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GRATUIT Fr 14 entrevista: Fernando Tordo fala das suas ligações com a música francesa e gostava de voltar a cantar em França. FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 191 | Série II, du 22 octobre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais PUB PUB DepUTaDoS poRTUgUeSeS VieRam a FRança Membros do Grupo de Amizade Portugal-França LusoJornal / Mário Cantarinha 03 Cabo Verde. O candidato às Primárias do PAICV para Presidente do Partido, Fe- lisberto Vieira, veio ao encontro dos Caboverdianos de França. 03 Corse. Já se encontra na Córsega um funcionário consular que vai reabrir o atendimento enquanto não toma posse a Cônsul Honorária. 04 Acidente. Um acidente com dois au- tocarros da empresa Andrade Voyages que vinham de Portugal, matou três pessoas em Espanha. 04 Céline. A cantora de música ligeira Cé- line, radicada em Paris, acaba de lançar um novo álbum com músicas inspiradas na região brasileira do Sertão. 19

FRANCE - LusoJornal - Informação de confiançaO jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition

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G R A T U I T

Fr

14entrevista: Fernando tordo faladas suas ligações com a músicafrancesa e gostava de voltar acantar em França.

F R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 191 | Série II, du 22 octobre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais

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DeputaDos portuguesesvieram a FrançaMembros do Grupo de Amizade Portugal-França

LusoJornal / Mário Cantarinha

03

Cabo Verde. O candidato às Primáriasdo PAICV para Presidente do Partido, Fe-lisberto Vieira, veio ao encontro dosCaboverdianos de França.

03 Corse. Já se encontra na Córsega umfuncionário consular que vai reabrir oatendimento enquanto não toma posse aCônsul Honorária.

04

Acidente. Um acidente com dois au-tocarros da empresa Andrade Voyages quevinham de Portugal, matou três pessoasem Espanha.

04 Céline. A cantora de música ligeira Cé-line, radicada em Paris, acaba de lançarum novo álbum com músicas inspiradasna região brasileira do Sertão.

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02 opinião le 22 octobre 2014

Bienheureux ont été tous ceux qui onteu le privilège de participer du 9 au12 octobre aux «Encontros da BeiraInterior em Paris». Dans un esprit ra-rement vu de défense et promotion dela région, une vingtaine de municipa-lités du Portugal de Intérieur, se sontassociés pour présenter les atouts dece bout, souvent mal connu, du Por-tugal. Pour les uns ce fut une agréa-ble découverte, pour ceux originairesde ces terres, ce fut comme qu’unprolongement des récentes vacancesdans leur village du Portugal.Ce n’est d’ailleurs pas la première foisque les produits de la région font par-ler d’eux en France. C’est ainsi qu’auPrintemps 2013, la municipalité deFundão, avec l’aide de producteursde la région, celle qu’on considèrecomme la meilleure parmi les meil-leures, la cerise de Fundão, s’est vuêtre appréciée avec régale dans la ré-gion parisienne.Riche de traditions, la Cova da Beiraa des conditions climatiques et uneterre généreuse ou l’on cultive denombreux produits qui méritentd’être connus et dégustés au-delà desfrontières. De la cerise à la pêche, desvins aux eaux minérales, des gâteauxaux pains, de la charcuterie aux fro-mages.

Qui ne connait le fromage de brebisde la «Serra da Estrela»?Pendant les 4 jours dédiés à «BeiraInterior», plusieurs ont été les mo-ments où l’on a pu faire travailleur sespapilles. Le fromage de la région étaitprésent par les produits de l’usine ar-tisanale BeiraLacte, en la personne

de son responsable et propriétaire,Carlos Godinho.L’amour pour le fromage lui est venude son père. En 1981 alors âgé quede 23 ans, Carlos Godinho, prend enmain et développe la production encréant 23 postes de travail. Il seconsidère comme un artisan amou-

reux de ce qu’il fabrique. Il dit à quiveux l’entendre: «nous sommes pro-fondément attachés à la préservationde la qualité et à la réalisation d’unproduit authentique, en sélectionnantl’origine des ingrédients qui sont lamatière première des fromages daBeira Baixa».

BeiraLacte, Lacticinios Artesanais daBeira Baixa se situe en pleine régiondu fromage démarqué da Cova daBeira. Cette unité de production arti-sanale produits des fromages DOP(Denominação de Origem Protegida),tels que: Amarelo da Beira Baixa,Queijo de Castelo Branco e Picanteda Beira Baixa. On y produit aussi lefromage ovelha reserva, cabra curado,fresco de vaca, requeijão e requeijãotravia.De nombreux prix et médailles d’orsont venus témoigner de la qualité deces fromages. Carlos Godinho a l’ha-bitude de dire que les prix reçus «sontvenu valider nos fromages commeétant les meilleurs parmi ses pairs».L’avenir de la marque, sa qualité et larecherche du conditionnementadapté, est dès à présent assuré, parl’arrivé de la troisième génération, enla personne de ses filles Berta e Ca-tarina.Si vous avez raté la dégustation du 9au 12 octobre à la Mairie de Paris ouà l’Ambassade du Portugal, quelques-uns des fromages de BeiraLacte vousattendent dans des boutiques de pro-duits portugais ou lors de votre pro-chaine visite au Portugal à l’unité deproduction, au lieudit Vale de San-dim, Alcaria, Fundão.

rencontres de la Beira interior à paris

Chronique d’opinionantónio marruchoEmployé de banque à Lille

[email protected]

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise.N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho,Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos (Arles), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manueldo Nascimento, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mário Loureiro, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia (Sport), Padre Carlos Caetano,Ricardo Vieira (Musique Classique), Sheila Ferreira (Clermont-Ferrand), Susana Alexandre| Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse:Lusa | Photos: Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351) 239.716.396/ [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: octobre 2014 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com

Conselheiros querem voto eletrónico para emigrantes

O Conselho das Comunidades Portu-guesas quer voto por internet, unifor-mização dos atos eleitorais e direito devoto nas autárquicas em Portugal.O Conselho Permanente do CCP, com-posto por cinco membros eleitos emoutubro de 2008 e seis Comissões te-máticas, ouviu o Presidente da Comis-são da participação cívica e política,Paulo Marques, que apresentou o Re-latório II - 2008/2014 das atividadesda Comissão, que tinha reunido pou-cos dias antes, em Lisboa.Paulo Marques destacou na sua inter-venção, três recomendações que aComissão qualifica de “próximas me-didas a serem tomadas em conta edebatidas”.Uma dessas medidas é a “uniformi-zação dos atos eleitorais”. Efetiva-mente Paulo Marques considera umparadoxo o facto das Comunidadesterem uma intervenção bastante ativae relevante em termos de participaçãocívica e política para as eleições nospaíses de residência, com milhares decandidatos, e entre 4.000 a 4.500

eleitos de origem portuguesa (luso-eleitos) espalhados pelo mundo. Essaexpressão é “quase nula” para as elei-ções portuguesas.Os Portugueses residentes no exteriorpodem votar para as eleições Presi-denciais, legislativas, europeias e para

o CCP. “No entanto, a sua participa-ção é mínima. Analisando estes pro-cessos, a Comissão detetou váriasanomalias que não permitem umaboa lisibilidade do ato eleitoral” expli-cou Paulo Marques ao LusoJornal.Para o Presidente da Comissão, o pri-

meiro ponto a corrigir seria uniformi-zar o ato eleitoral optando por ummesmo modelo para todas as elei-ções. Atualmente o voto é presencialpara as eleições Presidenciais, du-rante vários dias, presencial para oCCP e para as Europeias e por corres-pondência para a Assembleia da Re-pública, o que pode dar origem a“uma incompreensão do funciona-mento eleitoral pelas Comunidades”.A Comissão recomenda a necessidadede uniformizar o modo e o sistema dosquatro atos eleitorais. De mesmomodo, recomenda que seja dado aocidadão eleitor a possibilidade de es-colher entre o voto presencial ou porcorrespondência (correio ou internet)para as eleições portuguesas.

voto pela internet“Temos que passar rapidamente pelavotação à distância completa” dissePaulo Marques. “Analisámos os pro-cessos eleitorais de vários países comas suas Comunidades a residirem noexterior e verificámos que estamos aperder terreno com a participação cí-vica dos nossos compatriotas. Já são

vários os países que optaram pelo votointernet. O sistema é seguro dandovantagens à participação. O últimopaís a optar pelo voto via internet foia França, em junho de 2012, com aprimeira eleição de 11 Deputadosoriundos da diáspora.Finalmente, Paulo Marques apresen-tou os trabalhos sobre a temática daparticipação dos Portugueses residen-tes fora de Portugal nas eleições au-tárquicas portuguesas. “Essapossibilidade terá de ser rapidamentedebatida. É do interesse das autar-quias captarem investimento e garan-tirem a ligação dos seus munícipesexpatriados com as suas autarquias.De mesmo modo realizar-se-á umaaproximação entre o munícipe eleitorresidente no exterior, as suas Comu-nidades de origem e de certa formacom Portugal”.Para Paulo Marques, estas três reco-mendações - uniformização e modelode votação, votação via internet e ovoto para as autárquicas portuguesas- são as próximas metas da participa-ção cívica e política dos Portuguesesresidentes no exterior.

Conselho das Comunidades reuniu em Lisboa

Por Manuel Martins

Comissão cívica do CCP reuniu com José CesárioDR

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03política

lusojornal.com

Delegação de Deputados portuguesesconvidada pela assembleia nacional Francesa

Uma delegação de Deputados por-tugueses membros do Grupo parla-mentar de amizade PortugalFrança, presidido pelo Deputadosocial-democrata Carlos Gonçalves,esteve na semana passada emParis e em Clermont Ferrand a con-vite do grupo homólogo da Assem-bleia Nacional francesa, lideradopela Deputada lusodescendenteChristine Pires-Beaune.“Tentei organizar uma viagem deuma semana para que os Deputa-dos encontrassem os seus interlo-cutores nas áreas da economia,turismo e cultura”, disse à LusaChristine Pires-Beaune, acrescen-tando que “o objetivo é conseguir,depois, ações concretas”.Carlos Gonçalves, o Presidente doGrupo de Amizade Portugal-Françae Deputado eleito pelo círculo daEuropa, disse ao LusoJornal que osdois temas principais da desloca-ção são a economia e a língua.“Decidimos, antes de vir, que aquestão da língua era fundamen-tal. E falámos deste assunto emtodos os nossos encontros”.“A questão económica também éda maior importância, sabendo quehá uma rede empresarial muito sig-nificativa neste país e que também

é do interesse de França”, adian-tou. Por isso Carlos Gonçalves des-tacou o encontro que teve naCâmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa (CCIFP) e tam-bém na Câmara de Comércio e In-dústria do Puy de Dôme, presididapelo português Isidoro Fartaria.“Foi importante para que os meuscolegas compreendessem bemcomo funcionam estas estruturas”.Christine Pires-Beaune também fazum balanço positivo da semana.“Senti que a questão da língua éuma questão que pode unir todosos Deputados. Tanto na promoçãoda língua francesa em Portugal,

como na promoção da língua por-tuguesa em França” disse ao Luso-Jornal. “Os Deputados portuguesespodem fazer propostas de Resolu-ção na Assembleia da República,coisa que nós não podemos fazer,mas eles partiram com a ideia defazerem uma ação conjunta”.Para Christine Pires-Beaune tam-bém as questões europeias podemvir a ter um “debate continuado”.“A minha colega da Comissão dosassuntos europeus ficou muito in-teressada neste contacto, porque aFrança partilha com Portugal umacerta visão da Europa que é neces-sário continuar a trocar experiên-

cias”.“Ficou efetivamente claro que po-demos ter uma lógica de entendi-mento dos países ditos do sul,sobre a Europa” garantiu CarlosGonçalves. “Muitas das preocupa-ções da França e de Portugal sãocomuns aos dois países”.A Delegação de Deputados portu-gueses integrou ainda Inês de Me-deiros (PS), que é Vice-Presidentedo Grupo de Amizade, Telmo Cor-reia (CDS-PP), Sérgio Sousa Pinto(PS), Maria Manuela Tender (PSD),Amadeu Albergaria (PSD), TeresaCosta Santos (PSD) e João Ramos(PCP).“Foi muito difícil trazer este grupoparlamentar a França” diz CarlosGonçalves. “Mas foi também umsinal muito positivo que Portugaldeu à França”. Carlos Gonçalvesque mora na região parisiensedisse ao LusoJornal que “foi im-pressionante a forma carinhosacomo os Deputados portuguesesforam recebidos. Todos os Deputa-dos, todos os Senadores franceses,independentemente das cores par-tidárias, têm palavras de muitoapreço sobre Portugal e sobre a Co-munidade portuguesa de França”.Na agenda da Delegação parlamen-tar, estavam encontros com o Pre-sidente da Assembleia Nacional

Francesa, Claude Bartolone, com aPresidente da Comissão dos Assun-tos Europeus, Danielle Auroi, coma vice-presidente da Delegação dosDireitos das Mulheres, Maud Oli-vier, e visitas ao Senado, à Câmarade Comércio e Indústria Franco-Portuguesa e à Secção internacio-nal portuguesa do LiceuMontaigne, em Paris. Na quinta-feira, em Clermont-Ferrand, ogrupo foi recebido na Mairie, naCasa de Portugal, sede da associa-ção Os Camponeses Minhotos, naUniversidade Blaise Pascal e teveum encontro com o Cônsul Hono-rário de Portugal naquela cidade.“A Deputada Christine Pires-Beaune foi incansável. Todos osmembros do grupo portuguêslevam dela uma excelente imagem.Dedicou-se inteiramente a esta vi-sita, apesar de estar a decorrer noParlamento francês o debate sobreo Orçamento de Estado para2015” disse Carlos Gonçalves aoLusoJornal.Christine Pires-Beaune foi eleitaem Riom e é membro da Comissãodas Finanças da Assembleia Nacio-nal francesa. Falhou uma receçãooferecida pelo Embaixador de Por-tugal precisamente porque estavadecorrer o debate sobre o Orça-mento.

Grupo parlamentar de amizade Portugal-França

Por Carlos Pereira

le 22 octobre 2014

Candidatos à presidência do paiCvem campanha em paris

Dois dos quatro candidatos às elei-ções primárias do PAICV para ele-ger o Presidente do Partidocaboverdiano, Felisberto Vieira eJúlio Correia, estiveram no do-mingo passado em Clichy (92),com Octávio Tavares, para um en-contro com militantes organizadopela Secção do PAICV França.Já anteriormente passaram porParis Cristina Fontes e Janira Hopf-fer Almada, as outras duas candi-datas à Presidência do Partido e,consequentemente, a candidatasàs próximas eleições legislativas.O debate foi apresentado por Fran-cisco dos Santos, Secretário coor-denador do PAICV França e a salaestava cheia de militantes que fi-zeram várias intervenções.Entretanto Júlio Correia desistiu daluta pela Presidência do Partido,apoiando Felisberto Vieira, maisconhecido por Filô! “Sempre disseque nunca faria da minha candida-tura um ato de teimosia pessoal oualgo que se tem de conseguir atodo e qualquer preço” explicouJúlio Correia ao LusoJornal. “De-pois de ter corrido o país todo e en-contrado a Diáspora, de ter ouvidoo apelo dos militantes, de criarmostodas as condições para proteger-mos o Partido, depois sobretudo de

ter visto uma convergência entre aforma como eu vejo o Partido e avisão sobre o PAICV que é a do ca-marada Felisberto Vieira, entendialiar-me a uma candidatura que eupresumo ganhadora neste mo-mento”.Júlio Correia é o atual SecretárioGeral do Partido e está agora a pre-parar o Congresso dos dias 24 e 25de janeiro, depois das eleições queterão lugar no dia 14 de dezembro.Felisberto Vieira é o líder da Ban-cada parlamentar do PAICV. Na suaintervenção desculpou-se por nãoter vindo mais vezes a França,

“porque a agenda de Líder parla-mentar é muito carregada”, masargumentou ao LusoJornal que“proponho na minha estratégia, arealização plena da nossa condiçãode ‘nação diasporizada’ ou seja,que o académico hoje existenteaqui, um empresário, uma mulherempreendedora, o jovem investiga-dor, terão que ter condições depoder contribuir em rede para ocrescimento do saber e do conhe-cimento de investigação em CaboVerde”. Considerou ainda que a ex-periência de um Ministério das Co-munidades, “foi positiva”. É a

primeira vez que o Governo deCabo Verde tem um Ministério dasComunidades. “Estamos numafase incipiente, de procurar as me-lhores alternativas e as melhoresrespostas para as Comunidades.Mas acho que as respostas devemser encontradas não numa perspe-tiva vertical, mas numa perspetivahorizontal, como as próprias Comu-nidades e com as próprias associa-ções, para que possamos de umaforma interativa desenhar políticaspúblicas com as unidades dos paí-ses de acolhimento”.Felisberto Vieira e Júlio Correiaforam interrogados sobre as divi-sões do Partido, no seguimento daseleições Presidenciais. “O Partidoestá curado. Fizemos uma terapiade grupo que correu bem. O quetinha que ser dito, foi dito, agoratemos de tirar ensinamentos dessasituação” disse Júlio Correia. “Oerro é para aprendermos, e nãopara repetir” garantiu aos militan-tes que solicitavam também mais“formação para os militantes”.Felisberto Vieira prometeu ativar oInstituto para a Democracia “quedeve ser transformado numa verda-deira instância de formação paraos militantes e para os dirigentesdo Partido”. Prometeu tambémfazer acordos com o PS francês,para que a formação de militantes

possa ser feita também em Paris,com os Socialistas franceses.Os militantes do PAICV em Françanão querem ainda pronunciar-sesobre a escolha do futuro Presi-dente. No fundo, cada um aindaespera que haja apenas uma can-didatura. “A convergência nãosurge de geração espontânea, ela éconstruída num processo fecundode diálogo leal e construtivo aolongo deste processo. E acreditoque as Camaradas poderão sentar-se à mesa connosco” disse Felis-berto Vieira ao LusoJornal. UmaComissão está a trabalhar numconjunto de critérios que possaconvergir num candidato único,“para que possamos ter umagrande força mobilizadora cabover-diana nas próximas eleições e paracontinuarmos a servir melhor CaboVerde”.“Está tudo em aberto. Nós colocá-mos sobre a mesa um texto com otítulo ‘Convergência para coesãointerna’. Avançámos no quadro daconvergência mas estamos expec-tantes que cada candidato saberáinterpretar bem os sinais e ter pre-sente que o bem maior que temosde proteger é o PAICV” confirmaJúlio Correia. “O consenso não estápor contradição à democracia in-terna. Já provámos que somos umPartido de democracia”.

Felisberto Vieira e Júlio Correia estiveram em França

Por Carlos Pereira

Convívio entre Deputados portugueses e francesesLusoJornal / Mário Cantarinha

Debate em Clichy-la GarenneLusoJornal / Carlos Pereira

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04 Comunidade

lusojornal.com

a Delegação permanente deportugal na oCDerecruta

A Delegação Permanente de Portugaljunto da OCDE pretende contratar traba-lhador independente, em regime deprestação de serviços, para exercer fun-ções na Residência e Chancelaria daMissão. Requisitos para contratação: domínio dalíngua portuguesa; ser detentor da cartade condução.Candidaturas: Delegação Permanentede Portugal junto da OCDE, Serviço decontabilidade, 10 bis rue Edouard Four-nier, 75116 Paris:[email protected]

marcações no Consulado deBordeaux

O Consulado Geral de Portugal em Bor-deaux informa que, a partir do dia 3 denovembro, o atendimento ao público po-derá ser feito através de marcação préviapor telefone ou através da internet. “Pre-tende-se, deste modo, corresponder àssolicitações dos utentes, sobretudo da-queles que residem fora de Bordeaux, eobviar aos inconvenientes de uma even-tual espera prolongada” diz uma notadaquele posto consular.O atendimento sem marcação conti-nuará a ser feito normalmente.Contactos: [email protected]

presenças consulares

Chalon-sur-Saône Presença consular do Consulado-Geralde Portugal em LyonAssociação Portuguesa de Promoção eCultura, 8 rue Président Allendé, Chalon-sur-Saône (71)Das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às15h00Dia 31 de outubroMarcações: 04.78.17.34.42.

