clientes ..................................................................................................................... 42
4.3 DIRETRIZES DE PROJETO ......................................................................................... 42
4.4 DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS ....................................................................... 43
5 PARTIDO GERAL ..............................................................................................................45
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO ...................................................... 45
5.2 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA ............................................................................... 46
5.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO .......................................................................................... 47
5.4 PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO ............................................................................. 49
6 ESTUDO PRELIMINAR .................................................................................................... 52
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 54
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 55
ANEXOS ................................................................................................................................57
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Playground, acesso lateral, banheiros existentes e acesso principal 12
Figura 02: Ginásio, campo de futebol 7 e quadra de areia. 12
Figura 03: Implantação 18
Figura 04: Relação externo/interno 18
Figura 05: Zoneamento 19
Figura 06: Fluxograma 19
Figura 07: Forma 21
Figura 08: Implantação 23
Figura 09: Relação externo/interno 23
Figura 10: Zoneamento 24
Figura 11: Zoneamento 24
Figura 12: Zoneamento 24
Figura 13: Setores 25
Figura 14: Fluxos 25
Figura 15: Forma 26
Figura 16: Implantação 27
Figura 17: Relação externo/interno 27
Figura 18: Setorização e fluxos 28
Figura 19: Forma 28
Figura 20: Tecnologias 29
Figura 21: Localização da cidade no País e Estado. 30
Figura 22: Localização Constantina. 30
Figura 23: Localização do terreno no Bairro Taquaruçu. 30
Figura 24: Mapa Noli 31
Figura 25: Localização terreno 32
Figura 26: Terreno A 32
Figura 27: Terreno B 32
Figura 28: Terreno C 32
Figura 29: Terreno D 32
Figura 30: Localização do Skyline 33
Figura 31: Skyline A 33
Figura 32: Skyline B 33
Figura 33: Skyline C 33
Figura 34: Skyline D 33
Figura 35: Sistema Viário. 34
9
Figura 36: Fluxos das vias. 34
Figura 37: Gráfico de uso e ocupação do solo. 35
Figura 38: Uso e ocupação do solo. 35
Figura 39: Alturas. 36
Figura 40: Rede Verde 36
Figura 41: Rede de infraestrutura 37
Figura 42: Transporte 38
Figura 43: Terreno. 38
Figura 44: Cortes do Terreno. 39
Figura 45: Traçado da malha regular. 40
Figura 46: Eixos ordenadores. 41
Figura 47: Herança Cultural. 41
Figura 48: Ventos, Iluminação Natural e Vegetação. 41
Figura 49: Integração das pessoas. 42
Figura 50: Organograma área coberta. 46
Figura 51: Organograma área externa, aberta. 47
Figura 52: Implantação. 52
Figura 53: Croqui de corte da edificação. 53
Figura 54: Perspectiva do parque mostrando a fachada. 53
Figura 55: Perspectiva do parque mostrando implantação. 53
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dimensão dos espaços 20
Tabela 2: Comparação conclusiva 30
Tabela 3: Diretrizes Urbanas – Problemas/Potencialidades 43
Tabela 4: Pré-dimensionamento 47
Tabela 5: Proposta 01 49
Tabela 6: Proposta 02 50
Tabela 7: Proposta 03 51
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão abordados diversos aspectos sobre a importância do esporte e
lazer para a população, mostrando assim a necessidade do projeto de um Parque Urbano
Poliesportivo e Ginásio de Esportes para a cidade de Constantina/RS.
A atividade física é de suma importância para o desenvolvimento das crianças e
adolescentes, pois contribui para sua formação social, os ensinando a dividir, obedecer às
regras, trabalhar em equipe, afastando-os do uso de drogas, melhorando sua autoestima e
inclusão na sociedade. O esporte e lazer também aumentam a integração entre jovens,
adultos e idosos, aprendendo assim a conviver, respeitar e com isso a criação de laços
afetivos.
A integração social que se tornou obrigatória após a Declaração Salamanca de 1994,
fala sobre todos terem direito de aprender fazendo com que a discriminação e exclusão social
vão diminuindo até serem extintas. A criação da norma de acessibilidade NBR ABNT 9050
contribui na inclusão, pois exige acesso para portadores de necessidades especiais, que
antes eram esquecidos por suas diferenças.
Com a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) acontecendo no Brasil, a
influência e incentivo do esporte e lazer aumentou com a revitalização de áreas e criação de
centros esportivos, fazendo com que as pessoas busquem cada vez mais atividades físicas,
seja apenas para uma melhor qualidade de vida, como também para uma carreia esportiva
profissional.
1.1 JUSTIFICATIVA
A prática de atividade física é de suma relevância para o desenvolvimento saudável e
para a melhora da qualidade de vida, pois ajuda na saúde mental, física e social, diminuindo
níveis de estresse e ansiedade, ajudando no controle da diabetes, e também ajudando na
integração social entre as diferentes idades e com isso gerando conforto fazendo com que a
pessoa se sinta melhor consigo mesmo (NAHAS, 2006).
A noção de saúde se faz como uma resultante social da construção coletiva dos padrões de conforto e tolerância que determinada sociedade estabelece. Essa relação depende da cultura da sociedade em que está inserido o sujeito, além de ações pessoais (esfera subjetiva) e de programas públicos ligados à melhoria da condição de vida da população (esfera objetiva). O estado de saúde é um indicador das possibilidades de ação do sujeito em seu grupo, se apresentando como um facilitador para a percepção de bem-estar (MARQUES, s/a, p.112).
12
As imagens abaixo mostram o parque em estado degradado e abandonado:
Figura 01: Playground, acesso lateral, banheiros existentes e acesso principal.
Fonte: autora, 2016
O esporte além de contribuir para a saúde dos sujeitos é muito importante para a
formação e aprendizado da criança e do adolescente e também relevante para a criação de
laços entre adultos, idosos e adolescentes.
A escolha de projetar o parque poliesportivo de Constantina foi pensado para que os
moradores da cidade possam ter um espaço digno de lazer e esporte. Hoje as atividades
ocorrem em áreas impróprias e até degradadas que oferecem risco. Um exemplo disto são
as caminhadas feitas pela população nos acostamentos do entorno da cidade, local de alto
tráfego e de trânsito de veículos de grande porte. Abaixo imagens das áreas em uso podemos
observar o estado do estádio conservado pois é de utilidade pública.
Figura 02: Ginásio, campo de futebol 7 e quadra de areia. Fonte: autora, 2016
Constantina é uma cidade de pequeno porte onde as pessoas têm o habito de interagir
umas com as outras, sendo assim um lugar agradável e convidativo a todos. Quando há
campeonatos o parque tem um fluxo grande de usuário, porém o mesmo não é totalmente
acessível dificultando assim o uso pelos portadores de necessidades especiais e idosos.
Dessa forma, percebe-se a necessidade de um projeto qualificado do Parque
Poliesportivo sendo de responsabilidade do Poder Público promover a melhoria da qualidade
de vida aos seus cidadãos, oferecendo uma estrutura com acomodações confortáveis para a
prática de atividades físicas e recreativas.
13
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Elaborar um projeto de requalificação do parque poliesportivo na cidade de
Constantina/RS, com intuito de propiciar cada vez mais o esporte na vida das pessoas e
também criar lugares destinados ao lazer, espaços que atraiam a população de toda a área
rural e urbana e também de cidades vizinhas.
1.2.2 Objetivos Específicos
Realizar estudos de caso para adquirir repertório.
Levantar os dados da área de intervenção, condicionante físicos e climáticos.
Realizar estudos de manchas.
Utilizar novas tecnologias para melhor conforto térmico e acústico.
Realizar entrevistas informais para constatar a necessidade da comunidade.
Propor espaços de esportes para a população de todas as idades.
Propor áreas de lazer através de um parque aberto para todos.
Novo projeto para o ginásio poliesportivo.
