Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
André Costa2011/2012
Modelo de Estrutura do Conhecimento
Andebol
Professora Orientadora – Professora Doutora Eunice
Lebre
Professora Cooperante – Professora Doutora Felismina
Pereira
Estudante Estagiário – André Filipe Alves Costa
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Índice
Introdução..........................................................................................................3Módulo 1- Análise da Modalidade....................................................................6
1 - Cultura desportiva.......................................................................................7
2 - Fisiologia do treino e condição física........................................................27
3 - Conceitos psicossociais............................................................................31
Módulo 2- Análise do Contexto......................................................................41Recursos Espaciais e Materiais.....................................................................41
Recursos Temporais......................................................................................42
Recursos Humanos........................................................................................42
Módulo 3- Análise dos Alunos.......................................................................44Módulo 4- Extensão e Sequência dos Conteúdos.......................................59Módulo 5- Determinação dos Objetivos........................................................62
Objetivos de Pré-requisito..............................................................................62
Objetivos Intermédios....................................................................................63
Objetivos Terminais.......................................................................................64
Módulo 6- Configuração da Avaliação..........................................................67Definição dos momentos de avaliação..........................................................68
Domínios a avaliar.........................................................................................69
Avaliação de alunos dispensados da componente prática............................71
Módulo 7 – Criação de Progressões de Aprendizagem...............................74Módulo 8 - Aplicação......................................................................................85
2
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Introdução
Este documento surge no âmbito do Estágio Profissional, integrado no 2º
ano do 2º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e
Secundário, referente ao ano letivo 2011/2012.
A elaboração do presente documento requisitou vários auxiliares
determinantes no processo de ensino-aprendizagem, tais como Programa de
Educação Física, o Projeto Curricular de Educação Física, o Regulamento
Interno da Escola e o Projeto Educativo de Escola.
Este documento é um auxiliar precioso para um planeamento eficaz do
processo de ensino-aprendizagem. Este engloba uma análise da modalidade
em questão, uma análise do contexto onde a modalidade será lecionada, uma
análise da população alvo, que neste caso serão os alunos da minha turma.
Após a fase de análise, surge a fase das decisões. Nesta determinarei a
extensão e a sequência da matéria (conteúdos a lecionar e seu
encadeamento), definirei os objetivos, e procederei à configuração da avaliação
a utilizar (inicial, e sumativa) criando para isso as progressões de ensino.
No final de todo este processo, surge a fase de aplicação, onde se
encontra a Unidade Didática da modalidade com a respetiva distribuição dos
conteúdos pelas aulas previstas.
3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
4
Módulo 1
Análise da Modalidade
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Este primeiro módulo é considerado como uma estrutura declarativa
uma vez que apresenta o conteúdo da matéria. É também uma estrutura
baseada na transdisciplinaridade pois recorre ao conhecimento de várias áreas
do saber relacionadas com as ciências do desporto de forma a reunir um
conjunto de informações precisas referentes à atividade abordada.
O que se pretende é contemplar a ligação ao antes e ao depois –
periodização do ensino, ou seja, no final da unidade didática de andebol
queremos perceber se os nossos alunos apresentam melhorias ao nível das
quatro categorias transdisciplinares. Procuraremos, então, utilizar a riqueza de
situações que esta modalidade proporciona, para induzir o desenvolvimento de
competências inerentes a estas quatro categorias.
Deste modo, pretendemos desenvolver a cultura desportiva através do
desenvolvimento, em todas as aulas, dos seguintes pontos: regras básicas do
jogo e as respetivas sinaléticas, terminologia específica, características da
modalidade e finalmente a sua história.
Iremos desenvolver em todas as aulas os aspetos psicossociais, dando
maior incidência ao empenho, a atenção, a motivação, ao respeito, ao espírito
de equipa, e também à cooperação/competição.
As habilidades motoras que iremos abordar, numa primeira fase irão
consistir numa aprendizagem um pouco analítica dos elementos técnicos
ofensivos e defensivos. Consequentemente, e de uma forma gradual,
integraremos as intenções táticas ofensivas e defensivas e o meio tático de
grupo ofensivo “passa e vai”, sempre contextualizado no jogo.
A condição física será abordada ao longo de todas as aulas, indo de
encontro à especificidade das exigências da modalidade de andebol, sendo
enfatizadas a força, a velocidade de execução e a coordenação dinâmica geral.
Vejamos com maior pormenor o desenvolvimento de cada uma delas.
5
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 1- Análise da Modalidade
6
Andebol
1- Cultura Desportiva
1.1- História do Andebol
1.2- Caracterização da Modalidade
1.3 - Regulamento
1.4 - Regras de Segurança
2- Fisiologia do Treino e Condição
Física3- Conceitos Psicossociais
4-Habilidades Motoras
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
1- CULTURA DESPORTIVA
1.1-HISTÓRIA DO ANDEBOL
Nem sempre é fácil determinar com precisão a origem dos vários
desportos que hoje em dia atraem, quer como praticantes, quer como simples
espectadores. Está neste caso o Andebol, considerado um dos desportos mais
jovens, se bem que tenha as suas origens na mais remota antiguidade.
Durante a Idade Média, os jogos de bola com a mão eram praticados
principalmente nas cortes e foram batizados pelos trovadores como «Os
primeiros Jogos de Verão».
Em fins do século dezanove, em 1890, o professor de ginástica Konrad
Kech criou um jogo com características muito semelhantes às do Andebol.
Na Bélgica, no curso normal provincial de Educação Física da província de
Liège, em 1913, o professor Lucien Dehoux apresentou o Andebol das três
casas, que depressa se expandiu chegando, entre 1915 e 1918, a
organizarem-se campeonatos.
Em plena guerra, em 1917, apareceu na Alemanha um novo jogo de
equipa, o Andebol, imaginado pelo professor de Ginástica Feminina Wasc
Heiser, que jogava com as suas duas alunas nas principais avenidas de Berlim.
Todavia, qualquer destes jogos não conseguiu impor-se e o Andebol, como
desporto devidamente codificado, só apareceu após a I Guerra Mundial.
Na antiga Grécia praticava-se um jogo de bola na mão, conhecido por
jogo da Ucrânia, que Homero descreve na Odisseia e o qual foi descoberto em
1926.
Na Checoslováquia, praticava-se já há muito um jogo popular e parecido
com o Andebol, o azena, nome pelo qual este desporto ainda é conhecido
naquele país.
Também muito antes de ser divulgado o Andebol em Portugal, existia na
cidade do Porto um jogo muito semelhante, conhecido por malheiral, pelo seu
criador ter sido o professor de Educação Física Porfírio Malheiro.
7
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Correntemente, atribuiu-se a sua criação aos alemães Hirschmann e
Carl Schelenz. No entanto, o Uruguai reivindica para si a paternidade deste
jogo, hoje tão popular em todo o Mundo.
Terá sido o seu criador o professor de Educação Física António Valeta,
criador aliás de muitos outros jogos nacionais uruguaios e que pretendeu fazer
com ele uma réplica do futebol, tendo-lhe dado o nome de balon.
Dizem os Uruguaios que foram alguns marinheiros alemães
pertencentes a vários navios, detidos no porto de Montevideu ao iniciarem-se
as hostilidades da I Guerra Mundial e internados em campos de fixação, que,
como praticantes entusiastas de educação física, tomaram contacto com o
balon e desde logo se entusiasmaram. Mais tarde, ao serem repatriados, terão
difundido aquele jogo sendo o Dr. Carl Schelenz o autor da compilação das
suas regras, o que deu origem à suposição que teriam sido os Alemães os
criadores do Andebol.
O grande incremento a nível mundial do Andebol deveu-se ao
aparecimento da variante do Andebol de sete, em vez do Andebol de onze
praticado originalmente. Esta nova forma de jogo foi criada nos países nórdicos
(Suécia e a Dinamarca), onde, devido ao rigor dos Invernos, se tornava
impossível praticar este desporto nos campos ao ar livre, tendo estes sido
substituídos por salas fechadas, o que obrigou à diminuição do número de
jogadores em campo.
Esta modalidade veio despertar grande interesse, tendo-se disputado o I
Campeonato do Mundo em 1938, com a vitória da Alemanha. Porém, só a
partir de 1954 as competições internacionais de Andebol de sete passaram a
ser disputadas com regularidade.
Em Portugal, o Andebol de onze começou a ser praticado na cidade do
Porto, onde foi introduzido nos finais de 1929 pelo desportista alemão Armando
Tshopp. A primeira apresentação oficial de um jogo de Andebol teve lugar no
dia 31 de Janeiro de 1931, no Porto, e ainda nesse ano foi formada a
Associação de Andebol de Lisboa, seguida da Associação de Andebol do Porto
em 1932.
8
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
O Andebol de sete foi introduzido em Portugal em 1949, por outro
alemão, Henrique Feist, residente no nosso país. O primeiro torneio oficial da
nova modalidade foi organizado por Feist na vila de Cascais no Verão de 1949.
A crescente popularidade do Andebol de sete, tanto no nosso país como
internacionalmente, levou à gradual extinção do Andebol de onze, que desde
há alguns anos deixou completamente de se praticar.
9
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
1.2-CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE
Da totalidade dos desportos praticados pelo Homem, os desportos
coletivos surgem, na atualidade, como uma das mais relevantes manifestações
de atividades desportivas.
Os jogos desportivos coletivos englobam uma variedade de modalidades
que, normalmente, são caracterizadas por colocarem, numa relação de
oposição-cooperação, jogadores agrupados em duas equipas, que num
espaço, com as mesmas regras e os mesmos objetivos (não obstante,
antagónicos num mesmo momento) tentam a obtenção da vitória desportiva.
No entanto, estes mesmos jogos, que no fundo preconizam a vitória
desportiva, não se direcionam unicamente para este fim.
No entender de Konzar (1985), algumas das suas funções passam pelo
contributo para concretização dos objetivos definidos pelas atividades de
Educação Física, desde que resultem de um processo correto e ajustado de
ensino-aprendizagem.
Também Mesquita (1992) refere que, resultante da riqueza, situações
que proporcionam, os JVC apresentam-se claramente como um meio
formativo, atendendo a que a sua prática, quando corretamente orientada,
fomenta o desenvolvimento, competências em várias vertentes como a tático-
cognitiva, a técnica e a sócio afetiva.
No seguimento deste manancial de ganhos, Garganta (1994) destaca
dois aspetos no seu entender se apresentam fundamentais: o apelo á
cooperação e à inteligência.
Relativamente ao primeiro, sublinha a cooperação estabelecida pelos
jogadores de uma mesma equipa no sentido de vencer a oposição dos
elementos da equipa adversária. O conjunto de comportamentos que
operacionaliza esta convergência de esforços, segundo o autor, suscitará nos
praticantes o espírito de colaboração e entreajuda, podendo o jogo apresentar-
se como um campo ideal para que os jogadores exprimam, por um lado a sua
individualidade e capacidades, mas, simultaneamente, aprendam a subordinar
os interesses pessoais aos interesses da equipa.
10
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
No que se relaciona com o segundo aspeto, o apelo à inteligência, o
autor evidencia, nesta situação, a capacidade de adaptação a novas situações
derivadas da natureza do jogo.
Com base nas situações típicas dos jogos, torna-se, de alguma forma
importante, apresentar, de seguida, algumas das características que suportam
os JDC.
