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FORMAS E GÊNESE DO RELEVO TERRESTRE
1. Agentes internos (endógenos) formadores do relevo
a) OROGÊNESE: movimento horizontal das placas tectônicas.
a.1) Orogênese Convergente: choque entre as placas .
a.2) Orogênese Divergente: afastamento das placas .
a.3) Orogênese Deslizante ou Paralela: atrito entre as placas .
2. Agentes Externos (Exógenos) formadores do relevo
EROSÃO
FÍSICO: água (líquida e sólida), ventos, temperatura, gravidade
QUÍMICO: água (infiltração e dissolução)
BIOLÓGICO: seres vivos (plantas e agentes decompositores)
Intemperismo
Denudação e transporte: retirada do material do seu local de origem por meio dos ventos, enxurradas, gravidade etc. (suspensão, rolamento e saltação).
Sedimentação: acúmulo de detritos nas partes mais baixas do relevo (planícies, depressões, dolinas etc.)
SOLOS
QUANTO À FERTILIDADE:
a) muito férteis;
b) moderadamente férteis;
c) pouco férteis.
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS BRASILEIROS:
QUANTO À PROFUNDIDADE
a) rasos (menos de 50 cm); b) pouco profundos (50 a 100 cm);
c) profundos (100 a 200 cm); d) muito profundos (mais de 200 cm).
Principais solos do Brasil: Massapé: são solos característicos do NE, onde foi muito explorado pelas culturas canavieiras.
Latossolos: são os solos formados a partir de derrames basálticos (grande quantidade de óxidos de ferro), muito profundos, espessos, porosos, de coloração avermelhada (latossolo vermelho – terra-roxa) ou amarelada, com grande concentração de argila. É característico de áreas de climas tropicais (forte lixiviação e intemperização).
Litossolos: solos rasos, pouco desenvolvidos, quase indiferentes nos seus diversos horizontes.
Podzólicos: solos pouco profundos, vermelhos ou amarelos, com horizontes bem definidos, típicos de climas úmidos, como no sul do Brasil ou no interior da Europa (tchernozións).
Aluviões: solos ricos em minerais devido à reposição destes pelas enchentes dos rios (solos de aluvião ou depósitos aluvionares). Desenvolvem-se nas margens fluviais.
Sal-gema
Salmourão: solos muito diversos, mas com elevados teores de cascalho e/ou areia grossa.
RELEVO BRASILEIRO
O território brasileiro é formado por estruturas geológicas antigas (com
exceção das bacias recentes do Pantanal, Amazônia ocidental e trechos do litoral
nordeste e sul Cenozóico).
Os afloramentos rochosos do país são formados por grandes bacias
sedimentares (Paleozóico ao Mesozóico) e escudos cristalinos (Pré-cambriano).
OBS.: no território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas
(substrato rochoso) são antigas (Pré-cambriano – rochas magmáticas e
metamórficas - e Paleozóico – rochas sedimentares antigas), mas as formas de
relevo são recentes (ação da erosão).
64% Bacias Sedimentares 36% Escudos Cristalinos
Aroldo de Azevedo (1949) Aziz Ab'Saber (1966)
Planaltos
1. das Guianas
2. Brasileiro, subdividido em: - Atlântico
- Central - Meridional
Planaltos
1. das Guianas, engloba a região serrana
e o planalto Norte-Amazônico
2. Brasileiro, subdividido em: - Central -
Meridional - Nordestino - Serras e
planaltos do Leste e Sudeste - do
Maranhão-Piauí - Uruguaio-Rio-
grandense
Planícies
1. Amazônica
2. do Pantanal
3. Costeira
Planícies
1. Planícies e terras baixas amazônicas
2. Planícies e terras baixas costeiras
3. Planície do Pantanal
Jurandir Ross (anos 1980)
Extremo Norte (setentrional): Monte Caburaí-RR (nascente do rio Ailã)
05°16'20"N
Extremo Ocidental (oeste): Serra da Contamana-AC (nascentes do rio
Moa)73°59'32"W
Extremo Sul (meridional): Arroio Chui-RS
33°45'03"S
Extremo Oriental (Leste):Ponta do Seixas-PB
34°47'30"W
4.395 KM
4.320 Km
EXEMPLOS DE TIPOS DE RELEVO
Falésias
Monte Roraima (planalto – plateau)
Cordilheira dos Andes - Chile
Planaltos
Vale do Paraíba do Sul (Pindamonhangaba - Campos do Jordão – Pico do Itapeva/Serra da Mantiqueira)
Planície Litorânea - Copacabana
ESTADO DE SÃO PAULODados Geográficos
Área 248.209,4 km²
Relevo planície litorânea estreita limitada pela serra do Mar, planaltos e depressões no resto do território.