Dijon Presença consular do Consulado-Geralde Portugal em LyonUnião Luso-Francesa de Dijon, 40 ave-nue de Stalingrad, Dijon (21)Das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às16h00Dia 28 de novembroMarcações: 04.78.17.34.42.

Grenoble Presença consular do Consulado-Geralde Portugal em LyonMaison de l’international-Maison deStendhal, 1 rue Hector Berlioz, Grenoble(38)Das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às16h00Dia 05 de dezembroMarcações: 04.78.17.34.42.

emsíntese

Funcionário vai reabrir posto consular na Córsega

O Governo português já enviou para ailha da Córsega um funcionário que vaireabrir o serviço consular naquela ilhafrancesa, encerrado há cerca de umano por alegada “falta de pessoal”.“Já temos um funcionário permanente.Está a trabalhar nas instalações da As-sociação Portuguesa de Ajaccio até aCônsul honorária poder iniciar funções.Já está nomeada mas falta a autoriza-ção do Governo francês”, disse à Lusao Secretário de Estado das Comunida-des Portuguesas, José Cesário.No Escritório Consular de Ajaccio tra-balhavam três funcionários a tempo in-teiro, até que se aposentaram. No diaem que a última funcionária se apo-sentou, o Consulado Geral de Portugalem Marseille não estava preparadopara enviar um funcionário para a ilhae encerrou pura e simplesmente o Es-critório consular deixando os cerca de20.000 Portugueses residentes na ilhasem atendimento consular.Diz-se nos corredores do Ministério dosNegócios Estrangeiros que esta teriasido uma imposição do então MinistroPaulo Portas, que recusou o recruta-mento de um novo funcionário e obri-gou à extinção do posto. No entanto,ninguém confirma publicamente estasacusações contra o anterior Ministro.Entretanto, o Governo português no-meou uma Cônsul Honorária para re-presentar Portugal na ilha. Trata-se deJeanne Pantalacci, uma professora pri-mária aposentada, de uma família bas-tante conhecida da Córsega.Até ao início de funções da Cônsul Ho-norária, o funcionário “faz uma espéciede Permanências consulares mais ou

menos permanentes, com o equipa-mento móvel de que dispõe”, referiuJosé Cesário.Na verdade, Portugal não tem autori-zação do Governo francês para ter umposto consular em permanência nailha. Só terá essa autorização depois doQuai d’Orsay autorizar a nomeação deJeanne Pantalacci. Por isso não dizabertamente que o funcionário consu-lar já está permanentemente na ilha.O governante congratulou-se com a re-solução da situação de Ajaccio, lem-brando que “de repente, ficámos como menino nos braços. Tivemos de des-cobrir um funcionário que aceitasse irpara lá”, o que aconteceu agora, coma transferência de um trabalhador queestava em São Paulo, no Brasil.Mesmo se o funcionário em questão

praticamente não sabe falar francês, éconsiderado como “um bom funcioná-rio”. Esteve algumas semanas no Con-sulado Geral em Marseille e dizem que“está motivado e é muito competentepara este tipo de trabalho”.Com o encerramento do posto consularde Ajaccio, no ano passado, o atendi-mento aos cerca de 20 mil portugue-ses residentes na Córsega passou afuncionar através de Permanênciasconsulares asseguradas por funcioná-rios do Consulado de Marseille, numasolução várias vezes condenada peloDeputado socialista Paulo Pisco e peloConselheiro das Comunidades eleito naCórsega, Manuel Cabreira.Durante cerca de 40 anos, os Portu-gueses da Córsega bateram-se para terum serviço consular na ilha. A criação

de um Escritório consular foi uma ini-ciativa de José Cesário, depois de Car-los Gonçalves, quando foi Secretário deEstado das Comunidades, com forteimplicação do então Ministro dos Ne-gócios Estrangeiros António Monteiroque tinha estado em funções em Parise que conhecia bem a situação de iso-lamento dos Portugueses da Córsega.Curiosamente, o posto foi inauguradopor um outro Secretário de Estado, oSocialista António Braga.José Cesário referiu ainda à Lusa osexemplos de Orleães e Tours, emFrança, onde o pessoal foi também re-forçado. Em ambas as cidades france-sas, os Consulados foram extintos, em2008, pelo anterior Governo do PS,tendo sido criados postos honorários,com uma funcionária cada, que “nãotratavam dos Cartões de cidadão, por-que não tinham possibilidades” paraisso, explicou o Secretário de Estado.“São áreas em que havia muita gente”,disse, explicando que atualmenteestão três funcionários em Orleães edois em Tours, permanentemente, atrabalhar no Consulado honorário,“mas com os equipamentos móveis,conseguem assegurar a quase totali-dade dos atos consulares”, nomeada-mente tratando dos Cartões decidadão, dos registos e dos passapor-tes.Segundo José Cesário, para o próximoano, o Governo vai realizar “mais me-didas deste tipo, serão medidas pon-tuais que pretendem responder aquestões deste género”, por exemploem locais como Lille e Frankfurt. Porenquanto, ainda não disse nada sobreNantes, Nancy, Cannes/Nice ou aindaPau/Bayonne.

Por enquanto está provisoriamente na sede da Associação portuguesa

Por Carlos Pereira com Lusa

tragédia entre dois autocarros da empresaandrade voyages

Dois autocarros da empresa AndradeVoyages, uma empresa familiar comsede em Chatte, cidade situada no Dé-partement de l’Isère, na região Rhône-Alpes, que desde 1992 assegura otransporte de passageiros com várias li-nhas entre França e Portugal, colidiramquando seguiam no mesmo sentido noquilómetro 65 da A-62, que liga Por-tugal a Burgos, em Torquemada, nasproximidades de Palência, em Espa-nha. O acidente teve lugar no sábadopassado, às 21h00.Nos dois autocarros viajavam 59 pas-sageiros, na sua maioria das zonas doPorto, Braga, Guimarães e Viana doCastelo, todos emigrantes portugueses,tinham partido de Ponte de Lima, comdestino a França, e ter-se-ão reunido naestação de serviço de Las Lagunas deTorquemada, antes do acidente fatalque provocou 3 mortos e 26 feridos, 4em estado grave transportados para oHospital Río Carrión, em Palencia.Segundo informações apuradas peloLusoJornal junto dos responsáveis daAndrade Voyages, “o acidente ocorreuapós os passageiros dos dois autocarros

terem jantado em Las Lagunas, emTroquemada. Um dos veículos terá pa-rado numa estação de serviço à esperado outro veículo, para viajarem parazonas diferentes de França”.Depois de terem arrancado, o autocarroque seguia à frente teria parado paraesperar pelo segundo autocarro queacabou por embater no primeiro.“A maioria dos passageiros são traba-lhadores que regressavam a França de-pois de visitarem os seus familiares em

Portugal, as vítimas mortais são trêshomens, dois passageiros que viaja-vam nos últimos lugares do primeiroautocarro”. António Sousa Costa, na-tural de Amarante e residente emMontélimar, e António Alves, naturalde Boticas, mas residente em Bour-goin-Jallieu, perto de Grenoble, fale-ceram no acidente. “A outra morte alamentar é a do segundo condutor dosegundo autocarro, um jovem de 35anos de idade, Joaquim Gomes, natu-

ral de Vila Verde, que viajava rumo aNice”, acrescentou bastante emocio-nada a Diretora da empresa, CandyAndrade.Fonte consular portuguesa em Espa-nha afirmou à Lusa que um dos feri-dos está em “estado crítico” e que asituação foi acompanhada pelo Con-sulado, juntamente com a delegaçãodo Governo de Castela e Leão.Foram mobilizados os Bombeiros dePalencia e do Conselho Municipalpara ajudar no trabalho de liberaçãode viajantes presos, que na sua maio-ria já regressaram aos seus destinos,e que tiveram a ajuda dos membrosda Guarda Civil, Cruz Vermelha e uni-dades da Agência de Proteção Civil deintervenção psicológica.O LusoJornal apurou ainda que, nomomento em que fechamos esta edi-ção do jornal, os motoristas dos auto-carros ainda se encontram internadosna unidade hospitalar de Carrión, emPalencia, em estado de choque. Umdeles é o próprio pai de Candy An-drade, Manuel Joaquim Andrade, fun-dador da empresa, que conduzia oprimeiro autocarro, com 65 anos, na-tural de Cabeceiras de Basto.

Acidente grave em Espanha vitima emigrantes portugueses

Por José Manuel Santos

le 22 octobre 2014

Aparatoso acidente envolveu dois autocarros da mesma empresaLusa / Almudena Álvarez (EPE)

Ajaccio, CórsegaLusoJornal / Clara Teixeira

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06 Comunidade

lusojornal.com

L’aCp de neuillyrecrute

L’Association Culturelle Portugaise deNeuilly-sur-Seine (92), recherche un(e)jeune stagiaire lusophone bilingue(français/portugais) ayant des connais-sances informatiques (Windows, Word,Excel) pour assurer la Permanence del’association, du lundi au vendredi de9h30 à 12h30.Contact: [email protected]

L’université paris-Dauphine recrute

Université Paris-Dauphine recrute unAssistant(e) Relations Internationales,gestionnaire de la zone Espagne, Por-tugal, Amérique latine.C’est un poste à temps plein (catégorieA), sous l’autorité de la Direction desRelations internationales.Missions: Gestion des mobilités d’étu-diants entrants et sortants pour leszones Amérique latine, Espagne etPortugal (environ 300 étudiants): Ins-truction des candidatures d’accueil etd’envoi, suivi des mobilités, informa-tion, accueil, contrats d’études, relevésdes notes et coordination et négocia-tions avec les partenaires étrangers.Anglais et/ou espagnol indispensable.Poste vacant à compter du 1er dé[email protected]

préparation concours d’enseignement

En dépit de l’annonce tardive de l’ou-verture du Concours de l’Agrégation deportugais, l’équipe des enseignants dela Sorbonne-Nouvelle Paris 3 s’est mo-bilisée pour mettre en place une pré-paration aux épreuves écrites, avec lesoutien de la direction de l’UFR LLCSEet du département EILA. La formationcomprendra 72h de cours magistrauxconsacrés aux questions de littératureet de civilisation, 24h consacrées auxépreuves techniques de thème et deversion.Des conférences, tout au long de la pé-riode de préparation, et des journéesd’étude, prévues à des dates plusavancées (janvier et février), complète-ront l’ensemble.La clôture des inscriptions auConcours, sur le site du Ministère fran-çais était le 21 octobre, à 17h00.

emsíntese

Conférence sur le bilinguisme à tours

L’Université de Tours a organisé le 9octobre dernier, une Conférence surle thème «Grandir en parlant françaiset portugais. Comment ça se

passe?».Cette Conférence était donnée parLaetitia de Almeida, post doctoranteau groupe langage, unité Inserm 930

imagerie et cerveau de l’UniversitéFrançois Rabelais de Tours, sachantqu’elle s’inscrivait dans le cadre d’unprojet dénommé «Bilad», qui est

mené en collaboration avec des par-tenaires dans plusieurs pays euro-péens.Le but du projet étant de mieux com-prendre comment le langage se dé-veloppe chez les enfants qui sontconfrontés à deux langues. «CetteConférence très intéressante et fortbien argumentée, nous apprendentre autres, qu’apprendre deuxlangues n’est pas un handicap chezl’enfant, bien au contraire» dit au Lu-soJornal le Consul Honoraire du Por-tugal à Tours, Luís Palheta. «Onpouvait intuitivement penser que telétait le cas, mais ce qui s’est avérédéterminant, c’est que c’est désor-mais la science qui nous démontreque cela ne perturbe pas le dévelop-pement de l’enfant, y comprislorsque celui-ci rencontre déjà desdifficultés nécessitant par exemple lerecours à de l’orthophonie».Outre la richesse culturelle que celalui procure, il semble donc, selonl’intervenante, que cela permette àl’enfant de développer ses fonctionscognitives.Était également présente à cetteConférence, Fátima Dias, professeurede portugais, «infatigable, qui mènecourageusement le combat du main-tien, voire du développement de laprésence de la langue portugaisedans la région tourangelle» expliqueLuís Palheta.Le Consul Honoraire du Portugal àTours été présent et a félicité Laetitiade Almeida «pour le remarquable tra-vail accompli».

Parler deux langues n’est pas un handicap pour l’enfant

portugueses nos Campos de concentração nazisPelo menos 70 Portugueses estiveramnos Campos de concentração e 300foram sujeitos ao trabalho forçado du-rante a II Guerra Mundial, disse à Lusao historiador Fernando Rosas, que li-dera a investigação sobre um assuntoinédito e desconhecido. “Há Portu-gueses que se encontram nos Camposde concentração nazis, mas que estãonos campos por razões que se desco-nhecem. Pode ser por serem associais.Há certas categorias cuja punição erao Campo de concentração”, referiu àLusa Fernando Rosas, acrescentadoque foram já detetados pelo menos 70Portugueses nos campos de extermí-nio de Auschwitz e Birkenau durantea Segunda Guerra Mundial.“Nós detetamos, por exemplo, umPortuguês de Cascais que é preso emMarseille e enviado para Auschwitz.Porque é que está em Auschwitz? Nãoé por ser emigrante, porque, quandomuito, era obrigado ao trabalho for-çado, mas não estaria num Campo deconcentração. Ou era resistente oufazia parte daquelas categorias de as-sociais e que eram mandados para osCampos”, explicou Fernando Rosas.O historiador e ex-dirigente do Blocode Esquerda lidera um projeto de in-vestigação realizado no âmbito do Ins-tituto de História Contemporânea daUniversidade Nova de Lisboa, que en-volve vários investigadores especializa-dos nas relações luso-alemãs durante

a II Guerra Mundial. “Obtivemos a pri-meira notícia através das informaçõesque existem nos Campos de concen-tração de que há vários Portuguesesmortos e o nosso projeto começou poraqui. Depois surgiu-nos a possibili-dade de concorrer a um financiamentode uma instituição alemã que está in-teressada em financiar as investiga-ções sobre o trabalho forçado naAlemanha”, acrescentou FernandoRosas.O trabalho forçado pelo III Reich erafeito por pessoas que se encontravamnos Campos de concentração ou porcontratados ou simplesmente envia-dos pelos países ocupados e, por isso,a equipa de historiadores alargou oâmbito da investigação. “Chegamos àconclusão de que há dois tipos de tra-balhadores forçados: aqueles que seencontravam nos Campos e que, por-tanto, são escravos, e temos a presun-ção de que há Portugueses nestasituação. São os escravos que traba-lhavam para empresas como a IGFaber, por exemplo, em Auschwitz eBirkenau, e vamos à procura deles”,afirmou Rosas, que vai concorrer a fi-nanciamento por parte de uma Fun-dação alemã, visto não ter conseguidoapoio por parte da Fundação para aCiência e Tecnologia portuguesa.Para o estudo do trabalho forçado, oshistoriadores investigam pelo menosduas vias, a primeira através da emi-

gração, porque, segundo FernandoRosas, “há muita gente emigrada(Portugueses) já nessa altura, e muitomais do que se pensa, em França e naBélgica”.O Governo de Vichy (Governo colabo-racionista francês durante a ocupaçãonazi, entre 1940 e 1944) foi obrigado,a partir de 1942, a trocar prisioneirosde guerra franceses por trabalhadoresusando sobretudo emigrantes comomoeda de troca.Segundo Fernando Rosas, há váriasdezenas de trabalhadores portuguesesemigrados que são enviados pelas au-toridades colaboracionistas para soloalemão.Para o historiador, é preciso tambémestudar o eventual envolvimento doEstado português em todo o processoe tentar saber até que medida houveou não recrutamento de trabalho for-çado em solo de Portugal, tal comoaconteceu em Espanha. “Na Alema-nha estão dois tipos de circunstâncias.Uns foram parar aos Campos de con-centração porque já eram refugiadosda Guerra Civil de Espanha e há tam-bém os emigrantes que são arrebanha-dos pelo nazis - quer por contrataçãodireta, quer por troca efetuada peloGoverno francês sempre que se proce-dia ao regresso de prisioneiros”, expli-cou Fernando Rosas.Uma parte desses Portugueses sãoRepublicanos que combateram na

Guerra Civil de Espanha (1936-1939)e que se encontravam internados nosCampos de refugiados no sul deFrança após a vitória das forças nacio-nalistas de Francisco Franco e levadospara os Campos de concentração nazisjá durante a II Guerra Mundial (1939-1945).Alguns escaparam dos Campos de re-fugiados franceses e quando a Françafoi ocupada pelos nazis juntam-se àResistência francesa e mais tardeforam “presos como Resistentes vãopara Auschwitz e Birkenau”, relatouFernando Rosas.A existência de Portugueses nos Cam-pos de extermínio nazis é um assuntoaté ao momento inédito e nunca estu-dado, assim como a presença de tra-balhadores Portugueses comoescravos em fábricas na Alemanha,tendo sido referido em março pela pri-meira vez pela revista Visão. “Há umasérie de organismos que se dedicaramà estatística dos presos dos vários paí-ses e ao trabalho forçado e nós játemos um número sobre esta situaçãoe descobrimos há pouco tempo umafonte que nos revelou, através de umainstituição na Alemanha que indem-niza aqueles que foram obrigados atrabalhar no país, e detetamos que hámais de trinta pedidos de indemniza-ção de Portugueses e vamos agora in-vestigar junto dos familiares”,concluiu.

Essencialmente presos em França

le 22 octobre 2014

Laetitia de Almeida avec Fátima Dias et Luís PalhetaDR

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07Comunidade

lusojornal.com

emsíntese

Lusodescendentesque pegam nasarmas é “coisarara” em França

A notícia da existência de uma de-zena de Portugueses, descendentesde famílias emigrantes, a combaterem grupos ‘jihadistas’ na Síria e noIraque está a ser encarada, emFrança, como “uma coisa tão raraque deixa alguma perplexidade”,disse à Lusa o Padre Carlos Caetano.O Capelão nacional dos Portuguesesnão teve conhecimento de casosjunto da Comunidade mas admiteque “na sociedade francesa há umasede de autenticidade e de espiritua-lidade autêntica” que, aliada “a ummundo católico onde se dá cada vezmais valor à forma do que ao con-teúdo”, pode degenerar em recruta-mentos para a ‘jihad”. “Houve umaaltura em que abandonámos muitosvalores e agora estamos a voltar - epor vezes de forma radical - a umabusca de uma norma que possa daruma certa estrutura à nossa vida. In-felizmente, muitas vezes, quem pro-cura este tipo de estrutura sãopessoas que, pelo menos no mo-mento da busca, se encontram numestado fragilizado. Se houver quemproponha algo de muito absoluto e rí-gido, isso pode ser uma grande se-dução”, sugere.A análise do Padre Nuno Aurélio,Reitor do Santuário de Nossa Se-nhora de Fátima, em Paris, vai nomesmo sentido: “Este aborrecimentoe tédio existencial em que mergulhoua nossa cultura de conforto e o ‘dolcefare niente’ ao nível dos ideais tornoupoderosamente atrativo este movi-mento para os que queiram dar umsafanão à sua vida de uma forma tãoextrema e violenta. E passam do 8 ao80”.Em França, as pessoas oriundas daemigração estão mais expostas “aorisco de uma carreira jihadista”, ex-plica, por sua vez, Claire de Galem-bert do Institut des Sciences Socialesdu Politique, em Paris.Claire de Galembert acrescentaainda que não são de espantar asconversões ao Islão de filhos de emi-grantes portugueses porque “os Por-tugueses são pessoas que, grossomodo, tiveram um processo de so-cialização na religião” e para eles “alinguagem religiosa já fazia sentido”.Porém, cuidado com os estereótipos,adverte, Pedro Viana, chefe de reda-ção da revista "Migrations et Société":"Hoje em dia, qualquer pessoa quediga 'eu sou muçulmano, sou prati-cante', imediatamente vai ter coladana testa uma etiqueta de terrorista.Então, parte-se de confusões como'muçulmano igual a radical', 'radicaligual a terrorista', logo, 'muçulmanoigual a terrorista'. É uma coisa ab-surda!"

