10
IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20 Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos ISSN: 1699-4574 © ADIE, Asociación para el Desarrollo de la Informática Educativa Formação de Professores em LMS: o Modelo Bietápico Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra [email protected], [email protected] Resumo: Este artigo apresenta um modelo de formação de professores o Modelo Bietápico que foi aplicado numa escola do distrito do Porto. Este modelo desenvolve-se em duas etapas: (i) formação em blended-learning, apoiada na plataforma Moodle e baseada na combinação dos modelos promoção da reflexão-ação-reflexão e os modelos de Salmon e de Garrison e Vaughan; e (ii) monitorização, a decorrer nos dois anos letivos consequentes à formação, com o intuito de apoiar os formandos na integração das tecnologias. Trata-se de um estudo de caso longitudinal e a amostra é intencional, envolvendo 33 participantes É apresentada parte de uma investigação em curso sobre a integração de plataformas de e- learning nos ensinos básico e secundário. Pretende-se analisar as implicações que este modelo tem nas práticas letivas dos professores que frequentaram a formação. Indicam-se os objetivos da investigação, descreve-se o modelo, a metodologia e apresentam-se os resultados obtidos. Palavras-chave: Blended-Learning, Formação de Professores, Modelo Bietápico, Plataformas de e- learning. Abstract: This paper presents a model for teachers’ training a Two-stage Training Course , carried out at a secondary school in the district of Porto. The model includes two stages: (i) a training course in blended- learning, held on Moodle platform and the combination of the promotion of reflection-action-reflection and the Salmons’ and Garrison and Vaughans’ models; (ii) monitoring, after the training course, the use of technologies by teachers in the classroom, during two school years. We aim to enable teachers to embed the use of technology in their practices. The methodology used was a longitudinal case study with an intentional sample. The trainees were 33 secondary school teachers. We intend to analyse the implications of this model in the teaching practices of teachers who attended the training course. We present the objectives of the research, describing the model and the methodology. Finally, we present the results and the conclusions achieved. Keywords: Blended-Learning, Teachers’ training, Two-stage Training Course, e-learning platforms. 1. Introdução Diferentes estudos [Aldunate e Nussbaum, 2013] [Carvalho, 2008] [Costa et al., 2012] [Johnson et al., 2014] [Oliveira, 2014] [Pedro e Piedade, 2013] [Pedro et al., 2008] [UNESCO, 2011] têm sido realizados com vista a uma melhor compreensão da utilização que os professores estão a fazer das tecnologias nas suas práticas pedagógicas. São vários os argumentos justificativos e as condicionantes para a parca utilização das tecnologias, sendo realçadas a falta de formação e a falta de tempo. Como Costa et al. [2012], Daly et al. [2009] e Felizardo e Costa [2014] referem, o reconhecimento da utilidade das tecnologias na aprendizagem está aliada a uma expectativa positiva perante os possíveis impactes que essas ferramentas poderão ter no sucesso escolar dos alunos. Porém, entendemos que os professores apenas sentirão as vantagens da integração das tecnologias se se sentirem confiantes, motivados e confortáveis na sua utilização [Burns, 2011] [Carvalho, 2008] [Costa et al., 2012] [Oliveira, 2014]. Compreendemos que estes precisam de tempo tempo adequado para descobrirem e se apropriarem do potencial destas ferramentas, refletirem nas suas práticas e percecionarem os novos papeis que eles próprios e os seus alunos devem assumir. Tudo isto nos parece exequível com uma formação adequada [Boavida, 2009] [Burns, 2011] [Daly et al., 2009] [Felizardo e Costa, 2014] [Pedro e Piedade, 2013].

Formação de Professores em LMS: o Modelo Bietápico · We aim to enable teachers to embed the use of technology in their practices. The methodology used was a longitudinal case

  • Upload
    lydat

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20

Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos

ISSN: 1699-4574 © ADIE, Asociación para el Desarrollo de la Informática Educativa

Formação de Professores em LMS: o Modelo Bietápico

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra

[email protected], [email protected]

Resumo: Este artigo apresenta um modelo de formação de professores – o Modelo Bietápico – que foi

aplicado numa escola do distrito do Porto. Este modelo desenvolve-se em duas etapas: (i) formação em

blended-learning, apoiada na plataforma Moodle e baseada na combinação dos modelos – promoção da

reflexão-ação-reflexão e os modelos de Salmon e de Garrison e Vaughan; e (ii) monitorização, a decorrer

nos dois anos letivos consequentes à formação, com o intuito de apoiar os formandos na integração das

tecnologias. Trata-se de um estudo de caso longitudinal e a amostra é intencional, envolvendo 33

participantes É apresentada parte de uma investigação em curso sobre a integração de plataformas de e-

learning nos ensinos básico e secundário. Pretende-se analisar as implicações que este modelo tem nas

práticas letivas dos professores que frequentaram a formação. Indicam-se os objetivos da investigação,

descreve-se o modelo, a metodologia e apresentam-se os resultados obtidos.

