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Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo Fotossíntese Disciplina: Bioquímica II Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri Curso: Bacharelado em Química

Fotossíntese

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Instituto de Química de São Carlos – IQSC

Universidade de São Paulo

Fotossíntese

Disciplina: Bioquímica II

Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri

Curso: Bacharelado em Química

Conteúdo

Cloroplastos

Anatomia

Pigmentos que absorvem luz

As reações de luz

A interação da luz e da matéria

O transporte de elétrons não-cíclico

O transporte de elétrons cíclico

Fotofosforilação

As reações de escuro

O ciclo de Calvin

Fotorrespiração

Introdução

A fotossíntese é o processo pelo qual a energia

luminosa possibilita a redução de carbono, é

essencialmente o reverso do metabolismo oxidativo

dos carboidratos

Os carboidratos produzidos pela fotossíntese servem

como fonte de energia para o organismo que os

produz, assim como para os organismos não-

fotossintéticos que direta ou indiretamente consomem

organismos fotossintéticos

A fotossíntese fixa cerca de 1011 toneladas de carbono

por ano, representando um armazenamento de mais

de 1018 kJ de energia

Na presença da luz, as plantas e as cianobactérias

consomem CO2 e H2O, produzem O2 e “fixam” carbono na

forma de carboidrato:

LUZ

6 CO2 + 6 H2O (C6H12O6) + 6 O2

Os dois estágios da fotossíntese são tradicionalmente

referidos como:

reações de luz - moléculas de pigmento capturam a

energia luminosa e são oxidadas. Produz ATP e

NADPH

reações de escuro - usam NADPH e ATP para reduzir

CO2 e incorporá-lo em precursores de carboidratos de

três carbonos

Introdução

Anatomia do cloroplasto

A membrana interna envolve o estroma, uma solução rica em

enzimas, o qual inclui as enzimas necessárias para a síntese de

carboidratos, mas contém também DNA, RNA e ribossomos,

envolvidos na síntese de diversas proteínas do cloroplasto

Estrutura do complexo coletor de luz

Compreende um conjunto de proteínas hidrofóbicas associadas à

membrana – é uma proteína integral de membrana

Cada uma contém numerosas moléculas de pigmento em geral

arranjadas de modo simétrico, formando o complexo coletor de luz

Transferência de elétrons

As reações de óxido-redução do sistema de transporte de

elétrons estabelece dois tipos de fluxo de elétrons:

Fluxo não-cíclico de elétrons – produz NADPH + H+ e ATP

Fluxo cíclico de elétrons – produz apenas ATP

O fluxo é conduzido pela captação de energia luminosa pelas

moléculas de clorofila presentes nos fotossistemas do

complexo coletor de luz

O fluxo não-cíclico de elétrons através de

dois fotossistemas o A molécula de clorofila

no fotossistema II

absorve o máximo de luz

a 680 nm, tornando-se

excitada (Chl+)

o A energia do fluxo de

elétrons da cadeia redox

é captada para a síntese

de ATP

o A molécula de clorofila

no fotossistema I

absorve o máximo de luz

a 700 nm, tornando-se

excitada (Chl+)

o O fotossistema I reduz

a ferrodoxina (Fd) que

por sua vez, reduz o

NADP+

A membrana do tilacóide e o fluxo de elétrons

O fluxo cíclico o Antes de iniciar o fluxo

cíclico, a clorofila do centro de

reação do fotossistema I está

no estado basal (Chl)

o Ela absorve um fóton e torna-

se Chl+, reagindo com a

ferrodoxina oxidada (Fd) para

produzir Fd reduzida

o Na cadeia redox a Fd reduz a

plastoquinona (PQ), que por

sua vez reduz o citocromo

(Cyt), e por fim, a plastocianina

(PC)

o A energia do fluxo de ē é

captada para a síntese

quimiosmótica de ATP

o A PC transfere elétrons para

a clorofila permitindo que as

reações iniciem novamente

Reações de luz e reações

de escuro

As reações de escuro

A segunda rota principal da fotossíntese é o ciclo de Calvin –Benson, também chamado de ciclo redutivo das pentoses-fosfato

As enzimas envolvidas estão no estroma do cloroplasto – as chamadas “reações de escuro” por não necessitarem de energia luminosa

A principal enzima é a ribulose bifosfato carboxilase/oxigenase – a rubisco

Usam a energia do ATP e do NADPH produzidos nos tilacóides durante as reações de luz (fluxo cíclico e não-cíclico), para reduzir CO2 a carboidratos pelo ciclo de Calvin-Benson

Sendo assim, indiretamente, essas reações necessitam de luz

O ciclo de

Calvin-Benson

(GAP)

As plantas também realizam o metabolismo

energético

Durante a noite, assim como outros

organismos, as plantas usam suas reservas

nutricionais para gerar ATP e NADPH por

glicólise, por fosforilação oxidativa e pela via

das pentoses-fosfato

o O efeito da fotorrespiração desfaz o que o ciclo de

Calvin-Benson realiza:

o CO2 é liberado ao invés de ser fixado em carboidratos

o Como a enzima RuBP carboxilase/oxigenase decide

entre atuar como oxigenase ou carboxilase?

o Se o O2 é relativamente abundante, a enzima atua como

oxigenase, pela fotorrespiração

o Se CO2 predomina, a enzima o fixa e ocorre o ciclo de

Calvin

A fotorrespiração

Em dias quentes e secos, o nível de O2 numa folha

torna-se especialmente alto, para evitar a perda de água,

os estômatos (que permitem a evaporação de água da

folha), fecham-se, impedindo a entrada e saída de gases

A concentração de CO2 cai, pois está sendo utilizado

pelas reações fotossintéticas, e a concentração de O2

aumenta, devido a essas mesmas reações

Portanto, o sítio ativo da RuBP carboxilase/oxigenase

evoluiu para fixar tanto O2 como CO2, segundo a

disponibilidade de cada um

A fotorrespiração

Certas espécies de plantas como a cana-de-açúcar, o

milho e ervas daninhas tem um ciclo metabólico que

concentra CO2 em suas células fotossintéticas, evitando

quase completamente a fotorrespiração

Tais plantas são chamadas de C4 (ciclo de ácidos de 4

carbonos), e ocorrem em regiões tropicais porque crescem

mais rapidamente sob condições quentes e ensolaradas

do que outras plantas denominadas C3 (fixam CO2

inicialmente na forma de ácidos de 3C – GAP)

Em climas mais frios, onde a fotorrespiração é um

problema menor, as plantas C3 levam vantagem porque

requerem menos energia para fixar CO2

A fotorrespiração

A rota C4

A célula usa o CO2 e o PEP para formar oxaloacetato e malato (4C),

que pode ser descarboxilado a piruvato, e o CO2 utilizado no ciclo de

Calvin