Revitalizar o parque criando espaços interativos e contemplativos acessíveis.
Propor espaços para piqueniques.
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Justificado através de pesquisas e questionários informais verifica-se que apesar da
busca incessante dos constantinenses por um local para prática de esportes e lazer, o
existente não atende as necessidades gerais, como acessibilidade, pavimentação, áreas de
lazer e alimentação, entre outros.
A escolha do local foi feita em virtude de o parque poliesportivo e ginásio de esportes,
já existentes, não atenderem as necessidades da população e encontram-se em estado de
degradação.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTÓRIA DO ESPORTE
O esporte teve seu surgimento aproximadamente 2000 A.C, e era ensinado para fins
militares, pois ajudava a manter a boa forma física e também beneficiava a saúde. A nossa
herança esportiva veio através dos gregos onde com o tempo, a atividade física passou a ser
apreciadas e praticada por todos da Grécia Antiga. O esporte teve uma queda, pois com o
surgimento do cristianismo que pregava a purificação da alma e que o corpo era apenas para
ser punido. Com o início do humanismo em 1896 voltaram as realizações das olimpíadas,
onde a cidade de Atenas foi a primeira a sediar a olimpíada da era moderna. O esporte foi
14
sendo mais valorizado ainda com o decorrer dos anos e com isso ocorreram o surgimento de
novos esportes, além de várias melhorias em equipamentos e normas de adequação dos
espaços, além da criação das paraolimpíadas voltada para pessoas portadoras de
necessidades especiais (COURA, 2013).
2.2 HISTÓRIA DO ESPORTE NO BRASIL
O esporte no Brasil começou a ser regulamentado a partir de 1908 após a publicação
do seu primeiro livro, onde havia informações e regras sobre alguns esportes específicos
incluindo o Futebol, que em meados de 1900 e 1910 passou a ter regulamentação e ser
reconhecido profissionalmente. Com a valorização desportiva muitas pessoas ficaram
interessadas e com isso veio o seu crescimento, onde as pessoas procuravam cada vez mais
lugares apropriados para a pratica de atividades físicas, porém o governo não fazia muitos
investimentos para fins esportivos, pois tinha poucas instalações e essas não conseguiam
atender a demanda de usuários (COURA, 2013).
A mudança começou a acontecer nos últimos anos como pode ser visto, pois o com a
escolha do pais para sediar a copa do mundo (2014) e as olimpíadas (2016), foram feitos
enormes investimentos em diversos estados do pais, criando novas instalações cumprindo
necessidades e normas atribuídas para cada esporte, além da criação de parques urbanos e
restauração de espaços voltados para a arte e cultura (COURA, 2013).
2.3 HISTÓRIA DO PROGRAMA ESPORTIVO SAC
Segundo a entrevista informal, realizada em setembro de 2016, com o fundador do
programa esportivo SAC descrevemos um pouco da história desse programa que foi muito
importante para o esporte em Constantina. A Sociedade Amigos de Constantina (SAC) foi
fundada no dia 27 de junho de 1988, e no primeiro ano de sua fundação, conquistou o título
de campeã municipal. Foi literalmente o pontapé inicial para buscar novas e inéditas
conquistas, no ano seguinte, em 1989, a SAC, com grande apoio da comunidade
constantinense, foi registrada junto ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas e
na Federação Gaúcha de Futebol de Salão, em Porto Alegre, ficando assim apta a disputar
competições em nível estadual.
Devidamente registrada, iniciou-se o processo de formação de uma equipe para
disputar o primeiro campeonato estadual. Segundo o fundador ficou incumbido então de
montar a equipe, selecionou, assim, alguns atletas de Constantina e, posterior, a direção
contratou cinco atletas de Passo Fundo (Mico, Rizza, Leca, Rodolfo e Tuca e técnico Jandir
Jentilina) e Marau (Milton). Para testar a equipe que viria futuramente a disputar o campeonato
estadual, a direção marcou um amistoso com a poderosa Triches Enxuta, de Caxias do Sul,
15
que tinha sido campeã estadual de 1988. O jogo aconteceu no dia 18 de março, com o Ginásio
de Esportes completamente lotado.
A equipe constantinense começava a despontar uma nova era no futsal de
Constantina, neste jogo empatou em 3 gols com a campeã estadual Triches Enxuta. Semanas
depois, outro grande amistoso era anunciado em Constantina. A SAC enfrentaria a equipe do
Pinheiro de Carazinho, que estava disputando o Circuito Gaúcho de Futsal, competição
disputada pelas oito melhores equipes do Estado.
A SAC saiu perdendo por 2 a 0, no entanto, em uma virada histórica, venceu a partida
por 3 a 2, com dois gols de Aluísio e um de Leca. Não havia mais dúvidas. A SAC estava
pronta para disputar uma competição estadual. Assim, no dia 22 de abril de 1989 a SAC
disputou a primeira partida do Campeonato Estadual de Futsal, vencendo em Constantina, a
equipe de Palmeira das Missões pelo placar de 4 a 2.
Em seu primeiro ano de estadual, a SAC foi eliminada somente na terceira fase da
competição. Entre a primeira e a segunda fase, jogou nove partidas, venceu sete e empatou
duas. Sendo assim, foi constituída a primeira equipe da SAC sendo composta pelos atletas:
Zica, Tchava, Paco, Zirbo, Milton, Aluisio, Rodolfo, Zatti, Rizza, Sandroi, Laércio, Mico, Kico,
Leca, Tuca e Renato. Tendo no comando o técnico Jandir Jentilina, o “Bidê”.
Contudo, foi nos anos de 1997 e 1998 que a SAC deu as maiores alegrias a
comunidade constantinense e regional. Em 1987, com uma campanha fantástica, a SAC,
agora tendo agregado ao seu nome Bergamaschi & Gobbi/CMD, conquistou o seu primeiro
título estadual na categoria série bronze. Já no ano seguinte, em 1998, veio à conquista do
título de campeã estadual da série prata. E, no ano de 1999 a 2001, a SAC/Bergamachi &
Gobbi/CMD, disputou a série Ouro do Futebol do Rio Grande do Sul, marcando
definitivamente o seu nome dentre os grandes nomes do futebol de salão do nosso Estado.
2.4 A IMPORTANCIA DO ESPORTE PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
O esporte é uma arma poderosa para o desenvolvimento social em qualquer idade,
uma vez que além de aproximar as pessoas contribui para o desenvolvimento do corpo e da
mente. Neste sentido, a Constituição Federal, em seu artigo de número 217, defende que a
prática de esportes é um dever e um direito da população uma vez que cria a oportunidade
de interação social (BRASIL, 1988). Por isso, pode ser observado em diferentes mídias e
meios de comunicação o incentivo a prática de esportes, como exemplo, o próprio fato de ter
sido sediados jogos olímpicos no Rio de Janeiro (DANTAS, 2016).
Outro exemplo de incentivo são os programas sociais que utilizam a prática de esporte
como ferramenta de educação de cidadania. Exemplos de organização sociais são elas
Instituto Bola pra Frente, Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS),
16
Instituto Esporte Educação (IEE), Instituto Fazer Acontecer, entre outras, realizando através
do esporte a inserção social. (REDE GLOBO AÇÃO, 2012).
O governo vem incentivando cada vez mais a prática esportiva através da Lei de
Incentivo ao Esporte (2007), onde pessoas físicas deduzam o patrocínio para projetos
esportivos do importo de renda, além disso, com os jogos olímpicos que foram sediadas neste
ano no Brasil. Esse incentivo ao esporte pode afastar as crianças e adolescentes da
prostituição, dependência química, roubos entre outros crimes, contribuindo na sua formação
social, bem como para o desenvolvimento e criação de laços entre jovens, adultos e idosos,
suscitando a harmonia e a integração de todas as idades. O esporte tem como função ensinar
e ajudar no processo de desenvolvimento, sendo considerado assim um antídoto da violência.