Palavras-chave: Blended-Learning, Formação de Professores, Modelo Bietápico, Plataformas de e-

learning.

Abstract: This paper presents a model for teachers’ training – a Two-stage Training Course –, carried out at

a secondary school in the district of Porto. The model includes two stages: (i) a training course in blended-

learning, held on Moodle platform and the combination of the promotion of reflection-action-reflection and

the Salmons’ and Garrison and Vaughans’ models; (ii) monitoring, after the training course, the use of

technologies by teachers in the classroom, during two school years. We aim to enable teachers to embed

the use of technology in their practices. The methodology used was a longitudinal case study with an

intentional sample. The trainees were 33 secondary school teachers. We intend to analyse the implications

of this model in the teaching practices of teachers who attended the training course. We present the

objectives of the research, describing the model and the methodology. Finally, we present the results and

the conclusions achieved.

Keywords: Blended-Learning, Teachers’ training, Two-stage Training Course, e-learning platforms.

1. Introdução

Diferentes estudos [Aldunate e Nussbaum, 2013]

[Carvalho, 2008] [Costa et al., 2012] [Johnson et

al., 2014] [Oliveira, 2014] [Pedro e Piedade, 2013]

[Pedro et al., 2008] [UNESCO, 2011] têm sido

realizados com vista a uma melhor compreensão da

utilização que os professores estão a fazer das

tecnologias nas suas práticas pedagógicas. São

vários os argumentos justificativos e as

condicionantes para a parca utilização das

tecnologias, sendo realçadas a falta de formação e a

falta de tempo. Como Costa et al. [2012], Daly et

al. [2009] e Felizardo e Costa [2014] referem, o

reconhecimento da utilidade das tecnologias na

aprendizagem está aliada a uma expectativa

positiva perante os possíveis impactes que essas

ferramentas poderão ter no sucesso escolar dos

alunos. Porém, entendemos que os professores

apenas sentirão as vantagens da integração das

tecnologias se se sentirem confiantes, motivados e

confortáveis na sua utilização [Burns, 2011]

[Carvalho, 2008] [Costa et al., 2012] [Oliveira,

2014]. Compreendemos que estes precisam de

tempo – tempo adequado – para descobrirem e se

apropriarem do potencial destas ferramentas,

refletirem nas suas práticas e percecionarem os

novos papeis que eles próprios e os seus alunos

devem assumir. Tudo isto nos parece exequível

com uma formação adequada [Boavida, 2009]

[Burns, 2011] [Daly et al., 2009] [Felizardo e

Costa, 2014] [Pedro e Piedade, 2013].

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho

12

2. Ambientes e ferramentas de aprendizagem

Desde 2004 que se tem verificado um aumento

exponencial, por parte das escolas dos ensinos

básicos e secundário, da utilização da plataforma

de e-learning Moodle [Pedro et al., 2008].

Inicialmente as plataformas de e-learning (LMS)

surgiram como apoio à formação a distância,

conforme Carvalho [2008] reconhece. Os LMS

facilitam não só a disponibilização de diferentes

recursos nos mais variados formatos, bem como a

comunicação entre os seus utilizadores. Assim,

estes passaram a ser utilizados em regime

blended-learning, quer no apoio às sessões

presenciais quer às não presenciais, nos mais

variados contextos de educação e formação

[idem]. Como referem Bonk e Graham [2006: 25]

“magic is in the mix”.

Portugal assumiu compromissos de convergência

em relação aos princípios expressos e a algumas

das metas definidas no Quadro Estratégico de

Cooperação Europeia em matéria de Educação e

Formação (EF2020) da União Europeia – que

define os objetivos comuns para os sistemas de

educação e formação europeus até 2020 – e no

Projeto Metas Educativas 2021 da Organização

de Estados Ibero-americanos (OEI) [MEC, 2011].

Consequentemente, o Ministério da Educação e

da Ciência (MEC) lançou em 2010/2011 o

Programa Educação 2015 que estabelece as metas

e indicadores de qualidade educativa a alcançar

até 2015. Deste modo, têm surgido diversas

iniciativas e projetos, de âmbito nacional1 e

internacional2, com o intuito de sensibilizar os

professores para o uso das tecnologias, em

particular dos LMS. A Agenda Digital 20153 –

programa de ação compreendido no âmbito do

Plano Tecnológico da Educação (PTE) – em

paralelo com a Estratégia Europa 2020 e a

Agenda Digital Europeia, contempla cinco áreas

prioritárias de intervenção, entre as quais a

Educação de Excelência. Um dos desígnios desta

área é a promoção da utilização de redes de nova

geração pelas comunidades educativas bem como 1 http://www.pte.gov.pt/pte/PT/Projectos/index.htm 2 http://www.nmc.org/publications/2014-horizon-report-k12,

http://www.oei.es/noticias/spip.php?article8119 3http://www.umic.pt/index.php?option=com_content&task=view

&id=3474&Itemid=333

a criação de plataformas – com a disponibilização

de conteúdos, distribuídos por áreas temáticas e

disciplinares, para os diferentes níveis de ensino –

que motivem os diferentes intervenientes destas

comunidades a implementar práticas que

potenciem a utilização das TIC em contexto de

ensino e aprendizagem [MEC, 2011].

