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120 XXXIV Congresso Brasileiro de Farmacologia e TerapŒutica Experimental Farmacologia da Inflamaçªo e da Dor 04.001 DETECTOR ELETRÔNICO DE PRESSˆO (DEP): MÉTODO PARA ESTUDO DE NOCICEP˙ˆO MEC´NICA EM CAMUNDONGOS. Cunha, T.M; Ferreira, S.H; Cunha, F.Q. Depto. Farmacologia FMRP-USP. INTRODU˙ˆO: Um dos maiores problemas no estudo da nocicepçªo animal Ø o desenvolvimen- to de metodologias simples e replicÆveis. A mai- oria dos mØtodos existentes utiliza o rato como animal experimental. Portanto, Ø importante de- senvolver tØcnicas para investigar a nocicepçªo em camundongos, pois a biotecnologia estÆ am- plamente desenvolvida para esses animais. A tØc- nica de Von Frey filamentos (VFF) foi transforma- da em um mØtodo eletrônico para determinar pressªo em humanos e ratos apresentando gran- de confiabilidade. Entªo, o objetivo desse traba- lho Ø adaptaçªo e padronizaçªo do DEP em ca- mundongos. MÉTODOS: O DEP consiste de um anestesiôme- tro eletrônico, ao qual foi adaptada uma pontei- ra que estimula a pata traseira do animal (ca- mundongos Swiss 25-30g), provocando uma res- posta de flexªo característica, com retirada da pata, momento em que o estimulo Ø interrompi- do. O VFF foi utilizado para validaçªo dos resul- tados. RESULTADOS: Os resultados foram expressos como do limiar de estímulo mecânico (g) obti- do pela diferença do limiar antes e 3 h após os tratamentos para o DEP e log da força (g) para o VFF. A injeçªo intraplantar de carragenina (30, 100 e 300 μg) induziu hiperalgesia mecânica dose-dependente quando avaliada no DEP (7,8 ± 1,2; 7,7 ± 0,6; 10,1 ± 0,6 g, respectivamente) e no VFF (0,2 ± 0,04; 0,6 ± 0,2; 1,3 ± 0,3 g, respectivamente) quando comparado com o gru- po tratado com salina (0,7 ± 0,8; 0,1 ± 0,06 g, respectivamente). DISCUSSˆO: Obteve-se alta reprodutibilidade nos experimentos, sugerindo que o DEP Ø um mØto- do conveniente para estudos de hiperalgesia mecânica em camundongos. APOIO FINANCEIRO CNPq 04.003 COMPARA˙ˆO DA RESPOSTA NOCICEPTIVA (COMPORTAMENTAL) E EDEMATOG˚NICA À FORMALINA ENTRE RATOS WISTAR E HOLT- ZMAN. Noman-Ferreira, L.C. e Francischi, J.N.- Depto. Farmacologia-ICB-UFMG-BELO HORIZON- TE, MG Introduçªo: VariÆveis como raça, sexo, clima, etc, interferem na intensidade da resposta à dor men- surada. O objetivo deste trabalho foi comparar as respostas nociceptivas e edematogŒnicas em duas linhagens de ratos. MØtodos: Ratas (n=5/ grupo), das linhagens Holtzman e Wistar, pesan- do entre 140-180g foram utilizadas. Formalina (0.625-2.5 %) foi injetada intraplantarmente (0.05 mL). A resposta nociceptiva (tempo de per- manŒncia com a pata elevada) foi avaliada em intervalos de 5 min atØ 180 min da injeçªo, sob temperatura constante (25”C). Animais controle foram injetados com igual volume de salina fisi- ológica estØril. Medidas de edema (em mL) das patas dos animais foram obtidas em pletismô- metro Ugo Basile. Resultados: Ratas Holtzman e Wistar apresentaram respostas nociceptivas e edematogŒnicas à formalina dose-dependentes, com respostas nociceptivas de primeira fase (0- 10 min) de intensidade similar, de aproximada- mente 200 s (controles= 0 s). No entanto, as respostas nociceptivas de 2“ fase de ratas Holtz- man foram significativamente de maior intensi- dade do que em ratas Wistar (221.9 s x 167.4 s, P<0.05, test t ANOVA) na 1“ hora. As respostas edematogŒnicas foram de intensidade similar nas duas linhagens (aproximadamente 0.25 mL, 1.25% e 0.42 mL, 2.5 %) na 3“ h de estudo, sendo mÆximas quando a resposta comportamen- tal havia desaparecido. Conclusıes: Ratas Holtz- man apresentam resposta nociceptiva de 2“ fase aumentada em relaçªo à ratas Wistar, embora o edema tenha sido de mesma intensidade. Apa- rentemente, os mecanismos envolvidos nessas respostas sªo independentes. Apoio: CAPES, CNPq E FAPEMIG. 04.004 ESTUDO DE G˚NERO ENTRE A ATIVIDADE HIPERALGÉSICA DO SOBRENADANTE DA CUL- TURA DE CÉLULAS MONONUCLEARES DE IDOSOS H˝GIDOS E ADULTOS JOVENS. L eani, S. M. P er eira; Webster, G. P. Reis; Vanderson, A. Romualdo; Resende, M. A; Janetti, N. Francischi. Depto. de Farmacologia-ICB-UFMG-Belo Horizon- te-MG Em trabalho anterior verificamos que o sobrena- dante obtido da cultura de leucócitos mononu- cleares de idosos hígidos (SLMi) induziu hiperal- gesia em ratos 50% menor quando comparada ao sobrenadante de adultos jovens (SLMj). Objetivos: Verificar se existem diferenças, quan- to ao gŒnero, na atividade hiperÆlgesica (Hip) do SLMi e do SLMj. MØtodos: Participaram do estudo 10 idosos hígi- dos (mØdia de idade = 71.9 ± 3.8; 5 homens e 5 mulheres com I.M.C entre 2227) e 10 adultos jovens hígidos, mØdia de idade= 25.3 ± 0.8 anos; 5 homens e 5 mulheres com I.M.C padrªo. Fo- ram colhidos 10 ml de sangue da veia ulnar me- diana do antebraço direito de cada participante. Os leucócitos mononucleares foram purificados atravØs de gradiente de centrifugaçªo (95% de pureza). As cØlulas foram incubadas com 250μg de carragenina (Cg) λ em RPMI (1.0 ml) pH=7.4 e 10% de soro bovino, por 2 horas, em placas de cultura e câmara de CO 2 . O sobrenadante foi guardado congelado (-15°C) atØ a utilizaçªo. So- brenadantes de cØlulas sem adiçªo de Cg consti- tuíram os controles. Foram administrados 0.1ml dos sobrenadantes na pata de ratos e a hiperal- gesia foi medida atØ 24 horas, atravØs do mØto- do de Randall-Sellitto (trabalho aprovado pelo comitŒ de Ética local). Resultados: A atividade hiperalgØsica do SLMi (Fe- minino = 30.6 ± 0.8; Masculino = 35.0 ± 0.9) e do SLMj (Feminino = -66.5 ± 1.0; Masculino = 67.8 ± 1.9), P>0.05, avaliadas pelo teste t ANOVA Conclusıes: Nªo foram observadas diferenças estatísticamente significativas entre a atividade hiperalgØsica dos sobrenadantes, quanto ao gŒ- nero, da cultura de cØlulas mononucleares de idosos hígidos e adultos jovens. Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES 04.005 PAPEL DAS INTERLEUCINAS NA NOCICEP˙ˆO E EDEMA INDUZIDOS PELA INJE˙ˆO INTRA- PLANTAR DE GLUTAMATO EM CAMUNDON- GOS. Beirith, A.; Calixto, JB. Depto de Farmaco- logia, UFSC, Florianópolis, SC Objetivo: Foi demonstrado que a injeçªo intra- plantar (i.pl.) de glutamato provoca nocicepçªo acompanhada de edema em camundongos. VÆ- rios receptores glutamatØrgicos estªo envolvidos na resposta nociceptiva, mas apenas os recepto- res nªo-NMDA acoplados a canal iônico pare- cem ter participaçªo no edema, enquanto a da via da L-arginina/óxido nítrico participa de am- bas respostas. Neste trabalho, serÆ avaliado o papel das interleucinas 1β e 10 (IL-1β e IL-10) e da migraçªo de leucócitos na nocicepçªo e ede- ma induzidos por glutamato. MØtodos e resultados: Foram utilizados camun- dongos suíços machos (30-40 g, n: 6-8) e os re- sultados estªo expressos como a mØdia ± e.p.m.. Um grupo de animais foi tratado com glutamato (30 μmol/20 μl, i.pl.), sacrificado após 15 min e a medula espinhal e o tecido muscular da regiªo plantar da pata tratada foram removidos para medida da IL-1β. A injeçªo i.pl. de glutamato aumentou o nível de IL-1β na medula espinhal (1,5 vezes). A co-injeçªo de IL-10 (10-50 ng/pata) ou do anticorpo anti-IL-1β (50-100 ng/pata) ou ainda, o tratamento com fucoidina (25 mg/kg, 5 dias, e.v.) reduziram significativamente a noci- cepçªo causada pelo glutamato (40±10, 23±6 e 46±8%, respectivamente). Ao contrÆrio do ob- servado para IL-10 ou IL-1β, somente a fucoidi- na foi capaz de reduzir significativamente (14±2%) o edema causado por glutamato. Conclusıes: A IL-1β, IL-10 estªo envolvidas com a nocicepçªo causada pelo glutamato, enquanto o edema de pata parece estar associado, pelo menos em parte, com molØculas de adesªo e migraçªo celular. Apoio financeiro: CNPq, FINEP, CAPES e PRONEX 04.006 MEDIADORES ENVOLVIDOS NA DOR OROFA- CIAL INDUZIDA POR FORMALINA EM RATOS. Chichor r o, J. G.; Lorenzetti, B. B.; Zampronio, A. R. Depto. Farmacologia, UFPR. Introduçªo: Avaliamos a participaçªo de diver- sos mediadores na dor induzida por formalina (Form) na regiªo trigeminal. MØtodo: Form foi injetada no lÆbio superior de ratos Wistar ma- chos e os animais observados de 0-3 min (fase I) e de 12-30 min (fase II). Os tratamentos foram feitos no local ou por via ip. O índice de nocicep- çªo foi representado pelo tempo de fricçªo do local. Dados mostram % mÆxima de reduçªo ou potenciaçªo. Resultados: O tratamento com BQ123 (1-10nmol) ou HOE140 (0,1-10mg/kg) reduziu as fases I (45 e 67%) e II (49 e 46%), respectivamente, da resposta à Form 2,5%. A fase II desta resposta foi reduzida pelo tratamento com meloxicam (0,3125-5mg/kg,55%), celecoxibe (1-

Farmacologia da Inflamaçªo e da Dor · Farmacologia e TerapŒutica Experimental ... lho Ø adaptaçªo e padronizaçªo do DEP em ca-mundongos. MÉTODOS: O DEP consiste de um anestesiôme-tro

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

Farmacologia da Inflamação e da Dor

04.001DETECTOR ELETRÔNICO DE PRESSÃO (DEP):MÉTODO PARA ESTUDO DE NOCICEPÇÃOMECÂNICA EM CAMUNDONGOS. Cunha, T.M;Ferreira, S.H; Cunha, F.Q. Depto. FarmacologiaFMRP-USP.

INTRODUÇÃO: Um dos maiores problemas noestudo da nocicepção animal é o desenvolvimen-to de metodologias simples e replicáveis. A mai-oria dos métodos existentes utiliza o rato comoanimal experimental. Portanto, é importante de-senvolver técnicas para investigar a nocicepçãoem camundongos, pois a biotecnologia está am-plamente desenvolvida para esses animais. A téc-nica de Von Frey filamentos (VFF) foi transforma-da em um método eletrônico para determinarpressão em humanos e ratos apresentando gran-de confiabilidade. Então, o objetivo desse traba-lho é adaptação e padronização do DEP em ca-mundongos.MÉTODOS: O DEP consiste de um anestesiôme-tro eletrônico, ao qual foi adaptada uma pontei-ra que estimula a pata traseira do animal (ca-mundongos Swiss 25-30g), provocando uma res-posta de flexão característica, com retirada dapata, momento em que o estimulo é interrompi-do. O VFF foi utilizado para validação dos resul-tados.RESULTADOS: Os resultados foram expressoscomo ∆ do limiar de estímulo mecânico (g) obti-do pela diferença do limiar antes e 3 h após ostratamentos para o DEP e ∆ log da força (g) parao VFF. A injeção intraplantar de carragenina (30,100 e 300 µg) induziu hiperalgesia mecânicadose-dependente quando avaliada no DEP (7,8± 1,2; 7,7 ± 0,6; 10,1 ± 0,6 g, respectivamente)e no VFF (0,2 ± 0,04; 0,6 ± 0,2; 1,3 ± 0,3 g,respectivamente) quando comparado com o gru-po tratado com salina (0,7 ± 0,8; 0,1 ± 0,06 g,respectivamente).DISCUSSÃO: Obteve-se alta reprodutibilidade nosexperimentos, sugerindo que o DEP é um méto-do conveniente para estudos de hiperalgesiamecânica em camundongos.APOIO FINANCEIRO CNPq

04.003COMPARAÇÃO DA RESPOSTA NOCICEPTIVA(COMPORTAMENTAL) E EDEMATOGÊNICA ÀFORMALINA ENTRE RATOS WISTAR E HOLT-ZMAN. Noman-Ferreira, L.C. e Francischi, J.N.-Depto. Farmacologia-ICB-UFMG-BELO HORIZON-TE, MG

Introdução: Variáveis como raça, sexo, clima, etc,interferem na intensidade da resposta à dor men-surada. O objetivo deste trabalho foi compararas respostas nociceptivas e edematogênicas emduas linhagens de ratos. Métodos: Ratas (n=5/grupo), das linhagens Holtzman e Wistar, pesan-do entre 140-180g foram utilizadas. Formalina(0.625-2.5 %) foi injetada intraplantarmente(0.05 mL). A resposta nociceptiva (tempo de per-manência com a pata elevada) foi avaliada emintervalos de 5 min até 180 min da injeção, sobtemperatura constante (25ºC). Animais controleforam injetados com igual volume de salina fisi-ológica estéril. Medidas de edema (em mL) das

patas dos animais foram obtidas em pletismô-metro Ugo Basile. Resultados: Ratas Holtzman eWistar apresentaram respostas nociceptivas eedematogênicas à formalina dose-dependentes,com respostas nociceptivas de primeira fase (0-10 min) de intensidade similar, de aproximada-mente 200 s (controles= 0 s). No entanto, asrespostas nociceptivas de 2ª fase de ratas Holtz-man foram significativamente de maior intensi-dade do que em ratas Wistar (221.9 s x 167.4 s,P<0.05, test t ANOVA) na 1ª hora. As respostasedematogênicas foram de intensidade similar nasduas linhagens (aproximadamente 0.25 mL,1.25% e 0.42 mL, 2.5 %) na 3ª h de estudo,sendo máximas quando a resposta comportamen-tal havia desaparecido. Conclusões: Ratas Holtz-man apresentam resposta nociceptiva de 2ª faseaumentada em relação à ratas Wistar, embora oedema tenha sido de mesma intensidade. Apa-rentemente, os mecanismos envolvidos nessasrespostas são independentes. Apoio: CAPES,CNPq E FAPEMIG.

04.004ESTUDO DE GÊNERO ENTRE A ATIVIDADEHIPERALGÉSICA DO SOBRENADANTE DA CUL-TURA DE CÉLULAS MONONUCLEARES DEIDOSOS HÍGIDOS E ADULTOS JOVENS. Leani,S. M. Pereira; Webster, G. P. Reis; Vanderson, A.Romualdo; Resende, M. A; Janetti, N. Francischi.Depto. de Farmacologia-ICB-UFMG-Belo Horizon-te-MG

Em trabalho anterior verificamos que o sobrena-dante obtido da cultura de leucócitos mononu-cleares de idosos hígidos (SLMi) induziu hiperal-gesia em ratos 50% menor quando comparadaao sobrenadante de adultos jovens (SLMj).Objetivos: Verificar se existem diferenças, quan-to ao gênero, na atividade hiperálgesica (Hip)do SLMi e do SLMj.Métodos: Participaram do estudo 10 idosos hígi-dos (média de idade = 71.9 ± 3.8; 5 homens e 5mulheres com I.M.C entre 22�27) e 10 adultosjovens hígidos, média de idade= 25.3 ± 0.8 anos;5 homens e 5 mulheres com I.M.C padrão. Fo-ram colhidos 10 ml de sangue da veia ulnar me-diana do antebraço direito de cada participante.Os leucócitos mononucleares foram purificadosatravés de gradiente de centrifugação (≥ 95% depureza). As células foram incubadas com 250µgde carragenina (Cg) λ em RPMI (1.0 ml) pH=7.4e 10% de soro bovino, por 2 horas, em placas decultura e câmara de CO2. O sobrenadante foiguardado congelado (-15°C) até a utilização. So-brenadantes de células sem adição de Cg consti-tuíram os controles. Foram administrados 0.1mldos sobrenadantes na pata de ratos e a hiperal-gesia foi medida até 24 horas, através do méto-do de Randall-Sellitto (trabalho aprovado pelocomitê de Ética local).Resultados: A atividade hiperalgésica do SLMi (Fe-minino = 30.6 ± 0.8; Masculino = 35.0 ± 0.9)e do SLMj (Feminino = -66.5 ± 1.0; Masculino= 67.8 ± 1.9), P>0.05, avaliadas pelo teste tANOVAConclusões: Não foram observadas diferençasestatísticamente significativas entre a atividadehiperalgésica dos sobrenadantes, quanto ao gê-nero, da cultura de células mononucleares de

idosos hígidos e adultos jovens.Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES

04.005PAPEL DAS INTERLEUCINAS NA NOCICEPÇÃOE EDEMA INDUZIDOS PELA INJEÇÃO INTRA-PLANTAR DE GLUTAMATO EM CAMUNDON-GOS. Beirith, A.; Calixto, JB. Depto de Farmaco-logia, UFSC, Florianópolis, SC

Objetivo: Foi demonstrado que a injeção intra-plantar (i.pl.) de glutamato provoca nocicepçãoacompanhada de edema em camundongos. Vá-rios receptores glutamatérgicos estão envolvidosna resposta nociceptiva, mas apenas os recepto-res não-NMDA acoplados a canal iônico pare-cem ter participação no edema, enquanto a davia da L-arginina/óxido nítrico participa de am-bas respostas. Neste trabalho, será avaliado opapel das interleucinas 1β e 10 (IL-1β e IL-10) eda migração de leucócitos na nocicepção e ede-ma induzidos por glutamato.Métodos e resultados: Foram utilizados camun-dongos suíços machos (30-40 g, n: 6-8) e os re-sultados estão expressos como a média ± e.p.m..Um grupo de animais foi tratado com glutamato(30 µmol/20 µl, i.pl.), sacrificado após 15 min ea medula espinhal e o tecido muscular da regiãoplantar da pata tratada foram removidos paramedida da IL-1β. A injeção i.pl. de glutamatoaumentou o nível de IL-1β na medula espinhal(1,5 vezes). A co-injeção de IL-10 (10-50 ng/pata)ou do anticorpo anti-IL-1β (50-100 ng/pata) ouainda, o tratamento com fucoidina (25 mg/kg, 5dias, e.v.) reduziram significativamente a noci-cepção causada pelo glutamato (40±10, 23±6 e46±8%, respectivamente). Ao contrário do ob-servado para IL-10 ou IL-1β, somente a fucoidi-na foi capaz de reduzir significativamente(14±2%) o edema causado por glutamato.Conclusões: A IL-1β, IL-10 estão envolvidas coma nocicepção causada pelo glutamato, enquantoo edema de pata parece estar associado, pelomenos em parte, com moléculas de adesão emigração celular.Apoio financeiro: CNPq, FINEP, CAPES e PRONEX

04.006MEDIADORES ENVOLVIDOS NA DOR OROFA-CIAL INDUZIDA POR FORMALINA EM RATOS.Chichorro, J. G.; Lorenzetti, B. B.; Zampronio, A.R. Depto. Farmacologia, UFPR.

Introdução: Avaliamos a participação de diver-sos mediadores na dor induzida por formalina(Form) na região trigeminal. Método: Form foiinjetada no lábio superior de ratos Wistar ma-chos e os animais observados de 0-3 min (fase I)e de 12-30 min (fase II). Os tratamentos foramfeitos no local ou por via ip. O índice de nocicep-ção foi representado pelo tempo de fricção dolocal. Dados mostram % máxima de redução oupotenciação. Resultados: O tratamento comBQ123 (1-10nmol) ou HOE140 (0,1-10mg/kg)reduziu as fases I (45 e 67%) e II (49 e 46%),respectivamente, da resposta à Form 2,5%. A faseII desta resposta foi reduzida pelo tratamento commeloxicam (0,3125-5mg/kg,55%), celecoxibe (1-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

10mg/kg,51,5% ou 12,5-200µg,52%), atenolol(6,25-100µg,56%), guanetidina (30mg/kg,54%),DALBK (0,5-2µg,43%), meclisina (12,5-200µg,62%), anticorpo anti-fator de necrose tu-moral α (TNF-α) (46%), anti-interleucina (IL)-1β(48%), anti-IL-6 (47%) e anti-IL-8 (43%). Poroutro lado, a fase II da resposta à Form 0,625%foi potenciada pelo tratamento com captopril(5mg/kg,87%), prostaglandina (PG) E2(50ng,79%), tiramina (200µg,46%), TNFα (1,25-5pg,72%), IL-1β (0,125-0,5pg,61%), IL-6 (1-2ng,84%) ou IL-8 (100 e 200pg,70%). Indome-tacina (2 e 4mg/kg ou 100 e 300µg), MK 886(0,3-3,0mg/kg) e BQ788 (3 e 10nmol) não mo-dificaram a resposta. Conclusão: Estes dados su-gerem a participação da bradicinina (BK, via re-ceptores B2) e endotelina (via receptores ETA), emambas as fases, e de PGs, geradas via COX-2,aminas simpatomiméticas, BK (via receptores B1),histamina e citocinas na fase II da resposta à Formorofacial.Apoio Financeiro:CAPES-FAPESP

04.007PARTICIPAÇÃO DA ENDOTELINA (ET) NA HI-PERALGESIA MECÂNICA (HM) INDUZIDAPELA IL-18. Verri Jr, WA; Schivo, IRS; Rosa, SR;*Liew, EF; Cunha, FQ & Ferreira, SH - Depto Far-macologia, FMRP/USP. *Dept Immunology, Uni-viversity of Glasgow, UK

INTRODUÇÃO Tem-se demonstrado que a IL-18participa na patogênese da artrite reumatóide.No entanto, sua função na hiperalgesia não estábem esclarecida. Assim, o objetivo deste traba-lho foi avaliar o seu possível efeito nociceptivo ea participação das prostaglandinas(PG), media-dores simpáticos(MS), leucotrienos(LT) e ET naHM induzida pela IL-18 MÉTODOS E RESULTA-DOS A intensidade de HM foi avaliada por doismétodos: A-variação no tempo de reação dosanimais(Ratos Wistar machos, n=3-7) submeti-dos a uma pressão constante na pata e B-varia-ção da pressão na pata necessária à reação dosanimais. A administração de IL-18(20, 40 e 60ng/pata) causou HM de maneira dose-dependente(A: 7,0±0,8; 13,9±1,0 e 16,5±1,3. B:13,3±1,3; 15,7±1,2 e 23,3±1,5) com pico na ter-ceira hora após o estímulo. O tratamento dosanimais 30 minutos antes do estímulohiperalgésico(IL-18, 40ng/pata) comindometacina(Indo, 2,5mg/Kg, sc, inibidor da ci-cloxigenase), atenolol(Atn, 1mg/Kg, sc, beta blo-queador) ou MK886(1mg/Kg, vo, inibidor da sín-tese de LT) não inibiu significativamente a HMinduzida pela IL-18 nos dois métodos, já o trata-mento com BQ788(3-30nMoles/pata, antagonistado receptor tipo B para ET) diminuiu a respostanociceptiva de maneira dose-dependente, sen-do a média da inibição na maior dose 78,8%(A)e 52,2%(B) DISCUSSÃO Nos dois modelos expe-rimentais apresentados acima, não há envolvi-mento de PG, MS ou LT na HM induzida pela IL-18, contudo, a inibição dose-dependente peloBQ788, indica a participação da ET via recepto-res ETBAPOIO FINANCEIRO CAPES, CNPq, FAPESP eFAEPA

04.008EFEITO HIPERALGÉSICO DO FATOR DE CRES-CIMENTO DO NERVO (NGF). Funez, MI; Schi-vo, IRS; Rosa, SR; Ferreira, SH; Cunha, FQ. Deptode Farmacologia da FMRP/USP.

Introdução: A hiperalgesia inflamatória é relaci-onada à produção de citocinas, com conseqüen-te liberação de leucotrieno B4 (LTB4), prostaglan-dinas (PGs) e aminas simpatomiméticas (AS). Es-tudos têm sugerido que fatores de crescimento,entre eles o NGF, estão presentes em tecidos apósinflamação induzida por diferentes estímulos. Oobjetivo deste trabalho foi verificar a capacidadedo NGF em induzir hiperalgesia mecânica bemcomo os mediadores envolvidos.Métodos e Resultados: Observamos que a inje-ção intraplantar (ipl) de NGF (1.5,5,15 ng) indu-ziu hiperalgesia mecânica de maneira dose-de-pendente em patas de ratos (Wistar machos, 180-200g) quando avaliada pelo teste de pressão empatas de ratos (modificação do Randall & Selit-to). O pré-tratamento com indometacina (100µg/ipl), atenolol (25µg/ipl), MK886 (1mg/Kg;ip, ini-bidor da síntese de LTB4) ou BQ788 (10pmoles/ipl, antagonista endotelinérgico ETB) não preve-niu o efeito hiperalgésico induzido pelo NGF(5ng). Porém, o tratamento com indometacinamais atenolol (mesmas doses) preveniu em 50%.O tratamento ipl com antissoro anti-NGF (50µl)não preveniu a hiperalgesia induzida por injeçãoipl de carragenina (Cg; 100µg), LPS (1µg), TNFα(2.5pg), IL-1β (0.5pg) ou IL-8 (0.1ng).Discussão: Nossos dados indicam que a hiperal-gesia induzida pelo NGF depende da contribui-ção sinérgica dos componentes de PGs e AS (efeitoda associação indometacina mais atenolol) e pa-rece independer da participação de endotelinase LTB4. Além disso, o NGF parece não participarda hiperalgesia induzida por Cg, LPS e citocinas(TNFα, IL-1β, IL-8).Apoio Financeiro: CAPES, PRONEX.

04.009HIPERALGESIA MECÂNICA INDUZIDA PELAINTERLEUCINA-12 (IL-12). Molina, R.O.; Schi-vo, I.R.S.; Rosa, S.R.; Cunha, F.Q. & Ferreira, S.H.Depto. Farmacologia, Faculdade de Medicina deRibeirão Preto � USP

Introdução: Na literatura tem-se demonstradoque a IL-12 é essencial para o desenvolvimentoda resposta imune do tipo Th1 que ocorre du-rante a artrite reumatóide. Porém, nada constasobre sua participação na hiperalgesia. Assim, oobjetivo deste trabalho foi pesquisar a possívelefeito nociceptivo da IL-12 na hiperalgesia me-cânica.Materias e Métodos: Os animais utilizados foramRatos Wistar machos. A intensidade de hiperal-gesia mecânica foi avaliada por dois métodos: Avariação no tempo de reação dos animais sub-metidos a uma pressão constante na pata e B-variação da pressão na pata necessária para ha-ver reação dos animais. A administração intra-plantar de IL-12 foi realizada em três doses 3ng,10ng e 30ng/pata.Resultados: A injeção intraplantar de IL-12 indu-

ziu hiperalgesia mecânica dose-dependente quan-do avaliada em A (13,25±0,90; 17,00±0,53;18,80±0,32, respectivamente) e em B(18,4±2,01; 21,22±1,87; 23,32±1,80, respecti-vamente), em relação ao grupo tratado com sali-na avaliados em A (0,82 ±0,27) e B (1,24 ±0,60).Discussão: Nos dois modelos experimentais apre-sentados acima, a IL-12 induziu hiperalgesiamecânica dose-dependente.Apoio: CNPq, CAPS e FAPESP.

04.010HIPERALGESIA INDUZIDA PELA INTERLEUCI-NA-1β INTRATECAL É DEPENDENTE DEPROSTAGLANDINAS E SENSIBILIZAÇÃO DONEURÔNIO AFERENTE PRIMÁRIO. Silva D.B.,Schivo I.R.S., Rosa S.R., Cunha F.Q., Ferreira S.H.,Depto de Farmacologia da Faculdade de Medici-na de Ribeirão Preto-USP, São Paulo.

INTRODUÇÃO: Resultados obtidos anteriormen-te em nosso laboratório demonstraram que a in-terleucina-1(IL-1)β leva ao estabelecimento dehiperalgesia mecânica via indução da ciclooxige-nase (COX)-2, com conseqüente produção deprostaglandina (PG)E2 a nível periférico. Contu-do, dados publicados na literatura sugerem quea hiperalgesia decorrente desta citocina envolveapenas componente central. Portanto, o objeti-vo deste trabalho é investigar, em nosso modelode hiperalgesia, a participação central da IL-1βna gênese da hiperalgesia mecânica e avaliar oenvolvimento de PGs no processo. MÉTODOS eRESULTADOS: Avaliamos a hiperalgesia mecâni-ca utilizando os testes de pressão em pata de ra-tos (adaptação do Randall & Selitto) e Von Freyeletrônico. A administração i.t. de IL-1β (0.16 pg)induziu hiperalgesia mecânica em ambas as pa-tas traseiras (ratos machos Wistar, 150-200 g). Opré-tratamento com indometacina (100 µg; i.t.)inibiu a hiperalgesia nas duas patas traseiras em93%. Entretanto o pré-tratamento com indome-tacina intraplantar (i.pl.;100 µg) inibiu a hiperal-gesia apenas na pata ipsilateral em 83%. DIS-CUSSÃO: A inibição da hiperalgesia pela indo-metacina i.t. sugere que esta é decorrente da in-dução da COX-2 pela IL-1β e conseqüente pro-dução espinal de PGs. O fato da indometacinaperiférica (i.pl.) inibir a hiperalgesia somente napata tratada sugere que as prostaglandinas libe-radas centralmente estão sensibilizando preferen-cialmente o neurônio aferente primário. APOIOFINANCEIRO: CAPES, FAEPA

04.011PARTICIPAÇÃO DA 3´,5´-ADENOSINA-MONO-FOSFATO CÍCLICO (AMPc) NA INDUÇÃO EMANUTENÇÃO DA HIPERSENSIBILIDADENOCICEPTIVA PERSISTENTE (HNMP). Sachs D.,Schivo I.R.S., Rosa S.R., Cunha F.Q., Ferreira S.H.Depto de Farmacologia da F.M.R.P.-USP, SãoPaulo.

Introdução:Dados anteriores demonstraram queinjeções intraplantares (i.pl.) diárias de prosta-glandina E2 (PGE2) por um período de 14 dias,induz o desenvolvimento de um processo de

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

HNMP, o qual permanece por um período de pelomenos 30 dias após a suspensão da administra-ção desses agonistas. Visto que o AMPc medeia ahiperalgesia aguda induzida pela PGE2, o objeti-vo do presente trabalho é avaliar a possível par-ticipação do AMPc na indução e manutenção daHNMP.Métodos e Resultados:A HNMP foi avaliada uti-lizando-se o teste de pressão em patas de ratos(Wistar, machos 120-300 g), o qual é uma adap-tação do modelo de Randall & Selitto. Observou-se que a injeção i.pl. de pequenas doses de PGE2(10 e 30 ng.pata-1) causam hipersensibilidadenociceptiva aguda de pequena intensidade, e nãoinduzem HNMP, quando administradas diaria-mente durante 15 dias. Entretanto, o tratamen-to dos animais com rolipram (inibidor de fosfo-diesterase; 9 µg.pata-1), 30 minutos antes da ad-ministração de PGE2 em pequenas doses (10 e30 ng.pata-1), potencializou a hipersensibilidadeaguda induzida pelas mesmas (1400% e 113%,respectivamente). Também se observou que ainjeção i.pl. diária de pequenas doses de PGE2(10 e 30 ng.pata-1) + rolipram (mesma dose),eram capazes de induzir HNMP. Além disso, aadministração diária de Dibutiril AMPc (análogodo AMPc) durante 15 dias, foi capaz de mimeti-zar a HNMP induzida por PGE2.Conclusões: Esses dados sugerem que o AMPcparticipa da gênese da HNMP induzida por PGE2.Apoio Financeiro: CNPq, FAEPA e FAPESP.

04.012FENOBARBITAL PERIFÉRICO INIBE HIPERAL-GESIA SECUNDÁRIA, EVIDENCIANDO A PAR-TICIPAÇÃO DE RECEPTORES GABAA. Motta, P.G., Tatsuo, M. A. K. F., Departamento de Farma-cologia, ICB-UFMG.

INTRODUÇÃO: Em trabalhos anteriores demons-tramos que injeção intraplantar de formalina 5%(FOR) em ratos induz hiperalgesia secundária(HS). Efeito este inibido por Gabapentina, umadroga gabamimética. O presente estudo visa in-vestigar a participação de receptores GABAA pe-riféricos sobre a hiperalgesia secundária (HS) uti-lizando Fenobarbital (FENO), um modulador alos-térico, e Bicuculina (BIC), um antagonista com-petitivo deste receptor.MÉTODOS: Ratos Wistar machos (160-200g) fo-ram tratados com 50µL de FOR, intraplantar (ipl),para induzir HS, que foi avaliada através do testede retirada de cauda. Os fármacos e o veículo(salina/propileno glicol, na proporção de 70:30)foram administrados pré FOR, em 20µL/ipl.RESULTADOS e DISCUSSÃO: Os dados serão apre-sentados como média ± epm (n=6) da área so-bre a curva (AUC) para o índice de retirada decauda (IRC). O grupo controle recebeu veículopré FOR , apresentando AUC= -17.29±1.00, evi-denciando HS. FENO/ipl, administrado 10� an-tes, nas doses de 20, 40 e 80µg, inibiu de manei-ra dose dependente a HS, sendo observado osvalores de AUC= -4.78±0.54, -0.97±1.29 e+8.84±0.93, respectivamente, evidenciandoefeito antihiperalgésico. A administração de 80ngde BIC/ipl, 20� antes de FOR, bloqueou este efei-to (AUC= -13.2±1.62). A dose de 80µg de FENO/ipl contralateral não inibiu HS (AUC= -10.03±1.91), excluindo o efeito sistêmico.CONCLUSÃO: Nossos resultados mostram que

FENO/ipl inibe HS, que foi inibido por BIC/ipl,sugerindo, assim, a existência de receptores GA-BAA periféricos.Apoio: FAPEMIG

04.013ESTUDO DA RESPOSTA NOCICEPTIVA RELA-CIONADA AO SISTEMA SEROTONÉRGICO EMCAMUNDONGOS ATRAVÉS DO TESTE DA CHA-PA QUENTE. LCE Zibetti, B Verza, C Ramos, LSchatschneider, R Menguer, S Silveira, V Maldot-ti, A Machado, R Bernardi � Farmacologia � Fun-dação Faculdade Federal de Ciências Médicas dePorto Alegre.

A Serotonina tem papel conhecido na percepçãodolorosa. Fármacos como Fluoxetina e L-tripto-fano aumentam a disponibilidade dessa substân-cia na fenda sináptica, o que nos leva a inferirque tais fármacos possam ter poder analgésico.OBJETIVO: Verificar o efeito antinociceptivo daFluoxetina, do L-triptofano e da associação deambos no teste da chapa quente. MATERIAIS EMÉTODOS: 55 camundongos BALB, divididos em4 grupos, receberam I.P. SF 0,9% 1ml/kg, L-Trip-tofano 400mg/kg, Fluoxetina 15mg/kg, e a asso-ciação de L-Triptofano 400mg/kg e Fluoxetina15mg/kg respectivamente. Foram submetidos aoteste da Chapa Quente antes da administração eapós 15, 30 e 60 minutos. RESULTADOS: O L-triptofano apresentou capacidade analgésica sig-nificativa em relação ao controle no tempo 30minutos (F(3,51)=7,14 e p<0,001; 13,05±2,28;7,10±0,82). Os grupos que receberam as solu-ções de Fluoxetina isoladamente e de Fluoxetinaassociada a L-triptofano apresentaram uma la-tência significativamente superior ao controle nostempos 15 (F(3,51) =7,29 p<0,001;16,83±2,18; 21,13±2,72; 9,83±1,25) e 30minutos (F(3,51)= 7,14 e p<0,001;18,05±2,45; 19,53±2,43; 7,10±0,82). No tem-po 60 minutos, apenas a Fluoxetina apresentou-se superior ao controle (F(3,51)=2,26 e p<0,05;23,37±2,42 e 14,62±2,46). Fica evidente aparticipação da Serotonina na analgesia. Toda-via, enquanto o mecanismo de ação do L-tripto-fano permanece incerto, a analgesia induzida pelaFluoxetina compreende tanto a modulação dasvias nociceptivas quanto a alteração da sensaçãodolorosa subjetiva.

04.014IMPORTÂNCIA DOS MASTÓCITOS NA NOCI-CEPÇÃO, HIPERALGESIA E EDEMA CAUSADOSENDOTELINA-1 EM CAMUNDONGOS. *Frighet-to, M.; **Piovezan, A.P.; De 3Souza, G.E.P.; 2Hen-riques, M.G.M.O., 4D�Orléans-Juste, P. e Rae, G.A.Departamentos de Farmacologia, CCB, 1UFSC,Florianópolis; 2FarManguinhos-Fiocruz, Rio deJaneiro; 3Fac. de Ciências Farmacêuticas de Ri-beirão Preto, USP; Brazil; 4Fac. of Medicine, Uni-versity of Sherbrooke, Canada.

Objetivos: A endotelina-1 (ET-1) causa nocicep-ção, hiperalgesia (à capsaicina) e edema na patatraseira de camundongos (Piovezan et al., Br. J.Pharmac., 129: 961-968, 2000). Este estudo ve-rificou o possível envolvimento de mastócitos namediação destes efeitos da ET-1.

Métodos e Resultados: Camundongos machosforam tratados, em um primeiro momento, comComposto 48/80 (C4880; 1 + 3 + 10 + 10 µg/pata, por 4 dias) ou salina para verificar a influ-ência sobre os efeitos da ET-1 (10 pmol). Apósinjeção intraplantar (i.pl.) de ET-1 (ou PBS) napata traseira direita, cronometrou-se o tempodespendido lambendo (licking) a pata em perío-dos de 5 min, por 30 min. Após este período,avaliou-se a ocorrência de hiperalgesia à capsaici-na (0,1 µg, i.pl.) nos 5 min seguintes. Cada ani-mal foi então sacrificado, cortou-se ambas aspatas na altura do tornozelo e avaliou-se o ede-ma pela diferença de peso entre elas. Os dadosforam analisados por ANOVA seguido de Bonfer-roni. A dessensibilização por C4880 bloqueou porcompleto os 3 efeitos da ET-1. Em seguida, veri-ficou-se que bloqueio dos receptores ETA, comBQ-123 (1 e 3 nmol, i.pl.), reduziu a hiperalge-sia, mas não a nocicepção ou edema causadospor C4880 (0,3 µg, i.pl.). O bloqueio de recepto-res ETB, com BQ-788, foi inefetivo.Conclusão: Mastócitos parecem ser fundamentaisna indução da nocicepção, hiperalgesia e edemacausados por ET-1. Além disso, a hiperalgesiacausada por degranulação de mastócitos depen-de em parte de ETs. Apoio Financeiro: CNPq,FAPESP.

04.015ENDOTELINA-1 POTENCIA RESPOSTA NOCI-CEPTIVA À FORMALINA EM RATOS. Motta,E.M.; *De Souza, G.E.P; **D�Orléans-Juste, P.; Rae,G.A. Deptos. de Farmacologia, UFSC, Florianó-polis, *FCFRP, USP, Ribeirão Preto, Brasil, **Fac.Med., University of Sherbrooke, Canada.

Introdução: A endotelina-1 (ET-1) causa nocicep-ção, hiperalgesia à capsaicina e edema em ca-mundongos e causa hiperalgesia mecânica emratos. Este estudo avalia os efeitos da ET-1 na dorcausada por formalina em ratos.Métodos e Resultados: Ratos Wistar (ca. 200 g)receberam injeção intraplantar (i.pl.) de ET-1 (1,3 e 10 pmol; em 20 ul; agonista de receptoresETA e ETB), sarafotoxina S6c (SRTX; 3, 10 e 30pmol; agonista seletivo de receptores ETB) ou PBSe registrou-se a ocorrência de respostas nocicep-tivas (lambidas, �flinches� e favorecimento) por1 h. Os animais receberam então formalina 0.5%(i.pl., ipsilateral, 50 ul) e foram observados pormais 1 h para registro de ambas as fases da dorcausada por este agente. A ET-1 causou nocicep-ção espontânea dependente da dose (PBS 19 +/2 eventos; ET-1 1, 3 e 10 pmol 38 +/- 6, 42 +/-3 e 51 +/- 2, respectivamente), e potencializoua primeira (0-5 min) e segunda (15-60 min) fa-ses da dor causada por formalina (+107 e+170% com ET-1 10 pmol, respectivamente). ASRTX S6c também induziu dor espontânea nasdoses de 3 e 10 (mas não 30) pmol. As 3 dosesde SRTX também potencializaram igualmenteapenas a primeira fase da dor por formalina, masa maior dose (30 pmol) inibiu a segunda fase em46%.Conclusão: Além de causar dor, a ET-1 tambéminduz hiperalgesia à formalina no rato. Pelo me-nos parte destes efeitos envolve a ativação dereceptores ETB, mas receptores ETA medeiam oaumento da segunda fase (inflamatória) da dorpor formalina.Suporte Financeiro: CNPq, CAPES, FAPESP e CIHR.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.016INFLUENCE OF ENDOTHELIN RECEPTOR AN-TAGONISTS ON ARTICULAR PAIN CAUSED BYCARRAGEENAN AND LPS IN RAT KNEE JOINT.Josélia B. Daher1,2, Glória P. De-Souza3, PedroD�Orléans-Juste4 and Giles A. Rae1. Depts of Phar-macology, 1CCB, UFSC, Florianópolis; 2SEBISA,UEPG, Ponta Grossa; 3FCFRP-USP, Ribeirão Pre-to; Brazil; 4Fac. Medicine, University of Sher-brooke, Canada.

Introduction: ETB receptor agonists inhibit paininduced by intraarticular (i.a.) CG and limit itspriming effect on pain evoked by subsequentchallenges of CG, but not LPS. Here we assess ifendothelins (ETs), acting via ETA and ETB recep-tors, affect CG- and LPS-induced articular inca-pacitation or the priming effect of CG towardsboth stimuli. Methods and Results: Knee jointnociception was assessed in male Wistar rats asincreases in time its treated paw did not touchthe surface of a revolving cylinder during 1 minper h (paw elevation time, PET). BQ-123 (ETAreceptor antagonist; 10 or 30 nmol, i.a. 15 minbefore) and BQ-788 (ETB receptor antagonist; 10or 30 nmol) did not alter pain induced by CG(300 ug) or LPS (E. coli, 1 ug) in the naïve jointup to 6 h. CG-priming amplified PET increasescaused by a second challenge (72 h later) of CGor LPS. BQ-123 (30 nmol, before CG-priming)reduced subsequent LPS-induced pain [AUC of 0to 8 h PET curve reduced from 288 +/- 9 to 228+/- 18 arbitrary units], but not CG. BQ-788 (10pmol, before CG-priming) augmented paincaused by CG (from 217 +/- 9 to 302 +/- 26)and LPS (287 +/- 9 to 334 +/- 13) in primedjoints. Conclusions: Endogenous ETs play a dualrole in articular pain, enhancing CG-priming to-wards LPS-induced pain via ETA receptors, butattenuating CG-priming towards both CG and LPSvia ETB receptors. Financial Support: CAPES,CNPq, FAPESP, PRONEX and CIHR -Canada.

04.017ALTERAÇÃO DO PERFIL DE AÇÃO DA SARA-FOTOXINA S6c APÓS RE-EXPOSIÇÃO AO AN-TÍGENO EM UM MODELO DE DOR IMUNE.1,2Anna P. Piovezan, 3Maria G.M.O. Henriques,4Glória E.P. De-Souza, 5Pedro D�Orleáns-Juste,1Giles A. Rae. Deptos. de 1Farmacologia, UFSC,Florianópolis, 2GRUPNAT-UNISUL, Tubarão, 3Far-Manguinhos-FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 4FCFRP,USP, Ribeirão Preto, 5Fac. Med., University ofSherbrooke, Canadá.

Introdução: As endotelinas participam do desen-volvimento de nocicepção de origem imune emcamundongos sensibilizados à ovoalbumina(OVA), por ativação de receptores ETA, mas opapel de mecanismos regulados por receptoresETB não está estabelecido. Este estudo investi-gou a influência da re-exposição à OVA na res-posta nociceptiva a um agonista de receptoresETB, a sarafotoxina S6c (SRTX). Métodos e Resul-tados: Camundongos suíços machos (ca. 20 g)receberam injeção subcutânea (s.c.) de soluçãocontendo 50 ug de OVA + 5 mg de Al(OH)3 (ani-mais sensibilizados, SS) ou de veículo (animais

não-sensibilizados, NS). Após 14 dias, animais SSou NS receberam injeção i.pl. de OVA (0,3 ug/pata) e foram observados para o aparecimentode resposta nociceptiva (tempo despendido lam-bendo a pata tratada) por 30 min. Decorrido estetempo, os animais receberam nova injeção i.pl.,ipsilateral, de SRTX (10 ou 30 pmol) ou veículo(PBS) e observou-se os mesmos para a ocorrên-cia de nocicepção por mais 30 min (total 1 h).Animais SS re-expostos à OVA apresentaram res-postas nociceptivas significativas à SRTX e depen-dentes de dose (10 pmol: 43 ± 13; 30 pmol: 57± 12, 200% aumento) quando comparado aogrupo SS que recebeu veículo aos 30 min (con-trole: 19 ± 4, n=6). Discussão: Em camundon-gos SS, a re-exposição à OVA parece alterar a res-posta à ativação de receptores ETB, de um perfilanti-hiperalgésico para nociceptivo e/ou hiperal-gésico. Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP, PRONEXe CIHR.

04.018EVIDÊNCIAS SOBRE A PARTICIPAÇÃO DAS CI-NINAS, TAQUICININAS E GLUTAMATO NANOCICEPÇÃO INDUZIDA PELO ESTER DE FOR-BOL EM CAMUNDONGOS. Ferreira J, TrichesKM, Bortolanza LB, Calixto JB. Depto. de Farma-cologia, UFSC, Florianópolis, SC.

Objetivos: A proteína quinase C (PKC) está envol-vida com o desenvolvimento e a manutenção dosprocessos nociceptivos agudos e crônicos. O ob-jetivo do presente estudo foi investigar os meca-nismos envolvidos na nocicepção induzida peloativador da PKC, o forbol miristato acetato (PMA)em camundongos. Métodos e resultados: Foramusados camundongos Suíços (20-30 g, N=6). Ainjeção intraplantar (i.pl.) de PMA (0.01-1 µg/pata), mas não do seu análogo inativo o 4alfa-PMA, causou nocicepção (medida pelo tempode lambida da pata) com pico de efeito de 15 a45 minutos após a injeção. A co-administração(i.pl.) dos inibidores seletivos da PKC, oGF109203X (1 nmol), NO-sintase (L-NOARG 10µmol) ou dos antagonistas de receptores NMDA(MK801 1 nmol), NK1 (FK888 150 pmol), B2(Hoe140 3 nmol) ou B1 (DALBK 300 pmol), re-duziram a nocicepção induzida pelo PMA (30 ng/pata) com inibições de 100, 63±8, 27±13,57±11, 36±11 e 99±1%, respectivamente. Otratamento de animais neonatos com capsaicina(50 mg/kg s.c.) ou a simpatectomia causada pelaguanetidina (30 mg/kg i.p.), reduziram em 83±3e 73±7% a resposta nociceptiva do PMA. O tra-tamento com morfina (5 mg/kg s.c.), indometa-cina (10 mg/kg i.p.) ou lidocaína (30 mg/kg i.p.),mas não com dexametasona (5 mg/kg s.c.) ourefecoxib (30 mg/kg i.p.), reduziu a nocicepçãoinduzida pelo PMA, com inibições de 100,52±10 e 66±10%, respectivamente. Conclusão:A nocicepção causada pelo PMA depende da in-tegridade de fibras C e simpáticas e da ativaçãode receptores para cininas, glutamato e taquici-ninas. Sendo estes sítios importantes na gêneseda dor crônica, inibidores seletivos da PKC pode-riam constituir em alvo interessante para o de-senvolvimento de novos analgésicos. Apoio Fi-nanceiro: CNPq, CAPES, FINEP e PRONEX.

04.019VASOACTIVE AMINE AND BRADYKININ SYN-ERGISM IS IMPLICATED IN THERMAL HYPE-RALGESIA IN RAT PAW SUBJECTED TO IGE-MEDIATED INFLAMMATION. Lavich, T.; Cord-eiro, R.; Calixto, J.1; Silva, P.; Martins, M. 1DeptoFarmacologia, UFSC; DFF, IOC, FIOCRUZ, RJ.

An acute allergic reactions result from the imme-diate release of pro-inflammatory substances andthe phenomenon is frequently associated withboth tissue damage and nerve injury. The abilityof allergen to induce hyperalgesia in IgE sensi-tized rats was investigated. The left hind paw ofWistar rats was sensitized with an intraplantarinjection of anti-DNP IgE mAb and challengedwith DNP-BSA 24 later. Paw withdrawal latencyto a heat surface (52°C) was measured to assessthe nociceptive threshold, whereas oedema re-sponse was analyzed in pletismography. Allergenchallenge yielded a rapid and intense thermalhyperalgesia and oedema formation in the ipsi-lateral paw, both reaching a plateau from 15 minto 3 h reducing thereafter, whereas the contra-lateral paw remained unchanged. Allergen-evoked hyperalgesia was inhibited by the treat-ment i.p with meclizine or methysergide, hista-mine and 5-hydroxytryptamine (5-HT) receptorantagonists respectively. It was also sensitive tothe local treatment with either B1 or B2 receptorantagonists, des-Arg9-Leu8-BK or Hoe 140 respec-tively. Anaphylatic hyperalgesia was mimicked bythe combined administration of histamine, 5-HTand bradykinin (BK) at doses, which were inef-fective as injected alone. This synergistic effectwas abolished by treatment with meclizine, me-thysergide or Hoe 140. Our findings show thatlocal thermal hyperalgesia is a feature of aller-gen-evoked inflammation, and that synergismbetween BK, 5-HT and histamine play a criticalrole in this phenomenon. Support: CAPES, CNPq,FAPERJ.

04.020PARTICIPAÇÃO DO RECEPTOR VANILÓIDE NANOCICEPÇÃO CAUSADA PELA INJEÇÃO INTRA-PLANTAR DE BRADICININA EM CAMUNDON-GOS. Silva, G.L., Ferreira, J., Calixto, J. B. Deptode Farmacologia, UFSC. Florianópolis � SC.

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi ava-liar a participação dos receptores vanilóides (VR1)na nocicepção causada pela injeção intraplantar(i.pl.) de Bradicinina (BK) em camundongos.Métodos e Resultados: Utilizou-se camundongossuíços machos. A injeção i.pl. de BK ou de Tyr8-BK (agonista B2, 1-60 nmol/pata) produziu noci-cepção dose-dependente (avaliado o tempo dereação 10 minutos após a injeção), com DE50=5.7 (4.8 � 6.8) nmol/pata e 7.0 (5.8 � 8.3) nmol/pata, respectivamente. O antagonista B2 Hoe140inibiu a nocicepção causada pela BK (DI50 e a ini-bição máxima de 2.1(2.0-2.2) nmol/pata e88±13%, respectivamente), mas não o antago-nista B1, des-Arg9[Leu8]-BK (10 nmol/pata). Damesma forma o GF109203 e a quinacrina (inibi-dores da PKC e da fosfolipase A2, 1 nmol/pata)inibiram em 14 ± 2.5 e 8 ± 2.4% a nocicepção

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

da BK. A injeção i.pl. de CAP (0.03-5.2 nmol/pata) também induziu nocicepção dose depen-dente com DE50=0.6(0.3 � 1.1) nmol/pata. Anocicepção causada tanto pela CAP (1 nmol)como pela BK (10 nmol) foi abolida pelo anta-gonista seletivo dos VR1, capsazepina(CPZ, 1-30nmol/pata). A destruição de fibras C causada pelotratamento neonatal com CAP (50 mg/kg, s.c.)inibiu tanto a resposta nociceptiva à BK (87±6%)como da CAP (100%). Doses que não causamnocicepção per se de BK (0.3nmol/pata) e de CAP(0.03nmol/pata) quando co-administradas pro-duzem significativo efeito nociceptivo. Conclusão:Os resultados indicam que a nocicepção da BK émediada pelo VR1, via ativação da PKC e produ-ção de derivados do ácido araquidônico. Finan-ciadores: CNPq, PRONEX e FINEP.

