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DESIGUALDADE SOCIAL: POBREZA E ABUNDÂNCIA

FORMAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO SLIDE

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DESIGUALDADE SOCIAL: POBREZA E ABUNDÂNCIA

O QUE É DESIGUALDADE SOCIAL?

É a má distribuição de riquezas, ficando grande parte na mão de poucos e pequena parte nas mãos de muitos.

E QUANDO OCORRE?

Ocorre quando as riquezas são exploradas sem o devido investimento em infraestrutura, educação, cultura ou demais melhorias necessárias.

Ah... Tudo é tão desigual ... /De um lado este carnaval, do outro a fome total...

A Novidade -Paralamas do Sucesso.

Por volta de 1500 houve oachamento do Brasil, e desdeentão as políticas de riquezasforam implementadas.Um de seus primeiros sinais deu-se com a implementação da divisão das terras brasileiras em capitanias hereditárias, a primeira forma deconcentração de terras no país.

A partir do desenvolvimento da plantação de cana-de-açúcar no Brasil, foi necessária a importação de escravos africanos para trabalharem nas lavouras já que o país não possuía mão de obra suficiente para tal.

Com o passar dos anos a abolição se fez necessária e os escravos foram libertos, porém o governo não os ofereceu nenhum tipo de ajuda deixando-os abandonados à própria sorte, assim, os ex-escravos foram ocupando as margens das cidades, a fim de construir suas próprias casas, dando origem desta forma às nossas favelas.

A criação de favelas representa a consolidação da desigualdade no país, sendo características de tais conglomerados habitacionais a falta de saneamento e infraestrutura, representando assim, este tipo de habitação, amontoados de pobreza.

O Apartheid social.

No Brasil há uma grande desigualdade entre os meios urbanos e rurais, além de gigantescas disparidades regionais

A região sudeste foi a que mais recebeu investimentos industriais

ao longo da história do país e por isso, é a região mais desenvolvida.

Já a região nordeste perdeu parte de seu prestígio industrial com o declínio da “Era do açúcar” e desde então tem sido a área com a maior concentração de pobreza.

Na última década de 70, o economista Edmar Bacha citou o Brasil com características de uma Belíndia ( Bélgica+Índia), em referência a sua grande desigualdade social, que se traduz por uma minoria com padrão de vida dos ricos da Bélgica e uma maioria com padrão de vida dos pobres da Índia.

Reportagem disponível em:

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/brasil-avanca-mas-e-quarto-pais-mais-desigual-da-america-latina-diz-onu.html

Com base no levantamento de dados realizado pelo Programa ONU-Habitat, o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda, ficando atrás somente de Guatemala, Honduras e Colômbia.

O Brasil, no entanto, avançou no combate a desigualdades nas últimas décadas.

De acordo com o estudo, o país era, em 1990, o número 1 do ranking das nações com pior distribuição de renda.

O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.

Em 2009, um pesquisa do IBGE, realizada em setembro de 2008, revelou que:

Os 10% mais ricos

concentravam 43% da riqueza.

Ao passo que: Os 50% mais pobres

possuem apenas 18%.

Dados do Censo de 2010 revelam que a renda dos mais ricos (média de R$16.560,92 mensais) é maior que a de 40 brasileiros mais pobres (R$ 393,43).

De acordo com a OIT, relativos a 2010, cerca de 25% da população brasileira ganha menos de US$ 75 por mês.

Em maio de 2011, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, calculou, a partir de dados do IBGE, que existem 16,2 milhões de brasileiros (8,6% do total) vivendo na miséria extrema ou com ganho mensal de até R$ 70,00.

Na distribuição da miséria, as regiões Nordeste (18,1%) e Norte (16,8%) lideram o levantamento, ao passo que o Sul a miséria extrema é menor que em comparação com o norte sendo de apenas 2,6%.

* O índice de Gini mede o grau de desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita entre os indivíduos, sendo utilizado pelo ONU para medir as discrepâncias socio-econômicas em um país.

De acordo com o relatório apresentado na abertura do 5º Fórum Urbano Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), no Rio, Goiânia (10ª), Belo Horizonte (13ª), Fortaleza (13ª), Brasília (16ª) e Curitiba (17ª) são as capitais que apresentam as maiores diferenças de renda entre ricos e pobres no País. 

Falta de políticas publicas para a inclusão social da massa populacional vinda abruptamente do processo escravagista.

Processo de industrialização de cunho concentrador.

A divisão de terras em latifúndios e voltada para uma minoria.

As baixa taxas de absorção e remuneração da mão de obra e crises econômicas acompanhadas por longos períodos inflacionários mais sentidas pelas classes menos favorecidas.

Algumas regiões não conseguem avançar em decorrência do isolamento geográfico e da ineficiência básica, atrair investimentos e gerar empregos.

Outras condições climáticas, assim como as do solo, são elementos que dificultam o progresso de algumas regiões.

Constituição Federal de 1988

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

(...)

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

(...)

A experiência brasileira é rica em programas e projetos para atenuar as desigualdades regionais e sociais. Mesmo que a maioria delas não tenham obtido os resultados esperados, há exemplos de políticas sociais que estão tendo impacto favorável: o salário mínimo, a aposentadoria rural, a bolsa escola, a renda mínima e a reforma agrária.

No entanto essas iniciativas não tem sido suficientes para resolver os problemas das desigualdades no país.

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