Entidades como a Equipa de Recursos e

Tecnologias Educativas4 (ERTE) e a Direção-

Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular

(DGIDC, atualmente designada por Direção-

Geral de Educação5 – DGE), sob a tutela do

Ministério da Educação e Ciência têm divulgado

inúmeras iniciativas, recursos, projetos e

formação com o objetivo de promover a

integração adequada das TIC em contexto

educativo6.

3. Objetivos da Investigação

Pretende-se desenvolver um modelo de formação

que seja eficaz na adoção e integração de LMS

em contexto educativo. Este objetivo geral é

constituído por dois objetivos específicos:

a) Propor um modelo de formação em modalidade de

blended-learning sobre a integração dos LMS no

ensino e nos diferentes contextos de intervenção

da escola;

b) Avaliar a formação e o modelo aplicado

[Kirkpatrick e Kirkpatrick, 2006].

4. Modelos Pedagógicos de Formação

No entanto, como reportam Burns [2011],

Carvalho [2008], Costa et al. [2012], Daly et al.

[2009] e Pedro et al. [2008] a formação só poderá

ser vantajosa se for adaptada ao estado de

competências e conhecimentos prévios dos

formandos e das suas práticas letivas. Deste

modo, para Costa et al. [2012] será de esperar que 4 http://www.erte.dgidc.min-

edu.pt/index.php?section=1&module=navigationmodule 5 http://www.dgidc.min-edu.pt/ 6 http://www.erte.dgidc.min-edu.pt/

IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20

Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos

13

o professor seja capaz de traçar um plano de

formação ajustado aos seus objetivos de

desenvolvimento profissional. Reconhecemos, tal

como Burns [2011], Carvalho [2008], Felizardo e

Costa [2014], Oliveira [2014], Peres e Pimenta

[2011] e UNESCO [2011], que as mudanças a

efetuar no que respeita à utilização educativa dos

LMS passarão, igualmente, pela natureza dos

processos formativos e da sua ligação às práticas

letivas.

O projeto, The UNESCO ICT Competency

Framework for Teachers [2011] alerta para o

modo adequado de utilizar as tecnologias na

educação:

“the successful integration of ICT into the

classroom will depend on the ability of teachers

to structure the learning environment in new

ways, to merge new technology with a new

pedagogy, to develop socially active classrooms,

encouraging co-operative interaction,

collaborative learning and group work.” [idem:

12]

Dos vários modelos pedagógicos de formação,

que recorrem à utilização de LMS, encontrados

na revisão de literatura realizada, destacamos

duas propostas que ocorrem em blended-learning

que estão a ser desenvolvidos e são alvo de

investigação:

Modelo F@R – Formação-Ação-Reflexão, que

pressupõe que a formação ocorra num processo

cíclico, de apropriação individual, estruturado

em cinco etapas: visão, plano, prática, interação

e reflexão [Costa et al., 2012];

Modelo MIPO – Modelo de Integração Por

Objetivos – suportado no Modelo ADDIE7, no

qual a análise do ambiente de aprendizagem, o

desenho da instrução, o desenvolvimento da

documentação de suporte, a implementação do

curso e a avaliação, são fases que devem ser

seguidas de modo interativo e dinâmico [Peres e

Pimenta, 2011].

7 ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation e

Evaluation

Estes modelos têm alguns aspetos comuns ao

modelo que concebemos para a ação de formação

que desenvolvemos – o Modelo Bietápico

(MoBiForm).

4.1. O Modelo Bietápico

Face à revisão de literatura efetuada e à nossa

experiência na formação de professores

decidimos optar por um modelo, em blended-

learning, apoiado no Moodle, baseado na

combinação de: (i) promoção da reflexão-ação-

reflexão [Schön, 1983] – presente ao longo de

toda a formação; (ii) combinação dos modelos de

Salmon [2011] e de Garrison e Vaughan [2008] –

presente nas sessões online.

Relativamente às sessões online, e de acordo com

Salmon [2011], o modelo apresenta cinco etapas

de desenvolvimento, com graus de interação e de

aprendizagem crescentes, cruciais na criação e

crescimento de uma comunidade de

aprendizagem [Palloff e Pratt, 2007]. Para estas

autoras o sucesso da aprendizagem online está

não somente na criação de comunidades de

aprendizagem e de partilha mas também no grau

de colaboração entre todos os elementos que a

integram. Por outro lado, Garrison e Vaughan

[2008] consideram no seu modelo – Comunidade

de Investigação (CoI) – três elementos chave: a

presença cognitiva, a presença social e a presença

de ensino (Figura 1).