Os jogos desportivos coletivos (JDC) são caracterizados, de acordo com
Garganta & Oliveira (1996), pela aleatoriedade, imprevisibilidade, e pela
variabilidade de comportamentos e ações que contribuem para conferir a este
grupo de desportos características únicas, baseadas na inteligência e na
capacidade de decisão.
Resultante destes fatores (aleatoriedade e imprevisibilidade), as
habilidades dos JDC apresentam, no entender de Graça (1994), uma natureza
aberta, ou seja, apresentam-se como habilidades abertas.
Segundo alguns autores Moreno (1994 e 1989; Oliveira e Ticó 1992); cit.
Tavares (1996), os JDC, de um modo geral, podem ser caracterizados por
apresentarem uma estrutura formal e uma estrutura funcional.
A estrutura funcional refere-se ao campo de jogos; à bola; às regras; aos
pontos/golos obtidos; aos colegas e aos adversários.
Por seu turno, a estrutura funcional exprime-se pela relação técnico-
tática; pela relação ataque-defesa e pela relação cooperação-oposição.
É precisamente esta relação de cooperação-oposição, característica dos
JDC, que determina, no entender de Tavares & Faria (1996) uma “clara
determinação segundo um ponto de vista tático”.
Este entendimento parece ser fortemente partilhado pela maioria dos
autores que estudam os JDC.
A dimensão tática assume neste contexto (JDC), grande importância e
até mesmo, segundo Greco & Chagas (1992), a sua máxima expressão.
O conceito de tática de Teodorescu (1997) parece de alguma forma
corporizar esta ideia na medida em que é possível deduzir que uma das
componentes, a que se refere, relaciona-se os aspetos psíquicos.
11
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Assim para o autor citado, a tática apresenta-se como a “totalidade das
ações individuais e coletivas dos jogadores de uma equipa, organizadas e
coordenadas racionalmente e de uma forma unitária nos limites do regulamento
do jogo, com vista á obtenção da vitória”.
É possível constatar, através da opinião de alguns autores, que os JDC,
desde que corretamente abordados, poderiam contribuir para a concretização
dos objetivos da Educação Física, bem como para o desenvolvimento a nível
tático-cognitivo, técnico e sócio afetivo.
Assim, informa a ir ao encontro desta abordagem adequada aos JDC,
Garganta (1994) destaca o conhecimento mínimo necessário de cada
modalidade para um ensino correto dos jogos desportivos coletivos, assim
como a capacidade em identificar alguns indicadores do nível do jogo.
Seguidamente é apresentado o quadro 1 que contempla as fases dos
diferentes níveis de jogo nos JDC. Neste quadro, é possível identificar
diferentes fases determinadas pelas características apresentadas pelos
praticantes, relativamente a três indicadores:
Estruturação do espaço de jogo;
Comunicação na ação;
Relação com a bola.
Fases Comunicação na ação Estruturação do espaço Relação com a bola
Jogo Anárquico Centração na bola
Subfunções
Problemas na
compreensão do jogo
Abuso da
verbalização,
sobretudo para pedir
a bola
Aglutinação em tornos
da bola e subfunções
Elevada
utilização da
visão central
Descentração A função não depende
apenas da posição da
bola
Prevalência da
verbalização
Ocupação do espaço em
função dos elementos
do jogo
Da visão central
para a periférica
Estruturação Consciencialização da
coordenação das
Verbalização e
comunicação gestual
Ocupação racional do
espaço (tática individual
e de grupo)
Do controlo
visual para o
propriocetivo
12
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
funções
Elaboração Ações inseridas na
estratégia da equipa
Prevalência da
comunicação motora
Polivalência funcional.
Coordenação das ações
(tática coletiva)
Otimização das
capacidades
propriocetivas
Quadro 1 – Fases dos diferentes níveis de jogo nos JDC (Adap. De Garganta,
1985)
Por outro lado, Garganta (1994) apresenta alguns indicadores do jogo de
fraco nível e do desenvolvimento do bom jogo, se apresenta no Quadro 2:
Indicadores do jogo de fraco nível Fatores de desenvolvimento do bom jogo
Aglomeração (todos juntos da bola)
Individualismo (querer a bola só
para si)
Não criar linhas de passe
Não defender
Estar sempre a falar para pedir a
bola ou criticar os colegas e
decisões do árbitro
Passar a bola
Afastar-se do colega que tem bola
Criar linhas de passe para receber a bola
Intencionalidade: receber a bola e observar
Ação após passe: criar linhas de passe
Aclarar
Não esquecer o objetivo do jogo (cesto)
Quadro 2 – Indicadores do jogo (Garganta, 1994)
13
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Relativamente ao modo de ensino dos JDC, Garganta (1994) congrega -
os em três grandes formas didático-metodológicas de ensino dos JDC. Salienta
o autor que cada uma, em virtude de utilizar processos diferentes, gera
automaticamente diferentes produtos de aprendizagem (Quadro 3).
Quadro 3 – Formas metodológicas de abordagem dos JDC (Adp. De Garganta,
1985)
Um outro aspeto referenciado por alguns autores (Garganta, 1994 &
Oliveira, 1995) é que a aprendizagem dos JDC se apresenta faseada e
progressiva: do conhecido para o desconhecido, do fácil para o difícil e do
menos para o mais complexo.
14
Forma centrada nas técnicasForma centrada no jogo
formalForma centrada nos jogos
condicionados (procura dirigida)
Car
acte
rístic
as
Das técnicas analíticas para o
jogo formal
O jogo é decomposto em
elementos técnicos (passe,
receção, drible...)
Hierarquização das técnicas (1º
a técnica A depois a B, etc.)
Utilização exclusiva do
jogo formal
O jogo não é
condicionado nem,
decomposto
A técnica surge para
responder a situações
globais não orientadas
Do jogo para as situações
particulares
O jogo é decomposto em unidades
funcionais
Jogo sistemático de complexidade
crescente
Os princípios de jogo regulam a
aprendizagem
Con
sequ
ênci
as
Ações do jogo mecanizadas,
pouco criativas;
Comportamentos
estereotipados
Problemas na compreensão do
jogo (leitura deficiente, soluções
pobres)
Jogo criativo mas com
base no individualismo;
Virtuosismo técnico
contrastando com
anarquia tática
Soluções motoras
variadas mas com
inúmeras lacunas
táticas e
descoordenação das
ações coletivas
As técnicas surgem em função da
tática, de forma orientada e
provocada
Inteligência tática: correta
interpretação e aplicação dos
princípios do jogo: viabilização da
técnica e criatividade nas ações de
jogo
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
1.3-REGULAMENTO
O Andebol é um Jogo Desportivo Coletivo, cujo objetivo é introduzir a
bola na baliza da equipa adversária e impedir que esta faça o mesmo, de
acordo com as regras do jogo.
N.º de Jogadores 12, sendo 7 jogadores efetivos e cinco suplentes por equipa, não
havendo limite de substituições;
Material Uma bola com 58 a 60 cm de perímetro;
Duas balizas com 3m de comprimento e 2 de altura;
Duração do Jogo Duas partes de 30 minutos cada, com um intervalo de 10 minutos;
Equipa de Arbitragem
Dois árbitros;
Um secretário;
Um cronometrista;
Terreno de Jogo Superfície retangular, com 40 m de comprimento e 20 m de largura.
Quadro 4 – Componentes do jogo de Andebol.
1.3.1. Início e Recomeço do Jogo
Antes de se iniciar o jogo, faz-se um sorteio entre as equipas que vão
jogar. Define-se assim quem fica com a posse de bola e quem escolhe o
campo. O jogo inicia-se logo após o apito do árbitro (3 segundos), com
lançamento de saída por parte da equipa com posse de bola.
Nota: No momento do lançamento de saída, cada equipa deverá estar no seu
próprio campo. No lançamento de saída após o golo, os jogadores da equipa
que marcou podem estar em qualquer das metades do campo;
Os adversários deverão encontrar-se pelo menos a 3m do jogador que
executa o lançamento de saída;
O lançamento é executado no centro do terreno de jogo; o jogador com
posse de bola tem de pisar a linha do meio campo;
15
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Sempre que se marca um golo, a equipa que o sofre executa o lançamento
de saída;
Na 2ºparte (após intervalo) o jogo é iniciado com lançamento de saída por
parte da equipa que não o fez no início. As equipas trocam de campo.
1.3.2. Reposição da bola em Jogo
A reposição da bola em jogo é feita quando esta ultrapassa totalmente a
linha lateral ou quando toca em último lugar num jogador da equipa que está a
defender e ultrapassa a linha de saída de baliza.
Nota: A reposição é feita pela equipa cujos jogadores não tocaram em último na
bola;
É executada no local por onde saiu a bola (linha lateral) ou no término da
linha lateral junto à saída de baliza, do lado onde a bola a ultrapassou;
O jogador que executa o lançamento deve colocar um pé sobre a linha e o
outro fora do campo. Os adversários devem-se encontrar a uma distância de
pelo menos 3m do executante. No entanto, esta distância pode ser menor
caso estejam junto à linha da área de baliza.
1.3.3. Lançamento de Baliza
O lançamento de baliza é efetuado quando a bola ultrapassa a linha de
saída de baliza, sendo o último a tocar na bola o atacante ou o guarda-redes,
ou ainda quando esta fica parada na área de baliza desde que não tenha sido
enviada intencionalmente por um colega da mesma equipa.
Nota: Este lançamento é executado pelo guarda-redes, em qualquer ponto do
interior da área de baliza, sem o sinal de apito;
Após a execução do lançamento de baliza, o guarda-redes só pode jogar
novamente a bola se esta tiver sido tocada por outro jogador;
16
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
O marcador tem de ter uma parte do pé de apoio em contacto com o solo.
1.3.4. Lançamento Livre
O lançamento livre é executado no local onde ocorreu a falta (ex.:
passos, dribles). Caso a falta seja cometida entre as linhas dos 6m e dos 9m, o
livre é marcado fora da linha dos 9m mas próximo do local da falta. Neste caso
a equipa atacante terá de estar toda para lá da linha dos 9m e os defesas a 3m
da bola.
Nota: O lançamento livre é executado sem o sinal do apito;
Os defesas têm de estar a uma distância mínima de 3m do marcador;
O marcador tem de ter uma parte do pé de apoio em contacto com o solo.
1.3.5. Livre de 7 Metros
O lançamento de 7m é executado diretamente à baliza. O executante
não poderá tocar nem ultrapassar a linha dos 7m enquanto tiver a bola nas
suas mãos. Durante a execução só o marcador poderá estar entre as linhas
dos 6m e dos 9m. Os adversários terão de se encontrar a uma distância
mínima de 3m do marcador. O executante tem 3 segundos para realizar o livre.
1.3.6. Golo
É golo sempre que a bola ultrapassa completamente a linha de baliza
para o interior da baliza.
17
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Nota: Caso a bola tenha entrado completamente na baliza e o jogador que
rematou ou os seus colegas tenham cometido uma falta antes ou durante o
remate o golo é anulado;
Quando a bola entra na própria baliza é considerado golo para a equipa
adversária;
Sempre que é marcado golo o árbitro apita duas vezes.
1.3.7. Manejo da Bola
Esta regra refere-se ao modo como o jogador poderá jogar a bola, ou
seja, o que é permitido fazer e o que não é. Deste modo pode-se: Lançar, bater, empurrar, parar e apoderar-se da bola, com a ajuda de
qualquer parte do corpo acima dos joelhos (inclusive);
Ficar com a bola até 3 segundos, mesmo que esta esteja parada no solo;
Dar, no máximo, 3 passos com a bola nas mãos;
Fazer ressaltar a bola no solo – driblar várias vezes seguidas com uma mão.