Cansados de serem vistos como “terroristas”

Luís Belo Gaspar é um franco-portu-guês pouco comum: nasceu emFrança, estudou em Londres, vive naArábia Saudita e converteu-se ao Islãohá quase 16 anos, depois do fervor dacatequese, do interesse pelo budismo“por causa dos Beatles” e da desco-berta do Corão.O engenheiro aeronáutico, de 39anos, gostaria muito que os muçulma-nos dessem uma outra imagem doIslão, mas admite que “o mundo islâ-mico está em muito mau estado”, acomeçar “pelos problemas em relaçãoà mulher”, a passar pelo facto de “osmuçulmanos não se entenderem” e aterminar com o exemplo do Afeganis-tão onde “pensam ser capazes deviver o Islão de há 1400 anos”.O resultado, na sua opinião, é que “osradicais criam outros radicais queveem o Islão como um bando de ter-roristas”, exemplificando com o 11 desetembro quando a irmã lhe disse:“Hoje pensei que vocês eram todosuns terroristas. Tu é que me estás adar uma imagem diferente do Islão”.Em conversa com a Lusa, por skype,o português que já fez capa do Luso-Jornal disse “ter pena” dos muçulma-nos que se radicalizam e admitiu que,recentemente, foi abordado no face-book por um jovem lusodescendentede Champigny, nos arredores de Paris,“vinte anos mais novo”.“Começou logo: ‘Irmão, vê se abres osolhos. Já não é paz e amor, acabou-se!Os Franceses estão a combater-nos’ eeu disse: Então se te combatem vai-teembora” e ele respondeu: ‘Eu estouaqui na Síria e no Iraque!’. Ou seja,

estava de certeza a querer ir buscarPortugueses. Bloqueei-o logo!”, conta.Para Luís Belo Gaspar, os jovens por-tugueses que integram as fileiras jiha-distas “ou têm uma certa frustração e

querem afirmar-se ou mal conhecema mensagem do Islão, metem-se nainternet e caem nas mãos dos radi-cais”.“Se viessem para a Arábia Saudita,

veriam que não somos irmãos comopensam. Como sou português e estoua viver aqui, vejo que somos todos di-ferentes. Aqui, um árabe vê um pa-quistanês não como um irmão mascomo um gajo que vai limpar a es-trada”, descreve.Outro franco-português que abraçou oIslão, pouco antes de completar 18anos, é Issa Mendes dos Santos, filhode uma portuguesa e de um francês eresidente em Chambéry, no leste deFrança.O jovem, agora com 20 anos, garanteque nunca foi contactado pelas redesjihadistas na internet porque “nãoousam meter-se” com quem conheceo Islão. Sobre o grupo Estado Islâ-mico, Issa faz questão de sublinhar:“Nós condenamos os atos deles masnão nos cabe a nós justificar-nos peloscrimes que eles cometem”.“Esses indivíduos a que chamam ‘Es-tado Islâmico’, no Islão chamamo-losde “khawarij” e o próprio Profeta cha-mou-os de ‘cães do inferno’. Trata-seda primeira seita do Islão. Para eles,se um muçulmano comete um pecadoé considerado como um infiel e elessentem que o podem matar. Mas nósrejeitamo-los desde os primeiros anosdo Islão”, acrescenta.O jovem lamenta, por isso, uma certaislamofobia em França que se sente“quando se procura um trabalho,quando se trata de papelada ou atra-vés dos ataques a mulheres que usamo véu”. Por outro lado, Issa Mendesdos Santos lamenta que “as pessoasconfundam Árabes e Muçulmanos” e“culpam o Islão por certos comporta-mentos dos árabes nos bairros desfa-vorecidos”.

Franco-portugueses convertidos ao Islão

Por Carina Branco / Lusa

Franco-portuguesa convertida ao islão denuncia “islamofobia” em França

“Shérine” é o nome de conversão deCristina Gomes, filha de pais portu-gueses e nascida em França há quase27 anos. Shérine usa o niqab, o véuque deixa apenas visíveis os olhos, eabraçou o Islão há dois anos, tal comomais dois irmãos.“Os meus pais aceitaram porque omeu irmão tinha aberto o caminho.Mas, é verdade que, ao princípio, omeu pai ficou desiludido porque diziaque não serviu de nada ter-nos edu-cado com a fé cristã porque a acabá-mos por trocar. Só que não era a nossaescolha, submetemo-nos simples-mente à religião que eles nos deram”,conta.Aos 15 anos, Cristina tinha pensadoem ser freira, passou mesmo algumtempo num convento e usou a toucade freira, “como hoje uso o niqab”,precisa. Leu “a Bíblia, os Evangelhos,o primeiro e o segundo Testamento”,mas tinha muitas dúvidas que se acu-mularam quando foi vítima de violên-cia doméstica durante o primeirocasamento, tendo deixado de acredi-tar em Deus.“Quando comecei a interessar-mepelo Islão, voltei a acreditar emDeus”. E foi como muçulmana que

voltou a casar, garantindo que não foio segundo marido que a influenciouporque se convertera um ano antes devoltar a dar o nó.A jovem, residente na periferia deParis, é taxativa quando afirma que“há imensa islamofobia em França”,garantindo que “não se sente em se-gurança”, por exemplo, quando vê acircular mensagens nas redes sociaispara “espancar as mulheres que usemvéu”.A culpa, diz, é dos meios de comuni-

cação social que “exageram”, levandoa que os franceses ponham “toda agente no mesmo saco”.“Não se deve misturar o que se passacom muçulmanos em outros paísescom o que se passa em França. Setodos os muçulmanos fossem comoos ‘media’ os mostram, a França játeria sido atacada há muito tempo e a‘sharia’ [lei islâmica] já estaria cá. Hábons e maus muçulmanos como hábons e maus cristãos, judeus, ateusou ortodoxos”, completa.

Ainda assim, Shérine já foi abordada,nas redes sociais, para ir para a Síria,admitindo que é algo recorrente por-que “há muitos estrangeiros que vãopara a Síria fazer a ‘jihad’, sem falarárabe, sendo difícil encontrar umamulher” e “os franceses procurammulheres que estão em França, mu-çulmanas e dispostas a juntar-se aeles”.“Fui contactada por dois irmãos queestavam na Síria e que procuravamuma mulher disposta a trocar a Françapor um país muçulmano. Eles com-batiam na ‘jihad’ e a mulher ficarianum lugar da Síria livre a para tomarconta das crianças e de casa. Rejeiteiporque nunca se sabe o que real-mente se passaria quando lá che-gasse”, diz.Por outro lado, Cristina faz questão desublinhar que “a ‘jihad’ só se fazquando um país muçulmano é ata-cado”, apontando que “muitos aveem como um jogo e partem para seexibirem como heróis sem saberem oque é realmente a ‘jihad’”.Quanto às ações do grupo Estado Is-lâmico, a jovem fala em “seita” que“nada tem a ver com o Islão”, lamen-tando que os muçulmanos sejam “jul-gados por atos aos quais eles própriosse opõem”.

Por Carina Branco / Lusa

Por Carina Branco / Lusa

Luís Belo GasparDR

le 22 octobre 2014

Arquivo LusoJornal

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08 empresas

lusojornal.com

mecachrome assina acordocom aiCep eieFp

A empresa Mecachrome Aeronáu-tica investe em Portugal e assinaacordo de cooperação com a AICEPe o IEFP.A Mecachrome France criou emPortugal uma unidade fabril decomponentes aeronáuticos em Se-túbal e estuda, no âmbito dos in-centivos, a criação de centenas depostos de trabalho até ao fim de2020.Na segunda-feira desta semana, dia20 de outubro, a AICEP, o IEFP e aMecachrome assinaram um Acordode cooperação assente nas seguin-tes áreas de intervenção: Recruta-mento de trabalhadores, Formaçãoprofissional, Estágios profissionais eApoios à contratação.A Mecachrome Aeronáutica é de-tida 100% por MecachromeFrance, importante empresa nomercado francês e internacional, naárea da aeronáutica (de cariz civil,militar e espacial).

Déjeuner du Brasil BusinessClub sur l’élection présidentielle

Le prochain déjeuner du Brasil Bu-siness Club (BBC) se tiendra le 31octobre prochain à 12h15.«Nous évoquerons l’élection prési-dentielle et ses conséquences pournos activités» explique l’avocat Oli-vier Costa, Président du Club d’af-faires franco-brésilien de Lyon.Le déjeuner du Brasil BusinessClub aura lieu au Marguerite Res-taurant, 57 avenue des Frères Lu-mières, à Lyon 08. Infos:04.37.90.03.00.

Le gala de laCCiFp organiséau portugal

Le grand Gala annuel de la Cham-bre de commerce et de l’industriefranco-portugaise (CCIFP) aura lieule 6 décembre prochain, pour lapremière fois dans les environs deLisboa. «Une occasion pour nosmembres implantés au Portugal derencontrer les membres françaisqui nous accompagneront» expli-que une note de la CCIFP. Le galaaura lieu dans un lieu noble et ma-gique: l’ancienne Quinta dos Mar-queses de Belas «Paço Real deBelas», à Sintra, dans un endroitchargé d’histoire.

emsíntese

empresários portugueses em França “representam 3% a 4% do piB francês”

Os 45.000 empresários portuguesescom atividade em França “represen-tam entre 3% e 4% do PIB francês emtermos de volume de negócios”, reve-lou em Paris, o Presidente da Câmarade Comércio e Indústria Franco-Portu-guesa (CCIFP).Carlos Vinhas Pereira, que falava du-rante um encontro com uma delega-ção de Deputados portugueses, frisouo peso do tecido empresarial portuguêsem França, lamentando a impossibili-dade de a CCIFP se candidatar aapoios do Quadro de Referência Estra-tégico Nacional (QREN) para projetosde promoção de empresas portuguesasem França e apelando aos Deputadospara que debatam a possibilidade deconsiderar a CCIFP como “InstituiçãoEstrangeira de Utilidade Pública”.

O Presidente da CCIFP adiantou quefaltam meios para lançar, por exemplo,um “Salão português do agroalimen-tar” e uma “Feira de Portugal” à ima-gem do Salão do Imobiliário e doTurismo Português, organizado pelaCâmara de comércio e que, em 2015,vai ter uma edição em Lyon além dahabitual em Paris.“Este ano, no Salão do Imobiliário eTurismo tivemos mais de 15 mil visi-tantes e, em três anos, o evento re-presentou um volume de negócios de500 milhões de euros. Tivemos umagrande cobertura mediática francesa,com 400 páginas de artigos de jor-nais, através dos quais atingimos 35milhões de pessoas. Pensamos tertido alguma influência sobre o factode os Franceses irem mais a Portu-gal”, disse Carlos Vinhas Pereira aosparlamentares.

Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa

Por Carina Branco / Lusa

CgD au stade deFrance

Pendant le match de footballFrance-Portugal, qui a eu lieu le11 octobre au Stade de France, àSaint Denis, près de 200 person-nes ont partagé un moment de

convivialité autour d’une dégusta-tion de vins de Quinta da Pacheca(Douro) organisée par la banqueCaixa Geral de Depósitos et sespartenaires.

le 22 octobre 2014

garagem andresy automobiles services

A Garagem Andresy AutomobilesServices, com 15 anos de atividade,é propriedade de dois irmãos: Vítore Toni Fernandes. Ambos nascidosem França, em Conflans-Sainte Ho-norine, são de origem portuguesa,«da capital» como refere Vítor Fer-nandes, reportando, com orgulho assuas origens transmontanas,quando se refere a Vila Real deTrás-os-Montes.Mesmo tendo nascido e vivido sem-pre em França, onde conheceu a es-posa e onde nasceram os seus 3filhos, mantém um sentimento forteem relação a Portugal e às suas ori-gens.Vítor Fernandes iniciou-se com ape-

nas 14 anos na atividade de repa-ração automóvel, tendo trabalhadodurante 11 anos numa oficina deautomóveis da Renault. Em 1999decidiu lançar-se por conta própria.Iniciou-se em Andresy, 48 quai de

l’Oise, e posteriormente passoutambém para o 20 rue des Commu-nes, em Achères.A Andresy Automobiles está aberta,nestes 2 locais, de segunda a sexta-feira, com uma «equipa experiente

e pronta a ouvi-lo, por forma a re-solver o seu problema, quer a nívelde carroçaria e pintura quer a nívelde mecânica, garantindo uma pres-tação de qualidade em qualquermarca e qualquer serviço».Aqui, fazem-se todas as reparaçõesde carroçaria para a BMW de Pon-toise e, fruto da boa qualidade doserviço, têm normalmente clientesde carros de marca de elevado pres-tigio, como a Ferrari e a Porsche.A Garagem oferece garantia de 1ano para todas as reparações.

Andrésy Automobiles Services

www.aas-auto.frAchères: 01.39.11.97.64Andrésy: 01.39.70.38.05

Em Andresy e Achères

Por Elsa Monteiro

mission CCiFp auportugal

La Chambre de commerce et de l’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) va sig-ner un accord de coopération avec lesMairies de Chaves et Valpaços, le 27 oc-tobre et rendra visite le 28 à Vila Pouca

de Aguiar «capitale de la pierre au Por-tugal». Le programme prévoit plusieursrencontres avec les entrepreneurs lo-caux ainsi que des présentations d’op-portunités d’investissements locaux.

Reunião na sede da CCIFP em ParisLusoJornal / Carlos Pereira

Lusa / JB César

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10 empresas le 22 octobre 2014

1° salão agroalimentar português em paris

Esta foi a primeira edição de um salãoque pretende mostrar os melhoresprodutos portugueses. Os melhores,ou seja, produtos de origem contro-lada e de denominação de origem.Dos vinhos do Douro e do Dão, aosqueijos das Beiras, sem esquecer oazeite transmontano e os enchidos doAlentejo, foram quinze os produtoresque estiverem presentes em duas ses-sões de degustação que aconteceramno Consulado-Geral de Portugal emParis.A ideia nasceu em julho deste ano de-pois de uma reunião de André de Qui-roga, o gestor do Salão, com oCônsul-Geral de Portugal em Paris,Pedro Lourtie, o Presidente da Acade-mia do Bacalhau, Carlos Ferreira, e oPresidente da Câmara do ComércioFranco-Portuguesa, Carlos Vinhas Pe-reira, com o intuito de se organizarum salão agroalimentar exclusivo aprodutos portugueses.No embalo da SIAL - a maior feiraagroalimentar mundial que aconteceem Paris esta semana - este Salãorealizou-se entre os dias 19 e 21 comvárias atividades direcionadas paraprofissionais do setor e não só. Umaorganização concebida por três em-presas portuguesas - a M&G Consul-ting, a Força Motriz e a Equações comSentido - e apoiada pelo Consulado,

com o objetivo de divulgar e promovera exportação de produtos portuguesesde origem e denominação controlada.

Em conversa com o LusoJornal, Andréde Quiroga explica que para venderestes produtos é preciso “o apoio da

Comunidade enquanto embaixadorespara melhorar a oferta das empresasportuguesas do setor agroalimentar”.

Até porque, “queremos que os Fran-ceses, que foram eles que iniciarameste processo de certificação e deno-minação de origem, reconheçam nosprodutos portugueses a mesma qua-lidade”.O gestor do evento ressalva que “esteé um salão complementar à SIAL”. Eacrescenta: “Nós sabemos que Portu-gal é um país de pequenas e médiasempresas, e sabemos que há neces-sidade de existir uma plataforma paraque esses empresários possam vir emcondições financeiramente aceitáveis.O SIAL é caro, é um mundo massifi-cado, e aqui o que queremos vendersão produtos de denominação de ori-gem portuguesa. É um nicho. Estesim, é um salão gourmet”, sublinhouAndré de Quiroga. “O mercado daquantidade está feito. Agora temos deexplorar novos caminhos!”Para além de uma mostra de produ-tos para profissionais e outra para opúblico, este evento comportou tam-bém uma vertente de formação, emque a Associação de Escanções dePortugal se juntou à Union de laSommellerie Française para realizarações de formação direcionadas paraprofissionais da restauração francesasobre vinhos portugueses, e uma ver-tente negocial com a realização dereuniões B2B que decorreram nasinstalações da CCIFP na segunda ena terça-feira.

Vinhos, azeite, enchidos e queijos foram as estrelas da degustação

Por Ana Catarina Alberto

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Jantar do Chef Antoine WestermannA noite de segunda-feira terminou com um jantar exclusivo no restaurante Le Drouant, do Chef Antoine Wertemann, umchef francês que guarda uma antiga paixão por Portugal. Depois da sua passagem como Consultor Gastronómico pelo res-taurante da Fortaleza do Guincho, um hotel Relais Chateaux às portas de Lisboa, Antoine Westermann está, desde hácinco anos a desenvolver um receituário com produtos de origem e denominação portuguesa. Um livro desenvolvido emparceria com o chef português Miguel Castro Silva, que deverá ser lançado em 2015.

LusoJornal / Ana Catarina Alberto

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11empresas

emsíntese

restaurante atelier 91 em savigny-sur-orge

José Morgado nasceu na década de70, na zona de Chaves, perto de No-gueira da Montanha, na aldeia de San-tiago do Monte. Veio para França nadécada de 80 e trabalha no departa-mento 91 Essonne há quase 2 anos,desde que adquiriu o estabelecimentoAtelier 91, em Savigny-sur-Orge.Situado na avenida principal de Sa-vigny, com facilidade de estaciona-mento, é sem dúvida um local a visitar.Com uma equipa de 6 empregados,este café-bar-restaurante é um pontode referência e de encontro da Comu-nidade portuguesa de Savigny e detodas as cidades próximas.Com um salão de restaurante comcerca de 80 lugares, e outros 36 luga-res na área da esplanada, o Atelier 91é um espaço de excelência e de con-vívio. Tem todo o tipo de pratos típicosda cozinha portuguesa. Para além daárea do restaurante, organiza todo otipo de festas de batizados aniversáriose outros eventos de empresas.Estão sempre disponíveis todos os ca-nais portugueses, mas quando se tratade assistir a jogos da Liga Portuguesa,da Seleção, e também das várias Ligasde futebol europeu, este espaço trans-forma-se. Ficamos mesmo com a sen-sação que estamos em Portugal. Paraalém dos jogos ao vivo, existe uma ele-vada procura dos jogos de matraqui-lhos.De segunda a sábado tem menu comprato do dia, com buffet de entradas,sobremesa e café tudo incluído. Existetambém elevada procurada pela clien-tela francesa dada a qualidade da gas-tronomia deste local.

Atelier 9194 boulevard Aristide Briand91600 Savigny-sur-Orge

«La grille de L’orangerie» em versailles

No Departamento 78 (Yvelines), no co-ração de Versailles, ao lado do Palácio,o sabor de Portugal pode provar-se norestaurante “La Grille de L’Orangerie”.José Adriano Barros, proprietário e ge-rente deste restaurante, nasceu em Ca-baços, no concelho de Ponte de Lima.Está em França há 48 anos, onde che-gou com apenas 17.Durante 19 anos trabalhou como me-cânico e como chefe de uma empresade carroçarias frigoríficas, tempo du-rante o qual alimentou o sonho de de-dicar-se à restauração.Em 1985 inicia a sua caminhadaneste ramo, e em 1989 estabelece-sepor conta própria, com a abertura do

“La Grille de L’Orangerie”.A responsabilidade de cozinha está acargo, da irmã, Maria Noémia. A clien-tela é diversa, sendo também muitoprocurado por Franceses que apreciam

a boa cozinha portuguesa.Aqui, encontramos diversas especiali-dades de comida portuguesa, com des-taque para pratos tradicionais, como oCozido à portuguesa, o Arroz de cabi-

dela, o Leitão assado, o Cabrito ou Vi-tela e, como não podia deixar de ser, otradicional prato limiano: Arroz de ser-rabulho.O local conta com duas salas de refei-ções, com capacidade para um total de140 pessoas e um espaço paracafé/bar. Está aberto todos os dias. Su-jeito a reserva, serve eventos diversos,como Casamentos, Batizados, Comu-nhões e Aniversários.O serviço de café/bar funciona até às21h00 e é local de encontro de muitosPortugueses, no final do dia de traba-lho.

