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Feras em Desfile Luna Di Primo 1 Luna Di Primo ©FERAS DA POETICA Feras em Desfile R

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Poesias das poetas do lunas Cafe Poetico

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Luna Di Primo

©FERAS DA POETICA

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Sempre Encontro dos

Grandes

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Aos nossos leitores, sempre...

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Agradecemos a vida que nos

oportuniza exercer sagrado dom.

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TANKA DO AMOR Banho e perfumo O amor maior do mundo Recebo assim Em meio a pétalas A me entregar enfim Luna Di Primo

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PRECONCEITOS Livre dos preconceitos sociais Libertei-me pra vida, se tarde Não sei, só sei que meu coração Bate forte quando em ti penso, Onde andam os preconceituosos? Qual a idade do amor? Eu sei, É quando se encontra no outro Desejos e se completam, sim, É quando o sol brilha mais forte Coramos ao nos ver, ter libido Sentir que a vida é bela, Que o mundo pode Parar de guerrear, Que se pode olhar O mundo com mais Amor pelo próximo, Querer o beijo na boca Com ardor e sentir Calor em tudo, Qual a idade do AMOR? MENDUIÑA

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A ROSA Sou a rosa que deixaste no chão Sou tua loucura sem que saibas Sou tua mais doce paixão amor SOU TUA Sou aquela que nunca te esquece Sou tua lágrima sentida de ciúmes Sou tua obsessão sem limites, sim. AMO-TE Sou o sangue que corre em tuas veias Sou eu, aquela que te leva à loucura. Sou teu gozo mais sublime, e lindo. QUERO-TE Sou o vinho que derramas em mim Sou o brilho dos teus olhos, na cama. Sou tua mais linda perdição na hora DO AMOR! MENDUIÑA

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LINDA ROSA MULHER Desabrochando no jardim da vida Tu linda mulher, faceira, arteira, Passeias pelos lugares a se mostrar, Tua beleza inebria a todos. Sou mulher, a natureza me fez linda, Sou formosa, mimosa, mas teimosa, A rosa sem espinhos eu sou, sim E dona do teu amor, sem que saiba. Tenho em meu peito o dom do amor A despeito de tudo te amo amor Respiro o que respiras, sou tua. Sou o perfume que deixo em ti, te quero. MENDUIÑA

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APRENDI Aprendi que a paz e felicidade não são iguais. Aprendi que nossos amigos não são tão sinceros como pensamos. Aprendi a duras penas que o amor não se divide, nem se implora. Aprendi que nunca sabemos nada, sempre temos surpresas desagradáveis. Aprendi que nem todo beijo é sincero, que nosso corpo não foi feito pra muitos, apenas quando o amor Fluir, Aprendi sofrendo, chorando, ganhando, perdendo, caindo, levantando, que a vida é uma eterna conquista, Aprendi e cai várias vezes, e em todas levantei-me, me dei sempre por inteira. Aprendi que a quem me dei não merecia. Aprendi a ver o sol sem me queimar Aprendi que a luz da Lua é dos sonhadores. Aprendi o que se aprende com a vida. Aprendi a dizer teu nome sem sofrer. Aprendi a ver teu lado na cama vazio, apenas choro, um choro de lembranças. Aprendi que a solidão é minha companheira, sei que vou aprender muito mais. MENDUIÑA

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BEIJOS ROUBADOS Perdoe-me amor, mas deixe-me Com este gosto do beijo que de ti Roubei, tem o sabor do amor, O tremor do coração, e sorrio, Perdoe-me amor, fecho os olhos Vejo o brilho dos teus, te amo! Amo-te como o perfume das flores O azul do mar, o sorriso de uma Criança, me perco neste amor Sem pudor, e vivo dos beijos Que de ti roubei, fui feliz, sim Meu corpo chama por ti sempre, Meus sonhos são sonhos de amor Por ti, e choro de saudades e choro Tua boca sinto o gosto, teu corpo Não esqueço, os abraços colados Nos anseios dos desejos, te quero, Quero teus beijos em mim toda, Desejo teu corpo colado ao meu e morrer de prazer contigo está Perdoe-me amor, os beijos que ti Roubei. MENDUIÑA

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É TARDE AMOR O frio chegou amor vem Aquece meu corpo no teu É tarde amor! Vem sem Demora, é chegada a hora Quero em teu peito está Envolver-me em teus braços Sentir teu abraço forte aqui, Fica comigo seja meu apoio, Meu aconchego, enrosca teu Corpo no meu, minha boca Tem sede da tua, que frio... Não me pergunte nada apenas Me tenha! Sou aquela que Nunca te esquece, me olhe, Minhas noites são longas Me encolho na cama de Saudades de ti, o sol nasce Tão lindo! Me aquece em Teu lugar ah! Mais uma Noite chega e o frio outra Vez me faz sentir falta Do teu corpo amor... MENDUIÑA

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MEU CANTO Canto o canto dos pássaros Pra não te perder nunca, aí. Não te acho, canto o amor. Sublime como o mar sereno Quero-te! Canto o nascer do sol, lindo. Meu percalço esquece sim Nos sonhos inebriantes em ti Meus olhos brilham de amor Quero-te! Canto o canto da cotovia pra Teu coração delirar por mim Olho as ondas do mar, penso. Quero-te! Canto o canto dos amores, assim. Deleito-me em teu ser amor Teu cheiro reside em mim Quero-te Canto o canto do rouxinol Choro o amor divino eu sei Sofrido, sem ti amargarei meus. Sonhos irreais MENDUIÑA

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EU QUERO Poder abrir as janelas e ver o sol Sentir o cheiro do mar sempre Deitar ao teu lado e dizer: Te amo, EU QUERO Sentir o brilho do teu olhar E sonhar com a vida plena Poder deitar em teu colo E te ter, EU QUERO Ter teu carinho amor Ouvir o canto dos pássaros Olhar a lua cheia, e sorrir De amor por ti. MENDUIÑA

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ESPETÁCULO Sou o espetáculo da vida, no circo do amor, Sou o palhaço que sorrir, mesmo estando chorando! Sou a lágrima que rola no rosto encoberto! Sou uma vaga esperança no amor sem sentido, Sou o engano da vida, Sou o sonho dos beijos nas horas sem fim, Sou aquele que pede sem merecer! Sou um vale de lágrimas no anoitecer! Sou o amor dos amores sem nada pedir! Sou o espinho da rosa caída no chão! Sou a onda do mar quebrando nas rochas! Sou uma folha caída no outono da vida, Sou na vida o amor mais sublime, me ache aqui!! Sou tua alma venha pra mim, Sou a lua que ilumina tua vida sentida! Sou teu leito de sonhos de braços abertos, Sou aquela que te espera até o fim!! Sou tudo que pode querer tua imaginação!!! MENDUIÑA

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DESIGNIOS Olho pro céu e clamo por ti Estou terrivelmente triste Sucumbida nas artimanhas De satanás em forma humana Meu coração sangra de dor Da malignidade de outros Creio na tua misericórdia Nem orar consigo, apenas Choro, o choro da dor Não sinto o perfume das Flores, nem me alegro Com o sol que criaste pra Nos dá vida, sou como Uma folha seca caída no Chão pisada por muitos, Elevo meus olhos pro Alto onde me vem o socorro Não sinto minhas pisadas Pois sei que me carregas No colo até que eu esteja Pronta, teu sangue reverte Em mim a honra e gloria Enquanto eu vida tiver. MENDUIÑA

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INSANIDADE Fiz da minha insanidade A capa do meu desapego Estava perdida, me achei, Descobri que o amor não Se mendiga se completa... Tranquei o quarto fechei As cortinas, apaguei as Luzes, na minha completa E exausta solidão entrei Dentro de mim, sem Medo do desconhecido Que havia dentro do meu Coração e minha alma; Assim descobri o motivo Deste amor arraigado em Meu sangue, e com muita Tristeza, era óbvio, meu Amor de olhos azuis às Vezes verdes nunca havia Sido na verdade meu, sim, Puro engano, vou seguir Por paragem distantes sem Levá-lo dentro de mim.

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Agora, posso abrir as portas Do meu coração e tratá-lo Com amor pois este sim Me pertence até a MORTE! MENDUIÑA

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CHEGASTE A MIM Chegaste à minha vida sem pedir permissão Sem nem sequer me perguntar nada, Tomaste conta do meu coração e ali ficou E meu corpo, te entreguei sem medo, Como uma flor desabrochando, Tremi contra teu peito, tive medo, Senti-te agitada como uma criança, Aprendi que amar é sentir medo e alegria Entreguei totalmente meu corpo a ti, Acolhida em teus braços nos abraços, Deliciei-me envolvida em ti, senti frio, No gosto do amor mortal, vivido ali, E nós dois nos perdemos naquele amor, Sem pensar em pecar, ou não, Naquele amor infinito e lindo, Ali ficamos há nos olhar com amor, Abraçados assim como estávamos, Abençoados apenas pelo azul do céu azul E o brilho estonteante das estrelas, Permanecemos amando, e amando. MENDUIÑA

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EU PEDI Pedi teu perdão, me jogaste Ao leu, de joelhos clamei por Teu amor, me deste as costas Dei a volta por cima,procurei Socorro, outra vez recusaste-me Entrei dentro de mim, Vi meu coração tristonho Sagrando por ti, tive pena De mim, vi que amava O abstrato, copiosamente Chorei da dor do engano Agora não sou mais eu, Sou a razão, saí da Emoção desta Paixão... MENDUIÑA

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MULHER Valorosa virtuosa No amor nem sempre Vitoriosa, amante Dá tudo, e nada pede Chora, rebusca Dentro de si o sabor Dos beijos colados Desejos contidos Muitos perdidos Outros escondidos No caminho entre Espinhos reprime Seu desejo Seu amor! MENDUIÑA

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PASSARELA DA VIDA Passei anos e anos pela passarela Da vida, ora era um picadeiro, eu, A palhaça sorrindo, chorando, ia Atravessando a avenida da vida Às vezes ingênua, outras sabia Que meu mundo era quando não Uma avenida, um picadeiro, sim Se sorria ou chorava era sempre Pra alguns a rainha, pra outros A pequena borralheira, sempre Sonhando com meu amor, o tal Príncipe encantado em seu lindo Cavalo branco me levando enfim Pra lugares distantes, onde o amor Prevalecesse, meu beijos não fossem Roubados! Onde o picadeiro virasse Um eterno jardim do amor sem fim! MENDUIÑA

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RONDEL A pior pessoa é aquela chucra ou fingida Ou os dois juntos a grande festa esta feita Não vale a pena dar atenção à sua ida Muito menos festejar a sua volta à eita Almas iguais se atraem cada qual sempre querida Uma ou outra mais fingida se faz muito bem feita A pior pessoa é aquela chucra ou fingida Ou os dois juntos a grande festa esta feita Estas são aparentemente mansas na lida Pois querem sempre beber da seiva E se assegurarem do bom e melhor da vida Uma pessoa solicita amável e meiga A pior pessoa é aquela chucra ou fingida Luna Di Primo

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Abro a porta do amor para que a dor possa ser minorada diante do desafio, lenitivo que cura a ferida do rancor deixando a ternura como vento frio. Fecho a porta do egoísmo que cega para a necessidade e a paz enaltecida, tirano dos desejos que ao ser sega e solitário passa a vida embrutecida. Deixar a porta entreaberta para o sol da alegria que eleva em esperança, para que todos vejam a beleza do arrebol. É entrar e sair sem apego, como criança, do mundo interno e externo seguindo o farol da intuição que nos guia com segurança. Ana Maria Pupato

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DUAS LETRAS IGUAIS São duas letras iguais A numerar sua casa Num vasto jardim Iluminado por minúsculos e Celestiais pontinhos de luz São as fadinhas e outros Elementais da natureza A Ti presentear Mirar a sua imagem Que vida parece conter É viajar nessas maravilhas De misteriosas mensagens Que alegra qualquer Ser Esta expressão facial De combinados traços Harmônica e sedutora Talvez transcendental Ilumina qualquer espaço Olhos azuis? Castanhos? Esverdeados? Azul violeta? Ou nada disso? Não importa