Figura 1. Modelo adotado nas sessões online

Sob a perspetiva da CoI, estes autores consideram

que o formador será tanto mais bem-sucedido

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho

14

quanto mais reforçar a criação e elevar os níveis

de interligação entre estes três elementos chave,

fundamentais na construção de comunidades de

aprendizagem [Palloff e Pratt, 2007].

Entendemos que o blended-learning seria mais

eficiente, conveniente e flexível do que outras

modalidades tradicionais e outros ambientes de

formação, bem como mais facilitador da

aprendizagem social interativa [Bonk e Graham,

2006] [Garrison e Vaughan, 2008] [Salmon,

2011].

Deste modo, durante a formação, tivemos um

cuidado especial na escolha das atividades a

desenvolver considerando as necessidades dos

formandos, baseando-nos num processo de

desenvolvimento devidamente estruturado, por

forma a que os formandos as considerassem

motivadoras e significativas – fatores cruciais

para os autores acima referidos.

O nosso modelo de formação está dividido em

duas etapas:

Primeira – processo de formação (ano letivo

2010/11);

Segunda – monitorização (anos letivos 2011/12 e

2012/2013), proporcionando todo o apoio

necessário à integração das TIC e dos LMS, nas

práticas letivas dos formandos.

4.1.1. Primeira etapa – processo de formação

A ação de formação “Rentabilizar a integração

de plataformas de gestão de aprendizagem em

contextos de ensino e aprendizagem, nos ensinos

básico e secundário” foi creditada pelo Conselho

Científico-Pedagógico de Formação Contínua,

com a atribuição de 2 créditos, correspondente a

50 horas de formação. Realizou-se no ano letivo

2010/2011, de maio a julho. A formação decorreu

na modalidade de blended-learning, através da

utilização do Moodle. Foi organizada em dois

tipos de sessões:

Presenciais – com 25 horas (quinzenais),

distribuída por 9 sessões;

Online – com 25 horas (obrigatoriamente

intercaladas com as sessões presenciais),

distribuídas por 6 sessões.

Esta etapa abrangeu várias fases, desde a

apresentação do LMS (acesso e interface) até à

exploração das diferentes dimensões de trabalho,

com ênfase na comunicação, participação e

colaboração, associadas a um grau crescente de

interação e desenvolvimento de competências

(conforme o modelo adotado). Na primeira sessão

presencial (SP), para além da apresentação dos

objetivos definidos para a formação,

apresentámos o cronograma com o número de

horas presenciais e online, sendo que estas

últimas seriam sempre entendidas como um

complemento às SP. Em todas as SP

desenvolvemos um conjunto de atividades,

maioritariamente realizadas em grupo, para

promover a interação entre todos os participantes,

sempre com a utilização das tecnologias.

Carvalho [2008] e Garrison e Vaughan [2008]

consideram que estas interações são fundamentais

na construção de relações e consequentemente no

surgimento do sentido de comunidade dentro do

grupo. Planificámos um conjunto de tarefas a ser

realizado nas sessões online (SO), o que

transformou o trabalho autónomo num trabalho

contínuo e calendarizado. Estas tarefas,

diversificadas, poderiam ser realizadas em grupo

ou individualmente. No final de cada SP era

sempre disponibilizado, no Moodle, um

documento com todas as tarefas que os

formandos deveriam realizar até à SP seguinte.

Era, também, facultado no LMS material

diversificado como podcasts, áudio, vídeos,

eBooks, textos, informações diversas, manuais,

screencasts, entre outros – para ajudar na

realização das tarefas calendarizadas – ao qual

todos os formandos tinham acesso.

No LMS foram criados dois espaços de trabalho:

um para apoio às SP e outro às SO. Deste modo,

foram atribuídos aos formandos dois perfis de

utilizador: o de aluno (utilizado nas SP) e o de

professor (utilizado nas SO), para que, deste

modo, os formandos pudessem criar espaços de

trabalho com os seus alunos.

IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20

Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos

15

Durante a formação, todos os formandos tiveram que

realizar mais duas tarefas no Moodle (para além

das já mencionadas), em concreto:

Figura 2. Tarefas realizadas durante a formação

A realização destas duas tarefas, desenvolveu-se

em contexto de situações concretas de

exploração, acompanhadas de um envolvimento

direto dos formandos, como sugerem Costa et al

[2012]. A apresentação da tarefa individual ao

grande grupo ocorreu na 6ª SP. Criaram-se

espaços de partilha e troca de ideias (um na

própria sessão e os restantes online) e, a partir

daí, todos os formandos tiveram oportunidade de

reestruturar a sua disciplina, até à última SP. A

tarefa de grupo foi apresentada, pelos pequenos

grupos ao grande grupo, na última SP. Seguindo a

estratégia utilizada na tarefa anterior, os grupos

tiveram igualmente oportunidade de melhorar o

trabalho realizado, até uma semana após o

término da formação. Dos relatórios elaborados,

no final da formação, os formandos foram

unânimes em considerar estes espaços de

apresentação e troca de ideias bastantes

enriquecedores.