(INSTITUTO LULA, 2016).
A idade escolar é uma das mais importantes para a formação infantil, pois é nela em
que as crianças começam a ter o primeiro vinculo que não seja a família, o esporte e a pratica
de exercícios faz com que ocorra uma aproximação entre os colegas e o que acarreta em
benefícios para a autoestima e ajuda na diminuição de doenças como obesidade, colesterol
e diabetes infantil, além de ajudar no desenvolvimento ósseo, ajuda na saúde mental,
diminuindo o estresse e ansiedade, e assim auxiliando no desenvolvimento e formação de
todas as crianças e adolescentes. (MARQUES, 2016).
Hoje o grande desafio é a elaboração de uma política educacional voltada para o estabelecimento de uma escola realmente inclusiva, acessível a todos, independentemente das diferenças que apresentam, dando-lhe as mesmas possibilidades de realização humana social (SOLER, 2005, p.23).
Após a Declaração Salamanca (1994), houve diversas mudanças, pois, através dela
todos têm direito a receber educação, antes disso havia muito preconceito o que acarretava
em exclusões sociais. Essa lei tem como objetivo a igualdade entre as pessoas, inclusão
social e diminuição da violência.
Esta Estrutura de Ação foi aprovada por aclamação após discussão e emenda na sessão Plenária da Conferência de 10 de junho de 1994. Ela tem o objetivo de guiar os Estados Membros e organizações governamentais e não-governamentais na implementação da Declaração de Salamanca sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial. Procedimentos-Padrões das Nações Unidas para a Equalização de Oportunidades para Pessoas Portadoras de Deficiências, A/RES/48/96, Resolução das Nações Unidas adotada em Assembleia Geral (SALAMANCA, 1994, p.17).
Essa inclusão tornou-se um assunto muito abordado que teve grande importância
política, a ponto de gerado como consequência a criação de políticas públicas voltadas a
questões sociais, como no artigo 205 da Constituição Federativa do Brasil, onde fala que a
educação é um direito de todos onde o Estado e a família tem dever de promover e incentivar
com ajuda da sociedade, visando o desenvolvimento e preparando a pessoa na cidadania e
17
qualidade profissional. Além da Constituição temos diversas políticas públicas como a Lei do
Aprendiz, Inclusão de Portadores de Necessidades Especiais, Vale Cultura, Estatuto da
Criança e do Adolescente, entre outros. (REVISTA ÉTICA E FILOSOFIA, 2013).
A lei de acessibilidade NBR 9050 (ABNT, 2015), onde fala sobre acessibilidade
a edificações como mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. De acordo com o
Ministério da Educação (2005), a adequação dos espaços para portadores de necessidades
especiais é importante principalmente pois melhora a integração e aproximação dos colegas,
além de ter grande importância na formação psicológica e social da criança e adolescente.
Segundo Nahas (2006), o esporte promove na vida do idoso um avanço significativo,
pois ajuda na melhoria da saúde mental causando diminuição dos níveis de estresse e
ansiedade, fazendo com que se sintam melhores consigo mesmo, ajudando no relaxamento.
Fisicamente ajuda no fortalecimento dos músculos, melhorando a resistência, qualidade de
sono, reduzindo colesterol e ajudando no controle da glicose para diabéticos.
Os procedimentos comportamentais são a junção de vários elementos que rementem
aos valores e o modo de ser dos sujeitos, o cotidiano pode se transformar no decorrer dos
anos, no entanto isso só ocorre quando a pessoa percebe que deve excluir ou incluir rotinas
diferenciadas com intuito de fomentar sua vida. Qualidade de vida é o discernimento que cada
pessoa tem sobre a concepção de bem-estar, contemplando distintos parâmetros singulares,
ambientais e socioculturais, aspectos que individualizam cada ser (NAHAS, 2006).
2.5 ESTUDOS DE CASOS
2.5.1 Unidade SESC Osasco
Arquitetos responsáveis: Grifo Arquitetura (Fábio Domingos Batista, Igor Costa
Spanger e Luciano Suski)
Área do terreno: 7.673 m2
Área construída: 29.996,12 m2
Local: Osasco / São Paulo / Brasil
2.5.1.1 Programa e Caráter
Para a construção da Unidade SESC de Osasco foi feito um concurso no dia 04 de
novembro de 2013 os vencedores foram os arquitetos Fábio Domingos Batista, Igor Costa
Spanger e Luciano Suski do escritório Grifo Arquitetura Ltda localizado em Curitiba, PR.
Localizado em Osasco na região metropolitana de São Paulo com uma topografia irregular
que foi o principal condicionante para a implantação, pois os setores foram inseridos
obedecendo as condicionantes topográficas. Dividido em cinco níveis e buscando criar um
espaço onde as pessoas sentissem-se atraídas para frequentar o espaço gerando assim o
18
encontro destas por meio de uma praça de conveniência que fica localizada no centro e
atividades principais em seu entorno. Acessibilidade em todos os ambientes, os setores
principais ficam localizados no entorno da praça de convivência, utilizando também o vidro
para iluminação natural e integração do externo e interno e a aproveitamento da insolação
das piscinas externas onde no verão é iluminada pelo sol o dia todo. O programa de
necessidades escolhido foi o necessário para o funcionamento do parque poliesportivo.
(ROMULLO BARATTO, 2014)
2.5.1.2 Implantação
O entorno foi analisado e o projeto apresentado mostra uma boa relação com o entorno
pois a entrada principal convida as pessoas a entrarem no ambiente. Na implantação
podemos ver os acessos de veículos e carga e descarga na parte noroeste e o acesso
principal no Nordeste. (Figura.3)
Figura 03: Implantação
Fonte: Archdaily, 2014
Figura 04: Relação externo/interno
Fonte: Archdaily, 2014
Constituído por cinco volumes articulados por uma marquise, forma o conjunto em
torno de uma praça central, transformando em um espaço que se mostra convidativo e
organizado, com balcões e terraços voltados para a praça e varanda voltada para a avenida.
Utilizando também o vidro para ajudar na integração dos espaços (Figura.4).
19
2.5.1.3 Função
Podemos perceber que existem diferentes acessos e todos estes estão ligados a praça
central que dá acesso para os outros corredores de circulação e estes levam as demais salas
e equipamentos. Existe um acesso lateral para serviço, e também há acesso exclusivo para
carga e descarga. (Figura.5 e 6).
Figura 05: Zoneamento
Fonte: Archdaily, 2014
1. Administrativo e Recepção
2. Espaço Cultural
3. Manutenção
4. Piscinas
5. Quadras Poliesportivas
Na imagem abaixo (Figura.6.), se mostra a dinâmica de fluxos da unidade, onde
podemos ver que a principal ligação dos ambientes é feita pela praça central.
Figura 06: Fluxograma
Fonte: Autora, 2016.
20
2.5.1.4 Dimensão dos espaços
Tabela 1: Dimensão dos espaços
Setor Nome do compartimento Área útil em m²
Social Estacionamento 11544,00m²
Uso múltiplo 960,00m²
Odontológico, infantil, turismo e terceirizados.