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O que importa É a expressividade Contida nesse olhar Raríssima a decifrar Naturalmente a encantar (Poema construido em homenagem ao poeta Ronaldo Rhusso) Luna Di Primo

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PENSAMENTO - PERFEITO X BEM FEITO A maioria das mulheres fazem tantas coisas ao mesmo tempo... Vez ou outra alguns homens dizem que podemos até fazer mas, desse tanto, nem tudo sai perfeito! Eu respondo: quem disse que quero fazer tudo perfeito? Minha intenção é fazer tudo bem feito. SIGRID SPOLZINO

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NAVEGAR É PRECISO Preciso de nave p´ra voar elevar-me, alcançar teus olhos fazer ideias sairem do lugar Nesse mar dentro de mim sentir-me singular, além... por isso é preciso navegar Sair do chão quando posso dar vazão ao pensamento mas...alguém faz o nosso tempo Tempo faz chegar o momento agora juntos num sentimento perfeito alimento maior dos seres imperfeitos Navegar é preciso, vem comigo... SIGRID SPOLZINO

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ACONCHEGO Aconchego-lhe em mim Deixo que durma Que sonhe assim O sono da paz Qual inocente Da vida nem sente Aconchego-lhe em mim No meu peito a respirar O mundo pode esperar O tempo pode passar Não há nada tão urgente Só o seu recuperar Aconchego-lhe em mim No meu peito a sonhar Tudo, tudo vai passar Luna Di Primo

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Fugindo de mim... Desvio de calçadas, ruas, esquinas para não esbarrar em mim. Gilvania Rodrigues Machado

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Volátil Por entre meus dedos esse líquido amor escoa... Gilvânia Rodrigues Machado

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A flor que triste ficou com a perda de seu amor murchou, secou mas, morreu feliz pois um dia amou Luna Di Primo

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O FACÍNIO DO MAR... Olhar para o mar... é atravessar fronteiras e o infinito contemplar é dar um mergulho dentro de si e poder meditar é se perder em pensamentos e poder fantasiar é buscar seu momento e se realizar é ter a esperança e poder recomeçar é se ver no reflexo das águas e poder acreditar é ver as ondas beijando a praia e poder sonhar é ver a vida flutuar e poder se amar... Regina Trofino

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NAMORAR-TE EM SILÊNCIO Namorar-te em silêncio Desvendando segredos e vaidades Penetrando em teu universo Instigando desejos e ansiedades Explorando tua silhueta Extasio-me em tua miragem Jorra e aflora sentimentos Entregar-me, falta-me coragem Fazemos amor por telepatia Na efusão de nossos olhares Deleito-me em respirar teu ar Fantasiando quando me amares Quero perder-me em teu mar Envolver-me, fugir de si Em seu corpo poder navegar E algum um dia, entregar-me a ti Hoje apenas vou... Namorar-te em silêncio Regina Trofino

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SONHOS... Sonhos... - o que são os sonhos? Sonhos...é dar asas a imaginação é acreditar, é criar, é almejar... Sonhos... é você fantasiar algo e viver essa fantasia por pouco ou muito tempo... Sonhos... é você idealizar é você viver quem não sonha não vive... Sonhos... podem ser doces ou podem ser pesadelos podem ser prazerosos e podem ser reais...

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Sonhos... quem sonha tem mais chance de alcançar a felicidade de ter mais ânimo em viver em conquistar, em amar... Sonhos... os sonhos possuem asas asas do desejo asas da confiança asas do tempo asas da fé asas da alegria asas do amor asas da esperança... - Nunca perca suas asas... Nunca abandone seus sonhos... Regina Trofino

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UM SONHO... Na luz refletida da lua a procura do verso perfeito estática, delírio ao seu olhar em seus braços sinto-me segura que me encanta ao contento esperando seus lábios me tocar... Suave, doce, sensível, bonito como uma flor perco-me nessa fantasia puro, alegre, aprazível, vivendo em pleno ardor diante dessa linda magia... No firmamento, as estrelas a brilhar abraços, beijos, amores, seus traços suave aquarela as emoções a transbordar poemas, canções, flores, ofuscando a mais linda primavera...

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Seu amor me conforta, me acalma renovando, dando paz ao meu viver seu sorriso, um prazer que reluz brotando lágrimas, lavando minh’alma que alegria em seu corpo me perder no momento estonteante, uma luz... Não é uma ilusão um sonho talvez a sensação de liberdade no momento sublime da paixão amáveis palavras, pura embriaguês atingindo a plenitude da felicidade! Regina Trofino

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FIZ DA VIDA O MEU PALCO Fiz da vida o meu palco... onde era aprendiz pra aprender a crescer, a amar e a ser feliz onde entrava em cena a pessoa e atriz e expressar sentimentos escritos por um pedaço de giz. Fiz da vida o meu palco... onde atuei como criança uma fase de alegria, onde tudo contagia em meio a cantigas e cirandas o olhar repleto de esperança tudo gravado na lembrança. Fiz da vida o meu palco... onde pude sentir o que era ser amada e poder retribuir onde pude existir como mãe e mulher venci e aprendi a jamais desistir. Fiz da vida o meu palco... onde me realizei conquistei muitos planos o que idealizei com suor e sacrifício os meus filhos criei.

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Fiz da vida o meu palco... onde fui importante em meio a buscas e conquistas me senti radiante e no ápice da forma me senti deslumbrante. Fiz da vida o meu palco... entre brincadeiras, risos e choradeiras criamos laços significantes pois os amigos são preciosos e como tesouro os guardei momentos importantes que se tornaram marcantes. Fiz da vida o meu palco... muitos entraram em cena os amigos guardei e inimigos ganhei, pois a fama trás muita inveja e maldade e eu prego a lealdade em meio a tanta falsidade.

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Fiz da vida o meu palco... onde pude experimentar momentos de agonia, plena nostalgia por entre invernos e verões de alegrias à tormentos, tantos sofrimentos explosões de sentimentos. Fiz da vida o meu palco... num universo de magia e ilusões uma mistura de fantasia e realidade muitas perdas e decepções na eterna busca dessa tal felicidade e a vida pode ser dura, para quem não a procura ninguém vive para a dor e sim para o amor. Fiz da vida o meu palco... nessa busca constante me perdi e desci desisti do meu palco desisti do glamour mas lembranças ficaram saudades restaram de uma vida de sonhos de uma vida de amor.

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E nesse imenso palco da vida onde cada um é o autor de sua própria história todos almejam alcançar sucesso e glória todos têm seus medos, seus receios, cada um tem sua cruz mas no horizonte, pode haver um foco de luz onde cada um é o artista de sua própria vida sendo profissional ou amador entre subidas e descidas possam encenar com afinco e amor onde cada um tem o direito de ter uma vida colorida como um arco iris de ter felicidade e amor em sua trajetória pra que no final de cada espetáculo possam contemplar tantos aplausos e possam guardar na memória momentos de uma grande vitória!!! Regina Trofino

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ESSA SUA BOCA Linda essa sua boca Carnuda e sensual Provocante sem igual Nesse rosto marcante De traços másculos Esse olhar ao longe, distante Desperta imenso desejo Suplica o atrevimento De encarar o ensejo De devorá-la num beijo Sugá-la de bruto jeito Marcá-la sem preceito Essa sua boca erótica Insinua-se em fotótica Que a consuma sem retórica Luna Di Primo

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FEITICEIRO!!! Que homem é este que aparece tão faceiro Revirando meus sentidos fazendo-me delirar Seria este um terrível feiticeiro E seu intento é fazer-me apaixonar Porque viestes com palavras adocicadas Deixando-me trêmula quase a desfalecer Será que de fato me deixou enfeitiçada Pois sem você já não posso mais viver. Porque fez isso se não podes me amar Sentes prazer ao me ver atordoada Deixe-me livre, liberte-me desse encanto. Não sei porque ainda te amo tanto Depois de tudo continuo apaixonada Pois na verdade eu devia te odiar!!! (Angel Mag)

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TEU SORRISO ME DOMINA!! Ah! Esse teu sorriso me domina Me faz ter tantas imaginações Me deixa cheia de pretensões Com desejo que me alucina Os teus olhos me devoram Me desnudam com malícia Desejando minhas carícias Com vontades que nos afloram Vamos nos entregar com ardor Bobagem ignorar nossos desejos O tempo passa nem percebemos Como a flor rápido fenecemos Melhor entregar-nos aos beijos E vivermos esse lindo amor!! (Angel Mag)

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Minha flor está sempre orvalhada A espera do toque macio do meu jardineiro Tão perfumada quanto às manhãs de primavera Entorpece como a estonteante dama da noite Ao toque de suas mãos macias Abre-se espontânea, desabrocha como a rosa. Seu perfume inebriante é como o aroma dos deuses Entre todas as flores seu cheiro é o mais contagiante Tal como um beija-flor desejando meu néctar Assim eu te sinto aspirando meu odor Teus olhos percorrem minhas pétalas Com um desejo quase insaciável Como um ébrio você perde os sentidos Entregando-se ao prazer supremo!! (Angel Mag)

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QUERO SER O VIOLÃO! Se você a melodia Quero ser o violão E nas minhas noites frias Inspirar-te uma canção Quero um verso te inspirar Um que fale de amor Que me faça suspirar Mas que eu esqueça minha dor É na minha solidão Que a saudade bate no peito Lembro com emoção Um amor que foi desfeito Mas por ele já não choro Tenho nova aspiração Pois o tempo é companheiro E eu esqueço essa paixão. (Angel Mag)

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INGÊNUA! Acreditei nas tuas juras No teu amor eterno Quantas vezes me jurou amor sincero Dizia que me amava para sempre Que eu era o amor que você procurou por toda tua vida Quantas vezes me disse que eu era teu pensamento constante Quantas e quantas vezes me jurou um amor verdadeiro Dizia que nada, nem ninguém ia tirar você de mim Dizia que eu era tua outra metade O ar que você respirava E eu, ingênua acreditei... Dei asas a esse amor sublime e voei Voei tão alto que me esqueci do perigo de uma queda fatal Acreditando ser puro e único esse amor Quanta palavra linda me disse E elas soavam aos meus ouvidos como melodias Te conheci e minha vida se fez primavera Mesmo nos momentos escuros eu via luz Era como se o sol brilhasse dia e noite Nas madrugadas eu acordava e meu coração alegre sorria Eu tinha você... Eu tinha um amor que me amava Ingênua... Acreditei num conto de fadas Acreditei no amor eterno que você me jurava Até descobrir que o sonho acabou

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Até descobrir que as mesmas juras são feitas a outras Ingênua... Muito ingênua eu fui! (Angel Mag)

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UM AMOR PARA TODA A VIDA O amor é forte E ao mesmo tempo tão delicado Num momento está tudo bem O coração palpita feliz A gente transforma tudo em magia É puro encantamento No outro ele se torna silencioso Arisco como uma pomba De repente parece que... Parece que o encanto do primeiro amor se desfaz A dor começa a dilacerar o peito O coração sangra A alma geme O peito aperta Parece que algo muito forte toma todo teu Ser Esse algo é a tristeza Ela invade, machuca, oprime... Te faz perder o sono E quando se consegue dormir A angústia te acorda em desatino Da uma vontade de dizer a pessoa amada Que tudo já está bem Que o momento ruim já passou Mas seu amor não volta... Já não te responde mais. Aí fica o vazio O gosto amargo da saudade

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E as perguntas... Será que era amor de verdade? E as juras de amor eterno eram verdadeiras? Serão as palavras tão lindas trocadas... Falsas? Não... Não eram falsas, me recuso a crer nisso. Tudo é eterno enquanto dura E esse amor vai durar para sempre Ele tem promessa de ultrapassar os limites da vida! (Angel Mag)