La Grille de L’Orangerie6 rue de L’Orangerie78000 Versailles

Um restaurante de José Adriano Sousa Barros

Por Elsa Monteiro

Churrasqueira deDrancy

Maria Glória Alves Silva, mais co-nhecida como “Madame Silva”,nasceu em 21 de janeiro de 1956,na freguesia de Seara, em Ponte deLima. Recém casada, mudou-separa França para acompanhar omarido, Luís Novo da Silva. Come-çou a sua vida profissional como“Assistante maternelle” mas cedoa veia comercial a fez enveredarpelo comércio.Em 2003 abriu em Drancy, na ave-nue Henri Barbusse, a “Churras-queira de Drancy”. O sucesso foi imediato e as suascarnes grelhadas, especialmente“o frango assado à portuguesa” são

unanimemente reconhecidos emDrancy pela sua qualidade e pala-dar.A Madame Silva também é a Pre-sidente da “Association Dran-céenne des Amis du Portugal”desde 1997, uma coletividade queconta com cerca de 500 associa-dos.A associação é muito popular e di-nâmica em Drancy. Aliás no pas-sado dia 5 de outubro, organizoumais um Festival folclórico com 7grupos, um deles vindo direta-mente de Portugal.

Churrasqueira de Drancy95 rue Jean Jaurès93700 Drancy

Por Carlos Machado

le 22 octobre 2014

Por Miguel Santos

restaurante rio Lima em vitry-sur-seine

Maria Cândida Fiúza e Josué Sam-paio são os proprietários do Restau-rante Rio Lima, um espaço muitoacolhedor situado em Vitry-sur-Seine.Enquanto Sampaio, como é tratadopelos clientes, chamou a si a respon-sabilidade de comandar a cozinha, asimpatia da empresária é determi-nante no ambiente bem disposto ede convívio que se pode encontrarneste espaço, sendo também ela aresponsável pela criação das delicio-sas sobremesas ali apresentadas.O casal com vasta experiência adqui-rida ao longo de vários anos, decidiu

iniciar um negócio próprio em 2009.Esta foi uma aposta ganha, já lá vão5 anos.

O restaurante é frequentado pela Co-munidade portuguesa residentenesta região, mas também os Fran-

ceses procuram a gastronomia Lusi-tana.E pratos apetitosos não faltam no“Rio Lima”, como é o caso do Arrozde Cabidela, do Leitão, do Bacalhaue do Polvo na Telha, das Tripas àModa do Porto e da Feijoada à Trans-montana, entre outros deliciosos pra-tos ali confecionados de segunda asábado. O casal sempre fez questãoque no seu estabelecimento fossemdivulgadas as grandes qualidadesdos paladares e das tradições dassuas raízes portuguesas.

Restaurante Rio Lima2 rue Pierre Semard94400 Vitry-sur-Seine

Por Judite Fernandes

o porto em péage-de-roussillon

Restaurante Le Porto serve cozinhaportuguesa em Le Péage-de-Roussil-lon.Alfredo Neves Delgado, natural de Mo-rais, no concelho de Macedo de Cava-leiros, veio para França em 1993,como tantos outros em busca de umfuturo melhor.Começou por trabalhar na construçãocivil, mas tratou-se de uma situaçãotemporária, pois o sonho do AlfredoDelgado era outro. Em 1998 decidiuarriscar e abriu um café/bar em LePéage-de-Roussillon. Contudo aindanão tinha concretizado o seu sonho, oda restauração.Foi em março de 2010 que surgiu a

oportunidade de abrir o Le Porto, res-taurante dedicado à cozinha portu-guesa. Frequentado pela Comunidadeportuguesa e não só, aqui encontra osabor e qualidade da cozinha lusa. OLe Porto oferece aos seus clientes pra-tos típicos da cozinha portuguesacomo Bacalhau e Carne de porco àalentejana, e ao domingo poderão sa-borear o Leitão à Bairrada ou Frangode Churrasco. É também possível or-ganizar festas particulares como ani-versários ou convívios por reservaantecipada. Este é mais um exemplode sucesso entre a Comunidade Lusa.

Restaurante Le Porto80 rue de La République38550 Le Péage-de-Roussillon

Por Lucinda Correia

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12 Cultura

lusojornal.com

«Les échos internationaux dela révolution desŒillets»

Un colloque sur «Les échos inter-nationaux de la Révolution desŒillets» aura lieu à Paris, les 23 et24 octobre, à la Fondation Ca-louste Gulbenkian, 39 rue de LaTour Maubourg, à Paris 7, orga-nisé par Maria Benedita Basto,Yves Léonard, Caroline Moine etVictor Pereira.João Caraça, Directeur de la Fon-dation Calouste Gulbenkian-Délé-gation en France et Victor Pereira(Université de Pau/ITEM) ferontl’ouverture du colloque le jeudi 23octobre, à 9h00.«Les gauches en France face auxévénements portugais», «Syndi-cats politiques et immigration por-tugaise en Europe», «La révolutiondes Œillets et les enjeux de laguerre froide», «Des passeursentre le Portugal et le monde: té-moignages», «Circulations et mo-bilisations internationales»,«Circulations artistiques» et «Deuxregards de photographes témoinsdu 25 avril 1974» sont les titresdes plusieurs débats programmés.Les intervenants sont nombreux,dont Marie-Christine Volovitch-Ta-vares (CERMI), Yves Léonard(Sciences Po Paris), CarolineMoine (Université Versailles St-Quentin/CHCSC), Antoine Blanca,ancien Ambassadeur de France etVictor Pereira (Université dePau/ITEM).

Les formes de penser le portugal

Les 20 et 21 octobre a eu lieu à laFondation Calouste Gulbenkian -Délégation de Paris, et à l’Univer-sité Paris Ouest Nanterre La Dé-fense (CRILUS) un Colloqueinternational qui avait pour but depromouvoir la réflexion en con-texte international et interdiscipli-naire des formes de penser lePortugal. Pour ce fait, il a interrogéet approfondi les stratégies de pro-motion dans le cadre d’une politi-que culturelle européenne, voireinternationale, en plusieurs domai-nes (arts, langues, éducation,science, dialogue interculturel,économie, patrimoine, communi-cation, contenus numériques,parmi d’autres).Dans le Comité d’organisation il yavait José Manuel da Costa Este-ves et Ana Paixão.

emsíntese

Lucas santtana de retour à paris

En attendant son prochain concert quiaura lieu le 3 décembre au Café de laDanse, le brésilien Lucas Santtanaétait de passage à Paris, la semainedernière, pour la promotion de sonnouvel opus, le sixième de sa carrière,intitulé «Sobre noites e dias», sous lelabel français ‘No Format’. Si le précé-dent, «O Deus que devasta mas tam-bém cura», avait déjà suscité un intérêtcertain en Europe, celui-ci aura sansdoute un bel avenir. Lucas Santtana ybrasse plusieurs influences (baile funk,dub, musique urbaine, frevo, etc.), àtravers une surprenante variété dethèmes, comme cette très lyrique «Ma-riazinha morena clara», ou bien ce trèssentimental «Human time», avec lacomplicité discrète de Fanny Ardant.Rappelons qu’en 2011 Lucas Sant-tana avait obtenu le prix Libérationpour le meilleur disque étranger, avecson album «Sem nostalgia».

LusoJornal: Pouvez-vous nous livrerquelques éléments de votre itinérairepersonnel et musical? On évoque sou-vent Caetano Veloso ou Gilberto Gilpour parler de votre musique…Lucas Santtana: Je suis né à Salvadorde Bahia, où j’ai vécu toute mon en-fance. J’ai commencé à m’intéressersérieusement à la musique à l’âge de12 ans. Après des études universi-taires, j’ai fait partie de plusieursgroupes musicaux, comme celui deGilberto Gil, où j’ai joué pendant 4 ans.Ensuite j’ai commencé à travailler àmon compte. Au Brésil j’ai déjà réalisé6 albums. «Sobre noites e dias» estmon troisième en Europe. Quant auxchanteurs et compositeurs que vouscitez, j’ai du mal à me situer par rap-port à eux. En vérité, le tropicalisme a

été très important au Brésil, mais de-puis cette époque il y a eu beaucoupde nouveaux courants musicaux. Mamusique se définit, entre autres, parson cosmopolitisme, son urbanité, avecdes éléments brésiliens, mais aussiétrangers, d’Afrique, de la Jamaïque,de l’Europe, des Étas-Unis… Je mevois comme un musicien lié beaucoupplus à notre époque contemporainequ’à la tradition.

LusoJornal: Et cette complicité surpre-nante avec Fanny Ardant, dans lachanson «Human time»?Lucas Santtana: C’était une idée deLaurent, le Directeur du label «No For-mat». Il m’avait demandé quel artistefrançais j’aurais aimé inviter pour par-ticiper à cet album. Or, quand j’étais

adolescent, à Salvador, il n’y avaitqu’un cinéma d’art, qui tous les di-manches à 19h00 passait des films deTruffaut, Godard, Bergman, Hitchcock,etc. Et Fanny Ardant, qui jouait dansles films de Truffaut, était pour moi, etpour mes amis, une sorte de muse. J’aitoujours suivi sa carrière, qui est unbon exemple artistique. Elle a vieilli,mais a toujours une mentalité jeune etelle fait toujours de bons choix artis-tiques. C’est une référence. J’ai été trèsheureux qu’elle ait accepté cette invi-tation.

LusoJornal: Le titre de votre album pré-cédent est «O Deus que devasta mastambém cura» Actuellement au Brésil,Dieu est mis à toutes les sauces, et lesÉglises prolifèrent. D’ailleurs, une des

candidates aux élections présiden-tielles brésiliennes commençait sesdiscours par l’économie et finissait encitant la Bible…Lucas Santtana: Je pense que Dieu aété utilisé un peu partout, de plusieursfaçons. Déjà à l’époque des Croisades,des millions de gens sont morts aunom de Dieu. Donc, cela n’est pas unprivilège du Brésil. Mais il est vrai qu’ilexiste aujourd’hui au Brésil de trèsnombreuses Églises, évangéliques no-tamment, qui selon moi font beaucoupde mal, car elles s’appuient sur les po-pulations les plus pauvres et leur infli-gent un lavage de cerveau. Dans mondisque que vous citez, «O Deus quedevasta mas também cura», c’est unpeu comme une chronique person-nelle. En vérité, ce titre a pour origineun échange de twitter que j’ai eu avecmon ex-épouse, et dans lequel elle fai-sait allusion à un «orixá» (divinité du«candomblé», rituel afro-brésilien), ap-pelé Omulú, qui protège des maladieset qui guérit. Comme elle me disaitqu’Omulu détruit tout sur son passage,je lui ai répondu qu’il détruit mais qu’ilguérit aussi. Voilà l’origine de ce titre,où je ne vois pas Dieu comme uneforce religieuse, mais comme le sym-bole des relations amoureuses qui par-fois doivent traverser des moments trèsdifficiles, mais qui ensuite connaissentdes moments plus heureux.

LusoJornal: En peu de mots, commentrésumeriez-vous le contenu de cetalbum?Lucas Santtana: Je dirais qu’il est dansle prolongement du précédent, avecdes influences musicales diverses,multiculturelles. Et que ses textes sontcomme des chroniques quotidiennesde cette société du début du XXIèmesiècle.

Pour la sortie de «Sobre noites e dias»

Par Dominique Stoenesco

as 3 marias“Bipolar”, o tango reinventado na invicta

As 3 Marias, contrariamente ao que sepossa pensar, não são todas Marias.Aliás apenas uma o é, a guitarrista/vo-calista Cristina, de segundo nomeMaria.Por trás deste nome bem portuguêstemos a Cristina Bacelar (voz, guitarra,letras e composição), a Fátima Santos(acordeão) e a Ianina Khmelik (vio-lino).Já as conhecíamos de outras andan-ças, nomeadamente do tempo dosgrandes Frei Fado D’el Rei, ou dosMusa ao Espelho. A Cristina editou àpassagem o recomendável “Descarta-bilidade”, musicando poemas de Flor-bela Espanca.Após o sucesso do disco de estreia“Quase a primeira vez”, a banda lan-çou há cerca de um ano o seu segundoálbum, “Bipolar”, com produção acargo de Quico (ex-Salada de Frutas,Três Tristes Tigres e Plaza).Este excelente disco que é agora ree-ditado, inclui o tema-bónus “No TeuPoema”. Trata-se de um belo duetocom Simone de Oliveira, para sempre

uma das grandes vozes portuguesas (edas primeiras a interpretar a célebrecanção de José Luís Tinoco).O trio feminino nascido em 2008 pro-põe-nos um tango à moda do Porto,com uma pitada de fado, uma nesgade bossa-nova, flamenco q.b., e atéapontamentos eletrónicos, tudo ser-vido com uma boa dose de humor.

Humor não falta ao videoclipe do di-vertido “Maryjoana”, com a participa-ção de Alberto Almeida, dos semprebem-dispostos Cabaret Fortuna.O primeiro single conta a vida de umapersonagem típica do norte, da zonadas Fontaínhas, no Porto, em jeito dehomenagem das Marias às esteticistasnacionais. Tema orelhudo, sem dú-

vida: “Mary Joana, na sua marquise,arrancava o pelo e fazia a mise”.O disco foi alicerçado no tango, sem-pre com uma liberdade total, sendoque a bipolaridade é a “patologia mu-sical” que a banda assume. Obvia-mente, não se trata aqui de tangoargentino genuíno, mas antes de ocontextualizar na cultura portuguesa.Menção especial para a versão muitopessoal de “Libertango”, do composi-tor argentino Astor Piazzolla. Músicoque criou o estilo musical chamadoTango Novo, mesclando elementos dotango, da música clássica e do jazz.A banda vai partilhar o palco do Coli-seu do Porto no próximo dia 6 de no-vembro com Paulo de Carvalho. Maisuma ocasião para constatar o talentoe a cumplicidade das 3 artistas.As 3 Marias têm forte potencial parase poderem internacionalizar, daí quecertamente as teremos por terras deFrança...“Bipolar”, o tango reinventado na In-victa.

Edição de autor, distribuição LeveMusic

Por Patrick Caseiro

le 22 octobre 2014

Lucas Santtana à ParisLusoJornal / Dominique Stoenesco

Quer comentar [email protected]

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14 Cultura

lusojornal.com

pedro Fernandes: fazer música portuguesa na região de pau

Chama-se Pedro AlexandreAfonso Fernandes, nasceu emBragança em 1977 e é filho dePortugueses naturais da aldeia deQuintanilha.Pedro Fernandes estudou, viveu etrabalhou em Portugal até aos 19anos de idade. Começou por tra-balhar no Hospital Distrital de Bra-gança repartindo o seu tempocom o Conservatório de música deVila Real. A vida levou-o aos 23anos a abrir uma loja de móveisem Valladolid, Espanha, que man-teve durante 3 anos.A par da vida profissional, foi man-tendo um contacto permanentecom a esfera musical. Integrou aBanda de Música de Bragança, foimúsico durante muito anos dogrupo “Bandanorte”, até que de-cidiu trabalhar a solo.Aos 28 anos de idade decidiu emi-grar para viver de forma diferentee mais intensa aquele que semprefoi o seu sonho: a música. Insta-lou-se na região de Pau (64) e feza sua primeira festa na Associaçãodos Portugueses de Pau, em2005. Desde essa data tem levadoa sua voz, música e diversão atodas as festas na região.A par das festas que anima emFrança, na altura do verão efetuavárias atuações em festas popula-res em Portugal, a convite de as-sociações e de comissões defestas.

Contactos:Telf: [email protected]: ArtistaPedroFernandes

emsíntese

Por João Carlos Guedes

Fernando tordo: “Quero voltar a cantar em paris”

O autor, compositor e intérprete Fer-nando Tordo esteve em Paris na se-mana passada para participar na Galada associação Cap Magellan, realizadana Mairie de Paris, onde cantou emduo com Cláudia Costa.Esta foi uma oportunidade para res-ponder às perguntas do LusoJornal.

LusoJornal: Sei que é um apaixonadopela música francesa, porquê?Fernando Tordo: A França criou a cul-tura da canção-texto e cultivou-a. Foi aligação dos compositores e músicoscom os poetas franceses, que deu ori-gem à música que começa nos anos50 e que se arrasta nos anos 60. Anossa cultura em Portugal, era muitoinfluenciada pelos Franceses: AlainDelon, Brigitte Bardot, Yves Montant,Simone Signoret,... Para mim, o maiorintérprete de todos os Franceses foiGilbert Bécaud. Mas a França deixoude ter artistas! Só houve um GilbertBécaud, só houve um Jacques Brel, sóhouve um Charles Aznavour.

LusoJornal: E em Portugal?Fernando Tordo: Em Portugal deixoude haver esta tradição porque de factoela apenas existiu num determinadotempo - nos anos 60 e 70 - e desapa-receu nos anos 80, porque não resisteàs influências internacionais. Se aFrança não resiste ao seu sonho ame-ricano, que o queridíssimo Jack Langtentou combater durante algum tempoe com razão, então em Portugal foi piorainda, porque a permeabilidade é total.Portugal tem uma estrutura fraca parapoder aguentar. Sobraram apenas 3 ou4 indivíduos, como o Paulo Carvalho,Rui Veloso - um belíssimo compositorde canções - ou ainda Luís Represas.São nomes que fizeram uma carreiraboa, mas estão num mercado quaseinexistente, com o advento das novastecnologias, da internet, etc. As vendasde discos praticamente não existemem Portugal.

LusoJornal: Mas temos o Fado emplena expansão...Fernando Tordo: O Fado nos últimosanos granjeia uma nova posição, sobre-tudo por ser Património da humani-dade. Na minha geração, somoscompositores de outro tipo de canções,mas também de fado. Até por via dogrande interesse do maior de todos os

nomes nesse sentido da transformaçãodo fado, da dignificação do fado atra-vés dum processo de regeneração e denovidade, que se chama Carlos doCarmo, que é o mais jovem de todos osfadistas portugueses. Curioso, não ou-vimos o Carlos do Carmo com 75 anoscantar o fado da ‘desgraçadinha’ masouvimos os jovens de 25 anos cantar ofado da ‘desgraçadinha’. Isto é extraor-dinário! Este processo de inovação vaifazer com que o fado se apresente aosolhos do mundo. Ao longo de décadase décadas de existência, o fado apre-senta um crescimento, um desenvolvi-mento, e isso é a minha geração decompositores que vai trazer ao fado aolongos dos últimos 40 anos: a capaci-dade porque se regenerou, porque serenovou e hoje é considerado mundial-mente.

LusoJornal: Se esta promoção do fadovem de dentro, qual é a influência ex-terior?Fernando Tordo: Pode ser muito esti-mulada a alma fadista, mas creio quehá muitos intérpretes que podiam can-tar outro estilo musical, só que esta po-sição do fado ser Património dahumanidade atrai muitos nomes. Claroque o fado tem mais facilidade para serexportado. Mas isso por outro lado nãoé bom, porque depois provoca situa-ções que diria quase inexplicáveis em2014: o que os emigrantes portugue-ses em França sabem da música por-

tuguesa é zero.

LusoJornal: Porque diz isso?Fernando Tordo: Porque vejo os anún-cios de espetáculos, leio a documen-tação, catálogos, alguma modernidadeque haja, e estamos a falar destes últi-mos 50 anos em Portugal, puramentenão existe, não se vê um único nomeanunciado que tenha feito algo. Não épossível que o desconhecimento sejatão grande em relação a nomes funda-mentais do nosso país.

LusoJornal: No entanto, foi convidadopara vir a Paris por uma associação dejovens...Fernando Tordo:Mas não venho há 40anos!