867,30 m²
Atendimento, saguão, exposições, oficinas culturais e atividades juvenis
1320,44m²
Sala de música, gravação, cursos ensaios, apoio, áreas técnicas, circulação, estar
1536,50m²
Marquises, circulação coberta e áreas de estar e de convivência
1500,00 m²
Áreas técnicas 735,00 m²
Ginásio de esportes, vestiários e salas de atividades físicas
2653,00 m²
Piscinas cobertas, vestiários, materiais, exames e emergência
1315,00 m²
Teatro, foyer, café, camarins 1528,37 m²
Salas flexíveis, biblioteca, informática, convivência, curumim, café e loja
1663,78 m²
Ginástica multifuncional (academia) e setor técnico
1043,00 m²
Restaurante 1595,48 m²
Sala de ensaio 167,55 m²
5 Marquise/convivência 504,00 m²
SubTotal do Setor 28.933,42 m²
Administrativo Administração e operação 867,30m²
SubTotal do Setor 867,30 m²
Serviço Teatro: camarim, carga e descarga
195,40 m²
SubTotal do Setor 195,40 m²
Lazer/áreas externas Praça de Conveniência 4428,00 m²
Piscinas Externas 3020,60 m²
21
Balcão e terraços 5512,25 m²
Varanda 503,95 m²
Quadras descobertas 4067,55 m²
SubTotal do Setor 17.532,35 m²
Área Total 47.528,47 m²
O acesso principal é acessível através de escadas e rampas que levam a praça
central, essa que dá acesso as demais circulações onde há acessibilidade universal tendo
elevadores que dão acesso para os demais pavimentos.
2.5.1.5 Forma
Conforme pode ser observado na Figura 7, a planta é organizada de forma
aglomerada, utilizando-se de formas geométricas puras, nas quais os dois blocos principais
ficam mais a frente, criando um pórtico de acesso, onde a cobertura é feita através do volume
horizontal do pavimento superior. O tratamento das fachadas utiliza elementos arquitetônicos
distintos, que demarcam os diferentes usos de cada volume.
Figura 07: Forma
Fonte: Autora, 2016.
2.5.1.6 Habitabilidade
O acesso principal tem ligação direta com a praça central e a partir dessa segue para
os demais acessos, possui pequeno desnível em relação ao nível de alinhamento, o que
mantém a harmonia entre as alturas da edificação e entorno, uso de telha metálica com
proteção termo/acústica e na face externa o uso da cor branca para diminuição da incidência
solar e iluminação natural através de fechamento em vidro.
2.5.1.7 Tecnologia
Os materiais escolhidos para o os edifícios propiciam a racionalidade e rapidez da
construção. Todos os elementos construtivos seguidos não precisam de tecnologias
22
estrangeiras ou mesmo de mão de obra especializada utilizando concreto e aço para a
estrutura. Na maior parte dos foram usados revestimentos cerâmicos, e também, painéis de
madeira certificados, painéis metálicos e pintura. As coberturas são metálicas, com proteção
termo acústica, tendo a face externa na cor branca, com o objetivo de minimizar o
aquecimento devido a incidência solar.
2.5.2 Parque Tancredo Neves
Arquitetura: Spadoni Arquitetos e Associados
Área do terreno: 52.798 m2
Área construída: 7.992 m2
Localização: Vitória, ES
Data do início do projeto: 2007
Data da conclusão da obra: 2012
2.5.2.1 Programa e Caráter
Para a construção do novo parque Tancredo Neves foi promovido um concurso em
conjunto com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/ES), o escritório vencedor foi o paulistano
Spadoni Arquitetos Associados. Com terreno localizado em Vitória capital do Espirito Santo,
o objetivo era buscar a melhor solução para a requalificação do equipamento público,
existente a vinte anos. O projeto está em contraste com o entorno, porém com forma simples,
a escolha da posição das quadras foi determinada pela melhor orientação solar norte/sul, com
isso foi criado um acesso elevado que levam para os essenciais equipamentos esportivos. As
quadras externas foram implantadas e a partir disto feito o restante da parte coberta. Acessível
para todos feita por rampas e acessos, utilizando de iluminação natural em abundancia, com
utilização de vidro em todos os lados dos edifícios, o ginásio também possui ventilação
cruzada. Para as fachadas foram usados materiais metálicos e pilotis. O projeto foi terreno foi
dividido em espaços recreativos e lazer, na outra porção ficou a parte edificada. O programa
de necessidades foi desenvolvido conforme os interesses da população. “É o lugar do ócio,
próprio para a contemplação da paisagem, mas também define o desenho do território,
organizando percursos, definindo áreas de sombra, espalhando manchas verdes e
construindo a orla”, conceitua o memorial do projeto. (ADILSON MELENDEZ, 2014).
23
2.5.2.2 Implantação
A implantação foi pensada contornando a orla e assim tendo um alinhamento continuo
com o entorno (Figura.8.).
Figura 08: Implantação
Fonte: Spadoni AA, 2016
Figura 09: Relação externo/interno
Fonte: Archdaily, 2014
A relação do externo e interno foi feito com a utilização de vidro em todos os lados da
edificação garantindo integração além de iluminação natural (Figura.9.). A via que fica a quatro
metros do nível do terreno traz uma visão privilegiada da paisagem.
2.5.2.3 Função
A hierarquia de acesso, se faz através de três eixos estruturais feitos a partir da orla
onde há uma passarela elevada que funciona como catalizador do espaço, e também pelas
ruas que contornam o parque, onde o acesso de veículos é feito separadamente rua lateral.
(Figura.10, 11 e 12).
24
Figura 10: Zoneamento
Fonte: Projeto Design na Edição 410
Figura 11: Zoneamento Fonte: Projeto Design na Edição 410
Figura 12: Zoneamento
Fonte: Projeto Design na Edição 410
A dinâmica de fluxos da unidade, onde o contorno da orla foi destinado a pistas de
corrida, caminhos e ciclovias para aproveitar as visuais da Baia de Vitória e também
assimilando a via de alta tensão que corta o terreno (Figura. 13).
25
Figura 13: Fluxos
Fonte: Site Prefeitura de Vitória/ES
A divisão dos setores foi feita em área edificada, praça central e parque, onde
podemos ver que a parte edificada foi feita verticalmente aproveitando mais o terreno para as
áreas descobertas. (Figura. 14).
Figura 14: Setores
Fonte: Site Prefeitura de Vitória/ES
2.5.2.4 Forma
Conforme observado na Figura 15, a planta é organizada de forma centralizada,
utilizando formas geométricas puras, além de usar diferentes materiais para a concepção do
projeto, na parte esportiva adotou-se um espaço mais fechado, onde utiliza elementos que se
complementam com a área de conveniência, esta que por sua vez faz uso de aberturas
Orla
Ciclovia
Corrida
Passarela
Caminhos
Acesso Veículos
Acesso Pedestres
Acesso Pedestres
Centro esportivo e de lazer
Praça
Parque Área de fechamento
26
maiores trazendo maior transparência, gerando a integração dos espaços internos e externos
como podemos ver na Figura 9 acima.
Figura 15: Forma
Fonte: Projeto Design na Edição 410
2.5.2.5 Habitabilidade
Tanto ginásio quanto os pavilhões possuem iluminação natural em abundancia, coma
a utilização de aberturas em vidro presentes em todos os lados dos edifícios, além disso o
ginásio possui ventilação cruzada através das aberturas localizadas na parte superior.
2.5.2.6 Tecnologia
Os materiais escolhidos para o os edifícios propiciam a contemporaneidade utilizando
o vidro para trazer leveza e transparência ao projeto, escolhendo o metal como revestimento
da fachada para contrapor o azul do menor pavilhão que fica mais próximo a orla, fechamento
com telhas de aço. O projeto faz uso de vigas metálicas para suporte do piso e concreto
armado para colunas. O uso de pilotis revela a arquitetura moderna existente no projeto.
2.5.3 Centro Poliesportivo de Bakio
Escritório: ACXT - IñakiGarai
Área construída: 5.193 m2
Local: Bakio–Espanha
Período de execução: Junho-2004 a Junho-2006
2.5.3.1 Programa e Caráter
O edifício está localizado na cidade de Bakio região costeira de Biscaia, na Espanha.