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QUERIA Queria te olhar nos olhos Gravar-me em tuas retinas Guardar-te em minha memória Para lembrar-me de ti E jamais esquecer esse amor E não mais caminhar só Por esse mundo afora... Queria apenas te encontrar E sentir teus braços envolventes Ouvir tua voz suavemente Talvez beijar-te como um príncipe Quem sabe nada fazer ou então fazer tudo Queria te encontrar para te amar e ser amada Queria sentir o teu calor Ouvir tuas histórias E saber um pouco de ti Queria rir o riso dos apaixonados Ah! Como eu queria ir agora ao teu encontro Ou então receber-te aqui com a ardência de quem ama Queria me perder em ti Perder-me em teus abraços Embebedar-me no teu prazer E como uma ébria falar coisas sem nexo

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Como alguém que sonha, amanhecer ao teu lado E nunca mais te perder H oje eu queria ter você comigo Fazer dos teus braços o meu abrigo Queria ser o teu aconchego O teu calor nas noites úmidas e chuvosas A tua namorada amante e apaixonada Nas noites escuras ou nas enluaradas Queria apenas saber se você ainda pensa em mim!!! (Angel Mag)

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PERFEITA SINTONIA Sim, o nosso amor é puro encanto D’ele ecoa a mais bela melodia N’ele a risos e nunca o pranto Temos a mais perfeita sintonia Nosso amor é o bem mais precioso Que alguém possa desejar Nossos momentos são deliciosos Amamos-nos sem ter hora de parar Em nosso amor há cumplicidade Há amizade e muita confiança Às vezes fugimos da realidade Sonhamos e no futuro temos esperança (Angel Mag)

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Meu coração e alma enxergam muito além Do que meu simples olhar possa ver Eles penetram onde ninguém Jamais penetrou... Dentro do meu Ser Eu procuro tantas coisas saber Minh’alma vagueia num vai e vem Meu coração e alma enxergam muito além Do que meu simples olhar possa ver Dentro de mim mora um anjo do bem Que me faz todo mal aborrecer Dos meus atos não me torno refém Sou livre... Entre o bem e mal posso escolher Meu coração e alma enxergam muito além (Angel Mag)

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VEM Aconchegue-te ao meu coração Faça nele o teu repouso Reservei para ti um lugarzinho Um lugarzinho só teu Vem... Acalanta os teus sonhos em mim Te esperei tanto Agora que veio não quero que se vá Fica comigo Vem... Desvenda os meus segredos Descubra meus mistérios Penetre em meus desejos E afasta os meus medos Vem... (Angel Mag)

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BRUXINHA SAPECA! Como bruxinha sapeca Aceitei teu feitiço de luxo Mesmo contendo pimenta Eu queria esse lindo bruxo O calor ficou muito intenso Era quase insuportável Eu sentia um desejo imenso Só queria o bruxo amável Usei minha sutil magia Com meu olhar te enfeiticei Ouviu se uma melodia Assim que teus lábios beijei Como eu posso resistir Aos encantos desse amor Já deixei ele me invadir! (Angel Mag)

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Eu quero Nos seus braços Me aconchegar E no calor Do seu corpo Esquentar o meu Eu quero meu amor De amor lhe amar Luna Di Primo

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...Por falar em felicidade... Denuncio-te neste momento Responsável pela dose exata desta incrível emoção Pois depositas, por entre frestas, O desejo e o carinho, antes apenas expectação ...E por falar em felicidade Tu vens trazendo-me inspiração E faz-se o renovo, o recomeço a magia e o meu desejo por ti evidencia-se cada vez mais nesta paixão! Ariadneh Cavalcante

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Camuflados... Não são os teus, meu amor São os meus. Os meus que, instransigentenmente omiti... Os ocultei Por receio, medo, Insegurança... Os meus que sempre Existiram, mas os mantive indiferentes Por egoísmo meu De não ver-te sorrir E talvez partir,,, Sãos os meus e não os teus Que estiveram ali Em imagens coloridas Estampadas, Porém, evidentemente, Camufladas de ti, meu amor! E agorinha mesmo

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De novo senti Sim, senti, meu amor, De ti... Ariadneh Cavalcante

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Não há flor, amor Não há nada, há somente este amargor! Não há deleite algum e nem enfeite pra minha vida ataviar Não há ninguém, amor, que eu aceite colocar em teu lugar Não há sequer um brilho, Nem há sonhos, meu amor, para sonhar Não há fantasia, amor Ou um sorriso, amor, Nem uma música que me possa alegrar. Não há nada, amor, que faça a minh'alma sorrir. Desde que te foste não há como definir o vazio que tomou conta de mim... Ariadneh Cavalcante

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Imortais Não quero depois, quero agora! Não quero teu amor p'ra depois do luar Atravesse pontes, Todos os horizontes Nosso amor é p'ra ontem não temos mais que esperar Venha, meu amor, agora neste tempo presente O impossível sobrevirá Ademais, este amor ficará para sempre Em mim, em ti Em nós, Meu amor. Em nós Dois Imortais... Ariadneh Cavalcante

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Devorada Foste levando-me o sorriso deixaste-me um abismo imenso minh’alma ficou sem abrigo por pouco perdia o senso... Consumiste-me a alma Degustaste-me lentamente Desde então perdi a calma, a voz e a razão não me atende. Levaste-me o sorriso, mas tua lembrança comigo estará Tatuagem que não se apaga, Marcados em meu corpo Tua pele teu cheiro e teu gosto Em mim vão ficar Engoliste-me o argumento e um sentimento cativo é teu Comigo fica este lamento e a sensação de vazio por tudo de nós que na escuridão se perdeu... Ariadneh Cavalcante

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MEU MUNDO Minha janela da pra outra janela E por essa vejo meu mundo Todo colorido das mais diversas flores Mas minha janela não da para outro mundo Este nem vejo praticamente Meu mundo é igual, mas é diferente Tem água, tem sol, tem cores Mas não são todas, não são Faltam umas destas cores Estão estas cores mais nas flores Que as colocam na Iris de meu olhar É assim o meu mundo da minha janela Luna Di Primo

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Sou uma flor... Por vezes meu perfume enlouquece, Por vezes meu perfume, vicia... Sou uma flor, faço parte da vida. Às vezes me torno frágil outra me torna perigosa. Não sei ao certo que tipo de flor eu sou. Mas quando tratada com carinho, sou uma flor se espinhos. Quando tratada de mau jeito, posso exalar meu veneno. Mas não me culpo por isto, sou apenas aquilo que desejam. Aos bons olhos que me vêem, se sou perita, Perfeita continuarei. Se para outros nada tenho valor, melhor nem desperdiçar o meu amor. Não durarei muito, mas quero sempre estar presente, seja nos corações. Ou nas grandes situações. Sou amiga, sou amante, sou menina... A flor que desabrocha a cada dia. Bianca Francisco

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Soluções... Ás vezes a vida nos prega cada peça, Às vezes nos vimos em situações que dizemos... “É matar ou morrer” “É ficar ou correr” Não sabemos quais soluções temos para determinadas circunstâncias. Mas sabemos que de nada vale certas soluções tentar dar. Não é fácil desistir, nem tão pouco algumas coisas tentar. Mas sabemos que soluções, são enigmas e que nunca sabemos em que estrada vai dar. Sabemos que a vida é única, mas não entendemos como continuar. O que fazer e para que lado andar... Sabemos apenas, que é preciso algumas atitudes tomar, Que a vida não para, e que para trás não podemos ficar. Seguir é correto, mas para seguir é necessário algumas decisões tomar. Mas como já disse! Para que lado andar? Soluções! O que fazer para não mais errar? Se penso em soluções, penso em tudo melhorar! E você? O que pensa em mudar? Bianca Francisco

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Vida é Vida! Não se vive apenas, mas apenas se vive... Não sabemos tudo, mas pagamos para saber, Construímos ideais em cima de muitas coisas, Mas não construímos muitas coisas em cima de ideais. Vivemos o hoje, mas queremos saber o amanhã! Sonhamos com um futuro melhor, porem não mudamos em nada o nosso presente. Batalhando por uma vida longa e prospera, mas ainda assim não fazemos o suficiente. Onde é que vamos parar? Acordamos, trabalhamos, e dormimos... Todos os dias são assim, e mesmo com esta rotina, não aprendemos a nos amar. A agradecer cada minuto de vida, o ar que não vimos, mas sentimos. O amor que nos envolve e não retribuímos. Acordar, trabalhar e dormir! Isto não é vida, tem algo á mais... Temos família, pessoas que precisam de amor, pessoas que sonham com nosso amor... Quem me dera o dia ter mais de 24 horas, poderia amar a todos sem pressa e sem correria. Desejaria que fossem mais longos meus dias. Só assim amaria mais e agradeceria muito mais a vida! Bianca Francisco

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Pessoas Hoje estou em casa ouvindo minhas músicas, Muitas saudades de algumas pessoas, Muitas lembranças alegres e outras tristes. Saudades de pessoas que se perderam no caminho. Por hora, outras que ao se casarem, Acreditaram que era melhor a amizade acabar. Não é fácil viver em mundo tão fútil. Não é fácil desejar e não ter, Querer e não poder. Mas hoje os sentimentos se confundem. Sentimentos de medo, de desejo e batalha... É duro querer mudar tudo, e não saber como fazer. Dar um passo a frente e o mundo enfrentar. Ai meu amigo...Como queria ao seu lado estar. Lembrar de nossa juventude e dos momentos de risadas. Que pareciam nunca se acabar. É muito triste saber que todos se esquecem da vida que levou. É duro ver que muitos são importantes, mas nem todos são fiéis. Bianca Francisco

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Naquele encantado mar Que tanto se amaram, agora So abriga lagrimas do olhar Na dor que soa mundo afora O mar não segurou o encantar E o amor virou de outrora Naquele encantado mar Que tanto se amaram, agora chora um leviano amar Que veio com a aurora Impossível glorificar Na verdade não aflora Naquele encantado mar Luna Di Primo

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OS NAMORADOS... Quão belo sonhar... Singelo é namorar! Ter carinho e prazer, Sonhar e bem querer, Cativar momentos... Trocar pensamentos Caricias e desejos... Nas trocas dos beijos Em lugar escurinho... Deserto e sozinhos! Dilce Toledo

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MEMÓRIAS As minhas doces memórias, São singelas e permanentes, Mantenho-as bem guardadas Elas estão dentro de mim... Fazem partes da minha história É a doação, o melhor presente, O bálsamo da alma apaixonada, São as flores do meu jardim... O gotejar das minhas paixões, O suspiro das minhas emoções, Na dor são as minhas fontes Que eleva a minha inspiração, Enxergando novos horizontes. Dilce Toledo

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AMOR... Hoje... Os meus pensamentos são teus, Ofereço a ti, esta singela poesia Ela é tua, profundos versos meus Feitos com carinho em harmonia, O cântico suave, uma bela canção Olhando o céu, as estrelas, o luar, Os sonhos navegando na emoção, Em delírio e a vontade de te amar! As nossas lembranças armazenadas, Gravadas na memória... Permanente, Mesmo as tristes, sofridas marcadas, Nas de alegria por um ardente amor, Em um sensível viver de dois amantes, Em um viver sem o ódio, sem o rancor, Nas doces ilusões, longe da realidade, Que flagelou a alma com a separação, Deixou marcas e uma intensa saudade, O compasso e descompasso do coração. Dilce Toledo

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O deslizar sereno Na visão deste cenário O reflexo da serenidade O carinho e o esplendor A fonte da felicidade Os sonhos e a magia De um grande amor Um amor sem limite! Dilce Toledo

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APRENDI TE AMAR Aprendi contigo, o jeito de te amar Também aprendi o sabor do querer, Ah! Como aprendi a teu lado ficar, Aprendi sentir paixão, desejar você! Junto a ti... Aprendi como é ser feliz Convivendo com você, aprendi a viver Uma doce vida... A que sempre quis, Com a ternura, o carinho e o prazer. Aprendi mesmo acordada... Sonhar! Navegando... A sensível imaginação, Por longos rios, a imensidão do mar, Deslizando pelo paraíso da emoção. Foi um aprendizado de sentimentos, Dos lindos sonhos... Dos devaneios, Mas faltou... Nesses ensinamentos, Como moderar os tristes anseios, Como suportar a imensa saudade, Quando houvesse a triste partida, Em busca de outra felicidade, Para outros braços, outra guarida. Aprendi tanto te amar, a te querer Aprendi contigo, as lições do amor Só não aprendi... Ficar sem ter você, Não ensinastes, conviver com a dor. Dilce Toledo