Ponto mais elevado pedra da Mina, na serra da Mantiqueira (2.797 m).
Rios principais Tietê, Paranapanema, Grande, Turvo, do Peixe, Paraíba do Sul, Piracicaba.
Vegetação mangues no litoral, mata Atlântica e floresta tropical no resto do território.
Clima tropical atlântico no litoral, tropical de atitude no interior e subtropical no sul do estado.
Municípios mais populosos
São Paulo (11.016.703), Guarulhos (1.283.253), Campinas
(1.059.420), São Bernardo do Campo (803.906), Osasco
(714.950), Santo André (673.234), São José dos Campos
(610.965), Sorocaba (602.250), Ribeirão Preto (559.650),
Santos (418.375) - 2006.
Hora local -3 GMT
Posição Formação Rochosa Altitude(m)
1 Pico da Neblina (AM) 3.014,10
2 Pico 31 de Março (AM) 2.992,40
3 Pico da Bandeira (Serra do Caparaó-MG-ES) 2.889,80
4 Pico das Agulhas Negras (RJ) 2.787,00
5 Pico do Cristal (Serra do Caparaó-MG) 2.780
6 Pedra da Mina (Serra da Mantiqueira-SP) 2.770,00
7 Monte Roraima (Serra do Pacaraimã-RR) 2.739,30
8 Morro do Couto (Pq.Nacion. Itatiaia-RJ) 2.680
9 Pedra do Sino (Pq. Nacion. Serra dos Órgãos-RJ) 2.670
10 Pico dos Três Estados (Serra Mantiqueira-SP-RJ-MG) 2.665
Medidas anteriores ao Projeto Pontos Culminantes (IBGE-IME-2001)
Posição Formação Rochosa Diferença em relação à medida anterior(em metros)
Altitude(m)
1 Pico da Neblina - 20 2.993,782 Pico 31 de Março - 19 2.972,66
3 Pico da Bandeira + 2 2.891,98
4 Sem Nome 1 (Serra do Caparaó) não estava na lista dos 10 2.852
5 Pico do Calçado (Caparaó-MG-ES) não estava na lista dos 10 2.849
6 Sem Nome 2 (Serra do Caparaó) não estava na lista dos 10 2.818
7 Pedra da Mina + 28 2.798,398 Pico das Agulhas Negras + 5 2.792,669 Pico do Cristal - 10 2.769,76
10 Monte Roraima - 5 2.734,06
Medidas posteriores ao Projeto Pontos Culminantes
Ponto mais alto: Pico da Neblina (2.994 m)
Ponto mais baixo: Oceano Atlântico (0 m)
Extremo setentrional: nascente do rio Ailã, Roraima (05°16'20"N, 60°12'43"W)
Extremo meridional: Arroio Chuí, Rio Grande do Sul (33°45'03"S, 53°23'48"W)
Extremo oriental (continente): Ponta do Seixas, Paraíba (07°09'28"S, 34°47'30"W)
Extremo oriental (incluindo as ilhas oceânicas): Ilha do Sul, arquipélago de Trindade e Martim Vaz, Espírito Santo
(20°31 00″S, 28°51 00″W) ′ ′Extremo ocidental: nascente do rio Moa, Acre (07°33'13"S, 73°59'32"W)
Município mais setentrional: Uiramutã, Roraima
Município mais meridional: Chuí, Rio Grande do Sul
Município mais oriental: João Pessoa, Paraíba
Município mais ocidental: Mâncio Lima, Acre
Maior município em extensão territorial: Altamira, Pará (159.695,938 km²)
Menor município em extensão territorial: Águas de São Pedro, São Paulo (3,640 km²)
Maior município em população: São Paulo, São Paulo (11.016.703 hab., est. 2006)
Menor município em população: Borá, São Paulo (828 hab., est. 2006)
Município com o melhor IDH: São Caetano do Sul, São Paulo (0,919, PNUD/2000)
Município com o pior IDH: Manari, Pernambuco (0,467, PNUD/2000)
Extremos do Brasil (dados atualizados)
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
Brasil: gigante pela própria natureza1º - Rússia (17.075.400 km2)2º - Canadá (9.922.330 km2)3º - China (9.461.300 km2)4º - Estados Unidos (incluindo o Alasca e Hawaii: 9.363.124 km2)5º - Brasil (8.514.876,599 km2) segundo o IBGE www.ibge.gov.br
Brasil: posição geográfica e extensão territorial
Com uma área aproximada de 8.514.876,599 km2 (há controvérsias sobre essa área), o
Brasil é o 5º maior país em terras descontínuas (o 4º em terras contínuas, caso
desconsidere as áreas do Alasca e Havaí nos EUA).