A parte edificada foi inserida no lado oeste do terreno, onde o acesso do público fica na região
oeste, e na região sul a uma parte elevada onde fica o solário das piscinas. O objetivo do
projeto foi a escala do edifício em relação ao seu entorno, que é constituído de baixa
27
densidade, para isso foram utilizados o jogo de três volumes para aproveitar o desnível do
terreno. O revestimento das fachadas foi escolhido pelos limites no orçamento o que o tornou
um edifício considerado um objeto abstrato. A utilização de policarbonato celular translucido
nas áreas perimetrais, resolve o problema de isolamento térmico, que é complementado
através de vegetação, protegendo do sol na parte oeste do mesmo, as claraboias utilizadas
filtram a luz tanto de dia como na noite. Os métodos utilizados transformam a percepção do
edifício, causando uma redução do impacto na implantação. (VITOR DELAQUA, 2012).
2.5.3.2 Implantação
O edifício foi implantado utilizando a topografia em desnível do terreno para se adequar
ao entorno. (Figura.16)
Figura 16: Implantação
Fonte: Concursos de projeto 2011
Figura 17: Relação externo/interno
Fonte: Archdaily, 2012
A relação do interno/externo faz-se através do uso de policarbonato e claraboias
superiores fazendo a integração dos espaços (Figura. 17).
28
2.5.3.3 Função
Os acessos são todos acessíveis pela topografia ou rampas, no projeto existem dois
acessos laterais que levam ao principal, há acessos específicos para as áreas esportivas,
como a quadra e as piscinas. Para serviço há um acesso na lateral da edificação feito
separadamente dos demais. (Figura.18)
Figura 18: Setorização e fluxos
Fonte: Concursos de projeto 2011
2.5.3.4 Forma
A planta é organizada de forma linear, através de uma forma orgânica utilizando
recortes das formas geométricas, faz-se uso de diferentes elementos arquitetônicos que
trazem à tona o conceito através do uso de placas que imitam a textura do sofá chaise, além
disso utiliza telhas de policarbonato, permitindo uma iluminação natural indireta uma vez que
as placas são opacas. (Figura.19).
Figura 19: Forma
Fonte: Concursos de projeto 2011
Serviço
Lazer
Administrativo
Educacional
Acesso rampa
Acesso quadra
Acesso serviço
Acesso principal
Acesso lateral
Acesso piscina
Elevadores
29
2.5.3.5 Habitabilidade
Para um aproveitamento maior da luz solar e um limite orçamentário, foi utilizado o
policarbonato celular translucido para uma iluminação natural e também para o isolamento
térmico, que junto com a vegetação protege da incidência solar oeste. A utilização de
claraboias superiores também foi utilizada fazendo com que além de gerar luminosidade, a
noite pode-se ver as estrelas.
2.5.3.6 Tecnologia
Os materiais escolhidos tonam o edifício abstrato e leve pois há grande utilização de
policarbonato celular translúcido causando integração entre interno/externo, considerado um
edifício abstrato pois usa o estilo de revestimento como o capitonê, (Figura.20), trazendo
modernidade ao projeto, onde sua estrutura é feita em aço.
Figura 20: Tecnologias
Fonte: Archdaily, 2012
2.6 CONCLUSÃO
Os três estudos utilizaram a topografia dos terrenos a favor do projeto com
simplicidade no formato da edificação, fazendo uso de diferentes materiais que mostram nos
estilos de revestimentos a qualidade estética sem interferir na funcionalidade do projeto.
Ambos se preocuparam em utilizar elementos que trouxessem iluminação natural e também
ventilação, pensando no isolamento térmico dos edifícios e áreas abertas. O sistema
estrutural escolhido foi diferente em cada projeto, pois o primeiro utilizou concreto armado e
aço, o segundo concreto armado e vigas metálicas e o terceiro estrutura em aço. Podemos
ver na tabela abaixo as comparações entre os três estudos.
30
Tabela 2: Comparação conclusiva
Questões Estudo 01 Estudo 02 Estudo 03
Como é a relação da implantação do projeto com a malha urbana?
Integrada Integrada Integrada
Como são os espaços abertos em relação à malha urbana?
Acompanha a via.
Acompanha a via.
Acompanha a via.
Quais setores são comuns entre os estudos analisados?
Uso comum, serviço e administração.
Uso comum, serviço e administração.
Uso comum, serviço e administração.
Programa de necessidades, quais os compartimentos os estudos têm em comum?
Banheiros, vestiários, quadras e áreas de lazer.
Banheiros, vestiários, quadras e áreas de lazer.
Banheiros, vestiários, quadras e áreas de lazer.
Como acontece a organização das plantas? (Ching)
Aglomerado Centralizado Linear
Como é a composição das fachadas?
Contraste Contraste Contraste
Marcação de acesso, como foi obtida?
Há entrada tem uma praça central que convida as pessoas.
Há uma passarela que conecta a via pois é elevada.
Pela via principal.
Habitabilidade, foi utilizada alguma técnica para tornar a edificação habitável?
Vidro para aproveitamento solar
Vidro e orientação solar.
Policarbonato e vegetação.
Qual o sistema estrutural? Qual a Modulação Estrutural?
Concreto armado e aço.
Vigas metálicas e concreto armado.
Estrutura em aço.
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
A área de intervenção localiza-se no bairro Taquaruçu, no município de Constantina,
bairro este que foi nomeado em função das inúmeras taquaras existentes no local, bem
como pela passagem do Rio Lajeado Taquaruçu. É considerado área mista, porém contém
mais de 70% de residências que não ultrapassam três pavimentos.
Figura 21: Localização da cidade no País e Estado.
Figura 22: Localização Constantina.
Figura 23: Localização do terreno no Bairro Taquaruçu.
Fonte: Wikipédia, 2016. Fonte: imagem google mapas, 2016.
Fonte: imagem google Earth, editado pela autora 2016.
31
3.1 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1.1 Contextualização Regional
Localizada no norte do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Engenho Velho,
Liberato Salzano, Novo Xingu, Sagrada Família e Cerro Grande, pertencente a região do
médio alto Uruguai, com sua área composta de serra, campo e culturas diversas.
(CONSTANTINA, 2011)
O primeiro nome do município foi Taquaruçu e era considerado local de pousada para
os tropeiros, que aproveitavam a pastagem, pois havia sombra e água do rio Lajeado
Taquaruçu que recebeu esse nome devido a imensa quantidade de taquaras em suas
margens. Posteriormente recebeu o nome de Benjamin Constant, fato que trouxe diversos
transtorno devido ao nome já ser utilizado em outra região, então o município passou a se
chamar Constantina e em 14 de abril de 1959, através da Lei estadual nº 3.736.
(CONSTANTINA, 2011)
O parque poliesportivo foi realizado e construído pela prefeitura municipal com os
devidos fins de proporcionar à população constantinense, um lugar adequado para momentos
de lazer e de cultura, na data de 21 de outubro de 1995, gestão 1993-1996.
3.1.2 Mapa Nolli
Na figura 24 que mostra o mapa noli conseguimos compreender a região onde o
terreno está localizado e os cheios e vazios, onde identificamos que grande parte da área
está edificada, porém ainda se encontram terrenos baldios e vazios urbanos. Ao Norte tem
uma topografia muito acentuada que se configura como um limite. Segundo Lynch (1960) “Os
limites, sejam eles vias-férreas, topográficos, passagens, fronteiras de bairros, são uma
característica típica deste ambiente e contribuem para a sua fragmentação” (Lynch (1960,
p.75)
Figura 24: Mapa Noli
Fonte: Autora, 2016
32
3.1.3 Skyline de cada face do quarteirão
Para maior entendimento do terreno, foram feitas imagens de cada face. Assim, o
mapa boneco (Figura.25), mostra o posicionamento das vistas.
Figura 25: Localização do terreno Fonte: Autora, 2016
Figura 26: Terreno A
Fonte: Autora, 2016
Figura 27: Terreno B
Fonte: Autora, 2016
Figura 28: Terreno C
Fonte: Autora, 2016
Figura 29: Terreno D
Fonte: Autora, 2016
A
B
C
D
33
Para uma compreensão melhor das quadras do entorno, foram feitas imagens da face
oposta do terreno. Assim, o mapa boneco (Figura.30), mostra o posicionamento das vistas.