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Um olhar triste... Perdido Busca refúgio... Da dor Mira as ondas do mar, O vai e vem... Escondido O marulho... Trovador Espumantes... A bailar! É o mar... É o amor... Entoando uma canção Nos acordes da melodia Cantada com clamor Ao impulso da paixão Dos desejos, a sintonia! O olhar dita a emoção! Vê as ondas espumantes O marulhar da inspiração O baile das ondas gigantes. É a força do mar confortando É a dor, já adormecendo... É a natureza embelezando É a poesia nascendo! Dilce Toledo

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ENGANO DE AMOR! Palavras... Frases soltas ao vento Um triste vôo sem asas... Voando em compasso lento. Um olhar... Sem o brilho, meio adormecido Uma maneira de gostar... Sem ter o terno sentido. Palavras sussurradas... Sensíveis... Mas sem a magia, Uma voz entrecortada... Um mágico, em perfeita maestria. Palavras de amor... Que morreram sem o doce viver Um olhar de desamor... Que não soube falar, ditar o prazer! O engano foi só meu... Ou melhor, não consegui entender Qual foram os sentimentos teus... Amor... Paixão... Sexo... Prazer? Dilce Toledo

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POEMA DO RESPEITO À LIBERDADE Não tolherei sua poética Fico com os meus pensares O que importa do que fala? Se de amores presentes ou passados Se... São sobre mim ou outrem Se... Seus pensamentos vagam O que importa Se fala dos seus ou meus erros Ou erros doutros? Não faz diferença Se escreve com amor ou com ódio Se beija ou bate se acaricia ou xinga Nada importa a ninguém Se ri ou se chora Se tem seus versos sangrentos Por quê me incomodar Se ironiza, critica ou elogia? Eu sei o que é liberdade

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Nao tolherei sua poética Pois sei o que é isso Tive a minha massacrada Vilipendiada por seres inóspitos Desprezados por ela, a poética, por serem vis Por isso constroem seus versos frios Seres que, de poesia, nada sabem A não ser decorar suas regras Mas são vazios os seus versos Não tolherei sua poética Pois sei o que é isso Ainda me recupero de traumas sofridos Nao tolherei sua poética Siga em frente E faça valer sua poesia Luna Di Primo

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MOVIMENTO Deslizei, caí Escalei, subi Encontrei asas, voei Qual gaivota, planei Amei, sonhei Chorei, sorri Perdi, ganhei Fiquei, parti Se fui feliz? Não sei... Se magoei, Desculpe, Nem senti. Fátima Almeida (Fafah Reis)

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UMA LIÇÃO DE AMOR Quero contar pra vocês Uma história diferente De uma gatinha branquinha Que se chamava Alvinha E o grande desejo que tinha Era ver todo mundo contente Quando alguém estava triste Alvinha logo chegava Em seu colo se aninhava E ronronava... Ronronava... A pessoa se emocionava E a bela Alvinha acariciava Certo dia ensolarado Alvinha estava no jardim Quando ouviu algo ruim E nessa tristeza vou por fim”.

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De fato eram três pintinhos Desses bem amarelinhos No mundo estavam sozinhos Alvinha correu p’ros bichinhos E encheu-lhes de carinhos Como se fossem gatinho Que importa se são pintinhos Poderiam ser passarinhos Ou até mesmo cachorrinhos O amor tem seus caminhos Alvinha e seus filhotinhos Nunca mais ficaram sozinhos Aquela gatinha esperta Passou uma grande lição Com seu gesto de afeição Mostrou que iguais todos são Cuidando daquela adoção Com todo amor do coração! Fátima Almeida (Fafah Reis)

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Quem é você? Anjo?... demônio?... Por que você entrou assim em minha vida? Sequer pediu licença e... Como quem quer e não quer, Com todo seu mistério, Chegou... e pronto, Ficou. Decidiu criar raízes em meu coração Fazer minha cabeça. Como eu gostaria de lhe conhecer!... Ah! Como eu gostaria!... O que eu não faria para dormir os seus sonhos... Anjo... ou demônio? O que quer que você seja Você consegue fazer com que eu saia de dentro de mim, que eu me sinta mulher, mais mulher, que eu me perca no tempo, no espaço, e me encontre em você. Fátima Almeida (Fafah Reis)

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MOVIMENTO Deslizei, caí Escalei, subi Encontrei asas, voei Qual gaivota, planei Amei, sonhei Chorei, sorri Perdi, ganhei Fiquei, parti Se fui feliz? Não sei... Se magoei, Desculpe, Nem senti. Fátima Almeida (Fafah Reis)

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AO MEU POETA Ah! meu poeta! Tantos anos te busquei Tanto te vi Em pessoas que afinal Nada tinham pra se ver. Tanto tempo passei Esperando Um príncipe encantado. Foi isso, Que me ensinaram a esperar. E eu sentia o meu poeta! Mas meu poeta nunca soube Que eu o estava sentindo. Tantas vezes pensei Finalmente tê-lo encontrado. Terrível engano. Ou desengano? Como eu amei o meu poeta! Mas o meu poeta Nunca imaginou sequer Que eu existisse. E hoje, Quando deixei de te buscar, Encontro, num certo LUGAR CHAMADO LUZ, A tua alma tão nua Que esqueceste de guardar. Fátima Almeida (Fafah Reis)

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As mágoas transformo em luz

Que a felicidade seduz

As lágrimas são contas a brilhar

Através de meu olhar

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Sei quem eu sou Hoje, venci meus sonhos Lutei contra meu opressor Tire-o dos meus caminhos Estou pronta para o amor A luta foi árdua Foi com o corpo e a alma Já não sinto aquela mágoa... Peço a minha calma Quero que ela volte ao meu viver Quero mostrar os meus encantos De ser uma mulher verdadeira Quero poder sentir prazer De extravasar os meus sentimentos... Quero amar e me doar por inteira Sol pereira

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A fotografia Foi um momento cruel Quando vi os dois abraçados Em uma fotografia de papel Percebi que eram namorados Estavam lindos e felizes Eu, com raiva e ódio Sentimentos infelizes Que não percebi o óbvio Deixei as lágrimas de tristeza Rolarem face abaixo Naquele momento fatal Percebi a beleza Que existia entre o eixo Do imaginário e do real Sol pereira

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Para mim é muito difícil envelhecer Fico triste porque não me resta alternativa Fico triste, pois não me resta muito tempo Para as coisas que eu gostaria de fazer Gostaria ainda de viver uma linda história de amor, De ter tempo para curtir as coisas boas da vida, De ter tempo para o tempo Gostaria de parar de trabalhar, para me dedicar somente a mim Viajar, fazer aulas de danças e um curso de francês Recomeçar as aulas de piano e fazer um curso de costura São coisas tão simples, mas não me resta tempo Quero acordar sem ter pressa de dormir Quero caminhar sem ter quer parar Quero sair sem ter hora para voltar Quero começar um livro e nunca terminar, Todo ano fico assim meio que depressiva e de baixo astral Sei que cada ano que passo eu fico mais velha É natural do ser humano, mas eu não aceito Travo uma luta crucial comigo mesma Sol Pereira

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O amor Não adianta falar palavras bonitas Exaltar o amor Se não acreditas Quão és sedutor Aquele que se embala Por este tão nobre sentimento Tocando em uma viola Que o faz aflorar todo sofrimento Quando tais palavras são ditas Por alguém que não sabe a beleza E nunca viveu anos de glórias, Mas, sim, só proferiu palavras malditas E distribui por todo o vale a tristeza É por isso que exalto o amor nas minhas poesias Sol Pereira

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Doce amor Meu cavalheiro dos lábios de mel Sonho com você noite e dia Cavalgando em um corcel Decantando uma bela poesia Que fala da beleza quando Está-se amando Sei que não será fácil dominar Este medo de te perder Sou uma pessoa Que tem medo de sofrer, Mas é confortante esta ternura Que emana de você Sol Pereira

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ESPELHO DE NÓS DOIS Por meu grande amor eu chorei Quando não entendi Quão grande era esse amor Hoje eu não mais choro E trago comigo um largo sorriso O nosso sorriso Reflete em nosso olhar Espelho de nós dois Luna DI Primo

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E SE... ...e se eu morresse agora o que dirias do verbo não dito? o que faria com o verso escrito? o que seria do nosso meu em ti? o farias com o meu seu em si ? diz agora, sem constrangimento... antes que tarde seja! antes e sem demora, vem me abraça e me beija aproveita o sabor desse vento! que já te espero há horas... (Lena Ferreira)

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PRECISÃO E foi precisa a guerra santa entre os dois mundos para que a paz cirandeasse ainda tímida no sítio tenso, encharcado de queimumes alardeando suas asas inda pesadas - suportando o peso de tantos desditos - E foi preciso um não imposto ao sim covarde e na coragem, escorreram cãs verdades esguichando a verve em cismas imoladas por este verbo que inexiste em qualquer mente E foi precisa a hora de voltar ao meio e repartido o cálice em arrasto e fel nas doses doces mascaradas por orgulho fora o pedestral de vidro fosco estilhaçado E foi preciso o vão, o pedido... ...e a negação. (Lena Ferreira)

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O amor que me entrega Me faz estar sempre com você Que ao me amar me leva ao céu Me mostra as nuvens Me apresenta as estrelas Me enlouquece no êxtase E depois do amor Quero adormecer e descansar Para novamente lhe amar

Luna Di Primo

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Um pai ...Uma Luz"

Pai você era tão simples..Tinha um olhar tão singelo.

Pai você tinha ternura para falar, para ouvir e aconselhar.

Pai você tinha a sabedoria dos mestres, mesmo sem ter

Freqüentado nenhuma escola.

Com voce aprendi o verdadeiro sentido da vida , da

amizade

e do amor!

Aprendi ser valente sem perder a doçura.

Ser sincera sem ferir sem magoar ninguém,

Aprendi com você que o mais importante e dar e não

receber.

E amar mesmo sem ser amada.

Você ensinou -me que o importante na vida

Era ser... E não ter. Com você aprendi que ,

Somar era bem melhor que dividir.

Mostrou-me que os caminhos da honestidade,

Certamente é bem mais difícil de trilhar

Mas que vale a pena insistir

Você me ensinou antes de partir que;

O amor a Deus é muito mais importante que o temor.

Eu queria ter ficado um pouco mais com você pai. Queria ter aprendido só mais uma lição.. Essa você não me ensinou. Sim pai ...Você não me ensinou a te esquecer

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A não sofrer com tua partida. Mas... tudo bem. Eu ainda te sinto na brisa ,na chuva ,nas tardes mornas de outono. Eu te sinto em toda parte pai ...E sei que por toda minha vida vou te amar!