A partir do momento em que a bola é controlada por 1 ou 2 mãos, terá de
ser jogada no máximo nos 3 segundos imediatos;
Passar a bola de uma mão para a outra (exceção para o guarda redes na
sua área de baliza);
Continuar a jogar a bola de joelhos, sentados ou deitados no chão.
Mas não se pode:
18
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Tocar várias vezes seguidas na bola, sem que esta entre em contacto com o
solo, outro jogador, poste ou trave da baliza.
Nota: As faltas de receção não são penalizadas quando a bola toca no jogador
abaixo do joelho.
1.3.8. Conduta para com o Adversário
Perante o adversário, o jogador pode: Utilizar os braços e as mãos para se apoderar da bola;
Tirar a bola com a mão aberta, independentemente do lado;
Barrar o caminho mesmo que não esteja com a posse da bola, mas só com
o seu corpo.
Perante o adversário, o jogador não pode: Utilizar os braços, pernas ou mãos para lhe barrar o caminho ou estorvá-lo;
Empurrar o adversário para a área de baliza;
Arrancar ou bater a bola, com 1 ou 2 mãos, quando esta está na mão do
adversário;
Utilizar o punho para tirar a bola ao adversário;
Lançar a bola contra o adversário de modo perigoso, ou dirigi-la
perigosamente;
Colocar em perigo o guarda-redes;
Utilizar os seus braços (1 ou 2) para prender, rodear ou empurrar o
adversário;
Em situação alguma colocar o adversário em perigo (rasteirar, bater, atirar-
se contra.
Nota:
19
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Quando a conduta irregular é sobre o atacante que se encontra em situação
de marcar golo é assinalado livre de 7m.
1.3.9. Área de Baliza
Só é permitido ao guarda-redes permanecer na área de baliza. No
entanto se um jogador entrar na área de baliza, sem bola e ocasionalmente,
sem que traga qualquer vantagem para a sua equipa ou desvantagem para o
adversário, não é considerada violação;
É marcada violação da área de baliza sempre que um jogador: Entra com a bola;
Entra sem a bola mas tira vantagem;
Ao defender entra na área de baliza para tirar vantagem em relação ao
atacante com bola;
A bola que se encontra dentro da área de baliza (mãos G.R: no solo, parada
ou em movimento) pertence somente ao guarda-redes, no entanto, pode ser
jogada se estiver no ar;
1.3.10. Guarda-Redes
O guarda-redes pode defender a bola com qualquer parte do corpo (sem pôr
em perigo o adversário), assim como movimentar-se com a bola na mão
sem restrições, desde que esteja na área de baliza;
O guarda-redes pode abandonar a área de baliza desde que o faça sem a
bola na mão, sendo assim considerado um jogador de campo;
O guarda-redes não pode abandonar a área de baliza com a bola
controlada, nem a tocar quer esteja parada quer esteja a rolar fora da área
de baliza, enquanto ele estiver dentro da sua área;
O guarda-redes não pode entrar na sua área com a bola. Mesmo que esteja
dentro da sua área, não pode recolher a bola se esta estiver fora;
O guarda-redes não pode transpor a linha dos 4m aquando do lançamento
de 7m, isto enquanto a bola estiver na mão do marcador.
20
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
1.3.11. Sanções
Advertência: O árbitro advertirá uma só vez o jogador quando: Tenha uma conduta irregular para com o adversário (ex.: barrar o caminho
com os braços);
Tenha uma atitude imprópria perante o adversário que está a executar um
lançamento livre;
Tenha uma atitude antidesportiva. São igualmente advertidos os oficiais da
equipa.
Nota: O jogador tem conhecimento que foi advertido através da apresentação do
cartão amarelo por parte do árbitro.
Exclusão: O árbitro excluirá o jogador durante 2 minutos quando: Houver substituição ou entrada irregular;
Cometer irregularidades repetidas perante o adversário;
Tiver uma atitude antidesportiva repetida;
Não largar a bola no solo, mal o árbitro assinale uma falta contra a sua
equipa;
Repetir a irregularidade sobre o adversário que está a executar o lance livre;
É desqualificado um jogador ou oficial da equipa.
Nota: O jogador faltoso tem conhecimento que foi excluído através do sinal do
árbitro que levanta o braço com 2 dedos estendidos.
Durante os 2 minutos a equipa joga com menos um jogador.
O jogador é desqualificado à terceira exclusão.
Desqualificação: O árbitro desqualificará um jogador quando: Cometer irregularidades grosseiras para com o adversário;
Entrar no terreno de jogo sem autorização para participar;
21
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Repetir atitudes antidesportivas. Incluem-se os jogadores que estão no
banco assim como os oficiais da equipa;
Acumular a terceira exclusão.
Nota: O jogador faltoso tem conhecimento que foi desqualificado através do cartão
vermelho apresentado pelo árbitro.
O oficial também pode ser desqualificado (ex.: vias de facto).
O jogador assim como o oficial, quando desqualificados, devem deixar de
imediato e definitivamente o terreno de jogo e a zona de substituição.
A equipa cujo jogador ou oficial foi desqualificado joga durante 2 minutos
com menos um jogador.
Expulsão: Um jogador é expulso quando chega a vias de facto durante o período de duração do jogo, quer esteja em campo quer esteja no banco de suplentes.
Nota: O jogador tem conhecimento que foi expulso através do respetivo gesto do
árbitro.
O jogador expulso terá de abandonar o terreno de jogo assim como o banco
de suplentes. A equipa joga com menos um jogador o resto do jogo.
1.3.12. Lançamento do Árbitro
Este tipo de lançamento é executado quando:
22
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
As 2 equipas cometem ao mesmo tempo uma irregularidade na área de
jogo;
A bola toca num objeto fixo acima do terreno de jogo;
O jogo é interrompido sem que tenha acontecido qualquer irregularidade e
no momento da interrupção nenhuma equipa tenha a posse de bola.
Nota: Este lançamento é executado no centro do terreno de jogo com um jogador
de cada equipa, lado a lado do árbitro, e do lado da sua baliza (os restantes
jogadores colocam-se à distância mínima de 3m do árbitro).
A bola é lançada ao ar pelo árbitro e só pode ser tocada pelos jogadores
após atingir o ponto mais alto do lançamento.
1.3.13. Jogadores – Substituições
Os jogadores suplentes poderão entrar no terreno de jogo a qualquer
momento e repetidas vezes (não é necessário apresentar-se ao árbitro,
secretário ou cronometrista), desde que o jogador a substituir já o tenha
abandonado. A entrada e saída de jogadores tem de se efetuar apenas na
própria zona de substituição.
1.4- REGRAS DE SEGURANÇA
Os alunos só poderão entrar/sair do recinto desportivo com a autorização do
professor;
Não iniciar nenhuma ação ou exercício sem a devida autorização do
professor;
Não utilizar o material sem a devida autorização do professor.
Sempre que o professor interrompe um exercício, os alunos deverão parar
as bolas;
Concentrar-se nos elementos técnicos a realizar (sem brincadeira), adotando
uma postura séria e responsável;
Realizar um aquecimento responsável para evitar lesões;
23
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Não efetuar as aulas com o cabelo solto (alunas), usar brincos, colares,
pulseiras, relógio e a mastigar chiclete.
Arrumar o material devidamente no final da aula.
24
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Andebol
1 - Cultura Desportiva
2 - Fisiologia de Treino e Condição
Física
2.1 - Ativação Geral
2.2 - Retorno à Calma
2.3 - Condição Física
2.3.1 - Capacidades Condicionais
2.3.1.1 - Força 2.3.1.2 - Velocidade
2.3.1.3 - Resistencia
2.3.2 - Capacidades
Coordenativas
3 - Conceitos Psicossociais
4 - Habilidades Motoras
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
26
Andebol
1 - Cultura Desportiva
2 - Fisiologia de Treino e
Condição Física
2.1 - Ativação Geral
2.2 - Retorno à Calma
2.3 - Condição Física
2.3.1 - Capacidades Condicionais
2.3.2 - Capacidades
Coordenativas
2.3.2.1 - Diferenciação Cinestésica
2.3.2.2 - Orientação
Espacial2.3.2.3 - Equilíbrio 2.3.2.4 - Ritmo 2.3.2.5 - Reação
3 -Conceitos Psicossociais
4 - Habilidades Motoras
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
2-FISIOLOGIA DO TREINO E CONDIÇÃO FÍSICA
2.1-ATIVAÇÃO GERAL
A principal importância da ativação geral reside no facto de ser o
primeiro meio de prevenção de lesões no decorrer da aula e por criar uma
predisposição motora e psíquica do aluno para a parte fundamental da mesma.
Em todas as aulas devem ser realizados exercícios de ativação geral e
específica, de forma a mobilizar os grandes grupos musculares e as principais
articulações que serão solicitadas no decorrer da aula.
O aquecimento poderá ainda ser aproveitado para apelar a alguns
conteúdos programáticos, sob forma lúdica, procurando assim realizar o
transfer para a parte fundamental da aula, assim como motivar e predispor o
aluno para a mesma.
2.2-RETORNO À CALMA
Depois do esforço despendido durante a aula, há a necessidade de
recompensar a atividade, pelo que é necessário ter presente um momento de
relaxamento das principais articulações e músculos solicitados. Este espaço de
aula pode ser utilizado para reforçar musculaturas menos solicitadas e para
alongar os principais grupos musculares.
Será importante que o aluno recupere ativamente, preparando-se física
e psicologicamente para as atividades seguintes do seu dia. Deste modo, e
mediante as características da aula, promoveremos algum tempo no seu final,
para a realização de exercícios de alongamento, tempo este que para além de
promover a recuperação dos alunos, poderá igualmente ser aproveitado para
dialogar com os mesmos no sentido de reforçar as ideias da aula e de lhes
fornecer informações acerca da importância do que estão a realizar.
27
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
2.3-CONDIÇÃO FÍSICA
A condição física é um aspeto que será trabalhado e desenvolvido
durante toda a unidade didática. É de extrema importância o desenvolvimento
das capacidades condicionais e coordenativas que servem de apoio e de
complemento à modalidade.
O exercício físico cria novas adaptações e novas capacidades para
suportar uma dada carga ou uma determinada carga de esforço, assim como a
capacidade de produção e obtenção de energia. Tudo isto, porque são
solicitados um conjunto de mecanismos; estruturas e sistemas (sistema ósseo,
estrutura muscular, aparelho cardiovascular, etc.) que se adaptam
determinando certos efeitos nos mesmos, no sentido da promoção da condição
física. Neste sentido, o organismo realiza novas adaptações, que
inclusivamente, estão diretamente relacionadas com o tipo, intensidade e
duração do esforço. Esses mesmos exercícios devem conduzir ao
desenvolvimento das capacidades coordenativas e condicionais.
Quanto à modalidade, as capacidades físicas inerentes ao Andebol são
multiformes, tais com a técnica e a tática. A força, a velocidade, a resistência, a
agilidade são desenvolvidas com a sua prática.
O quadro seguinte demonstra as diferentes formas como as
capacidades vão ser trabalhadas ao longo da Unidade Didática.
28
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
CAPACIDADES CONDICIONAIS
Resistência Aeróbia
Capacidade de realizar exercício durante um período de tempo alargado realizando ações de forma
repetida e de elevada intensidade, com potência mantendo a precisão e eficácia das habilidades
técnicas e capacidade de recuperar rapidamente.