Com as imagens do skyline podemos ver que o entorno do parque é de um ou dois pavimentos
não ultrapassando dez metros de altura.
Figura 30: Localização skyline Fonte: Autora, 2016
Na figura 31, skyline A está localizado a direita da face do terreno, na Rua: Ida
Siliprandi.
Figura 31: Skyline A Fonte: Autora, 2016
Na figura 32, skyline B está localizado a direita da face do terreno, na Rua: Padre
Pedro.
Figura 32: Skyline B Fonte: Autora, 2016
Na figura 33, skyline C está localizado a direita da face do terreno, na Rua: Dr. Luiz
Carlos Tonet.
Figura 33: Skyline C Fonte: Autora, 2016
Na figura 34, skyline D está localizado a direita da face do terreno, na Rua: Italo
Ferronatto.
Figura 34: Skyline D Fonte: Autora, 2016
A
B
C
D
34
3.1.4 Infraestrutura: Sistema Viário
Como podemos ver na figura 35, há apenas duas vias estruturais sendo elas a
Avenida Amândio Araújo e Avenida Presidente Vargas, tendo duas vias coletoras que as
ligam além das demais ruas consideradas locais, mostrando assim os pontos conflitantes
que acontecem na Avenida Presidente Vargas.
. Figura 35: Sistema Viário.
Fonte: Autora, 2016
Na figura 36, podemos ver os fluxos de carros e pedestres, pelo fato do terreno estar
em um bairro residencial, as vias têm baixo fluxo, tenho um fluxo moderado nas ruas que
levam para o parque poliesportivo.
Figura 36: Fluxos das vias.
Fonte: Autora, 2016
Tendo em vista o mapa (Figura 36) mostra que o melhor acesso para pedestres se faz
pela Rua Padre Pedro, pois o fluxo de veículos é maior, sendo assim escolhemos a Rua: Ítalo
35
Ferronatto para o acesso de serviço e estacionamento por ser uma rua residencial e não ter
pontos conflitantes, tendo assim, baixo fluxo de trânsito, não gerando congestionamentos.
3.1.5 Uso e Ocupação do Solo
Pela análise feita mostrando através do gráfico mostrado e figura 37, podemos
identificar que o bairro é 72% residencial, contando com 11% de edificações mistas, 9% de
terrenos baldios, 3% de comércio, 2% serviço, 2% de construções sendo feitas, 1%
estacionamento. Podemos concluir com a figura 38 que a maioria é residencial.
Figura 37: Gráfico de uso e ocupação do solo.
Fonte: Autora, 2016
Figura 38: Uso e ocupação do solo.
Fonte: Autora, 2016
Residência72%
Comércio
3%
Serviço2%
Institucional0%
Templo…
Terrenos Baldio9%
Em construção2%
Misto11%
Estacionamento1%
USO DOS SOLOS
36
Com o mapa das alturas (Figura. 39), podemos identificar que a grande maioria do
entorno é destinada a residências de um e dois pavimentos, contando com poucas
edificações com maior gabarito que se localizam mais distantes da área de intervenção do
terreno. ‘
Figura 39: Alturas. Fonte: Autora, 2016
3.1.6 Mapa de Infraestrutura Urbana (geral)
Podemos ver na figura 40 que as ruas são bem arborizadas, sendo que na maior parte
adota-se a Ficus (fícus benjamina) e a Canela (Cinnamomum zeylanicum Blume), com
exceção de alguns lugares que apresentam arvores de grande porte como o ipê roxo
(Handroanthus avellanedae (Bignoniaceae)) entre outras.
Figura 40: Rede Verde
Fonte: Autora, 2016
37
No local não existe rede de esgoto pública, este é feito individualmente, onde cada um
tem sua fossa, filtro e sumidouro. As tubulações da rede de água estão sendo trocadas para
PVC, porém algumas ainda são de fibrocimento, no bairro Taquaruçu a grande maioria já foi
trocada, porém ainda existem canos em fibrocimento. Para a rede de energia adota-se a cada
30 metros um poste, porém há exceções em que esses estão há uma distância maior ou
menor. A seguir na figura 41, podemos ver as redes de infraestrutura do terreno e entorno de
500 metros.
Figura 41: Rede de infraestrutura
Fonte: Autora, 2016
38
3.1.7 Transporte
Os transportes escolares passam em alguns locais da via coletora, Rua: João
Mafessoni, com final na Avenida: Presidente Vargas, onde há uma parada para os ônibus
como vemos na figura 42.
Figura 42: Transporte
Fonte: Autora, 2016
3.2 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
O terreno como podemos ver na figura 43, apresenta as ruas de seu entorno parte de
asfalto e parte de calçamento, ambas em bom estado, as calçadas da Rua: Padre Pedro onde
encontram-se os acessos principais, está quebrada devido ao crescimento das raízes das
arvores existentes no local. As calçadas da Rua: Ida Siliprandi, está em partes boas, em outras
quebradas e na Rua Dr Luiz Carlos Tonet e Rua: Italo Ferronatto são inexistentes, tendo
apenas o recuo das calçadas, porém sem pavimentação.
Figura 43: Terreno. Fonte: Autora, 2016
39
Podemos perceber com o mapa do terreno na figura 43 que a topografia é irregular,
sendo que o desnível maior é de um metro como podemos ver na figura 44, onde foram feitos
cortes esquemáticos para representar os desníveis.
Figura 44: Cortes do Terreno.
Fonte: Autora, 2016
3.3 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA
3.3.1 Plano Diretor
A cidade não tem plano diretor, nem código de obras, e o código de postura não fala
sobre construções, por este motivo usaremos o plano diretor de Passo Fundo analisando o
terreno como Zona ZOI2, os índices adotados para o projeto foram:
TO = 80% - 60%
CA = 3,6
CID = 10m²
LM = 300m²
Para os recuos adota-se:
Recuo frontal mínimo de 8 metros, é dispensado o uso de recuo lateral e de
fundos para pavimentação de até 10 metros de altura.
Recuos laterais e de fundos com mais de 10 metros de altura, serão calculados
a partir da formula: R= N x 0,15 + 2.
As vagas de estacionamento deverão estar localizadas no corpo da estrutura do
prédio, quando este apresentar altura superior a 7,5 metros, obedecendo as dimensões
mínimas de 2,40 (largura) por 5,00 (comprimento).
3.3.2 NBR 9050
A norma 9050 foi utilizada para saber sobre a acessibilidade das edificações incluindo,
espaços abertos, mobiliários e equipamentos urbanos, dimensionamento de rampas,
escadas, tipo de pisos, portas e janelas, também para dimensão dos espaços propostos
como: vestiários, banheiros, arquibancadas e parque em geral.
40
3.3.3 NBR 9077
A norma 9077, fala sobre as saídas de emergência em edificações, foi utilizada para
o cálculo das escadas e demais componentes, como também para dutos de ventilação, saídas
de emergências, rampas, e demais elementos que fazem parte do projeto garantindo uma
edificação segura.
4 CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO
4.1 CONCEITO DA PROPOSTA
Para trazer de volta a memória do primeiro nome do município e com isso lembrar dos
tropeiros que faziam passagem pela cidade e usavam as encostas dos rios para descanso,
pois havia agua e pasto para os animais. Para chegar as margens do rio Lajeado Taquaruçu
onde hoje se localiza o Bairro Taquaruçu, era preciso passar por imensas taquaras bambus
que eram vastas nas encostas do rio. O projeto do parque poliesportivo utilizará pilares
metálicos e esquadrias cilíndricas em tom esverdeado para lembrar a taquara bambu além da
utilização da madeira e do vidro, para a integração dos espaços internos e externos.
4.2 CARTA DE INTENÇÕES
Com a carta de intenções conseguimos identificar todos os fatores que ajudaram na
escolha e determinação do projeto a ser desenvolvido.