04.021AVALIAÇÃO DE DIFERENTES DROGAS USADASNA CLÍNICA NA DOR NEUROPÁTICA INDUZI-DA PELA AVULSÃO DO PLEXO BRAQUIAL DERATOS. Rodrigues Filho, R.**; 1 Santos, AR.S.;1Bertelli, J.A. E Calixto, J.B. - Departamento deFarmacologia,UFSC - Florianópolis, SC. 1Unive-risdade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Introdução e Objetivos: As dificuldades para otratamento da dor neuropática resultam em gran-de parte da falta de entendimento dos mecanis-mos envolvidos na gênese e manutenção destapatologia e da relativa ausência de tratamentosclínicos efetivos. O objetivo deste estudo foi ava-liar o efeito anti-hiperalgésico de drogas usadasna clínica na dor neuropática induzida pela avul-são do plexo braquial de ratos. Métodos: Foramutilizados ratos Wistar (2 meses) nos quais foirealizada a avulsão do plexo braquial direito sen-do as respostas medidas nas patas traseiras entre20 e 40 dias após a cirurgia, em diferentes testescomportamentais. Foram registradas as medidasbasais, após administração de salina ou das se-guintes drogas: morfina 5 mg/Kg (s.c.), clonidina300 µg (i.p.), dipirona 180 mg/kg (i.p.), celeco-xib 10 mg/Kg (i.p.) e cetamina 12 mg/Kg (i.p.)30 ou 60 min antes do teste. Resultados: Os re-sultados obtidos demonstraram que somente amorfina [F(17,126)= 116,56; p<0,001], e a clo-nidina [F(17,126)= 98,967; p<0,05], causaramredução significativa da hiperalgesia térmica (frio)quando os animais foram submetidos ao testeda acetona. Já no teste do Randall-Selitto, a mor-fina, a clonidina e o celecoxib reverteram signifi-cativamente a hiperalgesia mecânica induzidapela avulsão do plexo braquial ([F(17,126)=55,156; p<0,0001]; [F(17,126)= 17,010;p<0,001]; [F(17,126)= 14,512; p<0,05], respec-tivamente). Conclusões: Estes resultados mostramque as drogas utilizadas clinicamente no trata-mento das neuropatias foram capazes de reduziro quadro de dor neuropática induzida pela avul-são do plexo braquial em ratos, demonstrandoque esse modelo é útil para o estudo de novasdrogas para o tratamento da dor neuropática delonga duração.Apoio Financeiro: CNPq, FINEP e PRONEX.

04.021aLESÃO POR AVULSÃO DO PLEXO BRAQUIALDE RATO. UM NOVO MODELO PARA O ESTU-DO DA DOR NEUROPÁTICA DE LONGA DU-RAÇÃO. Rodrigues Filho, R.**;1Santos,AR.S.;1Bertelli, J.A. and Calixto, J.B. Departamento deFarmacologia,UFSC - Florianópolis,SC.1Universidade do Sul de Santa Catarina, UNI-SUL.

Introdução e Objetivos: Como conseqüência daavulsão do plexo braquial em humanos surge umquadro de dor neuropática caracterizada por umasensação em queimação contínua, dor em pon-tada ou mesmo choque que é freqüentementeintratável e cujos mecanismos fisiopatológicosenvolvidos são pouco entendidos. Pode iniciarimediatamente após o trauma ou ainda nas pri-meiras 12 semanas, podendo ocorrer distante dolocal da lesão, ipsilateral ou contralateral. O ob-jetivo deste trabalho foi estudar se a avulsão doplexo braquial de rato pode se constituir em umnovo modelo para o estudo da dor neuropáticade longa duração. Métodos: Foram utilizados ra-tos Wistar machos (2 meses) nos quais foram re-alizadas diferentes lesões (avulsão, sutura e cons-trição) do plexo braquial direito sendo as respos-tas medidas principalmente nas patas traseirasem diferentes testes comportamentais, 5, 20, 30e 90 dias após. A hiperalgesia foi avaliada atra-vés do aparelho de Randall-Selitto, Hargreavesou Paw-flick. Resultados: As lesões do tipo sutu-ra, constrição e avulsão não induziram hiperal-gesia térmica (calor) nem tampouco prejuízo lo-comotor quando analisados no teste de Hargre-aves [F(7,72)= 1,68; p<0,12], Paw-flick[F(9,70)= 8,11; p<0,07], e Open field [F(4,35)=2,64; p<0,09], respectivamente. Entretanto, alesão do tipo avulsão induziu hiperalgesia mecâ-nica significante e sustentada nas patas posterio-res, durante todo o período de avaliação[F(9,70)= 36,10; p<0,001], não ocorrendo omesmo no caso da sutura ou da constrição, ondeos animais aos 90 dias não apresentavam maiscomportamento sugestivo de hiperalgesia. Con-clusão: Estes resultados mostram que a avulsãodo plexo braquial de rato pode se constituir emum novo modelo de nocicepção, importante parao estudo da fisiopatologia e desenvolvimento denovas terapêuticas para o tratamento da dor neu-ropática de longa duração, tendo em vista queos animais apresentaram um quadro de dor neu-ropática semelhante ao descrito em humanos.Apoio Financeiro: CNPq, FINEP e PRONEX.

04.022ESTUDO DA ATIVIDADE DE NOVOS CANDI-DATOS A PROTÓTIPOS DE FÁRMACOS ANAL-GÉSICOS, DESENHADOS COMO AGONISTASCANABINÓIDES. Marina V. Martins1 (IC), Mag-na S. Alexandre-Moreira1(PQ)* Valter L. C. Gon-çalves1 (IC), Lídia M. Lima1 (PQ), &, Ana L. P.Miranda1 (PQ), Carlos A M. Fraga1 (PQ) & EliezerJ. Barreiro1(PQ) 1LASSBio-Depto de Fármacos-Fa-culdade de Fármacia-UFRJ-RJ.1

Introdução: As ações farmacológicas da ananda-mida são semelhantes àquelas observadas parao ∆9-THC, principal constituinte químico da Can-nabis sativa1,2. Entretanto, a despeito da potên-cia analgésica da anandamida sua aplicação te-rapêutica é inviável face ao curto tempo de meiavida em função da metabolização. Objetivos:Deste modo, o desenho de análogos da ananda-mida com melhor perfil farmacocinético confi-gura-se como atraente estratégia para a obten-ção de novos candidatos a fármacos analgésicosde ação central, não narcóticos.Métodos e Resultados: A atividade analgésica dosnovos derivados amídicos foi avaliada em mode-lo de nocicepção periférica3 (contorções abdo-minais induzidas por AcOH) e central4, (hot-pla-te) em camundongos. Os resultados evidencia-ram atividade antinociceptiva periférica e cen-tral. Tabela 1

Substância % de inibição das contorções abdominais

induzidas por AcOH

% do aumento do tempo de latência no ensaio de �hot

plate� LASSBio 778 65,6* 74* LASSBio 779 39* 80,5* LASSBio 793 52,5* 74,2* LASSBio 794 39* 59,7* LASSBio 796 46,9* 107* LASSBio 797 56,36* 54,6* LASSBio 798 60,9* 68,3* LASSBio 818 60* 130,7* LASSBio 819 38,4* 60*

Coclusões: Os estudos realizados com análogosda anandamida sugerem uma possível açãosobre receptores canabinóides.Apoio financeiro: FAPERJ; CNPq.1Pertwee, Progress in Neurobiology 2001, 63, 569.2Morisset, et. al. Eur. J. Pharmacol. 2001, 429, 93.3 Kuraishi et al. Brain Research, 1983. 273, 245.4 Coller et al. Brit. J. Pharmac. and Chemoth.,196832, 295.

04.023ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DA VIGABA-TRINA (SABRIL) EM CAMUNDONGOS. Soethe,D.N.*, Calegari, V.M., Santos, A.R.S. Curso deFarmácia, CCBS, Universidade do Sul de SantaCatarina (UNISUL), Tubarão-SC.

Objetivos: A vigabatrina (Sabril), inibidor da en-zima ácido gama-aminobutírico (GABA)-transa-minase, é um anticonvulsivante eficaz em umavariedade de modelos experimentais de epilep-sia. O presente estudo tem como objetivo anali-sar a possível atividade antinociceptiva da viga-batrina na nocicepção induzida pela injeção deácido acético e formalina em camundongos.Métodos e Resultados: Foram utilizados camun-dongos fêmeas (25-35 g, N= 8-12 por grupo). Avigabatrina administrada por via oral (300 mg/kg), causou inibição tempo dependente das con-torções abdominais induzida pela injeção intra-peritoneal de ácido acético (0,6%), sendo seuefeito antinociceptivo de longa duração (até 12horas) com resposta máxima de 84±4% 6 horasapós sua administração. Além disso, a vigabatri-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

na (10 - 500 mg/kg, v.o. 6 horas antes) tambémcausou redução, de forma dose dependente, dascontorções abdominais induzida pelo ácido acé-tico (0,6%), com DI50 de 125,2 (57,7-271,6)mg/kg e inibição de 70±9%. A vigabatrina (10 -300 mg/kg, v.o. 6 horas antes) foi capaz de redu-zir, de forma dose dependente, o tempo de lam-bida e/ou mordida observado tanto na primeira(dor neurogênica) quanto na segunda (dor infla-matória) fase da dor induzida pela injeção intra-plantar de formalina (2,5%), com DI50 de 47,1(28,2-78,7) e 25,9 (14,0-48,1) mg/kg e inibiçãode 74±6 e 98±1% para a primeira e segundafase, respectivamente. Conclusão: Esses resulta-dos estendem os dados da literatura e demons-tram que a vigabatrina possui significativo e du-radouro efeito antinociceptivo tanto na dor deorigem neurogênica quanto inflamatória induzi-da pela formalina e pelo ácido acético em ca-mundongos. Estudos estão em andamento visan-do determinar seus mecanismos de ação antino-ciceptiva. Apoio Financeiro: UNISUL e CNPq.

04.024EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO AMITRAZ ME-DIDO PELO TESTE DA FORMALINA EM CA-MUNDONGOS. 1Bellard,T.M.R., 2Santana, G.C.,1Tatsuo, M.A.K.F.& 1Turchetti-Maia, R.M.M. 1De-partamento de Farmacologia, ICB-UFMG-BH-MG,2Departamento de Medicina Veterinária, UFLA-Lavras-MG.

Introdução: O Amitraz é um acaricida de uso ve-terinário com atividade agonista α2-adrenérgico.O objetivo do trabalho foi avaliar se o Amitrazinduz antinocicepção periférica no teste de for-malina e qual o receptor envolvido nesta respos-ta.Métodos: Camundongos Swiss machos (25-40g)receberam via intraplantar (ipl) 20µL de formali-na 2,5% (form.). A taxa nociceptiva (TN) foimedida como o tempo em segundos gasto peloanimal lambendo a pata injetada com form..Consideramos como fase 1, os 5 primeiros min.e como fase 2, o período de 15 a 30 min. pós-form.. O efeito local foi avaliado injetando Ami-traz (15 min) e/ou Idazoxan, antagonista α2-adre-nérgico, (20min) ipl e ipsilateralmente (ipsil) pré-form.. Os animais foram divididos em grupos(n=5): 1) Arol 3700 a 0,8% (solvente), 2) Ami-traz ipsil, 3) Amitraz injetado contralateralmentea form. para avaliação do efeito sistêmico, 4)Idazoxan 74µg, 5) Amitraz + Idazoxan. Os da-dos foram submetidos a ANOVA/teste Bonferro-ni (software Sigma Stat).Resultados e Discussão: 64µg de Amitraz inibiu aTN da fase 1 somente quando administrado ip-sil, evidenciando um efeito local do composto e128µg inibiu a TN nas duas fases, quando admi-nistrado ipsi e contralateralmente, sugerindo efei-to sistêmico. A antinocicepção induzida peloAmitraz foi inibida nos animais pré-tratados comIdazoxan. O Idazoxan, per se, na dose utilizada,não alterou a TN. Concluímos que o Amitraz in-duz antinocicepção por ação local e/ou sistêmicavia receptores α2-adrenérgicos.Apoio: PROGRAD-UFMG, FAPEMIG

04.026ANÁLISE DO MECANISMO DE AÇÃO ANTINO-CICEPTIVA DA ADENOSINA EM CAMUNDON-GOS. Pereira, M.A.S.1*, Souza, M.M.1, Calixto,J.B.2, Santos, A.R.S.3 Universidade do Vale doItajaí, CCS, Itajaí-SC. 2Depto de Farmacologia,UFSC, Florianópolis-SC. 3Curso de Farmácia,UNISUL, Tubarão-SC.

Objetivos: Recentemente demonstrou-se que aadenosina apresenta significativo efeito antino-ciceptivo e antihiperalgésico em ratos e camun-dongos. O presente estudo tem como objetivosanalisar o possível mecanismo de ação antinoci-ceptiva da adenosina na dor induzida pela inje-ção intraplantar de formalina (F) em camundon-gos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ca-mundongos Suíços machos (25 a 35 g, N=6-10por grupo). A AD (10-300 mg/kg, i.p. 0,5 h an-tes) reduziu, de forma dose-dependente, o tem-po de lambida e/ou mordida (TLM) observadotanto na primeira (dor neurogênica) quanto nasegunda (dor inflamatória) fase da dor induzidapela F (2,5%), com DI50 de 63,1 (53,1-75,0) e48,8 (42,1-56,6) mg/kg e inibição de 92±3 e100%, respectivamente. O efeito antinocicepti-vo da AD (100 mg/kg, i.p.) foi revertido de for-ma significativa pelo pré-tratamento dos animaiscom L-arginina (600 mg/kg, i.p. precursora doóxido nítrico), haloperidol (0,2 mg/kg, i.p. anta-gonista dopaminérgico não seletivo), ioimbina(0,15 mg/kg, i.p. antagonista alfa2-adrenérgico),cafeína (3 mg/kg, i.p. antagonista não seletivode adenosina) e pelo DPCPX (5 mg/kg, i.p. anta-gonista seletivo do receptor A1 de adenosina),mas não pela naloxona (1 mg/kg, i.p. antagonis-ta opióide não seletivo), quando analisado na dorcausada pela F. Conclusão: Os resultados obtidosneste trabalho confirmam os dados da literaturae demonstram que a adenosina apresenta signi-ficativo efeito antinociceptivo tanto na dor neu-rogênica quanto inflamatória causada pela F. Omecanismo de ação antinociceptiva da adenosi-na parece envolver a ativação dos sistemas adre-nérgico, dopaminérgico e nitrérgico, mas não osistema opióide, via ativação do receptor A1 daadenosina. Apoio Financeiro: UNIVALI, UNISUL,CNPq.

04.027EFEITO ANTINOCICEPTIVO DA DIACEREÍNAEM MODELOS DE DOR CRÔNICA EM CAMUN-DONGOS. ¹Quintão, NLM*; ¹Ferreira, J, ²Santos,ARS; ¹Calixto, JB. ¹Departamento de Farmacolo-gia, UFSC, Florianópolis-SC; ²Curso de Farmácia,UNISUL, Tubarão-SC.

Introdução: Recentemente demonstrou-se que adiacereína (DCA, Artrodar) utilizada clinicamen-te no tratamento da osteoartrose, causou signifi-cativo efeito antinociceptivo e antihiperalgésicoem ratos e camundongos. O presente estudo ana-lisa o efeito da DCA na alodínia induzida peloadjuvante completo de Freud (CFA) e pela cons-trição parcial do nervo ciático (CPNC). Além dis-so, foram também avaliados as ações da DCAsobre os níveis de interleucina-1ß (IL-1ß) e nainfiltração neutrofílica, avaliada de forma indire-

ta através da atividade da mieloperoxidase (MPO)causada pelo CFA, em camundongos. Material emétodos: Foram utilizados camundongos Suíçosde ambos os sexos (20-35g, N=5-7). A alodíniamecânica induzida pelo CFA e pela CPNC foi ava-liada através da aplicação do filamento de VonFrey 0,6 g. A DCA administrada pela via oral (50mg/kg, 1 hora antes) reduziu de forma significa-tiva a alodínia induzida pela injeção intraplantarde CFA (20 µl/pata) com inibição de 54±4%.Este efeito prolongou-se por 16 horas. A DCA (50mg/kg, v.o.) também foi capaz de reduzir os ní-veis da MPO e da IL-1ß na pata dos animais ad-ministrados com CFA, com inibição de 98±1% e43±4%, respectivamente. Além disso, a DCA (50mg/kg, v.o.) também reduziu a alodínia mecâni-ca causada pela CPNC com inibição de 79±5%.Conclusão: Esses resultados estendem os dadosanteriores e mostram que a DCA também foi efe-tiva na alodínia mecânica presente na dor crôni-ca de origem inflamatória (CFA) ou neuropática(CPNC). O mecanismo da ação antinociceptivada DCA parece depender, pelo menos em parte,da redução da infiltração de neutrófilos e da ini-bição do níveis de IL-1ß. Apoio Financeiro: CNPq,FINEP, PRONEX e trbPharma.

04.029EFEITO DA PENTOXIFILINA (PTX) NA HIPE-RALGESIA MECÂNICA (HM) EM PATA DE RATOINDUZIDA POR DIVERSOS ESTÍMULOS. 1ValeML, 2Sachs D, 1Benevides VM, 2Ferreira SH, 1Ri-beiro RA e 2Cunha FQ. 1. Depto de Fisiologia eFarmacologia, FM-UFC. 2. Depto de Farmacolo-gia FMRP-USP.

Introdução e objetivos: Há evidências de que aPTX, uma metilxantina inibidora de fosfodieste-rase usada no tratamento de doenças vasculares,tem ação terapêutica na redução do processo in-flamatório por inibir a produção de citocinas hi-peralgésicas: TNFα, IL-1, IL-6, IL-8 por diversostipos celulares. No modelo de HM foi demons-trado que a carragenina (Cg) induz a liberaçãoem cascata de citocinas (IL-1, IL-6, IL-8) que temo TNFα como mediador central e bradicinina (Bk)como iniciadora, resultando na sensibilização denociceptores por duas vias distintas: a eicosanoi-de e a simpática. Portanto, o objetivo desse tra-balho foi avaliar o efeito da PTX na HM induzidapor diversos estímulos.Métodos e resultados: O pré-tratamento com PTX(0.1�45 mg/kg), foi capaz de inibir, a HNM indu-zida por Cg (76%; p<0.001). A administraçãointraplantar de PTX também inibiu a HM induzi-da por LPS (1 µg/pata; 37%; p<0.01), Bk (500ng/pata; 34%; p<0.05) e TNFα (2.5 pg/pata;45%; p<0.01) mas não a por IL-1β (1 pg/pata)ou prostaglandina E2 (PGE2;100 ng/pata). Emadição, PTX não inibiu a HM quando dada 2hapós o estímulo.Conclusões: A PTX tem efeito antinociceptivo naHM, que parece dever-se a inibição da produçãode TNF-α e IL-1β, visto que diminuiu a HM porestímulos que antecedem a liberação do TNFα(Cg, LPS, Bk) ou IL-1(Cg, LPS, Bk e TNFα) masnão a do mediador final PGE2 ou IL-1β. O pós-tratamento com PTX não tem efeito sobre os es-tímulos, reforçando a idéia de que ela age impe-dindo a liberação de mediadores e não sobre eles.

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

04.030ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA PROFILATICAE TERAPEUTICA DO ACETAMINOFENO, L-wNITRO-L-ARGININA E DA LIDOCAINA EMCAMUNDONGOS. Florenço, E.B.1, Quintão,N.L.M.2, Ferreira, J.2, Calixto, J.B.2, Santos,A.R.S.1 Departamento de 2Farmacologia, UFSC,Florianópolis-SC. 1Curso de Farmácia, CCBS, Uni-versidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL),Tubarão-SC.

Objetivos: Trabalhos da literatura demonstramque o pré-tratamento de animais com analgési-cos produz efeito antinociceptivo profilático emmodelos experimentais. Porém, a intervençãoterapêutica da dor clínica é geralmente realizadaapós a instalação do processo patológico. Diantedo exposto, o presente estudo procura verificar opossível efeito terapêutico de substâncias anal-gésicas, administradas após a primeira fase danocicepção causada pela formalina. Métodos eResultados: A nocicepção foi induzida pela inje-ção intraplantar de formalina (F, 2,5%) em ca-mundongos machos (30-40 g, N=6-10 por gru-po). O efeito profilático (administração via i.p.10 min antes da F) do acetaminofeno (ACT, 100mg/kg) ou da indometacina (IND, 10 mg/kg, ini-bidores não seletivo da COX), da L-wnitro-L-argi-nina (L-NOARG, 100 mg/kg, inibidor da NO-sin-tase) e da lidocaína (LID, 30 mg/kg, anestésicolocal) foi comparado com o possível efeito tera-pêutico (administração 5 min após a F). O ACT, aIND, a L-NOARG e a LID, administrada 10 minantes da F, causaram redução significativa da dorinflamatória (segunda fase) induzida pela F, cominibição de 52±5, 53±6 e 93±3%, respectiva-mente. No entanto, a LID reduziu tanto a pri-meira (67±7%) quanto a segunda (81±4%) faseda dor causada pela F. O efeito antinociceptivoterapêutico do ACT (54±7%) e a LID (91±9)não foi alterado, enquanto que o efeito da L-NOARG (62±11%) foi reduzido de maneira sig-nificativa e o da IND (8±6%) foi abolido, quan-do analisado na segunda fase da dor da F. Con-clusão: Esses resultados estendem os dados daliteratura e demonstram que o ACT, a LID e a L-NOARG possui significativo efeito antinocicepti-vo tanto profilático quanto terapêutico quandoanalisado na nocicepção induzida pela F em ca-mundongos. Apoio Financeiro: UNISUL e CNPq.

04.031AGONISTA δ OPIÓIDE SNC 80 INDUZ ANTI-NOCICEPÇÃO PERIFÉRICA VIA CANAIS DEPOTASSÍO ATP- SENSÍVEIS. Pacheco, D.F; Al-ves, D.P & Duarte, I.D.G., Departamento de Far-macologia, ICB-UFMG.

INTRODUÇÃO: A participação dos receptores δopióides na antinocicepção periférica tem sidopouco estudada, assim este trabalho tem porobjetivo verificar a possível participação de ca-nais de potássio e subtipos envolvidos na antino-cicepção induzida pelo agonista de receptor δopióide SNC 80.MÉTODOS: O limiar nociceptivo foi medido pelométodo de compressão da pata de ratos (Wistar,

machos, 180-220 g, n=5). A hiperalgesia foiavaliada pela diferença (∆) entre as medidas dolimiar nociceptivo inicial (expresso em gramas),sem o agente hiperalgésico (PGE2, 2 µg/pata), eaquela da terceira hora após sua administração.Todos os fármacos foram administrados por viaintraplantar.RESULTADOS: A PGE2 induziu hiperalgesia quefoi revertida de modo dose-dependente peloSNC80 (20, 40 e 80 µg). O efeito antinociceptivodo SNC80, considerado periférico na dose de 80µg foi revertido pela administração de bloquea-dores específicos de canais de potássio ATP-sen-síveis de maneira dose-dependente, Glibencla-mida (20,40 e 80 µg) e Tolbutamida (40, 80 e160 µg). Os bloqueadores de canais de potássioativados por cálcio, Dequalinium (50 µg), Carib-dotoxina (2 µg); os voltagem-dependente, Tetrae-tilamônio (30 µg), 4-Aminopiridina (10µg) e umbloqueador não específico, césio (500 µg) nãoforam efetivos em reverter o efeito antinocicep-tivo periférico induzido pelo SNC 80.CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que oscanais de potássio ATP-dependentes estão envol-vidos na antinocicepção periférica induzida peloagonista de receptor δ opióide SNC 80. A partici-pação de outros tipos de canais de potássio foidescartada. Apoio: CNPq

04.032TOXINA PERTUSSIS (Ptx) CAUSA ANTINOCI-CEPÇÃO VIA ATIVAÇÃO DE PROTEÍNOQUINA-SE C E ATIVAÇÃO DE CANAIS DE K+ SENSI-VEIS AO ATP. 1Sachs D., 2Brito G.A.C., 1SchivoI.R.S., 1ROSA S. R., 2Ribeiro R.A., 1Cunha F.Q.,1Ferreira S.H. 1Depto de Farmacologia da F.M.R.P.-USP, São Paulo, 2Depto de Farmacologia da UFC,Ceará.

Introdução: Resultados anteriores demonstraramque a Ptx inibe a hipersensibilidade nociceptivamecânica induzida por prostaglandina E2 (PGE2).O objetivo desse trabalho é investigar o mecanis-mo pelo qual a Ptx induz antinocicepção e seeste está associado à ativação de canais de K+

sensíveis ao ATP.Métodos e Resultados: A hipersensibilidade no-ciceptiva mecânica foi avaliada utilizando-se oteste de pressão na pata de ratos (Wistar, machos120-300 g), o qual é uma adaptação do modeloRandall & Selitto. Observou-se que: 1) o pré-tra-tamento intraplantar (i.pl.) dos animais com gli-benclamida ou tolbutamida (bloqueadores decanais de K+ sensíveis ao ATP; 80 µg.pata-1 e 240µg.pata-1; i.pl., respectivamente) revertem(61.2% e 60.1%, respectivamente) o efeito anti-nociceptivo da Ptx (300 ηg.pata-1; i.pl.) sobrehipersensibilidade nociceptiva induzida por PGE2(100 ng.pata-1; i.pl.). além disso, o pré-tratamentointraplantar de staurosporine (inibidor de prote-ínoquinase C) reverte a antinocicepção da Ptx so-bre a hipersensibilidade nociceptiva mecânicainduzida pela PGE2 (100 ng.pata-1; i.pl.).Conclusões: Esses resultados sugerem que o efei-to antinociceptivo da Ptx sobre a hipersensibili-dade nociceptiva mecânica induzida por PGE2 éresultante ativação de canais de K+ sensíveis aoATP via ativação de proteínoquinase C.Apoio Financeiro: CNPq, FAEPA e FAPESP.

04.033PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES GLUTAMA-TÉRGICOS E DA PROTEINA QUINASE C NAAÇÃO ANTINOCICePTIVA DA DIPIRONA EMCAMUNDONGOS. Siebel, J.S.; Beirith, A.; Calix-to, JB. Depto de Farmacologia, UFSC, Florianó-polis, SC

Objetivos: Apesar da dipirona (DIP) ser classifica-da como antinflamatório não esteroidal e seramplamente usada na clínica, seu mecanismo deação ainda não está totalmente esclarecido. Oobjetivo deste trabalho é avaliar a atividade an-tinociceptiva da DIP sobre a nocicepção induzidapor agonistas dos subtipos de receptores gluta-matérgicos e pelo éster de forbol (PMA). Méto-dos e Resultados: Foram utilizados camundon-gos suíços machos (30-40 g) e os resultados es-tão expressos como a média ± e.p.m. A DIP (30-720 mg/kg, i.p) foi administrada 30 min antesda injeção i.t. (5µl/sítio) de glutamato (175 nmol),NMDA (450 pmol), AMPA (135 pmol), kainato(110 pmol) ou trans-ACPD (25 nmol). O tempoque os animais permaneceram lambendo a re-gião caudal (biting) foi avaliado nos intervalosde 3, 5, 1, 4 e 15 min, respectivamente. A DIPcausou marcante efeito antinociceptivo em to-dos os modelos. As inibições máximas (Imáx) fo-ram: 79±5%, 44±11%, 38±12%, 31±8% e68±8%, respectivamente. As DI50s (mg/kg) cal-culadas para DIP no biting induzido por gluta-mato e trans�ACPD foram 124,1 e 175,7, res-pectivamente. A DIP também causou inibiçãodose dependente da dor induzida por PMA (0,03µg/i.pl.). Foi avaliado o tempo que o animal per-maneceu lambendo a pata traseira direita, 15 a45 min após a injeção. A Imáx foi 94±3% e a DI50foi 91,1 mg/kg. Conclusões: Esses resultados in-dicam que a DIP inibe a nocicepção induzidapelos agonistas glutamatérgicos, sendo, contudo,mais ativa em relação ao agonista metabotrópi-co. Além disso, a DIP inibe marcadamente a no-cicepção induzida pelo PMA, sugerindo que ainibição da PKC, além da interação com os re-ceptores glutamatérgicos, contribui para o seuefeito antinociceptivo.Apoio Financeiro: CNPq, FINEP, PRONEX e CA-PES.

04.034EFEITO DA LESÃO DO NÚCLEO PARATRIGE-MINAL PELO ÁCIDO IBOTÊNICO NO CONTRO-LE DA TEMPERATURA CORPORAL. 1Balan,A.Jr.**; 1Yu, Y.G.**, 2Souza, G.E.P.; 1Lindsey, C.J.1Departamento de Biofísica, UNIFESP, S.P., Bra-sil. 2Laboratório de Farmacologia, Faculdade deCiências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP,S.P., Brasil.

Introdução: O núcleo paratrigeminal (Pa5), pos-sui conexões com estruturas bulbares (núcleo re-ticular lateral, parabraquiais e trato solitário) as-sociadas à termorregulação corporal. Destaca-setambém o padrão de aferências com o glossofa-ríngeo, trigêmio e vago. Este estudo objetiva in-vestigar o papel do Pa5 no controle da tempera-tura corporal de ratos. Métodos: Sob anestesiacom Equitesin (0,4 ml/kg), ratos Wistar (280-

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300g) foram craniotomizados e o Pa5 foi lesadobilateralmente (Pa5X) pela microinjeção de áci-do ibotênico (1,5 mg/0,5 µL). Ainda sob aneste-sia, termistores foram implantados na cavidadeabdominal para medida de temperatura corpo-ral. A temperatura corporal e o fluxo sanguíneocaudal foram monitorados à temperatura ambi-ente de 27 ± 1°C durante 20 min. do primeiroao quarto dia após a cirúrgia. Resultados: O gru-po Pa5X apresentou uma temperatura corporalmédia inferior ao grupo controle (Sham) (36,4± 0,2 vs. 37,0 ± 0,1°C, p= 0,03). A análise doregistro da temperatura basal do grupo Pa5X re-velou que estes animais apresentam oscilaçõesespontâneas na temperatura basal em média de0,4 oC enquanto o grupo Sham apresentava umregistro basal estável com variações lentas de nomáximo 0,1 °C. As oscilações observadas na tem-peratura apresentam uma relação direta com avariação no fluxo de sangue na cauda, a qualaparece 13 ± 1 segundos antes da oscilação ob-servada na temperatura corporal do animal Pa5X.Conclusões: Estes resultados sugerem que a le-são do Pa5 induz a perda do controle fino deregulação da temperatura corporal relacionadaao controle do fluxo de sanguíneo caudal. Isto sereflete nas oscilações espontâneas da tempera-tura corporal antecipadas pela vasodilatação ouvasoconstrição da circulação caudal.

04.036ENVOLVIMENTO DO LOCUS COERULEUS NAVIA EFERENTE DA FEBRE. Maria Camila Almei-da, Fisiologia/FMRP/USP Alexandre Alarcon Stei-ner, Fisiologia/FMRP/USP Luiz Guilherme S. Bran-co, Morfologia Estomatologia e Fisiologia/FORP/USP

Objetivos: O objetivo do presente estudo foi es-tudar o papel do Locus coeruleus (LC) na febreinduzida por LPS em ratos, bem como definir seeste núcleo faz parte de uma via aferente ou efe-rente da febre. Métodos: Utilizaram-se ratos Wis-tar machos. Os animais tiveram o LC lesados, oventrículo lateral canulado para realização deinjeções intracerebroventricular (i.c.v.) e uma son-da introduzida para medidas da Tc por biotele-metria. 3 dias após as cirurgias os animais rece-beram LPS intraperitoneal (50microgramas/kg) ousalina. A Tc desses animais foi medida por 6 ho-ras. Outro grupo de animais receberam PGE2 i.c.v.(20nmol/2microlitros) ou veículo (20% de eta-nol em salina). A Tc desses animais foi monitora-da por 1 hora. Resultados: Não foram observa-das alterações na Tc basal dos animais submeti-dos à lesão do LC. Os animais com lesão fictíciaque receberam LPS i.p. tiveram um aumento bi-fásico da Tc de 1.1±0.3ºC e 1.5±0.2ºC com pico3 e 5 horas após a injeção respectivamente. Osanimais com lesão do LC tiveram uma reduçãosignificativa da resposta no segundo pico de au-mento da Tc (0.5±0.2ºC, p<0.05). Os animaiscom lesão fictícia que receberam PGE2 i.c.v. tive-ram um aumento da Tc de 0.9±0.2ºC, com pico20 minutos após a injeção. A lesão do LC aboliutotalmente o aumento na Tc induzido por PGE2(p<0.05). Conclusão: Esses resultados indicamque o LC possui um importante papel na febreinduzida por LPS em ratos. Além disso, podemosconcluir que este núcleo faz parte da via eferentede controle da Tc, estando situado após a PGE2na cascata febril. Apoio Financeiro: FAPESP, CNPqe PRONEX.

04.037ROLE OF VAGAL NERVES IN FEVER, NEUTRO-PHILIA AND NEUTROPHIL MIGRATION IN-DUCED BY LIPOPOLYSACCHARIDE (LPS) INRATS. Fraga, D1, Werner, MFP1, Reis, RC1, Melo,MCC2, Souza, GEP2, Zampronio, AR1. 1Dept Phar-macology, UFPR.2Lab. Pharmacology, FCFRP, USP.

Introduction: We investigated the relevance ofvagus nerves on neutrophil (NEUT) migration,neutrophilia and fever after i.p. LPS injection.Methods: Male Wistar rats received LPS (i.p. orintrapleural) or pre-formed pyrogenic factor (PFPF,i.v., i.c.v. or i.p). Fever was measured by a rectalprobe every 30min for 6h and peritoneal or pleu-ral fluid and blood were collected for NEUT mi-gration and neutrophilia evaluation. All parame-ters were observed in naïve, vagotomized (VGX)or sham (SH) rats, and after treatment with atro-pine (AT, 1.6µg/kg), tubocurarine (TC, 2.0µg/kg)and α-bungarotoxin (BT, 135ng/kg).Results: LPS, 0.02-200 µg/kg, induced a dose-re-lated neutrophilia and fever (peak 200µg/kg,1.1±0.9x 106 cells/mL,1.1±0.1°C) but NEUT mi-gration resulted in a bell-shaped curve (peak0.2µg/kg, 3.5±0.4x106 cells/mL). Subdiphragmat-ic vagotomy reduced peritoneal resident cell pop-ulation (56%), LPS-induced fever (71%) and theNEUT migration (43%) but did not change theneutrophilia or NEUT migration to pleural cavity.TC or BT, but not AT, reduced the PMN migration(37% and 72%). Macrophages from VGX and SHrats produced PFPF that induced a similar fever(1.0±0.05°C i.v., 0.7±0.1°C i.c.v) in naïve rats andPFPF (i.p.) also induced similar fever in VGX andSham rats.Conclusion: These results show a bi-directionalcommunication between the mononuclear ph-agocytic and central nervous system through ef-ferent and afferent nerves that control residentcell population/PMN migration and fever, respec-tively.Financial Support: FAPESP, CNPq

04.038IL-1 MEDIATES FEVER INDUCED BY CENTRALENDOTHELIN-1 AND CORTICOTROPIN-RE-LEASE FACTOR INJECTION. Fabricio, A.S.C.;Penatti, R.C.; 1Zampronio, A.R.; 2D�Orléans-Juste,P., 3Rae, G.A., Souza, G.E.P.; of Laboratory of Phar-macology, FCFRP-USP and Depts. of Pharmacol-ogy 1UFPR, Curitiba; 2Faculty of Medicine Univer-sity of Sherbrooke, CA.; 3CCB-UFSC, Florianópo-lis.

Introduction: We have shown that endothelins(ETs) play an important role, via central ETB re-ceptors, in fever induced by corticotropin-releas-ing factor (CRF) in rats, and that dexamethasonereduces fever induced by CRF and ET-1 (Fabricioet al., Brit. J. Pharmacol., submitted). We nowinvestigated the roles of cytokines in fever inducedeither ET-1 or CRF.Methods and Results: Body temperature (bT) wasrecorded by radiotelemetry in male Wistar rats(ca. 200 g b.w.) for 6 h after i.c.v. pyrogen injec-tions. Fifteen min before pyrogens, rats were giv-en either an antagonist of IL-1 receptors (IL-1ra,9.1 nmol) or subtype I soluble receptor of TNF(sTNFRI, 23.8 pmol). At 3 h, fever induced by IL-1β (180 fmol) or CRF (1.05 nmol) was markedly

reduced by IL-1ra (from 1.3 ± 0.07º to 0.58 ±0.1ºC and 1.3 ± 0.12 to 0.76 ± 0.13ºC, respec-tively, P< 0.05), while that induced by ET-1 (1pmol) was abolished (from 0.8 ± 0.07 to 0.1 ±0.06ºC, P< 0.05). On the other hand, sTNFRIreduced fever induced by TNF-α (from 1.5 ± 0.2to 0.9 ± .0.05ºC, P< 0.05), but did not modifythe fever induced by ET-1. Neither IL-1ra nor sT-NFRI altered the basal temperature of control rats.Conclusions: Our finding that IL-1ra inhibits fe-ver induced by ET-1 as well as by CRF implicatesIL-1 in the fever mechanisms situated downstreamfrom endothelin ETB receptors.Support: FAPESP (grants 98/9738-0 and 97/9837-6) and CNPq.

04.039PROSTAGLANDINS AND CYTOKINES MEDIATEBRADYKININ-INDUCED FEVER IN RATS. 1San-tos, DR, 1Fabrício, ASC, 2Calixto, JB & 1Souza, GEP1Lab. Pharmacology, FCFRP-USP, Ribeirão Preto-SP and 2Dept. of Pharmacology, UFSC, Florianóp-olis-SC, Brazil.

Aim: To investigate the effect of IL-1 receptorantagonist (IL-1ra), soluble TNF receptor (sTNFr)and anti-IL-6 antibody (IL-6Ab) and the levels ofPGE2 and PGF2α in the cerebrospinal fluid (CSF)of febrile animals after BK.Methods: Male Wistar (≅200 g) rats were treatedwith artificial cerebrospinal fluid (aCSF), IL-1ra(200 µg), sTNFr (0.5 µg) or IL-6Ab (5 µg) icv 15min before icv injection of BK (10 nmol), IL-1β(3 ng), TNF-α (250 ng) or IL-6 (500 ng). Capto-pril (5 mg/kg, sc) was given 1 h before BK injec-tion to inhibit BK degradation. Body tempera-ture (bT) was measured each 30 min, during 6 hafter pyrogenic stimuli injection. CSF was harvest-ed by puncture of cisterna magna at 0.5, 1 and 3after BK (10 nmol, icv) or LPS (5 µg/kg, iv) andlevel of PGE2 and PGF2α was evaluated by immu-noenzime assay.Results:Table 1: IL-1β, TNF-α and IL-6 are involved indifferent phases of BK-induced fever.Treatment bT(ºC) at 3rd h Treatment bT(ºC) at 2nd h Treatment bT (ºC) at 4th h aCSF+IL-1β IL-1ra+IL-1β aCSF+BK IL-1ra+BK

0.9±0.04 0.3±0.11* 0.9±0.05

0.2±0.07*

aCSF+TNF-α sTNFr+TNF-α

aCSF+BK sTNFr+BK

1.5±0.11 1.05±0.05*

0.7±0.04 0.32±0.07*

aCSF+IL-6 IL-6Ab+IL-6

aCSF+BK IL-6Ab+BK

1.2±0.05 0.7±0.05* 1.2±0.05

0.7±0.05*

Table 2: Levels (pg/ml) of PGs during fever causedby BK or by LPS.

PGE2 PGF2α Treatment 0.5 h 1 h 3 h 0.5 h 1 h 3h

Saline LPS

51±6 322±70*

56±4 430±26*

59±11 735±135*

46±10 153±16*

47±4 188±5*

42±5 123±28*

aCSF BK

165±47 407±70*

128±52 767±23*

172±8 517±67*

82±34 180±60*

47±14 256±54*

53±11 95±26*

* (P<0.05)

Conclusion: PGs, IL-1β, TNF-α and IL-6 seems tobe involved in the fever induced by BK.Support: FAPESP.

04.040BIOGENESIS OF LEUKOCYTE LIPID BODIES.Pacheco P; Vieira-de-Abreu, A, Castro-Faria-NetoHC & Bozza, PT. Lab. Imunofarmacologia, DFF,FIOCRUZ, RJ.

Introduction: Lipid bodies (LB) are nonmembranebound, lipid and enzyme-rich inclusions abun-dant in cells associated with inflammatory reac-tions that play important roles in lipid mediator

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

generation. The mechanisms involved in leuko-cyte lipid body biogenesis are mostly unknown.Here we investigate the mechanisms involved inmacromolecular trafficking that leads to lipid andprotein coalescence to form lipid bodies.Methods and Results: The role for ER/Golgi traf-ficking in lipid body formation was investigatedby the treatment of cells with brefeldin A (BFA)that causes a reversible interruption of ER/Golgitrafficking and disassembly of Golgi complex. Pre-treatment with BFA (1µM) significantly inhibitedLPS-induced LB formation in macrophages in vit-ro (from 14.1±0.7 in untreated to 6.5±0.7 in BFAtreated cells). Cytoskeleton integrity is crucial forintracellular transport of macromolecules andorganelles, and consequently to cell morphogen-esis and functioning. By the use of fluorescentphaloidin we demonstrated that lipid bodies areenmeshed in a cytoskeleton network. Moreover,pretreatment (1 h, 0.1 µM) with drugs that dis-rupt microfilament (cytochalasin B, 89% inhibi-tion) and agents acting on microtubule assembly(colchicine and latrunculin B, 97% and 94% in-hibition) significantly inhibited LPS-induced lipidbody formation.Conclusion: Our results indicate that LPS-inducedleukocyte lipid body formation depends on lipidand protein redistribution from ER and Golgy.Moreover, cytoskeleton network do play a role inlipid body formation, assembly and cellular lo-calization.Support: Howard Hughes Medical Institute andCNPq

04.041LEPTIN INDUCES LEUKOCYTE LIPID BODYFORMATION AND EICOSANOID PRODUC-TION. Clarissa Maya-Monteiro; Gisely G. Almei-da; Hugo C. Castro-Faria-Neto; Patrícia T. Bozza.Laboratório de Imunofarmacologia, Departamen-to de Fisiologia e Farmacodinâmica � IOC/FIOCRUZ, Rio de Janeiro-RJ.

Introduction: Leptin is the hormone produced byadipose tissue that regulates body weight. Thishormone was also shown to be involved in in-flammation and immune response by enhancingactivation of lymphocytes and monocytes. AsLeptin is related both with lipid metabolism andinflammation, we decided to investigate its ac-tion in leukocyte lipid bodies. Lipid Bodies arecytoplasmic depots of esterified arachidonate andeicosanoid-forming enzymes, surrounded by aphospholipid monolayer. Thus, lipid bodies arecorrelated with the formation of eicosanoid me-diators by leukocytes.Methods and Results: Lipid bodies can be seenand counted in cytoplasm as osmiophilic inclu-sions that vary in number and size depending onthe inflammatory stimuli. We observed an en-hanced number of lipid bodies in mouse (C57Bl/6) peritoneal macrophages when these cells wereincubated in vitro with mouse leptin (0.5 µg/mL).Moreover, the intraperitoneal injection of leptin(1 mg/Kg) induced a significant increase in lipidbody numbers in leukocytes recovered from themouse peritoneal cavity, after 24 hours. In paral-lel, leptin induced neutrophil accumulation andan enhanced PGE2, LTB4 and IL-8 production inthe peritoneal cavity.Conclusions: Our data show that leptin inducesleukocyte lipid body formation both in vitro and

in vivo. Moreover, leptin act as a pro-inflamatoryhormone/cytokine inducing leukocyte activationand migration as well as eicosanoid production.Suppoted by CNPq, FAPERJ and Howard HughesMedical Institute.

04.042LIPID BODY FORMATION AFTER EXPERIMEN-TAL AND CLINICAL SEPSIS. Pacheco P1; GomesRN1; Bozza FA1; Bozza MT2; Castro-Faria-Neto HC1

& Bozza PT1. 1Lab. Imunofarmacologia, DFF,FIOCRUZ, RJ. 2Instituto de Microbiologia, UFRJ.

Introduction: Lipid bodies (LB) are rapidly induc-ible, specialized cytoplasmic domains foreicosanoid-forming enzyme localization, whichwe hypothesize, may have specific roles in en-hanced inflammatory mediator production dur-ing pathological conditions, including sepsis.Methods and Results: We show that lipid bodynumbers were increased in osmiun stained leu-kocytes from septic patients (17.4±0.2 LB/cell) incomparison to healthy subjects (2.5±0.1 LB/cell).By immunocytochemistry, 5-lipoxygenase andcyclooxygenase-2 were immunolocalized withinlipid bodies from septic patients. The pro-inflam-matory cytokines involved in the pathogenesisof sepsis, TNF-α and MIF, were also shown to co-localize within lipid bodies. The role of MCP-1 inlipid body formation was studied in animals de-ficient of MCP-1. Drastic increase in lipid bodynumbers were observed in WT (from 3.9±0.3 to19.3±0.6) but not in MCP-/- mice (from 6.0 ± 0.5to 6.0 ± 0.1) submitted to experimental sepsisby cecal ligation and puncture.Conclusion: In conclusion, our studies indicate thatlipid bodies formed during sepsis are sites foreicosanoid forming enzymes and cytokine local-ization and may develop and function as intrac-ellular sites for paracrine eicosanoid synthesisduring inflammatory conditions. Moreover, MCP-1 seems to play a requisite role in lipid body for-mation during sepsis.Support: Howard Hughes Medical Institute andCNPq

04.043REDUÇÃO DA ADESÃO DE NEUTRÓFILOS AOENDOTÉLIO NA SEPSE. Moreno, SE; Benjamin,CF; Ferreira, SH & Cunha, FQ - Depto de Farma-cologia, FMRP/USP

Introdução: A migração de neutrófilos (nφ) é umaetapa crítica para a resolução de um processoinfeccioso bacteriano . Na sepse foi observadoque a falência da migração de nφ para o focoinfeccioso a qual contribui para a gravidade doquadro e aumento da mortalidade. A falência damigração de nφ deve-se a uma redução da ade-são dos nφ circulantes ao endotélio das vênulas,processo este mediado pelo NO. Objetivos: Oobjetivo do trabalho é investigar se esta reduçãoda adesão ao endotélio deve-se a incapacidadede adesão dos nφ ou do endotélio venular. Mé-todos Para o ensaio de adesão, mesentérios decamundongos C57 sham operados ou submeti-dos a CLP (cecal ligation and puncture) Letal (CLP-L) e Sub-letal (CLP-SL) foram retirados 6 h após acirurgia e fixados em Tissue-tek, cortes de 10 µmforam incubados por 45 min com nφ isolados de

animais normais ou em sepse. As lâminas foramcoradas e o número de nφ aderidos em cada vasodeterminado. Resultados: Vasos do mesentério deanimais CLP-SL quando incubados com nφ in vi-tro, apresentaram maior número de células ade-ridas ao endotélio (5,12+1,27*nφ/vaso) quan-do comparado com os vasos do mesentério deanimais CLP-L (1,58+0,49 nφ/vaso) ou grupocontrole (1,29+0,76 nφ/vaso). Resultados repre-sentativos de 2 experimentos. Discussão A redu-ção da migração de nφ observada na sepse deve-se provavelmente a menor expressão de molé-culas de adesão no endotélio o que explicaria aredução da capacidade de adesão dos nφ, po-dendo ser este um dos mecanismos envolvidosna falência da migração de nφ para a cavidadeperitoneal de animais durante a sepse severa.Apoio Financeiro CAPES, FAPESP, CNPq e FAEPA

04.044DESNUTRIÇÃO INTRA-UTERINA REDUZ MI-GRAÇÃO LEUCOCITÁRIA M.A.V.Landgraf**;M.C.P.Franco**; V.M.F.Rastelli*; D.Nigro;R.C.T.Passaglia; M.H.C.Carvalho; Z.B.Fortes. De-partamento de Farmacologia, ICB/USP.

A desnutrição intra-uterina pode afetar perma-nentemente estrutura e função de vários órgãose tecidos. Além disso, sabe-se que a desnutriçãointra-uterina predispõe indivíduos a infecções.Objetivo: Estudar a capacidade migratória dosleucócitos (componentes importantes da respos-ta inflamatória à injúria tecidual) em indivíduosdesnutridos intra-uterinamente.Métodos e Resultados: Para estudar a capacida-de dos leucócitos aderirem e migrarem após estí-mulo inflamatório, utilizamos ratos Wistar ma-chos adultos (6-9 semanas) provenientes de mãessubmetidas à desnutrição durante a gestação (des-nutridos) e de mães submetidas a dieta ad libi-tum (nutridos).A desnutrição das fêmeas foi efe-tuada pela redução de 50% da oferta de raçãodurante todo período gestacional. Após aneste-sia por pentobarbital sódico (40 mg/kg, i.p.),afascia espermática foi exposta para contagem dosleucócitos que rolam (�rollers�) sobre o endoté-lio de vênulas (14-18µm),aderem em extensãode 100µm de vênula após 2 horas da injeção deTNF-α (500pg/0,1 mL) na bolsa escrotal e após10 minutos da aplicação tópica de leucotrieno B4(LTB4-1µM/0,1mL), plasma homólogo (0,1 mL/10%) ativado com zimogênio (ZAP) e TNF-α(500pg/0,1 mL) e migram após 2 horas após ainjeção de TNF-α (500pg/0,1 mL) na bolsa es-crotal. O número de �rollers� em machos desnu-tridos (79,4 ±2,8 céls./10 min) foi significativa-mente menor do que nos ratos nutridos(122,3±1,3 céls/10 min). O número de leucóci-tos que aderem foi menor em desnutridos(8,8±0,4 céls.; 12,4±0,4 céls.; 6,9±0,5 céls. e7,4±0,6 céls., respectivamente LTB4, ZAP, TNF-αtópico e TNF-α injetado) do que em nutridos(15,9±0,8 céls., 17,7±0,8 céls., 16,4±0,9 céls. e14,5±0,9 céls., respectivamente LTB4, ZAP, TNF-αtópico e TNF-α injetado). A migração dos leucó-citos também foi reduzida (8,1±0,7 em desnutri-dos x 15,2±0,8 em nutridos).Conclusão: A desnutrição intra-uterina interfereno comportamento leucocitário, diminuindo orolar, aderir e migrar dessas células. Isto podecontribuir para maior predisposição à infecçãona desnutrição.Apoio Financeiro: CAPES

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04.045SALIVA DO VETOR Lutzomyia longipalpis INI-BE A MIGRAÇÃO DE NEUTRÓFILOS INDUZI-DA POR OVA EM CAMUNDONGOS IMUNIZA-DOS. Monteiro, M.C.1; Romão, P.R.T.2, Noguei-ra, L.G.1; Rossi, R.1; Souza, A.A.3; Ferreira, S.H.1 &Cunha, F.Q.1 Dpto de Farmacologia1/FMRP-USP/RP, Lab. de Imunoparasitologia2/UNISUL-Tubarão/SC, Dpto. de Parasitologia3-IEC-PA.

Introdução: Os neutrófilos constituem a primeiralinha de defesa celular contra agentes patogêni-cos e são predominantes na maioria dos proces-sos inflamatórios agudos e em algumas doenças,como artrite reumatóide, glomerulonefrite e do-ença de Crohn�s. Estudos recentes demonstramque a saliva de hematófagos apresenta efeitosimunossupressores, vasodilatadores, anti-plaque-tários e antiinflamatórios. Objetivo: Avaliar o efei-to do extrato de glândulas salivares do vetor L.longipalpis na migração leucocitária induzida porOVA (ovalbumina) em camundongos imunizados.Métodos: Camundongos BALB/c receberam 3imunizações s.c de 0,2 ml de uma emulsão con-tendo PBS/CFA ou PBS/IFA com ou sem 100 ugde ovalbumina. Após 7 dias da última imuniza-ção, o extrato de uma glândula salivar foi injeta-do i.v. e após 4 horas foi feito o desafio com 10ug de OVA i.p. A migração celular foi avaliada 4e 48 horas após a injeção do desafio por conta-gem total e diferencial. Resultados: Na 4º hora,camundongos imunizados e desafiados com OVAapresentaram aumento significativo do númerode neutrófilos (4.31x106 ± 1.08 x106cél/cav.).A injeção do extrato salivar inibiu este recruta-mento (1.706x106 ± 0.106 x106cél/cav), seme-lhante aos animais não imunizados e injetadoscom OVA (1.188x106±0.996x106cél/cav.). Con-tudo, o extrato salivar potencializou o recruta-mento de eosinófilos na 48° hora. Conclusão: Asaliva do vetor da Leishmania inibiu a migraçãode neutrófilos e potencializou o influxo de eosi-nófilos induzida por OVA.Apoio: CAPES

04.046INIBIÇÃO PRODUZIDA PELO ÁCIDO GENTÍSI-CO SOBRE A MIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA NAPERITONITE E PLEURISIA INDUZIDAS PORCARRAGENINA EM CAMUNDONGOS. 1Teixei-ra, C.; 1Martins, R.; 1Longhi, D.T.; 1Ballmann, J.D.;1Scremin, A.; 1Paulino, N. 1. Grupo de Pesquisa eDesenvolvimento de Biofármacos, BIOFAR, Uni-versidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC.