LusoJornal: O Rui Veloso e o Luís Re-presas já vieram.Fernando Tordo: Sim, mas há nomesque não vieram, por alguma razão. Fuiconvidado e respondi logo. Não vim deLisboa, mas do Recife. Foi a TAP queofereceu a viagem, porque senão aindanão tinha vindo desta vez e não vimaqui ganhar dinheiro, vim graciosa-mente, vim até gastar dinheiro.

LusoJornal: Como é que a sua músicapodia entrar hoje no mercado francês?Fernando Tordo: Creio que podia, por-que eu trabalhei com um grande or-questrador francês, gravei um disco emque musiquei 12 prémios Nobel da li-

teratura, três dos quais canto em fran-cês, tenho alguma facilidade em can-tar francês. Nos meus tempos emPortugal, começava-se a aprender ofrancês aos 10 anos. O nosso relacio-namento podia ter sido outro. Mas oque acontece é que a grande leva dePortugueses que vêm para aqui nosanos 50 são pessoas muito carencia-das, não são as pessoas da cultura. Fe-lizmente os tempos hoje não são osmesmos.

LusoJornal: Houve artistas portuguesesa cantarem no ‘bidonville’ em Cham-pigny, por exemplo José Mário Branco,Francisco Fanhais,...Fernando Tordo: Mas eles próprioseram exilados. Costumo dizer que euestava exilado no meu próprio país. Eunão saí, fiquei, correndo todos os riscosque tinha para correr, nós tivemos umpaís desgraçado, a presença de JoséMário Branco era uma presença de exí-lio, eu não passo por essa situação. Atéporque não era nos ‘bidonvilles’ que sepoderiam resolver os problemas...

LusoJornal: Aproveitando a boleia dofado, é uma oportunidade de “expor-tar” outras coisas?Fernando Tordo: Sim e pode surgir.Surgiu uma oportunidade para fazerum dueto com a Cláudia Costa, foimuito agradável e importante, porquejá não é de supor que pessoas destaidade estejam à vontade com a línguaportuguesa - estou a falar da riqueza danossa língua. Poderia acontecer que aspessoas desta idade tivessem algumadificuldade em absorver uma lingua-gem mais elaborada, mais poética, e oque verifiquei foi a capacidade que elateve de adaptação e mais, foi o enten-dimento do que estava a cantar. Estaexperiência pode conduzir a algo inte-ressante. Um velho com 50 anos decarreira pode cantar com uma jovemde 25 anos.

LusoJornal: Gostava de voltar a cantarem Paris?Fernando Tordo: Eu quero ainda fazerum espetáculo em Paris com músicasdo Brel, do Brassens, e claro do Bé-caud. E de algum modo com o novopúblico e quero explicar o que é quehá de tão fascinante na música fran-cesa e portuguesa, quais as ligações.Tenho a ideia que ficou aqui uma pos-sibilidade de se poder fazer isso e issoser bom para as Comunidades.

Cantautor português com 50 anos de carreira quer cantar Bécaud em França

Por Carlos Pereira

Documentário sobre Camané realizado por umlusodescendente em antestreia no DocLisboaO documentário “Fado Camané”de Bruno de Almeida, que registao trabalho em estúdio do fadistaCamané, em 2008, teve antestreiano Cinema São Jorge, no âmbito dofestival DocLisboa.Bruno de Almeida filmou as horasque Camané passou nos EstúdiosValentim de Carvalho, em Paçod’Arcos, a gravar o álbum “Semprede mim”, editado em 2008, acom-panhando o processo criativo e acolaboração com José Mário

Branco, produtor e diretor musicaldo disco.No documentário, que terá estreianos cinemas a 23 de outubro, orealizador regista Camané a gravar,mas sobretudo a dialogar sobrefado com José Mário Branco, comos músicos e com Manuela de Frei-tas (autora de vários poemas musi-cados). “É importante que estejaali o Zé Mário”, afirma Camané nofilme, admitindo ser um “perfec-cionista exagerado” e sublinhando

que José Mário Branco o ajuda “aencontrar a verdade do fado”.O álbum “Sempre de mim” foi gra-vado com os músicos José ManuelNeto, Carlos Manuel Proença eCarlos Bica, e inclui, entre outros,“Sei de um rio” - cujo teledisco foirealizado por Bruno de Almeida -,“Este silêncio”, “Antes do grito” e“Lembra-te sempre de mim”.Bruno de Almeida filmou os “mo-mentos de intimidade” na gravaçãodaquele disco, que considera “um

dos mais extraordinários da músicaportuguesa de todos os tempos”, eque se aproxima de “Com quevoz”, de Amália Rodrigues, afirmana nota de intenções do documen-tário.Bruno de Almeida, que nasceu emParis e viveu em Nova Iorque, éautor de filmes como “Bobby Cas-sidy”, “The Lovebirds” - que incluia participação de Camané -, “Ope-ração Outono” e “Amália, Uma Es-tranha Forma de Vida”.

Fernando Tordo em ParisLusoJornal / Mário Cantarinha

le 22 octobre 2014

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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Edition nº 1 | Série III, du mercredi 05 Janeiro 2011 Hebdomadaire Franco-Portugais

Portugal sofre de um défice crónico da sua ba-lança comercial de produtos agroalimentares,importando mais de 40% das suas necessida-des nesta matéria. A balança comercial dosetor é largamente deficitária (-3,73 mil mi-lhões de euros em 2013), todavia a taxa de co-bertura tem vindo a melhorar, de formasustentada, nos últimos cinco anos, tendo pas-sado de 47,7% em 2009, para 57,8% em2013.O setor apresenta uma grande dispersão e pul-verização subsetorial e empresarial. A excessivaatomização do mesmo, com muitas empresasde pequena dimensão, dificulta a obtenção deefeitos de escala e também a capacidade denegociação numa área cada vez mais domi-nada pelas grandes cadeias de distribuição,como é salientado no Relatório PortugalFoods2012. A fragmentação do tecido empresarial,a par da dimensão do país que não se coadunacom o desenvolvimento de grandes exploraçõese o fraco peso negocial no mercado internacio-nal, tem conduzido algumas empresas para es-tratégias mais focadas em nichos de mercadoespecíficos, num processo de valorização e di-ferenciação dos produtos nacionais, nomeada-mente nos hortícolas, nas frutas, no vinho e noazeite, adaptando produtos ao gosto dos con-

sumidores e apresentando características ino-vadoras de modo a torná-los mais competiti-vos.Tendo em conta a reduzida dimensão do mer-cado, é cada vez mais necessária a orientaçãodas empresas portuguesas para o mercado in-ternacional. Aliás, agradável é de constatarque, entre 2012 e 2013, Portugal melhorousensivelmente o seu posicionamento como ex-portador de produtos agroalimentares, comuma parte do comércio que evoluiu de 0,42%para 0,47%, passando do 42° para o 38° lugarno ranking mundial.A produção nacional no setor agroalimentar éessencial ao controlo da dívida externa do país.A sua importância é grande, quer para fazer di-minuir o peso das importações, quer de formaa possibilitar uma progressão marginal das ex-portações, com criação de maiores valoresacrescentados, contribuindo assim para umadiminuição da dependência do exterior. Em2013, os agroalimentares concorreram em10,8% no total exportado. Neste contexto, aEspanha posiciona-se como 1º cliente dos pro-dutos agroalimentares portugueses, absorvendo34,3% das nossas vendas, mas a França, nãoobstante se tratar de uma enorme potênciamundial no setor agroalimentar, constitui onosso terceiro cliente, absorvendo 9,7% dasnossas exportações nesta área. A França ofe-

rece potencialidades em determinados nichospara certos produtos de qualidade, inovadorese adaptados ao mercado, em que, não é demais referir, uma população de Portugueses re-sidentes constitui igualmente uma rede impor-tantíssima de consumidores. Mas a apetênciapelos produtos nacionais ultrapassa o mercadodito da saudade, graças a uma ativa rede dedistribuidores instalada que promove e divulgaos produtos, de forma crescente, na grande dis-tribuição.A participação de mais de 90 empresas portu-guesas no SIAL, primeiro salão de inovaçãomundial do mundo, é um passo essencial naestratégia de consolidação, para umas, ou deabertura de novas portas, para outras, nesta tre-menda competição existente num mercado,hoje global, constituído por 6 mil milhões deindivíduos, 7 mil milhões no horizonte 2050,onde a inovação constitui o mais fiável, o maisprecioso dos sinais prospetivos. Ela será maisdo que nunca o motor de crescimento das em-presas que tomem parte neste desafio. Face àaceleração vertiginosa das necessidades dosconsumidores, a inovação impõe-se como umeixo estratégico central para perenizar e desen-volver a competitividade e prestígio das nossasempresas: uma delas, a Eco Gumelo, ganhouo primeiro prémio Frutos e Legumes da Inova-ção, atribuído pelo SIAL.

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LusoJornal le 22 octobre 2014 | Caderno especial Este caderno faz parte integrante do LusoJornal Edition nº 191 | Série II

um dossier coordenadopor José de paiva

O Luso jornal agradece a amável disponi-bilidade de José de Paiva para a realizaçãodeste dossier especial sobre o SIAL.Justifica-se este destaque já que partici-pam neste salão cerca de 80 empresas eentidades portuguesas, apresentando oque de melhor se faz no país.Num contexto de crise em que, cada vezmais, se fala de crescimento, de balançacomercial e de divida, convém fazer umaanálise sobre a relação comercial entre osnossos dois países.José de Paiva é economista, licenciadopelo ISCEF (Instituto Superior de CiênciasEconómicas e Financeiras) e frequentouigualmente um curso de Marketing pro-posto pela Universidade de Harvard.Trabalhou muitos anos no ICEP, como Di-retor-adjunto e tem por consequência umalarga experiência nesta matéria.Atualmente é Consultor de Empresas eCônsul Honorário de Portugal em Orléans.

Setor agroalimentar de Portugal

siaL - inDústria agroaLimentar

Por José de Paiva

Qualidade e inovação dinamizam exportações

e s p e C i a L

O SIAL é o maior Salão mundial para o setoragroalimentar. Fora a forte notoriedade dafeira, os dados são eloquentes: 6.300 expo-sitores dos quais 84% internacionais e maisde 150.000 visitantes de 105 países e260.000 metros quadrados de exposição (8halls). Desde 2012, o SIAL integrou a feiraIPA (equipamentos/máquinas para os proces-sos alimentares) que se tornou hoje num dossetores da feira denominado “Equipamentos,

tecnologias e serviços” localizado no hall n°7.Esta edição conta com a presença de 81 em-presas e entidades portugueses o que fazdeste evento uma das feiras profissionais emFrança com mais expositores nacionais. Entreos produtos frescos, congelados, cozinhados,especiarias, carnes, bebidas e algumas em-presas na área dos processos, este certameagrupa um painel largo da oferta portuguesasdo setor alimentar e agroalimentar. Fora as

presenças individuais, este ano, três organis-mos apoiam o essencial da presença indus-trial lusa na promoção dos seus produtos emParis: a Portugal Foods, a ACOPE e a CAP.As associações agrupam cerca de 65% dapresença portuguesa nesta feira.

De 19 a 23 de outubroParc des ExpositionsParis-Nord Villepinte

uma das feiras profissionais em Françacom mais expositores nacionais

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Comércio internacional português no ramo agroalimentar

Segundo dados do Instituto Nacionalde Estatística, em 2013 as exporta-ções portuguesas de produtos agroa-limentares aproximaram-se dos 5,2mil milhões de euros, um aumento de9,2% relativamente ao ano anterior,enquanto que as respetivas importa-ções ultrapassaram 8,8 mil milhõesde euros, numa variação de 4,1%, emigual período.Não obstante a forte progressão dasexportações, o défice comercial na ba-lança portuguesa de agroalimentaresregistou um ligeiro agravamento, si-

tuando-se em -3,7 mil milhões deeuros, valor muito próximo do regis-tado no ano anterior.É de assinalar, no entanto, uma ten-dência positiva para Portugal quantoà evolução da sua dependência do es-trangeiro, traduzida por uma variaçãofavorável da taxa de cobertura nos úl-timos cinco anos em análise que ga-nhou dez pontos percentuais,passando de 47,7% em 2009, para57,8% em 2013, graças a uma pro-gressão mais rápida das saídas quedas entradas.

Ligeiro aumento do défice da balança comercial

principais exportações e importações, por países

A Espanha é, com larga vantagem,o primeiro cliente de Portugal absor-vendo 34% das nossas vendas. AFrança ocupa o terceiro lugar no ran-king dos clientes de Portugal, com

uma quota de mercado de 10%, de-pois de Angola, na segunda posição,com uma quota de mercado de14%, num cenário em que cincopaíses preenchem 70% das expor-

tações nacionais (Espanha, Angola,França, Brasil e Reino Unido).Em matéria de importações, 47%,ou seja quase metade do total, pro-vêm da vizinha Espanha. Neste con-

texto, a posição da França é rele-vante pois que ocupa a segunda po-sição, representando 9% das nossascompras ao estrangeiro. Tal comopara as exportações nacionais, idên-

tico número de países (Espanha,França, Holanda, Brasil e Alema-nha) contribuem igualmente com70% no total importado pelo nossopaís.

PORTUGALEVOLUÇÃODA BALANÇAAGROALIMENTAR

2009-2013

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trocas comerciais de portugal por produtos

Os principais produtos exportados porPortugal são “Bebidas” (21,4% dequota de mercado), em segundo lugar“Peixes e crustáceos” (11,4% dequota) e, na terceira posição “Gordurase óleos animais ou vegetais” (10,4%).Neste último capítulo, cujas exporta-ções progrediram de quase 22% em2013, encontra-se o azeite, que foi,marginalmente, um forte impulsiona-

dor das vendas para o estrangeiro. Nocapítulo “Bebidas”, os vinhos (in-cluindo o vinho do Porto) representam65% do total exportado, as cervejas18,1% e águas menos de 2%.De notar ainda, apesar de valores abso-lutos menos significativos, os contribu-tos no setor frutícola, quertransformados (7,6% de quota de mer-cado), quer frescos (6,6% de quota).

São ainda de assinalar as exportaçõesde “Leite e derivados, mel”, com umaquota de mercado de 6,4%, assimcomo de “Conservas” (6,3% de quota),essencialmente conservas de peixe.Os três primeiros capítulos das impor-tações nacionais são “Peixes”, “Car-nes” e “Cereais”. Estes três gruposrepresentam, por si sós, 33% das im-portações globais, donde se constata a

forte dependência do exterior, tratando-se de bens essenciais.Apesar do seu posicionamento líquidocomo exportador de peixe, Portugal é,portanto, fortemente dependente do ex-terior neste capítulo, o que se explicapelo facto de, maioritariamente, se tra-tar de produtos tidos como matéria-prima para transformação e elaboraçãode conservas ou destinados à secagem,

como é o caso do bacalhau, importadoem grandes quantidades. Em segundolugar, o capítulo das “Carnes” repre-senta 10,1% das nossas importações eem terceiro, os “Cereais” contribuemcom 8,5%. O capítulo “Sementes eoleaginosas” é constituído essencial-mente por soja e derivados, assim comooutras sementes destinadas à agricul-tura.

Em análise

trocas comerciais com a França por produtos

As “Bebidas” constituem o capí-tulo mais importante das nossasvendas para França, com 27,1%do total exportado, o equivalente a134 milhões de euros. Em se-gundo lugar no ranking, é de regis-tar o notável posicionamento das

nossas vendas de “Frutos frescos”,com 61 milhões de euros e umaquota de mercado de 12,4%, en-quanto que o capítulo das “Conser-vas”, essencialmente de peixe,com 58 milhões de euros e umaquota de mercado de 11,7% ocupa

a terceira posição. As “Conservasde frutos e hortícolas” vêm emquarta posição, uma quota de mer-cado de 9,8%, de assinalar igual-mente.No que se refere às compras dePortugal, são os “Cereais” (milho,

trigo) que dominam largamente ejustificam a elevada dependênciade Portugal nesta área, represen-tando, em 2013, 24,6% do totaldas compras de agroalimentaresfeitas à França. “Leite e derivados”ocupam a segunda posição, com

uma quota de mercado de 11,7%.Outros com “Preparações de ce-reais”, “Produtos hortícolas”,“Leite e derivados”, “Carnes” se-guem-se-lhes, com quotas de mer-cado de 8,8%, 7% e 6,6%,respetivamente.

Balança comercial do setor agroalimentar com FrançaAs vendas de produtos agroalimenta-res para França totalizaram em 2013praticamente 494,3 milhões deeuros, um aumento de 3,1% relativa-mente ao ano precedente, enquantoque as nossas compras a este país ul-trapassaram os 767,4 milhões deeuros, um aumento de 5,7%, o quese traduziu por um ligeiro agrava-mento do saldo da balança agroali-

mentar entre Portugal e França que,assim, passou de -246,9 milhões deeuros em 2012 para -273,1 milhões,em 2013.No entanto, é de realçar uma nítidamelhoria para Portugal na evolução dabalança agroalimentar entre os doispaíses, com uma notável redução dodéfice que passou de -417 para -273milhões de euros nos últimos cinco

anos e uma taxa de cobertura quepassou de 47% para 64,4% nesse in-tervalo, traduzindo-se por um ganhode mais de 17 pontos percentuais.Em 2013, as vendas portuguesas deagroalimentares para França represen-tam 9% do total exportado para estepaís. As importações provenientes deFrança representam, por sua vez,20% das nossas compras respetivas.

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pescado português emdestaque nasiaL paris

São oito as empresas portuguesasde pescado que representam o me-lhor do mercado luso num standconjunto, na SIAL Paris.A ACOPE - Associação Nacionalde Comerciantes de Pescado é aimpulsionadora da ação de pro-moção das empresas portuguesasde pescado em mercados exter-nos. O stand português com a lo-calização 6F 056 oferece umavasta oferta de produtos da pesca,desde pescado fresco, congelado,passando pelo marisco e pelo “fielamigo” bacalhau.Além do diversificado programaque o stand português pretendedivulgar durante o evento, é aindapossível degustar alguns dos pro-dutos em exposição, através doshow cooking dirigido pelo ChefLuís Marques.

portugalFoodsest le clusteragro-alimentaireportugais

Certifié par le Ministère de l’Éco-nomie portugais, PortugalFoodsest une association composée pardes universités et des entreprises(principalement des PME), quicomptabilise 100 membres.La mission de PortugalFoods estde renforcer la compétitivité del’industrie alimentaire dans sonsecteur, en augmentant l’indicetechnologique des entreprises, enencourageant la production et latransmission des connaissances etson application en vue de la valo-risation et la différenciation desproduits alimentaires, et en stimu-lant l’innovation, la compétitivité etl’internationalisation.Les activités de PortugalFoods serépartissent actuellement en deuxsecteurs principaux:Innovation. Plusieurs projets pha-res se basent sur l’innovation, àsavoir: NovelTec, qui concerne lesnouvelles technologies, le traite-ment ohmique et à haute pres-sion; CleanPlant, axé sur lavalorisation de sous-produits issusde la transformation alimentaire;Nutrilife, la promotion des ali-ments fonctionnels.Internationalisation. Ce secteur estcentré sur l’internationalisation etagit au niveau national et interna-tional, en encourageant l’interna-tionalisation des entreprisesportugaises et leurs produits pardes salons professionnels (foires),des missions au Portugal et àl’étranger et des actions promo-tionnelles.

emsíntese

“o setor agroalimentar em portugal tem crescido”

O Secretário de Estado da Alimenta-ção e da Investigação Agroalimentar,Nuno Vieira e Brito, visitou no do-mingo passado as empresas portu-guesas presentes no SIAL. Estavaacompanhado por Pedro Ortigão Cor-reia, Administrador da AICEP, e porAntónio Silva, Diretor do Centro deNegócios da AICEP em Paris.Nuno Vieira e Brito visitou da parteda manhã uma parte dos 80 exposi-tores nacionais e completou a visitadurante a tarde.Na segunda-feira dia 20, à tarde, oSecretário de Estado da Alimentaçãoe da Investigação Agroalimentar vol-tou ao SIAL para a assinatura de umProtocolo entre a Portugal Foods e aFoodPolis da Coreia do Sul.