Trabalhadas sob a forma de exercícios de aquecimento e situações de Jogo.
VelocidadeCapacidade do sistema neuromuscular detetar receber e transmitir informação e gerar taxas
elevadas de força associadas a elevadas velocidades de movimento.
Trabalhada sob a forma de exercícios de aquecimento e situações de remate.
ForçaNo fundo, toda a causa suscitável de alterar o estado de repouso da matéria. O exercício físico e o
rendimento desportivo são possíveis pelas forças geradas pelos músculos das quais resultam ações.
Trabalhada sob a forma de exercícios de condição física.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
RitmoCapacidade de perceção, acumulação e interpretação de estruturas temporais e dinâmicas
pretendidas ou contidas na evolução do movimento.
Exercícios de Remate.
Capacidade de Reação
Jogos pré- desportivos e jogos reduzidos.Orientação Espaço-
Temporal
Quadro 5 – Capacidades Condicionais e Coordenativas.
29
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
30
Andebol
1 - Cultura Desportiva
2 - Fisiologia de Treino e Condição
Física3 - Conceitos Psicossociais
3.1- Conceitos Psicológicos
3.1.1-Responsabilidade/
Autonomia
3.1.2-Empenho/Disciplina
3.1.3-Motivação
3.2- Conceitos Sócioafectivos
3.2.1- Cooperação 3.2.2- Respeito/Fair Play
4 - Habilidades Motoras
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
3-CONCEITOS PSICOSSOCIAIS
3.1-CONCEITOS PSICOLÓGICOS
3.1.1-Responsabilidade/Autonomia
Neste campo pretendemos que os alunos sejam responsáveis pelas
suas atitudes enquanto aprendizes. Deverão para tal, adotar uma correta
postura na aula, esforçando-se por controlar as suas emoções e por manifestar
uma atitude crítica relativamente ao tempo e qualidade de execução dos
colegas da turma. Para além disso, deverão ser proactivos realizando os
exercícios propostos na aula, sem a constante supervisão do professor e
deverão fazer respeitar as regras de segurança bem como colaborar de uma
forma espontânea na arrumação do material.
3.1.2-Empenho/Disciplina
Para que o sucesso nas tarefas se evidencie é crucial que os alunos se
apresentem em cada situação de aprendizagem concentrados, empenhados
mas também entusiasmados. Aliado a este empenho apresenta-se a disciplina.
A disciplina deve ser entendida num sentido amplo, através do respeito por
tudo, e por todos. Segundo Costa (2002) é necessário o respeito pelas regras,
o respeito pelo adversário, e a disputa sem violência física ou verbal.
Julgamos que a disciplina é importante, entre outras, pelo reflexo que
tem nas atitudes e valores dos alunos, e pelo que permite o confronto numa
atividade desportiva sã, bem como a cooperação e a autocrítica. No fundo os
alunos deverão ser capazes de aproveitar o processo ensino – aprendizagem
para potencializar as suas capacidades.
31
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
3.1.3-Motivação
A motivação pode ser definida como a totalidade de fatores, que
determinam a atualização de formas de comportamentos dirigidos a um
determinado objetivo. Esta é caracterizada como um processo ativo, intencional
e dirigido a uma meta o qual depende de fatores pessoais (intrínsecos), e
ambientais (extrínsecos).
A motivação do aluno na aula, revela grande importância no contexto da
Educação Física. Muitos alunos não se sentem confortáveis nas aulas de
Educação Física, mostrando-se por vezes desinteressados nas modalidades. É
função do professor procurar estratégias para incrementar os índices
motivacionais. Contudo, os alunos também deverão ter que procurar construir
alicerces que os mantenham entusiasmados e com prazer dentro de cada
situação de aprendizagem
3.2 CONCEITOS SÓCIOAFECTIVOS
3.2.1-Cooperação
Com objetivos traçados tem que haver uma dinâmica que nos
impulsione para a superação. Motivos internos e externos devem existir. A
oposição /competição, deixa-nos sujeitos a vários tipos de tensão. Pressão do
tempo que não nos deixa amadurecer decisões, pressão para ultrapassar
fadiga, pressão para decidir bem no mais curto espaço de tempo, pressão para
ultrapassarmos a frustração desencadeada pela derrota. Os nossos
adversários não são os nossos inimigos mas os que connosco cooperam na
árdua tarefa de nos superarmos (Araújo, 2002).
Assim associado a este binómio de cooperação/oposição está a
superação. Autossuperação e cooperação para superarmos o adversário e
para nos transcendermos. Nesta lógica, os alunos deverão cooperar com os
demais colegas em todas as situações da aula, escolhendo sempre as ações
mais favoráveis para o seu melhor aproveitamento e da turma, admitindo as
32
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
indicações que lhe dirigem e aceitando as opções e possíveis falhas de seus
colegas.
3.2.2-Respeito/Fair Play
Este conceito será, eventualmente, aquele se poderá destacar na lógica
das carências dos valores da sociedade. Talvez o respeito pelo outro será
aquele bem mais escasso. Assim, e tendo em conta todas as características
inerentes ao desporto procuraremos fazer cumprir tanto o respeito como o Fair
Play.
Assim os alunos deverão ser conscientes das diferenças de capacidade
entre os colegas bem como aceitá-las, deverão acatar as decisões do
professor e tratar com igual cordialidade e respeito os colegas.
Os alunos deverão ainda encarar a Educação Física e o Desporto de
forma positiva e saudável, demonstrando respeito pelas regras dos jogos e
pelos seus intervenientes. Deverão elevar o “Fair Play” através do respeito
pelos colegas, respeito pelos adversários, respeito pelas normas, regras de
jogo, saber ganhar e saber perder, e fazer valer jogo limpo.
33
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
34
Andebol
1 - Cultura Desportiva
2 - Fisiologia de Treino e Condição
Física
3 - Conceitos Psicossociais
4 - Habilidades Motoras
4.1 - Passe
4.1.1 - Passe de
Ombro
4.1.2 - Passe picado
4.2 - Remate
4.2.1 - Em apoio
4.2.2 - Em suspensão
4.3 - Recepção 4.4 - Drible 4.5 - Passa e Vai
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
4.1.1. PASSE DE OMBRO
Indicações metodológicas
Deve ser utilizado quando se está próximo do colega ou para distâncias maiores
(ex.: contra-ataque).
Componentes críticas
Colocar o cotovelo um pouco acima do ombro;
Colocar a bola acima da cabeça;
Lançar a bola para a frente;
Rodar o tronco para o lado do braço executor;
Durante o lançamento passar o peso do corpo da perna de trás para a da frente;
Rodar o tronco.
Erros mais frequentes
Não rodar o tronco;
Não passar o peso do corpo da perna de trás para a da frente.
4.1.2. PASSE PICADO
Indicações metodológicas
Utilizar este tipo de passe quando estiver um adversário entre o portador da bola e o
colega de equipa.
Componentes críticas Dirigir a bola para o solo;
Executar o movimento através do antebraço e do pulso;
Bater a bola no solo junto aos pés do adversário, ao seu lado direito ou esquerdo, ou
mesmo entre as pernas.
35
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Erros mais frequentes
Enviar a bola para longe dos pés do colega;
Efetuar o passe com velocidade insuficiente.
4.2.1. REMATE EM APOIO
Indicações metodológicas
Remate utilizado no livre de 7 metros;
Idêntico ao passe de ombro.
Componentes críticas
Recuar o máximo o ombro do braço que remata (maior projeção do braço atrás);
Transferir ainda mais peso do corpo para a perna que está atrás;
Exercer força explosiva na bola no momento do remate (maior rotação do tronco no
momento de execução).
Erros mais frequentes
Não rodar o tronco;
Não transferir o peso do corpo para a perna de trás;
Realizar o remate com força insuficiente.
4.2.2. REMATE EM SUSPENSÃO
36
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Indicações metodológicas
Usa-se em situações de 1 x GR;
A técnica de execução é idêntica à do remate em suspensão, só que a projeção do
salto é mais horizontal, sendo maior a distância do salto.
Componentes críticas
Executar passos de corrida grandes e rápidos (esquerdo-direito-esquerdo, para
destros; direito-esquerdo-direito, para esquerdinos);
Saltar sobre a perna do último apoio;
Fletir a perna contrária à da impulsão, com rotação externa da mesma e elevação do
joelho;
Rotação do tronco;
Rematar só no momento mais alto do salto;
Após se ter efetuado o remate, rodar o tronco e contactar o solo com a perna de
impulsão (esquerda, para os destros, e direita, para os esquerdinos).
Erros mais frequentes
Trocar os apoios;
Saltar sobre a perna contrária;
Não rodar o tronco.
4.3. RECEÇÃO
37
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Indicações metodológicas
Gesto técnico fundamental;
Receber a bola é um gesto ativo e dinâmico.
Componentes críticas
Manter o olhar na bola;
Dirigir os braços para a bola;
Colocar as mãos em concha;
Fletir os braços no momento da receção de modo a amortecer a sua velocidade.
Erros mais frequentes
Não dirigir os braços para a bola;
Não colocar as mãos em concha.
4.4. DRIBLE
38
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Indicações metodológicas
Deve-se conduzir a bola lateralmente e à frente, quando se dribla em corrida.
Componentes críticas
Não olhar para a bola ou olhar o menos possível, de modo a não perderes o controlo
visual com os restantes elementos do jogo;
Colocar a mão aberta com a palma virada para o solo;
Empurrar e amortecer a bola com os dedos;
Ajudar a empurrar a bola para o solo com o pulso e o antebraço.
Erros mais frequentes
Realizar o drible de basquetebol;
Olhar sempre dirigido para a bola;
Fazer transporte.
39
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
40
Módulo 2
Análise do Contexto
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 2- Análise do Contexto
A análise do contexto da escola bem como do envolvimento foi
elaborada pelo Núcleo de Estágio de Educação Física da Escola EB2/3 de Rio
Tinto e constará detalhada no MEC geral. Contudo, para o planeamento do
MEC de Andebol procedi a uma análise do contexto mais restrita, que
compreende um diagnóstico dos recursos espaciais e materiais, recursos
humanos e recursos temporais.
Recursos Espaciais e Materiais
As aulas de Andebol irão decorrer no pavilhão de Educação Física e
também, por vezes, no espaço exterior. Este espaço contém todas as
marcações do campo de Andebol.
Socorrendo-me agora do inventário realizado pelo grupo de disciplina de
Educação Física posso constatar:
Modalidade Material Quantidade Local Observações
Andebol
Balizas 2 Pavilhão
Bolas
Variada
s
20Arrecadação
de EFEm uso
Bolas
Variada
s
30Arrecadação
interiorNovas
Redes
de
Baliza
2Arrecadação
de EFNovas
Redes
de
Baliza
4 Pavilhão Em mau estado
Quadro 6 – Recursos Materiais de Andebol.41
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
42
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Recursos Temporais
De acordo com a Planificação Anual, a Unidade Didática de Andebol irá
contar com 10 aulas. Estas aulas irão ser distribuídas por blocos de 45 e de 90
minutos.
Recursos Humanos
A turma é composta por 24 alunos, tendo 13 rapazes e 11 raparigas. É
uma turma um pouco extensa o que dificulta um pouco o processo de ensino.
