Prof. José Laércio Favarin

2ª aula: LPV 0564 – Produção de algodão, café e agrobiologia

Produção Vegetal – Setor Agricultura

USP/Esalq

Piracicaba/SP

agosto - 2016

"Feliz aquele que transfere o que sabe e

aprende o que ensina“

Cora Coralina

Fisiologia da germinação. Formação de mudas. Propagação e plantio de café

Fruto e semente café O fruto de café é formado pelo pericarpo

mais a semente. O pericarpo é a parede

do fruto, a qual têm três partes: exocarpo

(casca), mesocarpo (mucilagem, rica em

açúcar, pectina- fibra solúvel) e endocarpo

(matéria lignificada ao redor da semente).

A semente é formada pelo endosperma e

o embrião. O endosperma é um tecido de

reserva que substituiu o perisperma na

formação da semente.

Tudo inicia com a semente..

Semente é a estrutura biológica que garante

a continuidade da vida da planta. Nessa

forma, a vida embrionária se mantém por

algum tempo, de forma, “quase suspensa”...

Potencial de produção resulta do melhoramento genético. Na prática, obtém-se

apenas uma fração do potencial, a qual depende do ambiente e da qualidade de

intervenção do homem -, por meio das práticas agrícolas.

Geromel et al. (2006)

0

20

40

60

Dias após floração

89 118 234 147 176 118 M

assa

se

ca –

%

60 Perisperma

Endosperma

Morfologia externa

Morfologia interna

Barboza & Favarin (2013)

Germinação: é a retomada do crescimento do embrião, interrompido no final da maturação ainda na planta-mãe. Esse processo inicia com a embebição e acaba com a protrusão da raiz.

Endosperma lateral Cotilédones

Eixo embrionário

Endosperma Micropilar

Eira et al. (2006)

Germinação: embebição

Fase I, a água entra muito rápida, em razão do potencial matricial. A duração da fase II e o volume de água na semente dependem do potencial hídrico do substrato. Fase III, início do crescimento do eixo-embrionário, mostrado pela protrusão da radícula. Nessa fase o embrião não suporta desidratação.

Sistema trifásico de embebição (Bewley, 1997)

Germinação: fisiologia... Fase I, reativam as enzimas do ciclo Krebs e da

fosforilação oxidativa. A mobilização de reserva

(lipídio, amido e proteína) é na fase III, quando

inicia o crescimento embrião.

3 d 6 d 9 d

Ger

min

açã

o: r

esp

ira

ção

...

Germinação de semente: eventos bioquímicos

após a embebição...

Germinação: principais

fatores interferentes...

Temperatura: relaciona com a intensidade da respiração; a configuração de proteínas e, assim, com o poder de catálise de reações químicas. E, ainda, atua na regulação da expressão gênica...

Potencial hídrico: o embrião não cresce a menos que entre água nos tecidos, e gere a pressão de turgor (expansão celular); necessária, também, para o reinício do metabolismo...

Oxigênio: sua falta prejudica a fosforilação oxidativa, responsável pela maior quantidade de ATP...

Novembre (2008)

Propagação sexuada: C. arabica

A propagação por sementes é a mais comum. Se necessário pode-se adotar a estaquia e a enxertia hipocotiledonar. Aula prática...

Saco plástico: 11 x 20 x 0,006 cm e 14 x 26 x 0,008 cm. Usa-se mistura de terra, areia, calcário e adubo orgânico e mineral

Tubetes: 14 x 3,7 x 1,5 cm. Usa-se substrato a base de turfa, casca pinus e adubo de liberação gradual.

Tecido não tecido (TNT): malha nylon porosa para as raízes saírem - 12 x 4,5 cm. Usa-se substrato (turfa, casca pinus, adubo de liberação lenta e gel para reter H2O .

Semeação pode ser direta e indireta. Direta, é quando coloca a semente na sacola; e indireta se faz pelo transplante de plântulas do germinador ao recipiente.

Propagação assexuada: C. canephora

Esse método de propagação é feito por meio de estaquia. Nesse caso usa-se ramos vegetativos, com um par folha secionada pela metade. Aula prática...

Saco plástico: maiores do que são usados para café arabica. Usa uma mistura de terra, areia, calcário e adubo orgânico e mineral.

Propagação assexuada: C. canephora

Leituras complementares dessa aula...

Leituras complementares para a próxima aula...

A essência do conhecimento

científico é sua aplicação

prática!

Prof. José Laércio Favarin

Ecofisiologia e Nutrição em Sistema de Produção

Departamento de Produção Vegetal

Setor agricultura

Até mais... favarin.esalq@usp.br

Endosperma

Perisperma película prateada

Pericarpo Semente

Embrião

0 MP -0,5 Mpa 0 Mpa

-1,0 MPa

-2,0 MPa

I II III

Período de embebição

Teo

r d

e á

gua

- %

Lipídios Glicose

Acetil-CoA

N

AD

H2

FAD

H2

po

der

red

uto

r

4H+ + O2

2H2O

ATP Pi + ADP

CO2

CO2

e-

e-

Piruvato CO2

CO2

Citrato Oxalacetato

Cadeia de transporte

elétrons

e-

embrião endosperma

H2O

H2O

H2O

GA

Acetil-CoA

Endocarpo pergaminho

Semente película prateada

Raiz primária

Raiz primária

F-punção: 1,4 a 1,0N

EB-mananase: 0 - 60%

F-punção: 1,0 a 0,6N

EB-manase: 60 - 100%

Celulase: 0 - 60% Celulase: 60 - 100%

Aumento porosidade parede celular

Endosperma Micropilar

Embrião

EB-mananase

Celulase

A-Porosidade p. celular

Endosperma Lateral

DAE

Embebição radícula

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Entrada H2O ►GA

Expansão embrião Crescimento protuberância

Aumento comp. cotilédone: 35%

Aumento do comprimento do eixo embrionário

Eira et al. (2006); modificado de Silva et al. (2004, 2005)

3 d 9 d 6 d