4.1.2. Segunda etapa – monitorização

Nesta etapa, realizámos workshops e criámos

espaços de formação não-formal, combinados

com o apoio ao desenvolvimento profissional,

para consolidar e reforçar competências,

contribuir para uma maior autoconfiança dos

professores, monitorizámos as práticas letivas no

cumprimento de objetivos de ensino e

aprendizagem, enquadrados nas orientações das

diferentes disciplinas e do Projeto Educativo da

Escola. Privilegiámos o desenvolvimento do

trabalho de projeto e trabalho colaborativo, bem

como o suporte a iniciativas e projetos

(inter)nacionais, tais como o Parlamento dos

Jovens, Eco-Escolas, iTech, AITIC, entre outros.

5. Metodologia

A metodologia usada é a de estudo de caso [Yin,

2009], estando o estudo incluído nos planos

mistos por ser descritivo (qualitativo) e

quantitativo tendo em atenção o tipo de dados a

recolher. Trata-se de um tipo de estudo que não

tem uma estrutura rígida pois à medida que vai

decorrendo podem ser colocados de parte planos

e ideias iniciais para darem lugar a outros que

revelam ser mais adequados e, por isso, à medida

que os investigadores vão conhecendo melhor o

tema em estudo, os planos são modificados e as

estratégias selecionadas [Yin, 2009]. A amostra é

intencional.

5.1. Questões de investigação

O propósito do nosso estudo é investigar a

integração dos LMS no contexto educativo: do

modelo de formação às práticas letivas. As

principais questões de investigação são:

a) Como é que os formandos avaliam o modelo de

formação?

b) Qual foi o impacte que o modelo de formação

teve nas práticas letivas dos professores?

5.2. Participantes

O estudo envolveu 33 professores, de diferentes

áreas disciplinares, do 3º CEB e ensino

secundário, de uma escola do distrito do Porto. O

grupo era maioritariamente constituído por

professores do sexo feminino (22) e os

participantes tinham idades compreendidas entre

os 29 e os 56 anos, com diferentes situações

profissionais (76% do Quadro de Escola). Os

participantes neste estudo foram professores da

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho

16

escola que se inscreveram na ação de formação e

que foram selecionados pelo Centro de Formação

de Associação de Escolas (CFAE) ao qual a

escola está associada. Relativamente à frequência

de ações de formação (anteriores a esta) 79% fez

formação através dos CFAE, igual percentagem

de formandos frequentou-as com o objetivo de

desenvolvimento pessoal. Foi referido que as

diferentes formações têm contribuído para

melhorar o desempenho profissional (70%) e

como modalidade preferida, 94% dos formandos

optaram pela Oficina de Formação,

preferencialmente em regime semi-presencial

(85%).

5.3. Instrumentos de recolha de dados

Foram construídos dois questionários: uma Ficha

de Identificação para recolha de dados sobre os

formandos no que respeita à caracterização

académica, profissional e literacia digital

(preenchido na 1ª SP) e um Questionário de

Opinião sobre a Formação (aplicado na última

SP). O segundo questionário, dividido em duas

partes, permitiu avaliar:

(i) o MoBiForm – Modelo Bietápico de

Formação – conforme Kirkpatrick e

Kirkpatrick [2006]; e

(ii) o uso do Moodle e as expectativas dos

formandos sobre a aceitação e utilização

do Moodle com base em três construtos

do UTAUT8 [Venkatesh et al., 2003] – a

expectativa de desempenho, a

expectativa de esforço e a atitude

relativamente ao uso da tecnologia.

Na última SP foi igualmente preenchido, pelos

formandos, um outro questionário, distribuído

pelo Centro de Formação de Associação de

Escolas que supervisionou a ação de formação.

Para além destes instrumentos, utilizámos guiões

de observação, notas de campo, registos

audiovisuais e testemunhos [Yin, 2009], tendo em

conta o que pretendíamos quantificar/medir. Os 8 UTAUT – Unified Theory of Acceptance and Use of

Technology [Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de

Tecnologia]

dados quantitativos foram analisados com recurso

ao software SPSS e está em curso a análise de

conteúdo às entrevistas realizadas.

Na etapa da monitorização, para além do que já

foi referido em 4.1.2, procedemos à realização de

entrevistas semiestruturadas. Pretendemos avaliar

a qualidade da nossa intervenção no processo

formativo através da análise de quatro níveis de

avaliação, não só a avaliação da reação, das

aprendizagens e do comportamento dos

formandos, mas também dos resultados da

formação [Kirkpatrick e Kirkpatrick, 2006].

Neste modelo de avaliação nenhum dos níveis

deve ser ignorado, tendo em conta que cada nível

tem impacte no nível seguinte, à medida que se

avança de nível, o processo torna-se mais

complexo [idem].