4.2.1 Entorno
O entorno do terreno é muito significativo e fundamental para a concepção do projeto,
o caráter da área escolhida é definido como residencial, contando apenas com algumas
edificações voltadas para outros usos, sendo o principal destaque o Parque Poliesportivo e o
Centro de Tradições Gaúchas. O traçado da malha é regular com partes irregulares, a
intenção do projeto é se adequar a malha urbana, fazendo com que a edificação não
ultrapasse três pavimentos.
Figura 45: Traçado da malha regular.
Fonte: Autora, 2016
41
4.2.2 Funcionalidade
Será mantido o mesmo uso, sendo espaços totalmente públicos, dedicados a todos
que desejam praticar esportes ou aproveitar momentos de lazer. Os eixos ordenadores são
as quadras que precisam de insolação norte/sul, após a edificação e então se estabeleceram
os demais espaços.
Figura 46: Eixos ordenadores.
Fonte: Autora, 2016 4.2.3 Herança cultural
Para garantir a integração da população e dos esportistas, o espaço conta com setores
voltados para o lazer, pensando em proporcionar ambientes onde haja a interação das
pessoas, e com isso incentivar a pratica de atividades físicas, além de incentivar a criação de
novos programas esportivos, voltados para todas as idades, como a SAC e a RF escolinhas
da cidade, e também os Jogos escolares do Rio Grande do Sul (JERGS), onde o esporte
motivou atletas a seguirem carreira, além de trazer várias medalhas e com isso o
reconhecimento esportivo para a cidade em decorrência de campeonatos, ajudando assim a
influenciar cada vez mais e a iniciar os jovens ao esporte ensinando os a competir, enfrentar
desafios e também entender como há vitórias, há derrotas fazendo com que se busque
aperfeiçoamento para conseguir alcanças os objetivos.
Figura 47: Herança Cultural.
Fonte: Autora, 2016 4.2.4 Características do sítio
O aspecto climático do Rio Grande do Sul é formado pelo movimento de massas de
ar, o que faz com que o clima varie muito do frio para o calor em algumas estações do ano. A
cidade conta com o clima temperado com uma temperatura de em média 19º, durante a
estação mais fria ocorre muitas vezes a formação de geada, fazendo com que os espaços
abertos tenham menos fluxo de uso, os dias quentes são rigorosos, pensando nisso faremos
uso de ventilação e iluminação natural, além de usar a vegetação como aliada para melhorar
o clima em dias muitos ensolarados, utilizando os pilares como brises para proteção de
incidência solar.
Figura 48: Ventos, Iluminação Natural e Vegetação.
Fonte: Autora, 2016
COBERTA ABERTA
+ +
42
4.2.5 Clientes
Os clientes serão moradores da cidade e vizinhas que tenham interesse em praticar
esportes ou estão em busca lazer, também para participar de eventos e competições, voltados
para todas as idades, sexo e etnias. O parque poliesportivo será aberto ao público e
gerenciado pela prefeitura, e órgãos responsáveis pelo esporte, lazer e cultura. O criador do
programa SAC em Constantina sobre a importância do esporte “as pessoas se unem em torno
do esporte, lutam por um mesmo objetivo, formam ótimas amizades. O esporte é um dos
meios mais importantes de integração entre as pessoas”. Além de proporcionar um futuro
para quem quiser seguir atuando na área esportiva, segundo a jogadora da Associação
Female Futsal de Chapecó, que iniciou sua atividade esportiva aos 9 anos na escolinha RF
de Constantina, “hoje milhares de atletas se sustentam com os salários de clubes ou
associações, nem todas oferecem um salário alto como jogador de futebol, mas oferecem
bolsa de estudo o que no futuro poderá lhe dar um emprego”.
Figura 49: Integração das pessoas. Fonte: Grupo ilustração e clip arte, canstockphoto, 2016
4.3 DIRETRIZES DE PROJETO
O projeto a ser desenvolvido trata-se de um parque poliesportivo, que terá
acessibilidade, habitabilidade, pavimentação, infraestrutura básica entre outros. O caráter do
projeto é se adequar a malha urbana, pois a área onde o terreno está localizado é um bairro
residencial, pensando em seguir isso a intenção é que a edificação tenha no máximo 3
pavimentos não ultrapassando 12 metros de altura, para que haja integração com o entorno.
Para convidar as pessoas a terem uma vida mais ativa e incentivar a pratica de
exercícios o projeto tem como objetivo instalar o maior número possível de quadras
poliesportivas e uma academia fechada, pensada principalmente pelo nosso clima ser frio e
no inverno as academias ao ar livre são praticamente abandonadas, criando também espaços
voltados para o lazer dos munícipes.
Aproveitando os desníveis do terreno e com isso a vista para o parque, a proposta
para o espaço coberto seria implantada na parte sul, onde se encontra a parte mais alta do
lote, privilegiando assim a visão para o parque enquanto estão na academia que estará
localizada no segundo pavimento, além de aproveitar a melhor posição solar.
A ideia é projetar um parque aberto a pessoas de todas as idades, onde possam
acontecer eventos de jogos locais, e intermunicipais.
43
Utilizaremos a vermiculita expansiva usada como agregado fino, onde substitui a areia
na composição da argamassa, está que deverá ser aplicada em camadas, a escolha deste
material pois comportasse como enchimento de ótima qualidade além de ser um ótimo
isolante térmico e acústico gerando assim mais leveza para a obra e conforto para os
frequentadores. A estrutura será feita através de pilares e vigas metálicas, onde a modulação
será de 30x10m e no subsolo será usada estrutura de concreto armado modulado em 8x8m.
4.4 DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS
Os problemas e potencialidades do terreno e entorno serão mostradas através de uma
tabela com imagens a seguir:
Tabela 3: Diretrizes Urbanas - Problemas
Problemas
Problema Diretriz Estratégia Imagem
Arborização Promover
espaços
sombra sem
danificar
calçamento.
Escolher arvores
com raízes
adequadas e
canteiros
maiores 1,5m por
0,5m.
Acessibilidade Promover um
lugar acessível
a todos.
Uso de rampas e
piso tátil, para
acessibilidade.
Iluminação Promover um
iluminado e
seguro.
Uso de
iluminação
adequada.
Foto tirada com flash.
44
Passeio Propor um
lugar
adequado
para o acesso
ao parque.
Aumentar o
passeio
utilizando a área
do terreno.
Tamanho do terreno Compactar
mais as formas
aproveitando
os espaços
para
integração das
pessoas.
Mezanino e uso
de pilotis para
otimizar o
espaço.
Potencialidades
Potencialidade Diretriz Estratégia Imagem
Área de parque já
existente.
Promover um
lugar para a
integração
das pessoas.
Criar um novo
projeto para
parque
poliesportivo.
Parque já está em
uso.
Aumentar o
fluxo do
parque.
Fazer com que
pessoas de
outras cidades
venham a
frequentar o
parque.
45
5 PARTIDO GERAL
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO
Espaços Fechados
2 quadras poliesportivas
Arquibancadas
Banheiros Públicos
Vestiários
Academia
Estacionamento
Recepção
Almoxarifado
Contabilidade/Financeiro
Sala dos professores
Copa
Banheiros
Reservatórios
Depósito de lixo
Depósito de gás
DML
Gerador/Transformador
Depósito
Cozinha
Quiosque
Casa de máquinas
Espaços Abertos
1 quadra de futebol 7
1 quadra de areia
Arquibancadas
Banheiros públicos
Vestiários
Bicicletário
Playground
Mesas para jogos
Espaço para piqueniques
Quiosque/Bar
46
5.2 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA
Na imagem abaixo podemos ver os espaços separados por setores e suas ligações.
Figura 50: Organograma área coberta.
Fonte: Autora, 2016.
47
Figura 51: Organograma área externa, aberta.