43
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
44
Módulo 3
Análise dos Alunos
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 3- Análise dos Alunos
Para que o processo de ensino seja bem conseguido é crucial que antes
de se planificar algo, o professor se aproprie das características, capacidades e
motivações dos alunos a quem vai dirigir esse mesmo processo.
Deste modo, para além da análise da turma pormenorizada que consta
no MEC geral, procedi à elaboração da Avaliação Diagnóstica dos alunos na
modalidade de Andebol, no que se refere às suas capacidades, tendo em conta
os conteúdos programáticos estabelecidos.
Para o devido efeito, utilizei a grelha de avaliação que consta abaixo:
45
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Avaliação DiagnósticaAvaliação Diagnóstica
46
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Ana
V.
Ana
San
tos
Ana
S.
Âng
ela
Car
los
Cát
ia
Clá
udio
Dia
na
Edu
ardo
Fláv
io
Inês
Joan
a
João
Jorg
e
José
Luís
Mar
cos
Mic
hael
Pau
lo
Raf
aela
Rita
Rub
en
San
dro
Sof
ia
Relação com bola Passe e Receção 2 2 2 2 3 2 2 2 2 3 1 2 2 2 2 2 3 2 2 1 2 2 2 1
Manutenção da posse de bola
Intenções táticas ofensivas – com
bola1 2 2 1 3 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 3 1 1 2 2 1
Intenções táticas ofensivas – sem
bola1 1 1 1 2 1 1 1 1 3 2 2 2 2 2 1 3 2 2 1 1 1 2 1
Recuperação da posse de bola
Intenções táticas defensivas 2 1 1 1 3 1 1 1 2 3 1 1 3 1 2 1 3 2 2 1 1 2 2 1
Regras 2 1 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 2
Atitude 2 1 2 3 3 2 1 2 2 3 2 2 3 2 2 2 3 3 2 1 2 2 2 2
47
Conteúdos
Alunos
Relação com bola
Nível 1 – Não executa o passe e a receção;Nível 2 – Executa o passe e a receção revelando algumas dificuldades ao nível motor (passe mal direcionado, força inadequada, etc.);Nível 3 – Executa o passe e a receção de forma apropriada (recebe aBola c/ duas mãos, analisa a trajetória da bola e coloca-se em função dela; passe direcionado para o colega em função da sua trajetória);
Intenções táticas ofensivas – com bola
Nível 1 – Demora muito tempo a libertar a bola ou liberta a bola (passe) a qualquer colega sem escolher a melhor linha de passe;Nível 2 – Passe a colega com marcação, não opta pela linha de passe mais favorável;Nível 3 – Passe a colega livre e melhor posicionado;
Intenções táticas ofensivas – sem bola
Nível 1 – Não cria linhas de passe (mantém-se estático);Nível 2 – Cria linhas de passe em zonas pouco favoráveis;Nível 3 – Cria linhas de passe adequadas (afasta-se dos colegas, procurando o espaço vazio e progredindo no terreno);
Intenções táticas defensivas
Nível 1 – Apenas se preocupam com a marcação da bola;Nível 2 – Preocupação com os atacantes / impedir a progressão;Nível 3 – Enquadramento (jogador/baliza) / Tentativa de interceção;
Regras Fundamentais
Nível 1 – Desconhece;Nível 2 – Cumpre parcialmente ou de forma esporádica;Nível 3 – Cumpre quase sempre;
Atitude
Nível 1 – InsuficienteNível 2 – BoaNível 3 – Muito boa
1 – Introdutório 2 – Elementar 3 – Avançado
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
48
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Como é possível observar através do Quadro 5, o nível geral da turma
oscila entre o fraco e o mediano. Em nenhum dos conteúdos observados a
turma atingiu o nível máximo (nível 3), tendo a média mais elevada no domínio
das atitudes com um valor de 2,1 e a média mais baixa no domínio das
intenções táticas ofensivas - sem bola com um valor de 1,5.
Conteúdos Média da TurmaRelação com bola Passe e Receção 2
Manutenção da posse de bola
Intenções táticas ofensivas
– com bola1,7
Intenções táticas ofensivas
– sem bola1,5
Recuperação da posse de bola
Intenções táticas defensivas
1,6
Regras 1,8
Atitudes 2,1
Quadro 7 – Média da turma por conteúdos.
Ao nível da relação com bola, os conteúdos avaliados prenderam-se
com o passe e a receção. Através da análise do gráfico, é claro que o nível da
turma é mediano, com 75% dos alunos a estarem inseridos no Nível 2. Apesar
de não ser explícito no gráfico, os problemas mais recorrentes ao nível da
relação com bola estavam ligados ao passe mal direcionado, à força
inadequada aplicada ao passe, o cotovelo junto ao corpo aquando do passe e
consequente não elevação do braço, a receção ser realizada com um braço,
não ter contato visual com o recetor nem passador. Sendo estes aspetos
cruciais ao desenvolvimento e fluidez do jogo, é essencial trabalhar e melhorar
estas habilidades procurando que todos os alunos melhorem o seu nível,
apesar do escasso tempo disponível para a prática.
49
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Em relação à manutenção da posse de bola, quer seja em intenções
táticas ofensivas com bola ou sem bola, a turma demonstrou um nível fraco,
onde obteve uma média de 1,7 e 1,5 respetivamente. Estes resultados têm dois
significados: por um lado os alunos, na sua generalidade, não sabem qual a
melhor opção a tomar quando se encontram na posse de bola, não conseguem
definir a melhor linha de passe, isto porque nota-se muito a preocupação,
principalmente dos rapazes, em jogar entre si, não privilegiando, por vezes, o
melhor posicionamento de raparigas. Por outro lado, quando a sua equipa está
em posse de bola mas esta não se encontra consigo, os alunos têm grande
dificuldade em criar linhas de passe e isto prende-se em grande parte pela
ineficácia na ocupação racional do espaço devido à grande anarquia e
aglutinação em torno da bola presente no jogo da turma.
Ao analisar o gráfico relativo às intenções táticas defensivas, a
percentagem de 54% de alunos no Nível 1 é bem elucidativa da grande
50
13%
75%
13%
Relação com Bola
Nível 1
Nível 2
Nível 3
38%
54%
8%
Intenções tácticas ofensivas – com bola
Nível 1Nível 2Nível 3
54%38%
8%
Intenções táticas ofensivas – sem bola
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
preocupação dos alunos quando a sua equipa não está com a posse de bola.
Tal como referido na análise dos gráficos anteriores, a grande anarquia e
aglutinação em torno da bola faz com que os alunos se preocupem mais em
estar no local onde se encontra a bola do que em realizar a marcação
individual e impedir a progressão dos atacantes para a sua baliza.
Relativamente às regras, e tal como está claramente espelhado no
gráfico, um quarto da turma desconhece por completo as regras do jogo de
Andebol, chegando ao ponto de não saber se a bola vai ou não ao centro do
terreno de jogo após o golo. Os restantes três quartos da turma vão cumprindo
as regras de forma esporádica, pelo que é urgente nutrir os alunos com as
competências necessárias para a prática autónoma do jogo de Andebol
cumprindo com as regras básicas do jogo. Vai ser, por isso, muito importante
ao longo das aulas o reforço das regras a toda a turma.
51
54%
29%
17%
Intenções tácticas defensivas
Nível 1Nível 2Nível 3
25%
75%
Regras
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Finalmente em relação à atitude da turma, este acabou por ser o conteúdo que
obteve a melhor média (2,1) onde 63% dos alunos revelaram uma boa atitude e
25% uma atitude muito boa. Foi satisfatório verificar a entrega de alguns alunos
durante a avaliação, sendo de igual forma preocupante a falta de empenho de
12% da turma.
Analisada detalhadamente a grelha de Avaliação Diagnóstica, penso ser
possível afirmar, como anteriormente já foi referido, que a turma oscila entre
um nível fraco a mediano. Esta turma encontra-se no 1º dos 4 níveis de ensino
do jogo de Andebol, pelo que é importante planear o processo de ensino tendo
em conta as características desse nível de jogo.
52
13%
63%
25%
Atitude
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Avaliação SumativaAvaliação Sumativa
53
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Ana
V.
Ana
San
tos
Ana
S.
Âng
ela
Car
los
Cát
ia
Clá
udio
Dia
na
Edu
ardo
Fláv
io
Inês
Joan
a
João
Jorg
e
José
Luís
Mar
cos
Mic
hael
Pau
lo
Raf
aela
Rita
Rub
en
San
dro
Sof
ia
Relação com bola Passe e Receção 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 3 3 3 2 3 3 2 2 3 2 2
Manutenção da posse de bola
Intenções táticas ofensivas – com
bola2 2 2 2 3 2 2 2 2 3 2 1 2 3 3 2 3 2 1 1 3 3 1
Intenções táticas ofensivas – sem
bola2 1 2 2 3 1 2 1 1 3 1 1 2 3 3 1 3 3 1 2 2 3 2
Recuperação da posse de bola
Intenções táticas defensivas 1 1 2 2 2 1 2 1 1 3 2 2 3 3 3 2 2 3 2 1 3 2 2
Regras 2 2 2 2 3 1 2 2 2 2 1 2 2 2 3 2 2 2 1 2 3 2 2
Atitude 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 2 3 2 2 2 3 2 2
54
Conteúdos
Alunos
Relação com bola
Nível 1 – Não executa o passe e a receção;Nível 2 – Executa o passe e a receção revelando algumas dificuldades ao nível motor (passe mal direcionado, força inadequada, etc.);Nível 3 – Executa o passe e a receção de forma apropriada (recebe aBola c/ duas mãos, analisa a trajetória da bola e coloca-se em função dela; passe direcionado para o colega em função da sua trajetória);
Intenções táticas ofensivas – com bola
Nível 1 – Demora muito tempo a libertar a bola ou liberta a bola (passe) a qualquer colega sem escolher a melhor linha de passe;Nível 2 – Passe a colega com marcação, não opta pela linha de passe mais favorável;Nível 3 – Passe a colega livre e melhor posicionado;
Intenções táticas ofensivas – sem bola
Nível 1 – Não cria linhas de passe (mantém-se estático);Nível 2 – Cria linhas de passe em zonas pouco favoráveis;Nível 3 – Cria linhas de passe adequadas (afasta-se dos colegas, procurando o espaço vazio e progredindo no terreno);
Intenções táticas defensivas
Nível 1 – Apenas se preocupam com a marcação da bola;Nível 2 – Preocupação com os atacantes / impedir a progressão;Nível 3 – Enquadramento (jogador/baliza) / Tentativa de interceção;
Regras Fundamentais
Nível 1 – Desconhece;Nível 2 – Cumpre parcialmente ou de forma esporádica;Nível 3 – Cumpre quase sempre;
Atitude
Nível 1 – InsuficienteNível 2 – BoaNível 3 – Muito boa
1 – Introdutório 2 – Elementar 3 – Avançado
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Conversão das notas
18 valores 100%
x valores …%
Aluno Valor Obtido Percentagem Nota FinalAna Valente 11 61% 3
Ana Santos 10 55% 3
Ana Soares 12 66% 3
Ângela 12 66% 3
Carlos 16 88% 5
Cátia 9 50% 3
Cláudio 12 66% 3
Diana 10 55% 3
Eduardo 10 55% 3
Flávio 16 88% 5
Inês 10 55% 3
Joana 10 55% 3
João 15 83% 4
Jorge 17 94% 5
José 18 100% 5
Luís 11 61% 3
Michael 16 88% 5
Paulo 15 83% 4
Rafaela 9 50% 3
Rita 10 55% 3
Ruben 17 94% 5
Sandro 14 77% 4
Sofia 11 61% 3
55
CONVERSÃO PARA PERCENTAGEM1 0 - 24 %2 25 - 49 %3 50 - 66 %4 67 - 83 %5 84 - 100 %
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Como é possível observar no quadro do nível médio da turma que se
encontra abaixo, e comparando com o mesmo quadro da Avaliação
Diagnóstica, o nível médio da turma aumentou em todos os conteúdos sem
exceção. Tendo em conta o tempo disponível para trabalhar esta modalidade,
sem dúvida que os resultados são positivos e espelham o bom trabalho
realizado pelos alunos durantes as 10 aulas da Unidade Didática (UD).