5.3.1. Utilização das tecnologias antes da

formação

Relativamente à utilização das tecnologias antes

da formação, alguns formandos usam computador

e Internet, diariamente (31 e 24, respetivamente),

apenas um não utiliza nas suas aulas, 94% usa

Internet mas apenas 27% destes usam LMS nas

suas práticas letivas e um (3%) usa a Escola

Virtual9. Relativamente às funcionalidades dos

LMS os resultados obtidos permitem-nos concluir

que os formandos, no início da formação, ainda

se encontravam numa fase elementar de

utilização: 88% utilizava os LMS como

repositório e 75% para entrega/submissão de

trabalhos.

5.3.2. Planificação do trabalho e organização no

Moodle

Relativamente à promoção da interação entre

formandos e formadora, 94% dos participantes

avaliaram como “excelente” o modo como esta

contribuiu para a motivação e participação na

formação, os restantes consideram-na “boa”.

Consideraram igualmente “excelente” os

documentos que foram disponibilizados no LMS,

82% referiu a sua adequação ao seu 9 Plataforma de e-learning da Porto Editora

IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20

Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos

17

desenvolvimento profissional e 91% no que

respeita aos conteúdos e objetivos pedagógicos.

No Questionário de Opinião sobre a Formação

adotámos uma escala do tipo Likert, com 5

pontos de grau de concordância (1–Discordo

totalmente; 2–Discordo; 3–Não Concordo nem

Discordo; 4–Concordo e 5–Concordo totalmente).

Relativamente aos recursos e metodologias

utilizadas no apoio à formação, às diferentes

formas de interajuda e comunicação entre todos

os participantes, aos materiais disponibilizados no

LMS e à organização da disciplina criada para a

ação de formação, os respetivos resultados são

apresentados na Tabela 1, em frequências e

respetivas percentagens do nível de concordância,

para cada item.

Tabela 1. Avaliação de recursos e metodologias utilizadas

no apoio à formação (n=33)

Como é possível constatar pelos valores

apresentados na tabela anterior, em todos os itens

os formandos tiveram uma atitude positiva,

exceto no item A minha via/modalidade de

comunicação preferida, para apoio online, foram

as mensagens privadas, no qual se verifica que os

formandos estão divididos nas suas opiniões com

33% a discordar e 52% a concordar.

5.3.3. Blended-learning

A modalidade de formação em blended-learning

foi considerada pela quase totalidade dos

formandos (97%) como vantajosa para a sua

aprendizagem, apenas um (3%) respondeu “nem

por isso”. As sessões de trabalho autónomo

online fomentaram a participação da grande

maioria dos formandos (85%) e 15% considerou

que “nem por isso”. Muitos dos formandos (82%)

sentem-se preparados para utilizar o Moodle com

os seus alunos, 15% “nem por isso” e apenas um

(3%) indicou incapacidade na sua utilização.

5.3.4. Comunicação

Como formas de comunicação, utilizámos o

fórum, o chat e as mensagens privadas, enviadas

por e-mail, via Moodle. A maioria (73%)

concorda totalmente que o fórum constituiu um

importante espaço de partilha de ideias, 58% de

discussão sobre diferentes temáticas e reflexão;

49% concorda que foi um importante espaço de

esclarecimento e 52% de divulgação de notícias.

No que respeita ao chat, 49% concorda que foi

um espaço de socialização e concorda totalmente

com os restantes itens apresentados: as regras de

netiqueta disponibilizadas ajudaram na

comunicação (61%); 52% considera que a divisão

da turma em dois grupos facilitou a conversação,

o chat possibilitou um contacto mais próximo e

que as regras de funcionamento definidas na

sessão presencial facilitaram a conversação; o

chat contribuiu para o sentido de pertença à

comunidade (46%) e permitiu um apoio mais

imediato (40%).

5.3.5. Funcionalidades do Moodle e curricula das

disciplinas

O interesse na integração das funcionalidades do

Moodle nos diferentes curricula é visível.

Avaliámos, numa escala de 1 a 10, todas as

funcionalidades disponíveis na versão do LMS

que utilizámos e obtivemos todas as médias

superiores ou iguais a 6.6, conforme podemos

observar na Tabela 2.

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho

18

Tabela 2. Avaliação do interesse nas funcionalidades do

Moodle (n=33)

5.3.6 Expectativas sobre a aceitação e utilização

do Moodle

Ainda em relação à primeira parte do

Questionário de Opinião, sobre as expectativas de

desempenho, expectativas de esforço e atitude

face à utilização da tecnologia baseadas em três

construtos do modelo UTAUT estimámos o valor

de Alfa de Cronbach (Tabela 3).

Tabela 3. Resultados de confiabilidade e médias de

construtos do modelo UTAUT

Podemos, assim, considerar que todos os

construtos têm um grau de confiabilidade

aceitável, com valores entre de 0.72 e 0.85.