Fonte: Autora, 2016.
5.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Conforme o programa de necessidades, legislação e estudos de caso, foi elaborado o
pré-dimensionamento para Parque Poliesportivo, mostrados na tabela a seguir:
Tabela 4: Pré-dimensionamento
Setor Nome do compartimento Mobiliário necessário Área útil em
m²
SERVIÇO Reservatório Caixa d’água 40m²
Depósito de lixo Lixeiras 5m²
Depósito de gás Botijões 5m²
DML Armários 6m²
Gerador/transformador 9m²
Depósito 6m²
Reservatório/ Cisterna Caixa d’água 40m²
Casa de máquinas 20m²
Cozinha
pias, armários, freezer,
geladeiras, balcão, fogão 50m²
Quiosque
Balcão de atendimento,
geladeira. 30m²
Subtotal do Setor 211m²
ADMINISTRATIVO Recepção
Balcão atendimento,
cadeiras. 25m²
Almoxarifado Armários 4m²
Contabilidade/financeiro
Mesas, cadeiras,
armários. 20m²
Copa
Mesa, cadeiras, sofá,
geladeira, balcão, fogão,
armário, pia.
20m²
48
Banheiros
Vaso, pia, barras de
apoio. 16m²
Sala dos professores
Mesa, cadeiras,
armários. 70m²
Subtotal do Setor 155m²
SOCIAL/COBERTO Quadra poliesportiva (com
recuos) (2x)
Quadras/ equipamentos
e recuos 748m²
Arquibancadas (2x) Cadeiras. 112m²
Banheiros públicos e PNE
(2x)
Vaso, pia, barras de
apoio. 35m²
Vestiários (2x)
Vaso, pia, chuveiro,
armários, bancos. 35m²
Elevador 5m²
Escada 16m²
Academia Suportes para academia. 150m²
Banheiros públicos (2x)
Vaso, pia, barras de
apoio. 48m²
Estacionamento Vaga normal (60vagas) 725m²
Vaga PNE (8vagas) 144m²
Subtotal do Setor 2024m²
SOCIAL/ABERTO Quadra futebol 7 e recuos. 1836m²
Quadra de areia e área livre. 496m²
Arquibancadas (2x) Cadeiras. 100m²
Banheiros públicos (2x)
Vaso, pia, barras de
apoio. 25m²
Vestiários
Vaso, pia, chuveiro,
armários, bancos. 25m²
Bicicletário Vaga (94vagas) 141m²
Playground Brinquedos 200m²
Área para piqueniques
Mesas para jogos,
espaço com grama. 150m²
Subtotal do Setor 3569m²
Área Total 5959m²
49
5.4 PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO
Foram elaboradas e analisadas três propostas de estudos preliminares para a
definição e escolhas do projeto, mostradas nas tabelas a seguir:
Tabela 5: Proposta 01
Proposta 01 – Centralizada em torno do Pátio
Critérios Avaliação
Funcionalidade A área coberta fica ao sul para privilegiar além da vista do
parque, a insolação norte para a área aberta, tendo acessos que
ligam as duas áreas.
1- Quadra poliesportiva/ Vestiários/ Banheiros/ Acessos. 2- Administrativo 3- Serviço 4- Mesas 5- Playground/Área para piqueniques. 6- Quiosque 7- Vestiário/ Banheiros. 8- Quadra de areia. 9- Arquibancadas 10- Quadra futebol 7
50
Tabela 6: Proposta 02
Proposta 02 – Organização Linear
Critérios Avaliação
Funcionalidade Acessos ao ginásio, com entradas para serviço distinta,
porém funcionalmente de acordo com o programa de
necessidades.
Forma Os volumes serão trabalhados com adição por tensão
espacial. O ginásio terá hierarquia na composição.
Sistema
construtivo
O sistema construtivo será estrutura metálica, e o subsolo
concreto armado que junto com os outros materiais empregados.
Conclusões Este estudo preliminar será o desenvolvido, pois apresenta
melhor orientação em relação a área aberta, quadras e aproveita
melhor as visuais do parque.
1- Quadra poliesportiva/ Vestiários/ Banheiros/ Acessos. 2- Serviço 3- Administrativo 4- Mesas 5- Playground/Área para piqueniques. 6- Quiosque 7- Vestiário/ Banheiros. 8- Quadra de areia. 9- Arquibancadas 10- Quadra futebol 7
N
51
Forma Os volumes serão trabalhados com adição por tensão
espacial. O ginásio terá hierarquia na composição.
Sistema
construtivo
O sistema construtivo será metálico, e o subsolo concreto
armado, que junto com os outros materiais empregados trazem à
tona o conceito.
Conclusões Um zoneamento a ser considerável, exceto pelos acessos
serem separados, e por não proporcionar a visual, além de ocupar
grande parte da área do terreno, e não proporcionar a melhor
orientação solar.
Tabela 7: Proposta 03
Proposta 03 – Centralizada em torno do Pátio
Critérios Avaliação
Funcionalidade O espaço edificado ficaria voltado para o norte, e o
restante na área sul, não aproveitando as visuais do terreno.
1- Quadra poliesportiva/ Vestiários/ Banheiros/ Acessos. 2- Serviço 3- Administrativo 4- Mesas 5- Playground/Área para piqueniques. 6- Quiosque 7- Vestiário/ Banheiros. 8- Quadra de areia. 9- Arquibancadas 10- Quadra futebol 7
N
52
Forma Os volumes serão trabalhados com adição por tensão
espacial. O ginásio terá hierarquia na composição.
Sistema
construtivo
O sistema construtivo será metálico, e o subsolo concreto
armado, que junto com os outros materiais empregados trazem à
tona o conceito.
Conclusões Um zoneamento a ser considerável, porém que acaba
usando a área norte do terreno sendo a melhor área de insolação
solar, acarretando no sombreamento do parque.
6 ESTUDO PRELIMINAR
Através dos estudos e analise da área de intervenção, chegamos a três propostas,
onde a melhor proposta foi escolhida. Com as áreas abertas voltadas para a posição solar
norte, e edificação na parte sul, onde faz divisa com lotes urbanos.
Figura 52: Implantação
Fonte: Autora, 2016.
53
O uso da madeira e pilares cilíndricos metálicos trazem à tona o conceito do projeto,
a edificação segue formas geométricas puras, tendo em sua cobertura uma forma orgânica,
bem como as taquaras bamboo que são conhecidas por suas formas ornamentais.
Figura 53: Croqui de corte da edificação
Fonte: Autora, 2016. Desta forma, chegou-se a forma da edificação e o zoneamento do terreno, definindo
assim as áreas e melhorando a insolação e sombreamento do parque. Abaixo imagens em
perspectivas da proposta do novo parque urbano poliesportivo Taquaruçu.
Figura 54: Perspectiva do parque mostrando a fachada
Fonte: Autora, 2016.
Figura 55: Perspectiva do parque mostrando implantação
Fonte: Autora, 2016.
8 CONCLUSÃO
Após à escolha do tema e terreno, foram efetuadas diversas análises da área de
implantação do terreno e de seus condicionantes para adequar o projeto com o entorno sem
impactar o bairro, pois o mesmo é considerado residencial com edificações baixas. Para a
concepção do projeto foram considerados três estudos de caso, onde foram estudadas
diversas formas e funções e após definir o programa de necessidades do projeto e suas
tecnologias. O conceito foi escolhido com o objetivo de trazer a memória do lugar que antes
de ser loteado era repleto de taquaras, para transmitir o conceito utilizamos pilares metálicos
tubulares e com tom esverdeado, além do uso da madeira para acabamentos como o forro do
ginásio.
Após o estudo concluímos que o projeto seria viável a implantação no centro
poliesportivo, onde hoje é uma área degradada que não oferece infraestrutura adequada para
a pratica de atividades físicas.
9 REFERÊNCIAS
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