Conteúdos Média da TurmaRelação com bola Passe e Receção 2,3
Manutenção da posse de bola
Intenções táticas ofensivas
– com bola2,1
Intenções táticas ofensivas
– sem bola1,9
Recuperação da posse de bola
Intenções táticas defensivas
2
Regras 2
Atitudes 2,2
Ao nível da relação com bola, os conteúdos avaliados prenderam-se
com o passe e a receção. Através da análise do gráfico, e sempre comparando
com a Avaliação Diagnóstica, é com grande satisfação que se regista o
desaparecimento de alunos no nível 1 e o consequente aumento de alunos no
nível 2 e 3. Tal como referenciado na análise dos dados da Avaliação
Diagnóstica, sendo estes aspetos cruciais ao desenvolvimento e fluidez do
jogo, foram trabalhados intensivamente ao longo de toda a UD e sem dúvida
que os resultados estão à vista.
56
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Em relação
à
manutenção da posse de bola, quer seja em intenções táticas ofensivas com
bola ou sem bola, a turma evoluiu consideravelmente, diminuindo
drasticamente o número de alunos no nível 1 (de 38% para 17% e de 54% para
35% respetivamente) e aumentando de forma extraordinária o número de
alunos no nível 3.
No entanto é importante referir que ainda predominam os níveis 2 e 3
com 35% e o nível da turma está uniformemente distribuído pelos 3 níveis de
jogo.
Ao analisar o gráfico relativo às intenções táticas defensivas, a redução
da percentagem de 54% de alunos no Nível 1 para apenas 26% é bem
elucidativa da evolução dos alunos quando a sua equipa não está com a posse
de bola. Mais uma vez, a percentagem de alunos no nível 2 e no nível 3
aumentou, o que revela a evolução dos alunos ao longo da UD. No entanto,
apesar da evolução dos alunos, o nível 1 e o nível 3 estão idênticos.
57
84%
16%
Relação com Bola
Nível 1
Nível 2
Nível 3
17%
52%
30%
Intenções tácticas ofensivas – com bola
Nível 1Nível 2Nível 3
35%
35%
30%
Intenções táticas ofensivas – sem bola
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Relativamente às regras, tal como está claramente espelhado no gráfico e
comparando com o da Avaliação Diagnóstica, apenas 13% dos alunos (3) da
turma desconhece as regras do jogo de Andebol. Apesar de o número de
alunos no nível 1 ter diminuído, é sempre alarmante que não saibam as regras
de jogo após a UD, mas espero que este conhecimento seja desenvolvido pelo
estudo para o teste escrito. A percentagem de alunos no nível 2 permaneceu
idêntica, aparecendo 13% de alunos (3) que já dominam mais profundamente
as regras do jogo e por isso encontram-se no nível 3.
Finalmente em relação à atitude da turma, esta evoluiu de forma
satisfatória. Deixaram de existir alunos no nível 1, passando para o nível 2 e
perfazendo a percentagem de 74%. Foi satisfatório verificar a entrega de
alguns alunos não só durante a avaliação mas durante toda a UD.58
26%
48%
26%
Intenções tácticas defensivas
Nível 1Nível 2Nível 3
13%
74%
13%
Regras
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Analisada
detalhadamente a grelha de Avaliação Sumativa, e comparando com a
Avaliação Diagnóstica, penso ser possível afirmar que o nível da turma evoluiu
substancialmente. Com mais tempo para trabalhar esta modalidade os
resultados poderiam ser ainda melhores, mas como tal não foi possível será
um grande desafio para o próximo ano letivo.
59
74%
26%
Atitude
Nível 1Nível 2Nível 3
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
60
Módulo 4
Extensão e Sequência dos Conteúdos
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 4- Extensão e Sequência dos Conteúdos
Após realizar a necessária análise dos planeamentos já existentes na
escola e analisar os programas nacionais de Educação Física, os conteúdos
escolhidos para abordar na Unidade Didática de Andebol são:
Habilidades Motoras
Habilidades técnicas Passe de ombro;
Passe picado;
Drible;
Remate em apoio;
Remate em suspensão;
Habilidades táticas Passa e vai;
Ocupação racional do espaço;
Aproveitamento de situações
de superioridade numérica;
Marcação individual;
Jogo 5x5;
Cultura Desportiva
Aplicação das regras básicas de jogo;
Utilização da terminologia e sinalética específicas da modalidade;
Fisiologia do treino e condição física
Capacidades Coordenativas Ritmo;
Orientação espácio-temporal;
Capacidade de reação;
Capacidades Condicionais Força;
Resistência aeróbia;
Velocidade;
61
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Conceitos Psicossociais
Respeito;
Empenho;
Atenção;
Espírito de equipa;
Cooperação;
Motivação;
62
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 5- Determinação dos Objetivos63
Módulo 5
Determinação dos Objetivos
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
O Andebol, como jogo coletivo que é, tem por o objetivo desenvolver
nos alunos aspetos energético-funcionais, habilidades motoras, relações
grupais e processos cognitivos. Para além do atrás referido, permite ainda a
satisfação das necessidades lúdicas.
Assim, devido à riqueza de situações que proporcionam, os jogos
desportivos coletivos constituem um meio formativo por excelência, na medida
em que a sua prática, quando devidamente orientada, induz o desenvolvimento
de competências em vários planos, de entre os quais sobressaem o tático-
cognitivo, o técnico e o sócio afetivo (Mesquita, 1992).
Objetivos de Pré-requisito
1) Cognitivo O aluno:
- O aluno conhece os fundamentos das disciplinas abordadas.
2) Sócio afetivo O aluno:
- Frequenta assiduamente as aulas e é pontual;
- Revela participação e interesse pelas atividades;
- Integra-se e colabora com os companheiros, com dificuldade;
- Respeita as indicações do professor.
3) Psicomotor O aluno, em situação de jogo 5x5, após recuperação da bola pela sua
equipa:
- Desmarca-se oferecendo linhas de passe;
- Opta por passe a um jogador em posição mais ofensiva ou por drible;
- Remata se recebe a bola em condições favoráveis;
- Logo que perde a posse da bola, assume atitude defensiva;
- Procura dificultar a progressão em drible, o passe e o remate;
- Procura dificultar a receção da bola.
64
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Objetivos Intermédios
1) Cognitivo O aluno:
- Conhece razoavelmente os fundamentos das disciplinas dadas.
2) Sócio afetivo O aluno:
- Frequenta assiduamente as aulas e é pontual;
- Mantém relações cordiais com o professor e colegas;
- Coopera com os companheiros promovendo a entreajuda;
- Cumpre as indicações transmitidas pelo professor;
- Colabora na preparação, arrumação e preservação do material.
3) Psicomotor O aluno, em situação de jogo 5x5 realiza, após recuperação da bola pela
sua equipa:
- Desmarca-se oferecendo linhas de passe, utilizando fintas;
- Desmarca-se rapidamente, se não tem posse de bola, utilizando consoante a
oposição fintas e mudanças de direção;
- Opta por jogadores em posição mais ofensiva ou drible progredindo em
direção da baliza;
- Finaliza, se recebe a bola em condições favoráveis, utilizando o remate em
salto. Utiliza fintas e mudanças de direção.
O aluno, em situação de jogo 5x5, logo que perde a posse da bola, assume
atitude defensiva, marcando o seu adversário direto (defesa individual):
- Coloca-se entre a bola e a baliza, na defesa do jogador com bola;
- Coloca-se entre o adversário e a baliza, na defesa do jogador sem bola.
- Quando em situação de defesa zona em “duas linhas” (na área onde se
encontra):
- Marca os jogadores que entram na área da sua responsabilidade.
65
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Objetivos Terminais
1) Cognitivo O aluno:
- Aplica e critica os fundamentos das disciplinas dadas.
2) Sócio afetivo O aluno:
- Frequenta assiduamente as aulas e é pontual;
- Mantém relações cordiais com o professor e colegas;
- Coopera com os companheiros promovendo a entreajuda;
- Cumpre as indicações transmitidas pelo professor;
- Colabora na preparação, arrumação e preservação do material;
- Aceita e aplica os feedbacks transmitidos pelo professor.
3) Psicomotor O aluno em situação de jogo 5x5 realiza:
Após recuperação da bola pela sua equipa:
- Desmarca-se rapidamente, se não tem posse de bola, utilizando consoante a
oposição fintas e mudanças de direção dando “linhas de passe” ofensivas e
garantindo a ocupação equilibrada do espaço de jogo;
- Opta por jogadores em posição mais ofensiva ou drible progredindo em
direção da baliza para permitir a finalização em vantagem numérica ou
posicional;
- Finaliza, se recebe a bola em condições favoráveis, utilizando o remate em
salto ou em apoio, de acordo com a situação e a posição dos defesas. Utiliza
fintas e mudanças de direção, consoante a oposição, para desenquadrar o seu
adversário direto;
- Desmarca-se constantemente, “ocupando espaços vazios” garantindo a
“compensação” ofensiva da sua equipa, tentando criar “linhas de passe” mais
ofensivas ou de apoio ao jogador com bola.
66
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Logo que perde a posse da bola, assume atitude defensiva, marcando o
seu adversário direto (defesa individual);
Quando em situação de defesa individual:
- Coloca-se entre a bola e a baliza, na defesa do jogador com bola, procurando
impedir a progressão em drible e dificultando o passe e o remate;
- Coloca-se entre o adversário e a baliza, na defesa do jogador sem bola,
dificultando a sua ação e procurando impedir a receção;
- Colabora na orientação da defesa da sua equipa, avisando os companheiros
da movimentação dos jogadores adversários;
67
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
68
Módulo 6
Configuração da avaliação
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 6- Configuração da Avaliação
A avaliação está diferenciada em três momentos distintos: inicial com
carácter diagnóstico, intermédia com carácter formativo e final com carácter
sumativo.
Esta Unidade Didática constará de três momentos de avaliação, sendo
eles a Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa e Avaliação Sumativa.
O sucesso do processo de ensino-aprendizagem é representado pelo
domínio do conjunto das capacidades e competências, que se encontram
especificadas nos objetivos (gerais e comportamentais). O desenvolvimento do
aluno na modalidade a que a Unidade Didática se refere corresponde à
qualidade demonstrada na interpretação prática dessas capacidades e
competências nas situações características, bem como na assimilação dos
exercícios de aprendizagem que decorrem nas aulas.
A avaliação recai necessariamente sobre comportamentos concretos
que se reportam à consecução dos objetivos estabelecidos, que por sua vez
foram perseguidos, com o ensino realizado.
A congruência da avaliação materializa-se no que vai ser exigido aos
alunos. Deve centrar-se, por isso, no que se definiu como essencial e que foi
alvo de um processo de apropriação.