5.3.7. Fase Follow-up: monitorização

Na segunda fase do modelo Bietápico, a de

monitorização, continuámos a colaborar e a dar

apoio aos formandos, fomentando nos mesmos

confiança e encorajando-os a aplicar novos

conhecimentos e competências desenvolvidas

durante a formação. Estivemos disponíveis para

esclarecer e orientar quaisquer questões

relacionadas com a utilização das tecnologias e

do Moodle, quer presencialmente, por email ou

Skype. Como referem Bonk e Graham [2006: 23]

“They must know what to do and how to do it”.

As entrevistas abrangeram 4 objetivos e 4

dimensões (Quadro 1), estas últimas divididas em

questões e subquestões.

Quadro 1. Objetivos e dimensões consideradas no guião

das entrevistas

Iniciámos as entrevistas e temos verificado que a

maioria dos formandos perceciona as muitas

vantagens que os LMS, em particular o Moodle,

podem trazer às suas práticas letivas. Algumas

das vantagens apontadas:

“maior interatividade entre professores e alunos

e destes entre si (P9)”

“alunos mais autónomos e responsáveis (P1)”

“uma excelente ferramenta [Moodle] para

trabalho com outros colegas, promove o trabalho

colaborativo e cooperativo … o facto de ser fácil

partilhar cria uma relação mais próxima entre

todos os intervenientes (P6)”

“é uma excelente ferramenta de trabalho … nós

[professores e alunos] conseguimos falar a

mesma linguagem (P19)”

Contrariamente a todas estas vantagens

apresentadas, um formando referiu que

“o Moodle não tem qualquer influência nas suas

práticas letivas (P7)”

IE Comunicaciones Número 20, Julio-Diciembre 2014, pp 11-20

Revista Iberoamericana de Informática Educativa Artículos

19

Em 2011/2012 e 2012/2013 verificámos que a

maioria dos formandos utilizou o Moodle com os

seus alunos (68% e 79%, respetivamente). As

razões para a não utilização foram o desemprego

(15% e 27%, respetivamente), problemas técnicos

na utilização do Moodle (12%, em 2011/2012),

razões pessoais (12% e 26%, respetivamente) e

(3%, em 2011/2012) por decisão da escola

[utilização exclusiva da Escola Virtual],

conforme é possível verificar na Tabela 4.

Tabela 4. Utilização ou não do Moodle

Constatámos que os professores envolvidos em

projetos realizam um trabalho com caráter mais

colaborativo e cooperativo, ou seja,

multidisciplinar, face aos restantes que trabalham

de um modo mais isolado. Os professores que

lecionam áreas relacionadas com as Ciências

Exatas referem que necessitam de complementar

as funcionalidades do Moodle com ferramentas

da Web 2.0, situação que não se verifica tão

frequentemente nos professores que lecionam

Línguas e áreas das Ciências Sociais e Humanas.

6. Conclusões

Analisando os dados recolhidos podemos concluir

que a ação de formação contribuiu para que os

formandos adquirissem novos conhecimentos e

desenvolvessem algumas competências.

Relativamente às metodologias adotadas, aos

recursos utilizados no apoio ao processo

formativo, à planificação do trabalho e

organização no Moodle os formandos tiveram

uma atitude positiva. A modalidade de blended-

learning foi vantajosa para a aprendizagem dos

formandos que reconheceram a sua importância

na formação de professores. De acordo com Bonk

e Graham [2006: 229] “[teachers] needs to be

able to understand the process and how blended-

learning serves different needs as well as to

provide clear direction to the students”. Os

formandos tiveram igualmente uma atitude

positive face às diferentes formas de

comunicação utilizadas, exceção no que se refere

à utilização do email (cf. Tabela 1). Os dados

comprovam o interesse na integração das

funcionalidades do Moodle nos diferentes

curricula. No que respeita às SP os formandos

consideraram que estas ajudaram a ultrapassar

algumas dificuldades e constrangimentos sentidos

na realização do trabalho online. A este propósito

Bonk e Graham [2006] apontam que as SP

possibilitam juntar os formandos num ambiente

onde podem questionar, experimentar, aproveitar

a energia e entusiasmo da aprendizagem em

grupo.

Em síntese, podemos concluir que os formandos

avaliaram de forma bastante positiva o

MoBiForm – modelo de formação proposto e que

este está a ter um impacte positivo nas suas

práticas letivas (dados obtidos nas entrevistas já

realizadas aos professores/formandos). Sem

dúvida alguma que a etapa da monitorização está

a ser uma mais-valia para este modelo e, por isso

mesmo, estendemos, a pedido dos

professores/formandos, que esta etapa de um ano

(inicialmente previsto) passasse para dois anos

letivos.

No final da formação em blended-learning, a

grande maioria dos formandos considerou que o

modelo proposto proporcionou uma formação

adequada e os formandos sentem que estão

preparados para utilizar o Moodle nas suas

práticas profissionais.