Helena de Paul Paula

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Um sonho a mais... O inverno havia chegado com força total. As floradas na serra se tornaram brancas como Chumaços de algodão... Acendi a lareira... Abri um vinho Tentei não pensar em você... Mas estava impossível... Estes olhos lindos e brilhantes me seguiam por toda parte. Tentei ler um pouco... Li uma paina, duas, na terceira desisti. Fechei meu livro... Deixei os pensamentos me levaram ate você. E eu te vi... Encontrei-te triste e solitário naquela noite fria de inverno! E tu choravas... E tu tremias de frio de dor. Estendi minha mão... Perguntei-te que havia acontecido? E você me contou uma historia, que principio duvidei... Disseste-me que aquele malvadinho te flechara enquanto estavas distraído... Mas seria mesmo? E eu te trouxe para junto de mim e vi que era verdade.. Vi que teu peito ainda sangrava... Então te aconcheguei em meu abraço ,te agasalhei e cuidei das tuas feridas.Ficamos ali abraçadinhos olhando e ouvindo o crepitar daquela lareira e nos amamos ... Foi tão maravilhoso tão intenso... Adormecemos e quando o dia clareou vi que a lareira havia apagado... Aquele ambiente estava hostil frio e você não estava... Que pena... Foi um sonho... Um sonho de amor”Arrumei as malas e me despedi de Campos do Jordão. Os termômetros

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da cidade marcava três graus, e eu ainda tremia de frio! E eu ainda estava só! Helena de Paula Paula

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TRISTE FIM DE UM AMOR! Nada de novo acontecia naquela pacata aldeia. Ali os dias eram sempre iguais, a vida corria lenta, somente aos domingos a rotina mudava um pouco. Tinha a missa na capela, de vez em quando uma quermesse, muito raramente um casamento, mas quando acontecia era festa pra quem quisesse ir. Foi numa dessas festas que Mariana e Diogo se conheceram. Ele havia sido convidado para tocar naquela festa de casamento. Diogo era conhecido por tocar e cantar em festas das redondezas, o que lhe rendia a fama e o estigma de namorador e aventureiro. Era muito bonito e não tinha moça ou mulher casada que não tivesse uma queda por ele, mas naquela festa ao ver a linda Mariana se apaixonou perdidamente por ela, mas a fama de violeiro namorador e aventureiro chegou rapidamente aos ouvidos dos pais de Mariana, trazendo-lhes uma certa preocupação...A menina fora aconselhada pelos pais a não se envolver com Diogo. mas de nada adiantou, acabaram por namorar, noivar e até marcar a data do casamento. Mariana era linda, faceira e querida por todos, mas o destino dos dois não prometia nada de bom. A gota d’água foi uma briga em que Diogo se envolveu na vila por causa da mulher do delegado...Esta tinha fama de namoradeira e se achou de engraçar justamente com Diogo. Segundo quem

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presenciou o fato, Diogo foi vitima das sandices da tal mulher, mas por estar meio embriagado acabou por cair nas artimanhas dela. Enquanto Diogo tocava sua viola naquela vendinha da vila, onde uma tenúe luz de lampião iluminava aquele lugar, Maria Inês, mulher do delegado se insinuava para ele, dançava com seu vestido curtíssimo e provocante. Diogo tocava e bebia, aliás, este era um dos seus defeitos, bebia sempre um pouco mais... além da conta. Naquela noite não fora diferente... Sem muitas explicações, Mariana naquela noite sentiu um aperto no peito. Estaria seu amor precisando de ajuda? Não demorou muito para que sua casa fosse invadida por policiais, um alvoroço total, sirenes,correrias e gritos: __Onde está ele? Onde se escondeu? Mariana nada assimilava, não entendia nada, até que o delegado gritou; -Assassino,assassino.__Ele assassinou meu companheiro, a vida dele não tá valendo isto aqui, disse-lhe mostrando uma moeda, enquanto dezenas de policiais reviravam toda a casa. Mariana sentiu que o chão faltava a seus pés, o aperto no peito teria sido sim um aviso. Aos poucos a calma voltou, pois eles não encontraram Diogo, e com certeza iam procurá-lo em outros lugares... Mariana olhava, tristemente pela janela enquanto trançava seus longos cabelos. Seus olhos, ainda cheio de lágrimas, impediram que ela visse no meio dos arbustos escondidos seu amor, e somente quando ele lhe atirou uma flor branca que ela o viu. Correu e o

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abraçou. Mariana ainda tremula, lhe disse _O que foi meu amor, o que aconteceu? E ele sem muitas explicações disse-lhe apenas; - Meu amor, só vim me despedir... _Juro, sou inocente! Um dia eu volto e esclareço tudo. Meu cavalo esta arriado vou fugir enquanto é noite, porém Mariana não pensou duas vezes, insistiu implorou e mesmo sob os protestos de Diogo, acabou na garupa do cavalo com ele noite adentro. No dia seguinte seus pais tiveram a triste noticia... Um casal foi encontrado morto, abraçados e com o corpo crivado de balas. Era assim o triste fim de um amor! Helena de Paula Paula

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E A VIDA É ASSIM... Silvia dirigia pela Avenida Vinte e três de maio, era seu ultimo dia de trabalho, o trânsito estava horrível, era véspera de um feriado prolongado, mas o que para ela deveria ser motivo de alegria infelizmente não fora pois, com uma tempestade se aproximando, ela sabia que não demoraria muito e estaria presa no engarrafamento. Motivo do terror que tomara conta dela... Silvia ha algum tempo fazia tratamento para síndrome do pânico. Ela que já havia presenciado tantas situações de verdadeiro terror nas ruas de São Paulo enquanto dirigia. Viu certa vez uma mãe gritando desesperada, pois seu carro fora levado por bandidos com seu bebezinho dentro. Viu um homem ser baleado em plena luz do dia num farol por tentar reagir a um assalto, agora era uma gang de motoqueiros que assaltavam e matavam sem piedade quem cruzasse no caminho deles. Como se tudo não bastasse, Silvia também fora arrastada dentro do carro por uma enchente que inundou seu carro em questão de minutos, fora salva graças a ação rápida dos bombeiros. Ela ia completar quarenta anos e seu casamento estava a ponto de desmoronar, pois com um emprego que a consumia ela foi deixando passar a chance de ter um filho tão desejado pelo marido. Quando a síndrome do pânico tomou conta, ela decidiu, não iria mais trabalhar. Pena que ficou só na ameaça, pois Silvia continuou no emprego. Um dia ela sentiu uma vertigem, acreditou ser por causa dos remédios que ela havia parado de tomar por conta

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própria, mas as vertigens continuavam mesmo depois de voltar a tomar os remédios decidiu que era hora de fazer uns exames... Surpresa... ela estava grávida! Sim grávida, beirando os quarenta anos... Agora sim, não iria mais trabalhar. Ia voltar para o interior, criar seu filho numa cidadezinha tranqüila, queria vê-lo crescer jogando bola na rua, brincando com amiguinhos, ia estudar numa escola pequena, mas segura. Enquanto pensava Silvia presa no trânsito, segurava com força a bolsa que continha ali seu ultimo salário. Era como se ela quisesse proteger aquele inicio de vida tranqüila que se aproximava. Quatro horas da tarde, o céu escureceu rapidamente e a chuva caiu torrencialmente. Silvia sentiu que ia ser de novo arrastada pela enxurrada, ou então ia ser assaltada. Suava frio, sua mente criava monstros, sua mente mostrando o perigo de todos os lados e quando um motoqueiro bateu no vidro do carro ela já estava num grau máximo de terror e pânico, tirou rapidamente uma arma da bolsa e descarregou varias vezes no motoqueiro, matando-o nas ruas enlameadas de São Paulo. Imediatamente alguns amigos do motoqueiro morto se aproximaram e em pânico diziam _Ele só queria avisar que o cinto de segurança estava para fora impedindo que a porta fosse fechada adequadamente. E ali, naquela tarde chuvosa, em meio aquele caos, Silvia via ir por água abaixo o sonho de viver tranqüila numa cidadezinha do interior. Esta é mais uma historia que a vida escreve! Helena de Paula Paula

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COISAS DE CRIANÇA

Quando meu filho ainda bebia o leite com chocolate

preparado e servido na cama pela mamãe, sempre tinha

uma gracinha que ela fazia para enfeitar aquela refeição.

Um dia mamãe inventa de fazer um corte na caixa de leite

bem menor que o indicado. Aperta a caixinha para extrair

o leite que ao cair no copo se torna todo espumante,

como se tivesse saído mesmo da teta da vaca direto para

o balde caindo e formando aquela espuma. Então,

mamãezinha prepara o leite e diz ao chegar à cama:

- Olha o leitiiinho... Direto da teta da vaca.

- Direto da teta da vaca?

- Sim. Veja quanta espuma... (era quase todo espuma)

Como ele era pequeno, ainda não conhecia muito bem o

processo de obtenção do leite, mas sabia da espuma e

adorava. Ele sabia, também, que “direto da teta da vaca”

queria dizer que o leite fora obtido espremendo a teta da

vaca para o leite cair dentro do copo e que isso acontecia

no curral. Suponho que ele tenha na sua cabecinha de

criança, questionado:

- Como pode ser direto da teta da vaca se aqui não tem

vaca nem curral?

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Esse engano aconteceu por duas vezes. Na terceira vez

estava a mamae espremendo a caixa, toda feliz, fazendo

aquela espuma, quando escutou:

- ahahh... Direto da teta da vaca, nééé ?

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Sê caipira Sê ô não sê, num si iscói Isso é sina, não si iluda. Már o sór bria nú zói I tardia, arguma ajuda. Dispois é carpir a sorte Disbravá argum sintido Inté qui si achi a morte Sarto pru disconhecido. I nu mêi dêssi caminhu Chêi di ispinho e di flô Sê iguár um passarinhu Puro i simpri sonhadô. Nus mai, o bão é proseá Pitá u fumu du cachimbu Prantá fejão, miará Anti qui si viri limbu. Ana Maria Gazzaneo

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Tácita Desisto de queimar os meus neurônios Tentando decifrar tanto mistério Pretendo aquietar tantos demônios Suavizar as notas do saltério. Se trago em mim os traços dos campônios O fim se dá no mesmo cemitério Só vou deixar odor dos feromônios Afim de desculpar meu adultério Limite que pretendo, me limite Me salve de outro tantos revertérios Não mais me perderei dos hemisférios No ir e vir trivial, nos impropérios De todo ser carnal que a terra habite Me encontrarei, tal qual, serena e quite! Ana Maria Gazzaneo

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Verdades e verdades Bem longe dessa verdade A minha verdade oca Repleta em sinceridade Noutra trinca desemboca. Não dá braços para o verde Nem reflete esses sonhares Pela fumaça se perde Não dá berço aos meus reinares. Vagando ao silêncio imenso Deixando-se possuir Por vezes ao céu apenso Noutras num branco existir... Com nada me identifico Estranha, olho pra mim Sobre um porém mitifico E me deixo estar assim Alheia ao pó dessa hora Ao vinho que me embebeda Sequer me importa o agora Me torno o que a letra engedra

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E enveredo pelas teclas

Me deixo ao léu escorrer

Me verás por entre as réstias

Do luar no anoitecer.

Nada que se saiba, só

Em sombra por sob a mão

Emaranhado num nó

Sem mistério ou confusão.

Ana Maria Gazzaneo

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A vida é só fantasia

Mais dia menos dia

Num piscar d´olhos

E nada mais existe.

Nem som, nem a poesia

Do sol, que nascer insiste

A anunciar mais folia...

Nem mais a dor, nem o riso

Nem o medo, nem tristeza

Tudo zerado ao impreciso.

Nem memória, nem desejo

Nem lembrança e nem cortejo

Da felicidade urdida

Em cada sonho risonho.

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Tudo ao final, esquecido.

Nenhuma sequer façanha

A mover mais a libido.

Tudo ao nada conferido

Nem mais astúcia, nem manha.

A verdade nua e crua

Constatação que estarrece

A vida é magia pura

Fantasia que fenece.

Ana Maria Gazzaneo

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A lua sapeca e maliciosa

Daquelas alturas desce

Vem toda majestosa

Seu olhar de prazer cresce

Ver tão belos amantes

A ela sempre apetece

Seja por poucos instantes

O prazer do gozo enobrece

Como grandioso diamante

Encantador brilho celeste

Luna Di Primo

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Ajoelho-me diante do meu Senhor, que é apenas um, que me guarda, que me guia, nesta jornada da vida, que eu mesmo desejei. A Ele eu agradeço, as flores recebidas, mas com certeza, louvo muito mais, pelos espinhos que me espetam, ferindo-me em minha alma. Louvo, porque estes espinhos, que doem e muito sangram, é que me faz pensar, refletir e descobrir, que com fé e amor, eles se transformam em flor. Meu Senhor é muito justo, deu-me o livre-arbítrio, se encontrei espinhos, é que em outra vida, com estes espinhos feri, pelo desamor levado.

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O fiz devido ao fato, da ganância prevalecer, a vaidade vencer, o orgulho reinando, só comigo me importando, as chagas da alma foram aumentando. Aos poucos vou me curando, muitos séculos são passados, muitas vezes já encarnei, a lição fui aprendendo, o amor foi me invadindo, as chagas estão fechando. Por enquanto trabalho aqui, bem pertinho do Umbral, vou dando assistência a quem lá está, quem clama por amor, vou recolhendo, não sou melhor do que eles, no passado distante, já estive lá. Ditado por Aspargos psicografado por Luconi

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Por que nesta vida,

gélido é o meu caminho,

por mais que eu me debata,

tudo em vão se mostra, por quê?