Introdução: O AG é um metabólito ativo da rotade degradação dos salicilatos com atividade an-tireumática, antioxidante e relaxante sobre omúsculo liso respiratório. Nosso objetivo é avali-ar a influência do AG na inflamação pleural eperitoneal.Métodos: Foram usados camundongos (25-30g,n=5) tratados i.p. com salina, AG ou indometa-cina, 30 min, ou dexametasona (DX) 4 h antesda indução da peritonite ou pleurisia pela carra-genina, 1mg/mL ou 100µg/cavidade, respectiva-mente. O exudato peritoneal, pleural e o sangueperiférico foram coletados 4 ou 6 horas, respec-

tivamente, após a indução flogística. Foi analisa-do o número total de leucócitos e o diferencialcelular dos grupos de tratamento (AG 10 e 30mg/Kg) em comparação ao grupo salina, dexameta-sona (0,5mg/Kg) ou indometacina (10mg/Kg).Resultados: Na pleurisia, o AG 10 ou 100mg/Kgproduziu 23±7,3% ou 32±9% de inibição nototal de células da cavidade, respectivamente.Enquanto a DX 0,5mg/Kg inibiu 75±9%. Naperitonite, o AG 10 ou 30mg/Kg produziu inibi-ção de 25±2,5% ou 32±3% da migração decélulas para o peritôneo, enquanto que a indo-metacina inibiu 20±2,2%.Discussão: O AG produziu inibição da migraçãocelular para a cavidade peritoneal e pleural semalterar o total de células circulantes. Este efeitoparece estar relacionado a capacidade do AG demodular a atividade de canais de potássio, dire-ta ou indiretamente, reduzinda a capacidade deativação celular.Apoio: BIOFAR-UNISUL/Prodapys

04.047NEUTROPHIL CHEMOTAXIS IN VITRO IN-DUCED BY CHEMOATTRACT AGENTS IN CON-TROL AND CAPSAICIN TREATED RATS. Fran-co-Penteado, C.F.1; De Souza I.A.1; Camargo, E.A.1;Teixeira, S.A.2; De Nucci, G.2; Antunes E.1

1Department of Pharmacology, FCM, UNICAMP;2Departament of Pharmacology, ICB, USP.

Introduction and Goal: Neonatal capsaicin (CPS)treatment in rats degenerates vanilloid-sensitiveprimary afferent and cause neuropeptide deple-tion (1). Previous in vivo studies showed that theneutrophil influx into airways is increased in re-sponse to non-allergic stimulus such as ozone (2)and lipopolyssacharide (3). Moreover, intratra-cheal injection of OVA into actively sensitized ratsexacerbates the neutrophil accumulation into CPS-treated animals (4). In this study we examinedthe ability of differents chemotaxis agents (fMLP,substance P and PAF) to attract neutrophils fromcontrol and neonatal CPS-treated rats.Methods and Results: Wistar rats were treatedwith CPS (30 mg/kg, s.c.; 2nd day of life). Controlanimals received vehicle. Sixty to seventy dayslater, the animals were sacrified and whole bloodwas collected. Neutrophils were obtaneid by dex-tran sedimentation followed by Ficoll gradientcentrifugation. Neutrophil migration was mea-sured using 96-well chemotaxis chamber. Thenumber of migrated neutrophils was assessed bydetermination of the MPO activity.

Neutrophils (x105/ml)

MEM fMLP (10-5M)

PAF (10-7M)

SP (5x10-5M)

Control 6.6 ± 0.4 13.1 ± 2.7* 18.6 ± 1.8* 17.5 ± 1.2*

CPS 6.9 ± 0.4 13.9 ± 1.0* 17.5 ± 4.3* 18.9 ± 1.1*

Conclusions: A similar profile of chemotaxis wasobserved with neutrophils from control or CPS-treated rats suggesting that neutrophils functionsis unaffected by neonatal neuropeptides deple-tion.References: 1.Jancsó et al. (1977) Nature 270,741-743. 2. Sterner-Kock et al. (1996) Am J RespCrit Care Med 153, 436-443. 3.Long et al. (1996)Am J Physiol 271, L425-431. 4. Medeiros, M.V.et al. (2001) Eur J Pharmacol 421, 133-140.Financial Support: Fapesp

04.048EFFECT OF NEONATAL CAPSAICIN TREAT-MENT ON NEUTROPHIL ADHESION IN VIT-RO. Franco-Penteado, C.F. 1; De Souza I.1; Cama-rgo, E.A.1; Conran, N.2; De Nucci, G. 3; AntunesE. -1Department of Pharmacology, FCM, UNI-CAMP; 2Department of Hematology, FCM, UNI-CAMP; 3Departament of Pharmacology, ICB, USP.

Introduction and Goal: Adherence to vascularendothelium and extracellular matrix proteins isa pre-requisite for neutrophil accumulation at sitesof inflammation. Recent results showed that neo-natal capsaicin (CPS) treatment causes an exac-erbated neutrophil recruitment into BAL in re-sponse to ovalbumin in rats. In this study, bloodneutrophil adherence to fibronectin and rat se-rum coated-plates in response to fMLP and PMAwas measured. The mechanisms involved havebeen investigated using antibodies against VLA-4 and Mac-1.Methods and Results: Wistar rats were treatedwith CPS (30 mg/kg, s.c.; 2nd day of life). Controlanimals received vehicle. Sixty to seventy dayslater, the animals were sacrified and whole bloodwas collected. Neutrophils were obtained by dex-tran sedimentation followed by Ficoll gradientcentrifugation and adhesion assays were per-formed. The number of adherent neutrophils wasmeasured by MPO content of adherent cells andexpressed as % adhesion.

Serum Fibronectin % adhesion Control CPS Control CPS MEM 47.2±4.4 48.8±1.9 49.7±1.2 49.2±2.9 FMLP (10-7M) 67.1±6.7* 65.4±2.9* 56.0±2.5* 73.3±1.4* fMLP +AbVLA-4 33.9±1.5# 31.5±3.6# 26.0±3.6# 32.9±0.7# fMLP +AbMac-1 36.5±3.7# 29.5 ±1.5# 27.8±1.8# 34.5±1.4# PMA (10-6M) 70.2±6.3* 72.7±5.4* 72.1±5.8* 76.3±6.0* PMA +AbVLA-4 43.0±6.0# 34.5±4.6# 29.9±2.1# 20.6±0.9# PMA +AbMac-1 44.7±4.8# 35.7±2.7# 37.8±3.8# 33.1±0.4# *p<0.05 compared to MEM; #p<0.05 compared to fMLP/PMA

Conclusions: The neutrophil adhesion was regu-lated by integrins (VLA-4/Mac-1), but the CPStreatment had no effect upon neutrophil adhe-sion to fibronectin or serum in response to fMLPand PMA. Financial Support: Fapesp

04.049PARTICIPAÇÃO DE SUBSTÂNCIA P E NEURO-CININAS A E B NO RECRUTAMENTO CELU-LAR INDUZIDO PELA FORMALINA EM RATOS.Santos, JMM e Francischi, JN. Departamento deFarmacologia-ICB-UFMG, Belo Horizonte-MG-Brasil.

Introdução: Trabalhos anteriores demonstraramque formalina induziu aumento significativo deleucócitos para a cavidade peritoneal de ratos. Oobjetivo do presente trabalho foi investigar aparticipação dos neuropeptídeos SP, NK A e NK Bnessa migração, através do tratamento prévio dosanimais com antagonistas específicos dos recep-tores para taquicininas (NK-1, NK-2 e NK-3,respectivamente).Métodos: Ratas Holtzman (140-170g) foram injetadas (via intramuscular-IM),com SR140333 (ant. em NK-1), SR 48968 (ant.em NK-2) e SR 142801 (ant. em NK-3), gentil-mente cedidos pela Sanofi Recherche, 15 min.antes da injeção ip de formalina 1,25 ou 2,5%(1 mL). O lavado peritoneal obtido nos tempos

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

de 4 e 24 horas foi centrifugado e as células fo-ram preparadas para contagens total (cels/mm3)e específica (%). Os animais controle receberamo mesmo volume de solução de etanol (50 µL) esalina fisiológica estéril (950 µL).Resultados: To-dos os antagonistas utilizados reduziram signifi-cativamente (p<0,05; teste t ANOVA) o aumen-to de neutrófilos e linfócitos após 4 h da injeçãode formalina (1,25 %), sendo que somente oantagonista de receptores NK-2 inibiu a migra-ção de linfócitos após 24 h da injeção de forma-lina (2,5 %). Pizotifeno, antagonista de serotoni-na, não apresentou efeito (P>0,05) na migraçãocelular induzida pela formalina. Conclusão: SP,NK A e NK B parecem estar envolvidas especifi-camente na migração aguda (4 h) de leucócitos,enquanto apenas SP e NK A podem estar envol-vidas com a migração tardia de linfócitos após ainjeção de formalina.Suporte financeiro: CAPES,CNPq e FAPEMIG.

04.050PAPEL DAS CITOCINAS E DA MIGRAÇÃO DENEUTRÓFILOS NA MODULAÇÃO DOS RECEP-TORES B1 PARA AS CININAS EM RATOS PRÉ-TRATADOS COM PAF. Fernandes,E.S., Passos,G.F.,Campos,M.M., 1Teixeira,M.M., 2Souza,G.E.P.,Calixto,J.B. Departamento deFarmacologia,UFSC,Florianópolis,SC; 1Departa-mento de Imunologia, UFMG, Belo Horizonte,MG.; 2Laboratório de Farmacologia, Faculdadede Ciências Farmacêuticas, USP, Ribeirão Preto,SPIntrodução: Recentemente, demonstramos quea resposta edematogênica mediada pelos recep-tores B1 está aumentada em ratos tratados comPAF (XVI FESBE, res:14-034). No presente traba-lho analisou-se o papel das citocinas e da migra-ção de neutrófilos nas respostas causadas peloagonista B1 a des-Arg9-BK após tratamento comPAF. Métodos e Resultados: Foram utilizados ra-tos machos Wistar (140-160g).O tratamento dosanimais com anticorpo anti-IL-1beta ou com oantagonista de receptor da IL-1, IRA, reduziu oedema para DABK (56% e 59%). O anticorpoanti-TNFalfa e a IL-10 também reduziram o ede-ma causado pela DABK (45% e 34%).Além dis-so, o anticorpo anti-PMN (1:4, 100 microl/300g,i.p., 30 min antes) reduziu o edema da DABK(42%). A injeção de PAF (10 nmol, i.pl., 1-24 h)aumentou (cerca de 8 vezes) a migração de neu-trófilos 6 e 12h após. O WEB2086 e a des-Arg9-Leu8-BK (antagonista do PAF e do receptor B1,respectivamente), inibiram a MPO (61 e 46 %).A fucoidina (inibidor de molécula de adesão) e oPDTC (inibidor do NF-kappaB), reduziram a MPO(38 e 45%). A dexametasona não interferiu coma MPO enquanto que a cicloheximide aumentoua atividade da MPO (224%). O tratamento comanticorpo anti-IL1beta, anti-TNFalfa ou com a IL-10 não foi capaz de alterar a atividade da MPO,enquanto o IRA aumentou em cerca de 73% aMPO. Finalmente, o tratamento com PAF aumen-tou de forma tempo-dependente a expressão deTNFalfa e do receptor B1 para as cininas nas pa-tas dos animais. Conclusões: Tanto as citocinasquanto os neutrofilos, moléculas de adesão, NF-kappaB e a síntese de novas proteínas exercemum importante papel no aumento funcional e naexpressão dos receptores B1 para as cininas nosanimais tratados com PAF. Apoio financeiro: CA-PES, CNPq, FINEP, PRONEX, PIBIC/Iniciação

04.051PARTICIPAÇÃO DA MIP-1ααααα NA MIGRAÇÃO DENEUTRÓFILOS INDUZIDA POR ANTÍGENO.1Ramos CDL, 1Canneti C, 2Santana J, 1FerreiraSH, 1Cunha FQ, 1Depto de Farmacologia e 2Dep-to de Imunologia Básica e Aplicada da FMRP-USP

Introdução: Resultados recentes demonstram quea migração de neutrófilos em animais imunizadose desafiados com OVA é dependente da liberaçãode LTB4 e TNF-α, com aumento de RNAm paraa quimiocina CC MIP-1α e seus receptores CCR1,CCR4 e CCR5.Neste presente trabalhoinvestigamos o papel da MIP-1α na migração deneutrófilos para a cavidade peritoneal apósimunização e desafio com OVA, bem como omecanismo envolvido na migração de neutrófilospara a cavidade peritoneal induzida pela MIP-1á.Métodos:camundongos C57Bl/6, MIP-1α-/- eCCR5-/- foram imunizados conforme técnica jádescrita(Canetti,Br.J.Pharmacol,2002;134:1619).No21° dia os animais foram desafiados ip com OVAou PBS ou utilizados como doadores de célulasperitoneais e esplenócitos para ensaios in vitro.Amigração de neutrófilos induzida pela MIP-1α foiavaliada em camundongos C57Bl/6 e p55-/-. Asanimais C57Bl/6 foram pré-tratados com anti-TNFα(ip) ou com MK886(vo), inibidor da síntesede LTB4. Resultados e Discussão: Verificamos porELISA a presença de LTB4 e TNFα no lavadoperitoneal após desafio com OVA em animaisC57Bl/6 imunizados, o que não ocorreu com osanimais MIP-1α-/-. Reforçando este dado,somente as células peritoneais de animais normaisimunizados, quando estimuladas com OVA in vitroliberaram TNF-α no sobrenadante.Em adição, odesafio com OVA em animais CCR5-/- imunizadosnão inibiu a migração de neutrófilos.O tratamentodos animais com MK886 ou com anti-TNFα inibiua migração de neutrófilos para a cavidadeperitoneal induzida pela MIP-1á. Além disso, ainjeção de MIP-1α em animais deficientes parao receptor p55 do TNFα não induziu acúmulo deneutrófilos. Esses resultados indicam oenvolvimento do LTB4 e do TNFα na migraçãode neutrófilos induzida pela MIP-1α. Apoiofinanceiro: CAPES, FAPESP, Pronex.

04.052PAPEL DO TNF-alfa NA INFILTRAÇÃO DE NEU-TRÓFILOS E NA LESÃO DA MUCOSA GÁSTRI-CA INDUZIDAS POR INDOMETACINA EM CA-MUNDONGOS. Lemos, H. P. 1, Oliveira, R.B. 1;Souza, M.H.L.P. 1; Cunha, F.Q2 - 1Divisão deGastroenterologia, Dep. de Clínica Médica; 2Dep.de Farmacologia 1,2 FMRP-USP, Ribeirão Preto-SP

Introdução:A lesão gástrica por AINEs é um pro-cesso dependente de neutrófilos. O TNF-alfa éuma citocina quimiotática paraneutrófilos.Objetivo:Avaliar o papel do TNF-alfana migração de neutrófilos (MN) e na lesão damucosa gástrica induzidas por indometacina(INDO).Métodos:Camundongos C57/BL6 foramtratados com Talidomida (50mg/Kg 1h antes e25mg/Kg 6 h depois,i.p.) e Dexametasona (1 mg/Kg 1h antes e 6 h depois,i.p.). Após 1 hora, os

animais receberam por gavagem INDO(10mg.Kg-1). Decorridas 12 horas, os animaisforam sacrificados. A Lesão gástrica (LG) foi de-terminada pela soma das extensões de todas aslesões encontradas (IL-Índice de Lesão) e a MNfoi avaliada através da atividade da mieloperoxi-dase (MPO). Animais deficientes ou não para oreceptor p55 do TNF-alfa foram tratados comINDO. Após 12 horas, a LG e a MN foramdeterminadas.Resultados: O tratamento comDEXA(IL=3,6±0,3mm; MPO= 269,5±97,2neut/mg) e Talidomida(IL=5,2±1,1mm;MPO= 616,7±32,3neut/mg) foram capazes deinibir significativamente (p<0,05) tanto a LGquanto a MN por INDO (IL=11,8±1,9mm;MPO=1160,1±169,9neut/mg). Os camundon-gos deficientes para o receptor p55 do TNF-alfaapresentaram com tratamento com INDO tantouma menor (p<0,01) LG (IL=7,8±2,1mm),quanto uma menor MN (MPO=356,1±63,1neut/5mg), quando comparados com osanimais não deficientes (IL=29,8±9,1mm;MPO=1606,6±182,4neut/5mg). Conclusão: OTNF-alfa está envolvido tanto na MN, quanto naLG induzidas por INDO em camundongosC57BL6. Apoio Financeiro:FAPESP, PRONEX

04.053EFFECT OF IL-4 PRE-STIMULATION ON IgE-MEDIATED PLEURISY IN RATS. Lima, MCR; Sil-va PMR; Cordeiro, R.S.B.; Leoni, RD; Ribeiro, VA;Serra, MF & Martins, MA. Lab. Inflammation, IOC/FIOCRUZ, Brazil.

INTRODUCTION: We recently reported that twocycles of passive IgE sensitization and challengewere required to evoke pleural eosinophil (EOS)enrichment, whereas a single one caused a mas-sive plasma leakage without eosinophilia. Here,we postulated that IL-4 generated in the first cy-cle might favor EOS mobilization noted in thesecond cycle of IgE sensitization and challenge.METHODS AND RESULTS: Wistar rats were sensi-tized with an intrapleural (ipl.) injection of amurine anti-dinitrophenyl (DNP) IgE mAb (1 µg/cavity) followed by challenge with DNP-BSA (1µg/cavity) 24 later. Within 7 days, the animalswere subjected to a second cycle of IgE passivesensitization followed by allergen challenge. Wefound that the number of IL-4 positive cells, re-covered from the pleural cavity, increased from0.9 ± 0.03 x 10-6/cavity (mean ± S.E.M) in sham-sensitized rats to 3.3 ± 0.2 x 10�6/cavity in sensi-tized rats after the first challenge (p<0.05), reach-ing higher values (5.5 ± 0.5 x 10�6/cavity, p<0.05)after the second challenge. Replacement of thefirst cycle of sensitization and challenge by a lo-cal injection of IL-4 (1250 � 5000 UI/cavity) ledto a marked exacerbation of both exudation andEOS accumulation triggered by allergen challenge7 days later. CONCLUSION: Our results indicatethat IL-4 production is up-regulated following anIgE-mediated inflammatory response, leading toa long lasting priming of the site. This primingclearly favors plasma leakage and EOS recruit-ment evoked by allergen challenge suggesting thatit may be critical in allergic conditions. SUPPORT:CNPq, FAPERJ

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.054EFFECT OF COMBINED TREATMENT OF SAL-METEROL AND FLUTICASONE ON EOSINO-PHIL CHEMOTAXIS AND ACTIVATION IN VIT-RO. Alves A, Paiva R, Rocha V, Cordeiro R,1Johnson M, 2Lagente V, Martins M & Silva P. IOC/FIOCRUZ,Brazil; 1GlaxoSmithKline, UK; 2Univer-sité de Rennes 1, France.

INTRODUTION: ß2-adrenoceptor agonists andglucocorticoids constitute an important therapeu-tic approach for the treatment of pulmonary al-lergic diseases. In this study, we evaluated theeffect of salmeterol and fluticasone alone or incombination on the eosinophil locomotion andsecretion in vitro. METHODS: Purified rat perito-neal eosinophils were kept in culture for 24 or 48h with mrIL-5 (5 ng/ml) in the presence or in theabsence of salmeterol [100 nM] and/or flutica-sone [1-100 nM]. Chemotaxis was evaluated in48-well Boyden chamber and eosinophil peroxi-dade (EPO) release by means of OPD technique.RESULTS: We noted that fluticasone at thehighest concentration inhibited PAF-inducedeosinophil chemotaxis and EPO release, underconditions where salmeterol was ineffective. Also,the exposure of eosinophils to fluticasone in com-bination with salmeterol, at concentrations whichalone had no effect, led to a marked inhibitionof EPO release in response to PAF. Eosinophilmigratory response was not altered by thecombined treatment. CONCLUSION: We showedthat eosinophil mediator secretion and migrationare sensitive to the direct action of the flutica-sone and also that its combination with salme-terol synergises in the case of PAF-induced EPOrelease inhibition. Since eosinophils are impor-tant cells in the context of allergy, the inhibitorysynergism noted in the case of EPO release mayhave relevant implications in the therapy of al-lergic inflammatory diseases. Financial support:CNPq, FAPERJ.

04.055BLOQUEIO SELETIVO DO INFILTRADO EOSI-NOFÍLICO ALÉRGICO OBSERVADO APÓS TRA-TAMENTO COM O DERIVADO FTALIMÍDICOLASSBio 552 EM RATOS ATIVAMENTE SENSI-BILIZADOS. 1,2,3Neves, J.S.; 3Prochnik L.,2Lima, L.M.; 2Fraga, C.A.M., 2Barreiro, E.J.,2Miranda, A.L.P., 3Silva, P.M.R.; 3Martins, M.A.,1Depto. de Farmacologia Básica e Clínica � ICB �UFRJ, 2Depto de Fármacos, Faculdade de Farmá-cia, UFRJ, 3Depto. de Fisiologia e Farmacodinâ-mica, IOC, FIOCRUZ�RJ.

Introdução: Demonstrou-se recentemente que ocomposto ftalimídico LASSBio 552 foi capaz deinibir, embora em concentrações elevadas, a ati-vidade espasmódica do leucotrieno D4 no siste-ma de traquéia isolada de cobaia. O presenteestudo objetivou estender a análise do potencialantialérgico do referido composto avaliando seuefeito sobre a resposta inflamatória provocadapor desafio pleural alérgico em ratos ativamentesensibilizados. Métodos e Resultados. Os animaisforam sensibilizados através de injeção subcutâ-nea de ovoalbumina administrada em associa-ção com Al(OH)3 (adjuvante), sendo desafiados

intrapleuralmente com ovoalbumina (12ug/ca-vidade) 14 dias depois. Nossos achados mostra-ram que o tratamento intraperitoneal com LASS-Bio 552, 1 h antes do desafio antigênico, inibiu oinfiltrado pleural de eosinófilos de maneira dose-dependente (ID50=70umol/kg,n=7), bem comoo de células mononucleares, observados 24 hsapós o desafio. Tratamento idêntico realizado como antagonista de receptor CysLT1, zafirlukast, tam-bém bloqueou o acúmulo de ambos subtipos deleucócitos (ID50=45umol/kg,n=7) com potên-cia comparada àquela do composto LASSBio 552.Entretanto, tais tratamentos não modificaramoutros parâmetros da resposta inflamatória alér-gica tais como edema, infiltrado de neutrófilos eacúmulo de leucócitos totais observados 6 hs apóso desafio antigênico. Discussão: Os resultados in-dicam que o composto LASSBio 552 é capaz deprevenir de maneira seletiva o infiltrado infla-matório de células mononucleares e eosinófilos.O perfil de ação evidenciado pela análise com-parativa com zafirlukast sugere um efeito do tipobloqueio de receptor CysLT1. Apoio Financeiro:CNPq, FAPERJ, Capes

04.057EFEITO DA PROTEÍNA ANEXINA 1 NOS MAS-TÓCITOS EM MODELO DE ISQUEMIA/REPER-FUSÃO CARDÍACA DE RATO. Sena, AAS1; Olia-ni, SM2. 1UNIFESP-EPM, São Paulo, SP; 2IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto, SP.

INTRODUÇÃO: A inflamação do miocárdio de-corrente da isquemia/reperfusão cardíaca (I/R-C)pode ser mediada por produtos derivados dosmastócitos. Estudos indicaram a atividade antiin-flamatória da proteína Anexina 1 (ANX-A1) emmodelo de I/R-C (D�Amico et al., 2000, FASEB J,14, 1). Neste trabalho, avaliamos a participaçãoda ANX-A1 no estado funcional dos mastócitosem modelo de I/R-C.MÉTODOS: Ratos Sprague-Dawley foram subme-tidos à oclusão da artéria coronária descendenteanterior esquerda por 25 min. Imediatamenteapós a isquemia, um grupo de animais foi trata-do com 50 µg/Kg (iv) de Ac2-26 (mimético daANX-A1) e outro não, sendo sacrificados após 2hde reperfusão. O grupo de animais controle foisubmetido somente a 25min de isquemia. Frag-mentos de coração foram fixados (paraformal-deído, 4% e glutaraldeído, 0,5%), incluídos (LR-Gold), cortados (0,5µm), corados (azul de tolui-dina, 1% em bórax, 1%) e analisados na micros-copia de luz. Os dados estatísticos foram obtidospela ANOVA e teste de Bonferroni.RESULTADOS: A I/R-C causou diferença significa-tiva entre o total de mastócitos dos animais I/R-Cnão tratados (0,04±0,009/p<0,001) e o grupocontrole (0,15±0,018/p<0,001). Houve redu-ção na desgranulação dos mastócitos com o tra-tamento, comparando o número de mastócitosintactos de I/R-C tratados (0,11±0,02/p<0,05)e I/R-C não tratados (0,02±0,007/p<0,05).DISCUSSÃO: Sugere-se que a proteína ANX-A1participa na modulação funcional dos mastóci-tos em modelo de I/R-C e pode ser aplicada naprevenção contra a lesão tecidual cardíaca indu-zida por I/R-C.APOIO FINANCEIRO: FAPESP (01/02440-0)

04.058PRODUÇÃO DE IgE E DESGRANULAÇÃO DEMASTÓCITOS NA INFECÇÃO POR ANGIOS-TRONGYLUS COSTARICENSIS EM RATOS. Ser-ra, MF., Azevedo, V., Barreto, E., Carvalho, V.,Bonavita, A., Silva, J., Mota, E., Cordeiro, R., Lenzi,H1., Silva, P. & Martins, M. Lab, Inflamação, DeptoFisiologia e Farmacodinâmica, 1Depto de Patolo-gia, IOC/FIOCRUZ, RJ.

O nematódeo A.costaricensis é responsável pelaangiostrongilíase abdominal humana, uma do-ença associada a lesões ileocecais graves e acen-tuada eosinofilia. Avaliamos aqui os níveis séri-cos de IgE, bem como alterações na populaçãode mastócitos presentes em diferentes tecidos deratos Wistar infectados com A. costaricensis. Osratos foram infectados com 300 larvas L3 oral-mente. Em diferentes tempos, após a infecção,os animais foram anestesiados para coleta desangue e sacrificados para posterior obtenção eanálise de mastócitos presentes nas cavidadesperitoneal, pleural e no mesentério. A IgE total ea específica foram avaliadas por ELISA e anafila-xia cutânea passiva (PCA) respectivamente. Nes-te último ensaio, ratos normais foram sensibili-zados através de injeção subcutânea de soro deanimais infectados (1/100, v/v) sendo desafiadosem 24 h com um extrato de vermes adultos. Ve-rificamos aumento significativo nos níveis de IgEtotal e específica que foram máximos 25 dias apósa infecção. Neste tempo observou-se tambémredução maciça no número de mastócitos intac-tos recuperados da cavidade peritoneal e des-granulação de mastócitos mesentéricos, enquan-to que os pleurais permaneceram inalterados.Conclui-se que a infecção aumenta os níveis deIgE total e específica e que há estreita correlaçãotemporal entre a produção máxima desta imu-noglobulina e a desgranulação de mastócitosperitoneais durante a angiostrongilíase em ratos.APOIO: CNPq e FAPERJ

04.059EFEITO DE TEOFILINA NA INFECÇÃO PORStrongyloides venezuelensis EM CAMUNDON-GOS BALB/c. Mazzolin, L.P.**1, Sequeira, T.C.G.O.2,Gomes, J.C.1 Depto de Farmacologia1 e Depto.de Parasitologia2-IB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

Introdução: Camundongos deficientes de mastó-citos possuem uma maior duração da infecçãoparasitária experimental sugerindo que hiperpla-sia e ativação de mastócitos podem contribuirpara defesa do hospedeiro. O objetivo deste tra-balho foi verificar o efeito da teofilina, um efici-ente inibidor da secreção de mastócitos, sobre ainfecção por Strongyloides venezuelensis (Sv).Métodos: Camundongos machos BALB/c foraminfectados com 2000 L3 de Sv e a intensidade dainfecção foi determinada pelo nº de ovos/gramade fezes (OPG). O tratamento (teofilina, 25mg/kg/dia, ip) iniciou-se no 1º dia pós infecção (DPI)e estendeu-se ao 7º DPI quando os animais fo-ram mortos e o intestino delgado retirado para adosagem do conteúdo total de histamina.Resultados: A teofilina aumentou a intensidadeda infecção nos animais tratados (85900 OPG)

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

em relação aos animais controle que receberamsalina estéril (5500 OPG). A quantidade de hista-mina presente no intestino delgado não apresen-tou alterações entre os grupos controle(1,59±0,08 µg/g) e tratado (1,80±0,18 µg/g) para6 experimentos.Discussão: A teofilina aumentou a infecção porSv sem, no entanto, aumentar a quantidade dehistamina nos mastócitos, o que sugere ausênciade degranulação nos animais não tratados.Apoio financeiro: CAPES

04.060CHLORIDE-DEPENDENT BASIC AMINOPEPTI-DASE (APB) IN PERITONEAL MACROPHAGESFROM MICE.+Olivo RA, Teixeira CFP, *Silveira PF.Lab Pharmacology, Instituto Butantan.

INTRODUCTION Peptide-inactivating ability ispart of normal function and development ofmacrophages which are also influenced by sever-al peptides. APB and leukotriene A4 (LTA4) hy-drolase (H) activities have been suggested to beexerced by a dual function enzyme in which theactivation of the hydrolase part, with conversionof LTA4 into the proinflammatory compound leu-kotriene B4 (LTB4), results in an inhibition of theAPB activity. The venom of the snake Bothropsjararaca (Bj) has been described to induce LTB4production, besides to affect murine macroph-age functions. The present study evaluated thepresence of APB in intact macrophages obtainedfrom the peritoneal cavities of mice after injec-tion of thioglycollate and the effect of Bj venomon APB levels. METHODS A fluorogenic assay forAPB employed L-Arg-β-naphthylamide. The via-bility of macrophages was performed on stainedTripan Blue. RESULTS APB was detected only insoluble form (163±37 picomoles of substratehydrolyzed/min/mg protein) at levels compara-ble with those of many classes of enzymes nor-mally considered as significant cell components.APB activity was a linear function of the time ofincubation and protein content. The incubationfor 60 min with up to 5 ug/ml of venom did notalter neither viable elicited macrophage countsnor the content of soluble APB. DISCUSSION Wepointed out the feasibility of using the fluorome-try of naphthylamide derivatives for revealing APBin macrophages. Although our data did not pro-vide support to the hypothesis that the LTA4Hactivity could be improved togheter with APBactivity reduction, they were the first step to in-vestigate the role of macrophage APB and its sen-sitivity to Bj venom.+FUNDAP/*FAPESP grant 00/10023-8

04.061EFEITO SISTÊMICO DE DOADORES DE NO NAHIPERALGESIA DA ARTRITE POR ZYMOSAN(AZy) EM RATOS. 2Girão, VCC; 1Souza, LT; 1Carvalho, AP; 3Cunha, FC; 2Ribeiro, RA; 1Rocha,FAC. Dep. Medicina Clínica1, Dep. Fisiologia eFarmacologia2 (UFC-CE) e Farmacologia3-FMRP,USP-SP.

Indrodução: Em trabalho anterior demonstramosque doadores de NO promovem analgesia de

forma terapêutica na AZy. Neste estudo, investi-gamos o efeito analgésico de doadores de NO(SIN-1 ou Nitroprussiato de Sódio-NPS) adminis-trados à junta inflamada. Métodos: Ratos Wistarrecebem 1 mg de Zy intra-articular no joelho di-reito e sacrificados 6h após. A IA foi avaliada entre3 e 4h de AZy pelo teste de incapacitação articu-lar (TSP em s/min). Coletou-se o lavado articularpara análise do influxo celular (IC) e da liberaçãode nitrito (Griess-umol/l). Grupos recebem, nojoelho esquerdo, SIN-1 (10ug-ia) ou NP (500ug-ia) 2h após Zy. Controles (CT) receberam salinano joelho esquerdo 2h após Zy. Resultados: SIN-1 e NPS reduziram a IA (p<0,05)(TSP=23,2±3,99 e 25±4,2), respectivamente,comparado ao CT (TSP=52,7±3,6). SIN-1 e NPSnão modificaram o IC nem a liberação de nitritono joelho esquerdo quando comparados à sali-na. SIN-1 e NPS não modificaram o IC nem aliberação de nitrito no joelho direito, quandocomparados à salina. Discussão: O efeito analgé-sico de SIN-1 e NPS na Azy independe de altera-ção no influxo celular e se dá provavelmente viasistema nervoso central. Apoio: CAPES, FUNCAP,CNPq.

04.062BLOQUEIO DE PEROXINITRITO (PN) É CON-DROPROTETOR NA ARTRITE PORZYMOSAN(AZy). 1Bezerra,MM, 3Oliveira,DN,4Jerônimo,SMB, 4Soares,LM, 3Keeble,J, 3Brain,S,1Ribeiro,RA, 2Rocha,FAC. Dep.Fisio/Farmaco1,Med. Clínica2, Patologia3 (UFC), Bioquímica4

(UFRN), King�s College, London5.

Introdução: Anteriormente, mostramos que obloqueio da liberação de NO reduz a sinovite masnão inibe o dano à cartilagem na AZy. O PN,formado por combinação de NO e O2

-,é um agen-te oxidante associado à lesão inflamatória, sen-do detectado pela formação de 3-nitrotirosina(3NT). Investigamos o efeito do bloqueio do PNna AZy. Métodos: Ratos Wistar receberam Zy-1mgintra-articular sendo sacrificados 6h ou 14d após.A hiperalgesia foi avaliada pelo teste de incapa-citação articular para ratos (TSP em s/1min), en-tre a 3a e 4a h de AZy. Avaliamos: o influxo celu-lar (IC céls/mm3) e a formação de 3NT (ELISA �pg/mg) no lavado articular, a histologia da sino-vite (H&E) e quantificamos os glicosaminoglica-nos (GAG) em µg/mg cartilagem nos fêmures.Grupos receberam ácido úrico (scavenger de PN)(AU 100 ou 250mg/kg ip a cada 6h por 14d).Controles(CT) receberam salina. Resultados:AU(100 ou 250) reduziu (p<0,05) a hiperalge-sia (12,8±1,9 e 23,2±2,5), comparado aoCT(40,2±7,9). AU(100 ou 250) reduziu (p<0,05)a formação de 3-NT(0,41±0,21 e 0,65±0,42),respectivamente, comparado ao CT(2,29±0,37).AU(100 ou 250) reduziu o IC(247,7±45,2 e234,3±70,5), comparado ao CT(664,2±157,2).AU(100 ou 250) reduziu (p<0,05) a sinovite àhistopatologia, comparado ao CT. AU(100 ou250) reduziu a perda de GAG(3,1±0,7 e 3,9±0,9),comparado ao CT (0,8±0,1).Discussão: A libera-ção de PN está associada à evolução e gravidadeda AZy. O bloqueio da formação de PN é analgé-sico, antiinflamatório e protege a lesão da carti-lagem articular na AZy. Apoio:FUNCAP.

04.063ÓXIDO NÍTRICO NA DOR INFLAMATÓRIA.Kiel, C.; Arruda, A.M.S., Departamento de Far-macologia, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

INTRODUÇÃO: A participação do óxido nítrico(NO) na dor inflamatória não está bem esclareci-da e seu papel álgico ou analgésico ainda suscitadiscussões. Investigamos a relação entre o tem-po de tratamento e observação da dor neste fe-nômeno. Para isso, estabelecemos uma metodo-logia de estudo da dor inflamatória a partir doteste da formalina (form).MÉTODO: Ratos WISTAR machos receberam porvia intraplantar (ipl) form (0,3 ou 2,5%) ou LPS(0,1µg) e form (0,3%) e o tempo de lambida erecolhimento (LR) da pata foi observado por 40min. Fase I de 0-5min e fase II de 20-40min.RESULTADOS: Form induziu uma resposta noci-ceptiva dose-dependente (0,3; 0,6; 1,25 e 2,5%),e o tratamento com LPS 0,1µg/pata, 3 h antes dainjeção de form 0,3% aumentou significativamen-te (160%) o tempo de LR na fase II em relaçãoao controle. O tratamento com L-NAME (300µg/pata ipl, 15 min antes), um inibidor da NO sinta-se, reduziu (62%) a fase II induzida por form2,5%, enquanto que a L-arginina (10-100ηg/pata) aumentou (96 e 115% respectivamente) afase II induzida por form 0,3%. O tratamentocom L-NAME, (300µg/pata, 3 h e 15 min antes)potenciou ambas as fases da resposta induzidapor form 0,3%.DISCUSSÃO: Os resultados mostram que o NOpode atuar como componente álgico na dor maisprecoce e como analgésico na dor mais tardia,dependendo do tempo de tratamento e da in-tensidade do estímulo.APOIO FINANCEIRO: CAPES

04.064ESTUDO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVADO ÁCIDO QUINOLÍNICO E DA L-ARGININANO TESTE DO TAIL-FLICK. Bernardi RB, SantosDE, Mallmann LP, Oppermann R, Cardoso RT,Oliveira VSS, Fernandes SF, Santos TO. FundaçãoFaculdade Federal de Ciências Médicas de PortoAlegre

Introdução: o óxido nítrico (ON) participa das viasantinociceptivas induzindo liberação pré-sinápti-ca de glutamato que será acoplado aos recepto-res N-metil-D-aspartato (NMDA) pós-sinápticos.Objetivamos estudar o papel de vias nitrérgicas eglutamatérgicas na antinocicepção utilizando L-arginina, substância precursora do ON, e ácidoquinolínico (QUIN), metabólito endógeno do trip-tofânio e agonista dos receptores NMDA. Méto-dos: ratos Wistar machos receberam, via intrape-ritonial (ip), as seguintes soluções: salina 1 ml/Kg(n=10); L-arginina 200 mg/Kg (n=10); QUIN300 mg/Kg (n=10); L-arginina 200 mg/Kg e QUIN300 mg/Kg (n=10). A latência para retirada dacauda no teste do tail-flick foi determinada pré e15, 30 e 60 minutos após administração das so-luções. A análise estatística utilizou o teste deANOVA 2-vias de medidas repetidas, estabele-cendo p<0,05. Resultados: As latências dos gru-pos tratados com QUIN isoladamente ou em as-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

sociação com L-arginina não diferiram entre si,mas foram significativamente maiores em rela-ção aos demais tratamentos (F39;3=12,34;p<0,001). As latências do grupo tratado com L-arginina e solução salina não diferiram de formasignificativa. O fator tempo determinou latênciassignificativamente maiores aos 15 e 30 minutospara todos os tratamentos (F39:3 =12,05;p<0,001), não havendo interação tempo/trata-mento. Conclusão: o tratamento com QUIN de-terminou efeito antinociceptivo significativo, nãopotencializado pela L-arginina.

04.065INIBIÇÃO DO EDEMA DE PATA DE CAMUN-DONGO INDUZIDO PELA INJEÇÃO DE DOA-DORES DE ÓXIDO NÍTRICO: ENVOLVIMENTODA GUANILATO CICLASE SOLÚVEL E DE CA-NAIS DE POTÁSSIO. Fernandes, D.; Silva-San-tos, J.E.; Assreuy, J., Departamento de Farmaco-logia, Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis, Brasil.

Introdução e Objetivos: Em trabalhos anteriores,demonstramos que a administração de doado-res de óxido nítrico (NO) causa alterações de lon-ga duração na reatividade vascular. Como a res-posta inflamatória é dependente de eventos vas-culares, investigou-se a influência do tratamentosistêmico com doadores de NO na inflamação.Métodos e Resultados: Carragenina, sulfato dedextrana, bradicinina, serotonina ou histaminaforam injetados na pata de camundongos, e oedema foi avaliado por pletismografia. A injeçãos.c. prévia de nitroprussiato de sódio (SNP; 1,5,5 e 10 µmol/kg) ou S-nitroso-DL-acetil-penicila-mina (SNAP; 7, 14 e 28 µmol/kg), 4, 12 ou 24 hantes do estímulo inflamatório reduziu 50% oedema de pata induzido pelos flogógenos, exce-to a serotonina. O pré-tratamento com SNP re-duziu o aumento da permeabilidade vascular (ex-travasamento de azul da Evans) e o aumento damigração de neutrófilos (medida pela atividadede mieloperoxidase), induzidos pela carrageni-na. A injeção de azul de metileno (15,6 µmol/kg,s.c) ou de tetraetilamônio (300 µmol/kg, s.c.) 30min antes ou 2, 4 ou 6 h após uma injeção deSNP (10 µmol/kg), administrado 8 h antes doestímulo inflamatório mostrou que: a) o azul demetileno bloqueou o efeito redutor do NO noedema de pata quando injetado 30 min antesou 2 h depois do SNP, mas não 4 ou 6 h após ainjeção de SNP. Já, o tetraetilamônio bloqueou oefeito redutor do NO no edema de pata em to-dos os tempos avaliados. Conclusões: O tratamen-to prévio com NO exerce um importante efeitoanti-inflamatório de longa duração, sendo depen-dente de cGMP somente nas primeiras horas apósa injeção de NO. Em contraste, este efeito anti-inflamatório de NO parece estar, desde a sua ins-talação, estreitamente relacionado com canais deK+. Suporte: CAPES; CNPq e PRONEX.

04.066REVERSÃO DA �FALÊNCIA� DA MIGRAÇÃO DENEUTRÓFILOS, MELHORA A SOBREVIDA DOSANIMAIS SUBMETIDOS A PERITONITE. 1Tor-res, DD, 1Benjamim, CF., 1Cunha, FQ. 1Dpto deFarmacologia. FMRP-USP

Introdução: Os neutrófilos são as primeiras célu-las recrutadas para o foco infeccioso abdominalparticipando no controle do foco séptico. O óxi-do nítrico (NO) participa na �falência� de migra-ção de neutrófilos na peritonite infecciosa. Oobjetivo deste trabalho foi definir a relevânciada falência de migração de neutrófilos na sepseinduzida por ligação e perfuração do ceco (CLP)em ratos e o papel do NO nesse processo. Méto-do e Resultado: Indução da sepse e avaliação damigração de neutrófilos para a cavidade perito-neal após CLP. O papel do NO foi avaliado pelaadministração de Aminoguanidina (AG), avalian-do migração e sobrevida dos animais submeti-dos a sepse e diferentes tratamentos. Foi quanti-ficado bactérias no exsudato, sangue e tecidosnos diferentes grupos experimentais. Nos animaiscom estimulo séptico severo (ESS), houve dimi-nuição na migração de neutrófilos para a cavida-de peritoneal comparada aos animais do estímuloséptico leve. Os animais do grupo ESS tratadoscom AG apresentaram reversão da falência demigração de neutrófilos. A sobrevida dos animaistratados com AG e lavagem peritoneal ou trata-mento anti-microbiano, foi menor comparada aocontrole. A contagem de bactérias foi menor nosanimais do grupo ESS e tratados comparado aogrupo ESS controle. Conclusões: O NO está en-volvido na. inibição da migração de neutrófilospara a cavidade peritoneal em ratos submetidosao ESS. A manipulação farmacológica da migra-ção de neutrófilos com inibidores da iNOS soma-dos a procedimentos que ajudam a controlar ofoco séptico, destaca a importância da migraçãode neutrófilos no controle da sepse. Apoiofinanceiro:CNPq e UNAB

04.067INIBIDORES DA SINTASE DE ÓXIDO NÍTRICOPOTENCIALIZAM A ADESÃO DE NEUTRÓFI-LOS. Dal Secco,D., Oliveira,S.H.P., Cunha,F.Q.Departamento de Farmacologia-FMRP-USP,Ribeirão Preto-SP

Introdução e Objetivo: Dados da literatura suge-rem que o óxido nítrico (NO) apresenta um pa-pel dual sobre a regulação da migração leucoci-tária em processos inflamatórios. Em estudosanteriores, demonstramos que o NO é um medi-ador inibitório da migração de neutrófilos e in-duz a apoptose dessas células após desafio intra-peritoneal com carragenina (Cg). Com o objetivode elucidar o mecanismo da potencialização destamigração, após a inibição da síntese do NO, in-vestigamos a adesão dos neutrófilos ao endoté-lio durante o processo inflamatório induzido porcarragenina.Metodologia: Os animais foram pré-tratados, sub-cutaneamente, com inibidores seletivos da sinta-se de óxido nítrico (NOS) induzida (Aminoguani-dina-50mg/kg), constitutiva (Nitro-L-Arginina-50mg/kg) ou PBS (controle), 30 minutos antesda injeção intraperitoneal de Cg (30µg/cavida-de). Após 6 horas, a adesão celular foi avaliadapor microscopia intravital. RESULTADOS: Os ani-mais pré-tratados com os inibidores da NOS apre-sentavam potencialização da adesão de neutró-filos (Nitro+Cg 1,14células/10µm2; Amino+Cg1,55células/10µm2) em relação aos grupos nãotratados (PBS 0,16célula/10µm2 ; PBS+Cg 0,42célula/10µm2).Conclusão: Sugerimos que o NO inibe a adesão

de neutrófilos ao endotélio. Visto que os queanimais tratados com inibidores da sintase deóxido nítrico apresentaram potencialização daadesão leucocitária.Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP e FAEPA

04.068EFEITO DO BLOQUEIO DOS CANAIS DE PO-TÁSSIO SOBRE A PRODUÇÃO DE ÓXIDONÍTRICO EM MACRÓFAGOS. 1Paulino, N., 1Scre-min, A., 2Calixto, J.B. 1.Grupo de Pesquisa e De-senvolvimento de Biofármacos, UNISUL, Tubarão,SC. 2. Depto de Farmacologia, UFSC, Florianó-polis, SC.

Introdução: Canais de potássio controlam o po-tencial de membrana de várias células, incluindomacrófagos. Nosso objetivo foi avaliar o efeitodo bloqueio dos canais de potássio moduladospor voltagem (Kv) e dos canais de potássio mo-dulados por cálcio (IKCa) sobre a produção deóxido nítrico em RAW 264.7 ativados por LPS.Métodos: Foi avaliada a atividade do 4-AP (10ou 100mM, bloqueador não seletivo de Kv),margatoxina (MgTx, 10 ou 100 ng/mL, bloquea-dor seletivo dos Kv 1.3), clotrimazole (Clo, 10 ou100mM, bloqueador dos IKCa) sobre a produ-ção de NO, em linhagem de células macrofági-cas de murinos (RAW 264.7), estimuladas comLPS (1µg/mL, 24 h), pelo método de Griess. Osefeitos citotóxicos destas drogas foram monito-rados através da avaliação da viabilidade celularpelo ensaio do MTT. Os resultados foram expres-sos pela quantidade de nitrito (µM) avaliado nosobrenadante das culturas de RAW 264.7. Valo-res de P<0,05 foram significantes.Resultados: RAW 264.7 ativados com LPS semtratamento apresentaram uma produção de47,2±1,6µM de nitrito após 24 h, enquanto otratamento com 4-AP (10 ou 100mM) reduziu aprodução para 29,7±1,4 ou 12,3±1µM, respec-tivamente. MgTx (10 ou 100ng/mL) ou Clo (10ou 100mM) não modificaram a produção de NOem células RAW 264.7. Nas concentrações in vi-tro a viabilidade celular pelo MTT foi superior a95% nas 24 h iniciais do teste.Discussão: Os resultados indicam que os canaisde potássio Kv, mas não os Kv1.3, podem modu-lar a ativação macrofágica em resposta ao LPS.Nossos resultados ainda sugerem que os IKCa nãocontribuem para esta resposta in vitro.Apoio: BIOFAR-UNISUL/Prodapys.

04.069EFEITO DE COMPOSTOS FENÓLICOS SOBRE AMIGRAÇÃO CELULAR PERITONEAL E SOBREA PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO EM MA-CRÓFAGOS MURINOS. 1Ballmann, J.D., 1Longhi,D.T., 1Scremin, A., 2Calixto, J.B., 1Paulino, N., 1.BI-OFAR, UNISUL, Tubarão, SC. 2.Depto Farmaco-logia, UFSC, Florianópolis, SC.

Introdução: A própolis é uma resina produzidapelas abelhas. O objetivo deste trabalho é avali-ar o efeito de compostos fenólicos presentes naprópolis P1: G2, I e C sobre a migração peritone-al e produção de NO em macrófago murino.Métodos: Foram usados camundongos tratadoscom G2 , I ou C (0,1, 0,01 mg/Kg, i.p.), 30 minantes da peritonite (carragenina, 1mg/mL). Após

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

4 h foram avaliados o total e diferencial de célu-las e a atividade mieloperoxidase (MPO). Foi ava-liada também, a atividade dos compostos (0,1 e1mM) sobre a produção de NO (Griess) em célu-las RAW 264.7, ativados com LPS (1µg/mL, 24h). E a viabilidade celular pelo MTT.Resultados: Nas doses de 0,1, 0,01mg/Kg i.p. oscompostos inibiram a migração leucocitária em:G2 65±2,3% e 57,5±2,8%, I 61,5±2,5 e59,6±5,7, C 50,5±1,2% e 6,5±1,1%, respecti-vamente, com uma CI50 de 0,09±1,2 mg/Kg,0,08±0,1 e 0,25±2,6 respectivamente. Enquan-to a atividade MPO foi de 0,78, 0,83 e 1,28U/mL, respecitvamente para o G2, I e C (todos0,1mg/Kg). Em RAW 264.7, a produção de nitri-to foi de 47,2±1,6µM após 24 horas, enquantonas doses de 0,1 ou 1 mM dos compostos G2:38,9±2,5, 13±0,9; I: 36,6±1,7, 12±1,0; ou C:41,3±2,5, 12,1±1,2µM de nitrito no sobrena-dante das culturas de RAW 264.7. Com MTT su-perior a 95% em 24h.Conclusões: Nossos resultados sugerem que oscompostos fenólicos presentes no extrato de pró-polis P1 podem reduzir a ativação celular e con-tribuir para explicar a atividade antiinflamatóriadescrita para este extrato.Apoio: BIOFAR-UNISUL/Prodapys.

04.070DUAL EFFECTS OF NITRIC OXIDE DONORS ONHUMAN EOSINOPHIL CHEMOTAXIS. Thoma-zzi, SM, De Nucci, G, Antunes, E. Dept. Pharma-cology, UNICAMP, Campinas; SP; Brazil

INTRODUCTION: Human eosinophils (EO) con-tain a NOS functionally coupled to a cGMP trans-duction pathway. However, the role of cGMP oncell chemotaxis has been shown to be controver-sial since this second messenger can either stim-ulate or inhibit the leukocyte. This study was de-signed to examine the effects of NO donors (SNP,SIN-1, SNAP) on human EO chemotaxis and lev-els of intracellular cGMP. METHODS: Human EOwere purified using a Percoll gradient and a im-munomagnetic cell separator. EO chemotaxis wasinduced by fMLP (10-7M) and evaluated usingthe Boyden chamber, whereas cGMP levels weremeasured using an enzyme immunoassay kit(Cayman Co., USA). RESULTS: Two experimentalapproaches were carried out: 1) EO were treatedwith SNP, SIN-1 or SNAP (0.001-3mM each;37°C) for 10min, after which the cells werewashed and stimulated with fMLP; 2) EO weretreated with NO donors (same conditions) for30min after which the cells were stimulated withfMLP. Our results showed that incubation of EOwith the NO donors (0.001-0.1mM) for 10minsignificantly increased the fMLP-induced chemo-taxis whereas higher concentrations (1 and/or3mM) did not affect the chemotaxis. In contrast,incubation of EO with the NO donors (0.001-3mM) for 30min markedly inhibited the fMLP-induced chemotaxis. The levels of cGMP were sig-nificantly higher in EO incubated with the NOdonors for 30min as compared to 10min-incu-bation. The MTT assay revealed no cytotoxic ef-fect in any of the protocols used. DISCUSSION:Our results suggest that stimulatory or inhibitoryeffects of NO donors on EO chemotaxis may re-flect in part the levels of cGMP. Financial Sup-port: FAPESP

04.071EFFECTS OF SEVEN PARSALMIDE DERIVEDMOLECULES CONTAINING A NITRIC OXIDEMOIETY ON PLATELET ACTIVATION. 1R.A.O.Pennachin, 1J. L. Donato, 1G. De Nucci, Dept. ofPharmacology, State University of Campinas,Campinas, SP.

Introduction and Goals: Nitric oxide is known toinduce vasodilatation, inhibition of platelet ag-gregation and prevention of neutrophil/plateletadhesion to endothelial cells. We have studiedthe anti-inflammatory and anti-thrombotic activ-ities of four potentially Nitric Oxide-donors mol-ecules (nitrocaci 1-4). Methods: Blood from hu-man healthy volunteers was collected in sodiumcitrate and platelet-rich plasma (PRP) obtainedby centrifugation. Platelet aggregation was mea-sured in a double-channel Chrono-log Lumi-Ag-gregometer. PRP was incubated with Nitrocaci 1to 4 at 37°C for 5 min prior agonist addition.Collagen (5-20µg/mL) or ADP (3-15µM) wereadded and aggregation monitored for 5 min. Thelevels of cGMP were quantified by an Elisa Kitand the results expressed as the mean + SEM of% inhibition. Results: Nitrocaci 1 to 3 showedIC50 higher than 1 mM and were not consideredfor further analysis. Nitrocaci 4 was able to in-hibit both collagen (IC50 347.6 ± 57.7 µM, n=5)and ADP-induced platelet aggregation (IC50101.4 ± 29.7 µM, n=5). cGMP synthesis, mea-sured from PRP incubated with nitrocaci 4, wasincreased 4.4 fold compared to basal levels. Weare also measuring the TXA2 formation to clarifythe effect of this drug on COX-1 activity.Conclusion: Although all four drugs were synthe-sized based on the original parsalmide chemicalstructure, only nitrocaci 4 showed a measurableinhibitory effect on platelet aggregation. cGMPsynthesis indicated that part of the inhibitorymechanism can be through NO release from ni-trocaci 4.Financial support: FAPESP

04.072EFFECT OF NωωωωωNLA, AN INHIBITOR OF NO-SYNTHASE, ON THE RELEASE OF t-PA FROMAORTA OF SEPTIC RAT. Fracasso, J.F, Silva, R.F.P.and Lepera, E.Z.P. Faculdade de Ciências Far-macêuticas �UNESP.

