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FAMFAMÍÍLIAS COM CRIANLIAS COM CRIANÇÇAS AS DESNUTRIDAS:DESNUTRIDAS:
As peripAs peripéécies para trabalhar com cies para trabalhar com famfamíílias em grupo.lias em grupo.
CENTRO DE SAÚDE SACO GRANDENEPEPS - UFSC
BOEHS, Astrid Eggert*STEFANES, Camila**
DAMIANI, Cinthya Búrigo***AQUINO, Marly Denise Wuerges de ****
O Programa Hora de Comer:n Em Florianópolis, no ano de 1999 foi instituído pela Secretaria Municipal de Saúde do Município o Programa “Hora de Comer”, para crianças de 2 a 6 anos de idade. Atualmente as crianças com idade de 0 a 2 anos foram incorporadas devido à extinção do “Leite é Saúde” do Ministério da Saúde.
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Pré-requisitos para participar do programa:
n É necessária uma consulta médica mensal, mais a participação na reunião com a assistente social da Prefeitura para levar o papel preenchido com o peso , altura da criança e então, para recebimento do novo papel que será preenchido e levado àreunião no mês seguinte.
n O número de crianças cadastradas no Programa varia de mês a mês, já que algumas melhoram do quadro de desnutrição e novas come çam a participar. Tivemos um número máximo de 60 crianças, atualmente a variação gira em torno de 30 a 50 crianças.
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O PROJETO DE EXTENSÃ/NEPEPS:
Em 2001, uma enfermeira da UFSC, Professora de estágio de Saúde da Criança, da 4a fase do curso de Enfermagem e uma enfermeira do
Centro de Saúde iniciaram uma aproximação com estas famílias nas reuniões mensais.
A partir daí, foi implantado o Projeto de extensão do Núcleo de Pesquisa e Extensão (NEPEPS)
da UFSC – BRINCANDO COM A CRIANÇA E CUIDANDO DA FAMÍLIA.
Metodologia:
Alguns conceitos foram norteadores de nossas ações junto as crianças desnutridas e suas famílias:
§ Família como Unidade de cuidado§ Família em Expansão§ Interdisciplinaridade§ Brincar
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Objetivos:Gerais:§ Compartilhar de forma grupal conhecimentos e
experiências com a família em expansão tendo pelo menos uma criança desnutrida;
Específicos:§ Subsidiar profissionais que trabalham em Centros
de Saúde a ocuparem espaços para fortalecer as famílias na promoção de sua saúde;§ Estimular educadores e profissionais da saúde a
investir no processo educativo da família valorizando o brincar e o brinquedo, promovendo assim a saúde integral da criança.
As reuniões:Os encontros aconteciam, geralmente, no salão paroquial
das Igreja do bairro, na primeira 2ª feira de cada mês.Eram planejados e desenvolvidos por uma equipe
interdisciplinar, formada por enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistente social e bolsistas–acadêmicos de enfermagem
Foram desenvolvidas em forma de oficinas, com atividades recreativas como jogos, brincadeiras, desenhos, confecção de brinquedos, teatros interativos, narração de estórias, passeio educativos, entre outras; e ainda atividades de aprendizagem como as oficinas culinárias, aula de reciclagem do papel e debates sobre a educação dos filhos.
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Sobre as oficinas:
Em 2002:O foco das oficinas era fortalecer a família como
unidade de cuidado:n A primeira oficina teve como pano de fundo a
valorização das pessoas envolvidas. A pergunta trabalhada em forma de oficina foi: “como me sinto nesta reunião?”
A partir disto surgiram, depois de longas discussões, temas como:
n discriminação,n por que algumas crianças ficam
desnutridas,n como aproveitar melhor os alimentos,n como conseguir emprego, entre outros.
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Em outras oficinas, foram trabalhadas questões como:
n O que quero para mim e o que quero para a minha família?
n Como eu seguro a “peteca”na minha família?
Em 2003:Centrou-se em fomentar laços entre adultos e
crianças. Assim surgiram solicitações de temas como:
n Como impor limites aos filhos; n O que fazer quando os irmãos brigam ou
quando as crianças só querem assistir televisão;
n como contar histórias...
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Como eram esses encontros?
Geralmente as oficinas seguiam uma ordem de planejamento:
n 15 minutos iniciais: recepção, acomodação e explicação das atividades;
n 50 minutos de realização das oficinas;n 10 minutos destinados à finalização para
síntese e avaliação.
Nos trabalhos em grupo, haviam duas modalidades trabalhadas:
n Atividades em separado com adultos e crianças e;
n Atividades em conjunto com adultos e crianças = Grande grupo.
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EXEMPLO DE ATIVIDADE:n Em pequenos grupos,
retratar individualmente, em papel com lápis de cera, as imagens positivas da sua infância.
n Em grande grupo, apresentação dos pequenos grupos e discussão do que era trazido, como por exemplo, explorar e incentivar as atividades lúdicas na família.
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Atividades com adultos e crianças:
n Confecção de pandorgas:Convidamos um artista da ilha que ensinou a todos como fabricar pandorgas.
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n ...momentos de culinária, como usar os ingredientes da cesta básica, oficina de papel reciclável, etc.
O lanche:
No final da reunião, ocorria geralmente um lanche comunitário. Em algumas reuniões o
lanche se constituía no ponto central da reunião, envolvendo a todos, como na Festa
de Natal ou no passeio a Cidade das Abelhas para festejar o Dia da Criança.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Estas reuniões foram palco de mútua aprendizagem, principalmente para os profissionais de saúde e dos alunos que
puderam compreender um pouco mais sobre como estas famílias se utilizam da criatividade
para driblar a falta de recursos.As famílias se beneficiaram nas questões de
enfrentamento dos problemas familiares e externos e os cuidados necessários com as
crianças em relação a alimentação.
Para a equipe interdisciplinar, tal experiência possibilitou a observação das relações
familiares com crianças desnutridas e o enfrentamento das dificuldades do trabalho em grupo. Motivou-nos a buscar e exercitar técnicas que promovessem a participação de
todos, utilizando ao máximo atividades lúdicas.
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Neste momento está também em andamento um trabalho de avaliação de crescimento e
desenvolvimento, e de observação dos fatores de risco e de proteção que existem
nestas famílias, desenvolvido pelo Departamento de Psicologia da UFSC.
ESPECTATIVAS:
Assim nosso trabalho se insere em uma experiência de educação popular em saúde, enquadrando-se na segunda
modalidade no qual o apoio à famíliase dá na totalidade de trabalho em
grupo com a atuação de uma equipe interdisciplinar.