Eu talvez fosse o culpado,

pois o porquê não atino,

mas com certeza está,

enraizado em minha alma.

Em mim mora a solidão,

que a muito se alojou,

trazida porque acreditei num amor,

que só me trouxe desilusão.

Então sigo a minha sina,

o gélido na alma sentindo,

falsos carinhos procurando,

até que se cumpra o destino.

Luconi

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Vós que choras e que gemes, que só sabes te queixar, já

parastes pra pensar no nosso Mestre querido, que todas

as dores enfrentou sem ao menos dar um aí?

Vós que te orgulhas de si próprio, que não sabes perdoar,

que julga e é algoz, já pensastes em Jesus, que de todos é

o Maior, o Filho mais querido, que entre nós se tornou o

mais humilde, e que depois de tanto sofrimento só soube

perdoar?

E vós que te julgas só, que te vês abandonado, que se

sente sem apoio, se esquecestes de Jesus, que está de

Braços Abertos em todo canto do mundo, esperando que

alguém se lembre que com Ele pode contar?

ditado por João de Albuquerque

Psicografado por Luconi

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Beijos poéticos Eu lhe envio Beijos de aromas Pode escolher Beijos de lua Em qual fase Beijos com gosto Escolha o sabor Beijos molhados Regados a que Beijos de flores Escolha a preferida Beijos quentes Escolha a temperatura Beijos frios Sinto muito deste não tem Mas quem sabe com sorvete Ou com gelo Luna Di Primo

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O CANTO DO PASSARINHO Lá pelo caminho Indo para a escola, Sempre encontrava O lindo passarinho. Cantava tanto, Mas tanto, Que mais parecia uma festa, Eu sempre achava, Que era pra mim. Ledo engano! Um dia senti sua falta, Dias após dia, e nada! Mas, grande foi a surpresa, Quando ouvi uma cantoria... O lindo passarinho Arrumara uma namorada, E, nesse dia ensolarado, Lá estava o danado, Num galho todo florido, Cantando pra sua amada! Vera Jacobina

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O AMOR QUE TRANSCENDE

Duas pessoas

se tornam uma,

quando se olham

e se permitem....

As almas se fundem!

Tudo em volta, conspira,

transforma-se...

A música se espalha

pelo ambiente, juntamente

com o cheiro das rosas,

que os deixa inebriados,

e formam conjunto,

com o canto dos pássaros,

embalando o amor,

que transcende ...

Qualquer outra emoção,

é em vão!

Esse sentimento,

é tão grande, e tão maior,

que a promessa do eternamente, se faz!

Vera Jacobina

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QUE TEMPERO!

Cabe em qualquer situação,

Acalenta o coração,

Estar sempre presente,

Aqui, ali, acolá,

Onde chega,

Torcemos para ficar.

E nesse momento,

É bom estarmos atentos,

E cultivá-lo,

Para não trocá-lo,

Por nenhum outro sentimento,

Que nos leve a chorar.

Na cozinha,

Se usado com esmero

Em forma de tempero,

Ninguém vai resistir.

Todos vão sorrir,

E haja paladar!

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Ah, se você gosta de doces,

E ele resolve pintar,

Não tem para ninguém,

Ele veio para brilhar,

Arrasar...

E você vai amar!

Esse é o tempero,

Que devemos cultivar,

Hoje, amanhã, todos os dias...

Vivê-lo com alegria,

Estou falando

c om amor,

Do AMOR!

Vera Jacobina

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BLOQUEIO SENTIMENTAL

Se eu compreendesse no tempo O recado que ele me traz Se eu conseguisse entender As falas, os recados embutidos nas palavras Se eu conseguisse tudo isso em tempo hábil Não perderia seu amor Se eu tivesse compreendido seu pedido de socorro Eu teria agido de outra forma Você não teria partido Mas como uma criatura errante Pode entender uma inteligência sutil como A leveza do ar Luna Di Primo

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Hoje sou uma flor seca caindo ao chão, morrendo aos poucos... Sonhei ser frondosa neste grande amor,mas não fui regada... E o que restou foi raiz sem seiva... Ressequida,sem vida,insossa... Carmem Araujo

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Olho o papel em branco

sem você não há inspiração

nenhuma palavra para consolar meu proprio coração...

Tudo vazio,sem nexo...

Escapa de mim a vida,

o momento,o ato de amar,

em prantos,tristeza,insone as horas passam...

Teu nome ressoa na madrugada e continuo tão só...

Carmem Araujo

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VOCE MEU AMOR No seu colo deito minha cabeça E durmo o sono da benção No universo caminho, então Visito galáxias Beijo as estrelas Abraço os planetas Espalho o algodão das nuvens Com sopros do seu amor Que os colore de toda cor No arco iris passeio Banhada em suas cores Pelo amor do meu amor anseio E na mais perfeita harmonia retorno Mergulhando em seu profundo olhar No seu amor me entorno Luna Di Primo

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NÓS... Beijos que incendeiam, Desejos que afloram, Máos que exploram e encontram! Corpos suados buscam, Se contorcem... Frenesi ! Queimo em loucos anseios. Entregue, me completo em teu prazer... Sou tua...és meu ! Unidos,unicos... NÓS... Heloisa Crosio

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Em mim, encontra a paz, O sol , a luz Em mim, encontra calor, O amor , a paixáo! Em mim encontra o desejo, Tezáo, a volupia Sou vida, sou vento Sou momento, Teu alento! Sou loucura, Devaneio! Sou saudades! Te aqueço , no abraço, Que te prende em mim! Heloisa Crosio

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Teus poemas Vertem Sensuais Despertam Desejos! Mas Feras em Desfile Sou tua musa, Teu abrigo Tua paixão Eu, Sei Heloisa Crosio

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É tudo tão estranho aos meus sentidos Sinto no não ver, no não ouvir, apenas sinto Linhas entrelaçadas na inverdade do amor Fagulhas de corações secos a se espalhar Na tentativa de se manter num coração Chantagem de todas as formas e vidas Num trelear sabido a provocar a distância Que se quer ditar para mais se aproximar São emaranhados carregados de doença A manter a ligação através da covardia Da chantagem de ameaças de explosões De escândalos que ao outro intimida.

Luna Di Primo

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“A madrugada boceja”... A noite aprisiona e adormece toda possibilidade. Que permanece muda, aos fios das horas, atada. Sons incoerentes gritam nossa maior verdade Pendem da pesada bruma, que cobre a esplanada. No previsível invólucro, o arremate da tormenta. Alonga as asas um sentimento ainda entorpecido Ensejando o primeiro vôo matutino na brisa lenta Lança-se no azul, a um endereço desconhecido. E o punhado de vida, que vagava sem rumo certo. Permite que a alma nômade ao insólito se lance Peregrina, ante a visão de um oásis ao seu alcance. Sobrevive às intempéries e a aridez do deserto Quando por uma fresta, a luz dissipa a noite calada. E sob a aragem fresca da brisa, boceja a madrugada. Glória Salles

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“Por este amor...” Por este amor, piso no que o olhar ignora Abandono o temor na estação passada Deslembrado no nevoeiro da memória E posso ver o agora com a fé renovada.. Por este amor, exorcizo os fantasmas Que obstinados habitam meus cantos Saro a brecha que faz sangrar a alma Com o bálsamo dos meus encantos. Por este amor, faço poesia adocicada Dessas, que minimizam suas defesas Porque quero as emoções escancaradas E alicerçar de vez nossas certezas. Por este amor, respiro cada segundo. Tecendo fios, que bordam nosso mundo. Glória Salles

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Se chego em momento inesperado Te afago quando mais necessita... Se meu verso fica no coração, calado. É porque estou perto... Olha... Acredita! Glória Salles

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Sempre debati comigo mesma e com terceiros sobre a

ssência humana e os direitos do homem. Entre o homem

e sua essência existe uma palavrinha "mágica": Ética.

Esta, que é permeada, também, por ensinamentos, de um

so Deus, através do mesmo homem. Ser e ter é um

direito puro, concedido por esse mesmo Deus e

compilado pelo homem-filho de Deus. Todo homem tem

como direito exercer o seu direito, não importa em que

situação. Ir e comprar uma arma é o seu direito. Matar,

roubar... Está em seus direitos? A questão é: Como esse

homem está a entender - essência - ou usufruir de seus

direitos - Ética - Como está se dando essa relação? O

comércio só comercializa aquilo que tem procura, está

errado? Vender uma arma é a mesma ação que vender

uma calcinha. Sabemos do uso qual poderá ser, mas não

podemos determinar ou proibir. Quem regula é a Ética.

Então... Então que isso é apenas para reflexão...

Como está a relação essência/Ética no homem? Como

está acontecendo a formação do homem? Apenas para

exemplificar, a sociedade conseguirá deter o “mal” sem

fortalecer (na nossa concepção) o bem? Nenhum desses

dois se firma ou prevalece ou será sanado com

imposições. Será uma eterna briga, sabemos disso, para

uma perda maior do bem. Qual é a formação de um

homem que entra praticamente,criança,

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obrigatoriamente, no exército? Qual é a formação para

um soldado? Amar seus inimigos? A proibição de

qualquer coisa só vai reforçar o mal,

porque aqueles que andam de acordo com a ética, serão

os únicos a respeitar, pois já o fazem naturalmente, de

acordo com sua formação. A situação do homem boa ou

ruim está na sua formação que é mais voltada para

reforçar seu lado negativo, com pequena prevalência do

lado positivo. Mas o homem tem que ter a formação para

exercer o respeito ao outro independente de qualquer

situação, o contrário bem mais acontece, ou seja,

ataque/defesa/ataque. Assim, armas, drogas, mortes por

assassinato... Todo o mal que dizemos e vivemos vai

prevalecer. Por qual motivo somos obrigados a votar?

É isso que devemos fazer prevalecer: Direitos... Só assim

ficaremos livres de todo o mal (desrespeito). Tem-se que

fazer valer o direito. O resto tem que mudar.

Luna Di Primo

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O CÉU QUE NOS PROTEGE E, outra vez, quase primavera. No ar, dourado de um calor quase afetuoso, se espalham aromas, cores e...algo mais: Trinados!!! Minha palmeira cresceu e já se insinua, faceira, pela sacada.Desde que os vendavais venceram o guapo pinheiro que a 'escondia', ela se agiganta corajosamente. Ao seu abrigo, multiplicaram-se os pássaros.Apuro o ouvido e só confirmo que o chilrear está mais envolvente que na estação passada. Em alguns momentos temi por ela. Sem a proteção do pinheiro, eu a vi vergar-se inúmeras vezes ao sabor das tempestades e ventos sulistas.E, quando muito intenso o calor, suas folhas, agora expostas, a mim pareciam crestadas e em sofrimento. Mas ela sobreviveu!! Constato que ela se curva ao peso de seus coloridos habitantes, mais acolhedora que nunca em sua aparente

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fragilidade. Eu a associo a certas pessoas.Aquelas que passam a vida protegidas em suas redomas, seja por 'sorte', escolha ou 'destino'... Até que algo inusitado, impetuoso, inesperado abale o 'status quo' e aparentemente tudo se desestruture. Tomara tenham quem as lembre que mudanças, por mais assustadoras e incompreendidas, trazem em seu âmago, sempre algo de bom, de dadivoso. Necessário apenas curvar-se graciosa e humildemente como a minha palmeira.E, a cada 'erguer-se', trazer neste ato um pouco mais de confiança, fé e coragem. E viver...ser e fazer feliz incluindo a si mesma. E acolher...generosa e solidária aos que vivem sob este céu que nos protege. (Ju Armos)