Introdution: Kinins induce the release of plasmi-nogen activator [t-PA] by the increased expres-sion of endothelial constitutive NO synthase[cNOS] The degree to which cNOS expressioncontribute to the vascular protective effects of NOinduce t-PA release on septic shock is subject ofongoing investigation. Factors that activate t-PAlike ischemic conditions, hypoxia and septic shock,increases fibrinolysis [FA].Methods. Five groups [G] of animals were treat-ed with saline[S] 0,9% [G I], E. coli endotoxin[Etx]Difco (3mg/kg i.v.)[GII], with NωNLA - Sigma (30mg/Kg i.v., 30 minutes after Etx) [GIII] or S[ GIV]and with L-arginine (L-arg 100 mg/Kg i.v., 10minutes after NωNLA)[GV]. The rats were killed30 minutes after Etx or S in GI and GII and 60minutes after the Etx in GIII, GIV and GV. Aorta

[1 cm in length] were carefully excised from ex-sanguinated nembutal-anesthetized, adult maleWistar rats, rinsed and placed on the fibrin plate.FA was expressed as areas of lysis [mm²] andmeasured after 18 h at 26ºC [n= 6 rats in eachgroup]. Values are reported as means ± SEM.[paired t-test].Results and discussion: *GI = 475.6 ±15; *GII=549.3 ± 40 ; GIII=45.8 ± 21; GIV= 40,4± 18;**GV =184.4 ± 8. The level of t-PA releasedfrom the aorta derived from GI or GII, differs sig-nificantly from GIII and GIV *[p<0.001]. Theseresults show that NO-induced t-PA release is im-portant to prevent disseminate intravascular co-agulation [DIC] produced by Etx. However, theoverproduction of NO produce a fall in the bloodpressure that is prevented by NωNLA. So, the useof NωNLA abolished the capacity of aorta to lib-erate t-PA and this shift the haemostatic balancein favor of a DIC . The treatment with L-arg re-vert partially this effect supporting the role of NOin the increase expression of t-PA **[p<0.001].The data presented here may be helpful for thefurther evaluation of the role of NO in the patho-genesis of cardiovascular disease.Supported: PADC-FCFAr

04.073LACK OF CORRELATION BETWEEN NITROTY-ROSINE (NT) -MODIFIED PROTEIN EXPRES-SION, SUPEROXIDE ANION (SUP) AND NITRICOXIDE (NO) PRODUCTION IN ENDOTOXEM-IC RATS. (1)Teixeira, SA, (1)Martins, ML, (2)Fran-co-Penteado, CF, (2)Desouza, I, (2)Antunes, E,(1)de Nucci, G and (1)Muscará, M.N. Dept. of(1)Pharmacology : ICB, USP, São Paulo - SP and(2)FCM, UNICAMP, Campinas - SP - Brazil

Introduction: In this work, we studied the rela-tionship between the release of SUP from circu-lating neutrophils (NEU), NO synthase (NOS) ac-tivity and the expression of protein-NT residuesin endotoxemic rats. Methods: Male adult Wistarrats received an i.v. injection of either E. coli li-popolysaccharide (LPS; 3 mg/kg) or saline (C).After 12 h, the animals were anesthetised withhalothane and blood was collected for NEU iso-lation. SUP release from NEU and tissular NOSactivity were measured, as well as the in vitronitration of bovine serum albumin (BSA) by NEUand the in vivo expression of serum and tissularNT-modified proteins. Results: Significant rise inserum NO3- and iNOS activity in lung and spleenwas induced by LPS. SUP production by NEU waspotentiated by LPS (173 ± 17 vs. 430 ± 32 pmol/min/10(6) cell; p<0.001). NEU iNOS activity wasinduced by LPS from n.d. levels to 28.5 ± 7.7pmol/min/mg. NT-protein expression in serum,brain, lung and spleen from LPS rats was sim-ilar to that present in C rats; also, BSA wassimilarly nitrated in vitro by NEU from eithergroup. Conclusion: Enhanced SUP and NO pro-duction during endotoxemia do not seem todirectly correlate with NT-modified proteins.Supported by FAPESP (95/09699-7, 97/12239-30, 01/08931-6).

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04.074PARTICIPAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO (NO) NALESÃO PULMONAR CAUSADA PELA ISQUE-MIA/REPERFUSÃO-INTESTINAL (I/R-i). Cavri-ani, G1.; Oliveira-Filho, R.M.1; Arruda, M.J.C.3;Jancar, S.2; Tavares de Lima, W.1 Deptos. de Far-macol.1 e 2Imunol.; ICB, 3HU, USP São Paulo-Brasil.

Introdução. Evidências indicam a geração de NOno trauma causado pela I/R-i, entretanto, seusefeitos moduladores ainda não foram esclareci-dos. No presente estudo avaliamos o papel doNO na inflamação pulmonar desencadeada pelaI/R-i. Métodos. Ratos (Wistar) foram expostos àoclusão da artéria mesentérica superior (45min)e reperfusão (2h). A inflamação pulmonar foiavaliada através da atividade pulmonar de mie-loperoxidase (MPO), leucócitos circulantes (LC),lavado da artéria pulmonar (LAP) e permeabili-dade vascular (PV). Os ratos foram tratados comL-NAME ou dexametasona (Dexa). Como con-trole utilizamos ratos falso-operados (FO) ou I/R-i não tratados (NT). Resultados. A I/R-i exacerbaa MPO em relação ao FO. O tratamento com L-NAME (0.78±0.2) aumenta a MPO em relaçãoao NT (0.42±0.04), e não com Dexa. O númerode LC aumentou 90% em relação ao FO. A I/R-iaumenta o número de células no LAP em relaçãoao FO (32.6±2.9 vs 14.8±2.9 x 105/ml). O tra-tamento com Dexa (23.3±1.7 x 105/ml) mas nãocom L-NAME, reduz o LAP em relação ao NT(32.6±2.9 x 105/ml). A I/R-i aumenta a PV noparênquima (152%) em relação ao FO. O trata-mento com L-NAME em relação ao NT(175.6±20.9 vs 93.5±9.3 µg AE) exacerba a PV,mas não o tratamento com Dexa. Conclusão.Sugere-se um balanço funcional entre as isofor-mas de NOS, a qual altera-se durante a I/R-i. Aredução da atividade da NOS constitutiva estáassociada à regulação da intensidade da lesãopulmonar. Apoio financeiro. CAPEs, CNPq, FA-PESP (99/06210-8)

04.075PRODUÇÃO DE NO E QUINIOCINAS POR CÉ-LULAS MESOTELIAIS PLEURAIS ESTIMULA-DAS COM BCG E COMPONENTES BACTERIA-NOS. Candéa, A.L.P.; Pizoeiro, B.A. F. S., Pessola-ni, M.C.V., Menezes-Lima-Júnior, O., Souza M.C.,M.G.M.O Henriques. Lab. FarmacologiaAplicada, Far-Manguinhos, FIOCRUZ-RJ.

Introdução: Tem sido sugerida a participação decélulas mesoteliais na inflamação pleural presenteem infecção por bactérias gram negativas oumicobactérias, induzindo a produção de quimio-cinas e outros mediadores. A Lipoarabinimana-na (LAM) é um componente da parede de mico-bactérias, capaz de induzir em diferentes tiposcelulares, a liberação de quimiocinas e citocinas.O objetivo deste trabalho foi avaliar a produçãode Eotaxina, IL-8 murina (KC) e NO, após esti-mulação com LPS, LAM e Mycobacterium bovis(BCG). Métodos: Células mesoteliais foram cole-tadas da pleura de camundongos Black/6 e culti-vadas durante 15 dias sendo posteriormente pla-

queadas (4x105 células por poço) e estimuladaspor LPS (100ng/ml; 1µg/ml), LAM (100ng/ml;1µg/ml) e IFN-g (500 Ui/ml) por até 72h. A esti-mulação por BCG foi feita com a adição de 106UFC de BCG por poço. O sobrenadante foi reco-lhido para a análise da produção de NO, Eotaxi-na e KC. Resultados: Não observamos variaçãosignificativa na liberação de Eotaxina. Verifica-mos um aumento significativo da liberação deKC induzida pelo LPS em 72h (de 0.31+ 0.21para 11.08 + 1.98 pg/ml) ou por BCG em 48h(de 0.13 + 0.07 para 13.06 + 0,58pg/ml). Eainda o aumento da produção de NO induzidopela LAM 1µg/ml (de 0.2 + 0.4 para 2.4 +0.19nM) em 72h. Nossos resultados indicam quecélulas mesoteliais murinas contribuem, atravésda liberação de NO e quimiocinas para a regula-ção de reações inflamações pleurais decorrentesde infecções bacterianas. CNPq

04.076ENVOLVIMENTO DA IL-10 E DO ÓXIDO NÍTRI-CO NA TOLERÂNCIA PIROGÊNICA INDUZIDAPOR LPS. 1Ferreira, M.E.S., 2Coelho, M.M., 1Pelá,I.R. 1Dep. de Física e Química � Lab. Farmacolo-gia, FCFRP/USP, 2Faculdade de Farmácia/UFMG,Belo Horizonte, MG � Brasil.

Objetivo: Os mecanismos envolvidos na tolerân-cia pirogênica não estão completamente eluci-dados. Resultados anteriores obtidos em nossolaboratório, sugerem o envolvimento do óxidonítrico (NO) na tolerância pirogênica. Além dis-to, foi verificado que a galactosamina (GAL), dro-ga hepatotóxica, foi capaz de reverter a tolerân-cia pirogênica. Com base nestes resultados, o pre-sente estudo teve como objetivo verificar se osefeitos do L-NAME (inibidor não seletivo da NOsynthase) sobre a tolerância pirogênica seriamrevertidos pela administração de L-arginina (subs-trato para a NO synthase), além de verificar se aadministração de GAL seria capaz de alterar asconcentrações plasmáticas de IL-10 (citocina en-volvida no controle de diferentes aspectos da res-posta inflamatória).Métodos e resultados: Foram utilizados ratosmachos Wistar (180-200g). A temperatura colô-nica foi determinada com o auxílio de um ter-mômetro elétrico e a concentração plasmática deIL-10 foi determinada por ELISA. A administra-ção de L-arginina (500mg/kg,ip) 15 minutos an-tes da primeira e da segunda administração deLPS (100 µg/kg,ip) foi capaz de reverter o efeitodo L-NAME (50mg/kg,ip) sobre a tolerância pi-rogênica. A administração de GAL (300mg/kg,ip)concomitante ao primeiro estímulo com LPS foicapaz de reduzir as concentrações plasmáticas deIL-10 induzida pelo LPS 1hora após a adminis-tração deste estímulo (SAL/LPS=0,96±0,15 eGAL/LPS=0,44±0,06) e aumentar as concentra-ções de IL-10, 1hora após a segunda administra-ção de LPS (SAL/LPS + LPS=0,23±0,07 e GAL/LPS + LPS=1,02±0,23).Conclusão: Estes resultados dão suporte à parti-cipação do NO na tolerância pirogênica, além desugerir que a IL-10 parece ser importante no de-senvolvimento deste fenômeno.Apoio Financeiro: FAPESP

04.077ALTERATIONS IN THE PRODUCTION OF NOAND SUPEROXIDE ANION IN RESPONSE TOLPS IN ANIMALS UNDERNOURISHED DUR-ING LACTATION. Silva, S.V.; Souza, E.G; Rod-rigues, A.L; Oliveira, C.C; Moura, A.S., Freitas,M.S; Barja-Fidalgo, C. Depto de Farmacologia,IBRAG /UERJ

We have been investigating the influence of ear-ly postnatal maternal malnutrition on the devel-opment of innate immune response in adult prog-eny. We have demonstrated that these animalspresented permanent alterations on insulin andglucocorticoid secretion, leading to inhibitory ef-fects on the development of inflammation (low-er neutrophil migration and adhesion proteinsexpression). Herein, we evaluate the response toLPS of adult rats, offspring of dams fed with dietscontaining 0% (UNgroup) or 22% protein(Cgroup) during the first 10 days of lactation.Methods: C and UN adult rats were teated withLPS (500µg/Kg). After 4h we analyzed the num-ber of circulants neutrophils (PMN), plasmaticnitrate levels (NOx) and the production of super-oxide anions (O-2) and expression of iNOS inPMN Results: LPS -treated UN rats showed lowernumber of blood PMN (C=12,24±2,94; UN=7,01±1,62). Plasma NOx was increased after LPStreatment in UN (C:2 ± 0,1;UN=:19,2±4,9).After stimulation with PMA, O-2 production byPMN from UN-rats was several fold higher thanin C rats (C:1,84 ±0,36; UN:6,07±1,12). Expres-sion of iNOS in PMN of animals from both groupstreated with LPS was detected 12 h after treat-ment. However an earlier iNOS expression wasonly detected in PMN from UN, but not from Canimals, 4 h after LPS treatment. Conclusion:These results corroborate our earlier data show-ing that a metabolic imprinting imposed by ma-ternal malnutrition in early life secondarily af-fects the innate immune response of progeny(CNPQ; FAPERJ; SR2-UERJ)

04.078ESTUDO DO PAPEL DOS DOADORES DE ÓXI-DO NÍTRICO NA DOENÇA PERIODONTAL EX-PERIMENTAL. Leitão, R.F.C., Chaves, H.V., Lima,V., Ribeiro, R. de A., Brito, G.C. Deptos Fisiologiae Farmacologia, Morfologia-UFC

Introdução: A doença periodontal (DP), inflama-ção das estruturas de suporte dos dentes, é a causamais freqüente de perdas dentárias em huma-nos. As citocinas, mediadores envolvidos na pa-togênese da DP, são indutoras da síntese de óxi-do nítrico (NO), molécula vital em processos in-flamatórios e no metabolismo ósseo. Havíamosdemonstrado que L-NAME e aminoguanidinainibiam a reabsorção óssea induzida por corpoestranho em ratos, sendo o efeito do L-NAMErevertido pela L-arginina, mas não pela D-arginina.Objetivo do presente estudo foi investi-gar o papel de um gel contendo doadores de NOna doença periodontal experimental (DPE) emratos Wistar.Métodos: A DPE foi induzida pela inserção de

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

um fio de náilon em torno do 2o molar superioresquerdo. Os doadores de NO, SNAP (gel a 1%;2x ao dia) e isossorbida(ISB)(gel a 1 e 5%, 2x aodia) foram aplicados localmente 1h antes da pas-sagem do fio, e diariamente, a cada 12h, por 11dias. Os animais foram sacrificados no 110 dia, eos parâmetros avaliados foram: reabsorção ós-sea, através do índice de perda óssea (IPO);análisehistopatológica e leucogramas realizados ante eapós a cirurgia (6h e 1,7 e 11dias)Resultados: ISB 5%reduziu em 22% o IPO (con-firmado por histopatologia), além de reduzir aleucocitose no 11o dia,às custas de mononuclea-res. SNAP 1% exacerbaram a reabsorção ósseaem 39% e 26%, respectivamente (confirmadopor histopatologia).Discussão: A aplicação tópica de doares do NOem altas concentrações previne a perda ósseainduzida pela DPE. Esses dados poderão servirde base para posterior estudo clínico o efeito dogel contendo doares de NO.Apoio: CNPq

04.079ROLE OF INDUCIBLE NITRIC OXIDE SYN-THASE IN GASTRIC DAMAGE AND MUCOSALNEUTROPHIL INFILTRATION INDUCED BYINDOMETHACIN. Souza, MHLP 1; Oliveira, RB1; Lemos, HP 1; Cunha, FQ 2 - 1Divisão de Gas-troenterologia, Departamento de Clínica Médi-ca; 2Departamento de Farmacologia - FMRP-USP,Ribeirão Preto- SP

Background:Gastric damage(GD) induced byNSAIDs is a neutrophil-dependent process. Al-though NO reduces the adherence of leukocytesto the vascular endothelium, we proved that NOSinhibitors impair GD induced byindomethacin(INDO). We used iNOS(-/-) miceand rats treated with an iNOS inhibitor to investi-gate whether iNOS-generated NO is involved inthe control of INDO-induced mucosal neutrophilinfiltration(NM) and GD.Methods:GD in the wild-type(iNOS+/+) and knockout(iNOS-/-) C57BL6mice were induced by intragastric instillation ofINDO and measured by lesion index(LI). Groupsof rats received fucoidan (25mg/Kg),aminoguanidine(100mg/Kg) and after 1 hour GDwas induced by INDO(20mg/Kg); 3 hours laterNOx(Griess method) and NM was determined inmucosal fragments(MPO).Results:INDO caused adose and time dependent GD in wild-type C57BL6mice (10mg/Kg;12 h;p<0.01). iNOS-/- GD byINDO was fewer as compared with iNOS+/+mice (LIiNOS-/-=6.1±2.7mm; LIiNOS+/+=29.8±9.0mm; p<0.01). In INDO-inducedGD in rats: 1) aminoguanidine (LI=18.3±5.3mm; NOx=1.3±0.4nmol; NM=878.1±226.4neut/5mg) significantly reduced GD andNOx levels in gastric contents (controls: LI=41.1±4.1mm;NOx=3.6±1.1nmol,p<0.05), and in-creased the NM (control:442.1±26.7neut/5mg,p<0.01); 2) Fucoidan (LI=2.8±0.9mm; 244.6±55.2neut/mg; p<0.01) inhibited significantly theGD and NM (controls: LI=59.2±16.6mm;NM=531.2±75.4neut/mg). Conclusion:Theseresults suggest that NO released by neutrophiliNOS mediate the GD induced by INDO.Support:FAPESP,PRONEX

04.080PAPEL DOS NEURONIOS NITRÉRGICOS CEN-TRAIS NA HIPERREFLEXIA MICCIONAL. P. LA-GOS e G. BALLEJO. Depto Farmacologia, FMRP-USP.

Introdução. Neurônios nitrérgicos espinais e su-praespinais participam na instalação e manuten-ção da hiperalgesia visceral. Métodos. Determi-nou-se o efeito de inibidores da sintase de oxidonítrico (SON) sobre o volume limiar de micção(VL) e sobre as contrações neurogênicas de tirasde bexigas (órgão isolado) de ratas (Wistar 200-250g) injetadas com salina (C) ou ciclofosfamida(CF,100 mg/kg, i.p.) 4 ou 18 horas antes. Tam-bém foram quantificados os neurônios nitrérgi-cos e c-FOS(+) dos segmentos espinais L6-S2 e aatividade da SON em L6-S2 e tronco encefálico.Resultados. Observou-se hiperreflexia miccional, VL diminuiu de 0.67±0.24mL para 0.19±0.09e 0.31±0.07mL as 4 (CF4) e 18 (CF18) h, apósCF. L-NAME (10mg/kg e.v.) não alterou o VL de Cmas aumentou significativamente o dos CF4(0.32±0.06) e CF18 (0.44±0.12mL). L-NAME(1 e 3 µmoles) e L-SMTC (1µmol), mas não D-NAME (3µmoles), intratecal aumentaram o VLdos animais CF4 mas não o dos CF18 nem dos C.Nos animais CF4 e CF8 a atividadeCa2+dependente da SON foi significativamentemaior nos segmentos L6-S2 porem no troncoencefálico só aumentou nos CF18. Nos segmen-tos L6-S2 o N° de neurônios nitrérgicos e de neu-rônios c-FOS (+)foi similar nos animais C e CF4mas foi maior nos CF18. A magnitude das con-trações neurogênicas do detrusor foi menor nosanimais CF4 eCF18; L-NOARG aumentou a mag-nitude dessas contrações só nos CF18. Discussão.Neurônios nitrérgicos espinais e supraespinaisparticipam diferentemente na hiperreflexia mic-cional observada 4h ou 18h após CF e apresen-tam maior atividade da SON. O NO também con-tribui para a hiporeatividade do detrusor associ-ada à cistite. Apoio: CAPES, PRONEX, CNPq.

04.081EX VIVO AND IN VITRO INHIBITION OF COX1 BY NEW NSAIDS. RA Pennachin, R Lorenzetti,LE Couto, R Pereira, JL Donato, G De Nucci. De-partment of Pharmacology, UNICAMP, Campinas,SP

Introduction: Cyclooxygenases (COX) catalyze theoxygenation of arachidonic acid to prostaglan-din PGH2, precursor for the synthesis of PGs, pros-tacyclins, and thromboxanes. NSAIDs inhibit COX.We have studied the anti-inflammatory activityof molecules (C7, C10 and C31) through the eval-uation of ex vivo and in vitro inhibition of COX1.Methods: Blood from human volunteers werecollected and platelet-rich plasma (PRP) obtainedby centrifugation. Platelet aggregation was mea-sured in an aggregometer. PRP was incubated withthe molecules at 37°C for 5 min prior to collagenaddition and aggregation monitored for 5 min.In the ex vivo assay, male wistar rats were anaes-thetized and the molecules (50mg/Kg, dimethylsulfoxide 75%) were administrated orally. Acetylsalicylic acid was used as positive control. Wecollected blood from abdominal aorta after 1 or3 h. The TXB2 level was measured in both sam-

ples, platelet aggregation and ex vivo assay byElisa Kit. Results: C7, C10 and C31 showed IC5048.1, 16.0 and 75 µM, respectively, in the inhi-bition of platelet aggregation. In vitro, the inhi-bition of TXA2 synthesis caused by C10 and C31were 93.0% and 83.8% respectively. The inhibi-tions obtained at 1 h on the ex vivo assay wereC7 (36.9%), C10 (59.3%) and C31 (29.5%). Nosignificant inhibition was obtained at 3 h. Con-clusions: The decreased in the TXA2 levels and theplatelet aggregation inhibition showed a possi-ble inhibitory effect by the molecules on COX 1.The inhibition only at 1 h can be due to either afast metabolism or a reversible inhibition of thesemolecules .Financial support: FAPESP

04.082AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA CICLOOXI-GENASE-1 (COX-1) EM MODELOS EXPERI-MENTAIS DE INFLAMAÇÃO EM CAMUNDON-GOS. 1 Siqueira-Junior, J.M., 2Peters, R.R.,3Brum-Fernandes, A.J., Ribeiro-do-Valle, R.M. 1Depto deFarmacologia, Universidade Federal de SantaCatarina, Florianópolis-SC. 2 GRUPNAT, Univer-sidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão-SC. 3Departments of Pharmacology and Medicine(Rheumatic Disease Unit), Faculty of Medicine,Université de Sherbrooke, [email protected]

INTRODUÇÃO: Está descrito na literatura, que aCOX-1 participa em processos fisiológicos, comocitoproteção gástrica e que COX-2 teria partici-pação na evolução processo inflamatório. Nestetrabalho, procurou-se avaliar através do inibidorseletivo e irreversível de COX-1, Valeryl Salicylate(VS), a participação dessa enzima em modelosde edema de pata (EP) e edema de orelha (EO)em camundongos. MÉTODOS: O EO foi induzidopela administração tópica de ácido araquidônico(A.A.; 2mg/orelha) ou Óleo de cróton (O.C.; 1mg/orelha). O EP foi induzido pela injeçãointraplantar(i.pl.) de 0,020 mL de carragenina(CAR, 1%), sendo observados dois picos; em 2hs (fase inicial) e em 48 hs (fase tardia)após ainjeção da CAR. RESULTADOS: No EO induzidopor A.A. (1h após indução)o pré-tratamento (1h)com VS (1.5, 4.5, 15 e 45 microg/orelha) reduziusignificativamente em 28.1, 36.3, 40 e 57.8%(controle = 423.6 +/-14.1 microm). No EO in-duzido por O.C.(6h após indução)o pré-tratamen-to (1h) com VS na dose de 45 microg/orelha re-duziu o edema em 35.9%(controle = 366.6+/-20.6 microm). No EP, em 2 hs após CAR,o pré-tratamento intraperitoneal (i.p.,30 min) com VS(3, 10 e 30 mg/kg) reduziu 43.3, 53.3 e66.6%(controle = 0,075 +/- 0,004mL)e no pré-tratamento i.pl. (1h) com VS as doses de 4.5, 15e 45 microg/pata reduziram significativamente em42, 48 e 45% (controle = 0,0660 +/- 0,0087)respectivamente, não promovendo redução doedema em 24 hs. Entretanto em 48 hs após CAR,nos mesmos animais, houve um aumento signifi-cante do edema quando comparado ao contro-le. DISCUSSÃO: Os resultados sugerem que a COX-1 possui importante papel no processo inflama-tório agudo. Além disso, a inibição pré-emptivade COX-1, pode, pelo menos em parte, compro-meter a resolução do processo de edema. Apoio:CNPq.

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04.083ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIPLAQUETÁRIADE NOVOS DERIVADOS N-ACILIDRAZÔNICOSIMIDAZÓLICOS. Tributino, J.L.M.*#; Cunha,A.C.*; Fraga, C.A.M.*; Barreiro, E.J.*, Miranda,A.L.P.*; *LASSBio, Dep. de Fármacos, Fac. de Far-mácia, UFRJ, RJ, Brasil; # Dep. de FarmacologiaBásica e Clínica, ICB, UFRJ.

Introdução: Visando a obtenção de novos protó-tipos capazes de atuar na cascata do Ácido Ara-quidônico (AA), foi sintetizada uma nova sériede compostos N-acilidrazônicos imidazólicos pla-nejados como inibidores duais de COX/5-LO. Es-tudos anteriores descrevem as atividades analgé-sica e antiinflamatória destes compostos (Tributi-no et al.,ALF 2000, p.310, P.17.042). O objetivodo presente trabalho foi a avaliação do perfilantiplaquetário desta série, considerando a im-portância do núcleo imidazólico para esta ativi-dade (Lizuka et al, J. Med. Chem. 24:1139, 1981).Métodos: A agregação plaquetária (AP) foi estu-dada in vitro em plasma rico em plaquetas citra-tado (PRP) de coelhos induzida por AA(200µM),Colágeno (5µg/ml), ADP(5µM) e U-46619(3µM).A formação de TXB2 foi dosada por EIA, em so-brenadantes de plaquetas lavadas estimuladas porcolágeno. Resultados e Discussão: Todos os com-postos, a 100µM, inibiram a AP induzida por AAe Colágeno em 90-100% (n=3,*p<0,05), semintervir na agregação induzida por ADP e U-46619, evidenciando um relevante perfil antipla-quetário para a série. A IC50 dos compostos LAS-SBio 691(W=Furano, Y=CH3) e LASBio692(W=Tiofeno, Y=CH3) foi de 52,3µM e27,2µM, respectivamente, na AP induzida porcolágeno. Estudos preliminares in vitro indicamuma inibição significativa da produção de TXB2.A inibição da agregação induzida por AA e o co-lágeno, juntamente com a inibição de TXB2 invitro sugerem um possível mecanismo de açãona cascata do AA, sobre COX-1 ou TromboxanaSintase. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FUJB,PRONEX.

04.084ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIAGREGANTEPLAQUETÁRIA DO COMPOSTO TIENILACILI-DRAZONA, LASSBio 294. Brito, F. C. F1,2.; Me-deiros, C. M1.; Lima, P. C.1; Fraga, C. A. M.1;Barreiro, E. J1.; Miranda, A. L. P.1,2 LASSBio1,Faculdade de Farmácia, Depto. de Fármacos,Depto. de Farmacologia Básica e Clínica2, UFRJ.

Introdução: O composto LASSBio 294 (Lima et.al, 35: 187, 2000) foi obtido como parte de umprograma que visa o planejamento, a síntese e aavaliação farmacológica de novos compostos bi-oativos. Esse composto possuindo como farma-cóforo a função N-acilidrazônica, apresentou pro-priedades ionotrópicas positivas em músculo es-quelético e cardíaco (Gonzalez-Serrato et al., 299:558, 2001; Sudo et al., 134: 603, 2001), alémde induzir vasorelaxamento (Noël et. al, 135:293, 2002). Neste trabalho objetivamos a avali-ação da atividade antiagregante plaquetária(AAP) desse derivado, tendo em vista sua rela-ção bioisostérica com compostos piridazinônicos

(inibidores da fosfodiesterase) e N-acilidrazôni-cos (ativos na cascata do ácido araquidônico)(Barreiro et. al, 25: 129, 2002). Métodos: A AAPfoi avaliada in vitro em plasma rico em plaque-tas citratado de coelhos, induzida por ADP(5mM), colágeno (5mg/mL), AA (200mM) etrombina (0,02U/mL). Foram estudados os efei-tos sobre a reação de secreção de ATP (luciferi-na-luciferase) e sobre a formação de TXB2 (EIA).Resultados: Esse composto inibiu a agregaçãoplaquetária induzida pelo colágeno e pelo AAapresentando uma IC50 de 32,4mM* (*p< 0,05)para ambos os agonistas. A reação de secreçãode ATP induzida por AA, colágeno e trombina foiinibida em cerca de 95%, assim como foi inibidaa formação de TXB2. Conclusão: Os resultadossugerem uma possível ação para o compostoLASSBio 294, ao nível da CAA, se apresentandocomo um potente inibidor da agregação plaque-tária, o que poderia contribuir para seu uso nosistema cardiovascular. Apoio Financeiro: PRO-NEX, CAPES, FUJB, CNPq

04.085ATIVIDADE ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIADE NOVOS DERIVADOS 4-ACIL-5-METIL-IMI-DAZOLILACILIDRAZONO. Pinheiro, C. S1.; Bri-to, F. C. F1,2.; Figueiredo, J. M.1; Câmara, C. A1.;Fraga, C. A. M.1; Barreiro, E. J.1; Miranda, A. L.P1,2. LASSBio1, Faculdade de Farmácia, Depto.de Fármacos, Depto. de Farmacologia Básica eClínica2, UFRJ.

Introdução: No âmbito de uma linha de pesqui-sa que visa o planejamento, a síntese e a avalia-ção farmacológica de novos derivados bioativos,uma nova série de derivados imidazolilacilidra-zono foi sintetizada e farmacologicamente avali-ada. Estudos anteriores demonstraram uma po-tente atividade analgésica e antiinflamatória paraesses derivados (Figueiredo et. al, 8: 243, 2000).Considerando-se a presença do grupamento imi-dazólico, relevante para a atividade inibitória datromboxana sintase (TXS) (Iizuka et. al, 24: 1139,1981) e a ação sugerida para esses compostosao nível da cascata do ácido araquidônico (CAA),o objetivo desse trabalho foi o estudo da ativida-de antiagregante plaquetária (AAP) desses com-postos. Métodos: A AAP foi avaliada in vitro emplasma rico em plaquetas citratado de coelhos,induzida por ADP (5mM), colágeno (5mg/mL) eAA (200mM). Os compostos foram avaliados nasconcentrações de 100mM e 300mM (DMSO).Resultados: Dentre os compostos avaliados, so-mente o derivado não-substituído, LASSBio 348,na concentração de 300mM, foi capaz de inibirem 100,0% a AP induzida por colágeno e AA(*p< 0,05, n=5) Conclusão: A AAP observadaapenas para o composto não substituído, de-monstra que as modificações realizadas nessepadrão molecular não favoreceram a AAP, já des-crita para o núcleo imidazólico. Por outro lado, oplanejamento racional permitiu evidenciar com-postos com potente atividade analgésica e an-tiinflamatória. Esses resultados sugerem que asmodificações no núcleo imidazólico desta série,estariam favorecendo uma atividade ao nível dacicloxigenase e não da TXS. Apoio Financeiro:PRONEX, CAPES, FUJB, CNPq

04.086UM MODELO PARA ESTUDO DA IONTOFORE-SE DE ANTIINFLAMATÓRIOS EM RATOS. Mot-ta2, A..F., Borges2 Jr., N.G., Da-Fonseca2, J.C.P.,Tonussi1, C.R. 1Depto. de Farmacologia, UFSC e2Depto. de prevenção, avaliação e reabilitaçãofísica, CEFID-UDESC, Florianópolis, SC.

Introdução. A iontoforese transdermal de antiin-flamatórios resulta em absorção maior e maisrápida do que a difusão passiva. Não se sabe seeste método pode entregar o fármaco diretamen-te em tecidos profundos ou se os efeitos terapêu-ticos só ocorrem após distribuição sistêmica. Nesteestudo avaliou-se o efeito da aplicação iontofo-rética de diclofenaco sobre a nocicepção articu-lar inflamatória em ratos. Métodos. Ratos wistarmachos (200-250 g) receberam injeção de car-ragenina (300 ug) e endotoxina de E. coli (LPS, 1ug) na articulação do joelho. Após a injeção deLPS, a nocicepção articular foi avaliada a cadahora por meio do registro do tempo de elevaçãoda pata (TEP) durante períodos de deambulaçãoforçada de 60 s. TEP máximo aparece 1 hora apóso LPS, mantendo-se por mais de 8 h. Para a ion-toforese, posicionou-se os dois pólos de um ge-rador de corrente sobre os aspectos medial e la-teral da articulação inflamada.No polo negativofoi colocado gel de PVP/HMC contendo 1% dediclofenaco e no polo positivo, solução salina fi-siológica. Resultados. Iontoforese de diclofenacoa 0,1, 0,2 e 0,3 mA/cm2 por 10 min, 1 horaapós o LPS, reverteu de forma corrente-depen-dente a incapacitação (P<0.0001,F3,5=20.84).O delta-TEP4ªh (TEP4ªh-TEP1ªh) foirespectivamente de -12,6 ± 2,6 s, -26,4 ± 4,8 se -32,0 ± 0,9 s (controle sem droga = -3,1 ±1,7 s). A iontoforese no joelho contra-lateral (0,25mA/cm2 por 10 min) reverteu menos a incapaci-tação do que quando aplicada sobre a articula-ção inflamada (P<0.05, t=2.041, gl=5). Con-clusões. O modelo de incapacitação articular foieficiente para se demonstrar o efeito antinoci-ceptivo da aplicação iontoforética de diclofenac.Parte desse efeito parece ser por entrega diretada droga na articulação. Apoio: CNPq.

04.087ATIVIDADE ANTIPIRÉTICA DO IBUPROFENOEM RATOS. Cristofoletti, R., Penatti, R.C., Soa-res, D.M., Souza, G.E.P. Lab.Farmacologia, FCFRP-USP-Ribeirão Preto,SP

Objetivo: O ibuprofeno e a indometacina, inibi-dores das ciclooxigenases (COX)-1 e 2 não ini-bem a febre induzida pelas quimicionas, duploMIP-1 e IL-8 em coelhos1 e ratos2, respectivamen-te. Ainda, a indometacina não modifica a febreinduzida por PFPF3. Neste estudo investigamos oefeito antipirético do ibuprofeno sobre as febressensíveis (induzidas por LPS e IL-1β) e insensíveis(induzidas por PFPF, MIP-1α4) à indometacina.Métodos e Resultados: Monitorou-se a variaçãoda temperatura retal (∆Tr) de ratos machos Wis-tar (200g) tratados com ibuprofeno (10mg/Kg)oral ou ip 30 min antes da injeção de LPS (5 µg/Kg, iv), PFPF (60 µg, iv), IL-1β (3.12 ng, icv) eMIP-1α (500 pg, icv). O ibuprofeno inibiu a res-

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

posta febril induzida por pirogênios sensíveis einsensíveis à indometacina.Efeito do Ibuprofeno sobre a febre induzida pordiferentes estímulos pirogênicos na 2,5a h*(P<0,01)

Estímulo Tratamento ∆Tr(ºC) n LPS Salina 1,22 ± 0,29 5 LPS Ibu (vo) 0,25 ± 0,14* 5 PFPF Salina 1,00 ± 0,16 6 PFPF Ibu (vo) 0,25 ± 0,11* 6 IL-1β Salina 0,90 ± 0,24 6 IL-1β Ibu (ip) 0,16 ± 0,09* 6 MIP-1α Salina 0,58 ± 0,15 6 MIP-1α Ibu (ip) -0,14 ± 0,06* 6

Conclusão: Febres sensíveis e insensíveis à indo-metacina foram totalmente bloqueadas por ibu-profeno, sugerindo diferentes mecanismos anti-piréticos para estas drogas. Portanto, além dainibição das COX-1 e -2, o ibuprofeno parece exer-cer seus efeitos antipiréticos através de outrosmecanismos, entre eles a inibição da transloca-ção do fator transcricional NFκB4.1Science, 243:1066, 1989; 2Am. J. Physiol.,266:R1670, 1994; 3Inflam. Res. 49:473,2000;4BiochemPharmacol, 57:313, 1999.Apoio: FAPESP

04.088EVALUATION OF COX INHIBITION BY TWODICLOFENAC FORMULATIONS IN HEALTHVOLUNTEERS. 1RA Pennachin, 1HS Cardoso, 1RLorenzetti, 1GD Mendes, 2MN Muscará, 1JL Do-nato, 1G De Nucci, 1Department of Pharmacolo-gy, UNICAMP, Campinas (SP) and 2Departmentof Pharmacology, USP, Sao Paulo (SP), Brazil.

Introduction: This work aimed to correlate thequantification of diclofenac levels with COX-1 andCOX-2 inhibition in human plasma from healthyvolunteers. Methods: Diclofenac was extractedfrom acidified human plasma and analyzed byreversed-phase chromatography and mass spec-trometry following detection by multiple reac-tion monitoring. This method was employed inthe quantification study of two retard release di-clofenac formulations in 24 healthy volunteersof both sexes who received a single 100 mg doseof each formulation. The study was conductedusing an open, randomized, two-period crossoverdesign with a seven-day washout interval. TheCOX inhibition by diclofenac was measured us-ing COX (ovine) Inhibitor EIA kit�Cayman Chem-ical. Results and Conclusion: The inhibition of COX1 and 2 compared to the results obtained withplasma concentration of diclofenac demonstrat-ed that the profile of COX inhibition is similar todiclofenac concentration. After 8 h, even with noplasma concentration of diclofenac was observeda COX inhibition of approximately 25%. The COX1 inhibition is bigger than COX 2 inhibition. Thereason of this persistent COX inhibition is underinvestigation.Financial support: Novartis Biociências S.A.

04.089ENALAPRIL INTERFERE COM O EFEITO AN-TIINFLAMATÓRIO DO DICLOFENACO NOSLEUCÓCITOS DE RATOS HIPERTENSOS. L.L.Martinez, MA Oliveira, AS Miguel, JWMC Cruz,RCAT Passaglia, MHC Carvalho, D Nigro, ZB For-tes.Depto de Farmacologia, ICB, USP-SP.

Introdução: O uso simultâneo de antiinflamató-rios e antihipertensivos é freqüente em geriatriae pode levar a perda do controle antihipertensi-vo, sendo importante o estudo da interferênciadessa associação no efeito do antiinflamatório.Métodos: Ratos hipertensos (SHR) foram trata-dos com diclofenaco (D), losartan (L), enalapril(E) ou com as associações D+L e D+E. Leucóci-tos que rolam (número de rollers em 10min) oumigram (número de migradas em 2500µm2 apósTNF-α), bem como, o diâmetro de vênulas (DVµm) foram estudados usando microscopia intra-vital. Foram determinados a taxa de atrito venu-lar (TAV S-1), utilizando-se velocímetro óptico; oleucograma (mm3) e a expressão de L-selectina eCD11-CD18 em leucócitos, por citometria de flu-xo (intensidade de fluorecência), e ICAM-1 noendotélio, por imunohistoquímica (densidade defluorescência). A pressão arterial (mmHg) foideterminada por pletismografia de cauda (PAindireta) e canulação da carótida (PA direta).Resultados: O D aumentou a PA dos SHR, en-quanto que o L, o E e as associações D+L e D+Ereduziram a PA (tabela). Os rollers foram reduzi-dos por D, L e D+L, o mesmo não ocorrendo nostratamentos com E ou D+E (tabela). Todos ostratamentos reduziram a migração leucocitária ea expressão de ICAM-1 no endotélio (tabela).Nenhum dos tratamentos aumentou a TAV oualterou o DV, o leucograma e a expressão de L-selectina ou CD11-CD18 em leucócitos (tabela)Conclusão: O D não interferiu com o efeito an-tihipertensivo do E ou do L, porém o E reduziu oefeito antiinflamatório do D sobre os rollers, masnão sobre a migração. Alteração da TAV, do leu-cograma, da expressão de L-selectina ou CD11-CD18 nos leucócitos não pode explicar os resul-tados encontrados. A redução da migração apóstodos os tratamentos envolveu a redução deICAM�1 no endotélio Apoio Financeiro: FAPESP-PRONEX (*p<0,05xsalina média±epm).

Salina Diclofenaco EnalaprilPA indireta 167,9±3,5 n=30 187,0±2,9*n=27 149,2±4,2*n=17 PA direta 100% n=8 + 3,8% n=8 -13,9% n=11 Rollers 116,5±9,3 n=8 25,4±3,8* n=8 89,5±7,8 n=9 Migradas 9,2±0,6 n=9 4,7±0,3* n=9 6,1±0,4* n=9 Leucograma 7500,0±594,1n=5 7970.0±717,3n=5 8250,0±1233n=5 DV 15,9±0,3 n=28 15,9±0,3 n=25 16,4±0,4 n=23 TAV 281,6±16,7 n=5 217,1±35,9 n=8 209,3±23,8 n=12 L-selectina 7,8±0,1 n=3 9,9±1,1 n=6 9,1±0,1 n=3 CD11-CD18 12,0±4,2 n=5 14,9±0,6 n=4 23,7±4,2 n=3 ICAM-1 57,6±3,4 n=8 38,6±0,8* n=7 41,3±4,4* n=7

Losartan D+E D+LPA indireta 157,7±3,3*n=18 148,1±3,5*n=19 159,9±4,4*n=21 PA direta -21,8% n=6 -20,3% n=6 -33,8% n=6 Rollers 65,2±7,8* n=9 90,2±9,4 n=9 58,6±8,2* n=9 Migradas 6,6±0,4* n=9 5,5±0,4* n=9 6,4±0,5* n=9 Leucograma 6660,0±299n=5 8280,0±626n=5 10262,5±916n=4 DV 16,1±0,2 n=24 16,4±0,3 n=25 15,9±0,4 n=26 TAV 121,0±9,0* n=5 200,3±28,0 n=6 205,4±17,1 n=6 L-selectina 6,9±0,1 n=3 6,7±0,3 n=3 7,0±0,1 n=3 CD11-CD18 17,4±5,1 n=4 17,9±6,0 n=5 15,5±1,8 n=6 ICAM-1 35,4±1,9* n=7 41,3±1,6* n=7 45,2±1,.8* n=7

04.090EFEITOS DE INIBIDORES DE COX-1 E 2 NAMUCOSITE ORAL (MO) INDUZIDA POR 5-FLU-OROURACIL (5-FU) EM HAMSTERS. 1Souza,MLP, 1Lima, V, 1Leitão, BTA, 1Sales, MVR, 2Brito,GAC, 1Ribeiro, RA. Deptos Fisio e Farmaco1, Mor-fologia2, UFC.

Introdução: a MO é um dos efeitos colaterais maisdebilitantes da quimioterapia do câncer. Avalia-mos os efeitos de Celecoxib (CLX), inibidor sele-tivo de COX-2, e da Indometacina (IND), inibi-dor preferencial de COX-1, na MO.Métodos: a MO foi induzida em hamsters Gol-den Siriams machos (±120g) por 60 e 40 mg/kg-ip de 5-FU nos dia 1 e 2, respectivamente. No 4ºdia foram feitas escoriações com agulha nas mu-cosas jugais dos animais (fator potenciador). Osanimais receberam CLX(7,5;15;30;60mg/kg-sc)ou IND(0,25;0,5;1mg/kg-sc) durante 10d. Avali-aram-se: a)Macroscopia b)Histopatologiac)Lesões gástricas d)Mieloperoxidase(MPO)e)Leucograma e f)Variação de massa corpórea.Resultados: na macroscopia, CLX(7,5;15mg/kg)reduziu (p<0,05) hiperemia da mucosa, dilata-ção e congestão vasculares, úlceras e abscessos[CLX7,5=1(1-1);IND0,25=3(2-3);SAL=3(2-3)].Tais achados foram confirmados pela análise his-topatológica [CLX7,5=1(1-1);IND0,25=3(2-3);SAL=3(2-3)] e pelas dosagens de MPO commenor quantidade de neutrófilos (CLX7,5=3,5±0,1; SAL=5,9±0,07). CLX foi capaz de reduzir onº e o tamanho das úlceras gástricas[CLX7,5=2(1-6);IND1=18(15-21);SAL=5,5(0-11)]. Observou-se redução da leucocitose do 10ºd(CLX60=14x103±2,7;SAL=26,3x103±2,7). Aperda de massa corpórea, no entanto, não foiinibida por CLX ou IND.Discussão: CLX foi capaz de reduzir a inflamaçãoe infiltrado leucocitário, sugerindo, que a COX-2possa ter um papel relevante na fisiopatogêneseda MO. COX-1 pode ter um efeito protetor, vistoque IND e maiores doses de CLX não preveniramo desenvolvimento da lesão Apoio: CNPq.

04.091COX-2-DERIVED LIPOXIN A4 INCREASES GAS-TRIC RESISTANCE TO ASPIRIN-INDUCEDDAMAGE. Menezes-de-Lima-Jr., O.1; Fiorucci, S.2;Mencarelli, A.2; Palazzetti B.2; Distrutti, E.2;McKnight, W.1; Dicay, M.1; Ma, L.1; Morelli, A.2& Wallace, J.L.1 1Mucosal Inflammation ResearchGroup, University of Calgary, AB, Canada; 2 Uni-versità degli Studi di Perugia, Italy

Introduction: Cyclooxygenase-2 (COX-2) has beenimplicated as contributing to mucosal defence.Acetylation of COX-2 by aspirin (ASA) can resultin production of an anti-inflammatory substance,15R-epi-lipoxin A4. We determined if ASA-trig-gered lipoxin production via COX-2 diminishesASA-induced damage in the rat stomach. Meth-ods: Rats were treated with ASA plus or minuscelecoxib or rofecoxib. Gastric generation of li-poxin A4 (LXA4) was measured. Effects of exoge-nous LXA4 or of a LXA4 receptor antagonist on

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

gastric resistance to ASA-induced damage wereexamined. ASA-induced leukocyte adherence inmesenteric venules, and the effects of LXA4, wereexamined by intravital microscopy. Results: Cele-coxib and rofecoxib significantly increased theseverity of ASA-induced gastric damage. ASA rap-idly up-regulated COX-2 expression in the stom-ach and caused an increase in gastric LXA4 pro-duction, which could be abolished by celecoxib.LXA4 dose-dependently (0.25-2.5 mg/kg i.p.)reduced the severity of ASA-induced gastric dam-age, and suppressed ASA-induced leukocyte ad-herence, while a LXA4 antagonist had the oppo-site effects. Discussion: ASA administration resultsin elevated production of LXA4 via COX-2. LXA4exerts very potent protective actions on the gas-tric mucosa. Co-administration of ASA and a se-lective COX-2 inhibitor results in substantiallymore severe gastric injury than is produced witheither agent alone. Support: AHFMR.

04.092ESTUDO DAS ATIVIDADES ANALGÉSICA EANTIIFLAMATÓRIA DE NOVOS DERIVADOSTIODIAZÓLICOS. Gonçalves, M. M. S.; Silva, B.;Varandas, L. S.; Fraga, C. A. M.; Barreiro, E. J.;Miranda, A. L. P. LASSBio, Departamento de Fár-macos, Faculdade de Farmácia, RJ, Brasil.

Introdução: No âmbito de uma linha de pesqui-sa de novas substâncias antiinflamatórias comseletividade para segunda isoforma da enzimacicloxigenase (COX-2), uma nova série de deriva-dos tiodiazólicos foi planejada e sintetizada, ten-do como protótipo o flosulido (Ouimet et al, Bio-org. Med. Chem. Lett., 9, 151, 1999). Métodos:As atividades analgésica e antiinflamatória foramavaliadas nos ensaios de contorções abdominaisinduzidas por ácido acético 0,1N e formalina emcamundongos, e edema de pata de rato induzi-do por carragenina, respectivamente. Os compos-tos foram administrados por v. o. nas doses de100 e 300 mmol/kg. Resultados e Discussão: Oscompostos mais ativos foram o LASSBio 756 e726, que apresentaram inibição significativa doestímulo algésico (23% e 40%, respectivamen-te). Os mesmos inibiram 29% e 39% do edemana dose de 300 mmol/kg. Baseado nesses dados,LASSBio 756 e 726 foram submetidos ao ensaiode formalina apresentando inibição somente dafase hiperalgésica em 32% e 62% (n = 10;*p<0,05). Os compostos LASSBio 756 e 726 apre-sentaram uma importante atividade analgésica eantiinflamatória, reforçando o planejamento ra-cional de novos fármacos. As relevantes ativida-des observadas na segunda fase de formalina eno edema sugerem uma possível ação sobre ometabolismo do ácido araquidônico. Apoio Fi-nanceiro: PRONEX, CNPq e FUJB.

04.093ESTUDO DO PERFIL ANALGÉSICO E ANTIIN-FLAMATÓRIO DO COMPOSTO LASSBio 651,PLANEJADO COMO POSSÍVEL INIBIDOR SE-LETIVO DE COX-2. Silva, B.; Duarte, C.M.; Ale-xandre-Moreira, M.S.; Fraga, C.A.M.; Barreiro,E.J.; Miranda, A.L.P. - LASSBio, Depto. Fármacos,Faculdade de Farmácia, UFRJ, R.J. Brasil.

Introdução: Os produtos provenientes da cascata

do ácido araquidônico têm grande envolvimen-to no processo inflamatório, principalmente asprostaglandinas. Na busca de antiinflamatóriosnão-esteroidal de última geração, uma nova sé-rie de compostos N-acilidrazônico (NAH) indóli-cos foi planejada e sintetizada como possíveisinibidores seletivos da enzima cicloxigenase-2.Neste trabalho descrevemos o perfil analgésico eantiinflamatório do composto NAH-indólicoLASSBio 651. Métodos: LASSBio 651 foi avalia-do em ensaios de inflamação: edema de pata epleurisia induzido por carragenina e artrite adju-vante em ratos; ensaios de dor: contorção abdo-minal induzida por ácido acético, formalina e hotplate. Foi realizada a dosagem de PGE2 no mo-delo de air pouch induzido por LPS em ratos.Resultados e Discussão: O composto foi adminis-trado v.o. na dose inicial de 100mmol/kg, inibin-do em 38,1% as contorções sem apresentar efei-to analgésico central no ensaio de hot plate. ADE50 obtida para o composto LASSBio 651 noedema foi de 9,8 mmols/kg. O mesmo não apre-sentou atividade significativa no ensaio de pleu-risia (migração e exsudação), porém inibiu signi-ficativamente a artrite induzida por M. tubercu-losis em até 47%. Não foi observado efeito gas-trotóxico na administração aguda ou crônica docomposto. O composto LASSBio 651 apresentouatividades analgésica e antiinflamatória seme-lhante ao celecoxib, sugerindo um perfil de ativi-dade e seletividade sobre a COX-2. Agradecimen-tos: CNPq/PIBIC, FUJB, PRONEX.

04.094SPECIFIC COX-2 INHIBITORS CAN INHIBITCELL RECRUITMENT DUE TO LPS INJECTIONIN RAT PERITONEAL CAVITIES. Menezes, G.B.,Maltos, K.L.M. and Francischi, J.N. ICB/UFMG BeloHorizonte, MG, Brazil

Aim: Analgesic, antipyretic and anti-oedemato-genic activities were already atributed to specif-ic-cyclooxygenase (COX)-2 inhibitors. However,data on inhibition of leukocyte recruitment bythese drugs are still lacking in the literature. Theaim of the present study was to compare the in-hibitory potencial of specific COX-2 inhibitors(celecoxib and rofecoxib) with indomethacin andpiroxicam, considered unspecific COX inhibitorsin a standard model of cell migration. Methodsand Results: Female Holtzman rats (140-180g)were pre-treated (T, 30 min before stimuli) sub-cutaneously with 6mg/Kg celecoxib, 0.7mg/Kgrofecoxib or 2mg/Kg indomethacin and injectedintraperitoneally with LPS (E.coli endotoxin,0111:B4, 0.3µg in 1mL/site) or saline (C) in peri-toneal cavity. The animals were sacrificed and thelavage fluid collected after 6 hours of LPS injec-tion and prepared for total and specific cell count-ing. Cell migration was dose-dependently inhib-ited by celecoxib (T=11.18±1.59 x 103;C=19.75±1.50x103); rofecoxib (T=12.13±2.33x103; C=20.16 ± 1.43 x 103) and indomethacin(T=12.60±1.07 x103; C=20.06 ± 2.02 x 103).This effect was due a significant reduction on lym-phocyte, neutrophil and mast cell numbers. Sur-prisingly, a more specific COX-1 inhibitor, piroxi-cam, did not significantly affect cell recruitmentdue to LPS. Conclusion: Reduction of cell recruit-ment seems to be related to specific COX-2 inhi-bition, thus implying this isoform in cell recruit-ment induced by bacterial endotoxin. Financialsupport: CNPq, FAPEMIG and CAPES.