Brasil:1,6% da superfície terrestre6% das terras emersas20,8% da América 41,5% da Am. Latina47,7% da Am. Sul
Localização do Brasil
7% Norte93% Sul92% Intertropical8% TemperadaLIMITES:N: GuianasS: UruguaiNO: ColômbiaO: Peru e Bolívia
Pontos extremosN: LN 5°16’20” e LnO 60o 12'43"
na nascente do Rio Ailã/monte Caburaí em Roraima
S: LS 33°45’03” e LnO 53o 23'48" no arroio Chuí no Rio Grande do Sul
L: LS 07°09’28” e LnO 34o 47'30" na ponta do Seixas/Cabo Branco na Paraíba
O: LS 07°33’13” e LnO 73°59’32” na nascente do Rio Moa/serra de Contamana no Acre
Extremo Norte (setentrional): Monte Caburaí-RR (nascente do rio Ailã)
05°16'20"N
Extremo Ocidental (oeste): Serra da Contamana-AC (nascentes do rio
Moa)73°59'32"W
Extremo Sul (meridional): Arroio Chui-RS
33°45'03"S
Extremo Oriental (Leste):Ponta do Seixas-PB
34°47'30"W
4.395 KM
4.320 Km
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO BRASIL
• DIVISÃO POLITICA E REGIONAL DO BRASIL
Sub-regiões do Nordeste e a divisão regional segundo Milton Santos e Maria
Silveira
FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL
LEI Nº 11.662, DE 24 ABRIL DE 2008LEI Nº 11.662, DE 24 ABRIL DE 2008• Art. 1o Esta Lei altera as alíneas “b” e “c” e revoga a alínea “d” do
art. 2o do Decreto no 2.784, de 18 de junho de 1913, a fim de
modificar os fusos horários do Estado do Acre e de parte do Estado
do Amazonas do fuso horário Greenwich “menos cinco horas” para
o fuso horário Greenwich “menos quatro horas”, e da parte
ocidental do Estado do Pará do fuso horário Greenwich “menos
quatro horas” para o fuso horário Greenwich “menos três horas”.
• b) o segundo fuso, caracterizado pela hora de Greenwich ‘menos três horas’, compreende todo o litoral do Brasil, o Distrito Federal e os Estados interiores, exceto os relacionados na alínea ‘c’ deste artigo;
• c) o terceiro fuso, caracterizado pela hora de Greenwich ‘menos quatro horas’, compreende os Estados de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, do Amazonas, de Rondônia, de Roraima e do Acre.
ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO DO BRASIL
BRASIL: ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO
• apresenta escudos cristalinos ou núcleos cratônicos, bacias sedimentares e dobramentos antigos
• As bacias sedimentares ocupam cerca de 64% da área total do território brasileiro.
• São divididdas em grandes e pequenas bacias, que se formaram nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.
• As áreas cristalinas (escudos) ocupam cerca de 36%
• arqueozóicas correspondem a 32%
• proterozóicos a 4% da área do país.