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Outro significado de ficar Não gosto de dias chuvosos e sombrios. E um dos motivos é de que eles tem o dom de me levarem a uma viagem nem sempre agradável pela minha alma. Sem que eu tenha controle, noto que ultimamente esta viagem vem sendo realizada com maior frequência, variando somente a duração. As vezes, parto pela manhã. e vencida pelo sono, não me vejo retornar. E esqueço de trazer a bagagem para levá-la ao sol, imprescindível para dissolver o frio. O que hoje encontrei por lá, foram "insights"que, se não originais, me tornaram mais instrospectiva, porque elucidativos de uma trajetória de vida. O que antes era dito em tom quase jocoso, virou realidade oficial: eu sou como minha mãe. Consigo entender aquela sensibilidade aflorada para as necessidades e dores alheias em plenitude. Muitas vezes tenho a sensação de que tudo já foi dito e escrito neste universo.E cala.O que é covardia! Serão necessárias todas as vozes possíveis, corajosas ou cheias de medo, repetindo "over and over" até que as coisas fiquem claras.Isto significa que precisamos , com a máxima urgência, que os seres humanos reaprendam a VER o outro, de verdade. Falta a generosidade do ficar.O ser humano vive às voltas do e com seu próprio umbigo desde que se decretou,

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com egoísmo requintado, que só interessa ter prazer. Ficar dá trabalho!!! Significa esquecer de si em prol do outro.Ter empatia, compaixão e tolerância. Valorizar sim as mãos dadas, o silêncio cúmplice e o carinho inesperado.Mas também suportar as esperas, os desabafos e as carências. Se empenhar em conhecer cada detalhe, em detalhes; o gosto e o desgosto...Amar o sorriso largo e o momentâneo enfado.Falar com os olhos e calar com o coração.Ser lugar de aconchego; ponto de partida e de chegada a qualquer tempo. Ficar.Permanecer. Para poder realmente enxergar com olhos solidários todas as nuanças do bem querer. Então... não mais uma utopia o finalmente ficar...em paz!!! (Ju Armos)

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VÔO SOLITÁRIO Voo... Um vôo solitário em busca de você O meu pássaro companheiro de vôo Nessa busca tão longa e dolorida Quase sem mais entusiasmo Mas nunca desisto Pela esperança de lhe encontrar Para juntos alçarmos o mais lindo vôo Luna Di Primo

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AO VENTO, UM PEDIDO Vento, passa ligeiro, traz meus versos para mim! Vento, passa certeiro e os deixa ficar, enfim! Eu, que para cá vim sem maiores pretensões, tenho versos fujões, no que preciso por um fim. Vão de um lado p'ra o outro, vão perdendo-se na estrada. Vento, então, traz de volta, pois sim, uns tantos versos para mim! Eritânia Brunoro

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Você Olha tanto prá mim Que me perturba E me deixa sem jeito Será que não vê Que esse olhar machuca Maltrata meu coração? Será que não vê? Ou será por isso o seu atrever? Luna Di Primo

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DESNUDA Sensibilidade pura A flor da pele insinua Desejos em corpos que se unem Lábios percorrem sempre desnudam Pele nua deixa florescer Insinuando a dança para o prazer Fogo que arde, forte paixão Pele nua em pura explosão Ao ápice finaliza a união Almas que se encontram Em perfeita comunhão Nanci Laurino

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FILHOS AMADOS Nasceram crianças lindas Fortes, saudáveis Alegria do Lar despontava em pura vida! Vida coberta de amor e dedicação, E quis o destino me fazer Pai e Mãe. Nessa luta da vida, com a vida aprendi Criando com amor e creio... venci. Hoje adultos tão amados, Mais que filhos, amigos queridos Companheiros de jornada evolutiva. Sem eles a vida não teria sentido. Ter o amor dos meus dois filhos É mais do que preciso. Para poder morrer em paz E ter a certeza de missão cumprida. Filhos amados, guerreiros Vençam o Mundo, asas vos dou! Nanci Laurino Dedicado aos meus filhos (Juliana e Rodrigo)

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Meu eu lírico É a voz que entoa meus poemas Quando meu coração Transcreve o que vem da alma Tal qual instrumento musical Lira em suaves melodias Difundindo emoções Mostrando tão somente meus Sentimentos reais. Minhas poesias, imagens e mais. Nanci Laurino

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Chuva Fina A chuva fina é a melodia Instrumentos nos corpos Encontram-se noite e dia Vivos em desejos nossos Retirando belos acordes Temos uma rica sinfonia Luna Di Primo

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CANTO DE AMOR Nas notas de uma canção Coloquei meus sentimentos! Uma porção de emoção, Pitadinha de lamento! Queria um canto de amor: Na pauta pus corações, Para mostrar minha dor, E minhas desilusões! Na música de despedida A minha viola chora! Cada nota em sustenido É lembrança que me assola! Fiz uma doce toada De um coração seresteiro! Numa noite enluarada Cantarei o amor primeiro! Na magia dessa pauta Deixo toda ilusão! Não quero sentir mais falta Do amor que perdi em vão! ( Anne Lieri)

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CONTAR ESTRELAS Quando chega a noitinha Gosto de olhar para o céu! Fico contando estrelinhas Quadro pintado em pincel! Cada uma mais brilhante, Como num lindo bailado! Aquela ali é um gigante A outra, um cavalo alado! Formam ciranda encantada, Girando num carrossel! Em volta da lua prateada Coberta por um fino véu! Canto pra elas baixinho, Uma canção de ninar! Dorme aquele carneirinho, Que acabei de contar! E nesse giro de estrelas Vou girando até dormir! Logo estou juntinho delas, E brinco na lua a sorrir! (Anne Lieri)

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Virgem Maria o que eu faço Tem dois são bons de enlaço Acho que vou ficar no amasso Cada tempo num abraço É o único recurso que acho Prá não saírem no braço Luna Di Primo

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PERFUME NA LEMBRANÇA Ela sempre colhia flores ao amanhecer. Nos dias de chuva, rápida e ligeira, molhava a roupa, mas trazia junto ao peito um ramalhete. Se fizesse uma manha ensolarada, demorava mais no campo... O sol esquentava a pele... A brisa leve da manhã cantava em seus ouvidos! Ela colhia uma a uma, calmamente, sentindo o perfume que exalava das flores. Ela sabia exatamente que lembrança ia colocar num jarro sobre a mesa, junto a janela, para o vento trazer ou levar. (Ana Lago de Luz)

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NO FUNDO... Sol desliza sobre o mar Numa solidão sem fundo Trêmulos rios insistem. Arrastados grilhões do tempo Olhar a passarada... Não disitir... Imaginárias corrente na mente! Ramalhetes de estrelas jogados ao céu! (Ana Lago de Luz )

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FINDA O DIA... Mais um dia neste cenário Passado ao sabor do vento No peito meu doce relicario Chora a alma num lamento. Lampejos lágrimas flagrantes Veredas pulsam em turbilhão, São minhas veias gritantes Inebriadas pela imensidão. Minha alma querendo mergulhar, Sim! satisfeita, limpa e completa Pois deste amor sente-se repleta. Conhecer todos os misterios do mar, Latente a noite arde num desejo O encontro selado em um beijo. (Ana Lago de Luz)

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RUMOS DO CORAÇÃO Inflamados rumos era a questão Tentamos fugir nossos destinos, Falou mais alto a voz do coração E no mar tocaram todos os sinos. Sei bem deste amor clandestino Ao tempo tentamos fingir... Isto não passava de um desatino Corpos repletos podíamos sentir. Neste caminho não havia paragens, Cantaram os dedos em versos Odores e sabores imersos. O que antes parecia miragens, Tambores no peito se fez perceber Já não havia como conter. ( Ana Lago de Luz )

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VERSOS PERDIDOS Meus pensamentos se perdem na angustia destes cruéis versos Vejo na partida as crianças protegidas, mas desprotegidas, choro Do céu nada se esconde e do céu eu sei a ponte e que me conste Na imensidão do infinito nuvens de vermelhas imensamente belas Olhos em lágrimas imersos mal deixam que eu escreva esses versos Tenho que dizer a ti mas não suporto a sua dor de decepção, choro O dia veio nublado como que choroso e isso é ruim ao que me conste Para o céu retornarão saindo do meio da perdição, por mãos tão belas Na tristeza fico olhando o sofrimento o pranto e registro nesses versos É tanto desespero durante depois a letargia enfim a dura morte, choro Desvio mas não enxergo com os olhos e a tela insiste em que me conste Ao chegar aonde se determina receber-se-á com eternas flores belas

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Vejo que a tristeza será companheira constante como nesses versos E de abrigo terá somente as lágrimas molhadas e secas assim, choro E no tempo que voa o vento tudo terá se acabado ao que me conste Será a morte para o sempre e um renascer somente para ações belas Vejo mentes abismadas indignadas e até ironizando com esses versos Porém vejo em seguida a dor e o arrependimento necessários, choro As leis do universo são elásticas e compensativas ao que bem me conste Quem planta as sementes da beleza colherá seus frutos ou flores belas É tudo uma questão de abstração teimando que se registre em versos Luna Di Primo

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Onde irá esse gatinho? Onde irá esse gatinho Assim com o rabo empinado? E vai bem devagarzinho, Parece até disfarçado... Caçará um passarinho Que no chão está parado? Onde irá esse gatinho Assim com o rabo empinado? Ele é tão atrevidinho, E nem olha para o lado, Vai empinando o rabinho Esse gatinho danado! Onde irá esse gatinho? Edir Pina de Barros

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DESEJOS Bordarei com fios d'oiro tua pele, fazendo os mais perfeitos arabescos, co's meus sedentos lábios ora frescos, do jeito que o desejo me compele! O corpo teu eu bordarei, sem brida, com mil estrelas que do céu roubei, e raios de luar, tal qual sonhei, co'a estrela que caiu ,tão só, perdida! Eu bordarei teu corpo co's meus beijos, frementes de paixão, prazer sem fim... Molhados pelo orvalho dos desejos! Eu beijarei teus lábios cor carmim e romperei o teu pudor, teus pejos, Na enluarada noite de cetim! Edir Pina de Barros

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NOSTÁLGICA Aqui distante vou levando a vida E tu nem sabes quanto hei vagado, Chorosa por não ver-te ao meu lado, Distante assim de ti, tão esquecida. E não te vejo como hei sonhado, E trago dentro em mim só dor, ferida, Uma saudade sempre renascida, Tais quais essas florzinhas do cerrado. E o meu olhar se perde nesse lago Deste planalto, onde só eu vago, Feito um fantasma que se vai ao léu. Oh! Meu amado! Que tristura sinto! Perdida no meu próprio labirinto, Olhar vacante entre o lago e o céu. Edir Pina de Barros

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SONHOS Meus sonhos são recortes em papel de seda, Em vários tons, dos mais escuros aos lilases, Alguns mais densos, outros leves, mais fugazes, Mas nem em todos tenho a mesma sorte leda! Como papel de seda, sempre esgarçam todos E seus pedaços soltos perdem seus sentidos, Outros se tornam sombras d’outros tempos idos, Ou ficam pelo chão, em meio a podres lodos... Assim se vão meus sonhos, minhas primaveras, Os dias meus se tornam tristes, mais cinzentos, E nada resta em mim dos sonhos, da ilusão! Mas com papel de seda invento mais quimeras E nos meus céus as solto, ao sabor dos ventos, Tais quais pandorgas leves que distantes vão... Edir Pina de Barros

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FOLHAS OUTONAIS No solo em folhas secas, outonal, Há rastros dos amores que hei vivido, E d’outros que pensei houvera tido, Num mundo que era etéreo e surreal. E aqui cheguei ao ponto meu final, Mas nada foi em vão ou foi perdido, E não me importa quanto hei sofrido, Pois tudo isso é vida e é normal! Pisei as flores rubras da paixão, Dos sonhos tons lilases das hortênsias, Sonhei, amei, sofri, enfim, vivi. Se hoje colho os frutos da estação, As folhas mortas dessas mil querências, Eu tudo tive e nada eu perdi. Edir Pina de Barros