04.095EFEITO DE DROGAS ANTIPIRÉTICAS NA FE-BRE INDUZIDA PELO MIP-1α. Soares, D.M.;Penatti, R.C.; Fabricio, A.S.C.; Souza, G.E.P. Lab.Farmacologia, FCFRP-USP.

OBJETIVO: A proteína inflamatória de macrófa-gos-1 (MIP-1) e sua isoforma β induzem febreinsensível à indometacina e à dexametasona, res-pectivamente1,2. Neste estudo investigamos osefeitos da indometacina, dexametasona, dipiro-na e celecoxib na febre induzida por MIP-1α.MÉTODOS E RESULTADOS: A variação da tempe-ratura retal (∆Tr) de ratos machos Wistar (200g)foi monitorada a cada 30 min, por 6h, após ainjeção icv de MIP-1α (tabela). A dose de 500 pgpromoveu maior ∆Tr (pico na 4a h) quando com-parada à de ratos que receberam fluido cerebro-espinhal (CSF) e foi selecionada para os experi-mentos subsequentes. Indometacina (Indo) edexametasona (Dexa) não modificaram, enquan-to dipirona (Dip) e celecoxib (Celec) aboliram afebre causada por MIP-1α.Efeito de drogas antipiréticas sobre a febre indu-zida pelo MIP-1α.

Tratamento MIP-1α (pg) ∆Tr (ºC) n Sal 0 0.15 ± 0.05 7 Sal 250 0.41 ± 0.05 7 Sal 500 0.80 ± 0.14* 9 Sal 750 0.52 ± 0.05* 9 Dexa 0,5mg/kg s.c 500 0.71 ± 0.09 8 Indo 2mg/kg i.p 500 0.65 ± 0.08 8 Dip 120mg/kg i.p 500 0.25 ± 0.15# 8 Celec 5 mg/kg v.o 500 0.10 ± 0.06# 8 *, # P< 0.05 em relação aos respectivos controles

CONCLUSÃO: A febre induzida pelo MIP-1α, as-sim como a do MIP-1β, é insensível aos efeitosantipiréticos da indometacina e dexametasona,reforçando a hipótese de que os efeitos destasquimiocinas independem de PGs e não são mo-dulados por glicocorticóides1,2. Ainda, a efetivi-dade da dipirona e do celecoxib reforça a exis-tência de mecanismos de ação antipirética dis-tintos da inibição das COXs destas drogas3.1) Neuroreport 1998, 9:2519; 2) Pharmacol Bi-ochem & Behav. 1991, 39:535; 3) Inflamm Res2002, 51:24.APOIO: FAPESP

04.096PARTICIPAÇÃO DE DIFERENTES ISOFORMASDA ENZIMA CICLOXIGENASE NA HIPERALGE-SIA SECUNDÁRIA INDUZIDA POR FORMALI-NA. Veiga, A.P.C. & Tatsuo, M.A.K.F. Departamen-to de Farmacologia-ICB-UFMG.

INTRODUÇÃO: A injeção de formalina (form) napata de ratos induz um aumento na excitabilida-de de neurônios na medula espinhal (sensibiliza-ção central) que leva ao aparecimento de hiper-sensibilidade em áreas distantes do local da injú-ria, fenômeno conhecido como hiperalgesia se-cundária (HS), e envolve a síntese de prostanói-des pela ação da enzima cicloxigenase (COX). Oobjetivo desse trabalho foi avaliar a participaçãode diferentes isoformas da enzima COX na HSinduzida por formalina.MÉTODOS: Ratos Wistar machos (160-180g) re-ceberam injeção intraplantar (ipl) de form parainduzir HS que foi avaliada na cauda através doteste de retirada de cauda (TRC). Celecoxib (ini-

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

bidor de COX-2) e piroxicam (inibidor de COX-1)foram administrados por via ipl (20µl) ou intra-tecal (10µl) antes (10min) ou após (7 min) form.Animais controle receberam o mesmo volume deveículo.RESULTADOS: A injeção ipl de form produziu umaHS verificada pelo TRC. Celecoxib (Cel) ipl(400µg) administrado antes da form inibiu a HS,mas não teve efeito quando administrado após.Por via intratecal (it), o Cel (5,5µg) foi eficaz eminibir a HS quando administrado antes e apósform. A administração ipl de piroxicam (800µg)antes da form não teve efeito sobre a HS ao pas-so que por via it (100µg) preveniu parcialmenteo desenvolvimento da HS quando injetado préform e em doses 20 vezes maiores que a usadapara o Cel.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o fenô-meno da HS que se desenvolve após a adminis-tração ipl de formalina decorre principalmenteda ativação da isoforma COX-2, à nível central eperiférico.APOIO FINANCEIRO: FAPEMIG

04.097COX-2 IS NOT INVOLVED IN MECHANICALHYPERSENSITIVITY INDUCED BY PRE-FORMED PYROGENIC FACTOR (PFPF) DE-RIVED FROM MACROPHAGES. 1Veiga-Souza,F.H., 1Melo, M.C.C., 1Penatti, R.C., 2Zampronio,A.R., 1Souza, G.E.P. 1Lab. Pharmacology, FCFRP-USP, Ribeirão Preto, 2Department of Pharmacol-ogy, UFPR, Curitiba, Brazil.

Aim: The current study investigates the effect ofcelecoxib (selective COX-2 inhibitor) and the in-duction of COX-2 in mechanical hypersensitivityinduced by PFPF.Methods: Male Wistar rats (180 bw) were sub-mitted to a paw pressure test, in which mechan-ical hypersensitivity was evaluated as a decreasein the time taken to react to application of a 20mmHg stimulus to the hind paw (i.e. ∆ reactiontime, in s).Results: Intraplantar injection of IL-1β (0.5 pg)or PFPF (135 ng) caused marked mechanical hy-persensitivity (3rd h: saline: 2.0±0.5, IL-1β:12.9±0.4, PFPF: 17.8±1.0), which was inhibitedby treatment with celecoxib (10 mg/kg, po) (IL-1: -81%, PFPF: -57%). Injection of aracdonic acid(AA, 30 µg) 10 min before injections of submax-imal doses of IL-1β (0.25 pg) or PFPF (45 ng)potentiated response to IL-1β (+89%), but didnot affect PFPF-induced mechanical hypersensi-tivity.Discussion: The effect of celecoxib on hyperalge-sia induced by IL-1β and the potentiation of IL-1β-induced mechanical hypersensitivity by AAindicates the induction of COX-2 by IL-1β. Al-though celecoxib reduced the effect of PFPF, thelack of potenciation of PFPF-induced mechanicalhypersensitivity by AA suggest that PFPF does notinduce the expression of COX-2 and that addi-tional effects independent of COX-2 and prostag-landins synthesis inhibition are involved in themechanisms of action of celecoxib.Support: FAPESP.

04.098EFEITO DA DIPIRONA (DIP) SOBRE A LIBE-RAÇÃO DE MEDIADORES NOCICEPTIVOS PORMACRÓFAGOS (M∅). Verri Jr, WA; Francisco, GB;Cunha, FQ & Ferreira, SH. - Depto de Farmacolo-gia, FMRP/USP

INTRODUÇÃO Há evidências que o efeito anal-gésico da DIP não ocorre via inibição da síntesede prostaglandinas, mas pode ser devido à inibi-ção da liberação de citocinas nociceptivas de M∅.Como demonstramos que o TNF-α, IL-1β e qui-miocinas estão envolvidos no efeito nociceptivodo sobrenadante de M∅ estimulados com LPS,investigamos se o efeito analgésico da DIP de-ver-se-ia à inibição da liberação dessas citocinasMÉTODOS M∅ obtidos de ratos Wistar pré-tra-tados com tioglicolato foram plaqueados(placasde 24 poços; 2,0x106células/poço) e estimuladoscom LPS, na presença ou não da DIP. A avaliaçãonociceptiva foi realizada pelo teste de contorçõesabdominais (ca) induzidas pela injeção ip do so-brenadante da cultura de M∅ (250µL/cavidade)em camundongos Swiss. As concentrações deTNF-α, IL-1β e CINC-1 no sobrenadante foramdosadas por ELISA RESULTADOS O pré-tratamentodos M∅ com DIP(7; 21 e 63µg/mL) inibiu demaneira dose-dependente a liberação da ativi-dade nociceptiva causada pelo estímulo comLPS10µg/mL(36±0,9; 17±5; 10±4,4; respectiva-mente, controle positivo 36±6,5ca). Porém, amaior dose de DIP foi incapaz de inibir a libera-ção de TNF-α(LPS 2,502±0,045 e DIP+LPS2,638±0,073ng/mL), IL-1β(LPS 0,513±0,034 eDIP+LPS 0,802±0,222ng/mL) ou CINC-1(LPS7,860±0,253 e DIP+LPS 7,511±1,013ng/mL)DISCUSSÃO Neste modelo experimental a DIPcausou antinocicepção de maneira dose-depen-dente sem inibir a liberação de TNF-α, IL-1β ouCINC-1. Assim, cabe investigar que outro media-dor esta sendo liberado pelos M∅ estimuladoscom LPS, cuja liberação é inibida pela DIP.APOIO FINANCEIRO CAPES, FAPESP, CNPq e FA-EPA

04.099ESTUDO SOBRE O ENVOLVIMENTO DE CA-NAIS DE POTÁSSIO NA ANTINOCICEPÇÃOPERIFÉRICA INDUZIDA POR DIPIRONA. Alves,D.P., Pacheco, D.F. & Duarte, I.D.G., Departamen-to de Farmacologia, ICB-UFMG, MG.

INTRODUÇÃO: Além do efeito comum de inibi-ção da síntese de prostaglandinas, a dipironaapresenta também uma ação direta sobre o even-to hiperalgésico. Foi, por nós, anteriormente de-monstrada, a participação de canais de potássio(CK+) sensíveis ao ATP no mecanismo final deantinocicepção periférica induzida por dipirona.O presente trabalho tem por objetivo avaliar opossível envolvimento de outros tipos de CK+

nesse efeito.MÉTODOS: O limiar nociceptivo foi medido pelométodo de compressão da pata de ratos (Wistar,machos, 160-200 g, n=5). A hiperalgesia foiavaliada pela diferença (∆) entre as medidas dolimiar nociceptivo inicial (expresso em gramas),

sem o agente hiperalgésico (PGE2, 2µg/pata), eaquela da terceira hora após sua administração.Todos os fármacos foram administrados por viaintraplantar.RESULTADOS: A PGE2 induziu hiperalgesia quefoi revertida de forma dose-dependente por di-pirona (50, 100 e 200 µg). O efeito antinocicep-tivo periférico da dipirona na dose de 200 µgnão foi revertido pelos bloqueadores específicosde CK+ ativados por cálcio, caribdotoxina (2 µg)ou dequalinium (50 µg). Os bloqueadores de CK+

dependentes de voltagem tetraetilamônio (600e 1700 mg) e 4-aminopiridina (50 e 100 µg),assim como um bloqueador não específico deCK+, césio, na dose de 500 µg, também não fo-ram efetivos em reverter o efeito antinociceptivoperiférico induzido por dipirona.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que canaisde potássio ativados por cálcio, assim como ca-nais de potássio dependentes de voltagem nãoestão envolvidos na antinocicepção periférica in-duzida por dipirona.APOIO: FAPEMIG, CNPq.

04.100MECANISMOS ADICIONAIS PARTICIPAM DAATIVIDADE ANTIPIRÉTICA DA NIMESULIDA.Werner, M.F.P.1, Reis, R.C.1, Souza, G.E.P.2, Zam-pronio, A.R.1, 1Dep. de Farmacologia, UFPR, PR;2 Disc. de Farmacologia, FCFRP, USP, SP.

Introdução: Comparamos o efeito da nimesulida(NIM) e da indometacina (IND) sobre a febreinduzida por LPS e por pirogênios endógenos:interleucina (IL)-1β, IL-6, fator de necrose tumo-ral (TNF)-α, ácido araquidônico (AA), fator piro-gênico pré-formado (PFPF), proteína inflamató-ria derivada de macrófagos (MIP)-1α, prostaglan-dinas (PG) E2 e F2α, fator liberador de corticotro-pina (CRF) e endotelina (ET)-1. Métodos: RatosWistar machos (200g) receberam NIM (3mg/kg)ou IND (2mg/kg) 30min antes do LPS 50µg/kg ipou IL-1β (3ng), IL-6 (300ng), TNF-α (250ng), AA(50ng), PFPF (100ng), MIP-1α (500ng), PGE2 ePGF2α (250ng), CRF (2µg) e ET-1(1pmol) icv e atemperatura retal foi avaliada a cada 30min por6h. Avaliamos os níveis de PGs no fluido cerebro-espinal (CSF) 3h após os tratamentos com NIMou IND e LPS por ELISA. Resultados: NIM redu-ziu a febre induzida por LPS (55%), IL-1β (77%),IL-6 (70%), TNF-α (60%) e AA (59%) mais efe-tivamente que a IND (30, 17, 58, 40, 36% res-pectivamente). NIM, mas não IND, reduziu a fe-bre induzida por PFPF (64%), MIP-1α (54%),PGF2α (28%), CRF (61%) e ET-1 (56%). NIM eIND não modificaram a febre induzida por PGE2.LPS aumentou os níveis de PGE2 e de PGF2α(1387,5±65,2 e 276,5±55 pg/mL) no CSF en-quanto que NIM e IND reduziram os níveis dePGE2 para 154,2±44,9 e 386,2±75,7 pg/ml e dePGF2α para 49,6±8,9 e 45±4,8 pg/ml, respecti-vamente. Conclusão: Os resultados sugerem quealém da inibição da atividade da COX, a NIMpossui outros mecanismos que a tornam maisefetiva em reduzir a resposta febril quando com-parada a IND. Apoio Financeiro: CAPES/FAPESP

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.101COMPARAÇÃO DAS RESPOSTAS HIPERALGÉ-SICA E EDEMATOGÊNICA À CARRAGENINA EMDUAS LINHAGENS DE RATOS:EFEITO DO PA-RACETAMOL. Ribeiro, M. C. e Francischi, J. N.Depto. Farmacologia-ICB/UFMG Belo Horizonte,MG, Brazil

Introdução: Variáveis como raça, sexo, clima, etc,interferem na intensidade da respostas inflama-tórias medidas, especialmemte em relação à dor.O objetivo deste trabalho foi comparar as res-postas hiperalgésica e edematogênica à carrage-nina em duas linhagens de ratos. Métodos: Car-ragenina lambda (CG, Sigma, 0.25 mg/sítio em0.1 mL salina) foi injetada intraplantarmente emuma das patas posteriores de ratos Wistar ouHoltzman machos e fêmeas (150-180 g, N=3-7/grupo) e a hiperalgesia (em gramas, Randall-Selitto) e edema (em mL, pletismômetro UgoBasile) medidos de hora em hora até a 6ª hora ena 24ª hora após as injeções. As patas contrala-terais foram injetadas com igual volume de sali-na fisiológica estéril. Resultados: não se obser-vou diferença significativa entre a intensidade dasrespostas hiperalgésicas e edematogênicas à CGapresentadas pelos ratos machos e fêmeas Wis-tar e Holtzman, em relação a todos os temposestudados. O pré-tratamento (1/2 h antes, viaoral) com paracetamol (Tylenol, 120 mg/kg) re-duziu significativamente a hiperalgesia à CG deratos Holtzman, não tendo sido observado omesmo resultado em animais Wistar, sob as mes-mas condições. A resposta edematogênica nãofoi afetada pelo analgésico em ambas linhagensde animais. Conclusão: embora os sinais e sinto-mas inflamatórios sejam semelhantes, as respos-tas ao paracetamol podem variar, dependendoda linhagem de animal considerada. Apoio:CNPq, FAPEMIG e CAPES.

04.102THE EFFECT OF TITYUS SERRULATUS SCOR-PION VENOM ON THE PANCREATIC PLASMAEXTRAVASATION IN RATS. 1Esquisatto, L.C.M.;1Camargo, E.; 2Ribela, M.T.P.; 1De Nucci, G.;1Antunes, E. 1Department of Pharmacology,UNICAMP; 2Department of Application of Nu-clear in Techniques in Biological Sciences IPEN/CNEN, USP.

Introduction: Acute pancreatitis is a disorderwhose pathophysiology remains obscure. Al-though several pathways have been reported tobe involved in the pathogenesis of the disease,the precise mechanisms are still poorly under-stood. It known that lung injury is frequently re-lated with acute pancreatitis. The administrationof a toxin from Tityus serrulatos scorpion venominduces morphological pancreatic alterations inrats that are associated with degranulation andvacuolization of acinar cells. We have investigat-ed whether Tityus serrulatus scorpion venom caus-es an increase in pancreatic vascular permeabili-ty and neutrophil infiltration in the lung. Meth-ods: Animals were anaesthetized and a laparoto-my was performed. The biliopancreatic duct wascannulated transduodenally with a polyethylenetube. Saline (SAL), sodium taurocholate 5% (TAU)or Tityus serrulatus scorpion venom (TSV) were

injected under a steady manual pressure over aperiod of 60 sec into the pancreatic duct system.Plasma protein extravasation was measured byi.v. 125I-human serum albumin. Neutrophil in-filtration was assessed by evaluating the MPOactivity in the rat lung tissues. Results: Four hoursafter the injection, TSV (10-100 µg/kg) markedlyincreased the pancreatic plasma extravasation,without affecting the lung neutrophil infiltrationwhen compared with SAL group. TSV (30 µg/kg)caused significant pancreatic plasma extravasa-tion at 4, 6 and 12 hours after injection, but notat 24 hours after. At these times, the neutrophilinfiltration evoked by TSV did not significantlydiffer from SAL group. Conclusions: Our resultssuggest that TSV act via microvascular permeabil-ity-increasing mechanisms, but further studieswith different experimental approaches are nec-essary. Financial Support: FAPESP.

04.103NEUROGENIC INFLAMMATION INDUCED BYPHOSPHOLIPASE A2 (PLA2) FROM CROTALUSDURISSUS COLILLINEATUS AND CROTALUSDURISSUS TERRIFICUS VENOMS ON RATDORSAL SKIN. 1,2Câmara, P.R.S.,2Esquisatto,L.C.M., 2Camargo,E., 3Ribela, M.T.P.,2Antunes, E., 1Toyama, M.H., 1Marangoni, S.,1Department of Biochemistry and 2Pharmacol-ogy, Unicamp, SP and. 3Department of Applica-tion of Nuclear in Techniques in Biological Sci-ences IPEN/CNEN, USP.

INTRODUCTION: Crotoxin is the main neurotox-ic component present in the South American rat-tlesnake Crotalus durissus sp. Crotoxin consists ofa reversible protein complex composed of twonon-identical sub-units, a basic PLA2 and an acidicnon-enzymatic component named crotapotin(CA).This work was designated to investigate therat skin plasma extravasation induced by PLA2isolated from both C.d. collilineatus and C.d. ter-rificus venom. The participation of substance Pon the PLA2-induced oedema was investigatedusing both the tachykinin NK1 receptor antago-nist SR140333 and capsaicin neonatal treatment.The involvement of mast cells was also investi-gated. METHODS: Oedema formation was eval-uated by measurement of extravascular accumu-lation of injected 125I-human serum albumin indorsal skin of anaesthetized rats. RESULTS: Intra-dermal injection of PLA2 from eitherC.d.collilineatus (0.5 µg/site) or C.d.terrificus ven-oms (0.5 µg/site) caused a significant plasma ex-travasation in the dorsal skin (126+/-9 and118+/-9.4 µl/site, respectively; P<0.05) com-pared to Tyrode-injected sites (19+/-3.5 µl/site).The treatment of rats with cyproheptadine re-duced the oedema formation induced by bothPLA2, suggesting the involvement of mast cells.The oedema formation induced by both PLA2was also inhibited in the capsaicin-pretreated rats(37.4% and 45% reduction, respectively,P<0.05) compared to control group. The com-pound SR140333 inhibited by 62% and 47.2%the PLA2 C.d.collilineatus- and PLA2 C.d.terrificus-induced oedema, respectively. CONCLUSIONS:Our results indicate that both PLA2 isolated fromCrotalus venoms increase the microvascular per-meability by mechanism involving skin mast cellsand sensory neurons. Financial support: FAPESP

04.104RELEASE OF TNF-alfa BY ELICITED MACROPH-AGE STIMULATED WITH BAP1, A METALLO-PROTEASE ISOLATED FROM Bothrops asperSNAKE VENOM. 1Fernandes, C.M; 1Zamuner,S.R.; 2Gutiérrez, J.M.; 2Rucavado, A. and 1Teix-eira, C.F.P. 1-Laboratory of Pharmacology, Butan-tan Institute, Brasil, 2-Clodomiro Picado Institute,Costa Rica.

Introduction: Metalloproteases are abundant en-zymes in crotalinae and viperinae venoms. Theyare involved in venom local and systemic toxiceffects which include haemorrhage, platelet al-terations and myonecrosis. BaP1 is a 24 kDametalloprotease isolated from Bothrops aspersnake venom (Central America). This toxin inducesnot only weak haemorrhage, but also a moder-ate myonecrosis and oedema. In the present studywe evaluated the effects of BaP1 on isolated peri-toneal elicited macrophages (Mos) analyzing thecell viability and production of tumor necrosisfactor (TNF-alfa). Methods: Mos from Swiss malemice were obtained 96h after intraperitoneal(i.p.) injection of thioglycollate. These cells wereincubated (5 to 90 min) with BaP1 (6.25 � 25micrograms/mL) or RPMI(control).Cell viabilitywas assessed by Trypan Blue exclusion test. TNF-alfa was determined by a standard assay usingL929 cell line in co-culture with Mos. Results:BAP1 induced a marked release of TNF-alfa at 5min of incubation with all the concentrationsused. However, no release was detected at 30min.A significant release of cytokine was observed onlywith 25 micrograms/mL of BAP1 at 60min. Sig-nificant but low concentrations of TNF-alfa werereleased from macrophages 90min after incuba-tion with all concentrations of the toxin. Discus-sion: The present data demonstrate that BaP1 isnot directly toxic to elicited Mos and is able toinduce the release of TNF-alfa by these cells. Thiseffect appears to be related to the toxin proteolyticactivity at the first period and also to inductionof TNF-alfa synthesis at the last period of incuba-tion. Financial Support: FAPESP

04.105EFFECTS OF BOTHROPS ASPER CRUDE VEN-OM AND TWO ISOLATED PHOSPHOLIPASE A2(PLA2) MYOTOXINS ON THE RELEASE OFPROSTANOIDS AND EXPRESSION OF CY-CLOOXYGENASES. Zamuner, SR1; Wallace, JL2;Olivo, RA1; Teixeira, CFP. 1 1Laboratório de Far-macologia, Instituto Butantan, São Paulo, Brasil;2Dept of Pharmacology and Therapeutics, Uni-versity of Calgary, Canada.

Introduction: Bothrops asper (BaV) envenomationis characterized by prominent local tissue dam-age, with necrosis, hemorrhage and edema. Var-ious PLA2, which induce local pathological alter-ations, have been purified from BaV. Amongthem, myotoxin II (MT II) is a Lys 49 PLA2 ho-mologue devoid of catalytic activity, and myo-toxin III (MT III) is an Asp 49, enzymatically ac-tive variant. Preliminary results of our laboratoryhave showed that BaV-induced paw edema ismarkedly reduced by indomethacin but not byzyflo pretreatment. Methods and Results: In thisstudy we evaluated: a) the release of PGE2 and

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

PGD2 induced by i.p. injection of BaV (0,25 mg/kg), MT II and MT III (1 mg/kg) measured byspecific enzymatic immunoassay kit and b) ex-pression of COX-1 and COX-2, in peritoneal leu-kocytes, by western blot analyses. BaV, MT II andMT III induced a significant release of PGE2. BaVand MT II, but not MT III induced the release ofPGD2. The venom and myotoxins increased theexpression of COX-2 but did not affect the ex-pression of COX-1. Discussion: These results indi-cate that BaV and both myotoxins induce pro-duction of prostanoids in the local of their injec-tion. This effect appears to be related to theirability to induce the expression of COX-2 but notCOX-1 by peritoneal leukocytes. Moreover, ob-tained data suggest that the catalytic activity ofPLA2 is not relevant for induction of release ofprostanoids and expression of COX-2. Financialsupport: FAPESP

04.106PARTICIPATION OF PHOSPHOLIPASES (PLA2)IN THE EFFECT OF BOTHROPS ASPER VEN-OM (BaV) ON ENDOTHELIAL CELLS (EC) INVITRO. 1Milan, M.R.S.; 2Gutiérrez, J.M. and1Teixeira, C.F.P.1Laboratory of Pharmacology,Butantan Institute Brasil, 2Clodomiro Picado In-stitute, Costa Rica

Introduction: Previous data of this laboratory haveshowed that BaV reduces both the integrity of ECmonolayers and the cell viability. In this studywe evaluated the participation of PLA2 activityon the BaV-induced EC monolayers detachmentand reduction of EC viability. Methods and Re-sults: Human EC of ECV-304 line were used. In-tegrity of monolayers was monitored by micro-scopic examination and quantified by stainingwith crystal violet, followed by lise with metha-nol, and determination of OD at 630nm. EC via-bility was determined by tripan blue dye exclu-sion assay. Inactivation of PLA2 activity was ob-tained by incubation of crude BaV with para-Bro-mo phenacyl bromide (p-Bpb) flollowed by elu-tion from sephadex G25 collums with Tris HCl,and subsequent lyophilization. Results showedthat control eluted crude BaV at concentrationsof 25 and 50mg/Ml caused a significant level ofEC detachment from 30 to 240min. Lower con-centrations of venom did not induce EC detach-ment. Inactivation of venom PLA2 by p-Bpb re-sulted in a marked reduction of the venom-in-duced EC detachment from 60 to 120min of in-cubation with 25mg/mL, and at 60min after in-cubation with 50mg/mL. Inactivation of venomPLA2 activity also significantly reduced the toxiceffect on cell viability caused by 50mg/mL of BaV.Discussion: These data suggest that PLA2 activitycontribute for the venom-induced damage onintegrity of EC monolayers and cell death. Thus,the effect of venom PLA2 on EC detachment maybe related to its toxic activity on cell viability.Financial Support: FAPESP

04.107CARACTERIZAÇÃO DAS RESPOSTAS INFLAMA-TÓRIAS CAUSADAS PELO VENENO DE ABELHADA ESPÉCIE Apis melifera NA PATA DE RATO.Calixto, M.C.,Trichês, K.M., Calixto, J.B. Departa-mento de Farmacologia, UFSC-SC.

Introdução e objetivos: A picada de abelha é ca-racterizada por intensa dor seguida de edema.Contudo, os mediadores inflamatórios e os me-canismos envolvidos nestes efeitos são poucoconhecidos. O presente estudo investiga os me-canismos envolvidos na resposta inflamatória doveneno de abelha Apis melifera(BV) na pata derato.Métodos e resultados:Foram utilizados ratosWistar machos (180�200g).A injeção intraplan-tar (ipl) de veneno (0.1�5 µg/pata) produziu ede-ma que foi dose e tempo dependentes com picoaos 30 minutos, desaparecimento 24 h após. Oedema máximo foi de 0,942 ml na dose de 3 µg/pata com DE50 de 1,5 µg/ml. A atividade da mie-loperoxidase (MPO, indicativo da migração deneutrófilos), aumentou 1.61, 4.82, 8,87 vezes0,5, 4 e 6 h após a injeção do BV, retornando aosvalores controles 24 h após. O composto degra-nulador de mastócitos, o antagonista da histami-na, antagonista da serotonina e histamina, inibi-ram o edema do BV(88; 62 e 96%, respectiva-mente). O inibidor da síntese de óxido nítrico,antagonista NK1, antagonista B1, antagonista B2para as cininas, também inibiram o edema doBV(60, 59, 49 e 49%, respectivamente). Os an-tagonistas NK2 e NK3, a indometacina e a dexa-metasona, causaram pequena inibição do ede-ma(31, 29, 8 e 22%, respectivamente). Já o an-tagonista do PAF ou o inibidor da COX-1 não ini-biram do edema do BV. Os níveis da MPO foramtambém inibidos 6 h após injeção do BV pelocomposto 48/80(85%), ciproheptadina(61%),Hoe 140(59%) ou pela DALBK (53%). Conclu-são: Vários mecanismos estão envolvidos na in-flamação do BV destacando-se: migração deneutrófilos; liberação de histamina/serotonina dosmastócitos; cininas atuando nos receptores B1 eB2, as taquicininas atuando nos receptores NK1 efinalmente óxido nítrico. Apoio financeiro: CNPq,FINEP e PRONEX.

04.108BRADYKININS AND INTERLEUKIN 1 BUT NOTENDOTHELINS MEDIATE FEVER INDUCED BYVENOM of Tityus serrulatus IN RATS. Pessini,A. C.; **Arantes, E.C; * Souza, G.E.P. *Lab. Phar-macology and **Lab. Physical and Chemistry, Fac-ulty of Pharmaceutical Sciences, Univ. São Paulo,Ribeirão Preto, SP, Brazil.

AIM: The present study aimed to investigate theinvolvement of kinins, endothelins and interleu-kin-1 on fever induced by Tityus serrulatus ven-om (Tsv).METHODS/RESULTS: Rectal temperature (rT) ofmale Wistar rats (200g bw) was measured every30 min for 6 h after injection of Tsv (150µg/Kg

ip). Receptors antagonists, at doses indicated inthe table, were given 30 min before Tsv. The in-traperitoneal (i.p.) injection of B2, HOE-140 orB1, Des-Arg9-[Leu8]-BK (DABK), kinins receptorsantagonist or intravenous (i.v.) injection of IL-1receptor antagonist (IL-1ra) abolished the feverinduced by Tsv, while i.v. or i.p. injection or bosen-tan (BOS, a non-selective ETA/ETB receptors an-tagonist of endothelins,) did not change this re-sponse.Effect of HOE-140, DABK, BOS and IL-1ra on Tsv-induced fever

Stimulus Treatment ∆rT (°C)* n TsV (150 µg/kg, ip.) saline 1.78 ± 0.25 10 TsV (150 µg/kg, ip.) HOE-140 (1 mg/Kg, ip.) 0.42 ± 0.11 11 TsV (150 µg/kg, ip.) DABK (1mg/kg, i.p.) 0.32 ± 0.18 5 TsV (150 µg/kg, ip.) IL1ra (1 mg/kg, i.v.) 0.29 ± 0.20 10 TsV (150 µg/kg, ip.) BOS (10 mg/Kg, ip.) 2.07 ± 0.32 8 TsV (150 µg/kg, ip.) BOS (10 mg/Kg, iv.) 2.19 ± 0.30 7 *∆rT: rT at the indicated time minus basal rT. **P < 0.05 compared to control

CONCLUSION: Kinins via B1 and B2 receptors andIL-1 mediate the fever induced by Tsv while en-dothelins seem not to be involved in this response.Financial support: CAPES, FAPESP Proc. 00/12574-1; 97/9837-6

04.109RESPOSTA NOCICEPTIVA E EDEMA INDUZI-DOS PELA INJEÇÃO DE VENENO DE Tityus ser-rulatus. Bertollo, C.M.; Costa, K.A.; Reis, M.F.;Rocha, L.S.T.; Souza, A.L.S.; Nascimento Jr., E.,B.;Moraes-Santos, T.M.; Coelho, M.M. Faculdade deFarmácia/UFMG

Objetivo: Acidentes escorpiônicos estão associa-dos com experiência dolorosa intensa. O presen-te estudo teve como objetivo caracterizar a res-posta nociceptiva e o edema de pata resultantesda injeção de veneno bruto de Tityus serrulatus eidentificar drogas capazes de inibir essas respos-tas.Métodos e Resultados: Veneno de T. serrulatus (1ou 10 µg de proteína, i.pl.) induziu hiperalgesiatérmica, alodínia mecânica e edema em ratos.Injeção (0,1 ou 1 µg) na pata posterior de ca-mundongos induziu resposta nociceptiva espon-tânea (lambida de pata). Pré-tratamento i.p. comindometacina (4 mg/kg), dipirona (200 mg/kg),dexametasona (4 mg/kg) ou ciproeptadina (10mg/kg), mas não com L-NAME (50 mg/kg) ouprometazina (5 mg/kg), inibiu (43%, 53%, 19%,66%, respectivamente) o tempo de lambida depata. O edema de pata foi inibido pelo tratamen-to prévio com prometazina (5 ou 10 mg/kg, i.p.).Conclusões: O veneno induziu resposta nocicep-tiva espontânea, alodínia mecânica, hiperalgesiae edema. Duas drogas antiinflamatórias não-es-teróides, uma que inibe a atividade de ciclooxi-genases e outra que induz o seu efeito analgési-co por ações predominantemente centrais (BrainRes. 725:106, 1996; Pharmacology 53:71, 1996),bem como dexametasona e ciproeptadina, inibi-ram a resposta nociceptiva induzida pelo vene-no. Os resultados indicam que múltiplos media-dores estão envolvidos na indução da respostanociceptiva e que histamina é importante para aindução do edema.Apoio financeiro: FAPEMIG e CNPq

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.110MAST CELL INVOLVEMENT IN THEBothrops(B.) jararaca- INDUCED HYPERALGE-SIA IN THE RAT PAW: A ROLE FOR METALLO-PROTEASES. Bonavita, A.G., Barreto, E.O., Cor-deiro, R.S., Ferreira, A.G.(1), Perales, J.H.(1), Mar-tins, M.A., Silva, P.M.R. Labs of Inflammation and(1) of Toxinology, IOC/FIOCRUZ, RJ, Brazil.

INTRODUCTION: We described that B. jararacavenom has a direct effect on mast cell degranu-lation in vitro (Bonavita col., 338,2000). In thisstudy, by means of an anti-metalloprotease frac-tion purified from the Didelphis marsupialis se-rum (DM43), we investigated if the snake venommetalloprotease (SVMP) could be involved in themast cell activation in vitro and also in the hype-ralgesia induced B. jararaca venom in the rat paw.METHODS AND RESULTS: Purified rat mast cellswere stimulated with B.jararaca venom (5 µg/ml)and the released histamine was quantified fluo-rimetrically. Hyperalgesia was evaluated as thelatency of rat paw withdrawal from a heat surfa-ce (52oC) after venom stimulation (5 µg/paw).We noted that the B. jararaca-evoked mast celldegranulation, was abolished by the DM43 frac-tion. Similarly, the hyperalgesia induced by thevenom was significantly inhibited by the DM43fraction, a response which was also sensitive toantagonists of serotonin (methysergide) and H1histamine (meclizine) receptors, cyclooxygenaseinhibitor (indomethacin) as well as neuropepti-de and bradykinin B2 receptor antagonists. CON-CLUSION: Our findings show that the anti-me-talloprotease fraction DM43 suppressed bothB.jararaca-induced mast cell degranulation in vi-tro as well as the hyperalgesic response, clearingindicating that SVMP by means of mast cell acti-vation can play an important role in the hyperal-gesia produced by B.jararaca venom in the ratpaw (Financial support: CNPq,FIOCRUZ).

04.111NOCICEPÇÃO, EDEMA E HIPERALGESIA INDU-ZIDOS POR VENENO DE Lonomia obliqua EMRATOS. Bastos,L.C1., Veiga, A.B.G2., Guimarães,J.A2., Tonussi,C.R1. 1Depto. de Farmacologia,UFSC, Florianópolis, SC. 2Centro de Biotecnolo-gia, UFRGS, Porto Alegre, RS.

Introdução: O contato da pele humana com es-pículas da lagarta L. obliqua provoca dor e res-posta inflamatória ainda pouco estudada. Estetrabalho se propõe a padronizar um modelo ani-mal para a avaliação destes efeitos.Métodos: Ratos Wistar machos (180-250g), re-ceberam injeção intraplantar de veneno de L.obliqua ou outra substância nociceptiva (50 µl),e após, analisou-se e ocorrência de nocicepção(nº de lambidas e sacudidas da pata ; NLS), ede-ma (volume da pata) e hiperalgesia ao frio (imer-são em água a 15ºC, 10s). O veneno foi obtidopor maceração e homogeneização das espículasem água deionizada, seguido de centrifugação eliofilização.Resultados: Extrato de espícula nas doses de 17,5;35; 50 e 100 µg, produziu maior intensidade deresposta nos 5 min iniciais, respectivamente de30,17±1,96; 34,83±2,02; 42,17±4,87 e38,33±3,94 NLS. O edema total em 6 h foi res-

pectivamente de 2,72±0,15; 2,55±0,21;3,34±0,32; 3,44±0,46 U.A.. A dose de 35 µg,produziu resposta ao frio de 5,42±0.82 NLS1-6h(média das medidas entre 1 e 6 horas). Formali-na 0,5%, capsaicina 1,6 µg, PGE2 500 ng e salina0,9% produziram respostas de 1,2±0,37;0,75±0,21;. 0,80±0,24 e 0,44±0,30, respecti-vamente.Discussão: A injeção intraplantar de veneno deL. obliqua induz, de forma consistente, nocicep-ção e edema. A nocicepção expontânea é segui-da por um período prolongado de sensibilizaçãoao frio, de forma aparentemente específica, poisestímulos de nocicepção similar (formalina e cap-saicina) ou tratados com PGE2 não induzem omesmo estado.Apoio: CAPES, CNPq.

04.112MODULAÇÃO DA MIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIANA PERITONITE INDUZIDA POR CARRAGENI-NA EM ANIMAIS TRATADOS COM PRÓPOLISP1 E SOBRE A PRODUÇÃO DE NO EM MA-CRÓFAGOS MURINOS IN VITRO.1Longhi, D.T.,1Ballmann, J.D., 1Scremin, A., 2Calixto, J.B., 1Pau-lino, N., 1.BIOFAR, UNISUL, Tubarão, SC. 2.Dep-to Farmacologia, UFSC, Florianópolis, SC.

Introdução: A própolis é composta por um mate-rial resinoso, produzido pelas abelhas e utilizadana medicina popular como antiinflamatório. Oobjetivo do presente trabalho foi avaliar o efeitodo extrato de própolis (P1) sobre a migraçãoperitoneal e sobre a produção de NO por célulasRAW 264.7.Métodos: Foram utilizados camundongos machostratados com P1 (1, 10 ou 100mg/Kg, i.p.), 30min antes da peritonite (carragenina, 1mg/mL,i.p.). Após 4 h o lavado peritoneal foi coletadoem PBS. Foram avaliados o total e diferencial decélulas e a atividade mieloperoxidase (MPO).Avaliou-se também, a atividade de P1 (10, 30ou 100µg/mL) sobre a produção de NO (Griess)em células RAW 264.7, ativados com LPS (1µg/mL, 24 h). A viabilidade celular foi avaliada peloMTT.Resultados: A própolis P1 (1, 10 ou 100mg/Kg,i.p.) inibiu a migração leucocitária em 51±3,9%,76±3,8% ou 80±2,5%, respectivamente, comuma CI50 de 0,98±0,41mg/Kg. Enquanto a ativi-dade MPO foi de 1,19, 0,78 e 0,48U/mL, respe-citvamente. Em células RAW 264.7, a produçãode nitrito foi de 47,2±1,6µM após 24 horas,enquanto que a P1 (10, 30 ou 100µg/mL) redu-ziu a produção para 44,4±1,4, 34,7±1,7 ou30,5±1,5µM, respectivamente. A viabiliade ce-lular pelo MTT foi superior a 95% em 24 h.Conclusões: Nossos resultados sugerem que oextrato de própolis P1 pode reduzir a ativaçãocelular leucocitária e, portanto, impedir a migra-ção pró-inflamatória peritoneal in vivo.Apoio: BIOFAR-UNISUL/Prodapys.

04.113ANTI-HISTAMINIC AND ANALGESIC ACTIONSFROM BRAZILIAN TREE. Pennaforte RJ;Marques PR; Ramos MFS; Siani AC; Henriques.MGMO. Institute of Drug Technology - OswaldoCruz Fondation- RJ.

A tall tree, which grows to a height of 130 metersfrom Meliaceae family, can be found growing wildthroughout the Amazon Rainforest. The tree bark,leaves and the seed oil of this plant are most usedmedicinally. The oil-resin obtained from seeds isa reputed folk remedy in its natural form. Amongthe many properties attributed to the oil, the anti-inflammatory and the anti-rheumatic are the mostimportant. In this work we studied the anti-in-flammatory and analgesic effects of oil-resin, nowcalled FA2-410. The FA2-410 used in our exper-iments was chemically standardized, with thechemical marker for pharmacological activityquantified. Pharmacological assays were conductwith male Wistar rats treated orally, with oil-res-in (50-400 mg/kg), diclofenac (100 mg/kg) orCiproheptadine (30 mg/Kg) 1 h before paw stim-ulation. Oedema (by plethismography) and hy-peralgesia (by thermal plantar test) were evalu-ated 3 h after carrageenan (800 µg/paw); 1 hafter ovoalbumin (12 µg/paw), in actively sensi-tised rats and 30 min after histamine (100 µg/pata). Treatment with oil-resin showed a non-spe-cific analgesic effect in these hyperalgesic stimu-li. However, the anti-edematogenic effect wasonly observed when the histamine was injectedinto the hindpaw. Our results show that FA2-410oil-resin presents a potent anti-hyperalgesic ef-fect, in the three diferents challenges. However,the anti-oedematogenic effect was only obser-vated against histaminic inflammation.

04.114ANTI-INFLAMMATORY AND ANALGESIC EF-FECTS OF BRAZILIAN COPAIBA OIL-RESIN.Pennaforte RJ; Marques PR; Tappin MRR; SianiAC; Henriques. MGMO. Institute of Drug Tech-nology - Oswaldo Cruz Fondation- RJ.

Copaiba is a large tree that grows abundantly inNorth States of Brazil. The oil-resin obtained bycuts on the stem bark is reputed folk remedy inits natural form. Phytochemical studies revealedthe presence of a mixture of terpenes that can bepresent in different concentrations. In this workwe studied the anti-inflammatory and analgesiceffects of oil-resin from Copaiba with sesquiter-penes contents quantified. The oil-resin was anal-ysed by gas-chomatography and presented94.2% of sesquiterpenes. Pharmacological assayswere conduct with male Wistar rats treated oral-ly, with oil-resin (50-400 mg/kg) or diclofenac(100 mg/kg), 1 hour before intra-plantar injec-tion of carrageenan (800 µg/paw) or ovoalbu-min (12 µg/paw) in actively sensitised rats. Oede-ma (by plethismography) and hyperalgesia (bythermal plantar test) were evaluated 1h or 3 hoursafter stimulus. Treatment with oil-resin induced adiscrete anti-inflammatory effect on carrageenan-oedema (33.7% of inhibition, 400 mg/kg) butsignificantly reduced the hyperalgesia (78% in-hibition, 200 mg/kg). In allergic rats, the treat-ment with diclofenac inhibited the oedema (56%)and hyperalgesia (71.5%). Treatment with copai-ba oil-resin inhibited the oedema formation in59% (400mg/kg) and hyperalgesia in dose-re-sponse way (47.5, 64, 88.9% of inhibition). Ourresults show that copaiba oil-resin with high con-tents of sesquiterpenes presents a potent effect,inhibiting either oedema formation or hyperal-gesia observed in allergic inflammatory process.

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

04.115SOBRE O MECANISMO DA LIBERAÇÃO DEHISTAMINA INDUZIDA POR LECTINAS DEPLANTAS. Lopes, F.C.**1, Cavada, B.S.2, Gomes,J.C.1 Depto de Farmacologia, UNESP, Botucatu-SP1 e Depto de Bioquímica e Biologia Molecular,UFC, Fortaleza-CE2.

Introdução: Lectinas, como a concanavalina A(conA), são potentes ativadores de mastócitos esua ação parece depender da presença de IgE nasuperfície destas células, da espécie e tecido con-siderados. Neste trabalho, estudamos a impor-tância da presença de anticorpos e da espécieanimal no efeito liberador de histamina induzi-do por diferentes lectinas.Métodos: Mastócitos peritoneais de ratos Wistar(W) e Rowett nude (N) (imunodeficientes) fo-ram obtidos por lavagem direta do peritôneo. Osde bolsa jugal de hamster (H) e intestino de co-baia (C), por dispersão com colagenase. Médiasde 3 a 9 experimentos são expressas em termosde porcentagem de liberação de histamina (LH)± EPM, descontando-se a liberação espontânea.Resultados: ConA, Canavalia brasiliensis (CB),Cymbosema roseum (CR), Maackia amurensis(MAA), Parkia platycephalla (PP) e Triticum vul-garis (WGA) liberaram histamina de W e H. EmN, as lectinas ConA, CB e MAA foram ativas e emC nenhuma das lectinas liberou histamina.

% LH CR ConA MAA CB PP WGA (10 µg/ml) (100 µg/ml) (300 µg/ml) W 29,1±7,9 26,9±7,5 23,8±6,4 21,0±5,3 17,2±3,8 10,7±3,8 H 16,9±1,7 11,9±2,2 22,3±5,5 15,0±1,2 13,1±3,4 10,5±1,6 N 2,7±1,7 16,1±7,1 29,8±6,5 22,8±7,8 1,2±0,5 3,7±1,9

Discussão: A LH induzida por lectinas não énecessariamente dependente da presença deanticorpos ligados à membrana dos mastócitos,sendo mais dependente do tipo de mastócito eda espécie animal. Apoio financeiro: CAPES.

04.116AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DO ÁCIDO FERÚ-LICO SOBRE O EDEMA E INFLAMAÇÃO PE-RITONEAL INDUZIDA PELA CARRAGENINAEM CAMUNDONGOS. 1Martins, R., 1Teixeira, C.,1Longhi, D.T., 1Ballmann, J.D., 1Scremin, A, 1Pau-lino, N. 1. Grupo de Pesquisa e Desenvolvimentode Biofarmacos, BIOFAR, Universidade do Sul deSanta Catarina, Tubarão, SC.

Introdução: O ácido ferúlico (AF) é um compo-nente natural de várias plantas medicinais e fazparte comum da rota de biosintese de flavóides.Nosso objetivo é avaliar a atividade antiinflama-tória do ácido ferúlico in vivo.Métodos: Foram usados camundongos machos(25-30g, n=5) Os animais foram tratados via i.p.com salina, AF (10 ou 30mg/Kg) ou indometaci-na (1 mg/Kg), 20 minutos antes da indução doedema ou peritonite pela carragenina, 30 mg/pata ou 1mg/mL, respectivamente.No edema dapata o volume foi avaliado em 15, 30, 60, 120 e240 min após a indução flogistica. Na peritoniteo volume de exudato (1mL) foi removido 4 hapós a indução flogistica. Foram analisados onúmero total de leucócitos, e o diferencial celu-lar dos grupos de tratamento (AF 10 e 30mg/Kg)em comparação ao grupo salina.Resultados: No edema de pata o AF 10 ou 30mg/Kg produziu 23±7,3% ou 32±9% de inibição

do volume da pata. Enquanto a Indometacina10mg/Kg inibiu 75±9%. Na peritonite o AF 10ou 30mg/Kg produziu inibição de 80±2,5% ou57±3% da migração de células para o perito-neo.Discussão: O AF produziu efeito antiedematogê-nico e antiinflamatório inibindo a migração celu-lar para a cavidade peritoneal., este efeito podeestar associado a propriedade antioxidante destecomposto.Apoio: BIOFAR-UNISUL/Prodapys

04.117AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANALGÉSICA DOEXTRATO BRUTO HIDROALCOÓLICO DE Ca-searia sylvestris. Nilce Alves1,3, Eduardo Mattos1,3, Rodrigo R. Peters2,3, Anna Paula Piovezan2,3.1Alunos e 2Prof. do Curso de Farmácia � UNISUL,3Pesquisadores do GRUPNAT/ Tubarão/ SC.

Introdução: Casearia sylvestris, também conhe-cida como erva-de-bugre, da família Flacourtia-ceae, tem sido investigada por seu amplo usopopular, devido a possíveis propriedades antiin-flamatória, antibiótica e cicatrizante, entre ou-tras. Diante disso, empregou-se modelos farma-cológicos de dor para investigar a capacidade doextrato bruto hidroalcoólico (EBHA) desta plantaem promover analgesia em camundongos. Mé-todos: Camundongos suícos machos (ca. 30 g)foram avaliados nos modelos de dor induzida porformalina ou ácido acético. No primeiro caso, osanimais receberam injeção intraplantar (i.pl.) desolução a 2,5% de formalina e foram observa-dos por 30 min para o registro do tempo (s) queos mesmos despenderam lambendo a pata tra-tada. No segundo modelo, observou-se o núme-ro de contorções abdominais que os animais apre-sentaram nos 20 min seguintes à administraçãointraperitoneal (i.p) de solução a 0,6% de ácidoacético. Para avaliar a atividade analgésica daCasearia sylvestris, diferentes grupos de animaisforam tratados com o EBHA da planta por viai.p. (30 ou 100 mg kg-1, 30 min antes) ou oral(30, 100 ou 300 mg kg-1, 1 h antes) previamen-te aos estímulos nociceptivos. Resultados: O tra-tamento dos animais com EBHA de Casearia syl-vestris reduziu significativamente a dor induzidapor formalina (100 mg kg-1; i.p.; 46% inibiçãoda 1a. fase e 44% inibição da 2a. fase) ou porácido acético (100 mg kg-1; via i.p.; 81% inibi-ção máxima ou 300 mg kg-1; via oral; 80% ini-bição máxima). Discussão: O EBHA de Caseariasylvestris apresentou atividade analgésica emmodelos de dor em camundongos. Apoio Finan-ceiro: UNISUL

04.118AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTINOCI-CEPTIVAS DO FILICENO OBTIDO DA AdiantumCuneatum. Ardenghi, J.V**., Cechinel, V.F**.,Bresciani, L.F*., Yunes, R.A*., De Souza, M.M**.**- Núcleo de Investigações Químico-Farmacêu-ticas (NIQFAR)-CCS-UNIVALI-Itajaí-SC * -Depar-tamento de Química - UFSC- Florianópolis-SC

OBJETIVOS: O presente trabalho analisa a possí-vel atividade antinociceptiva do Filiceno compos-to obtido da Adiantum Cuneatum utilizandomodelos de dor induzida pela formalina (2,5%)

(MF) e contorções abdominais induzidas peloácido acético (0,6%) (MAA). MÉTODOS: Foramutilizados camundongos Suiços fêmeas (25-35g,n=6-8), os quais receberam tratamento com ocomposto puro Filiceno (FIL= 6, 8, 10, 30, 60 e100mg/Kg i.p) 30 min antes da administraçãoda MF ou MAA e (100, 300 e 500mg/kg via oral)ou veículo 1 hora antes da administração doMAA. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Quando ava-liada a atividade antinociceptiva nas doses de (6-100 mg/kg i.p.), verificou-se a redução de formasignificativa dose- dependente das contorçõesabdominais induzidas pelo MAA com IM (inibi-ção máxima) de 96% . Também observou-se queo composto atua até 4 hs após sua administraçãocom IM de 56% . No MF observou-se que o com-posto (10- 100mg/kg i.p.) foi eficaz nas duas fa-ses da dor sendo mais efetivo na segunda (dorinflamatória) com IMs de (43,98% e 65,72%)respectivamente. Além disso, o Filiceno adminis-trado via oral (100 - 500mg/kg), também foi efi-caz no MAA, com inibição de 40.14% . Esses re-sultados indicam que o composto apresenta sig-nificativa atividade antinociceptiva. Estudos far-macológicos estão sendo realizados em nossoslaboratórios para identificar o(s) possível (s) me-canismo (s) de ação antinociceptiva do Filiceno.APOIO FINANCEIRO: PIPG/UNIVALI

04.119ANÁLISE PRELIMINAR DA AÇÃO ANTINOCI-CEPTIVA DA NIGA-ICHIGOSIDE OBTIDA DARubus imperialis. ARDENGHI, J.; Kanegusuko,M.; Niero, R. e De-Souza, M. Núcleo de Investi-gações Químico-Farmacêuticas (NIQFAR)/CCS-UNIVALI.