Acreditamos ser fundamental encontrar novos

modelos que tragam significado aos programas de

formação e desenvolvimento profissional dos

professores, em particular na área das TIC e que

façam perdurar os benefícios da formação.

Cremos que o Modelo Bietápico que estamos a

avaliar será um bom contributo para o

desenvolvimento profissional dos professores.

Idalina Santos e Ana Amélia Carvalho

20

Referências

[Aldunate et al. 13] Aldunate, R. e Nussbaum, M.

“Teacher adoption of technology”,

Computers in Human Behavior, 29 (3), 519-524.

(2013)

[Boavida 09] Boavida, C. “Formação Contínua de

Professores e Tecnologias de Informação e

Comunicação no Distrito de Setúbal: um estudo de

avaliação”, Educação, Formação & Tecnologias, 2

(1), 102-109. (2009)

[Bonk et al. 06] Bonk, C. e Graham, C. “The Handbook

of Blended Learning: Global Perspectives, Local

Designs”, San Francisco: John Wiley & Sons.

(2006)

[Burns 11] Burns, M. “Distance Education for Teacher

Training: Modes, Models, and Methods”, Education

Development Center, Inc. Washington, DC. (2011)

[Carvalho 08] Carvalho, A. A. “Os LMS no Apoio ao

ensino Presencial: dos conteúdos às interacções”,

Revista Portuguesa de Pedagogia, 42 (2), 101-122.

(2008)

[Costa et al. 12] Costa, F., Rodriguez, C., Cruz, E. e

Fradão, S. “Repensar as TIC na educação: o

professor como agente transformador”, Costa, F.

(coord.). Carnaxide: Santillana. (2012)

[Daly et al. 09] Daly, C., Pachler, N. e Pelletier, C.

“Continuing Professional Development in ICT for

teachers”: a literature review”, WLE Centre,

Institute of Education: University of London. (2009)

[Felizardo et al. 14] Felizardo, M. H. e Costa, F.

"Formação contínua na área das TIC em Portugal.

Quem são os Formadores e que perspetivas têm

sobre a integração das tecnologias no currículo?",

Investigar em Educação, 1 (2), 139-154. (2014)

[Garrison et al. 08] Garrison, D. R. e Vaughan, N.

“Blended learning in higher education: Framework,

principles, and guidelines”, San Francisco, CA:

Jossey-Bass. (2008)

[Johnson et al. 14] Johnson, L., Adams Becker, S.,

Estrada, V., e Freeman, A. “NMC Horizon Report:

2014 K-12 Edition”, Austin, Texas: The New Media

Consortium. (2014)

[Kirkpatrick et al. 06] Kirkpatrick, D. L. e Kirkpatrick,

J. D. “Evaluating Training Programs: The Four

Levels”, San Francisco: Berrett-Koehler Publishers, Inc. (2006)

[MEC 11] “Programa Educação 2015”, Ministério da

Educação e da Ciência. Em

http://www.oei.es/noticias/spip.php?article8119.

(2011)

[Oliveira 14] Oliveira, R. S. "A utilização das

tecnologias de informação e comunicação no espaço

escolar", Universidade Estadual da Paraíba,

Itaporanga. (2014)

[Palloff et al. 07] Palloff, R. e Pratt, K. “Building

Online Learning Communities: Effective Strategies

for the Virtual Classroom”. San Francisco, CA:

Jossey-Bass. (2007)

[Pedro et al. 08] Pedro, N., Soares, F., Matos, J. F. e

Santos, M. “Utilização de plataformas de gestão de

aprendizagem em contexto escolar - Relatório do

estudo nacional”, Lisboa: DGIDC- Ministério da

Educação. (2008)

[Pedro et al. 13] Pedro, N. e Piedade, J. "Efeitos da

formação na autoeficácia educativa das TIC pelos

professores: estudo das diferenças entre regimes

formais e informais de formação”, Revista

Científica e-curriculum, 11 (3), 766-793. (2013)

[Peres et al. 11] Peres, P. e Pimenta, P. “Teorias e

Práticas de B-Learning”, Lisboa: Edições Sílabo.

(2011)

[Salmon 11] Salmon, G. “E-Moderating: The Key to

Online Teaching and Learning”, London:

Routledge. (2011)

[Schön 83] Schön, D. A. “The reflective practitioner:

How professionals think in action”, Aldershot hants:

Avebury. (1983)

[UNESCO 11] UNESCO. “ICT competency

framework for teachers”, Paris: United Nations

Educational, Scientific and Cultural Organization).

Em

http://www.unesco.org/new/en/unesco/themes/icts/t

eacher-education/unesco-ict-competency-

framework-for-teachers/. (2011)

[Venkatesh et al. 03] Venkatesh, V., Morris, M. G.,

Davis, G. B. e Davis, F. D. “User acceptance of

information technology: toward a unified view”,

MIS Quarterly, 27 (3), 425-478. (2003)

[Yin 09] Yin, R. K. “Case Study Research: Design and

Methods”, California: Sage Publications, Inc.

(2009)