LusoJornal: Pelo que viu no Sial, quala sua opinião acerca desta presençaportuguesa reforçada nesta feira?Nuno Vieira e Brito: O setor do agroa-limentar em Portugal tem crescidonão só na valorização e inovação doproduto mas também na sua interna-cionalização. Esta feira demonstratudo isso, demonstra que Portugalolha para o agroalimentar duma ma-neira global, tenta encontrar as me-lhores feiras onde pode evidenciar assuas características e portanto fica-mos particularmente felizes com estapresença portuguesa naquilo que nósmelhor produzimos no setor.

LusoJornal: Que tipo de áreas de ne-gócios são mais exportáveis?Nuno Vieira e Brito: Portugal tem noseu setor do mar, uma das áreas maisimportantes nas exportações, tam-bém tem no setor do vinho, do azeiteou ainda nas frutas e horticultura.Encontramos sempre nos diferentessetores, bons exemplos de produtosde qualidade ou de inovação. Essen-cialmente nos setores que tem a vercom o mar, mas também temos asconservas, ou o azeite. Vimos aquibons exemplos como os caracóis -

não temos tradição nesse sentidomas cada vez mais em termos deprodutos transformados - como as so-bremesas. Notamos uma variaçãoimensa no setor agroalimentar apesarde termos áreas definidas muito pró-ximas da nossa cultura e do nossomeio mediterrânico e atlântico.Temos bons exemplos de outrasáreas em que não tínhamos tanta in-tervenção mas que conseguimos ex-portar igualmente. É de reparar quejá em 2014 os dados que temos daexportação cresceram mais de 5% eas taxas têm sido elevadas nos anospassados, e este ano mais se eviden-cia esse crescimento. É uma nova fi-losofia dos exportadores e novafilosofia do agroalimentar.

LusoJornal: Geralmente o acompa-nhamento faz-se pelo AICEP, qual éo seu papel aqui?Nuno Vieira e Brito: A nossa área de

intervenção do Governo, no Ministé-rio da Agricultura e Mar, tem muito aver com a abertura dos mercados, anossa parte de intervenção tem sidoa abertura de novos produtos e novosmercados. Observou-se o exemplo daabertura do mercado da carne doporco para o Japão que demorou 10anos e conseguimos finalizar esteano o dossier. Nota-se também quealgumas das nossas empresas já ex-portam de forma significativa para oJapão, e fazemos o acompanha-mento das empresas nos setores re-levantes. É importante haver apresença de um membro do Governonestas duas vertentes, por um lado oconforto prestado às empresas, isto éestamos com elas nesta política deinternacionalização e por outro ladoestamos com elas a avançar e tentar-mos perceber quais são os novosmercados e as novas diligências quetemos que fazer para continuarmos a

ter este crescimento de taxas querneste setor, quer na exportação.

LusoJornal: Uma parte das empresasportuguesas estão aqui num pavilhãoconjunto da Foods Portugal. Outrasvêm de forma individual. Qual dasduas fórmulas lhe parece ser a maisinteressante?Nuno Vieira e Brito: Penso que aunião faz a força, e portanto nesseentendimento a marca Portugaltem que ser uma marca bem evi-denciada sobre o ponto de vista daqualidade, de diversidade do pro-duto e da segurança alimentar.Quanto mais potenciarmos umamarca Portugal e quanto mais nosunirmos nessa marca Portugal,mais as empresas sairão beneficia-das. Acho que o chapéu Portugal éum chapéu fundamental para umapresença relevante nesta e noutrasfeiras agroalimentares.

Secretário de Estado do Comércio visitou o SIAL

Por Carlos Pereira

gumelo vence prémio no siaL na categoriafrutas e produtos hortícolasA Gumelo, empresa aderente ao pro-grama “Portugal Sou Eu”, recebeu,no dia 20 de outubro, em Paris, oprémio “SIAL Innovation 2014”para a categoria frutas e produtoshortícolas, no âmbito da participaçãocoletiva de empresas nacionais quea CAP - Confederação dos Agriculto-res de Portugal promoveu na SIALParis.Localizada em Almeirim, a Gumeloé uma empresa que produz, desde2012, cogumelos, utilizando a borrade café como substrato.A SIAL, que se realiza no Parque deexposições de Paris Villepinte, de 19a 23 de outubro, celebra este ano oseu 50º aniversário, sendo conside-rada uma das feiras mais importan-tes do setor da alimentação a nível

mundial. Para a edição deste ano sãoesperados mais de 6.000 exposito-res e 150.000 visitantes de 200 paí-ses.Para a CAP, que organiza a partici-pação das empresas nacionais naSIAL, no âmbito do programa deapoio à internacionalização da fileiraagroalimentar, “este prémio revela apotencialidade das empresas portu-guesas no que toca à inovação e àforma de explorar com sucesso novasideias”.O programa “Portugal Sou Eu” foilançado em dezembro de 2012 peloGoverno de Portugal para melhorar acompetitividade das empresas portu-guesas, promover o equilíbrio da ba-lança comercial, combater odesemprego e contribuir para o cres-

cimento sustentado da economia.São já várias as figuras públicas dediversos quadrantes da sociedadeportuguesa que aceitaram o convitedo Ministério da Economia paraserem Embaixadoras do projeto, con-tribuindo com os seus testemunhose presença em eventos para divulgaros objetivos económicos e sociais doprograma: Carlos Coelho, CarolinaPiteira, Cláudia Vieira, Cristina Fer-reira, Cuca Roseta, Fernanda Freitas,Fernando Gomes, Henrique Sá Pes-soa, João Manzarra, Júlio Isidro,Júlio Magalhães, Justa Nobre, LuísBuchinho, Luís Onofre e Vítor Sobral.Até ao momento estão qualificadoscom o selo “Portugal Sou Eu” maisde 2 mil produtos que, no seu con-junto, representam um volume de

negócios agregado superior a 1,3 milmilhões de euros. A grande maioriados produtos tem patentes e/ou mar-cas registadas e 73% integra o setorda alimentação e bebidas.No portal www.portugalsoueu.ptestão registadas mais de 1000 em-presas nacionais, cujos produtosestão em processo de qualificação.A iniciativa tem financiamento doprograma Compete e é gerida por umórgão operacional, formado pela As-sociação Empresarial de Portugal(AEP), Associação Industrial Portu-guesa - Câmara de Comércio e In-dústria (AIP-CCI), Confederação dosAgricultores de Portugal (CAP) e peloIAPMEI - Agência para a Competiti-vidade e Inovação, IP, a quem com-pete coordenar este mesmo órgão.

Empresa aderente ao “Portugal Sou Eu” distinguida em Paris

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Nuno Vieira e Brito visitou o SIAL em ParisLusoJornal / Carlos Pereira

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19Cultura

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peças de arte islâmica de mértola no museudo Louvre

Nove peças da coleção de arte islâ-mica do Museu de Mértola, no BaixoAlentejo, integram uma exposiçãotemporária que é apresentada a partirdesta semana no Museu do Louvre,em Paris.A exposição “Le Maroc Medieval - Unempire de l’Afrique à l’Espagne”, queintegra peças de vários países, comoPortugal, vai estar patente ao públicono Hall Napoléon do Museu do Louvreaté ao dia 19 de janeiro de 2015.A exposição vai estar patente “num es-paço privilegiado do prestigiadoMuseu do Louvre, um dos mais visita-dos do mundo, o que constitui um im-portante meio de divulgação do acervoe do trabalho que se tem vindo a de-senvolver no Museu de Mértola nas úl-timas décadas”, frisa a autarquia.Segundo o município de Mértola, a ex-posição “mostra alguns objetos de ex-celência, que, em termos artísticos etécnicos, ilustram o apogeu do mundoislâmico ocidental, entre os séculos XIe XV d.C., em áreas como decoraçãoaplicada à arquitetura, têxteis, marfins,metais e cerâmica.Desta forma, a exposição, organizadapelo Museu do Louvre e pela Funda-ção Nacional dos Museus de Marro-cos, pretende dar a conhecer “umacivilização que se encontrava no cen-tro das redes diplomáticas e de comér-cio da altura”.Para a exposição, indica a autarquia,o Museu de Mértola disponibilizounove peças representativas do períodoislâmico, datadas do século XII e 1ªmetade do século XIII d.C., as quais“ilustram a importância do acervo” donúcleo museológico.Entre as nove peças, precisa o muni-cípio, destaca-se uma talha de cerâ-mica estampilhada, vários objetosdecorados com a técnica da cordaseca, com “principal destaque” paraum prato decorado com uma gazela,e um prato de bronze em que o motivodecorativo central é um medalhão quecircunda duas gazelas com pescoçosentrelaçados.

Homenagem a Fernando Cruzgomes

O Presidente da Associação Interna-cional de Jornalistas, antigo jornalistada agência Lusa e atual Diretor do se-manário ABC no Canadá, foi agraciadodomingo passado com a Ordem do In-fante D. Henrique, numa cerimóniaque contou com a presença do Secre-tário de Estádio das ComunidadesPortuguesas.Fernando Cruz Gomes, de 74 anos, énatural de Pampilhosa da Serra(Coimbra).

tournée mondiale de Cristina Branco faitescale à Faches-thumesnil

Ce n’est pas nouveau, le fado s’inter-nationalise. La preuve étant le nombrecroissant d’artistes de ce noble artportugais, qui parcourent le monde entournée mondiale. Un des exemplesétant Cristina Branco qui termine le11 décembre, au Centre Culturel deBelém, à Lisboa, une année devoyages à travers le monde, dont lesthèmes de son spectacle sont tirés deson tripe CD «Idealist».Cristina Branco n’a jamais vécu enHollande, toutefois c’est là que sa car-rière débute en 1996. Tout va allertrès vite et le succès avec. En 18 ansde carrière, 19 albums ont été édités.Dès 1999 elle reçoit le Prix Choc dela revue «Le Monde de la Musique»pour le meilleur disque de «Musiquesdu Monde». En 2000 elle fait 130concerts!A la sortie du spectacle de Faches-Thumesnil, on s’est posé la questionsi c’est du fado que Cristina Brancochante. Les uns diront oui, d’autresnon. Elle-même se défini comme unechanteuse de fado, sans être fadiste.Mais qu’est-ce le fado?L’année passée à la même époque,Ana Moura nous disait à Tourcoing,qu’il n’y a pas un fado, mais 200 ma-nières de le chanter et de le faire vivre.Dimanche 12 octobre, aux Arcades deFaches-Thumesnil, dans une salle ar-chicomble, il y a eu du fado et surtoutun grand moment de poésie. Ce futun concert intimiste. L’artiste a par-tagé ses émotions avec un public quil’a écouté quand elle chantait, maisaussi quand elle parlait du thème

qu’elle venait de chanter ou qu’elle al-lait chanter.Cristina Branco, après presque deuxdécennies de carrière, est encoreétonnée par tout ce qui lui arrive. Ellese sent bien dans sa peau de chan-teuse de ce «nouveau fado», avec savoix très feutrée et profonde à la fois.On entend ce qu’elle chante, cequ’elle dit et on sent les émotionsqu’elle souhaite transmettre au pu-blic, à son public.Pendant toutes ces années, elle a ap-pris, elle a fait évoluer son fado. Deson spectacle de 2004 à Béthune,nous avons gardé également en mé-

moire, à part son art, le moment ma-gique quand Custódio Castelo, toutseul à la guitare portugaise, a donnéevoix à sa guitare… moment unique,merveilleux moment. En 2014 elle sefait accompagner par Ricardo Dias aupiano, Bernardo Couto à la guitareportugaise et Bernardo Moreira à labasse.Cristina Branco sait donner au fadodes airs de tango, des airs brésiliens…Elle se joue des mots. La voix, la poé-sie et la musique ne font qu’un. Ellerécite de la poésie en chantant, sousdes airs de Fausto, de Zeca Afonso, deDavid Mourão Ferreira et bien d’au-

tres.Que d’émotions. On a presque lalarme à l’œil quand elle chante, ac-compagnée au piano, la berceuse«Canção de embalar», là où elle dit,là où elle chante «combien de fois lesmères chantent, alors qu’elles ontenvie de pleurer». Les thèmes partir,revenir, la mer, le partage, saudade,nostalgie, sont constamment pré-sents. Toutefois elle dit à son public«je vais chanter un fado triste, mais jeveux vous voir sourire». Elle chante «situ parts, ne pleure pas pour moi», elles’adresse ainsi à quelqu’un qu’elleaime, mais également à son public.Le Fado est une forme de nostalgie,Cristina Branco la joue égalementdans l’humour quand elle s’adresse àses musiciens qu’elle aime.La vie et la dignité l’émeut, à l’exem-ple de la chanson «Lettre d’Afrique»de Zeca Afonso tirée de son album«Avril».On la sent très proche de la nature.Elle la chante, elle en parle, elle la dé-fend. La nature qui peut égalementêtre la femme qui attend son amour,le marin qui vient et qui repart.L’amour c’est également un espoir…il va, il vient. Elle nous parle d’amouren jouant avec les mots «tic… tac…», chanson très entrainante.Les spectateurs en la faisant revenirsur scène à la fin de son spectacle,ont eu droit à entendre des thèmesdits de «fado menor».De ce spectacle de Faches-Thumes-nil, tous garderons en mémoire le sou-venir d’un très bon moment dechanson, de fado, interprété par uneartiste dans la plénitude de son art.

Cristina Branco: Fado ou poésie?

Par António Marrucho

nouvel album de Céline avec un son ‘sertanejo’

«Chega de Bla Bla Bla» c’est le titredu nouvel album de Céline qui arriveen France à la fin du mois d’octobre.Une expression bien brésilienne, maisinterprétée par la jolie lusodescen-dante qui maintient son style bien por-tugais!Un album qui marque un grand chan-gement de style de la jeune chan-teuse, puisqu’elle offre ici un genremusical différent de celui que nousétions habitués.«C’est un changement radical,j’adopte un style populaire et joyeux dela région du Sertão, au Brésil, qui m’abeaucoup plu et influencée pour cenouveau projet, que je dois avouer mefaisait un peu peur au début», déclare-t-elle.Céline travaille pendant un peu plusd’un an sur cet album et surprend parl’originalité et le changement de style.Son public fidèle et ses fans s’interro-gent alors, mais très vite se laissent sé-duire par les 10 titres ici proposés:«Agarra, Agarra», «Gostoso e Bom»,«Vida Louca» ou encore «Estou mo-rando sozinha», tous chantés en por-tugais. «Plusieurs voyages au fin fonddu Brésil m’ont permis de faire des

rencontres et de découvrir des lieuxmagnifiques. Cet album a pris sontemps pour sortir, mais finalement jesuis fière du résultat», dit-elle avecsimplicité.C’est avec son manager, Nicky Lemos,que la jeune chanteuse avance avecson album. Après «Tua Princesa»,«Caramelo e Chocolate», «MexeMais», finalement «Chega de Bla BlaBla» vient de confirmer son évolutionprofessionnelle et son statut en tant

que chanteuse professionnelle.Bien que la musique reste «unhobby», Céline dédie tout son tempsdisponible à la scène. «J’aimerais vivrede la musique mais de nos jours c’estplutôt difficile, heureusement je tra-vaille dans une entreprise familiale etje peux me libérer facilement», avoue-t-elle.Enregistré cette fois-ci en France, dansle studio K-Lypso, Céline a cependantchoisi le Portugal pour faire connaître

d’abord son album, l’été dernier. Elleentame alors une mini tournée surplace et enchaîne la promotion de sontravail artistique dans les radios et leschaînes de télévision portugaises. Sonagenda se rempli doucement mais sû-rement, en France et en Europequelques dates sont déjà program-mées en début 2015. «En ce momentc’est une période creuse, alors j’enprofite pour faire la promotion et mepréparer pour mes spectacles, notam-ment celui de fin d’année àBruxelles», dit-elle au LusoJornal.Le milieu associatif connaît déjà bienla chanteuse, mais elle a aussi étéconviée pour animer divers galas ausein de la Communauté. «Des foisaussi je sors du contexte portugais, cequi me permet d’ouvrir d’autres porteset d’aller à la rencontre d’un public dif-férent». Céline ne rêve pas d’Olympiani d’une carrière fulgurante, elle ditjuste vouloir continuer son petit rêve,tout en partageant sa passion avec sesfans de plus en plus nombreux. Savoix pétillante et sa sympathie attirentun public de tout âge, en attendant depouvoir s’acheter son album, vouspouvez d’ores et déjà le trouver sur lesplateformes de téléchargement.www.celinemusica.com

«Chega de Bla Bla Bla»

Par Clara Teixeira

le 22 octobre 2014

Cristina Branco avec ses musiciens à Faches-ThumesnilLusoJornal / António Marrucho

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20 Cultura

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Benjamim marques homenageado em Lisboa

O artista Benjamim Marques, fale-cido em 2012, em Paris, vai serhomenageado numa exposição in-titulada “Galáxias e Dada-Zen”que foi inaugurada na terça-feira,na Perve Galeria de Alfama, emLisboa.De acordo com a Perve Galeria, aexposição apresenta obras empintura e desenho representativasdo percurso artístico de BenjamimMarques, algumas inéditas.Nascido em Lisboa, em 1938, fa-leceu em Paris, onde se exilou du-rante a ditadura de OliveiraSalazar, que lhe retirou a naciona-lidade portuguesa. Frequentou aEscola António Arroio, em Lisboa,e foi bolseiro da Fundação Ca-louste Gulbenkian, proposto porAlmada Negreiros para estudarpintura e História da Arte, soborientação de Maria Helena Vieirada Silva, em Paris.A obra do pintor é marcada pelomovimento Surrealista, tendomantido relações de amizade comvários artistas portugueses destaestética, nomeadamente MárioCesariny, Cruzeiro Seixas e IsabelMeyrelles.Benjamim Marques recebeu oPrémio de Pintura conferido pelaAcademia Francesa das BelasArtes.

exposição docasal Delaunayno Centro dearte moderna

Uma exposição dedicada ao casalRobert e Sonia Delaunay, que serefugiou em Portugal, faz parte dapróxima temporada do Centro deArte Moderna (CAM) da FundaçãoCalouste Gulbenkian.A temporada do CAM para 2015foi apresentada pela Diretora Isa-bel Carlos, que destacou a mostra“O Circulo Delaunay”, previstapara novembro de 2015 a feve-reiro de 2016.Os artistas franceses Sonia (de ori-gem russa) e Robert Delaunay játinham tido contacto com Portu-gueses em Paris - como Amadeode Souza-Cardoso, Eduardo Vianae José Pacheko - antes de se re-fugiarem em Portugal, em 1915,durante a Grande Guerra de1914-18.De acordo com a diretora do CAM,esta exposição irá apresentarnovas investigações sobre as rela-ções dos Delaunay com os artistasportugueses, sobretudo Souza-Cardoso.

emsíntese

mário Cantarinha expôs fotografias das Beiras

O fotógrafo Mário Cantarinha expôsfotografias da Beira interior, duranteo Encontro das Associações Portu-guesas de França organizado no dia11 de outubro, no Hôtel de Ville deParis.A Beira interior foi a região que esteveem destaque durante o Encontro or-ganizado pela Coordenação das Cole-tividades Portuguesas de França(CCPF) e depois, à noite, no mesmoHôtel de Ville, durante a Gala da as-sociação Cap Magellan.No ano em que comemora 20 anosde exposições, Mário Cantarinha as-sume-se como autodidata. Fez a suaprimeira exposição em agosto de1994, no Museu dos Bombeiros deFolgosinho, aldeia de onde é originá-rio.Mário Alberto Cantarinha nasceu nodia 2 de junho de 1957. Passou a in-fância em Folgosinho, com os avósmaternos, tendo vindo ao encontrodos pais, emigrados em França,quando tinha 11 anos de idade.Sempre viveu em Chaville (92), ci-dade onde estudou, onde constituiufamília, onde nasceram os filhosBruno e Felipe e onde sempre traba-lhou.Mário Cantarinha é um apaixonadopor Portugal. Diz que conhece o paísde lés-a-lés. Percorre milhares de

quilómetros por ano, mas assumeque “há ainda muito para fotografar”.Depois das primeiras exposições emPortugal, no Museu dos Bombeirosde Folgosinho, no Pavilhão Polides-portivo dos Bombeiros de Folgosinho,na Sede da Junta de Freguesia damesma localidade ou na Galeria JoãoAbel Manta em Gouveia, Mário Can-tarinha assumiu como desafio mos-trar Portugal aos Franceses. Daícomeçar a mostrar as suas fotografias

no Liceu Hoteleiro Santos Dumontem Saint Cloud (92), na Galeria doAtrium em Chaville (92), no ColégioRobert Doisneau em Montrouge (92),no Consulado Geral de Portugal emParis e até na Galeria de Exposiçõesdo Santuário de Santa Teresa de Li-sieux. “Há muitos Franceses quedescobriram Portugal graças às mi-nhas fotografias” diz ao LusoJornal,semanário com o qual também cola-bora.