Objetivos: O presente trabalho visa analisar ospossíveis mecanismos da ação antinociceptiva daNiga-Ichigoside (NIG). Métodos: Camundongosfêmeas (25-35g, N=6-8), receberam tratamen-to com o composto puro NIG (60mg/Kg, i.p.),veículo e/ou drogas das vias em estudo e 30 minapós foram submetidos ao modelo de dor indu-zida pela formalina 2,5%. Resultados e discus-sões: Quando avaliada a via dopaminérgica ob-servou-se que o haloperidol (HA=0.5µmol/kg)reverteu o efeito antinociceptivo do composto nasduas fases da dor (NIG=4.25/3.78;HA+NIG=64.4/98.66). O mesmo perfil farma-cológico foi obtido na via nitrérgica, a L-arginina(L-ARG= 600mg/kg) reverteu o efeito do com-posto (NIG=4.12/5.78; L-ARG+NIG=87.11/134.82). Na avaliação do sistema colinérgicoobservou-se que a atropina (ATR= 60mg/kg) re-verteu o efeito antinociceptivo do composto ape-nas na segunda fase da dor (NIG= 38.16/0.33;ATR+NIG=20.8/17.6). Já na avaliação do siste-ma opióide o resultado verificado foi que a nalo-xona (NAL= 1mg/kg) reverteu o efeito antinoci-ceptivo do composto nas duas fases da dor,(NiG=31.87/0.33; NAL+NIG=64.25/30.00).Entretanto, os antagonistas adrenérgico seletivosyoimbina (YOB,a 1) e prazosin (PRA a2) não re-verteram o efeito antinociceptivo do compostoem ambas as fases da dor (NIG=4.62/4.54;PRA+NIG=24.4/6.0; YOI+NIG= 6.0/0.16). Osresultados obtidos até o presente momento nossugerem que o composto em estudo exerce suaação antinociceptiva através das via dopaminér-gica, oxidonitrérgica e opióide bem como atuan-do parcialmente nas via colinérgica. Apoio finan-ceiro: PIPG, UNIVALI.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.120ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO LAPACHOLE DO ANÁLOGO SINTÉTICO ACETOGLICOLA-PACHOL. Braggio, M. M.1; Santos, A.L.2; Olivei-ra, M. M.; Lapa, A. J2. 1instituto Biológico, SP;2depto. Farmacologia, Setor Produtos Naturais,EPM/UNIFESP, CEP 04044-020, SP.

Introdução: O lapachol (naftoquinona) isolado daTabebuia avellanedae Lor., Bignoniaceae (Ipê-Roxo), é utilizado como antibiótico e antineoplá-sico (Santana e col. Rev. Inst. Antib. 20: 198,1980). Em estudos anteriores mostramos que olapachol (LAP) produziu efeito antinociceptivo nascontorções abdominais por ácido acético e noteste da placa aquecida (Braggio e col. IV FeSBE,res. 9.5, 217, 1989), confirmando o efeito anal-gésico relatado por pacientes com câncer trata-dos com o composto. A acetilglicolização do LAP(AGLAP) aumentou a lipossolubilidade e a ab-sorção do composto, prolongando a sobrevidade camundongos com leucemia P388, (Consola-ção e col. J. Med.Chem.18:1159,1975). Este tra-balho comparou a atividade antinociceptiva doLAP e do AGLAP em camundongos.Métodos e Resultados: O tratamento de ratos ecamundongos com LAP ou AGLAP (0,1 a 0,5 g/kg, ip, e 0,5 a 2 g/kg, vo) produziu diminuição daatividade espontânea, ptose palpebral e ataxiaproporcionais às doses. O LAP (50, 100 e 200 m/kg, vo, 60 min antes) reduziu as contorções ab-dominais induzidas por ácido acético (0,8%;0,1mL/10g, ip) de 48%, 58% e 71% do controle(C=58,0 ± 4,1 contorções acumuladas/30 min,n=10). No mesmo teste, doses iguais de AGLAPdiminuíram as contorções de 24%, 46% e 57%,respectivamente. A indometacina (10 mg/kg, vo),controle positivo, inibiu as contorções de 44%. Aadministração de LAP (100, 150 e 200 mg/kg,vo, 60 min antes), aumentou a latência da reati-vidade ao estímulo térmico (tail-flick) de 22%,30% e 47% (C=4,7 ± 0,2 s; n=8), respectiva-mente. Em doses iguais, o AGLAP aumentou alatência, nas duas maiores doses de 31% e 30%,respectivamente. O fentanil (0,1 mg/kg, sc, 30min), controle positivo, aumentou a resposta de158%. A naloxona (3 mg/kg, sc, 15 min antes)reverteu o efeito do fentanil, mas não o do LAP(200 mg/kg, vo) ou do AGLAP (300 mg/kg, vo).No teste da dor pela formalina (3%, 20 µL/intra-plantar), o LAP (100, 150 e 200 mg/kg, vo, 60min antes) reduziu a 1a fase de 32%, 49% e 56%(C=117,1 ± 4,3 s), e a 2a fase do teste de 61%,71% e 72 % (C=189,5 ± 17,9 s). Em doses iguais,o AGLAP reduziu a 1a fase de 40%, 50% e 60%,e a 2a fase de 59%, 63% e 68%, respectivamen-te. A indometacina (10 mg/kg, vo) inibiu somen-te a 2a fase de 64%. Comparando-se os efeitosobtidos em função da concentração de LAP, osdois compostos não apresentaram diferenças sig-nificativas entre si.Conclusão: Os resultados mostraram que LAP eAGLAP reduziram a dor neurogênica e inflama-tória e que esta atividade antinociceptiva se deveao lapachol.Apoio Financeiro: CNPq, CAPES

04.121AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTI-VA E ANTIINFLAMATÓRIA DO COMPOSTOSDE CORDENAÇÃO DO LAPACHOL COM ALU-MÍNIO. 1Cardoso, S.R., 1Freccia, C., 1Teixeira, C.,2Marcucci, M.C., 2Pereira, R.M.S., 1Scremin, A.,1Paulino, N. 1. Grupo de Pesquisa e Desenvolvi-mento de Biofármacos, UNISUL, Tubarão, SC. 2.Universidade Bandeirante de São Paulo, São Pau-lo, SP.

Objetivos: Os compostos de cordenação com íonsmetálicos têm demonstrado inúmeras atividadesbiológicas. O objetivo do nosso trabalho é de-monstrar a atividade antinociceptiva e antiinfla-matória do compostos de cordenação do lapa-chol com alumínio (LpAl) nos modelos de dor einflamação em camundongos.Métodos: Foram usados camundongos suíços (25-30g, n=6) tratados com salina, indometacina(10mg/Kg i.p.) ou LpAl (0,1, 1 ou 10mg/Kg i.p.),no modelo de dor induzidas pelo ácido acético eformalina, ou na peritonite induzida pela carra-genina. Os valores foram expressos como média± E.P.M. P<0,05 foram significantes.Resultados: LpAl 0,1, 1 ou 10 mg/Kg (i.p.) pro-duziram inibição da dor induzida pelo ácido acé-tico com CI50 de 0,6±0,08mg/Kg, e no modeloda formalina com CI50 de 1,1±0.2mg/Kg. Domesmo modo, LpAl nas doses de 10 ou 100mg/Kg, inibiram a migração de leucócitos na perito-nite induzida por carragenina em 40±3 ou85±4%, respectivamente.Conclusões: Nossos resultados demonstram queo composto de cordenação Lapachol com alumí-nio produziu uma atividade antinociceptiva eantiinflamatória in vivo.Apoio: BIOFAR-UNISUL/UNIBAN

04.122EFEITO ANALGÉSICO DA RUTINA EM MODE-LOS EXPERIMENTAIS. Oliveira, MUF; Silva-Neto,IV; Nascimento, SB; Rocha, JCS; Rocha, FAC; Ri-beiro, RA. Deptos. de Fisiologia e Farmacologia ede Medicina Clínica, Faculdade de Medicina daUniversidade Federal do Ceará.

Introdução: A rutina (RT) é um flavonóide, com-posto polifenólico de origem vegetal, com possí-veis ações antiinflamatórias ainda não completa-mente esclarecidas. Havíamos demonstrado queas contorções abdominais (Cas) induzidas porZymosan (Zy) e Ácido Acético (Aac) eram de-pendentes da liberação de citocinas por macró-fagos e mastócitos residentes (Ribeiro, RA et al.,Euro. J. of Pharmacol., 2000, 387, p111). Obje-tivos: Avaliar os efeitos da RT em modelos expe-rimentais de nocicepção. Métodos: Utilizaram-seos modelos de Cas induzida por Zy (1mg; ip) ouAac (0,6%, ip) em camundongos Swiss e de in-capacitação articular (IA) em joelho de ratos Wis-tar, induzida por Zy (1mg; ia). Os animais forampré-tratados com RT 25 � 100mg/Kg ip na Cas eRT 50-200mg/Kg ip na IA 30min antes da indu-ção por Zy ou Aac. Resultados: RT (25, 50 e 100mg/kg; ip) inibiu de forma significativa (p < 0,01)

as Cas induzidas por Zy; (90,47%; > efeito) epor Aac (p < 0,05; 69,23%; > efeito). Inibiutambém de forma significativa (p< 0,01; 3ªh) aIA nas doses de 50 e 100mg/Kg (47,61%; > efei-to). Em adição, verificou-se que a RT não foi ca-paz de inibir de forma significativa o edema depata induzido por carragenina (300µg ipl). Dis-cussão: Os resultados indicam que a RT possuium potente efeito analgésico, pressupondo-se deação periférica, possivelmente via inibição demediadores hiperalgésicos liberados por célulasresidentes.Apoio financeiro: CNPq.

04.123RESULTADOS PRELIMINARES DO MECANIS-MO DE AÇÃO DA PROPRIEDADE ANTINOCI-CEPTIVA DA QUERCETINA. Arnaldo Wilain Fi-lho 1, Leonardo Olinger, Carina Panceira1 ;ValdirCechinel Filho1 e De Souza1 M.M.. - 1- Universi-dade do Vale do Itajaí- UNIVALI/FAQFAR/NIQFAR-Itajaí/SC

Introdução: Resultados anteriores mostraram queo flavonóide quercetina exibe propriedade anti-nociceptiva em vários modelos de dor. O objeti-vo do presente trabalho foi o de estudar o meca-nismo pelo qual tal atividade se desenvolve.Métodos: camundongos machos Swiss Webster(30g, N=6-8) foram submetidos ao modelo dedor induzida por ácido acético (AA/0.6%). Osanimais foram pré-tratados com antagonistasadrenérgicos α1/parazosin) e α2/Yoimbina(0.15mg/Kg), antagonista opióide/naloxona(1.0mg/Kg),antagonista dopaminérgico/ halope-ridol (3mg/Kg) e L-arginina (0.75mg/Kg) 15 minantes da quercetina e 30 min do AA (0.1ml/10gpeso).Controles com os agonistas das vias tam-bém foram feitos. Após administração do AA foiregistrado o número de contorções de forma cu-mulativa por um período de 20 min. Resultadose Discussão o efeito analgésico da quercetina nãofoi revertido pelos tratamentos de: naloxona(3.33±1.8), L-arginina (4.12±0.43), haloperidol(4.66±5.4) e prazosin (1.5±0.71) quando com-parado aos seus respectivos controles(NA=44.8±1.6; L-ar= 38.6±4.8; HA= 63.6±5.4;Pra= 36.8±0.32), mas foi revertido pelo pré-tra-tamento de yoimbina (31.72±3.12/YO=31.9±2.46). Até o momento, os dados obti-dos ampliam achados anteriores sobre o efeitoanalgésico dos flavonóides e sugerem que dasvias até aqui estudadas, a quercetina exerce seuefeito antinociceptivo através do sistema α-adre-nérgico, via receptores α2 não tendo influênciano sistemas opióide, dopaminérgico e oxidoni-trérgico. Agradecimentos: Programa de bolsasPIPG da UNIVALI

04.124EFEITO DOS FLAVONÓIDES RUTINA E QUER-CETINA NA DOENÇA PERIODONTAL EXPERI-MENTAL EM RATOS. Teixeira,PAL; Lima,RVC;Cavalcante,MG; Menezes,AMA; Ribeiro,RA;Brito,GAC (Deptos. Fisiologia e Farmacologia,Morfologia-UFC)

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

Introdução: A periodontite é um processo infla-matório crônico que afeta os tecidos de proteçãoe sustentação do dente (periodonto) e caracteri-za-se por infiltração leucocitária, perda progres-siva do osso de suporte do dente, destruição dotecido conjuntivo e formação de bolsas. É consi-derada como sendo a principal doença respon-sável pela perda dentária em adultos. O objetivodesse trabalho é avaliar o efeito antiinflamatóriodos flavonóides Rutina e Quercetina na DoençaPeriodontal Experimental em ratos. Métodos:Para a indução da Doença Periodontal foram uti-lizados ratos Wistar machos com peso entre 150-200g, inserindo um fio de sutura de náilon 3.0em torno do segundo molar superior esquerdodo animal. Analisou-se os seguintes parâmetros:Estudo da reabsorção do processo alveolar pelasua medida morfométrica, estudo hematológicoe análise da variação de massa corpórea paraavaliação do efeito sistêmico da doença e do tra-tamento. Resultados: Rutina na doses: 50, 100 e200 mg/kg/ dia, mostrou-se capaz de prevenir aperda óssea de forma significante (p<0,05) em30,5%; 29,64% e 30,9% respectivamente. Quer-cetina nas doses 0,25; 0,5 e 1 mMol/kg/dia, re-duziu a perda óssea (p<0,05) em 38,2%; 40% e35% respectivamente. Discussão: O método deindução da Doença Periodontal testado foi ca-paz de reproduzir a perda óssea e a inflamaçãoobservada na Doença Periodontal em humanos.Embora o nosso trabalho tenha mostrado redu-ção significativa do índice de perda óssea, novosestudos são necessários para a determinação domecanismo de ação destas drogas nestemodelo.(CNPq)

04.125MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS RESPOSTASINFLAMATÓRIAS CAUSADAS PELO AGONIS-TA B1,des-Arg9-BK, NA PATA DE RATOS PRÉ-TRATADOS COM LPS. Passos,G.F., Fernandes,E.S,Campos,M.M., 1Souza,G.E.P., 2Teixeira,M.M.,Calixto,J.B. Departamento de Farmacologia,UFSC, Florianópolis, SC; 1Laboratório de Farma-cologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP,Ribeirão Preto, SP; 2Departamento de Imunolo-gia, UFMG, Belo Horizonte, MG

Introdução: O presente trabalho analisa algunsdos mecanismos envolvidos nas ações inflamató-rias causadas pelo agonista de receptor B1, a des-Arg9-BK (DABK) após tratamento tópico com LPS.Métodos e Resultados: Foram utilizados ratosmachos Wistar (150-180g). A injeção intraplan-tar (i.pl.) de des-Arg9-BK (100 nmol/pata) pro-duziu discreto edema (0,13 ml), enquanto que ainjeção de LPS (1 microg, 6-72h, i.pl.) causouaumento tempo-dependente do edema à DABKe dos níveis da mieloperoxidase com pico em 12h (cerca de 7 vezes). O antagonista B1, des-Arg9-Leu8-BK, inibiu significativamente o edema daDABK (43%). A dexametasona (18h antes) ou acicloheximide (18h antes), inibiram o edema daDABK (45% e 55%). A fucoidina, inibidor demolécula de adesão e o anticorpo anti-CD18 fo-ram capazes de antagonizar o edema da DABK(60% e 41%). Os anticorpos anti-IL-1beta ou anti-TNFalfa (12h) reduziram o edema à DABK (62 e36%). O antagonista de receptores da IL-1, IRA(12h) ou a IL-10 (12h) inibiram o edema da DABK(55 e 36%). Finalmente, a expressão de TNFalfae do receptor B1 foi também observada nas pa-

tas dos animais tratados com LPS. Conclusões: Otratamento local com LPS produziu aumentomarcante do edema de pata mediado pelos re-ceptores B1 para as cininas acompanhado doaumento da expressão do receptor B1 e de TN-Falfa. Vários mecanismos incluindo a participa-ção da síntese de novas proteínas sensível a ci-clohexemide e dexametasona, moléculas de ade-são, e citocinas pró e antiinflamatórias estão re-lacionados com a regulação do receptor B1 dascininas após injeção de LPS. Suporte financeiro:CNPq, FINEP, PRONEX, PIBIC/Iniciação científi-ca, CAPES

04.126PAPEL MODULADOR DA GLUTAMINA NOEDEMA DE PATA INDUZIDO POR CARRAGE-NINA E DEXTRAN EM RATOS. Nascimento,SB1;Sousa,RB1; Martins,MJB1; Ribeiro,RA1; Brito,GAC2.Deptos. de Fisiologia e Farmacologia1 e Morfolo-gia2 da UFC

Introdução:A glutamina (Gln) é o aminoácido li-vre mais abundante no plasma. Porém, na vigên-cia de trauma ou infecções há depleção de Gln,associada a alteração da função imune-inflama-tória. Nesse contexto, a reposição de Gln assumepapel terapêutico. O objetivo deste trabalho foiinvestigar o efeito da depleção seguida de repo-sição de Gln na resposta inflamatória utilizandoo modelo do edema de pata. Métodos:Foramutilizados ratos Wistar machos, divididos em 3grupos: controle (salina), metionina-sulfoximina(MSO- inibidor da síntese endógena de Gln,25mg/kg ip 12h antes da indução do edema) eMSO/Gln (MSO 25mg/kg ip 12h antes da indu-ção do edema + Gln 10mL/100mg de uma solu-ção 200mM ip nos tempos 0, 6 e 12h). O edemafoi induzido por injeção subplantar de 500µg decarragenina (Cg) ou 100µg de dextran (Dx) e afe-rido por pletismômetro 0,1,2,3 e 4h após o estí-mulo. Resultados:Houve aumento significativo doedema induzido pela Cg no grupo depletado deGln quando comparado ao grupo controle e aogrupo em que houve reposição de Gln (74,8% e84,3%, respectivamente; p<0,05). O mesmo nãoocorreu no edema induzido por Dx. Os leucogra-mas não diferiram entre os diversos grupos.Discussão:A depleção de Gln potencia o edemade pata dependente de neutrófilos, sua reposi-ção reverte esse efeito. O mesmo não ocorre emrelação ao edema vascular dependente de libe-ração de mediadores pré-formados por mastóci-tos. Os dados sugerem que a glutamina tem umpapel modulador no processo inflamatório e suadeprivação pode resultar na exacerbação da in-flamação.Apoio: CNPq e CAPES.

04.127SEROTONINA ESPINHAL INIBE INFLAMAÇÃOPERIFÉRICA VIA RECEPTORES 5-HT1 E 5-HT4.1Daher, J.B., 2Tonussi, C.R. 1Depto. de CiênciasFarmacêuticas, UEPG, Ponta Grossa, PR. 2Deptode Farmacologia, UFSC, Florianópolis, SC.

Introdução. Sabe-se que fibras descendentes se-rotoninérgicas causam analgesia por inibirem osterminais centrais das fibras aferentes primáriasfinas. Desde que os impulsos nociceptivos che-

gando na medula espinhal induzem impulsosantidrômicos que aumentam o edema inflama-tório periférico, decidimos avaliar o envolvimen-to do sistema serotoninérgico espinhal sobre oedema inflamatório periférico. Métodos. O ede-ma inflamatório foi induzido pela injeção intra-plantar de carragenina 300 ug/pata em ratosWistar machos (150-180 g). O volume da patafoi medido por imersão da pata inflamada emuma cubeta cheia de água, adaptada sobre ba-lança eletrônica. O peso registrado pela balançafoi diretamente convertido em volume (densida-de da água 1 g/mL). Agonistas ou antagonistasserotoninérgicos foram administrados por via in-tratecal, 30 min antes da injeção de carragenina.Resultados. Serotonina (0.1, 1, 10 pmoles and10 nmoles) causou inibição gradual do edemainflamatório. O agonista 5-HT1B/1D sumatripta-no (0.1, 1.0 and 10 nmol) também inhibiu oedema. O agonista parcial 5-HT1/ 5-HT2 meti-sergida (1,10 and 100 pmol) aumentou o ede-ma, mas em doses nanomolares (2, 4 and 8 nmol)o diminuiu. O antagonista 5-HT3 ondansetrona(0.1, 1.0 and 10 nmol) não modificou o edema,mas o antagonista 5-HT3 / agonista 5-HT4 me-toclopramida (0.1, 1.0 and 10 nmol) diminuiu oedema. Conclusão. Serotonina liberada na me-dula espinhal pode inibir o edema inflamatório,via receptores 5-HT1. O efeito potenciador dametisergida sugere que exista um papel inibitó-rio tônico da serotonina endógena na medulaespinhal durante a inflamação. Receptor 5-HT4 ,mas não 5-HT3, também podem estar envolvidoneste processo. Apoio. CAPES, CNPq

04.128DOTARIZINA (DTZ) INIBE O EXTRAVASAMEN-TO PLASMÁTICO (EP) INDUZIDO PELA SUBS-TÂNCIA P (SP), SEROTONINA (5-HT) E BRA-DICININA (BK) NA DURA-MÁTER (DM) DERATOS. Moreira, D.M.; Frassetto, L.F.; Waltrick,P.T.; Souza, A.; Gabilan, N.H.; García, A.G.; Lo-pez, M.G.; Nicolau, M.; Depto. de Ciências Fisio-lógicas, CCB, UFSC, Florianópolis, SC.

Objetivos: O EP e a vasodilatação na DM consti-tuem a base fisiopatológica da enxaqueca. A DTZ,um bloqueador dos canais de Ca2+, é um deri-vado piperazínico com possível propriedade anti-enxaqueca. Este estudo propõe-se a avaliar a açãoda DTZ no EP induzido pela SP, 5-HT e BK na DMde ratos. Métodos: O EP, avaliado na DM, foimensurado usando a técnica do corante Azul deEvans, quantificado por espectrofotometria (620nm) e expresso como mg/g de tecido seco. Re-sultados: Um aumento significante do EP em re-lação ao controle na DM foi observado com aadministração de SP 10 nmol/Kg i.v. (51,6 ±1,8para 83,9 ±3,6), de 5-HT 100 e 300 nmol/Kgi.v. (51,6 ±1,8 para 64,0 ±2,4 e 83,9 ±3,0 res-pectivamente) e de BK 3,0 nmol/Kg i.v. (51,6±1,8 para 77,2 ±3,9). A DTZ 100 nmol/kg i.v.antagonizou significativamente o aumento do EPna DM induzido pela SP (83,9 ±3,6 para 54,5±2,0), pela 5-HT 300 nmol/Kg i.v. (83,9 ±3,0para 54,9 ±2,9) e pela BK 3,0 nmol/Kg i.v. (77,2±3,9 para 51,5 ±2,3). Conclusão: A DTZ inibiusignificativamente o EP induzido pela SP, 5-HT eBK na DM. Estes dados sugerem que este deriva-do piperazínico poderia ser efetivo como agenteanti-enxaqueca. Apoio: Lab. Ferrer, Barcelona,Espanha; CAPES; CNPq.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

04.129EFEITO DO CAPTOPRIL (CAP) SOBRE O EXTRA-VASAMENTO PLASMÁTICO (EP) INDUZIDOPELA BRADICININA (BK) NA DURA-MÁTER(DM) DE RATOS. Sousa, A.; Frassetto, L.F.; Mo-reira, D.M.; Waltrick, P.T.; Gabilan, N.H.; Nico-lau, M.; Depto de Ciências Fisiológicas, CCB, UFSC,Florianópolis, SC.

Introdução: A BK aumenta o EP na DM. Nestetrabalho, procurou-se avaliar a influência do CAPneste efeito. Métodos e resultados: Utilizou-seratos wistar machos (200-300g), anestesiadoscom nembutal (40mg/Kg,i.p.). Fez-se a avaliaçãodo EP, pela técnica do corante azul de Evans (AE),determinado por espectofotometria (620nm)expresso em mg/g de tecido seco. Doses crescen-tes de BK foram administradas com AE em ani-mais controle e pré-tratados com CAP.Os animaisforam sacrificados 10 min. após a injeção de BKe AE, seguido de perfusão com 60 ml de salinapor 3 min. via ventrículo esquerdo, em seguidadissecou-se a DM. A injeção de BK (0,3; 1,0; 3,0e 10 nmol/Kg;i.v.) induziu um aumento signifi-cante do EP na DM de 50,2±1,50 para74,9±4,4*; 90,7±6,8**; 86,1±4,2**;70,7±2,4*, respectivamente. Nos grupos trata-dos apenas com CAP (10 e 100 nmol/Kg;i.v.),verificou-se aumento no EP de 50,2±1,5 para72,5±6,3*; 73,5±3,8*, respectivamente. Emratos tratados com CAP 10 e 100 nmol/Kg o EPinduzido pela BK 0,3 nmol/Kg aumentou de74,9±4,4 para 77,0±4,4 e 81,6±9,8, respecti-vamente. A significância está representada por:*p<0,05 e **p<0,01 em relação ao controle.Discussão: A BK aumenta o EP na DM de mododose-relacionada. Na maior dose, observou-seuma dessensibilização deste efeito. O CAP aumen-ta o EP na DM por possível acúmulo de BK. Ainjeção de BK em animais tratados com CAP, au-mentou o EP induzido pela BK, embora não sig-nificante, provavelmente por dessensibilizaçãodos receptores da BK. Apoio financeiro: PIBIC/CNPq, CAPES.

04.130ANTAGONISTA DO RECEPTOR NK-1 (RP67,580) BLOQUEIA O EXTRAVASAMENTOPLASMÁTICO (EP) INDUZIDO PELA BRADICI-NINA (BK) EM TECIDOS DE RATO. Frassetto,L.F.;Moreira,D.M.; Nicolau,M.; Dovichi,S.S.; Depto.de Ciências Fisiológicas, CCB, UFSC,Florianópolis,SC.

Objetivos: Em tecidos onde ocorre a inflamaçãoneurogênica, a BK é capaz de liberar substânciaP (SP) (Figini e cols., v272, p.785,1997). Traba-lhos recentes demonstram que a quercetina (Q),um flavonóide, provoca acúmulo de BK por ini-bição da enzima conversora da angiotensina(ECA). O propósito deste estudo foi o de verificarse a potencialização do EP induzida pela BK emanimais tratados com quercetina envolve a libe-ração de SP. Métodos e Resultados: A avaliaçãodo EP foi feita pela técnica do corante azul deEvans, determinado por espectrofotometria(620nm) e expresso em mg/g de tecido seco. ABK (3 e 10nmol/kg,i.v.) aumentou o EP de mododose-relacionado no duodeno, pâncreas, traquéiae bexiga. A Q (20mg/kg,v.o.) potencializou signi-ficantemente o EP induzido pela BK no duode-

no, coração e traquéia. O pré-tratamento com oantagonista de receptor B2, HOE 140 (10nmol/kg,i.v.) reduziu significativamente o aumento doEP induzido pela BK e potencializado pela Q noduodeno, coração, pâncreas e traquéia. O pré-tratamento com o antagonista de receptor NK-1,RP 67,580 (10nmol/kg,i.v.), reduziu significati-vamente o EP induzido pela BK em animais pré-tratados com Q no duodeno, coração e traquéia.Conclusões: A Q potencializou o EP induzido pelaBK por causar acúmulo deste peptídeo, uma vezque o HOE 140 inibiu este efeito. A BK estimu-lou a liberação de SP nas terminações nervosaspeptidérgicas aumentando o EP, considerandoque o antagonista seletivo do receptor NK-1 re-duziu este efeito. Apoio financeiro: CAPES, CNPq-PIBIC.

04.131COMPARAÇÃO DO EXTRAVASAMENTO DEAZUL DE EVANS INDUZIDO POR NEUROPEP-TÍDEOS EM PELE E POLPA DENTAL DE RATOS.K.L.M. Maltos, D. Ferreira-Alves and J.N. Francis-chi. Departamento de Farmacologia - ICB/UFMG,Belo Horizonte, Brasil, CEP 31270-901.

Introdução: A substância P (SP) e CGRP (calcito-nin-gene related peptide) são reconhecidos pe-las suas propriedades vasodilatadoras e de au-mento de permeabilidade vascular. Nosso obje-tivo foi comparar o extravasamento do azul deEvans em resposta a esses neuropeptídeos inje-tados na pele e polpa dental de ratos (Holtzman,machos) previamente anestesiados. Método: Di-ferentes doses de SP, CGRP (nmoles) ou salinafisiológica, distribuídas em quadrado latino, fo-ram injetadas intradermicamente (id) na pele dodorso dos animais (0.1 mL/sítio, tempo zero). Nosdentes, preparos cavitários foram realizados nosprimeiros molares superiores do lado esquerdo ea polpa exposta a diferentes doses de SP e CGRPdurante 5 minutos e depois seladas (1 µL/sítio,tempo zero). Os primeiros molares contralateraisserviram de controle. A injeção do corante diluí-do, 1 % no estudo da pele e 5 % no estudo dapolpa dental, foi realizada no plexo venoso peni-ano (0.1 mL/100g animal) quinze minutos antesda administração dos agonistas. Após 10 mindessa administração, os animais foram sacrifica-dos, os sítios azuis da pele e os dentes retirados eextraídos em formamida a 37ºC por 24 horas,sendo lida a absorbância dos sobrenadantes emcolorímentro padrão (623 nm). Resultados: Napele, o CGRP foi 23 vezes mais potente do que aSP. Na polpa dental, o CGRP apresentou igualatividade e SP não induziu extravasamento signi-ficativo. Conclusões: ratos Holtzman são maissensíveis ao CGRP que à SP com relação ao au-mento da permeabilidade vascular.Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES

04.132MELATONIN EFFECT ON VASCULAR PERME-ABILITY. Cintia E. Yamashita1, C.M.C. Lotufo1,S.H.P. Farsky2, Regina P. Markus1 1Laboratório deCronofarmacologia, Instituto de Biociências-USP.São Paulo. Brazil. 2Departamento de AnálisesClínicas e Toxicológicas, Faculdade de CiênciasFarmacêuticas-USP. São Paulo. Brazil.

Introduction- We recently found that activationof melatonin receptors inhibit the leukocyte re-cruitment and have no effect on arteriolar diam-eter during acute inflammation. Aim- Verify me-latonin effects on inflammatory vascular perme-ability increase. Methods- Vascular permeabilitywas measured by Miles assay. High melatonindoses (10 mg/ animal, i.p) were injected 40 minbefore intradermic injections of 60 µl of carrag-eenin (0,5%), bradykinin (100 ng), histamine (1µg) or serotonin (20 ng). Low melatonin doses(1nM) were injected locally toghether with thechemotactic agents leukotriene B4 (6 µM) or fMLP(10 µM). Thereafter, Evan�s Blue (200 µl, 3 %,i.v.) was injected. Animals were sacrificed after30 min and the dye was quantified by forma-mide extraction and spectrophotometry. Results-Systemic melatonin inhibited by 45 ± 12 % theeffect of carrageenin, but had no effect on brady-kinin, histamine and serotonin response. Lowmelatonin dose (1 nM), injected locally, inhibitsleukotriene B4 (22 ± 8.4 %) but not carrageenininduced increase in vascular permeability. Mela-tonin has no effect or even increase the fMLPinduced increase in vascular permeability. Con-clusion- These results indicate that melatoninmodulates vascular permeability by differentmechanisms. At high doses melatonin probablyinhibits the release or production of inflammato-ry agents while at low doses it decreases LTB4 in-duced vascular permeability by reducing leuko-cyte recruitment.Financial support: FAPESP. CMCL, CY and RPMare FAPESP or CNPq fellow.

04.133BOSENTAN INIBE AUMENTO DE PERMEABI-LIDADE PULMONAR INDUZIDO POR LPS EMCAMUNDONGOS. Trentin, P.G.; Guimarães, C.L.;Rae, G.A., Deptos. de Farmacologia, UFSC, Flori-anópolis e FURB, Blumenau, SC, Brasil.

Objetivos: A injúria pulmonar associada à SARA(Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto)tem diversas etiologias, entre elas a sepse. O au-mento da permeabilidade vascular pulmonar in-duzido por ácido olêico em camundongos, ummodelo animal de SARA, é inibido pelo bosen-tan, um bloqueador misto de receptores ETA eETB para endotelinas (ETs; Guimarães et al. J Car-diovasc Pharmacol. 36(Suppl 1): S371, 2000).Este estudo avalia se as ETs medeiam a injúriapulmonar causada por LPS nesta espécie.Métodos e Resultados: Camundongos suíços ma-chos (35 a 40 g) receberam azul de Evans (AE,50 mg/kg, i.v.) 1 h antes da aplicação de bosen-tan (30 mg/kg, i.v) ou veículo (salina estéril, i.v.).Após 30 min, foi realizada instilação intratraque-al de LPS (E. coli 055:B5, 20 ug). Os animais fo-ram sacrificados 6 h depois e perfundidos pelocoração com 10 ml de salina. Os pulmões foramdissecados, pesados, secados em estufa (40ºC por24 h), pesados de novo e macerados em forma-mida (60ºC por 48 h) para extração do corante.O teor total de AE (em ug) foi estimado por es-pectrofotometria (620 nm). O LPS elevou o teorde AE nos pulmões de 8,4 +/- 1,0 ug (veículo)para 19,72 +/- 0,8 ug (P<0.05; ANOVA e Stu-dent-Newman-Keuls). O bosentan não alterou osvalores basais de AE (10,3 +/- 0,3 ug), mas re-duziu o acúmulo de AE em pulmões de animaistratados com LPS (10,4 +/- 0,5 mg).

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

Conclusão: As ETs endógenas tem papel crucialno aumento do extravasamento vascular pulmo-nar causado por LPS em camundongos. Os pa-péis de receptores ETA e ETB na injúria estão sen-do investigados.Apoio Financeiro: CNPq.

04.134O BLOQUEIO FARMACOLÓGICO DA CICLOO-XIGENASE RETARDA O �CLEARENCE � DOEXSUDATO ALÉRGICO PLEURAL EM RATOSATIVAMENTE SENSIBILIZADOS. Rossi, MID;Lima, MCR; Silva, PMR; Cordeiro, RSB & Mar-tins, MA.Laboratório de inflamação. IOC/FIO-CRUZ, RJ, Brasil.

INTRODUÇÃO: Estudos recentes sugerem quederivados prostanóides teriam um papel crucialna resolução da inflamação aguda. O objetivodesse trabalho foi avaliar o efeito da inibição daenzima ciclooxigenase (COX) sobre a fase resolu-tiva da resposta inflamatória alérgica. METODO-LOGIA E RESULTADOS: Ratos Wistar foram sensi-bilizados com uma mistura de ovoalbumina (OVA)e Al(OH)3 injetada subcutaneamente, sendo de-safiados através da estimulação pleural de OVA(12 µg/cavidade) 21 dias depois. O inibidor dualCOX-1 e -2 indometacina (INDO, 2 mg/kg, i.p)ou o COX-2 seletivo SC236 (0,5 mg/kg, i.p.), ad-ministrado1 h antes e 7 h após o desafio antigê-nico, aumentou em 100 e 56 %, respectivamen-te, o total de proteína recuperado no lavado pleu-ral em 24 h, quando comparado a animais nãotratados. O efeito da droga SC236 foi revertidoquando coadministrou-se o agonista prostanói-de misoprostol (200 mg/kg, p.o.). Um aumentode 52% foi ainda observado em 48 h quando otratamento com INDO estendeu-se nos temposde 19 e 31 h após o desafio, mas a diferençadesaparece quando a droga não foi administra-da no último tempo. O tratamento com INDOnão modificou a cinética de aumento na perme-abilidade vascular causado pelo desafio antigê-nico, como atestado pelo ensaio clássico de ex-travazamento de azul de Evans. CONCLUSÃO: Ainibição da COX através do tratamento com in-dometacina ou SC236 retarda o �clearence� doexsudato pleural induzido por estimulação aler-gênica. SUPORTE: CNPq e FAPERJ

04.135AÇÃO DA LIDOCAÍNA SOBRE A CONTRAÇÃODO MÚSCULO LISO INTESTINAL, ESPASMOTRAQUEAL E EXTRAVASAMENTO PLASMÁTI-CO CUTÂNEO CAUSADO POR ALERGENO. 1Si-queira, R.A.; 1,2Neves, J.S.; 1Azevedo, V.V.; 1Cos-ta, J.C.S.; 1Silva, P.M.R. e 1Martins, M.A. 1Deptode Fisiologia e Farmacodinâmica, IOC, FIOCRUZ- RJ., 2Depto. de Farmacologia Básica e Clínica,ICB, UFRJ-RJ

Introdução: O aerossol de lidocaína tem sido pro-posto como uma forma alternativa de tratamen-to da asma atópica devido a sua ação supressorasobre a função de eosinófilos (Okada et al., 160,4010, 1998) e linfócitos Th2 (Tanaka et al., 109,485, 2002). Neste estudo, investigou-se a açãoda lidocaína sobre outros fenômenos de hiper-sensibilidade alérgica, incluindo os espasmos in-testinal e traqueal e o aumento da permeabili-

dade vascular cutânea (APVC) induzidos por an-tígeno. Métodos e Resultados: Fragmentos isola-dos de íleo e anéis de traquéia obtidos de cobai-as sensibilizadas foram mantidos imersos em lí-quido nutritivo e conectados a transdutores iso-tônicos e isométricos, respectivamente. As pre-parações foram submetidas à tensão de 1g sen-do posteriormente estimuladas com ovoalbumi-na (10 ug/mL) e/ou histamina (5x10-6M). O APVCfoi avaliado na região dorsal de ratos sensibiliza-dos após injeções intradérmicas de antígeno(12ug/sítio) ou histamina (9ug/sítio), sendo oextravasamento plasmático estimado pela quan-tificação de azul de Evans extraído do sítio desa-fiado. A lidocaína inibiu a contração do íleo in-duzida por estímulo antigênico (IC50=1,43mM,n=3) bem como aquela induzida por histamina(IC50=1,41 mM,n=3). Observou-se, ainda, re-laxamento concentração dependente de traquéi-as pré-contraídas por estimulação antigênica(IC50=5,8 mM, n=3), além de bloqueio doAPVC induzido por estimulação alérgica(IC50=0,02umol/sítio) e histamina(IC50=0,17umol/sítio). Discussão: Lidocaínapode inibir o extravasamento plasmático alémde prevenir e reverter o espasmo muscular anafi-lático, mecanismo associado a uma regulaçãonegativa direta sobre alvos como o endotélio vas-cular e o músculo liso. Apoio Financeiro: CNPq,FAPERJ, CAPES.

04.136EFEITO DO ANETOL E SEU ANÁLOGO 1-ME-TOXI-4-(1,2-DIHIDROXIPROPANO)-BENZENO(DIOL-ANETOL) SOBRE A PERMEABILIDADEVASCULAR EM CAMUNDONGOS. Freire, R.S.1;Pinheiro, D.C.S.N.2; Morais, S.M.3 1Mestrado emC. Fisiológicas/UECE; 2FAVET/UECE; 3Dep. deQuímica e Física / Laborátorio de Tecnologia emQuímica/UECE.

Introdução: O trans-Anetol é usado na indústriaalimentícia como flavorizante. É o maior compo-nente volátil do anis e está presente no óleo es-sencial de Croton zenthineri, cuja atividade an-tiinflamatória foi recentemente relatada. Este tra-balho tem como objetivo sintezar análogo dotrans-anetol e avaliar seus efeitos sobre a perme-abilidade vascular. Métodos: A síntese do análo-go do trans-anetol foi realizada por reação deepoxidação. O Anetol e uma mistura (1:1) dediásteros isômeros do seu análogo Diol-Anetolforam administrados por v.o. aos grupos testes(n=5) nas doses de 30 e 300mg/Kg. Os gruposcontroles receberam por v.o. salina ou DMSO 2%veículo, ou indometacina (10 mg/kg), comoreferência.Uma hora após o tratamento, os ani-mais receberam uma solução de azul de Evan a1%, por via e.v., e 10 min após ácido acético0,5% por via i.p. e 20 min após os animais fo-ram sacrificados e a cavidade peritoneal foi lava-da com água destilada. O líquido corado recupe-rado foi medido em espectrofotômetro a 590 nm.Resultados: Os Resultados em percentagem deinibição foram respectivamente: Anetol 30mg/Kg51%, 300mg/Kg 5%, Diol-anetol 30mg/Kg 19%,300mg/Kg 61%, Indometacina 57%, salina eveículo 0%. Discussão: A permeabilidade vascu-lar foi inibida pelo trans-anetol (30 mg/kg) e porseu análogo, Diol-Anetol (300 mg/Kg). Ao con-trário do anetol, seu análogo induziu um efeitodose dependente. Devido às mudanças realiza-

das na estrutua do anetol, sugere-se uma relaçãoestrutura atividade. Financiadores: CAPES e FUN-CAP

04.137EFEITO DA PROTOPORFIRINA IX, POSSÍVELAGONISTA ENDÓGENO DE RECEPTOR BEN-ZODIAZEPÍNICO PERIFÉRICO, NO MODELO DEARTRITE CG-LPS EM RATOS. Bressan, E., Far-ges, R.C., #Nakagaki, S., Tonussi, C.R. Depto. deFarmacologia, UFSC, Florianópolis, SC. #Depto.de Química, UFPR, Curitiba, PR.

Introdução. A protoporfirina IX é tida como li-gante endógeno do receptor benzodiazepinicoperiférico (PBR). Os agonistas sintéticos de PBR,PK11195 e RO5-4864, aplicados sistêmicamen-te apresentam efeito anti-nociceptivo e anti-ede-matogênico no modelo de artrite induzida porcarragenina-lipopolissacarídeo. Neste trabalho,analisamos o efeito da injeção local de protopor-firina IX e PK 11195. Métodos. Ratos wistar ma-chos (200-250g) receberam injeção de carrage-nina (300 ug) e 72 h após, LPS de E. coli (30 ng).A nocicepção inflamatória foi avaliada por meiodo registro da incapacitação articular (tempo deelevação da pata, durante 60 s de deambulaçãoforçada) e o edema foi quantificado por meio damedida do diâmetro articular e expresso comvariação do diâmetro articular (DA) em cm. Re-sultados. Protoporfirina IX (PPIX; 2.5, 5 e 10pmoles) ou PK 11195 (PK; 30 pmoles) foramaplicados por via intra-articular, 1 hora antes doLPS. Nenhum dos dois tratamentos causaram efei-to sobre a nocicepção articular, porém a PPIX 10pmoles (DA= 0,12 ± 0,01 cm) e o PK (DA=0,10 ± 0,02) reduziram o edema articular signi-ficantemente em relação ao grupo controle, querecebeu apenas salina (DA= 0,18±0,01 cm).Valores registrados na 6ª hora (pico do edemaarticular), porém todos os pontos dos grupos tra-tados foram menores que o controle. Conclusões.A PPIX exerce efeito inibitório similar ao PK 11195sobre o edema articular inflamatório. Porém, asduas substâncias não reproduziram o efeito anti-nociceptivo observado para a aplicação sistêmi-ca dos ligantes de PBR. Apoio. PIBIC-UFSC, CNPq

04.138INVESTIGAÇÃO DOS NÍVEIS DE FOSFATASESE TRANSAMINASES NO PLASMA E NO FÍGA-DO DE RATOS ARTRÍTICOS. Silva, M.A.R.C.P.;Silva, E.R.; Caparroz-Assef, S.M.; Cuman, R.K.N.;Kimura, E.; Bersani-Amado, C.A. Laboratório deInflamação, Universidade Estadual de Maringá-Pr.

INTRODUÇÃO: Estudos clínicos demonstram aeficácia da associação metotrexato-cloroquina(MTX-CQ) no tratamento da artrite e na reduçãodos efeitos hepatotóxicos provocados pelo MTX.No entanto, não é conhecido o mecanismo deinteração entre estes fármacos, sendo o mesmoalvo de muitas pesquisas. OBJETIVO: Investigaros níveis de transaminases (ALT, AST) e fosfatases(ácida e alcalina) no plasma e no fígado de ratosartríticos controles e tratados com as drogas.MÉTODO: A artrite foi induzida em ratos Holtz-man pela injeção intraplantar de adjuvante com-pleto de Freund. Os animais foram divididos em

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

grupos: Normais (N); Artríticos (A); Artríticos tra-tados com MTX (6mg/kg/semana,ip); com CQ(50mg/kg/dia,vo) e com MTX-CQ. Após o trata-mento (21 dias) os animais foram sacrificados, osangue e o fígado coletados para a determina-ção enzimática. RESULTADOS: Os níveis de fosfa-tase ácida aumentada no plasma dos A foi corri-gido pelo tratamento com MTX-CQ (N=32;A=54; MTX=46; CQ=41; MTX-CQ=28U/L). Osníveis de ALT reduzida no plasma (N=67; A=49;MTX=54; CQ=57; MTX-CQ=77 U/L) e no fíga-do dos A (N=55; A=38; MTX=39; CQ=48;MTX-CQ=57U/g) também foi corrigido. O nívelde fosfatase alcalina não alterado no plasma dosA estava aumentado após o tratamento (N=168;A=162; MTX=218; CQ=199; MTX-CQ=233U/L). O mesmo não ocorreu no fígado (N=0,5;A=1,4; MTX=1,4; CQ=1,2; MTX-CQ=1U/g).CONCLUSÃO: O tratamento com MTX-CQ rever-te algumas alterações induzidas pela artrite e peloMTX. No entanto, pode causar alterações impor-tantes em outros órgãos.

04.140SISTEMA SIMPÁTICO PARTICIPA NA INCAPA-CITAÇÃO ARTICULAR (IA) E INFLUXO CELU-LAR (IC) DA ARTRITE INDUZIDA POR ZYMO-SAN (AZy) EM RATOS. 1Rocha, JCS, 1Brito, GAC,1Ribeiro, RA, 2Rocha, FAC. Deptos de Fisiologia eFarmacologia1, Med. Clínica2 � UFC-CE

Objetivo: estudar a participação do sistema sim-pático na IA e IC da AZy em ratos. Métodos: ra-tos Wistar receberam injeção de Zy 1 mg intra-articular no joelho direito. A IA foi medida na 3ª

e 4ª h da AZy. O IC foi avaliado no lavado articu-lar colhido na 6ª h após indução da AZy. Gruposforam previamente tratados com guanetidina(GNTD - depletor do sistema simpático) na dosede 30 mg kg-1 i.p. durante 3 d antes da AZy. Pro-pranolol (PPNL � antagonista β -adrenérgico) foiadministrado na dose de 100 µg kg-1 s.c. 1 h an-tes ou 2 h após a indução da AZy. Resultados: otratamento prévio com PPNL reduziu a IA em30.6% (p<0.05) enquanto o tratamento após aindução da AZy reduziu a IA em 50.5% (p<0.05).O IC foi reduzido para 2.1±0.2 x 103/m3

(p<0.05) apenas quando o tratamento foi feitoantes da indução da AZy. A administração préviade GNTD reduziu a IA em 45.4% (p<0.05) e oIC para 1.8±0.1 x 103/mm3 (p<0.05). Conclu-são: o sistema simpático participa na incapacita-ção articular e influxo celular na artrite induzidapor zymosan em ratos. Apoio: Capes, CNPq.

04.141EFEITO DE ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENONA ARTRITE POR ZYMOSAN (AZy). 1Rocha,FAC, 2Girão, VCC, 2Bezerra, MM, 3Cunha, FQ, 2Ri-beiro, RA, 4Teixeira, MM. Dep. Medicina Clíni-ca1, Fisiologia e Farmcologia2 (UFC), Farmacolo-gia3 (FMRP-USP) e Instituto de Ciências Biomédi-cas4 (UFMG).

Introdução: A AZy apresenta Influxo Celular (IC),com predomínio de neutrófilos na fase aguda,incapacitação articular (IA) e liberação de NO.Neste estudo, investigamos o papel de um anta-gonista de leucotrieno B4 (CP-105,696) ou de leu-cotrienos peptídicos (Montelucaste Sódico - MT)

na AZy. Métodos: Ratos Wistar foram submeti-dos à injeção intra-articular (ia) de Zymosan(1mg) no joelho direito. A IA foi avaliada peloteste de IA para ratos entre a 3a e 4a hora da AZye expressa como tempo de suspensão da pata(TSP), em segundos (s). Após 6h, avaliou-se nolavado articular: IC (céls/mm3). Grupos recebe-ram CP (3 mg/kg-v.o 30 min antes e 2h após Zy eMT (10 mg/kg-v.o) 30 min antes e 2 horas apósZy. Controles (CT) receberam uma solução doveículo (carboximetilcelulose). Resultados: CP einibiu a IA (p<0,05) (TSP=15±1,9 s), compara-do ao CT (TSP=25±1,4s). CP e MSD não reduzi-ram (p>0,05) o IC (12667±2995 e 10570±2474céls/ mm3), comparado ao CT (8862±2062). Dis-cussão: O LTB4 está envolvido na dor inflamató-ria articular. Leucotrieno participa da liberaçãode NO na AZy. Apoio: FUNCAP.

04.142ESTUDO DA PARTICIPAÇÃO DE AUTACÓIDES(HISTAMINA E SEROTONINA) NA INCAPACI-TAÇÃO ARTICULAR (IA) E INFLUXO CELULAR(IC) NA ARTRITE INDUZIDA POR ZYMOSAN(AZy) EM RATOS. 1Rocha, JCS, 2Siebra, MX, 1Bri-to, GAC, 1Ribeiro, RA, 2Rocha, FAC. Deptos de Fisi-ologia e Farmacologia1, Med. Clínica2 � UFC-CE

Objetivo: estudar a participação das aminas bio-gênicas (histamina e serotonina) na IA e IC daAZy em ratos. Métodos: ratos Wistar receberaminjeção de Zy 1mg intra-articular no joelho direi-to. A IA foi medida na 3ª e 4ª h da AZy. O IC foiavaliado no lavado articular colhido na 6ª h apósindução da AZy. Grupos foram tratados com:Metisergida (MTSG - antagonista dos receptoresda serotonina) 1 h antes da AZy ou 2 h após aindução da AZy, na dose de 0.5 mg kg-1 i.p.;Mepiramina (MPRM - antagonista dos recepto-res H1 da histamina) 1 h antes da AZy na dose de6 mg g-1 i.p.); Cimetidina (CMTD - antagonistados receptores H2 da histamina) 1 h antes da in-dução da AZy na dose de 50 mg kg-1 v.o.; com-posto 48/80 (C48/80 - depletor de mastócitos)na dose de 0.6 mg kg-1 i.p. a cada 12 h durante 3d seguida de mais 1.2 mg kg-1 i.p. a cada 12 h no4o. dia. Controles (CT) receberam salina. Resulta-dos: a administração prévia de CMTD ou MPRMnão reduziu a IA ou o IC na AZy. MTSG reduziu aIA em 37.1% e 40.9%, para o tratamento prévioou após a indução da AZy, respectivamente(p<0.05). O IC foi reduzido para 1.6±0.5 x 103/mm3 apenas no grupo tratado após indução daAZy (p <0.05). O composto 48/80 reduziu a IAem 43.8% em relação ao grupo não-tratado (NT).Conclusão: serotonina participa da IA e IC da AZy.Apoio: Capes, CNPq.

04.143COMPARAÇÃO DA HIPERALGESIA INDUZIDAPELO SOBRENADANTE (SOB) DA CULTURA DECÉLULAS MONONUCLEARES EM RATOS AR-TRÍTICOS E RATOS NORMAIS. Romualdo VA,Pereira LSM, Yokoro CM, Reis WGP, Francischi JN-Depto Farmacologia-ICB-UFMG, Belo Horizonte-MG

INTRODUÇÃO: Foi mostrado que o SOB de cul-tura de células mononucleares de ratos incuba-das com carragenina (Cg) induzem hiperalgesia

e edema na pata de ratos. Nesse trabalho, verifi-camos se a hiperalgesia de células mononuclea-res de ratos artríticos (A) é semilar àquela de leu-cócitos de ratos normais (C), sob as mesmas con-dições.MÉTODOS: Ratas Holtzman com peso de 140-180 gramas foram utilizadas. Artrite foi induzidano dia zero pela injeção subcutânea de 0.2 ml deemulsão óleo-água contendo 400 µg de M. bu-tyricum, nos controles foi injetado igual volumeda emulsão, sem o Mycobacterium. No 14º diade indução da artrite o sangue dos animais foicoletado por punção cardíaca. Leucócitos mono-nucleares foram purificados por gradiente de cen-trifugação (Histopaque1083), contados e incu-bados em placas de cultura com 250 µg de Cg/poço por 2 horas a 37o C, em estufa sob CO2. OSOB das culturas-teste e controle (sem Cg) foramcoletados e congelados (-15oC) até o momentodas injeções intraplantares (0.1 ml/pata). O de-senvolvimento de hiperalgesia, nas próximas 24h, foi medido pelo método de Randall-Selitto.RESULTADOS E DISCUSSÃO: A hiperalgesia indu-zida pelo SOB de animais artríticos foi significati-vamente maior do que a induzida pelo SOB deanimais controle, da 1a à 3a h de observação (3ahA=-80,7±3,6; C=66,9±3,8 p=0,01, test t deStudent) . É possível que a resposta hiperalgésicaaumentada dos ratos artríticos esteja relaciona-da com uma maior atividade dos linfócitos ou aonúmero aumentado de neutrófilos nas culturas.APOIO: FAPEMIG, CNPq e CAPES

04.144EFEITO DE UM POLISSACARÍDEO DE ALTOPESO MOLECULAR NA ARTRITE PORZYMOSAN(AZy). 1Castro,RR; 2Siebra, MX; 3Cu-nha, PRL; 3Feitosa, JPA; 2Rocha, FAC; Dep. Fisio-logia e Farmacologia1, Med.Clínica2, e Depto.Química Orgâncica e Inorgânica3 (UFC).