Os critérios de avaliação, foram definidas pelo grupo de Ed. Física e
serão aplicados pelo professor, no sentido de classificar o aluno em função do
seu desempenho nas situações de prova selecionadas para a demonstração
das qualidades visadas. Estas provas ou exercícios critério têm por base os
utilizados na Avaliação Inicial (avaliação diagnóstica), permitindo aferir
eventuais progressos dos alunos após a lecionação da unidade didática.
69
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Definição dos momentos de avaliação
Avaliação DiagnósticaA avaliação diagnóstica será realizada no início da Unidade Didática.
Assim, este tipo de avaliação tem como principal objetivo recolher informações
sobre os conhecimentos e aptidões que o aluno possui, verificando em que
níveis se encontram os mesmos e prognosticando o nível que poderão atingir,
sendo assim possível estabelecer ou não diferentes níveis dentro da turma.
Avaliação FormativaA avaliação formativa faz parte integrante do processo ensino -
aprendizagem, sendo assim utilizada durante todo o processo. Tem como
finalidade dar feedbacks ao professor e ao aluno relativamente à evolução
deste e das suas dificuldades, detetar os problemas de ensino aprendizagem,
assim como localizar erros de modo a permitir a utilização de outros processos
de ensino.
Esta avaliação será contínua, ou seja, realizada em todas as aulas,
tomando em atenção o grau de empenho, evolução e prestação motora dos
alunos. Serão consideradas as dificuldades e/ou facilidades dos alunos para
fazer reajustes aos conteúdos a lecionar.
Avaliação SumativaEste tipo de avaliação tem como principal objetivo o balanço final da
unidade didática. É após a realização desta avaliação que o professor analisa
se os objetivos inicialmente propostos foram, ou não, cumpridos. É também um
ponto de partida para a aquisição de um maior desempenho do professor, na
medida em que se este fizer uma reflexão crítica, poderá ver o que de melhor
ou pior se verificou no processo ensino-aprendizagem.
É realizada nas últimas aulas da unidade didática, sendo constituída por
exercícios idênticos aos realizados nas aulas, permitindo observar os
comportamentos dos alunos nos conteúdos abordados, de forma a aferir a sua
progressão na aprendizagem e a consolidação dos conhecimentos.
70
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
O nível final do 3.º ciclo será atribuído numa escala de 0 a 5 valores, em
que o valor 3 corresponde à nota mínima positiva.
Domínios a avaliar
Serão considerados três domínios na avaliação e nos quais estão
contemplados os objetivos comportamentais das unidades didáticas:
Domínio Psicomotor
Neste domínio serão avaliadas as competências dos alunos na
realização e aplicação dos gestos técnicos, princípios de jogo ou aspetos
táticos das diferentes matérias abordadas.
Este domínio tem um peso de 50% do nível final.
Componente Técnica
A avaliação desta componente será efetuada através de situações de
jogo que englobam os principais gestos técnicos desta Unidade Didática,
considerando as suas componentes críticas fundamentais.
A avaliação deste domínio resulta da média dos diferentes níveis obtidos
em cada um dos conteúdos a avaliar. É de realçar que os exercícios utilizados
para a avaliação final devem estar em consonância com o nível da turma.
Nível 1Nunca aplica os critérios de correção técnica e regulamentar na
realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.
Nível 2Raramente aplica os critérios de correção técnica e regulamentar na
realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.
Nível 3Aplica algumas vezes os critérios de correção técnica e regulamentar
na realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.
Nível 4Aplica quase sempre os critérios de correção técnica e regulamentar
na realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.
Nível 5Aplica sempre os critérios de correção técnica e regulamentar na
realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.
Quadro 8 – Níveis de avaliação do Domínio Psicomotor
71
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Domínio Cognitivo
Neste domínio serão avaliados todos os conteúdos teóricos transmitidos
ao longo das unidades didáticas – regras, aspetos técnico-táticos, de
organização e formas de participação, etc. A avaliação deste domínio integra a
realização de um teste escrito que é cotado de 0 a 100 pontos percentis.
Este domínio tem um peso de 20% do nível final.
Nível 1 Não conhece os fundamentos das unidades dadas.
Nível 2 Conhece deficientemente os fundamentos das unidades dadas.
Nível 3 Conhece razoavelmente os fundamentos das unidades dadas.
Nível 4 Conhece e compreende os fundamentos das unidades dadas.
Nível 5 Aplica e critica os fundamentos das unidades dadas.
Quadro 9 – Níveis de avaliação do Domínio Cognitivo.
72
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Domínio Sócio afetivo
Este domínio contempla 30% do nível final dos alunos, e diz respeito às
relações que o aluno estabelece com o professor, com os colegas, com a
atividade e com o material. Desses 30%, 20% são para a organização das
atividades e do material necessário e 10% para as atitudes e valores.
Nível 1Revela fraca participação e desinteresse pelas atividades. Integra-se
com dificuldade e não colabora com os companheiros.
Nível 2Revela deficiente participação e interesse pelas atividades. Integra-se
e colabora com os companheiros, com dificuldade.
Nível 3Revela interesse e participa nas atividades. Integra-se e colabora com
o grupo.
Nível 4Revela bastante interesse e participa nas atividades. Integra-se,
colabora e estimula a participação no grupo.
Nível 5Revela empenhamento nas atividades e é responsável. Integra-se,
colabora e estimula a participação no grupo.
Quadro 10 – Níveis de avaliação do Domínio Sócio afetivo.
Avaliação de alunos dispensados da componente prática
Os alunos dispensados da componente prática não são avaliados no
domínio psico-motor pelo que a ponderação a ser aplicada será diferente.
Domínio CognitivoEste domínio tem um peso de 60% da nota final.
- Relatórios das aulas
- Teste Escrito
- Trabalho teórico com um tema a definir
Os trabalhos por Unidade Didática, os relatórios das aulas e os testes
escritos são cotados de 0 a 100 valores.
Domínio sócio afetivo73
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Este domínio tem um peso de 40% da nota final, sendo os critérios de
avaliação iguais aos descritos acima embora o seu peso seja diferente no nível
final. Desses 40%, 30% são para a organização das atividades e do material
necessário e 10% para as atitudes e valores.
74
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
75
Módulo 7
Progressões de Aprendizagem
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 7 – Criação de Progressões de Aprendizagem
Pega da Bola – Exercícios
Descrição Objetivo O aluno parado realiza translações da bola à
volta da cintura;
Mesmo exercício com translações da bola à
volta do pescoço;
Mesmo exercício com translações à volta dos
joelhos;
Mesmo exercício executado em
deslocamento.
Tomar consciência da pega da bola
O aluno em corrida ao longo do campo, lança
a bola ao ar, e repete aumentando
progressivamente a altura do lançamento da
bola ao ar.
Desenvolver a técnica da pega da bola e ao
mesmo tempo da receção
Passe/Receção – Jogos Pedagógicos
1 “ Bola ao capitão” Esquema
76
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Uma bola e coletes;
Duas equipais cada qual com 1 capitão (jogador fixo),
colocado dentro do arco na linha de 6 metros; Os
restantes alunos deslocam-se livremente passando a
bola entre si, executando dez passes no mínimo e de
seguida tentando passar ao seu capitão, que a deve
agarrar mantendo os dois pés dentro do círculo. Cada
vez que uma equipa executa dez passes consecutivos
sem deixar cair a bola no solo e passa ao seu capitão
ganha 1 ponto.
Não é permitido dar mais de 3 passos com a bola na
mão, bater, empurrar ou agarrar os adversários.
Ganha a equipa que obtiver mais pontos.
2
“Passe em círculo” Esquema
Os alunos formam um círculo, ficando um aluno de fora,
de costas para o círculo, com 1 apito.
Ao sinal, os alunos do círculo passam a bola entre si; O
aluno que tiver na posse de bola quando o aluno que
está de fora apitar, sai do círculo, trocando de posição e
função com o aluno que se encontra de fora com o apito.
3 “Roda Desfeita” Esquema
77
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Os alunos formam um círculo, passando a bola sempre
para o colega que se encontra à sua direita.
Ao sinal do professor, os alunos desfazem a roda,
movimentam-se livremente, e terão de passar a bola
sempre ao mesmo colega e receber sempre do mesmo.
Passe/Receção – Exercícios
1
Situação de Aprendizagem Esquema
Colunas, 1 bola
Alunos dispostos em duas colunas frente a frente; O
1º aluno da coluna A (amarelos) executa passe para o
1º aluno da coluna B (Verdes) e desloca-se em corrida
para o fim da coluna B, e assim sucessivamente.
2
3 Alunos, 1 bola
Grupos de 3 alunos colocados em forma de triângulo
executam passes entre si, frontais e na diagonal.
3
Quatro colunas de alunos dispostas em quadrado com
uma bola; O aluno com bola passa para o 1º aluno da
coluna que se encontra à sua direita e corre para o fim
da mesma e assim sucessivamente até todos os
alunos terem executado o passe.
Variante: Mesmo exercício com 2 bolas.
78
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
4
Grupos de três alunos que se colocam em triângulo, o
aluno com bola (posição central) executa passe para o
colega que se encontra do seu lado direito, recebe de
novo a bola e executa novo passe desta vez para o
colega que se encontra do seu lado esquerdo, que ao
receber a bola remata.
Passe picado – Exercícios
1
Situação de Aprendizagem Esquema
Duas colunas frente a frente separados por 4 metros; o
1º aluno de cada coluna executa passe picado para o
1º colega da outra coluna, deslocando-se de seguida
para o fim da coluna para onde executou o passe.
2
Dois alunos com bola executam passe (picado) /
receção entre si em deslocamento na direção da
baliza.
Na zona próxima da linha de 6 metros. Um dos alunos
remata.
Drible – Jogos Pedagógicos
1 "Toca e Foge" Esquema
79
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Um aluno é o perseguidor sendo os restantes
perseguidos; Todos os alunos se deslocam
executando drible em deslocamento.
O aluno perseguidor, sem nunca parar o drible, corre
atrás dos outros alunos, tentando tocar-lhes. Quando
um aluno é tocado troca de função com o
perseguidor.
2
"Passagem" Esquema
4 Alunos: 2 defesas sem bola, uma bola para cada
jogador atacante;
Os dois alunos defesas encontram-se entre as linhas
de 6 e 9 metros, enquanto os restantes alunos
partindo da linha de meio campo em drible tentam
ultrapassar os defesas, sem serem tocados. Os
alunos que são tocados passam a defesa. Os últimos
alunos a ser tocados ganham o jogo.
Drible – Exercícios
1
Situação de aprendizagem Esquema
Os alunos executam drible contornando as linhas do
campo (laterais, finais, 6 metros).
80
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
2
Alunos, 1 bola;
Os alunos estão lado a lado na linha final; um deles corre
executando drible até à linha de meio campo, sendo
acompanhado pelo colega que executa deslocamentos
defensivos. Regressam, trocando de posições.
3
Alunos colocados em colunas;
De cada coluna parte um aluno que executa drible
contornando os cones de sinalização colocados
anteriormente pelo professor. Passa a bola ao 1º aluno da
coluna e ocupa o lugar do mesmo.
4 Situação de Aprendizagem Esquema
Alunos, 1 bola;
Um aluno corre executando drible com o colega de frente
que lhe faz oposição passiva, que deverá ir aumentando
progressivamente.