• Nos terrenos da Era Proterozóica, estão as riquezas mineriais do Brasil (ferro, manganês, bauxita, ouro entre outros).
• Portanto, o que denominamos Complexo Cristalino Brasileiro formou-se na Era Arqueozóica e é constituído por rochas magmáticas (granito) e metamórficas (gnaisse).
RESUMINDO
• FORMADA POR DOIS MACIÇOS OU ESCUDOS CRISTALINOS:
DAS GUIANAS E BRASILEIRO (era Pré-Cambriana) e;
SEPARADOS POR BACIAS SEDIMENTARES
I - ESCUDOS DAS GUIANAS
II – ESCUDO BRASILEIRO:
1- NÚCLEO SUL-AMAZÔNICO
2- NÚCLEO ATLÂNTICO
3- NÚCLEO ARAGUAIO-TOCANTINO
4- NÚCLEO BOLÍVIO-MATO-GROSSENSE
5- NÚCLEO GURUPI
6- NÚCLEO DO PAMPA
BACIAS
A – AMAZÔNICA
B – MEIO-NORTE
C - SANFRANCISCANA
D – PARANAICA
E – PANTANAL
F – COSTEIRA
CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO
• 1ª CLASSIFICAÇÃO: 1940 (AROLDO AZEVEDO) ALTIMETRIA – 200m
• 2ª CLASSIFICAÇÃO: 1962 (AZIZ AB’SABER) MORFOCLIMÁTICO
• 3ª CLASSIFICAÇÃO: 1989 (JURANDIR ROSS) PROJETO RADAM – PLANALTO, PLANÍCIE E DEPRESSÃO (ATUAL)
AROLDO AZEVEDO
• Empregou termos geomorológicos para denominar as divisões gerais (planalto e planícies) e critérios geológicos para classificar as subdivisões.
• Para diferenciar planalto de planície, usou como critério a altimetria, estabelecendo o limite de 200m para distinguir uma forma da outra.
Aziz Ab´Saber: a segunda classificação – 1962 – usando o critério morfoclimático (que explica as formas de relevo pela ação do clima)
• PLANÍCIES:• 1- AMAZÔNICA• 2- COSTEIRA• 3- DO PANTANAL• 4- GAÚCHA (LITORÂNEA OU
SUL-RIO GANDENSE
• PLANALTOS:
• 5- DAS GUIANAS
• BRASILEIRO:
• 6- CENTRAL
• 7- ATLÂNTICO
• 8- MERIDIONAL
O Projeto Radam e a classificação de Jurandir Ross
• são consideradas três principais formas de relevo: planalto, planície e depressão
• Morfoestrutural
• Morfoclimática
• Morfoescultural
As novas 28 unidades do relevo brasileiro foram divididas em onze planaltos, seis planícies e onze
depressões:
• PLANALTOS – Bacias sedimentares: 1- Amazônia oriental; 2- Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba; 3- Planaltos e chapadas da bacia do Paraná. Intrusões e coberturas residuais de plataforma: 4- Planalto e chapada dos Parecis; 5- Planaltos residuais Norte-Amazônicos; 6- Planaltos residuais Sul Amazônicos. Cinturões orogênicos: 7- Planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste; 8- Planaltos e serras de Goiás-Minas; 9- Planaltos e serras residuais do Alto Paraguai. Núcleos cristalinos arqueanos: 10- Borborema; 11- Sul-Rio-Grandense.
• DEPRESSÕES: 12- Amazônia ocidental; 13- Marginal Norte-amazônica; 14- Marginal Sul-Amazônica; 15- Araguaia-Tocantins; 16- Cuiabana; 17- Alto Paraguai-Guaporé; 18- Miranda; 19- Sertaneja e do São Francisco; 20- Tocantins; 21- Periférica da borda leste da bacia do Paraná; 22- Periférica Sul-Rio-Grandense.
• PLANÍCIES: 23- Rio Amazonas; 24- Rio Araguaia; 25- Pantanal e rio Guaporé; 26; Pantanal Mato-Grossense; 27- Lagoas dos Patos e Mirim; e, 28- Planície e tabuleiros Litorâneos