Introdução: O uso de polissacarídeos de alto pesomolecular (viscossuplementação) tem sido usa-do como tratamento em osteoartrose. Emborapromovam analgesia prolongada, os mecanismosdesse efeito não estão esclarecidos. Recentemen-te, caracterizamos um composto polissacarídeo(PGG) com características semelhantes ao hila-no, o agente mais usado em viscossuplementa-ção atualmente, a partir da goma guar , umasubstância usada na indústria alimentícia. Nopresente trabalho, investigamos o efeito do PGGna hiperalgesia da AZy. Métodos: Ratos Wistarreceberam Zy-1mg intra-articular (i.a.) sendosacrificados 6h ou 14d após. A hiperalgesia foiavaliada pelo teste de incapacitação articular (TSPem s/1min), entre 3 e 4h de AZy e o influxo celu-lar (IC céls/mm3) no lavado articular. Grupos deanimais receberam PGG 30min antes de Zy e ocontrole recebeu apenas PGG. Um grupo (NT)recebeu apenas Zy e um grupo naive recebeuapenas salina i.a. Resultados: A administração doPGG inibiu significantemente (p<0,05) a hipe-ralgesia (12,8±1,9), quando comparado ao NT(40,2±7,9). O IC não foi alterado pelo PGG, emrelação ao grupo NT. A administração apenas dePGG não desenvolveu hiperalgesia nem promo-veu IC, quando comparado ao naive. Discussão:A administração de PGG promove analgesia naAZy, independente de alterar o IC. O desenvolvi-mento do PGG pode levar à produção de ummedicamento para viscossuplementação, combaixo custo. Apoio: FUNCAP, CNPq..

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

04.145BISFOSFONATOS INIBEM MIGRAÇÃO CELU-LAR E PRODUZEM ANTINOCICEPÇÃO NÃOREVERSÍVEL POR NALOXONA NA ARTRITEINDUZIDA POR ZYMOSAN (AZy). 2Carvalho,AP, 2Souza, LT, 2Siebra, MX, 1Ribeiro, RA, 3Cu-nha, FQ 2Rocha, FAC, Dep. Fisiologia e Farmaco-logia1, Medicina Clínica2 (UFC), Dep. Farmaco-logia-FMRP, USP-SP.

Objetivo: Em estudo anterior, demonstramos querisedronato (RS), um bisfosfonato (BF) usado notratamento da osteoporose, inibiu a hiperalgesiana AZy. Embora pareça que BF tenham ação an-tiinflamatória por inibição de macrófagos, nãoestá claro o seu mecanismo de analgesia. Nesteestudo, investigamos o efeito de alendronato (AL),um outro BF, na hiperalgesia da AZy e a possívelmediação de opióides nesse mecanismo. Méto-dos e Resultados: Ratos Wistar receberam inje-ção de zymosan (Zy-1mg) intra-articular (ia) nojoelho direito e mediu-se a incapacitação articu-lar (IA) na 3a e 4a hora da AZy. Após 6h, ava-liou-se no lavado articular o influxo celular (IC-céls/mm3). Grupos foram tratados com RS 100ug/kg sc e AL 50, 100 e 500 ug/kg i.p. 1h antes daindução da AZy. Um grupo recebeu antagonistaopióide - Naloxona 2mg/kg (NAL) i.p. -meia-horaantes do pré-tratamento com RS 100ug/kg (gru-po RS+NAL). Controles (CT) receberam salina.Resultados: AL 50, 100 ou 500 ug/kg reduziu aIA em 47%, 32.5% e 41.8%, respectivamente(p<0,05). Al 50ug/kg reduziu o IC para 1.5 +0.2 x103/mm3 em relação ao CT (p<0,05). RS100ug/kg reduziu (p<0,05) a IA em 49,8%, e oIC para 1.2+ 0.2 x103/mm3, em relação ao CT(3.7+0.3 x103/mm3). A co-administração deNAL + RS não reverteu o efeito do RS sobre a IAou o IC de forma significante em relação aoCT(p>0,05). Conclusões: RS e AL têm efeito anal-gésico na hiperalgesia da AZy. RS e AL inibemmigração celular na AZy. O efeito antinocicepti-vo dos BF na AZy não parece ser mediado porliberação de opióides endógenos. Apoio finan-ceiro: UFC, FUNCAP, CNPq.

04.146ESTUDO COMPARATIVO DA MORFOLOGIA EHISTOPATOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTALEXPERIMENTAL (DPE) ENTRE RATOS NOR-MAIS E DIABÉTICOS. Menezes,AMA1;Chaves,HV1; Lima,DE1; Teixeira,PAL1; Ribeiro,RA1;Brito,GAC2 - Deptos.Fisiologia eFarmacologia1,Morfologia2-UFC

Introdução:A periodontite,principal causa da per-da de dentes em adultos,é uma doença na qualocorre inflamação das estruturas de suporte dosdentes e reabsorção óssea e está relacionada coma virulência dos microrganismos e a resistênciado hospedeiro. Em pacientes diabéticos,observa-se maior severidade da doença periodontal(DP)devido à resistência diminuída à infecção e capa-cidade reparativa menor destes. Este trabalho visaestudar a evolução da DP em ratos diabéticos.Métodos:O diabetes foi induzido através da inje-ção IP de estreptozotocina (75mg/kg) 24 horas

antes da indução da DPE. A DPE foi induzidapassando-se um fio de náilon 3.0 em torno dosegundo molar superior esquerdo de ratos Wis-tar fêmeas (180 � 200g),permanecendo durante11 dias. Os parâmetros avaliados foram: índicede perda óssea (IPO) alveolar,análisehistopatológica,curva glicêmica,variação de mas-sa corpórea e leucogramas realizados nos perío-dos 0h, 24h, 30h, 2, 8 e 12 dias.Resultados:Observou-se que em relação ao IPOnão houve diferença estatística. Na análise histo-patológica, constatou-se aumento do infiltradoinflamatório no processo alveolar nos ratos dia-béticos. Foi observado hiperglicemia nos animaisdiabéticos a partir de 24 horas após a induçãoda diabetes, mantendo-se constante durante os11 dias. Nos ratos diabéticos,houve maior varia-ção de massa corpórea. No leucograma, houveredução de forma significante do número de leu-cócitos na 30ª hora.Discussão:Esses resultados comprovam maiordesordem periodontal em ratos diabéticos.Apoio financeiro:(CNPq)

04.147POTENCIALIZAÇÃO DAS CONTORÇÕES ABDO-MINAIS EM CAMUNDONGOS PRÉ-TRATADOSCOM ESTREPTOZOTOCINA (STZ): PROCESSOINDEPENDENTE DA HIPERGLICEMIA. Faidiga,G.B., Cunha, J.M., Cunha, F.Q. & Ferreira, S.H.Depto de Farmacologia, Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto/USP.

Introdução: Um dos agentes químicos mais utili-zados experimentalmente para indução de dia-betes é a STZ, cuja hiperalgesia está associada aodesenvolvimento de hiperglicemia. Entretanto,estudos realizados em nosso laboratório indicamque a STZ administrada i.v. ou intraplantar induzhiperalgesia mecânica em patas de ratos inde-pendente da hiperglicemia, além de potenciar ahiperalgesia induzida por PGE2. O objetivo desseestudo foi avaliar as contorções abdominais emcamundongos tratados com STZ. Métodos e Re-sultados: Observamos que a injeção i.p. de ácidoacético (AA, 0.8%) em camundongos (Swiss, 25a 30 g) pré-tratados 19 dias antes com STZ (100,150 ou 200 mg/kg, i.p.) não induziu um númeroestatisticamente diferente de contorções abdo-minais quando comparado ao grupo controle.Somente as maiores doses induziram hiperglice-mia, a qual foi observada desde a primeira se-mana após o tratamento. A administração i.p.de STZ (30-100 mcg/cav) não induziu per si odesenvolvimento de contorções abdominais, nemalterações na glicemia sérica. Porém, em animaispré-tratados, 24 h antes, com STZ (30, 100 ou300 mcg, i.p ou s.c.) a injeção i.p. de AA (0.4%)ou zimosan (500 mcg/cav) induziu um númerosignificativamente maior de contorções abdomi-nais quando comparado aos animais controle,média de 82 e 73%, respectivamente. Conclu-sões: Esses dados confirmam que a STZ induz persi sensibilização dos neurônios primários ou se-cundários, processo independente do desenvol-vimento de hiperglicemia. Os mediadores envol-vidos nessa sensibilização estão sendo investiga-dos. Apoio Financeiro: FAPESP e PRONEX.

04.148A HIPERALGESIA MECÂNICA AGUDA INDU-ZIDA POR ESTREPTOZOTOCINA (STZ) INDE-PENDE DA PARTICIPAÇÃO DE CITOCINAS.Cunha. J.M., Schivo, I.R.S., Rosa, S.R., Cunha, F.Q.,Ferreira, S.H. Depto de Farmacologia, Faculdadede Medicina de Ribeirão Preto/USP.

Introdução: A neuropatia é uma das complica-ções mais relevantes do paciente diabético. Umdos agentes químicos mais utilizados experimen-talmente para indução de diabetes é a STZ, cujasalterações na sensibilidade à dor estão associa-das ao desenvolvimento de hiperglicemia. Noentanto, estudos realizados em nosso laborató-rio indicam que a STZ administrada i.v. ou intra-plantar (i.pl.) induz hiperalgesia mecânica ratosindependente da hiperglicemia. O objetivo des-se estudo foi avaliar a participação de citocinas(TNF alfa, IL-1 beta, IL-6 e CINC-1) na hiperalge-sia induzida por injeção i.pl. de STZ. Métodos eResultados: Observamos que a administração i.pl.de STZ (30-300 mcg) induz hiperalgesia mecâni-ca, avaliada pelo método de pressão em patasde ratos (Wistar, 180-200 g), desde a primeirahora após sua administração até pelo menos 8h,retornando aos valores controles 24 h depois. Opré-tratamento, 1 h antes, com inibidores da sín-tese de citocinas (dexametasona, 2 mg/kg, s.c.,pentoxifilina, 100 mg/kg, s.c. ou talidomida, 45mg/kg, i.p.) não alterou significativamente a hi-peralgesia induzida por STZ (100 mcg/pata). Ainjeção i.pl. de STZ (100 mcg) não induziu signi-ficativa produção de TNF alfa, IL-1 beta, IL-6 ouCINC-1 (quantificada por ELISA em amostras depele da pata de ratos) quando avaliada 1, 3, 5ou 24 h após sua administração e comparada aogrupo tratado com salina (100 mcl/pata). Con-clusões: Nossos dados permitem concluir que ahiperalgesia mecânica aguda induzida por inje-ção i.pl. de STZ independe da participação decitocinas como TNF alfa, IL-1 beta, IL-6 ou CINC-1. Apoio Financeiro: FAPESP e PRONEX.

04.149AVALIAÇÃO DA RESPOSTA FEBRIL EM RATOSDIABÉTICOS. 1Cardoso, O.O.; 1Melo, M.C.C.,2Uemura, S.A.; 3Lindsey, C.J.; Souza, 1G.E.P. 1Lab.Farmacologia e 2Depto. Anál. Clín. Bromat. e To-xicol., FCFRP-USP, Ribeirão Preto; 3Depto. Biofísi-ca, EPM-UNIFESP, São Paulo.

Objetivos: A febre é uma resposta multimediadadependente da integridade dos sistemas neurale cardiovascular. A streptozotocina (SZT) promo-ve diabete semelhante à do tipo I pela destrui-ção das células B pancreáticas produtoras de in-sulina bem como, neuropatias periféricas e insu-ficiência vascular. Neste estudo avaliamos o per-fil da resposta febril em ratos diabéticos pelo tra-tamento com SZT.Métodos e resultados: Ratos Wistar, machos(≅200g) foram tratados com SZT (60mg/kg, ip) 8dias antes do experimento. A glicemia foi avalia-da pelo método cinético da hexoquinase ao finaldo experimento. Níveis glicêmicos plasmáticosmaior que 250mg/dl indicavam a condição dia-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

bética. A temperatura corporal (Tc) foi monito-rada por radiotelemetria durante 6 h após a inje-ção iv (5µg/kg) ou ip (50µg/kg) de LPS. A febreem animais diabéticos declinou abruptamente 3,5h após a injeção ip de LPS (∆Tc=-0,2±0,2°C) emrelação aos controles (∆Tc=0,6±0,2°C). Entretan-to, comparados aos animais controles, esta res-posta não foi alterada quando o LPS foi injetadoiv de em animais diabéticos (∆Tc=0,9±0,3°C vs∆Tc=0,8±0,2°C).Conclusão: A ausência de febre na 2a.fase da fe-bre induzida pela injeção intraperitoneal de LPSsugere uma neuropatia vagal causada pelo esta-do diabético induzido pela SZT pois, a febre in-duzida por este estimulo injetado por esta via éaltamente dependente da integridade do nervovago1. 1Braz. J. of Med.Biol.Res. 2001 Mar;34(3):301-14Apoio: FAPESP, CNPq

04.150A RESPOSTA INFLAMATÓRIA ESTÁ DIMINUÍ-DA EM RATOS COM MODELO DE RESISTÊN-CIA À INSULINA (OBESIDADE)Toledo, D.P.; *Cuman, R.K.; *Bersani-Amado,C.A.;Passaglia, R.C.T.; Nigro, D.; Carvalho, M.H.C.;Fortes, Z.B. Depto de Farmacologia�Universida-de de São Paulo; *Depto Farmacologia-Universi-dade Estadual de Maringá

A resposta inflamatória está diminuída no diabe-tes experimental do tipo 2 (resistência à insulina)(Cuman et al.. Inflamm. Res., 50:01, 2001). Paraverificar se há alteração na resposta inflamatóriade ratos com resistência à insulina (modelo MSG-obeso) ratos machos Wistar neonatos receberaminjeções s.c. de glutamato monossódico 4g/Kg ouágua destilada nos primeiros 5 dias de vida. Após3 meses foram realizados teste de tolerância àglicose (IVGTT), pleurisia (injeção intrapleural decarragenina) e contagem de leucócitos no san-gue e no exsudato pleural. Os níveis de glicosebasal foram semelhantes em ratos obesos-MSG(149.7 ± 5.1) e controles (146.8 ± 4.2), porém,ratos obesos-MSG desenvolveram intolerância àglicose e/ou resistência à insulina. O número deleucócitos circulantes e a capacidade migratóriadestas células após carragenina estão reduzidosnos animais obesos-MSG (tabela). Tabela . Número de leucócitos no exsudato após4h da injeção intrapleural de carragenina.

Grupo Leucócitos Totais MN PMN (cells/mm3) (cells x 106) CONTROLE 80028 ± 3892 16 ± 1.5 64 ± 3.3 MSG 51361 ± 3464* 9 ± 0.5* 42 ± 3.3* *p<0.05 em comparação aos controles. MN�leucócitos mononucleares PMN�leucócitos polimorfonucleares

Em conclusão, a redução da migração de leucó-citos PMN para o foco inflamatório em animaisobesos-MSG pode ser devida ao número reduzi-do de leucócitos circulantes nestes animais. ApoioFinanceiro FAPESP, PRONEX

04.151INTERFERÊNCIA DA DIABETES INDUZIDAPOR ALOXANA SOBRE A INFECÇÃO CAUSA-DA POR A. costaricensis EM RATOS. CarvalhoV.F., Barreto E.O., Serra M.F., Silva J.P., Lenzi H.(1),Martins M.A. e Silva P.M.R. Labs. de Inflamaçãoe (1)Patologia. IOC/FIOCRUZ, RJ-Brasil.

INTRODUÇÃO: Pacientes diabéticos mostram-semais suscetíveis a infecções microbianas, virais efúngicas, por um mecanismo associado à defici-ência em produzir uma resposta inflamatória ple-na. Neste estudo, investigamos o efeito do esta-do diabético sobre a eosinofilia e desgranulaçãomastocitária na infecção helmíntica por A. costa-ricensis. MÉTODOS E RESULTADOS: Ratos Wistarforam tornados diabéticos após injeção i.v. dealoxana, sendo 7 dias após infectados por via oralcom 300 larvas de estágio 3 (L3) do A. costari-censis. As análises da população leucocitária to-tal e diferencial nos compartimentos sangue,medula óssea e cavidade peritoneal foram reali-zadas 25 dias após a infecção. Mastócitos foramcontados separadamente através do corante azulde toluidina. Verificamos que a resposta de leu-cocitose sangüínea, medular e peritoneal em ra-tos apenas infectados mostrou-se inibida nos ani-mais previamente tornados diabéticos, com des-taque para a marcada supressão da resposta eo-sinofílica em todos os sítios analisados. O proces-so de desgranulação mastocitária peritoneal foiigualmente suprimido nos animais infectados di-abéticos. CONCLUSÃO: Nossos dados mostramque a eosinofilia tecidual e sangüínea bem comoa desgranulação mastocitária vinculadas à infec-ção por A. costaricensis encontram-se inibidas emanimais diabéticos, fenômeno este provavelmenteresultante dos níveis aumentados de hormôniosglucocorticóides endógenos detectado em ani-mais diabéticos. Apoio financeiro CNPq, CAPES,FAPERJ, PAPES/FIOCRUZ.

04.152INDUÇÃO DE DIABETES POR ALOXANA RE-DUZ O NÚMERO DE MASTÓCITOS MESENTÉ-RICOS EM RATOS WISTAR. Carvalho, L.R.B.,Reigada, C.L.L., Barreto, E.O., Martins, M.A. Sil-va, P.M.R. Laboratório de Inflamação.IOC/FIO-CRUZ, RJ-Brasil.

INTRODUÇÃO: Anteriormente demonstramosque ratos aloxinados apresentam diminuição nonúmero de mastócitos livres presentes em cavi-dades celomáticas, tanto pleural como peritone-al. Este trabalho teve por objetivo desenvolverum modelo experimental que nos permitisse ava-liar potenciais modificações na população demastócitos teciduais na condição diabética. MÉ-TODOS E RESULTADOS: Ratos Wistar foram inje-tados com aloxana i.v. e usados 21 dias após. Otecido mesentérico, associado a vários segmen-tos das alças intestinais, foi obtido após fixaçãocom paraformaldeído e montado em lâminassubmetidas à coloração com Giemsa. Em parale-

lo, utilizamos marcação conjunta com azul dealcian e safranina para identificação fenotípicade mastócitos em mucosos ou conjuntivos, res-pectivamente. Mediante coloração com Giemsa,inicialmente constatamos a presença de umapopulação mastocitária abundante, localizadaprincipalmente na região adjacente a vasos san-güíneos no tecido mesentério de animais normais,enquanto no caso de animais diabéticos verifica-mos uma significativa redução no número demastócitos. Resultado similar foi obtido quandoutilizamos a coloração com azul de alcian e sa-franina, ficando claramente evidenciado o com-pleto predomínio de mastócitos do tipo conjun-tivo na região mesentérica. CONCLUSÃO: Nossosdados mostram ser a região mesentérica um ex-celente sítio para estudos referentes à populaçãode mastócitos teciduais e, indicam que o estadodiabético determina igualmente um comprome-timento da população mastocitária tecidual. Su-porte financeiro:CNPq, PAPES/FIOCRUZ e FAPERJ.

04.153INFLUÊNCIA DA DIABETES MELLITUS TIPO 2SOBRE A RESPOSTA ALÉRGICA PLEURAL EMRATOS. aCavalher Machado, S.C.; bCarvalho, V.F.; bBarreto, E. O.; cCuman, R.K.N.; bSerra, M.F.,bAzevedo V., ªMartins M.A., bSilva P.M.R., & aSan-nomiya P. aINCOR, LIM11- HC, FMUSP, São Pau-lo; bDFF,IOC/Fiocruz, Rio de Janeiro; c Depto deFarmacologia, UEM, Paraná, Brasil.

Introdução: Anteriormente foi reportado queanimais diabéticos (do tipo 1) apresentam-se re-fratários à estimulação antigênica tanto em viasaéreas quanto na cavidade pleural. Neste estudoinvestigamos a potencial interferência do estadodiabético do tipo 2 sobre a resposta alérgica pleu-ral em ratos. Métodos e Resultados: Diabetes foiinduzida em ratos Wistar machos mediante inje-ção de estreptozotocina (160 mg/kg, i.p.) emneonatos de 2 dias. A sensibilização foi realizadaatravés da injeção s.c. de ovoalbumina (50 µg) eAl (OH)3, s.c., 35 após a indução da diabetes. 14dias depois, os animais foram desafiados com OVA(12µg/sítio) intrapleural. Verificamos que ratossensibilizados apresentaram, 4 h após o desafio,nítida resposta exsudatória e diminuição no nú-mero de mastócitos íntegros, em paralelo a uminfiltrado leucocitário, com predomínio de neu-trófilos. Animais diabéticos mostraram-se refra-tários à estimulação antigênica como atestadopelo menor influxo leucocitário neutrofílico emparalelo à menor desgranulação mastocitária.Resposta exsudativa pleural nos ratos diabéticosapresentou uma discreta redução quando com-parada àquela de ratos não diabéticos. Conclu-são: Nossos achados claramente demonstram queo estabelecimento prévio do quadro diabético dotipo 2 determina um estado de refratariedade àestimulação antigênica pleural verificada em ra-tos sensibilizados. Apoio financeiro: FAPESP,CNPQ, PAPES/FIOCRUZ.

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

04.154CHANGES IN THE EXPRESSION OF EXTRACEL-LULAR MATRIX (ECM) PROTEINS IN THETHYMUS AND LUNG OF ALLOXAN DIABETICRATS. Barreto, E.O., 2Reiderer, I., Carvalho, V.F.,Cordeiro, R.S.B., Martins, M.A., 2Savino, W. and1Silva, P.M.R. Labs of Inflammation and 2ThymusResearch. IOC/FIOCRUZ, RJ, Brazil.

Introduction: Diabetes mellitus is characterizedby anatomical and functional alterations in sev-eral body tissues. Although the ethiology of thesedisturbances is not completely understood yet,leukocyte migration is crucial in determining tis-sue lesions. Since cell migration is influenced byECM-mediated interactions, we investigated po-tential alterations in the expression of selectedECM proteins, laminin and fibronectin, in thymusand lung of diabetic rats. Methods and Results:Diabetes was induced by alloxan injection intomale Wistar rats. 21 days later, an immunohisto-logical analysis was performed in acetone-fixedtissue cryosections, from both diabetic and non-diabetic animals. The immunostained specimenswere further evaluated through an Image Analy-ser System (Image ProPlus software) and arbi-trary units (a.u.) per mm2 of tissue were defined.A strong ECM labelling was observed in the thy-mus of diabetic rats: comparing the arbitrary val-ues, we noticed an increase from 0,18 ± 0,03 to0,79 ± 0,09 a.u./mm2 and from 0,15 ± 0,02 to0,94 ± 0,03 a.u./mm2 (mean ± SEM, n=3,p<0.001) in the case of laminin and fibronectin,respectively. Although at a lesser extent, similaraugmentation was noted in the lung tissue fromthe diabetic rats. Conclusion: Our findings clearlyshow an accumulation of ECM in the thymus andlung of diabetic rats. Such alterations may be re-lated to cell migration disturbances associatedwith diabetic state. Financial support: CNPq, PA-PES/FIOCRUZ, FAPERJ, CAPES.

04.155INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS NAALVEOLITE POR IMUNOCOMPLEXOS. Horta-Vilar, M.C.*; Landgraf, R.G.*; Tavares de Lima,W.*; Jancar, S.*; Sannomiya, P.** - *Instituto deCiências Biomédicas e **INCOR, Universidade deSão Paulo.

Introdução.Estudos mostram redução da respos-ta inflamatória aguda em animais diabéticos(1,2,3,4).Estudamos o papel da insulina na alve-olite por imunocomplexos (IC). Neste modeloobserva-se formação de IC no parênquima pul-monar, recrutamento de polimorfonucleares neu-trófilos e subsequente lesão hemorrágica(5,6).OTNFa e a IL-1b favorecem o acúmulo de neutró-filos no tecido pulmonar (7,8). Métodos. A alve-olite foi induzida em ratos Wistar machos, diabé-ticos (D, aloxana, 42 mg/Kg, i.v.,10dias) econtroles(C), pela instilação das vias aéreas comanticorpos antiovalbumina (250 - 500 mcg) eovalbumina i.v. (10 mg). Medimos ahemoglobina(Hb) extravasada, e a celularidadee concentrações de TNFa e IL-1b (ELISA) no lava-do broncoalveolar (LBA). Alguns diabéticos rece-beram insulina (DI) NPH (4UI,s.c.) logo antes daindução. Resultados. Nos diabéticos houve redu-ção de Hb (C= 0,83 ± 0,09; D= 0,24±0,04mg Hb/mg tecido) e da contagem de

neutrófilos(C=2,9±0 milhões; D=0,5±0 mi-lhão) e níveis de TNFa (C=324,6± 32; D=192,6± 35,4 pg/ml) e IL-1b (C=357,2± 16,2;D=232,2± 22,7 pg/ml) no LBA. A insulina cor-rigiu as alterações (DI= 0,83±0,15 mg Hb/ mgtecido, 5,5±1,3 milhões de neutrófilos,289,3±19 pg TNFa/ml e 327,9±47,9 pgIL-1b/ml),mas não a hiperglicemia. Discussão. Nestemodelo o diabetes reduziu a resposta inflamató-ria. A insulina corrigiu a resposta, atuando comohormônio pró-inflamatório.Bibliografia. 1)Garcia-Leme,J. EurJ. Pharma-col.;29: 298, 1974. 2) Zuleica, B.F. Br. J. Pharma-col.; 83:635, 1984. 3)Pereira,M.A.A. Diabetes;36:307, 1987. 4) Vianna, E.O. Am. J. Respir. Crit.Care Med.; 151:809, 1995 5)Johnson, K.S. Clin.Invest.; 54 :349.1974 6)Tavares de Lima,W.Eur.J.Pharmacol.;213:63.1992. 7)Warren,J.S.J.Clin.Invest.;84:1873.1989. 8)Warren,J.S.Am.J.Pathol.; 141: 551. 1992. Apoio CAPES.

04.156ESTUDO DA INFLAMAÇÃO PULMONAR AGU-DA INDUZIDA POR LIPOPOLISSACARÍDEO DEE. COLI NO DIABETES MELLITUS EXPERIMEN-TAL. 1Alba, T.C.; 2Curi, R. & 3Sannomiya, P.1Depto Farmacologia, 2Depto Fisiologia, Institu-to de Ciências Biomédicas, 3Divisão de Experi-mentação, INCOR, LIM-11, HC-Faculdade deMedicina, Universidade de São Paulo, São Paulo,SP

Introdução. Dados obtidos em modelo de infla-mação pulmonar aguda induzida por LPS, indi-cam que a produção de íons superóxido e TNF-alfa por leucócitos do lavado broncoalveolar en-contram-se reduzidos em ratos tornados diabéti-cos por injeção de aloxana; situação que é rever-tida com dose única de insulina (Boichot etal.,1999). Mediadores liberados ou ativados emresposta ao LPS, incluindo os metabólitos do áci-do araquidônico, fator de ativação plaquetária einúmeras citocinas, são os elementos responsá-veis pela ativação e recrutamento dos leucócitospara as vias aéreas na vigência da inflamaçãopulmonar aguda (Wagner & Roth, 1999). O ob-jetivo é avaliar a influência do diabetes mellitussobre a inflamação pulmonar aguda induzida porLPS de E. coli. Métodos. Ratos Wistar, machos,diabéticos (D, aloxana 42 mg/Kg, i.v., 30 dias) econtroles (C) foram submetidos à instilação in-tra-traqueal de solução de LPS (750 microgr) ousalina e, 6 horas após, avaliaram-se: a) o númerode células no lavado broncoalveolar (LBA); b) operfil lipídico no plasma e neutrófilos (HPLC) ec) a concentração de LTB4 e PGE2 no LBA (ELI-SA). Resultados. Animais D apresentaram redu-ção de 74% do número de neutrófilos e 60% daconcentração de PGE2 no LBA e, redução do con-teúdo de ácido araquidônico (AA) no plasma(40%). O conteúdo de AA nos neutrófilos e aconcentração de LTB4 não se alteraram. A mi-gração celular e a concentração de PGE2 norma-lizaram-se após o tratamento dos animais D cominsulina (NPH, 4 UI). Discussão. Sugere-se que ainsulina deva regular o infiltrado neutrofílico e aconcentração de PGE2 na vigência da inflama-ção pulmonar aguda induzida por bactérias gram-negativas.Citações bibliográficas. Boichot, E. Pulm. Phar-macol. Therap., 12: 285, 1999.,Wagner, J.G.J.Leukoc. Biol., 66: 10, 1999.Apoio financeiro: FAPESP

04.157INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PULMONAR EMRATOS EXPOSTOS À INALAÇÃO COM FORMAL-DEÍDO Santos1, A.L. Gruber2, J. Oliveira-Filho1,R.M., Tavares de Lima1, W. 1Depto de Farmaco-logia, ICB, 2 Depto de Química orgânica funda-mental/USP, São Paulo.

Objetivos: A crise asmática é exacerbada duran-te o período de exposição a sensibilizadores. En-tre eles o formaldeido (FA) ocupa lugar de desta-que, visto que além de ser indutor de asma ocu-pacional, é exalado em ambiente doméstico.Neste estudo avaliamos o curso da inflamaçãoalérgica pulmonar em ratos expostos à inalaçãoprévia de FA.Métodos e resultados: Ratos (Wistar, 160-180g)foram sensibilizados ou não (10 mg de ovalbu-mina/10 mg de alúmen, ip) após terem inaladopor 4 dias durante 90 min FA (1%). Após 14 diasda sensibilização, os ratos foram broncoprovoca-dos (via inalatória, OA 1% 15 min). Decorridas24 h os animais foram sacrificados e LBA realiza-do (20 ml, PBS). O botão celular obtido da cen-trifugação do LBA foi corado (Rosenfeld) e ascélulas contadas. Os resultados obtidos estão re-presentados na tabela abaixo.

Grupos Células no LBA Total (x105) Mono(%) PMN(%) Basal 6,10±1,0 93,2 6,75 FA 17,1±2,0* 72,2 27,8 OA 20,9±2.86* 68,2 31,6 FA+OA 7,39±0.97** 89,4 10,60

* p<0.05 X Basal; ** p<0,05 X FA e OA.

Conclusão: É possível que mecanismos comunsao formaldeído e à exposição ao antigeno (ativa-ção de mastócitos) sejam acionados.Apoio Financeiro: FAPESP: 99/06210-2, FAPESP:01/11417-2, CNPq,

04.158EFEITOS DA OVARIECTOMIA (OVx) EM CA-MUNDONGAS SOBRE A INFLAMAÇÃO ALÉR-GICA PULMONAR (IAP). Ligeiro de Oliveira1,A.P., Santos1, A.L.; Fialho de Araújo1, A.M.; Bra-vo Vasques2, Y.; Spina2, D.; Tavares de Lima1, W.Depto de Farmacologia, ICB/USP, São Paulo, Bra-sil; King College London, Londres, Inglaterra.

Introdução: A asma é caracterizada por hiperre-atividade brônquica e inflamação pulmonar. Oshormônios sexuais femininos modulam esta pa-tologia. No presente estudo avaliamos o efeitoda OVx sobre a IAP.Métodos: Fêmeas (BALB/c, 15-20 g) foram sensi-bilizadas (10 µg OA/1mg alúmen, ip) após 7 diasde OVx. Como controle utilizamos fêmeas falso-operadas (Sham). Após 14 dias os animais foramdesafiados (OA, 1%), por 3 dias consecutivos (3x/dia). Decorridas 24 h os animais foram sacrifi-cados e as células da medula óssea, do sangue edo pulmão foram quantificadas. A reatividade datraquéia foi avaliada frente à metacolina (Mch)em cubas para órgão isolado contendo tampãoKrebs-Hanseleit (37°C, 95%O2 /5%CO2), atravésde registro isométrico.Resultados:

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

Basal Sham-7 dias Ovx-7dias Medula óssea

(Céls x 105/ml) 64.25 ± 6.2 37.66 ± 4.0 59.7 ± 2.8 *

Leucócitos

circulantes /(mm3) 5.516 ± 638 5.200 ± 147 5.112 ± 591

LBA

(Céls x 104/ml) 9.0 ± 1.0 41.70 ± 7.3 17.3 ± 4.6 *

Mch (Resposta máxima) (g/100 mg de peso úmido)

27.3 ± 2.3 31.6 ± 3.3 45.4 ± 6.5 *

* p < 0.05 em relação ao grupo sham.

Conclusões: 1) A OVx parece modular o recruta-mento celular para o pulmão após o desafio an-tigênico. 2) A OVx exacerba a atividade funcio-nal da medula óssea e reduz a capacidade detransmigração celular. 3) A hiperreatividade datraquéia está dissociada da inflamação pulmo-nar, sugerindo um efeito modulador dos hormô-nios sexuais femininos.Apoio financeiro: FAPESP (99/06210-8) e CNPq.

04.159EFEITOS DA OVARIECTOMIA (OVx) SOBRE OESTADO FUNCIONAL DE FAGÓCITOS EM MO-DELO DE INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PULMO-NAR (IAP). Ligeiro de Oliveira, A.P., Domingos,H.V.; Oliveira-Filho, R.M.; Tavares de Lima, W.Depto de Farmacologia., ICB/USP, S.P.-Brasil.

Introdução: O efeito da OVx sobre a IAP é dual,exacerbando (OVx-1) ou inibindo (OVx-7) a mo-bilização celular (Ligeiro de Oliveira et al., FeSBE1998, 347, 14.115). Neste estudo avaliamos aparticipação dos hormônios sexuais na modula-ção da atividade funcional dos leucócitos em ra-tas OVx..Métodos: Fêmeas (Wistar) foram sensibilizadas(OA/alúmen) após 1 ou 7 dias de Ovx ou mani-pulação (Sham). Após 14 dias foram desafiadas(OA, 1%), decorridas 24 h sacrificadas e o lava-do broncoalveolar (LBA) realizado. As células fo-ram incubadas, estimuladas ou não com LPS (200µg/ml) e o sobrenadante da cultura recolhido 24h após para quantificação de NO2/NO3. Paralela-mente, culturas de células do LBA estimuladasou não (1h) com PMA (20 ng/poço) foram utili-zadas para quantificar a liberação de H2O2.Resultados:

Basal Sham-1 OVx-1 Sham-7 Ovx-7

NO2/NO3 (µM/ml)

5,5 ± 1.8 10.3 ± 0.6 13.9 ± 1.3 11.2 ± 0.9 7.8 ± 0.5

NO2/NO3 c/LPS

7.5 ± 1.4 15.7 ± 2.2 23.4 ± 3.2* 16.8 ± 1.6 16.1 ± 1.7*

H2O2 (ng/2x105

céls) 2.9 ± 0.2 1.5 ± 0.07 6.8 ± 0.9** 6.1 ± 1.0 3.6 ± 0.9**

H2O2 c/PMA

6.3 ± 0.8 6.8 ± 0.8 9.2 ± 1.6 14.8 ± 2.9 6.6 ± 1.5**

Conclusões: A OVx parece modular não só a mi-gração mas também o estado funcional dos leu-cócitos. O tempo de OVx pode ter efeito dualsobre a atividade funcional das células, exacer-bando (Ovx-1 dia) ou inibindo (Ovx-7 dias) a li-beração espontânea de H2O2 e interferir com aliberação estimulada do NO.Apoio financeiro: FAPESP (98/10263-7; 01/13384-4) e CNPq.

04.160EFEITO DA ABSTINÊNCIA (ABS) À ANFETA-MINA SOBRE A INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PUL-MONAR (IAP) EM RATOS. Ligeiro de Oliveira1

AP; Lazzarini2, R; Fialho de Araújo1, AM; Tavaresde Lima1, W; Palermo-Neto2, J. Depto de Farma-col., ICB; Depto de Patol., FMVZ, USP, São Paulo,Brasil.

Introdução: A anfetamina (ANF) exerce potenteefeito na funcionalidade de fagócitos. Mostramosque sua administração prolongada (21dias) exa-cerba a IAP (Ligeiro de Oliveira et al, FESBE 2001,433, 14.160). Neste estudo avaliamos a IAP emratos com distintos dias de ABS à ANF. Paralela-mente estudos comportamentais também foramrealizados.Métodos: Ratos , tratados ou não (21 dias) comANF (1mg/kg, ip) receberam OA/alúmen (v/v, ip)no 7º dia. Animais com 1, 3 e 5 dias de ABSforam broncoprovocados (OA 1%) no 14º dia deOA/alúmen. Após 24h as células no lavado bron-coalveolar (LBA), sangue, medula e baço foramquantificadas. Após 1 e 12h da injeção de ANF edo seu tratamento prolongado (21 dias) o estu-do do campo aberto foi realizado.Resultados: As células (x105) no LBA, após trata-mento com ANF aumentaram (38,4±4,6) emrelação ao controle (28,6±1,6). A IAP não foiafetada no 1º (42,9±7,9) e 5º dia de ABS(32,0±4,0) e reduziu no 3º dia (27,8±1,3*). Ascélulas na medula (x106) reduziram no 3º(44,7±3,5*) e no 5º dia (59,8±7,3*) em relaçãoà ANF 21 dias (89,8±7,7). A exploração no cam-po aberto aumentou (p<0,05) 1h após a ANF(tratamento agudo e prolongado), mas não foiafetada 12h após os tratamentosConclusão: Sugere-se que mecanismos acionadospela ANF cronicamente, mas não os operantesagudamente, se relacionam com a exacerbaçãoda IAP. Durante a ABS (3º e 5ºdia) tais mecanis-mos deixam de operar de modo gradativo retor-nado a IAP aos padrões do grupo não tratado.Apoio Financeiro: FAPESP 98/10263-7;99-062108, CNPq

04.161PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES AT1 E EICO-SANOIDES NA HIPERREATIVIDADE BRÔNQUI-CA (HB) DE RATAS OVARIECTOMIZADAS(Ovx). Silva, Z.L.; Oliveira-Filho, R.M.; Tavares deLima, W. Depto de Farmacologia, ICB/USP, SãoPaulo.

Objetivos: Mulheres asmáticas apresentam piorada função pulmonar durante o ciclo sexual (Phar-macother. 2:224, 1997). O estrógeno reduz aatividade da ECA (Hypertension 33:323, 1997)e pode interferir com a geração de eicosanóides(eicosa). Este estudo avalia o efeito da angioten-sina e dos eicosa na HB à metacolina (Mech) emratas OVx Métodos e resultados: Ratas Wistar(160-180 g) após 7 dias de Ovx, ou falso-opera-das (FO), foram sensibilizadas [10 mg ovoalbu-mina (OA)/10 mg de alúmen, ip]. O desafio foifeito 14 dias após, inalando OA (1% 15 min).

Após 24 h os animais foram sacrificados e anéisde brônquio intrapulmonar (Bi) montados pararegistro isométrico (curvas dose-resposta) frenteà MCh em cuba para órgão isolado contendo tam-pão Krebs-Hanseleit (37ºC, 95%O2/5%CO2). Osvalores de resposta máxima (Emax) encontram-se na tabela abaixo Bi isolado de Ratas OVx Emax(g/100 mg peso) OVX 25,7 ± 1,2 Bloqueio daciclo1,Lipo2,leucotrienos peptídicos3 (mg/kg)Indo1 (4, ip, 12h) 7,4 ± 0,2* NDGA2 (30, ip, 5dias) 15,5 ± 0,9* Montelucaste3 (10,ip, 5 dias)20,5 ± 0,9* Bloqueio da ECA e antagonistas deAT1b (mg/kg po) Enalaprila (10, 21 dias) 9,9 ±1,5* Telmisartanb (15, 21 dias) 13,8 ± 3,2* Lo-sartanb (15 ,7 dias) 15,8 ± 0,4* Média ± EPMde 7 experimentos; *p<0,05 X OVx não tratado.Conclusão: É possível que os hormônios sexuaismodulem a atividade da ECA, da ciclo e da LOx,contribuindo para a exacerbação da broncocons-trição na asma pré menstrual. Apoio Financeiro:FAPESP 99/06210-8, CNPq.

04.162LIDOCAÍNA SUPRIME A FUNÇÃO DE CÉLU-LAS EPITELIAIS ALVEOLARES: INTERFERÊN-CIA SOBRE O ACÚMULO INTRACELULAR DECÁLCIO. 1Azevedo, V.V.; 1Pires, A.L.A.; Lucena, S.2Choudhury, Q.; 2Croxtall, J. D.; 1Cordeiro, R.S.B.;1Silva, P.M.R. e 1Martins, M.A. 1Depto de Fisiolo-gia e Farmacodinâmica, IOC, FIOCRUZ - RJ. 2De-partment of Biochemical Pharmacology, The Wi-lliam Harvey Research Institute, UK.

INTRODUÇÃO: Lidocaína possue reconhecidapropriedade anti-asmática, e um dos mecanis-mos propostos para tal ação é a inibição da so-brevida e função biológica de eosinófilos. Nóspostulamos que o tratamento com lidocaína po-deria inibir também a função de células epiteli-ais alveolares que podem igualmente favorecera resposta alérgica pulmonar através da libera-ção de mediadores pró-inflamatórios. MÉTODOSE RESULTADOS: Pneumócitos alveolares huma-nos do tipo II � linhagem A549 - foram cultiva-dos em insertes por 24 h para posterior análisede sua atividade metabólica após exposição a ATPem presença ou ausência de lidocaína com auxí-lio de microfisiômetro. Células A549 foram, alémdisso, carregadas com ácido aracdônico radioati-vo ou Fura2-AM para avaliar-se também o efeitode lidocaína sobre a ativação da cascata do áci-do aracdônico e o acúmulo intracelular de cálciorespectivamente. Em presença de lidocaína ob-servou-se inibição concentração-dependente dasecreção de prótons induzida por ATP (IC50=550µM), da liberação de ácido aracdônico induzidapor IL-1α e do acúmulo intracelular de cálcio in-duzido por ATP (IC50=223 µM) ou IL-1α(IC50=182 µM). CONCLUSÃO: A funcionalidadede células epiteliais alveolares humanas é signi-ficativamente inibida após tratamento com li-docaína, num mecanismo provavelmente re-lacionado ao bloqueio do acúmulo intracelu-lar de cálcio. APOIO FINANCEIRO: CNPq, FA-PERJ, CAPES

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

04.163EFEITOS DA INALAÇÃO CRÔNICA DE BROME-TO DE IPRATRÓPIO NA RESPOSTA CONTRÁ-TIL DE TRAQUÉIAS ISOLADAS DE RATOS. DeMoraes I.M.*, Bezerra, F.C., Moura, C.T.M. e Ca-paz F.R. - (LAFAR) - Depto. de Fisiologia e Farma-cologia - Faculdade de Medicina - UFC

Introdução: A diminuição de contato do media-dor excitatório com o seu receptor induz super-sensibilidade na estrutura inervada (Flemming,181,339, 1972), foram estudados os efeitos dotratamento crônico por inalação com brometode ipratrópio (BI) na contratilidade de traquéiasisoladas de ratos.Métodos: Ratos Wistar, machos, pesando entre250-300g foram submetidos a inalação de BI(1mM, 14 dias, 4/4 hs). Após o tratamento, osanimais foram sacrificados 0, 2, 8 ou 12 hs apósa última inalação as traquéias foram removidase montadas sob a forma de anéis em banhos paraórgão isolado (Krebs-Henseleit, 95%O2-5%CO2,36,5º C, Ti=1,0 gF). O experimento foi monito-rado com um transdutor isométrico acoplado aum microcomputador. Após o período de equilí-brio, (1 h) foram confeccionadas curvas concen-tração-efeito (CCE) ao carbacol (Cch).Resultados: Traquéias isoladas imediatamenteapós o fim do período de inalação apresentaramdesvio para a direita na CCE ao Cch [CE50(LC)x10-7 Cont=2,81(1,25-6,32), Iprat=42,6(26,0-69,8), n=7 p<0,01]sem alteração da respostamáxima. Traquéias isoladas 8 e 12 horas após ofim do tratamento, mostraram evidente aumen-to da Resposta máxima sem alteração ao nívelda CE50 [Rmax (SEM) Cont=2,31(0,17),Iprat8h=3,05(0,24); n=6 p<0,05].Discussão: Os resultados demonstraram aumen-to de responsividade de traquéias isoladas apóso tratamento crônico com BI e sugerem uma res-posta adaptativa ao bloqueio crônico do recep-tor muscarínico.Auxilio CNPq

04.164INFLUÊNCIA DO SUCO GÁSTRICO (SG) SOBREA REATIVIDADE DA TRAQUÉIA (T) DE RATOSSUBMETIDOS A INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PUL-MONAR. Kanikadan, P.Y.S.; Oliveira-Filho, R.M.;Sertié, J.A.A.; Tavares de Lima, W. Depto de Far-macologia, ICB/USP, São Paulo.

Introdução: O refluxo gastroesofágico é conside-rado potencial fator indutor da exacerbação dabroncoconstrição em asmáticos. Embora a acidi-ficação do esôfago altere a resposta colinérgicadas vias aéreas, o efeito do SG na reatividade daT isolada de ratos expostos à inflamação alérgicaainda não foi explorado. Neste estudo, avalia-mos a reatividade a metacolina (Mch) de T isola-das após a broncoprovocação (Bp) e incubadasintraluminalmente (Int) com SG. Métodos e re-sultados: Ratos (Wistar) foram sensibilizados[10mg ovoalbumina (OA) /10mg de alúmen, ip.O desafio foi feito 14 dias após, inalando OA (1%15min). Após 24h, os ratos foram sacrificados eos anéis de T incubados (3h) e preenchidos Intcom 0,02 ml de SG (Sertié et al, Pharm. Biol., 38,113, 2000). As T foram montadas para registroisométrico de força frente a MCh em cuba paraórgão isolado contendo tampão Krebs-Henseleit

(37ºC,95%O2/ 5%CO2). Como controle, gruposde T foram incubadas com solução salina (0.9%).Os dados obtidos (g/100mg peso tecido) indica-ram que a Emax após incubação com salina foi20,4±1,9 e no grupo basal foi 14,7±0,6*(*p<0.05). A Bp não afetou a Emax (19,4±1,3).O SG reduziu a Emax (14,3±1,5*) e após a Bppotencializou a redução da Emax (10,5±1.2*).Conclusão: A salina exacerba e o SG reduz a Emax.O SG parece exercer efeito protetor da respostacontrátil in vitro, que é exacerbado na presençada resposta alérgica in vivo. Sugere-se que cons-tituintes do SG modulem a contração direta ouindiretamente. Apoio Financeiro: FAPESP 99/06210-8, CPNq, CAPES.

04.165PRODUÇÃO DE TNF E PROSTANOIDES APÓSREAÇÃO ANAFILÁTICA (RA) EM BRÔNQUIOINTERNO ISOLADO (BI) DE RATAS OVARIEC-TOMIZADAS (OVx). Trezena, AG1, Sabino, AD2

,Silva3, ZL, Domingos3.,HV, Oliveira Filho3, RM.Oliani2, SM, Tavares de Lima3, W. 3Depto de Far-macologia, ICB/USP,1 Lab.Vacinas Anaeróbicas,I.Butantan, SP, 2I.Biologia, UNESP, Rio Preto, SP.

Introdução: TNF, PGE2 e PGD2 modulam a infla-mação na asma cuja piora é observada no ciclomenstrual. A interação, hormônios sexuais comTNF e prostanoides na inflamação alérgica é pou-co explorada. Neste estudo quantificamos osmastócitos, TNF, PGE2, PGD2 na RA em BI de ra-tas OVx.Métodos e resultados: Ratas adultas após 7 diasde OVx, ou falso-operadas (FO), receberam ovo-albumina (OA)/alúmen, ip. Após 14 dias, foramsacrificdas e os BI isolados, incubados em placasplásticas contendo RPMI-1640, soro bovino fetale mantidos em estufa de CO2. A RA foi realizada1 h após adicionando OA (100g/ml). Alíquotas(100 µl) foram retiradas (30 e 90 min, 3, 6 e24h) e dosados TNF e PGE2, PGD2 (30 e 90 min).Os mastócitos foram analisados em Bi fixados,incluídos em historresina e corados (azul de to-luidina). Os dados revelaram que 24h após osníveis de TNF (U/mL) no OVx foram 536,2±98,0(p<0.05) e os do FO 293,5±26,9. Aos 30 min aPGD2 foi 39.698,1±1.475,3 pg/ml e aos 90 min123.064,1±31.082. A PGE2 aos 30 min foi6.63±1,22 e 18,5±1,56 aos 90 min. No grupoSham, a PGD2 foi 32.764±4.415 (30min),74.388±18788 (90 min) e PGE2 4.47±0,4 pg/ml (30 min) e 14,3±0,4 (90 min). Os mastócitosdo grupo FO desgranularam 67% e os do OVx30% (p<0,05).Conclusão: Os hormônios sexuais inibem a gera-ção de TNF e PGE2 e estimulam os mastócitos asquais podem não ser a principal fonte de TNF eprostanoides neste modelo.Apoio financeiro: FAPESP (99-06210-8), CNPq

04.166EXOGENOUS SECRETORY PHOSPHOLIPASESA2 INDUCE EXPERIMENTAL ACUTE PANCRE-ATITIS AND LUNG INJURY IN RATS. 1Camar-go, E.; 1Esquisatto, L.C.M.; 3Ribela, M.T.P.; 2No-vello, J.C.; 1De Nucci, G.; 1Antunes, E.; 1LanducciE.C.T. 1Department of Pharmacology, UNICAMP;2Departament of Biochemistry, UNICAMP; 3De-partment of Application of Nuclear in Techniquesin Biological Sciences IPEN/CNEN, USP.

Introduction: Phospholipases A2 (PLA2) are im-portant mediators in the acute pancreatitis (AP)and consequent lung injury. We have investigat-ed the AP induced by exogenous PLA2 from Najanaja venom and the PLA2 homologue Piratoxin I(a toxin from B.pirajai venom). Methods: Acutepancreatitis was induced by two methods: (1) thei.v. infusion of caerulein (a cholecystocinin ana-logue, 5 µg/kg/h, 1 mL/h) or PLA2 from Naja najavenom (30 µg/kg/h, 1 mL/h) for 4 h; (2) the in-jection into the pancreatobiliary duct of sodiumtaurocholate 5%, PLA2 from Naja naja venom orPiratoxin I (100 and 300 µg/kg) in a steady man-ual pressure over a period of 60 sec. Plasma pro-tein extravasation was measured by 125I-humanserum albumin. Neutrophil infiltration was as-sessed by evaluation of the MPO activity in therat lung tissues. Results: PLA2 from Naja najavenom did not cause a pancreatic plasma extrava-sation when infused i.v., although promoted ele-vated levels of neutrophil infiltration in rat lungs.Both PLA2 from Naja naja venom and Piratoxin Iwhen injected into the pancreatobiliary duct in-duced significantly pancreatic plasma extravasa-tion when compared with saline group, but onlythe higher dose of both substances was able toevoke significant neutrophil infiltration in rat lung.Conclusions: When infused intravenously PLA2from Naja naja venom may be inactivated bypancreatic juice, but when injected into the pan-creatobiliary duct either PLA2s used are able toinduce pancreatic plasma extravasation and lungneutrophil infiltration, confirming the key role ofPLA2s in this disease. Financial support: FAPESPand CNPq

04.167PULMONARY INFLAMMATORY RESPONSESINDUCED BY INTRATRCHEAL INJECTIONOFSTAPHYLOCOCCAL ENTEROTOXINS TYPESA(SEA) AND B(SEB) IN RATS. 1 Desouza, IA,1Franco-Penteado, CF, 1 Camargo, EA, 2 Falconi,MA, 2 Lima, CSP, 3 DeNucci, G & 1 Antunes, E. 1

Department of Pharmacoloy, FCM, UNICAMP,Campinas, SP, Brazil; 2 Laboratory of Haemathol-ogy, FCM, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil & 3

Department of Pharmacology, ICB, USP, São Pau-lo, SP, Brazil.

Introduction and Goal: We have previouslyshowed that SEA and SEB induce in vivo mac-rophage-dependent neutrophil (NE) migrationthrough different mediators such as neuropep-tides, LTs, PGs, NO, histamine and PAF. The NErecruitment induced by these SEs in bronchoal-veolar lavage (BAL) of rats is accompanied byalterations in leukocyte counts in peripheral bloodand bone marrow. In this work we examined theunderlying mechanisms involved in the NE mi-gration in rats intratracheally injected wit SEA orSEB. Methods and Results: Male Wistar rats (180-250 g) were submitted to intratracheal injectionof SEA or SEB (0.5-3.0 ng/0.4 ml). After 4 h, thetrachea was exposed and the lungs were washedwith PBS. The leukocyte counts in BAL were alsodetermined in rats pre-treated with followingdrugs: dexamethasone (0.5 mg/kg, ip); ciprohep-tadine (2 mg/kg, ip);BN52021 (1 mg/kg, iv);SR140333(20 nmol/kg, iv); BWA4C (0,1 mg/kg,iv); celacoxib (3 mg/kg, iv); D-NAME and L-NAME(20 mg/kg, iv). NE were isolated from peripheralblood sample in order to asses the in vitro chemo-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

taxis and adhesion. The NE influx induced by SEAand SEB was inhibited by dexamethasone (96%;80%), ciproheptadine (89%; 32%), BN52021(73%;42%), SR 140333 (66%;60%), BWA4C(59%, 37%) and L-NAME (70%, 77%), RESPEC-TIVELY. The inhibition induced by celacoxib onNE recruitment induced by SEA on BAL was higher(94%) when compared with that induced by SEB(65%). In addition, SEA or SEB failed to induceNE chemotaxis an adhesion in vitro. Conclusions:The pulmonary infiltration induced by SEA andSEB involves a number of newly synthesizes me-diators. Our results contribute to a better under-standing of mechanisms of action of SEs in thelung. Financial Support: FAPESP

04.168EFEITOS DO DIAZEPAM NA GLICEMIA DERATOS. Lazzarini, R.**, Malucelli, B. E., Paler-mo-Neto, J. - Depto. Patologia - Laboratório deFarmacologia, Faculdade de Medicina Veteriná-ria e Zootecnia - USP.