Por duas vezes já passou as frontei-ras: em setembro de 2005 para exporna Associação Zofingane União Lu-síada, na Suíça, e em julho de 2002para expor no Centro Cultural Portu-guês de Danbury, nos Estados Uni-dos.Mário Cantarinha queria ainda expor,até ao fim do ano, fotografias de 40personalidades portuguesas deFrança, por ocasião dos 40 anos do25 de abril.

Numa exposição organizada pela CCPF no Hôtel de Ville de Paris

Por Carlos Pereira

exposição assinala centenário do nascimentode antónio Dacosta na gulbenkianUma exposição sobre a obra de An-tónio Dacosta (1914-1990), comobras inéditas e outras menos conhe-cidas do público, assinala, desde asemana passada, o centenário do ar-tista na Fundação Calouste Gulben-kian, em Lisboa.A exposição “António Dacosta 1914| 2014” tem curadoria de José LuísPorfírio e fica patente até 25 de ja-neiro de 2015, no Centro de ArteModerna (CAM) da Gulbenkian.Com 135 obras de Dacosta, o per-curso da exposição abre com umaevocação do coelho do livro “Alice no

País das Maravilhas”, estudo conce-bido para o painel de azulejos queocupa as paredes da plataforma e dazona superior de acesso da estaçãodo Metro do Cais do Sodré (“Estouatrasado”).Reunindo documentação, ilustra-ções, bibliografia, iconografia, dese-nhos e apontamentos, a exposiçãotem obras inéditas e outras menosconhecidas do público.O objetivo da mostra, no âmbito docentenário do artista, poeta e críticode arte, é dar uma imagem de con-junto da obra, combinando núcleos

demarcados no tempo, como a fasesurrealista dos anos de 1940.Em simultâneo, é disponibilizado ocatálogo de toda a obra do pintor,com imagens e documentos de con-textualização - o catálogo “raisonné”de António Dacosta -, o primeiro dogénero a ficar “online”, em Portugal,e um dos primeiros a nível mundial,de acordo com os responsáveis doCAM.Nascido em 1914, em Angra do He-roísmo, nos Açores, António Dacostateve uma fase artística marcada peloSurrealismo, entre 1939 e 1948,

afirmando-se uma figura de referên-cia neste movimento, em Portugal.Em 1947, fixou residência em Paris,onde realizou pinturas que o aproxi-maram da arte abstrata, seguindo-sedepois um hiato de cerca de 30anos, em que interrompeu quase porcompleto a prática artística, dedi-cando-se à crítica de arte.Retomou a pintura no final da dé-cada de 1970, data a partir da qualrealizou várias obras, adquirindo visi-bilidade na década de 1980. AntónioDacosta faleceu em Paris, em de-zembro de 1990.

Pintor fixou residência em Paris em 1947, cidade onde morreu em 1990

le 22 octobre 2014

artista francesa perrine Lacroix usa tradiçãooleira alentejana e expõe em ÉvoraA tradição oleira de São Pedro do Cor-val, no concelho de Reguengos deMonsaraz, é a inspiração para a expo-sição “Dormente de Mó”, da artistafrancesa Perrine Lacroix, que foi inau-gurada, na sexta-feira da semana pas-sada, em Évora.A mostra vai estar patente até ao dia17 de novembro, na Casa de Burgos,no centro histórico de Évora e sededa Direção Regional de Cultura doAlentejo, sendo promovida no âm-bito do projeto Trienal no Alentejo(TnA).

A instalação, concebida a partir deuma residência da artista na região,no ano passado, faz uso da tradiçãooleira de São Pedro do Corval eexpõe “vasos de cerâmica num fluxocontínuo que simboliza o patrimóniocultural presente nos objetos arqueo-lógicos”, explicou a TnA.A partir de uma abertura no fundo dasala “é exposto um fluxo de potesquebrados que desliza para o chão,como se saísse de um forno ou emer-gisse de escavações arqueológicas nosubsolo”.

Esse fluxo de potes de argila “ocupao espaço, simbolizando uma medidatemporal que reconstrói a História”,acrescentaram os promotores, refe-rindo que o trabalho vai poder ser vi-sitado na sala de estilo gótico-mudéjarno piso térreo da Casa de Burgos.Quanto ao título escolhido, “Dormentede Mó”, segundo a TnA, é a expressãoarqueológica utilizada para identificara base dormente de uma mó pré-his-tórica. Além disso trata-se do “nomedado ao menir 52 do cromeleque dosAlmendres”, nas imediações e Évora,

“denominado tradicionalmente ‘sítiodas pedras talhas’, sítio das pedrasem forma de um grande vaso”.A par de uma visita à olaria do Corval,a artista francesa, quando esteve noAlentejo, deslocou-se ao recinto me-galítico dos Almendres, “o maior con-junto de menires estruturados daPenínsula Ibérica”, lembrou a TnA.Perrine Lacroix estudou na Escola Su-perior de Artes Decorativas de Paris efoi Diretora do Museu de Arte Con-temporânea de Meyzieu, de 2000 a2004.

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21Cultura

“Horizontes” da fotografia europeiano Centro Calouste gulbenkian de paris

Doze fotógrafos europeus, incluindoos portugueses Patrícia Almeida eAndré Cepeda, apresentam o seuolhar sobre a Europa na exposição“Horizontes”, de 22 de outubro a 20de dezembro, no Centro Calouste Gul-benkian em Paris.A mostra faz parte da segunda ediçãodo European Photo Exhibition Award,um projeto organizado, de dois emdois anos, pela Gulbenkian e três ou-tras fundações europeias - a italianaFondazione Banca del Monte diLucca, a norueguesa InstitusjonenFritt Ord e a alemã Körber-Stiftung.O tema desta edição é “o novo so-cial”, um conceito que “tem a vercom os novos movimentos sociais masque, ao mesmo tempo, lida com ve-lhos problemas sociais como a po-breza”, explicou à Lusa Sérgio Mah,um dos quatro curadores do projeto.“A ideia é abordar e convocar realida-des sociais na Europa que sejammuito distintas e fotógrafos que te-nham origens e histórias de vidamuito diferentes para que a exposiçãotente dar uma perspetiva panorâmica,ampla e complexa da história contem-porânea da Europa”, resumiu o Co-missário escolhido pela Gulbenkian.A exposição propõe, também, “uma

perspetiva muito eclética da fotogra-fia” com trabalhos de paisagens urba-nas, retratos, reportagens, imagens“mais diarísticas, líricas e subjetivas”e até instalações.A artista Patrícia Almeida apresentauma parede forrada com capas de jor-nais franceses em que todas as foto-grafias e ilustrações estão tapadascom tinta preta e, no chão, há paletescom páginas de fotografias e textos àespera que o público as junte e astransforme numa publicação.

As imagens impressas saíram de umworkshop feito com alunos que rein-terpretaram fotografias imortalizadasnos jornais, sobretudo de figuras polí-ticas, questionando, ao mesmotempo, a autoria da obra já que as fo-tografias foram feitas coletivamente.Depois, há a parede forrada a jornaisque não se trata tanto de “um ato ico-noclasta de destruição” mas antes dealgo “terapêutico face à sobrecarga deinformação”, explicou Patrícia Al-meida à Lusa durante a montagem da

exposição.O trabalho faz parte do projeto “Aminha vida vai mudar” e resulta dacriação de um arquivo com recortesdiários de jornais entre 2011 e 2013,devendo o trabalho final ser editadoem livro até ao final do ano.Por sua vez, o fotógrafo André Cepedaquestionou “o que é o novo socialquando existem coisas como o de-semprego e a falência, seja ela econó-mica, de uma sociedade, de umacidade ou de um país”.

As imagens de Cepeda centram-se noPorto, estão impregnadas “de umcerto silêncio” e apresentam fragmen-tos físicos da cidade e retratos de ha-bitantes carregados de uma certamelancolia.“Aquilo que me marca e que mechoca é esta realidade com a qual meconfronto todos os dias, o lutar pelavida, os sonhos que desaparecem, aspessoas que têm que emigrar, as coi-sas que fecham...”, descreveu AndréCepeda à Lusa.Para o Comissário Sérgio Mah, asimagens do fotógrafo português são“pequenos indícios de um mundo quedesapareceu à espera de uma novaesperança”, a lembrar uma versãocontemporânea das fotografias “davelha Paris que estava a ser abando-nada” de Eugène Atget.A mostra “Horizontes” já passou, esteano, pelo Nobel Peace Center, emOslo, e pelo centro da FondazioneBanca del Monte di Lucca, seguindopara o Deichtorhallen - Centro Inter-nacional de Arte e Fotografia de Ham-burgo, na Alemanha, de 24 de abril a7 de junho.

Fondation Calouste Gulbenkian Délégation en France39 boulevard de la Tour Maubourg75007 Paris

Com a participação de Patrícia Almeida e André Cepeda

Por Carina Branco / Lusa

le 22 octobre 2014

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LusoJornal / Carina Branco

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22 Cultura

lusojornal.com

peça de altina ribeiro subiu ao palco deneuilly com nova adaptação

O grupo de teatro “Os Sugos” de Fon-tenay-sous-Bois, apresentou no sábadopassado, no Théâtre de Neuilly, emNeuilly-sur-Seine (92), uma novaadaptação teatral do livro “Le fado pourseul bagage”, encenado por SuzanaJoaquim Maudslay.Mais de 500 pessoas encheram o tea-tro e é de destacar a presença de mui-tos franceses.Altina Ribeiro, a autora do livro “LeFado pour seul bagage” estava na pri-meira fila. “É muito emocionante veruma parte da minha vida e da vida daminha família no palco” confessou aoLusoJornal. Mas esta já não foi a pri-meira vez que Altina Ribeiro viu o seuprimeiro livro transposto para teatro. Aprimeira adaptação foi feita em 2006pelo mesmo grupo de teatro. “Já foramfeitas 9 representações na região deParis” lembra a autora.“A primeira adaptação era muito maislinear, os atores limitavam-se pratica-mente a dizer as réplicas do livro” ex-plica a encenadora Suzana JoaquimMaudslay. “Desta vez mudámos tudo.Introduzimos diálogos, é muito maisdinâmico, criámos uma história entreas diferentes personagens da peça. E

penso que esta adaptação deixa maisespaço para pensar noutras imigra-ções”.Altina Ribeiro adorou. “Tem mais vida,mais energia. É o mesmo grupo, osmesmos atores, mas o espetáculo éoutro”. Entre as duas adaptações dapeça, também Altina Ribeiro publicouuma nova versão do livro.A sala do Théâtre de Neuilly, onde jáforam organizadas grandes noites deteatro português, estava praticamentecheia. “O público ficou entusiasmado.Eu estava atenta à reação das pessoas,

vi a emoção na sala nos momentosmais emotivos e também ouvi os risosnos momentos mais alegres”.Suzana Joaquim Maudslay diz-se“contente” mas garante que “continuorecetiva a todo o tipo de críticas. As crí-ticas fazem-nos evoluir. Foi a primeiravez que estávamos a representar estapeça, há certamente muita coisa a me-lhorar” disse ao LusoJornal. Os atoresHenrique Cordeiro, Clara Joaquim,Cristina Joaquim, Tony Fernandes,Tânia Martins, Charlène Pereira, PascalNicol e Wilson Vieira certamente já

analisaram aquilo que correu menosbem para corrigir.“Esta é uma prenda que a Suzana mefaz. Para mim é uma prenda” corta Al-tina Ribeiro, lamentando não poderestar com toda a gente. “Eu gostava deestar com toda esta gente, mas reco-nheço que não é possível”.Quem também estava contente eraAna Isabel Leite, a jovem Presidenteda Associação Cultural Portuguesa deNeuilly-sur-Seine, organizadora do es-petáculo. “O público adorou, as pes-soas vieram dar-me os parabéns” disseao LusoJornal. “É difícil trazer as pes-soas ao teatro, mas ter 500 pessoas nasala é muito bom. Permite também de-mocratizar o teatro e permite que o pú-blico francês conheça melhor as raízesdos emigrantes”.Enquanto Ana Isabel Leite já está apreparar a próxima ação da coletivi-dade: a Festa das Castanhas, no pró-ximo dia 11 de novembro, SuzanaJoaquim Maudslay pensa já na pró-xima representação do espetáculo, emBrunoy, no dia 8 de novembro. “Esperopoder levar a peça a mais sítios. Porisso basta contactarem-nos. Nós temostodos um outro emprego, fazemos tea-tro por prazer” [email protected]

Mais de 500 pessoas assistiram à representação

Por Mário Cantarinha

Cinema: rui martins vai ser duplo de Brad pitt

Quem nunca sonhou com as stars deHollywood ou poder trabalhar juntodelas? O português Rui Martins fazdum sonho uma realidade, vestindo otraje do ator consagrado enquantoduplo nas rodagens de cinema.No quadro do seu trabalho, Rui Mar-tins arrisca a vida para substituir osatores, ao volante de um automóvel.Atualmente em plena rodagem dofilme “Correio de risco 4” (Transpor-teur) em França, Rui Martins já é umduplo habitual da equipa de produçãodo francês Luc Besson. O duplo por-tuguês já tinha participado no 1° e no2° episódio da saga do transportadorespecial, e neste 4° episódio é o duplode um polícia numa perseguição deautomóvel.“O filme já começou a ser rodado, es-sencialmente na região do Var, tam-bém em Paris, mas agora com asfortes tempestades que se abateramno sul do país, fomos obrigados a pararaté o tempo melhorar”, começa porexplicar Rui Martins.Mas o duplo continua ativo, recente-mente esteve nos circuitos de Le Manspara proceder a alguns testes de formaa preparar o seu próximo filme “Go likeHell”, onde irá substituir o célebre atoramericano, Brad Pitt.O filme conta a história de Henry FordII que durante os anos 60, reinventoua companhia Ford com a ajuda de umvisionário Lee Iacocca e de CarrollShelby, ex-Campeão que se tornoumecânico. Uma ressurreição que seconverteu numa forte rivalidade entre

a marca americana e o mito italiano,Ferrari, nas 24 Horas de Le Mans.A produção americana adiou o filmeque já devia ter começado há um mês.Rui Martins entra nas cenas mais ar-riscadas do piloto da Ferrari protago-nizado por Brad Pitt. “Nunca tive aoportunidade de o ver, e ser o duplo deum grande ator como este é o auge naminha carreira”, declara com orgulho.“Isto apenas é possível porque ascenas são filmadas em França, sefosse nos Estados Unidos seria difícil,pois há muitos duplos e que têm umestatuto quase tão importante como ospróprios atores, enquanto na Europa anossa profissão está mais escondida”disse ao LusoJornal.Rui Martins nasceu em Vila Nova deGaia e aos 2 anos de idade veio comos pais para Paris, onde morou muitosanos. A partir dos 16 anos começou a

interessar-se pela carreira de ator, aca-bando por especializar-se em acroba-cias automóveis e perseguições de altavelocidade em Cinema e Televisão,tanto na preparação e coordenaçãocomo na sua execução.Trabalhou ao longo de mais de 25anos com alguns dos melhores reali-zadores e atores, Europeus e America-nos. Do seu palmarés destacam-se ostrabalhos realizados em “Bourne Iden-tity - Identidade Desconhecida”, subs-tituindo, entre outros, Matt Damonnuma perseguição em alta velocidade,num mini, pelas ruas de Paris, “Mi-chel Vaillant”, onde protagoniza todasas cenas automóveis, e ainda os dasaga “Táxi” onde coordenou e partici-pou nalgumas das mais arriscadascenas automóveis que a indústria ci-nematográfica já viu, nomeadamenteconduzindo Sylvester Stallone numa

viagem em alta velocidade a partir doaeroporto.O duplo lamenta não poder exercer asua carreira enquanto ator, no entantotem a sorte de trabalhar em bons fil-mes e de encontrar vários atores co-nhecidos mundialmente. “Comosomos obrigados a trabalhar namesma cena, muitas vezes encon-tramo-nos à noite no hotel para falar etrocarmos impressões. Recordo queapós vários dias de filmagem comMatt Damon e Jason Statham acabá-mos por ter alguma cumplicidade”.As tecnologias e as medidas de segu-rança evoluíram imenso estes últimosanos, Mas o impacto pode ser maisimportante e tal como já aconteceu,Rui Martins já se magoou ligeira-mente. “Já parti algumas costelas,mas nada de grave”.O perigo é uma constante para todosos envolvidos. “Lembro-me do aci-dente que tivemos no filme Táxi 2,onde tínhamos de voar com o carro porcima de um camião. E ao aterrar dooutro lado perdeu-se o controlo docarro, que mudou a trajetória e bateuno operador de câmara que faleceu”,recorda ao LusoJornal. Mas felizmenteacidentes desse género são muitoraros. “Um duplo nunca trabalha so-zinho, há toda uma equipa por trás».Rui Martins também trabalha regular-mente em Portugal com as telenove-las. “Os meios são completamentediferentes, estamos longe de uma pro-dução americana. Mas a adrenalinaessa é sempre a mesma, pois as sen-sações variam sempre, consoante aequipa ou ainda o local”, concluiu.