81
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Posição Base Defensiva – Jogos Pedagógicos
1
"Jogo do Vagabundo" Esquema
N.º de arcos igual ao n.º de alunos menos 1;
Arcos espalhados na zona de jogo. O jogador que não
tem arco é o vagabundo e os outros jogadores adotam a
posição base defensiva dentro de cada arco.
Ao sinal todos os alunos saem dos arcos e correm na
zona de jogo, incluindo o vagabundo. Ao novo sinal
ocuparam os arcos adotando a posição base defensiva, o
que não conseguir o arco (vagabundo) será penalizado
com 1 ponto. Nenhum aluno pode ocupar o mesmo arco
duas vezes, se o fizer é penalizado com 1 ponto. No final
ganha quem tiver menos pontos.
2
"Jogo do Lobo" Esquema
Um dos alunos é o lobo, com um colete. Ao sinal o lobo
procura tocar num dos perseguidos, podendo fazê-lo
quando estes se deslocam, mas não quando estão
parados em atitude base defensiva. Cada vez que o lobo
toca num perseguido trocam de funções. Os alunos não
podem sair da zona de jogo convertendo-se em lobo se o
fizerem. Os perseguidos não podem estar mais de 5
segundos em posição base defensiva.
82
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Posição Base Defensiva – Exercícios
1
Situação de Aprendizagem Esquema
O aluno realiza corrida contínua à volta do campo. Ao
sinal do professor adota a posição base indicada.
Variante: Mesmo exercício executado sobre as linhas de 6 e
9 metros
2
Situação de Aprendizagem Esquema
Alunos, 1 bola;
Alunos em pares, colocados frente a frente, um sobre a
linha de 6 metros (sem bola) e outro na linha de 9 metros
(com bola); O aluno que se encontra sobre a linha de 9
metros realiza uma ação de entrada e o aluno que se
encontra na linha de 6 metros adota uma posição base
defensiva.
83
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
3
Alunos, 1 bola;
Partindo da linha de meio campo, dois alunos realizam
passe entre si (linha de 6 metros), 1 adota a posição
base defensiva; os atacantes tentam rematar e marcar
golo, cabendo ao defesa a tarefa de evitar o sucesso.
Deslocamentos – Jogos Pedagógicos
1
"Jogo da Malandra" Esquema
Dois alunos são os perseguidores que se encontram de
mãos dadas com MS em elevação superior, e os
restantes (perseguidos) encontram-se dispersos pelo
campo de jogo.
Os jogadores deslocam-se unicamente em
deslocamentos laterais.
Ao sinal os perseguidores tentam tocar nos outros. O
jogador que foi apanhado dá a mão aos dois
perseguidores aumentando assim a cadeia de
perseguidores. O jogo continua até que restem apenas
dois jogadores livres que são os vencedores.
2
"Jogo do Tesouro" Esquema Duas equipas, A e B, cada uma colocada numa área de
6 metros. Em cada baliza encontram-se 5 bolas
(tesouro).
Os alunos tentam atravessar o campo, entrando na área
adversária, tirar uma bola e chegar ao campo neutro
sem ser tocado, indo de seguida colocar a bola na sua
baliza.
Se tiver sido tocado na ida, fica prisioneiro até que um
colega de equipa lhe toque, voltando ambos livres.
Vencerá a equipa que no final tiver maior n.º de bolas na
sua baliza.
84
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Deslocamentos – Exercícios
1
Situação de Aprendizagem Esquema
Os alunos deslocam-se lateralmente sobre as linhas de
6 e de 9 metros na posição base defensiva.
2 Os alunos realizam deslocamentos à frente e atrás entre
as linhas de 6 e 9 metros.
3
Alunos dispostos de frente para o professor adotando a
posição base defensiva; realizam deslocamentos para a
esquerda, para a direita, para a frente, para trás em
simultâneo com o professor.
Remate – Jogos Pedagógicos
1
”Jogo do STOP” Esquema
Os alunos são numerados reunidos em grupo, jogador n.º
1 com bola;
O aluno com bola atira-a ao ar, chamando 1 número.
Todos os alunos com exceção do que foi chamado fogem
em todas as direções. O aluno cujo n.º que foi chamado
apanha a bola e grita STOP (sinal obrigatório de
paragem para todos os alunos). Seguidamente e com o
máximo de três passos, remata a bola contra um dos
outros alunos.
Remate – Exercícios
85
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
1
Situação de Aprendizagem Esquema
Alunos colocados em colunas;
Os alunos executam remate em apoio contra os cones
dispostos à sua frente previamente colocados pelo
professor.
2 Situação de Aprendizagem Esquema
Colunas (1 das colunas c/ bola);
Os primeiros alunos de cada coluna partem em corrida da
linha de meio campo (através do drible) e concretizam
com remate.
Variante: o mesmo exercício realizado em todo o campo.
3 3 Filas com bola, colocadas atrás da linha de 6 metros. O
1º aluno de cada fila executa remate em apoio e vai
apanhar a bola colocando-se no fim da fila.
4
Colunas com bola, colocadas atrás da linha de 9 metros.
O primeiro aluno de cada fila executa remate em
suspensão e vai apanhar a bola colocando-se no fim da
fila.
5
3 Colunas, colocadas atrás da linha final com as bolas na
coluna do meio. Os 3 primeiros alunos executam passes
entre si até à área contrária finalizando com remate em
apoio.
86
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
87
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Módulo 8 - Aplicação
Unidade Didática - AndebolData 27/9 29/9 4/10 6/10 11/10 13/10 18/10Aula 1 2 3/4 5 6/7 8 9/10
Hab
ilida
des
mot
oras Passe de ombro
Ava
liaçã
o D
iagn
óstic
a
I/E E E E E
Ava
liaçã
o S
umat
iva
Passe picado I/E E E E E
Drible I/E E E E E
Remate em apoio I/E E E E E
Remate em suspensão I/E E E E E
Inte
nçõe
s Tá
ticas
Passa e vai I/E E E
Ocupação Racional do espaço I/E EAproveitamento de superioridade
numérica I/E E E
Marcação individual I/E E
Jogo 5X5 I/E E
Cul
tura
de
spor
tiva
Regras básicas de jogo a) Exercícios de aquecimento e Situações de Jogo
Terminologia b) e sinalética c) Exercícios de aquecimento e Situações de Jogo
Fisi
olog
ia d
o Tr
eino
e
cond
ição
físi
ca Cap
. C
ondi
cion
ais
Força Exercícios de aquecimento e Situações de Jogo
Resistência Exercícios de aquecimento e Situações de Jogo
Velocidade Situações ataque-defesa e defesa-ataque
Cap
. C
oord
enat
ivas Ritmo Exercícios de Remate (exemplo: Apoio e salto/suspensão)
Orientação Espaço-Temporal
Em jogoCap. Reação
Con
ceito
s Ps
icos
soci
ais Respeito
Estas competências serão desenvolvidas e estimuladas em todas as aulas desta Unidade Temática
Empenho
Atenção
Espírito de equipa
Cooperação
Motivação
88
Módulo 8Aplicação
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
Justificação da Unidade Didática
A presente Unidade Didática distribui-se ao longo de 10 aulas, durante o
1º período. A primeira aula destina-se à Avaliação Diagnóstica, que como o
próprio nome indica, realiza-se no sentido de poder recolher indicadores que
me permitam situar os alunos e a turma dentro de um nível de competências.
Antes de iniciar a justificação da introdução dos conteúdos na Unidade
Didática, é importante referir que apenas introduzi o jogo de 5x5 nas aulas de
90 minutos devido à questão do tempo ser demasiado escasso nas aulas de 45
minutos.
Após a avaliação diagnóstica os conteúdos irão ser introduzidos tendo
em conta a lógica e a sequência de jogo. Assim, nas primeiras aulas as
habilidades motoras essenciais para que o jogo se proceda com fluidez e
qualidade, como o caso dos passes, drible e remates, serão alvo de maior
enfoque e serão exercitados de uma forma mais analítica de modo a permitir
corrigir deficiências que possam existir. No entanto, é essencial que ao longo
de todas as aulas desta curta Unidade Didática se trabalhem estes conteúdos
pelas razões já atrás enunciadas.
No seguimento de ideias, na segunda aula introduzirei o passe de
ombro bem como o passe picado, o drible, o remate em apoio e em suspensão.
Nesta aula, os remates apenas irão ser introduzidos de forma a permitir
completar qualquer ação ofensiva que seja planeada, e apenas serão dadas
algumas indicações aos alunos de modo a corrigir alguns erros mais
grosseiros.
Esta opção surge em virtude de a terceira e quarta aula ser de 90
minutos, o que dá aos alunos uma margem maior para exercitar habilidades
mais complexas, como o caso do remate em suspensão por envolver uma
coordenação de apoios. Visto que nesta mesma aula irá ser introduzido o jogo
5x5, penso ser importante começar por introduzir também as noções e
ocupação racional do espaço e de marcação individual, visto que são intenções
táticas que podem e devem ser abordadas em contexto de jogo.
Para a quinta aula, uma aula composta por apenas um bloco de 45
minutos, reservei, para além da exercitação das habilidades motoras já atrás
referidas, a introdução e exercitação de um meio tático de grupo ofensivo, o 89
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
passa e vai. O passa e vai é o meio tático de grupo mais simples e que é
abordado no 1º nível de jogo, que através de informações fornecidas acerca da
turma, parece ser o nível onde elsta se encontra. Mas mesmo que após a
Avaliação Diagnóstica verifique que a turma se encontra no 2º nível de jogo, o
tempo disponível para a consecução desta Unidade Didática não justifica a
abordagem de outro meio tático de grupo. Então, relativamente ao passa e vai,
este permite aos alunos criarem situações de superioridade numérica, o que é
essencial no jogo de Andebol.
No restante das aulas até à Avaliação Sumativa, decidi proceder à
exercitação dos conteúdos abordados anteriormente. Devido à dimensão da
Unidade Didática penso não fazer sentido consolidar os conteúdos abordados.
Isto justifica-se pela razão de que para qualquer conteúdo ser consolidado, ele
já deve ser dominado e realizado de acordo com todos os seus critérios de
êxito, algo que não me parece plausível e realizável tendo em conta o tempo
disponível.
A última aula será utilizada para a Avaliação Sumativa e visto ser uma
aula de 90 minutos, creio ser suficiente para avaliar todos os alunos de forma
correta.
Os Conceitos Psicossociais serão uma preocupação constante em todas
as aulas, pois comportam atitudes e comportamentos inerentes não apenas às
aulas de Educação Física mas também em tudo o que envolve a participação
do aluno.
Tanto as capacidades coordenativas bem como as capacidades
condicionais estarão presentes em todas as aulas, não se realizando exercícios
específicos para elas. Isto prende-se pelo facto de que os exercícios apelam a
todas estas capacidades. Durante um exercício direcionado para o Andebol, os
alunos irão trabalhar tanto a força, como a resistência, a velocidade, a
capacidade de reação, o ritmo, a orientação espaço-temporal, e não justifica
trabalhar essas capacidades de forma separada.
A cultura desportiva também será transversal a toda a Unidade Didática.
Tentarei procurar que os alunos se familiarizem com a linguagem própria do
basquetebol e reconheçam as principais regras que fazem parte do
90
André Costa
2011/2012
Escola EB 2/3 de Rio Tinto_________Núcleo de Estágio de Educação Física da FADEUP
regulamento. Para tal, sempre que se justificar os alunos assumirão também o
papel de árbitro.
91