Objetivos: Avaliar os efeitos do diazepam sobre aglicemia de ratos.Métodos e Resultados: 60 ratos (Wistar), foramdivididos ao acaso em 6 grupos: Placebo (C1),Falso operados (C2 e E1), Adrenalectomizadosbi-lateralmente (C3, E2) e Não adrenalectomiza-dos (E3). Os animais dos grupos C1, C2 e C3 re-ceberam 0,1 ml/Kg do veiculo do diazepam;aqueles dos grupos E1 E2 e E3, receberam 10,0mg/Kg de diazepam; os tratamentos foram feitospela via i.p. Os animais adrenalectomizados fo-ram mantidos com dieta normal, recebendo umasolução de cloreto de sódio 0,9% como água debebida. Decorridos 7 dias da adrenalectomia,mediu-se a glicemia dos animais imediatamenteantes e 1 hora após os tratamentos. As diferen-ças dos valores da glicemia medidas antes e 1hora após os mesmos foram: (C1= 0,00 ± 2,7;C2=10,0 ± 3,8; C3= 0,0 ± 3,8; E1= 76,2 ± 10,9*E2= 4,2 ± 3,7; E3= 66,7 ± 20,8*).Conclusão: O tratamento agudo com 10,0 mg/Kg de diazepam aumentou (p<0,05) a glicemiados animais; este fato foi revertido pela adrena-lectomia. Assim é possível que este efeito sejaconseqüência de uma estimulação dos PBR pre-sentes nas adrenais, isto é, via liberação de glico-corticoides. De fato, este fármaco nesta dose au-mentou os níveis deste hormônio (Immunophar-macol. Immunotoxicol., 23, 253-65, 2001).FAPESP: (Proc. n° 99/04128-2 / 99/04228-7)

04.169EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE CICLOSPO-RINA A EM DIFERENTES REGIÕES DO SISTE-MA NERVOSO CENTRAL. Yokoro, C. M., Fran-cischi, J.N. Departamento de Farmacologia, ICB-UFMG.

A Ciclosporina A (CsA), é capaz de inibir o desen-volvimento da hiperalgesia e do edema em ratasartríticas quando administrada agudamente noventrículo lateral direito desses animais.OBJETIVO: Verificar a especificidade do efeito daCsA, administrando-a em diferentes regiões dosistema nervoso central (SNC): locus coeruleus emedula espinhal.MÉTODOS: A Artrite foi induzida por injeção sub-

cutânea de 0.2 mL de uma emulsão óleo-águacontendo 400µg de Mycobacterium butyricumno terço proximal da cauda de ratas Holtzmanfêmeas (140-170 g). Edema (E) e hiperalgesia(H) foram aferidos por hidropletismometria (mL)e pelo método das vocalizações(n vocalizações/5 flexões forçadas das articula-ções tíbio-társicas), respectivamente. CsA ou seuveículo foram administrados por via intratecal(150, 50, 15 µg/10µL) ou por via intracerulear(10µg/0.2µL) do dia 10 ao dia 14 do experimen-to. Resultados são apresentados comomédia±EPM e comparados por ANOVA.RESULTADOS: CsA (150 e 50µg) por via intrate-cal inibiu completamente o edema (EC DIA 14:1.48±0.1287/ ECsA DIA 14: 1.256±0.034; p<0.05) ea hiperalgesia (HC DIA 14: 0.89±0.055/ HCsA DIA 14:0.18±0.066; p<0.05) das ratas artríticas, quan-do comparadas ao seu controle (C). Porém, aadministração de CsA no locus coeruleus (10 µg/0.2µgL) não foi capaz de inibir os sinais e sinto-mas da artrite nos animais artríticos tratados (EC

DIA 14: 1.40±0.03/ ECsA DIA 14: 1.386±0.066; HC DIA 14:0.70±0.3/ HCsA DIA 14: 0.70±0.173).CONCLUSÕES: Nossos resultados demonstramque o efeito analgésico/antiinflamatório da CsAé específico, e não parece relacionado à regiãodo locus coeruleus.

04.170USO PROFILÁTICO DO ÁCIDO ACETILSALICÍ-LICO NA CEFALÉIA INDUZIDA PELO FRIO: ES-TUDO PILOTO. Perla AS, Barea LM, Pires FD,Barros HT. Departamento de Farmacologia / De-partamento Neurologia - Fundação FaculdadeFederal de Ciências Médicas de Porto Alegre /ISCMPA - RS / Brasil

Introdução: dor de cabeça é uma queixa comum,podendo existir vários desencadeantes na suaetiopatogenia . C), pode ser um fator desenca-deador da?Estímulo térmico palatal (0 e 4 Cefa-léia Induzida pelo Frio (CIF), que pode atingiraté 30 % da população. O objetivo do estudo foiavaliar o uso profilático do ácido acetilsalicílico(ASS) neste tipo de cefaléia. Métodos:foram alo-cados 23 voluntários sadios , tratados 30 minantes, com ASS nas doses de 100, 325 ou 500mg e comparados com placebo, após exposiçãoao estímulo térmico. Como desfecho , avaliamoso desencadeamento, o padrão da dor e sua asso-ciação com cefaléias primárias (CP) através dequestionário específico e Escala Análoga-Visualde Dor. Os dados coletados foram analisados porANOVA e medidas de tendência central (p<0,05= estatisticamente significativo). Resultados:a média de idade foi 21,78 anos, 65 % eramhomens, e cerca de 56,62 % da amostra apre-sentava história prévia de CP. Nos controles, 23% apresentaram CIF comparados com 47,8 %dos voluntários tratados, observando-se que ape-nas 325 mg de AAS apresentou uma respostaprofilática satisfatória (p< 0,05). Discussão: Alémde acometer uma proporção considerável dapopulação joven, a CIF também pode ser umpossível marcador para as CP, sendo que há rela-tos na literatura da eficácia do uso de ASS naprofilaxia deste tipo de cefaléia. Apesar de nos-sos dados não apresentarem resultados significa-tivos, talvez pelo reduzido tamanho amostral, éum assunto que merece ser melhor explorado.

04.171AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NOENVELHECIMENTO E NA DOENÇA DE ALZHEI-MER. 1Kawamoto, EM; 2Marcourakis, T; 1Bernar-des, CS; 1Munhoz, CD; 1Glezer, I; 1Scavone, C;3Bahia, VS; 3Caramelli, P.; 3Nitrini, R. 1Depto. Far-macologia, ICB-USP 2Centro de Investigação emNeurologia (LIM/15), FMUSP 3Departamento deNeurologia, FMUSP. São Paulo.

Fundamentos: Evidências sugerem que alteraçõesna atividade da óxido nítrico sintase (NOS) estãoenvolvidas no envelhecimento e na DA. O NOquando complexado com o ânion superóxido (O2

-

) leva à formação do ânion peroxinitrito (ONOO-

), o qual parece estar associado aos processosneurodegenerativos. A superóxido dismutase(SOD) tem ação neuroprotetora realizando a dis-mutação do O2

-, porém um desbalanço nestesmecanismos de defesa podem gerar mais radi-cais livres.Objetivos: Avaliação da via de formação doONOO- através da determinação da atividade daNOS em plaquetas e da SOD em hemácias noenvelhecimento e na DA.Métodos: As atividades da NOS e da SOD foramavaliadas em 30 adultos sadios (22 mulheres,26,0±9.89 anos), 30 idosos sadios (20 mulhe-res, 70,0±5,96 anos) e 30 pacientes com DAprovável moderada ou grave (23 mulheres,76,0±7,09 anos). A atividade da NOS foi deter-minada através da conversão de 3H-arginina em3H-citrulina e a determinação da atividade da SODatravés do kit da Calbiochem, que se baseia naauto-oxidação alcalina de um substrato (R1) aqual é acelerada pela SOD que leva à formaçãode um cromóforo (525nm).Resultados: Houve aumento da atividade da NOSplaquetária (43,6%; p< 0,001) no envelhecimen-to. Os pacientes com DA apresentaram tanto au-mento da atividade da NOS (14,1%, p < 0,001),quanto da SOD nas hemácias (16,4%, p<0,05)em relação aos idosos sadios.Conclusão: Nossos resultados apontam para oenvolvimento do ONOO- tanto no envelhecimen-to quanto na DA. Entretanto, os dados sugeremum maior envolvimento do NO na DA.Apoio: FAPESP

04.172MODELO EXPERIMENTAL DE CISTITEHEMORRÁGICA(CH) INDUZIDA PELA INJEÇÃOINTRAVESICAL(ive) DE ACROLEÍNA(ACR).Batista,CKLP1;Souza,MLP1; Leitão,BTA1;Brito,GAC2; Cunha,FQ3; Ribeiro,RA1. Deptos1 Fi-sio e Fármaco; 2Morfologia-UFC, 3Farmaco USP-RP

Introdução:A ACR,aldeído reativo etóxico,produzido como metabólito urinário dosantineoplásicos,Ciclo e Ifosfamida,tem sido con-siderada como possível causa da CH induzida porestas.É proposto que a ACR em contato com ourotélio, levaria ao edema, ulceração, neovascu-larização, hemorragia e necrose observados naCH.Este estudo descreve um modelo de CH in-duzida por ACR,validando-o com o uso de umuroprotetor de eficácia clínica comprovada,o áci-do 2-mercaptoetano-sulfônico(Mesna).Métodos:Em camundongos Swiss machos(25-30g),a CH foi induzida pela injeção ive de

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

ACR(0,025; 0,08; 0,25 mg/bexiga),tendo comocontrole animais que receberam SAL(0,02mL/bexiga) nos tempos de 3;6;12;24h.Avaliaram-seas alterações do peso úmido vesical(PUV), au-mento de permeabilidade vascular(PV) pelo ex-travasamento de Azul de Evans(25mg/kg/iv), aná-lises macro e microscópica(critérios de Gray).Osefeitos do tratamento com Mesna(80mg/kgip;2mg/bexiga),foram avaliados após 3 e 24h daindução da CH.Resultados:A injeção ive de ACR induziu aumen-to no PUV e no PV, estatisticamente significante(p<0,05) nas doses de 0,08 e 0,25 mg. A análisemacroscópica demonstrou severo edema ehemorragia,confirmados pela microscopia, evi-denciando erosão e ulceração da mucosa.O prétratamento com o Mesna aboliu os eventos in-flamatórios da CH induzida por ACR nos temposde 3 e 24 h,em todos os critérios.Discussão:A injeção ive de ACR mimetizou a CHinduzida pela injeção de Ciclo ou Ifosfamida e oMesna teve efeito semelhante na proteção daCH,confirmando sua importância clínica.Apoio:CNPq,FUNCAP,FAPESP

04.173PAPEL PROTETOR DA GLUTATIONA(GSH) EMMODELOS DE CISTITE HEMORRÁGICA(CH).Leitão,BTA1; Batista,CKLP1; Souza,MLP1;Brito,GAC2; Cunha,FQ3; Loiola R.T.; Ribeiro,RA1.Deptos 1Fisiologia e Farmacologia, 2Morfologia-UFC, 3Farmacologia USP-RP

Introdução: Ciclo e Ifosfamida (IFO)são agentesantineoplásicos que apresentam como fator li-mitante de seu uso a CH. A causa da lesão vesicalparece ser a acroleína(ACR), metabólito urináriodestas drogas. A GSH está presente nas célulascomo mecanismo bioquímico de proteção à to-xicidade induzida por agentes reativos como aACR. Este estudo avalia o papel da GSH na prote-ção da CH induzida por IFO e ACR. Métodos:Camundongos Swiss machos(25-30g),foram tra-tados com GSH(500mg/kg/ip) imediatamenteantes da IFO(400mg/kg/ip), ou com GSH (500mg/kg/ip ou 2mg/ive) junto com a injeçãointravesical(ive) de ACR (0,08mg). CH foi avalia-da após 12h da IFO ou 3 e 24hs da ACR, pelaalteração do peso úmido vesical(PUV),análisesmacro e microscópica(critérios de Gray). Resulta-dos: IFO induziu aumento do PUV(187%,p<0,01) e a GSH inibiu este aumento (80%,p<0,001), alterações micro e macroscópicas tam-bém foram inibidas (p<0,05). ACR também in-duziu aumento do PUV(106%, p<0,001) o qualfoi inibido(p<0,001) pela GSH em ambas viasde administração , nas 3 hs 100%(ip e ive) e nas24hs 87%(ive) e 84%(ip), alterações micro emacroscópica também foram inibidas(p<0,05).Discussão: Temos demonstrado a participação decitocinas (TNF e IL-1) e do NO na patogênese daCH induzida por IFO, sendo o último o provávelmediador final, mas não se conhece o mecanis-mo molecular preciso do NO na CH. Propomosque o NO esteja depletando GSH, assim diminu-indo as defesas intracelulares, resultando em im-portante dano oxidativo/nitrosativo presente nalesão induzida por ACR . Apoio: CNPq, FUNCAPe FAPESP.

04.174CELECOXIB(CXB) ASSOCIADO AO ESQUEMACLÁSSICO COM MESNA POTENCIA A PREVEN-ÇÃO DA CISTITE HEMORRÁGICA(CH) INDU-ZIDA POR IFOSFAMIDA(IFS). Macedo, FYB;Morais, MM; Bellaguarda, EAL; Brito, GAC; Ri-beiro, RA. Depto de Fisiologia e Farmacologia,UFC.

Introdução:CH é um efeito limitante do uso cli-nico de IFS. Nosso laboratório tem demonstradoo envolvimento de mediadores inflamatórioscomo NO, PAF e citocinas na genêse da lesão uto-telial da CH. Nossa proposta é avaliar a associa-ção de inibidores seletivos de COX-2 ao MESNAna prevenção da CH induzida por IFS, já que 30%de pacientes apresentam CH mesmo em vigên-cia do MESNA. Métodos:Para tanto ratos Wistarmachos(150-200g,n=6) foram tratados com sa-lina ou MESNA(160mg/kg,vo) juntamente, 2 e6hs apos IFS(400mg/kg,ip). Em outros grupos ex-perimentais, foi associado CXB(1,5mg/kg,vo) às2 últimas doses de MESNA. Sacrificou-se os ani-mais 24h após a administração de IFS, sendo asbexigas seccionadas junto ao colo. Resultados:Através da análise microscópica e de acordo comos critérios de Gray 24hs após a administraçãode IFS existiram evidências histológicas decistite:erosão de mucosa com ulceração, deposi-ção de fibrina, hemorragia, edema e infiltraçãoleucocitária, recebendo escore de 2(2-2). Estasalterações foram abolidas pela associação de 2doses de CXB ao MESNA com escore de 0(0-0) erelevância estatística (p<0,05), resultados melho-res (p<0,05) àqueles obtidos com 3 doses deMESNA, com escore de 1(0-1). Conclusão: Deacordo com os achados, sugere-se que CXB podevir a ser testado em associação às 2 últimas dosesde MESNA em protocolos clínicos prevenindo aocorrência de cistite sub-clinica. Apoio financei-ro: CNPq e FUNCAP.

04.175PENTOXIFILINA(PTX) ASSOCIADA AO MESNANA PREVENÇÃO DA CISTITE HEMORRÁGICA(CH) INDUZIDA POR IFOSFAMIDA(IFS). Bella-guarda, EAL; Bulcão-Macedo,FD; Macedo,FYB;Brito,GAC; Ribeiro,RA. Depto. Fisiologia e Farma-cologia, UFC.

Introdução: A CH é um efeito limitante do usoclínico do antineoplásico IFS.O MESNA(2-mercap-toetanosulfato sódico) é a droga de escolha paraa redução da incidência deste efeito.Dados ante-riores do laboratório demonstraram que o NO,PAF, TNF-alfa e IL-1 são mediadores cruciais en-volvidos nos eventos inflamatórios da CH,e tam-bém no dano urotelial e hemorragia.Este estudoavaliou o efeito da PTX, uma metilxantina inibi-dora de TNF-alfa associando-a ao MESNA, com-provado uroprotetor da CH.Métodos: Nos gru-pos controles, ratos Wistar machos(150-200g,n=6)receberam uma injeção intraperito-neal (ip) de solução salina ou MESNA (80 mg/kg,ip) juntamente, 4 e 8 horas após IFS, sendo asbexigas seccionadas junto ao colo.Resultados:Através da análise microscópica e de acordo comos critérios de Gray,24h após a administração de

IFS existiram evidências histológicas de cistite:erosão de mucosa com ulceração,deposição defibrina, hemorragia, edema e infiltração leucoci-tária, recebendo escore de 2(2-2).Estas alteraçõesforam abolidas pela associação de 2 doses de PTXao MESNA com escore 0(0-0) e relevânciaestastítica(p<0,05),resultados melhores (p<0,05)àqueles obtidos com 3 doses de MESNA, comescore 1 (0-1). Conclusão: Diante dos achados, otratamento com a PTX associada às 2 últimasdoses de MESNA é mais eficiente que o esque-ma clássico com o MESNA,podendo vir a ser tes-tada em pacientes prevenindo a ocorrência decistite sub-clínica.

04.176ASSOCIAÇÃO DE DEXAMETASONA(DEXA) AOMESNA POTENCIA A PREVENÇÃO DA CISTITEHEMORRÁGICA(CH) EM PACIENTES SUBME-TIDOS À QUIMIOTERAPIA(QT) À BASE DEIFOSFAMIDA(IFS). Lima,MVA; Macêdo,FYB;Ribeiro,RA. Instituto do Câncer do Ceará. Deptode Fisiologia e Farmacologia-UFC.

Introdução:Dados prévios de nosso laboratóriomostraram que DEXA é capaz de prevenir os fe-nômenos inflamatórios na CH experimental in-duzida por IFS. Com base nesses resultados reali-zamos um ensaio clinico prospectivo. Metodolo-gia:38 pacientes randomizados submetidos à QTcom IFS(1,2g a 2,0g/m2/dia-3 a 5 dias),sendoexcluidos aqueles previamente tratados com IFS,ou glicorticoides nas últimas 4 semanas, radiote-rapia pélvica ou patologia do trato urinário. Fo-ram divididos em 3 grupos. O gruporeferência(pacientes antes do tratamento comIFS), grupo tratado com IFS e MESNA,e o grupoonde se associa DEXA(4mg)às 2 últimas doses deMESNA. Os dados eram coletados através do su-mário de urina(SU), cistoscopia(C) e análisemicroscópica(AM). Resultados: Observou-se queMESNA não preveniu o surgimento de inflama-ção na C(p<0,01) quando comparado ao gruporeferência, apesar de clinicamente não existir CH.Na AM, MESNA não conferiu proteção completacontra a urotoxicidade da IFS. Porém, quando seassocia DEXA às 2 últimas doses de MESNA háuma tendência a minorar os achados inflamató-rios na C, mesmo com p>0,05. Na AM, essa as-sociação preveniu significativamente os achadosinflamatórios(p<0,01)quando comparada ao usotradicional de MESNA. A hematúria presente noSU, independente do tratamento, não mostroudiferença estatística.Conclusão: MESNA não pre-vine totalmente a inflamação na bexiga induzidapela IFS. A associação de DEXA reduz significati-vamente essa inflamação. A analise do SU, nãodemonstrou diferença significante, indicando quea hematúria não é um parâmetro confiável paraavaliar CH.

04.177FUNÇÃO QUIMIOTÁTICA DE NEUTRÓFILOSEM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA SUB-METIDAS À QUIMIOTERAPIA. 1Mendonça,M.A.O.; Bachin, E.S.; Davi, L.B.; 2Murta, E.F.C.;1Tavares-Murta, B.M. 1Depto Ciências Biológicase 2Depto Materno-Infantil, FMTM, Uberaba-MG.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

Introdução/Objetivos: Pacientes com câncer apre-sentam aumento na incidência e gravidade deinfecções, principalmente quando submetidos àquimioterapia. Os neutrófilos emigrados para olocal de lesão atuam como células de defesa. Oobjetivo foi estudar a quimiotaxia de neutrófilosem pacientes com câncer de mama, antes e apósquimioterapia.Métodos/Resultados: Foram estudadas 11 paci-entes com câncer de mama e 13 mulheres sadiascomo controles. Os neutrófilos foram purificadosdo sangue venoso e a função quimiotática estu-dada em microcâmara de quimiotaxia. As célu-las emigradas (n° de neutrófilos/campo) foramcoradas e contadas (10 campos) em microscó-pio. Não foram observadas diferenças na respos-ta quimiotática ao FMLP, mas houve redução daquimiotaxia dos neutrófilos de pacientes (14,6 ±3,2) frente ao LTB4, comparado aos controles(29,2 ± 4,7). Não foram encontradas diferençasnos níveis séricos de metabólitos de óxido nítricoentre controles e pacientes. Em 7 pacientes comestadiamento indicativo de quimioterapia neo-adjuvante (5-fluoruracil, adriamicina e ciclofos-famida), foi feita a avaliação da função quimio-tática do neutrófilo, ao final do 5° ciclo. Foi de-monstrada redução da capacidade quimiotáticadessas células ao FMLP (11,95 ± 5,2), respostaanteriormente preservada (38,3 ± 10,9). Dentreestas pacientes, 4 (57%) desenvolveram algumtipo de infecção.Discussão/Conclusões: Pacientes com câncer demama apresentam redução da quimiotaxia deneutrófilos ao LTB4, mas não ao FMLP, sugestivode alteração na capacidade de resposta inflama-tória induzida pela doença. A quimioterapia re-duz a resposta quimiotática ao FMLP, antes pre-servada, o que pode justificar o aumento da inci-dência de infecções nessas pacientes, durante otratamento quimioterápico.Fonte Financiadora: FAPEMIG

04.178QUANTIFICAÇÃO DE CITOCINAS E LEUCÓCI-TOS EM PACIENTES COM TUMORES OVARIA-NOS CÍSTICOS. 1Tavares-Murta, B.M.; Davi, L.B.;Bachin, E.S.; 3Cunha, F.Q., 2Murta, E.F.C. 1DeptoCiências Biológicas e 2Materno-Infantil, FMTM,Uberaba-MG, 3Depto Farmacologia, FMRP-USP.

Introdução: Leucócitos e mediadores presentesem líquidos neoplásicos são úteis na avaliaçãode interações com as células tumorais. O objeti-vo foi quantificar leucócitos e citocinas no líqui-do cístico de pacientes com tumores ovarianoscísticos.Métodos/Resultados: Foram analisados 56 casoscirúrgicos de pacientes com tumores ovarianoscísticos. Desses casos, 24 (42,86%) foram nãoneoplásicos, 22 (39,29) neoplásicos benignos e10 (17,85) neoplásicos malignos. Após exérese epunção do líquido cístico, este foi centrifugado,feita a contagem de leucócitos e dosagem de ci-tocinas (ELISA). Foi observado aumento do n°de leucócitos (x106/ml) nos tumores malignos(1,01±0,59) comparado aos benignos(0,19±0,035) ou tumores não neoplásicos(0,24±0,08). Em 50% dos casos malignos foiobservada a presença de outros leucócitos (prin-cipalmente neutrófilos), além de mononucleares,comparado às neoplasias benignas (30,4%) outumores não neoplásicos (20,8%). A dosagem de

citocinas mostrou aumento significativo nos ní-veis de IL-6, IL-8 e IL-10 no grupo neoplásico(maligno e benigno, n=27) comparado ao nãoneoplásico (n=13). A comparação entre neopla-sia benigna versus maligna demonstrou aumen-to significativo dos níveis locais de IL-6 (ng/ml)nos casos malignos (medianas: 375,9 x 1320,respectivamente).Discussão/Conclusões: Nas neoplasias ovarianashouve aumento dos níveis de IL-6, IL-8 e IL-10,comparado aos tumores não neoplásicos. Noscasos malignos, observou-se aumento do núme-ro de leucócitos (mononucleares e neutrófilos) ede IL-6, comparado aos demais grupos.Apoio financeiro: CNPq

04.179AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA AMIFOSTINA(AMF) NA MUCOSITE ORAL (MO) INDUZIDAPOR QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOSEM HAMSTERS. Sales,MVR1; Mota,MLS1; CostaFilho,JD1; Lima,V; Brito,GAC2; Ribeiro,RA1. Dptode Fisio e Farmaco1/Morfologia2-UFC.

INTRODUÇÃO: MO é um efeito colateral da qui-mioterapia do câncer,sendo considerado um fa-tor limitante da dose terapêutica e reduzindo aqualidade de vida do paciente.Este trabalho ava-lia o efeito da AMF,derivado tiol com atividadede citoproteção comprovada em tecidos comorim e medula óssea, na MO experimental induzi-da por 5-FU em hamsters Golden Siriam.MÉTODOS:Induziu-se a MO com doses de 60 e40mg/kg ip de 5-FU nos dias 1 e 2 respectiva-mente. No 4od foram realizadas escoriações namucosa jugal para potencializar a MO. O sacrifí-cio dos animais deu-se no 10od com análise ma-croscópica e histopatológica das mucosas e con-tagem total e diferencial de leucócitos dosangue.Os animais foram pesados diariamente edivididos em grupos de 10,de acordo com a dosede SAL ou AMF(100, 200, 400mg/kg sc) aplica-da 1h antes da injeção de 5-FU. RESULTADOS:Naanálise macroscópica,a AMF reduziu significati-vamente a hiperemia da mucosa, dilatação, con-gestão vascular e a presença de úlceras e abces-sos [AMF 400mg/kg: Md=1,5(1-3) AMF 200mg/kg:Md 1,5(1-2) vs SAL:Md=3(2-3) (p<0,05)].Osdados foram confirmados pela análise histopa-tológica [AMF 400mg/kg:Md=1(1-2);AMF200mg/kg:Md=1(1-2)vs SAL: Md=3(2-3)(p<0,05)].Houve redução da leucocitose no10od[AMF 400mg/kg=3,185x103±0,437 vs.SAL=17,767±2,644 (p<0,05)], diminuindo onúmero de neutrófilos.As doses de AMF 100 e200mg/kg, reduziram significativamente a perdade massa corpórea. DISCUSSÃO: A AMF reduz ainflamação da MO, sugerindo efeito citoprotetorlocal da mesma e/ou modulação da respostamedular. Apoio Financeiro:CNPq;CAMED-UFC

04.181TESTE DE LACTULOSE/MANITOL PARA AVA-LIAÇÃO DE AUMENTO DE PERMEABILIDADEINTESTINAL EM PACIENTES COM CÂNCERSUBMETIDOS A QUIMIOTERAPIA. Mota,MLS1;CostaFilho, JD1; Sales, MVR1; Brito, GAC2; Ribei-ro, RA1. Dpto de Fisio e Farmaco1/Morfologia2 UFC

INTRODUÇÃO:A mucosite é um efeito colateral

comum ao uso de antineoplásicos,podendo afe-tar áreas distintas do TGI resultando emestomatite,dispepsia e/ou diarréia que,somado àneutropenia pode culminar em quadro clínicograve. Os métodos não invasivos para estudo daagressão à barreira intestinal estimam o impactoda disfunção provocada por qualquer agenteagressor.O trabalho pretende validar um modelocom a utilização de marcadores fisiológicos comolactulose(indicador de permeabilidade)emanitol(indicador de absorção)para detectar,acompanhar e mensurar alterações na evoluçãosubclínica e clínica da mucosite intestinal. MÉ-TODOS: 20 voluntários sadios e 27 com câncerno 10od pós-quimioterapia causadora de muco-site ingeriram 20mL de solução com 20g de lac-tulose e manitol,em jejum com posterior coletade urina durante 5h.Ao volume total acrescen-tou-se 1mL de clorexidina (2%)e de cada amos-tra retirou-se 2mL para congelamento e análiseem HPLC para mensuração das taxas de excre-ção dos açúcares. RESULTADOS:A concentraçãode manitol foi menor(14%)nos pacientes que napopulação sadia,porém sem significância; houveentretanto aumento na excreção de lactulose (≅10vezes>nos pacientes, p<0.05). A razão lactulo-se/manitol foi 11 vezes maior nos pacientes. DIS-CUSSÃO: A excreção aumentada de lactulose nospacientes submetidos à quimioterapia sugere queestes apresentam alteração na permeabilidadeintestinal,validando o presente teste como for-ma de avaliação do comprometimentointestinal,permitindo também a avaliação desubstâncias citoprotetoras.Apoio: CNPq; CAMED-UFC

04.182PRODUTOS GÊNICOS DO RECEPTOR B2 DEBRADICININA(BK) EM DIFERENTES IDADESFETAIS E EM RATOS ADULTOS. De França,C.;Geroldo,E.;Maruo, E.,Lindsey,C. Dept.de Biofísi-ca, UNIFESP,SP.

Introdução:A região codificadora da proteína doreceptor B2 de cininas está localizada no exon 3em humanos e camundongos e no exon 4 emratos. Há evidências de que ocorra o processa-mento alternativo no mRNA primário, resultan-do em dois produtos gênicos, um contendo exon3 e o outro não.Com o objetivo de verificar aocorrência destes dois produtos gênicos, analisa-mos o mRNA maduro através de tecidos centraise periféricos. Métodos e resultados:Foi utilizadoo RNA purificado dos tecidos centrais e periféri-cos e de embriões de diferentes idades. A reaçãoda transcriptase reversa (RT-PCR)utilizando pri-mers dirigidos a cauda poli-T e haxemers random.Para a amplificação gênica (PCR) foram utiliza-dos 4 pares de primers específicos para as regi-ões codificadoras e não-codificadoras. A partirdo mRNA maduro de tecido periférico e centralratos adultos foram obtidos fragmentos de ~700bp (exon1-4);~170 bp (exon2-4);~250 bp(exon3-4) indicando a não ocorrência do proces-samento Alternativo. No RNA total encontraram-se produtos de ~700/900pb,~170/380pb,~250/1000pb; somente um fragmento de~1100pb(intron2-exon4) evidenciando que oexon 3 é o último fragmento a ser retirado. EmmRNA de tecido fetal encontrou-se apenas pro-duto de amplificação sem o exon 3 a partir do10º dia de idade fetal. Discussões: Não há evi-

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

dências de processamento alternativo dos pro-dutos gênicos do receptor B2 de BK em diferen-tes tecidos de ratos adultos ou fetos, portanto ogene teria apenas 3 exons. A expressão de recep-tores B2 em ratos ocorre provavelmente a partirdo 9º a 10º dia de vida embrionária. Apoio fi-nanceiro: FAPESP/CAPES

04.183EXPRESSÃO GÊNICA DE RECEPTORES DE CI-NINAS E TAQUICININAS NO NÚCLEO PARA-TRIGEMINAL (Pa5) E NÚCLEO DO TRATO SO-LITÁRIO (NTS). Geroldo, E.; De França, C.; Sil-va, D.; Lindsey, C. J. Depart. de Biofísica, UNI-FESP/SP.

Introdução: As taquicininas e neurocininas sãopeptídeos com função de neurotransmissão eneuromodulação no SNC. Como o SNC, no siste-ma nervoso periférico estes neuropeptídeos tematividade cardiovascular. A bradicinina (BK), des-Arg9-BK, substância P (SP), substância K e neuro-medina agem respectivamente nos receptores (r)B2, B1, NK1>NK2>NK3, NK2 e NK3. O objeti-vo é estudar a expressão dos produtos gênicosdestes receptores no Pa5 e NTS de ratos tratadosou não com lipopolissacarídeo bacteriano (LPS).Métodos e Resultados: Foi usado RNA purificadode Pa5 e NTS para a reação de transcriptase re-versa (RT), utilizando primers dirigidos a caudapoli-T. A amplificação PCR foi realizada com pri-mers exon-exon específicos para os produtos gê-nicos. Foram obtidos produtos de aproximada-mente 700, 590 e 485pb correspondendo aossegmentos codificadores dos rB2, NK1 e NK3. Aanálise semi quantitativa mostrou maior densi-dade de produto amplificado referente ao rB2(26 %) em tecido do Pa5. Em animais tratadoscom LPS (2,5 mg/kg, iv) também foi detectado ofragmento de 918pb correspondente ao produtogênico codificador do rB1 não sendo alterado aexpressão dos outros produtos. Discussão: Atra-vés da análise dos produtos gênicos foi inferida aexpressão constitutiva mRNA do rB2 de cininas,rNK1 e NK3 de taquicininas no Pa5 e NTS deratos, assim como a indução da expressão de rB1.Não há evidência da expressão do rNK2 em es-truturas bulbares. A expressão constitutiva des-tes receptores explicaria os efeitos cardivascula-res dos neuropeptídeos BK e SP. Apoio Financei-ro: FAPESP/CAPES.

04.184EFFECT OF LPS ADMINISTRATION ON MOUSEHEART, LUNG AND SPLEEN GENE-EXPRES-SION. Capaz, F.R.* & Saban. R. Depto. de Fisio-logia e Farmacologia � Faculdade de Medicina �Universidade Federal do Ceará -Department ofPhysiology, The University Oklahoma Health Sci-ences Center

Introduction: Studies developed in the sense ofevaluate the effects of LPS administration oncDNA microarray analysis of gene expression inmultiple organs, at the same time, are not at themoment, very frequent in the literature. We usedcDNA microarray analysis to evaluate LPS-inducedalteration in gene expression in the heart, lungand spleen of Balb/c mice.Methods: Mice were injected intraperitoneally

with LPS (5ug/100g) and 24 hours after RNA wasextracted from spleen, lungs, and heart for de-termination of gene expression by cDNA expres-sion arrays.Results: In the spleen, LPS treatment induced upregulation of genes associated with LPS recep-tors, TNF-alpha, IL-1 and many others cytokinesand chemokines. The spleen exhibited the high-er number of up regulated genes. In the heart,the cDNA microarray analysis showed an expres-sive up regulation of genes linked with adrener-gic and cholinergic signal transduction. In con-trast, the majority of genes present in the arraywere down regulated in the lung.Discussion: Taken together, these results indicatethat LPS induces a organ-dependent gene expres-sion with outstanding effect in the spleen, fol-lowed by the heart, and minimal effect in lungs.These data could be useful to understanding themechanisms involved in LPS effects as well theimportant participation of this substance in themultiple organ failure that occurs during sepsis.

04.185CALCIUM SENSITIVE POTASSIUM CHANNELSMAY UNDERLIE VASCULAR HYPORESPON-SIVENESS TO LPS. Farias., N.C., Borelli-Montigny,G.L., Borges, A.C.R., Fauaz, G., Dina, J.P., Feres,T., Paiva, T.B., Department of Biophysics, EscolaPaulista de Medicina, UNIFESP, SP, Brazil.

Introduction: The effect of lipopolysacharide (LPS)upon the isolated aorta and mesenteric arteries,with and without endothelium from spontane-ously hypertensive (SHR) and normotensive Wist-ar (NWR) rats was studied Methods: Isometrictension and membrane potential responses weremeasured in intact (E+) and endothelium-denud-ed (E-) aortic and mesenteric rings. Results andConclusions: LPS induced vasodilatation in thepre-contracted isolated mesenteric vascular bedof NWR and SHR. This effect was inhibited inboth strains by iberiotoxin (IBTX), an inhibitor ofCa2+-sensitive K+ channels (Kca), but L-NNA,a NO-synthase inhibitor, blocked only the SHRresponses. Hyperpolarization was induced by LPSin mesenteric artery rings from NWR (both E+and E-) and SHR rings (only in E+), and was in-hibited by IBTX and by L-NNA. However, in NWRE+ rings L-NNA induced a partial inhibition ofthe hiperpolarizing response, which was causedby simultaneous release of endothelin. Since Kcachannels show increased expression and function-al enhancement in SHR, relative to NWR aortae,only SHR aortic rings could be stimulated by LPS,inducing a hyperpolarizing response (-91 +-0.2mV), which was inhibited by IBTX. It is con-cluded that the mechanism responsible for thehyperpolarization induced by LPS involves open-ing of high conductance Ca+2-sensitive K+ chan-nels.Supported by FAPESP, CNPq and CAPES.

04.186EFEITOS DO LASER HÉLIO-NEON DE BAIXAPOTÊNCIA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃODE FERIDAS INDUZIDAS EM CAMUNDONGOS.Souza,F.M.*; Conti,C.L.*; Gonçalves,W.L.S**.;Novaes,M.A.S**; Barros,L.P.**; Rocha,W.A.**Departamento de Fundamentos da Fisioterapia /

Departamento de Ciências Fisiológicas - EMES-CAM/UFES - Vitória - ES.

OBJETIVOS: Estudos atuais sugerem que o trata-mento com laser Hélio-Neon (HeNe) de baixapotência acelera o processo cicatricial de feridas.Entretanto estes estudos não esclarecem os efei-tos biológicos deste laser na inflamação e cicatri-zação. O objetivo deste trabalho foi analisar osefeitos do laser no processo cicatricial de feridasinduzidas na pele de camundongos. MËTODOS:Foram utilizados camundongos jovens (Webster),divididos em controles e tratados. O tratamentoconsistiu na irradiação de laser HeNe por emis-são direta de 5mW no tecido lesado (sutura),numa dose de 4J/dia por 3 dias. Ao final do tra-tamento o tecido lesado foi removido para ana-lise histológica. A quantificação foi determinadaatravés da fração volumétrica (FV) em pontoseqüidistantes e da medida de espessura (ME) emcentímetros na epiderme e derme. A qualifica-ção determinada pelo número de estruturas ane-xas no local da cicatriz. RESULTADOS: Foi vistoque o laser HeNe, nesta dose, não possui efeitosignificativo sobre a ME da epiderme dos contro-les(6,0±0,8) tratados(6,2±0,4) e da FV contro-les(142±13) tratados(170±9). Contudo, na der-me o efeito é significativo tanto para a MEcon-troles (5,2±0,5) e tratados (2,9±0,4) quantopara a FV do colágeno controles(144±10) e tra-tados(176±11). Com relação às estruturas ane-xas da derme também foram observadas altera-ções significativas na FV dos animais controles(156±11) e tratados (71±7), evidenciando aaceleração do processo. DISCUSSÃO: A análiseinicial dos dados sugeriu que o laser HeNe pos-sui um importante efeito na organização do pro-cesso cicatricial, além de uma aceleração no tem-po de evolução do processo. Todavia estudosadicionais serão realizados para melhor elucidar-mos os mecanismos pelos quais estes efeitos ocor-rem. APOIO: EMESCAM/PPGCF-UFES.

04.187SENSORIAL AFFERENT INPUTS FROM THEMASSETER MUSCLE TO THE BRAINSTEM PAR-TICULARLY TO THE PARATRIGEMINAL NU-CLEUS R. Saviolo Moreira, C. A. Caous, R. L. Smithand C. J. Lindsey. Departamento de Biofísica eDepartamento de Morfologia, Universidade Fe-deral de São Paulo, Brasil.

Introduction: A better understanding of the neu-rophysiologic mechanisms involved in muscle painis need. The paratrigeminal nucleus (Pa5) whichhas been implicated as a constituent of neuroa-natomical substrate to mediate orofacial pain, isa known site of primary sensorial trigeminal con-nections and could play a role mediating noci-ceptive inputs from the masseter muscle. We in-vestigated the afferents inputs from the massetermuscle to the brainstem region specially to thePa5. Methods: Anterograde neuronal tracer wereapplied unilaterally to the posterior deep masse-ter muscle of rat (10 subjects) and following afive days survival time, the brainstem were ex-tracted, cut (45 µm), incubated in strepavidin andthe sections analyzed with a digitalized system.Results: Fibres and terminals were labeled in thelateral reticular nucleus (LRt), caudal level of parsinterpolaris and pars caudalis, paratrigeminalnucleus, mesencephalic trigeminal nucleus, ven-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia da Inflamação e Dor

trolateral subnucleus of the pars principalis, pa-rabrachial nucleus, medial longitudinal fascicu-lus, lateral cervical nucleus and the dorsal hornof C1 to C3. Conclusion: The projections of pri-mary masseter afferent neurons to the Pa5 andothers brainstem nuclei which receives efferentsoutputs from this nucleus shows the possible roleof the Pa5 as a relay nucleus in the in the neuralpathway of orofacial pain. CNPq.

04.188ENVOLVIMENTO DE NEUTRÓFILOS E NO NAFORMAÇÃO DE PEROXINITRITO (PN) NAARTRITE POR ZYMOSAN (AZy). Souza, LT2;Bezerra, MM1; Carvalho, AP2; de Buin, GS1;Rocha, FAC2. Dep. Fisiologia e Farmacologia1 eMedicina Clínica2 (UFC).

Introdução: Na Azy observa-se influxo netrofíli-co e liberação de PN. PN, formado por combina-ção de O2 e NO, pode ser detectado pela forma-ção de 3-nitrotirosina (3NT). Investigamos o pa-pel dos neutrófilos e de inibidores da NOS (L-NAME -LN e 1400W) sobre formação de PN.Métodos: Ratos Wistar foram submetidos à inje-ção intra-articular de Zy (1mg). Após 6h avaliou-se no lavado articular o influxo de neutrófilos(atividade de mieloperoxidase-MPO) e a forma-ção de 3NT (ELISA). Resultados expressos em pg/mg de proteína. A neutropenia foi induzida pelaadministração (i.p.) de anticorpo anti-neutrófilo(AAN)18h antes do início da Azy. Grupos recebe-ram (s.c.) LN (100mg/kg) ou 1400W (1mg/kg)30min antes da Azy. Controles (NT) receberamsalina. Resultados: AAN reduziu (p<0,05) neu-trófilos no sangue periférico (3,3±0,6 neutrófi-los/mm3), em relação ao grupo NT (21,5±2,2neutrófilos/mm3) e no lavado articular (86%).AAN reduziu formação de 3NT (1,7±0,4), com-parado ao NT (5,6±0,9). LN ou 1400W reduzi-ram o IC (1,0±0,4 e 0,8±0,2, respectivamen-te), em relação ao NT (2,5±0,4). LN ou 1400Wreduziram em 64 e 67%, respectivamente, o acú-mulo de neutrófilos no lavado articular. LN ou1400W reduziram a produção de nitrito (5,1±1,1e 14,9±4,1, respectivamente), em relação ao NT(47,8±7,7). LN ou 1400W reduziram formaçãode 3NT após 6h de Azy (3,03±0,6 e 2,8±0,8,respectivamente), em relação ao NT (5,6±0,6).Discussão: Neutrófilos são responsáveis, pelomenos parcialmente, pela produção de PN; ini-bidores da NOS inibem a geração de PN na Azy.Apoio: FUNCAP e CNPq.

04.190CHANGES IN BODY TEMPERATURE INDUCEDBY CENTRAL INJECTION OF UROCORTIN(UCN) IN RATS. Figueiredo, M.J.; Penatti, R.C.;Fabricio, A.S.C.; Souza, G.E.P. Lab. Farmacologia,FCFRP-USP

AIM. UCN, a neuropeptide closely related tocorticotrophin-releasing factor (CRF) appears tohave higher affinity than does CRF for CRF2 re-ceptors1, the subtype widely distributed in brainareas including the hypothalamus2. Central injec-tion of UCN induces anorexia and promotes en-ergy expenditure through sympathetic stimula-tion3,4. Here we examined the core temperature(cT) in rats in response to UCN. Since indometha-

cin was ineffective on the cT changes induced byCRF5 the effect of this antipyretic was investigat-ed on UCN changes in cT.METHOD AND RESULTS. cT was measured byradiotelemetry in male Wistar rats (200 g), each30 min, by 6 h, after icv injection of UCN. Thedose of 50 pmol did not modify the cT whencompared with that of control rats, while 100pmol induced a significant increase in cT (from0.12±0.08 to 0.67±0.09ºC, 4th h, P< 0.05). Onthe other hand, the injection of 500 pmol, 1 and2 nmol induced hypothermia which was morepronounced with 2 nmol (from 0.16±0.08 to -0.74±0.1ºC, 2.5nd h). Indomethacin did notchange the increase in cT induced by UCN (100pmol).CONCLUSION. This study revealed that UCN in-creases cT in low doses while high doses inducesa pronounced hypothermia The later effect mightbe related with a increase in glucocorticoids deco-rrent from a intense hypothalamus-pituitary-ad-renal axis stimulation. Moreover, prostaglandinsseem not be involved in the increase in cT in-duced by UCN.1 Nature 1995, 378:2872 Reg Pept 1997, 71:153 Science, 1996, 273:15614 Brain Research 2002, 930:375 Inflamm Res 2002, 51:24SUPPORT: FAPESP, CAPES.

04.191EFEITO DO CELECOXIB NA MUCOSITE INTES-TINAL INDUZIDA POR METOTREXATO (MTX)EM RATOS. 1Lima, V; 1Leitão, BTA; 1Souza, MLP;2Brito, GAC, 1Ribeiro, RA. Deptos. Fisiologia eFarmacologia1, Morfologia2-UFC.

Introdução: a mucosite intestinal é um dos efei-tos colaterais mais importantes e limitantes daquimioterapia do câncer, caracterizada por diar-réia, vômito, perda de peso e eventuais hemor-ragias. Tem sido descrita a participação de COX-2em diferentes lesões inflamatórias. Portanto, ava-liamos o efeito do celecoxib (CLX), um inibidorseletivo da COX-2, na mucosite intestinal experi-mental (MIE) em ratos. Métodos: a MIE foi indu-zida em ratos Wistar machos (± 220 g) pela ad-ministração de MTX (2,5 mg/kg-sc) durante 3dias. No 5º dia os animais foram mortos e sec-ções de duodeno (D), jejuno (J) e íleo (I) foramremovidas, fixadas em formol a 10% e processa-das para H&E. Grupos de 5-6 animais foram tra-tados com CLX (7,5, 15 e 30 mg/kg-ip) fraciona-dos a cada 12 horas, diariamente. Avaliaram-se:(a) alterações morfométricas ao nível das alturasdos vilos e profundidade das criptas adjacentes(D, J e I). Os valores foram expressos como mé-dia de 5-10 unidades de vilos/criptas bem orien-tadas por secção; (b) variações de massa corpó-rea; (c) de ingestão de alimento e (d) de consu-mo de água. Resultados: a MIE causou reduçãona relação vilos/criptas em D=64%; J=62% eI=54%. CLX (30 mg/kg) protegeu (p<0,01) emD=37%; J=42% e I=30%. A MIE causou perdade massa corpórea, bem como redução do con-sumo de alimento e de água (p<0,05). O trata-mento com celecoxib, entretanto, não foi capazde reverter esses parâmetros de forma significan-te. Discussão: O CLX reduziu as alterações histo-morfométricas, sugerindo que a COX-2 possa es-tar envolvida na patogênese dessas lesões. Apoiofinanceiro: CNPq.

04.192ANALISE DO MECANISMO DE AÇÃO ANTINO-CICEPTIVA DA AGMATINA EM CAMUNDON-GOS. Oliveira, G.L.1, Neto, A.1, Spindola, H.M.1,Souza, M.M.1, Rodrigues, A.L.S.2, Calixto, J.B.3,Santos, A.R.S.4 1Universidade do Vale do Itajaí,CCS, Itajaí-SC. Deptos de 2Bioquímica e 3Farma-cologia, UFSC, Florianópolis-SC. 4Curso de Far-mácia, UNISUL, Tubarão-SC.

Objetivos: O presente estudo tem como objetivoanalisar o efeito antinociceptivo da agmatina(AGM), intermediária da biossíntese de poliami-nas, administrada via intraperitoneal (i.p.), na dorinduzida pela injeção de ácido acético (AAC) ede capsaicina (CAP) em camundongos, bem comoo envolvimento da via L-arginina-óxido nítrico edo sistema opióide no seu efeito antinocicepti-vo. Métodos e Resultados: Foram utilizados ca-mundongos Suíços (30 a 40 g, N=7-10 por gru-po) de ambos os sexos. A AGM administrada viai.p. (1-30 mg/kg, 0,5 h antes) reduziu, de formadose-dependente, o número de contorções ab-dominais induzida pela injeção i.p. de AAC(0,6%), com DI50 de 5,6 (3,9-8,0) mg/kg e ini-bição de 83±4%. A AGM (3-100 mg/kg, i.p.)também foi capaz de reduzir o tempo de lambi-da e/ou mordida causado pela injeção intraplan-tar de CAP (1,6 ug/pata) com DI50 de 43,7 (23,5-81,4) mg/kg e inibição de 55±4%. O efeito anti-nociceptivo causado pela AGM (10 mg/kg, i.p.)foi revertido de forma significativa (p<0.01) pelopré-tratamento dos animais com L-arginina (600mg/kg, i.p., precursora do óxido nítrico), mas nãopela D-arginina (600 mg/kg, i.p.), quando anali-sado na nocicepção causada pelo AAC. Além dis-so, a naloxona (1mg/kg, i.p., antagonista opiói-de não seletivo) foi capaz de interferir na antino-cicepção causada tanto pela morfina (5 mg/kg,s.c.) quanto aquela causada pela AGM (10 mg/kg, i.p.) no teste do AAC. Conclusão: Os resulta-dos obtidos neste trabalho estendem os dadosda literatura e demonstram que a AGM apresen-ta significativo efeito antinociceptivo. O meca-nismo de ação antinociceptiva da AGM não estacompletamente elucidado, mas parece envolvera ativação da via L-arginina-óxido nítrico e o sis-tema opióide sensível a naloxona. Apoio Finan-ceiro: UNIVALI, UNISUL,UFSC e CNPq

04.193TREATING SEPSIS WITH PAF ACETYLHYDRO-LASE: A NEW POTENTIAL THERAPEUTIC AP-PROACH. Gomes RN1; Bozza FA3; Amâncio RT1;Larangeira AP2; Stafforini D4; Bastos MS1; Japi-assú AM3; da Silveira IAFB2, Jessouroun E2, Pres-cott SM4; Bozza PT1 & Castro-Faria-Neto HC1;1Lab.Imunofarmacologia,DFF-FIOCRUZ,RJ;2LATEB,Bio-Manguinhos; 3CTI-HUCFF/UFRJ;4Huntsman Cancer Institute, UTAH.

PAF is a potent proinflammatory mediator whoserole in the pathophysiology of sepsis has beenwidely demonstrated. Recently, PAF-AH, the en-zyme responsible for PAF degradation, was clonedand its anti-inflammatory effects were demon-strated in an animal model. In this study we aimedto investigate the potential therapeutic effect ofPAF-AH on animal models of sepsis. We deter-mined plasma PAF-AH activity in blood samplesfrom human patients with sepsis (17) or septic

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Farmacologia da Inflamação e Dor XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

shock (38) and showed that plasma PAF-AH ac-tivity was reduced in septic shock patients as com-pared to healthy volunteers (11). Moreover, bloodsamples were obtained sequentially from animalssubjected to CLP procedure or injected intraperi-tonealy with LPS or N. meningitidis. We observedthat plasma PAF-AH activity showed a progres-sive decrease over time in those groups and thatcorrelates with the mortality rate of those ani-mals. In the next set of experiments, we treatedanimals injected with LPS or subjected to CLP withPAF-AH and observed that this treatment in-creased the survival rate in aproximately 30%.In conclusion, the PAH-AH may represent a nov-el therapeutic approach in sepsis treatment, prob-ably by decreasing the availability of PAF pro-duced during bacterial infection. Support: NIH,FIOCRUZ, FAPERJ, CNPq

04.194EFFECTS OF CORTICOSTERONE ON THE PINE-AL PRODUCTION OF INDOLEAMINES.Fernandes, P.A.C.M; Ferreira, Z.S. & Markus, R.P.Dep. Fisiologia, Instituto de Biociências, Univer-sidade de São Paulo, Brasil.

Introduction: Diurnal variation of chronic inflam-matory lesion induced by BCG inoculation is lostafter pinealectomy, superior cervical ganglionec-tomy or adrenalectomy (ADx). Rhythmic produc-tion of the metabolite 6-sulphatoxymelatonin isnot observed after adrenalectomy, and noctur-nal administration of melatonin (MEL) recoverdiurnal variation. (Lopes et al., Inflamm. Res 50:6, 2001). Aim: Investigate the influence of glu-cocorticoids on extraneuronal catecholamine up-take (ECU) and MEL synthetic pathway. Meth-ods: Rats cultured pineals were exposed to 1 or100µM corticosterone (CORT) for 1 h with MAOand COMT inhibitors iproniazid and tolcapone

(ECU) or 48 h (MEL synthesis). The content ofadrenaline (10µM, 30s) taken up by the gland,or MEL indoleamines precursors produced bynoradrenaline (10nM, 5h) stimulation were mea-sured by hplc. Values are expressed as ng/pinealand ng/well. Results: Adrenaline uptake(1.4±0.24, n=3) was not blocked by 1µM(1.73±0.65, n=3) or 100µM (1.69±0.34, n=3)of CORT. Noradrenaline (10nM)-induced N-ace-tylserotonin (NAS) production in glands (3.9 ±0.8, n=8) and in the medium (13.99±2.93, n=8)was increased 2.5 fold by CORT (1µM or 10µM;48h). A higher dose of corticosterone (100µM)had no effect. The production of 5-hydroxytryp-tophan, serotonin and 5-hydroxyindoleacetic acidwere not modified by any CORT dose. Conclu-sion: Our data indicate that ECU was not affectedby 1h incubation of CORT, while a longer incuba-tion of lower doses of CORT is able to increasethe activity of arylalkylamine N-acetyltransferase,which converts serotonin to NAS, the immediateprecursor of melatonin. Support: FAPESP, CNPq.