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MÚLTIPLA Em mil espelhos fui buscar as minhas faces As vãs quimeras que um dia hei sonhado, mas nada vi além do tempo já passado, e as marcas suas, tão profundas, tão voraces. Nada restou daqueles tempos tão fugaces, E em cada face vi de mim o outro lado, Amante, mãe, mulher, amiga em cada fado, Seus tons mais frágeis, mais mesquinhos, mais audaces. Uma feliz, tristonha outra, outra pura, Uma pudica, outra santa e a pecadora, Mas cada qual guardando em si outra secreta. Mas todas elas são libertas da clausura, Quando se impõe co’s versos seus a trovadora, Aquela que, além de tudo, é poeta. Edir Pina de Barros

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Decerto vão achar os sonhos meus perdidos Por entre esses versos que atiro ao vento, Ou nos escombros meus jogados ao relento, Pedaços de mim mesma, dos meus tempos idos. Meus sonhos hão de achar nos versos meus retidos, Nos meus cordéis, sonetos que escrever eu tento, Por entre os meus eus, meu pobre e vão lamento, Nos prantos que chorei, tão fartos e incontidos. Hão de ficar em cada verso os sonhos meus Voando pelos céus, sem marcas das lamúrias, Nos soluçantes cantos que, em vão, cantei. Hão de ficar no ar depois do meu adeus, Libertos dessas mágoas, dessas mil penúrias, Das dores que senti porque demais sonhei. Edir Pina de Barros

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Eu sei que desta vida não se leva Paixão, amor, tristeza ou matéria, A força que circula em nossa artéria, Seja ela boa, pura ou maleva... E que emoção alguma é longeva, Ainda que, por vezes, deletéria, Tornando a nossa alma mui cinérea, Que nada vê além da escura treva! Eu sei! Mas não consigo ser razão! Envolta estou nas sedas da paixão, Louca de amor, andando a te buscar. Eu sei que tudo um dia vai passar, Mas hoje quero só amar e amar, Perder-me entre as sendas da emoção. Edir Pina de Barros

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As dores do passado? Não as sinto! Eu renasci agora em teu regaço, De meu passado triste me desfaço, E todo meu penar está extinto. Comemoremos com um vinho tinto! Eu quero, meu amor, mais um abraço, Pois uma vida nova agora eu traço, Estou feliz contigo! E não minto! Depois de tanto tempo estou liberta, Pois encontrei em ti a minha paz, A minha estrela guia! Meu caminho! Que a vida entre pela porta aberta! O tempo passa e tudo se refaz. Tomemos outra taça desse vinho! Edir Pina de Barros

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QUISERA! Mas se escrever soneto eu soubera escreveria para ti, por certo, riscando tantos versos em céu aberto, Co'a força que só tem a primavera! Soneto para ti...Ah! Quem me dera! Tão belo como o oásis no deserto... Tanger a lira nem sequer acerto, E nem um verso vil em mim prospera... Ah! Quem me dera amor! Se eu pudera! Escreveria para ti, eu juro, de todo versos meus o mais sincero! Apenas um! Não mais que um, quisera... E dentre mil sonetos o mais puro... Co's tintas deste amor que é tão vero! Edir Pina de Barros

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Percebo em cada verso que tu fazes, Toda pureza e encanto nele posto, O sonho tão etéreo sempre exposto Nos teus poemas belos e loquazes. D’amor eu sinto as forças mais tenazes, Com toques de requinte e muito gosto, Levando a marca tua, por suposto, em todos seus momentos, suas fases. E cada verso teu posto no mundo Um vendaval d’amor a mim me inspira A mais profunda paz, que me extasia. Percebo que és meu por um segundo, Nos versos que compões, entregue à lira, perdido entre o sonho e a fantasia. Edir Pina de Barros

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TANGO E LAMENTOS Oh! Bandoneons, guitarras e pianos! Que se debulham em prantos, mil lamentos, A traduzir na noite sentimentos, De dor, de amor, paixão, de desenganos. Soluçam, sem pudores, bandoneons. Um tango sangra a noite, corta os ventos, A dizer da paixão, de seus momentos Etéreos, quais as luzes dos neons. Nas sombras, o desejo, que assedia, Em tons e sobre tons de galhardia, Explode em mil carícias consentidas. No palco rolam lágrimas sentidas, Num tango que revolve mil feridas, À média luz, fumaças e bebidas. Edir pina de Barros

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A vida, meu amor, é uma gangorra, Por vezes nós estamos lá encima, Livres da dor, do escuro da masmorra, De tudo que nos fira ou nos deprima. Por vezes nós estamos lá embaixo... Sem ver o sol vibrante, a luz do dia, É lá ficamos mudos, cabisbaixos Escravos d’um amor, sem galhardia! A vida é mesmo assim, tão inconstante! E extirpa qual navalha, num instante Os nossos sonhos sempre tão dourados! Não importa se a navalha é cortante, Que extirpe em nós os nossos sonhos, fados, Que seja a vida sempre assim pulsante! Edir Pina de Barros

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Ide jovens, co’as sementes! Ide jovens, co’as sementes! O mundo é vossa lavra... Mantende sonhos ardentes E sustentai a Palavra! Lutai co’as unhas e dentes Defendais o fino trato, A todas aquelas gentes Que conhecem só maltrato! Não percais um só segundo, A luta é duradoura... A vida é tão movediça! Ide jovem, pelo mundo, Cuidar da vossa lavoura, Semeai força e justiça! Edir Pina de Barros

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MÁGOAS As minhas mágoas são somente minhas, Soluçam dentro em mim nas noites frias, Nas minhas noites longas, tão vazias, Nas minhas horas tristes, mais mesquinhas... E se insinuam sempre, as minhas mágoas, Nos reticentes versos que componho, Bem sei que muito mais do que suponho, Expondo a todos minhas dores, fráguas! Quisera não contê-las no meu imo, Porque mesquinhas são perante a vida... Tudo apequenam! Tornam tudo triste! Mas frágil sou! Minh’alma não resiste! E em cada mágoa sangra uma ferida Que viça dentro em mim! E cria limo! Edir Pina de Barros

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Não ouvirá ninguém o meu lamento Nenhum gemido, nem sequer lamúrias, Ou gritos que me escapem em minhas fúrias, Na minha dor, meu triste sentimento. Nem ouvirá ninguém quaisquer injúrias, Inda que seja enorme o meu tormento, Sequer um aí em meio ao sofrimento, Um só suspiro entre mil penúrias. A minha dor hei de calar no peito, Meu grito há de morrer na minha glote Meu pranto hei de estancar antes que role. Eu beberei meu fel gole a gole, Até que a minha dor em mim s’esgote, E as marcas tuas sumam do meu leito. Edir Pina de Barros

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NOTURNAL Chorei! E se chorei não foi em vão. Depois de tanto amar fiquei vazia, sem crer no amor, qu’ outrora eu tanto cria... Sem sonho algum, desejo ou paixão. Não sinto paz, nem dor, nem agonia... Flutuo nessa imensa solidão, Sentindo a vida toda em suspensão, Sem ter qualquer encanto, luz, poesia... Tamanha foi a força do desgosto, que nem mais sou a sombra de quem fui, e o que restou aos poucos se dilui. E assim é o meu viver. Sombrio flui... Do que já fui eu sou somente o oposto, Tamanha a dor a vida tem me posto. Edir Pina de Barros

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CANTO DE DESPEDIDA! Amigos me desculpem! Vou m’embora! Já fiz as malas, já juntei meus trapos, Os meus pedaços, cacos, meus farrapos, A minha velha caixa de Pandora... Peguei meus livros, minhas poesias, Rascunhos de sonetos, meus cordéis, Amareladas cartas, meus papéis, Retratos velhos, minhas fantasias... Eu vou partir! Buscar outro recanto! Eu vou juntar, bem longe, os meus pedaços, Cerzir meus próprios trapos esgarçados... Redescobrir, da vida, todo o encanto, Curar as minhas dores, meus cansaços, Secar meus olhos tristes, alagados! Edir Pina de Barros

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A onda e a areia A onda rola na areia, com volúpia se espuma sem temor, nada receia, suave como uma pluma! E sem cerimonia alguma sem brida, também sem peia A onda rola na areia, com volúpia se espuma... Sedutora, qual sereia na praia, por entre a bruma, serena ela serpenteia e a doce brisa perfuma! A onda rola na areia... Edir Pina de Barros

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Bicho papão! Nham, nham! Mas que gostoso! Gosto de comer, eu sou comilão! Gosto de tudo, quitute saboroso. Eu gosto, devoro como um leão! Tudo me parece muito apetitoso, Seja gelado, de forno ou fogão... Nham, nham! Mas que gostoso! Gosto de comer, eu sou comilão! Gosto de tudo, firme ou pastoso, Mamãe me diz que sou um glutão! Será que comer tanto é perigoso? Será que eu sou o “bicho papão”? Nham, nham! Mas que gostoso!

Edir Pina de Barros

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Desmedida Estou aqui, tão despida, de rimas, versos e prosas... Por força do amor trazida como o perfume das rosas! Oh! Amor de minha vida! Nestas horas carinhosas... Estou aqui, tão despida, de rimas, versos e prosas! Tão louca! Tão sem medida! Às tuas mãos calorosas entrego-me, enlouquecida, sem rimas, versos e prosas! Estou aqui, tão despida... Edir Pina de Barros

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Fontes de minha poesia Nos amores envolventes eu mergulho, feito peixe, com carinho, sem desleixe, busco versos comoventes para os meus parcos repentes... Gosto de tanger a lira, arrancar fogo da pira, fazer fremer corações, e destilar emoções, quais venenos, as serpentes... Minha sina é versejar a dor que sinto no peito, rabiscando, com respeito, o pranto que quer rolar, E do meu peito fez lar! Cada verso é uma gota desta minh'alma tão rota que não desiste de amar, no continente no mar, amor que nunca se esgota!

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Respingadas no papel minhas lágrimas são versos com sentimentos diversos, são quais estrelas no céu... Não faço, não, escarcéu! Destilo a dor com enlevo, no papel ganha relevo, com as tintas do coração, ganha forma de oração, quando nele assim escrevo! Os meus versos são pedaços de minh'alma tão amiga, que mesmo sendo sofrida, vai seguindo esses meus passos, apesar de seus cansaços, em meu corpo quer guarida, senhora de minha vida, que nunca me faz cativa, Embora tão combativa, Não me põe peia, nem brida... As vezes penso comigo que busco pra mim a dor, no céu, no mar, onde for, pra manter meu choramigo, por ser ele meu amigo, pra transformá-lo em repentes,

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que viçam em mim, insistentes, quais sementes lá nas matas, ou na beira das cascatas, tão tenras e tão frementes... Não quero perder no mundo, meus versos, minha poesia, a primorosa estesia, o meu sentido profundo no qual mergulho e me afundo os densos versos buscando, acordada ou sonhando, mesmo que eu sofra tanto... Que venha! Que role o pranto! Quero seguir versejando! Faço repente , cordel, sonetos e versos tantos, sou trovadora, que ao léu, vai aspergindo seus prantos, seus fulgores, desencantos! Toda emoção é importante, seja terna ou cortante, matéria-prima de versos, que dentro de nós, imersos, podem emergir num instante! Que me venham as emoções, e deixem minh'alma arada, toda rota e acutilada,

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que me tragam aflições, provoquem em mim comoções... transmuto tudo em poesia, Tudo, tudo me extasia... Sou repentista atrevida, passageira nesta vida, sem pudor, sem heresia... Meus versos são como flores, que perfumam meu recanto, eu as rego com meu pranto, que se exalam em seus olores... São frutos das minhas dores, dos meus momentos felizes, e são também cicatrizes, que deixam as marcas suas tais quais as cortantes puas! E têm profundas raízes... Edir Pina de Barros

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EU TE AMO

Quando eu disser: Eu Te Amo

Então... Acrescente o infinito

Para a intensidade

As estrelas para o enfeite

A lua para encantar

O universo como berço

As flores para forrar o berço

Não precisa dos raios solares

Pois que meu amor é

Por demais quente

Não precisa da terra

Pois que meu amor já é fertil

A noite não acrescente

Pois a noite é escura

E meu amor é luz

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Junte tudo isso e terás

A grandeza do meu

Eu Te Amo

Luna Di Primo

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2011 AGO

Organizaçao e

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