Português está agora a rodar um filme com Luc Besson

Por Clara Teixeira

le 22 octobre 2014

“Hautes terres -La guerre de Canudos” d’euclides daCunha

“HautesTe r r e s ”(éd. Mé-t a i l i é ,2 0 1 2 ,nouvelleéd i t i on ,traductionde JorgeColi et An-t o i n eSeel) estun clas-

sique de la littérature brésilienne,dans lequel Euclides da Cunha ra-conte un des épisodes les plus tra-giques de la toute jeune Républiquebrésilienne, en 1896-1897: le soulè-vement de Canudos, dans l’État deBahia, conduit par son chef messia-nique Antonio Conselheiro, accuséde monarchisme. Une sorte de«guerre de Vendée» en plein cœurdu sertão.Euclides da Cunha est né en 1866dans l’État de Rio. Militaire positiviste,anticlérical, abolitionniste, républi-cain, et en littérature acquis aux théo-ries naturalistes, il démissionne etdevient journaliste. C’est à ce titrequ’il va assister à la campagne de Ca-nudos. «Os Sertões» (titre original de«Hautes Terres») sort en 1901 etconnaît un succès immédiat. Aprèscette publication, Euclides da Cunhaest nommé à la tête d’une commis-sion d’exploration de l’Amazonie. Le15 août 1907, il est tué par l’amantde sa femme.Précédée de plusieurs occupationsde «fazendas», nourrie par les séche-resses récurrentes, la misère et lesprédictions d’António Conselheiro,qui aurait rassemblé plus de 20.000personnes, la révolte éclate en 1896.Incapables de disperser les fidèles deConselheiro, les autorités de Bahiafont appel à l’intervention fédérale.Ainsi, en février 1897, une premièreforce expéditionnaire de 1.300hommes est envoyée pour bombar-der le village rebelle, qui résiste. Ladéfaite de l’armée républicaine pro-voque le scandale à Rio. Les républi-cains les plus radicaux accusent lepouvoir de mollesse. Ce n’estqu’après l’envoi d’une quatrième ex-pédition, forte de 10.000 hommes,qu’on parvient à écraser la révolte,provoquant un massacre presquetotal de la population de Canudos. La«Guerre de Canudos», une déchirureau sein de la République et de la na-tionalité, a eu des conséquencesmultiples au Brésil, suscitant encoreaujourd’hui des ouvrages et des ré-cupérations de nature diverse.

um livro por semana

Dominiquestoenesco

un livre par semaine

Rui Martins, pilotoDR

LusoJornal / Mário Cantarinha

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23associações

lusojornal.com

emsíntese

Festival de folcloreem Chaville

Foi no ginásio Colette Besson que a As-sociação Cultural dos Portugueses deChaville organizou a 34° edição do Fes-tival folclórico, no domingo passado.Seis grupos folclóricos marcaram pre-sença para animar a tarde: Alegria doMinho de Plaisir, Lavradeiras de SantaMaria de Boulogne-Billancourt, OsAmigos da Barca de La Verrière, Me-mórias do Passado de Plaisir, Os Com-panheiros de Folclore de Versailles eclaro o grupo da casa, o Borda d’Aguade Chaville.O Presidente da associação começoupor declarar a sua alegria de ver tantagente ali reunida. “É raro termos assimtanta gente, mas provavelmente comoo tempo está bom, contribuiu para queas pessoas viessem até aqui”. O gruporibatejano “Borda d’Agua”, um dosmais importantes da região parisiensefestejou toda a tarde com centenas depessoas.“Os grupos convidados representamdiversas regiões de Portugal, respei-tando os seus usos e costumes. Na salaa esmagadora maioria são Portugue-ses, mas também há alguns Francesesque acompanham as nossas atividadese gostam de conviver connosco”,acrescenta o Presidente.Mais de 350 pessoas reuniram-se ali nasala para saborear as especialidades tí-picas portuguesas e dançar ao som dofolclore português.

autódromo do estoril vai voltar aacolher europeanLe mans series em2015

O calendário de 2015 do European LeMans Series vai voltar a integrar umacorrida no autódromo do Estoril, que nodomingo acolheu a última prova datemporada, anunciou a organização dacompetição de resistência automobilís-tica.Em comunicado, o Automobile Club del’Ouest (ACO), que organiza o Campeo-nato, confirmou a realização de cincocorridas em 2015, nos circuitos de Sil-verstone, em Inglaterra, de Imola, emItália, de Paul Ricard, em França, noEstoril e, possivelmente, no Red BullRing, na Áustria.O autódromo do Estoril vai ser maisuma vez o palco da última corrida dequatro horas do European Le Mans Se-ries.

Krystel marques déshabille 14 personalités

Des personnalités posent pour le ca-lendrier 2015 «Déshabillez-moi» enfaveur de la lutte contre le Sida. «Cir-cus» est le thème donné cette année,sublimé par un DVD d’interview desartistes. Une initiative originale de laphotographe lusodescendante, KrystelMarques.Une mise en scène exceptionnelle,avec 14 personnalités invitées: Anna-belle Millot, Anne Gaelle Riccio, Car-touche, Eric Lobo, Fred Musa,Frédérique Courtadon, Gil Alma, Gré-gory Asher, Gwendal Peizerat, Jennydel Pino, Laurent Artufel, Manolo Ji-menez, Marion Dumas, et Steve&Heather. «Nous en sommes déjà à la3ème édition du calendrier, et du coupcela a été plus facile de convaincre lespersonnalités de jouer le jeu», déclarela jeune femme d’origine portugaise.La photographe déshabille ces person-

nalités de leur image et leur quotidienhabituel pour les plonger dans un uni-vers à l’opposé de leur personnalité.Un voyage unique pour ces artistes etun résultat surprenant.Le principe est simple, «chaque mois

vous découvrez une personnalité. Unthème, une mise en scène, tout estmis en place pour que le charmeopère»! Cette année c’est l’univers duCirque qui est à l’honneur. «Chacun sedéshabille de son image pour incarnerle rôle d’un personnage de cirque».Femme aux couteaux, magicien, ouencore jongleur, autant de personna-ges qui vous séduiront!Née en 1982, Krystel Marques estune jeune photographe de talent, de-puis toujours passionnée par l’imageet les technologies numériques. Sacarrière commence en tant que grap-histe dans différentes agences de pu-blicité, où elle est particulièrementsollicitée pour ses retouches d’imagessophistiquées et minutieuses. En pa-rallèle elle mène son propre parcoursen tant que photographe et graphisteindépendante.Abordant chaque image comme uneœuvre unique, Krystel a la capacité de

faire ressortir le meilleur de chaquephotographie. Sa démarche person-nelle, nourrie d’imaginaire et de per-fectionnisme, confère à ses photosune ambiance fantastique et un gla-mour intemporel.L’idée de ce calendrier est une suitelogique à sa passion, une façon pourelle de réunir plusieurs univers, maisaussi de servir pour une cause très im-portante. «Tous les bénéfices généréspar la vente des calendriers ‘Déshabil-lez-moi’ sont intégralement reversésen faveur de la lutte contre le Sida.Cette année nous distribuerons lesdons aux différentes associations con-nues en France», dit-elle au LusoJor-nal.Et toujours un préservatif offert pourl’achat de chaque calendrier. Les ca-lendriers sont disponibles sur le siteartwork.krystelmarques.com maisaussi dans plusieurs librairies parte-naires en distribution nationale.

Un calendrier pour aider la lutte contre le Sida

Par Clara Teixeira

Cap magellan a organisé la “Queima das fitas”La Salle des Fêtes de la Mairie du14ème arrondissement de Pariss’est mise sur son 31 pour accueillir,dimanche dernier, le 19 octobre, la«Queima das Fitas 2014», un évé-nement organisé par l’associationCap Magellan.L’événement a rassemblé plus de400 personnes pour assister à l’ani-mation de la «Tuna da Faculdade deCiências da Universidade do Porto -Javardémica», mais aussi à uneaprès-midi de folklore, avec des Rus-gas avec les groupes folkloriques«Estrelas do Alto Minho de Paris 14»et «Grupo Juventude Portuguesa deParis 7».Il y a eu aussi de la Zumba par desprofessionnels qui ont invité toute lasalle à danser et à s’amuser.C’est la deuxième fois que l’associa-tion Cap Magellan organise la«Queima». L’année dernière l’évène-ment a eu lieu à la discothèque Mi-kado et cette année elle a étédéplacée à la Mairie de Paris 14, oùest élu le fondateur de Cap Magel-lan, Hermano Sanches Ruivo quiétait d’ailleurs également présent,aux côtés de la nouvelle PrésidenteAnna Martins.«C’est un événement festif destiné

aux jeunes lusodescendants autourde l’obtention de leur diplôme de find’études» dit un communiqué del’association organisatrice. «L’objec-tif ici était aussi de présenter lesnouveaux diplômés, d’accueillir lesfamilles et les accompagnateurs,d’alimenter les relations entre les an-ciens étudiants et les étudiants ac-tuels lors d’un moment convivial,l’idée étant aussi d’activer le réseaupour une meilleure insertion profes-sionnelle».

le 22 octobre 2014

Por Mário Cantarinha

uma escola de concertinas em toulouse

A recente escola de concertinascriada em Toulouse por Rui Castro,elemento do Grupo Folclórico «Viole-tas de Toulouse», tem o nome de «OsAmigos da Concertina de Toulouse».Rui Castro é natural de Esporões, noconcelho de Braga. Fundou a escolano início de outubro para poder en-sinar os que se interessam por apren-der a tocar este instrumento tão

característico da cultura portuguesa.A escola conta neste início de ativi-dade com 8 alunos, das mais diver-sas idades. As aulas decorrem todosos sábados, entre as 16h00 e as20h00, na Taberna Dom José, umrestaurante português em Toulouse.As aulas decorrem “no tom de fá”,que é, segundo o professor, “habi-tualmente a sonoridade caracterís-tica do Alto Minho”.O objetivo “é que o número de alu-

nos aumente, podendo assim con-tinuar a dar vida à tradição portu-guesa”, refere Rui Castro.Rui Castro deixa ainda “um espe-cial agradecimento ao Sr. José Pe-reira, proprietário da Taberna DomJosé, que disponibiliza o espaçopara que todos possam ensaiar eaprender”.Para breve fica a promessa de umaprimeira atuação, para mostrar oresultado da escola de concertinas.

Por Vítor Oliveira

CGD partenaireUne équipe de la banque CGD s’est imposée di-manche, en tant que partenaire de la«Queima’14». Cette participation s’est traduitepar la présence de commerciaux via un comptoird’accueil CGD avec la distribution de chapeauxet de coupons permettant de récupérer un polodans une agence du réseau de Paris et région parisienne.Sur cette photo, Céline Gomes et Elisa Ferreira de la CGD, posent avec deuxétudiants de la Tuna “Javardémica” de Porto.

LusoJornal / Mário Cantarinha

LusoJornal / Mário Cantarinha

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24 associações

lusojornal.com

Festival folclóricoportuguês emparis 14

A associação “Juventude portu-guesa” de Paris 7, organizou nopassado dia 12 de outubro o seuFestival folclórico, no salão de festasda Marie de Paris 14.A organização do evento demonstraa dinâmica da associação que,desde novembro de 1995, temvindo a promover e valorizar a cul-tura portuguesa.Desfilaram os trajes e subiram aopalco para animar a tarde de do-mingo o grupo da casa, Juventudeportuguesa de Paris 7, mas tam-bém Os Atlânticos de Créteil, Portu-gal Novo de Colombes, BaixoMondego de Villeneuve-le-Roi, Al-deias Perdidas de Portugal de StChéron e Cantares de Santiago deNoisy-le-Grand.

rainha D. améliafoi tema de umdebate em Lisboa

A rainha D. Amélia, mulher do rei D.Carlos, foi tema de um encontro naterça-feira desta semana, no audi-tório da Livraria Ferin, em Lisboa,com o investigador José Alberto Ri-beiro.José Alberto Ribeiro, atual Diretor doMuseu do Palácio Nacional daAjuda, antiga residência régia, éautor da obra “D. Amélia, uma bio-grafia”, para a qual consultou osdiários da soberana.D. Amélia de Orleães e Bragança(1865-1951) foi a última rainha dePortugal e a última aristocrata fran-cesa a ostentar uma coroa real.Filha de Luís Filipe de Orleães,conde de Paris e neto do último reide França, Luís Filipe I, que abdicouem 1850, Amélia, que era tia-avó doatual rei de Espanha, por parte damãe, casou com o monarca portu-guês em 1886.A sua ação como soberana está li-gada à luta contra a tuberculose, odesenvolvimento da investigaçãomédica e bacteriológica, ao salva-mento marítimo e a várias causasde solidariedade, assim como emdefesa do catolicismo.

emsíntese

Por Isabel Gomes

associação recriou as Feiras novas em França

A Associação cultural luso-francesa deSaint Cyr l’Ecole (78), organizou nofim de semana de 11 e 12 de outu-bro, no Ginásio Gérard Philipe, emSaint Cyr, a 8ª edição das Mini FeirasNovas. Trata-se de um réplica das co-nhecidas e tradicionais Feiras Novasde Ponte de Lima, que ocorrem du-rante o mês de setembro.A festa iniciou no sábado com o tra-dicional “Sarrabulho à Moda de Pontede Lima”, confecionado com a pre-sença de alguns membros da Confra-ria desta especialidade culinária. Ojantar foi animado pelo grupo “Raízese Tradições” de Viroflay.Seguiram-se as Rusgas com os gruposFlor do Lima de Villiers-le-Bel, OsAtlânticos de Créteil, Estrelas Doura-das de Versailles, Casa de Portugal de

Plaisir, Asnières e Amicale de Villabé.A noite terminou com a atuação de

Mickael Akordeon e do grupo Con-tacto.

No domingo, a tarde iniciou com aatuação do grupo de cordas Os Ami-gos de Saint Cyr l’Ecole, seguido deum Festival de folclore com a partici-pação dos ranchos Casa de Portugalde Plaisir (Ponte da Barca), Memóriasdo Passado de Plaisir (grupo dosavós), Souvenir du Portugal de Mon-tataire (Ponte de Lima), Unidos comTodos de Montemorency (BaixoMinho), Terra Lusa de Orsay (AltoPaiva) e Os Lusitanos de Saint Cyrl’Ecole.Foram dois dias de festa para os quaisa associação se empenha e trabalhaarduamente, com a ajuda de muitosvoluntários, para recriar o mais fiel-mente possível, o ambiente das FeirasNovas. Nos rostos de todos, vimossempre um sorriso. O ambiente foifantástico e cheirou a Portugal e aoMinho.

Em Saint Cyr l’Ecole (78)

Por Elsa Monteiro

35° aniversário do grupo Cultural e Folclórico português de mulhouse

No passado dia 11 de outubrocomemorou-se o 35° aniversáriodo Grupo Cultural e FolclóricoPortuguês de Mulhouse. Estaassociação foi fundada em1979 e é presidida por AdrianoCardoso, com forte apoio detodo o grupo e com grande par-ticipação da família Cardoso. Oobjetivo da coletividade é “di-vulgar a música, os cantares e ofolclore português”.O traje que o grupo apresenta étípico da região do Minho - otraje da lavradeira, bordado àmão, com o seu aspeto colorido- e os cantos refletem tambéma alegria do viver das pessoasdo Minho. Os elementos maisnovos do grupo, as crianças,usam um traje verde, os maisjovens usam um traje vermelho,os músicos e as cantadeiras um

traje azul. O acordeão, obombo, os ferrinhos, as casta-nholas e o tamborim formam osinstrumentos presentes na to-cata do grupo.O Grupo Cultural e FolclóricoPortuguês de Mulhouse apre-

senta essencialmente músicas edanças do Minho mas tambémtemas escritos por alguns dosseus antigos membros, entreeles, D. Carreiras, Sr. Alves eSr. Firmino. O atual Diretor ar-tístico é Octávio Cardoso.

A festa dos 35 anos contou coma atuação do grupo de dançaoriental Bollywod-Merfyl de Mu-lhouse, e com dois grupos fol-clóricos: o Grupo Folclórico dosResidentes do Alto Minho deAndorra e o Grupo Cultural eFolclórico Português de Mu-lhouse. Seguiu-se um espetá-culo com Chris Ribeiro, umjovem artista de Strasbourg, eum baile com o grupo LusoS-how.O evento começou por volta das19h30, na sala de festas FoyerSt. Fridolin, em Mulhouse. Foiservido um jantar com umaementa tipicamente portu-guesa, entre as quais Leitão as-sado, Feijoada e Bifanas. Estafesta portuguesa contou com apresença de aproximadamente300 pessoas, tendo decorridode forma organizada e animadaaté ao seu término.

Por Renato Teixeira

38° Festival de Folclore “o ribatejo” de Colmar

O rancho folclórico “O Ribatejo” deColmar (68) organizou no passadodia 4 de outubro, o seu 38° Festivalde folclore, na sala polivalente deEguisheim (68). O evento foi ani-mado pelo grupo “Os Nova Onda”vindo do país vizinho: a Suíça.Participaram no Festival os grupos ORibatejo de Colmar, Danças e Canta-res do Minho de Genève (Suíça), Es-trelas do Mar de Nogent-sur-Marne(93) e Saudades do Minho de Neuf-Brisach (68).O Rancho Folclórico Ribatejo de Col-mar foi fundado em 1976, em Col-mar, pelos emigrantes portuguesesoriginários da região de Coruche,“para preservar as músicas, as dan-ças e a cultura” dessa vila ribatejana.

O rancho representa a antiga provín-cia do Ribatejo, que permanece ao

longo do principal rio português, oTejo. No entanto, o grupo O Ribatejo

representa mais precisamente a zonade Coruche, que fica a 80 km de Lis-boa, conhecida pelos seus camposde arroz, milho e pela criação de tou-ros bravos para as Corridas.O Ribatejo representa as tradições,usos e costumes de Coruche dosanos 1920-1930, com diversos tra-jes, tal como os de festa, os de do-mingo, os de “ir à vila”, e os detrabalho.É composto de 30 elementos, entredançarinos, músicos e cantadores, eesforça-se por representar “da me-lhor maneira possível” as tradições,as músicas, as danças e os trajes daregião de Coruche, em vários eventosem que participa, nomeadamenteem festivais de folclore nacionais eestrangeiros (Strasbourg, Paris,Suíça, Alemanha, Luxemburgo,...).

Por Renato Teixeira

Presidente Luís Esteves com outros membros da DireçãoDR

Dirigentes da associaçãoDR

Grupo folclórico representa o Ribatejo em ColmarDR

le 22 octobre 2014

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25associações

lusojornal.com

semaine culturelle portugaise à oloronLe samedi 4 octobre, en ouverture dela Semaine Culturelle, l’associationFrance Portugal d’Oloron Sainte Marie(64), accueillait Ana Rocha, ConsuleGénéral du Portugal à Bordeaux poursa toute première visite dans les Py-rénées Atlantiques depuis sa nomina-tion.La Semaine Culturelle a eu lieu dansla belle salle du Conseil de la Commu-nauté du Piedmont Oloronais (CCPO).En absence du Maire, étaient présentsDaniel Lacrampe, Président du CCPO,Marc Oxibar, Président de la Commis-sion Culture du CCPO, David Corbin,Conseiller délégué à la vie associativeet culture d’Oloron, Jean Pierre Do-mecq, Conseiller général du cantonEst d’Oloron, qui représentait M. La-bazée, Président du Conseil Généraldes Pyrénées Atlantiques, FrancisCourouau, Conseiller Général du Can-ton d’Arudy et Maité Potin, Conseillèremunicipale et Présidente de la Com-mission économie.Ils ont tous manifesté le plaisir d’êtreprésents et félicité les organisateursde cet événement qui se renouvelle

depuis 27 ans! La Consule Ana Rochaa fait l’éloge de l’association dont elleavait entendu parler dans son posteantérieur, aux États Unis!Après les discours, Cecilia Blais Man-zonni a donné un concert avec MusicaVivente, pour le plus grand plaisir dupublic venu très nombreux. L’aprèsmidi s’est conclut par un buffet offertpar la municipalité d’Oloron, agré-

menté en plus, de quelques spéciali-tés portugaises, toujours aussi appré-ciées!Durant toute la semaine, les plus de600 visiteurs ont pu apprécier la dif-fusion de films sur l’Ile de Madère etle vendredi suivant, Manuel do Nasci-mento a été l’invité de l’associationpour témoigner de la présence portu-gaise durant la Grande Guerre 1914-

1918. Ce fait était inconnu de la plu-part des Français et Portugais pré-sents. «C’est tout le mérite duconférencier d’avoir fait des re-cherches sur cette participation por-tugaise, faisant ainsi l’historique deleur intervention et de leur sacrificedans la Bataille de la Lys, dont le cen-tenaire sera célébré en avril 2018» ex-plique la Présidente de l’associationElsa da Fonseca Godfrin. Pour cetteconférence, l’association a accueilliJorge Silva et Martine Molères duConsulat du Portugal à Bordeaux quiétaient sur Pau pour assurer une Per-manence consulaire à la Mairie dePau.La Semaine s’est terminée par un jolispectacle de danse Orientale, dirigépar Alizé Estanguet, «dont les parentssont des adhérents de l’association etdes grands amis du Portugal où il vontrégulièrement» explique Elsa Godfrin.«Cette Semaine a connu un très grossuccès et l’exposition sur les portespeintes de Madère a rempli sa mis-sion: donner envie aux très nombreuxvisiteurs d’aller les voir à Funchal».

Organisée depuis 27 ans

em nome do pai, do Filho, e da virgem maria

O Pai trabalhou durante 23 anoscomo operário agrícola na região deAlbi, o Filho ficou em Portugal ondea vocação sacerdotal lhe bateu àporta desde muito jovem. A estátuada Virgem Maria tinha ficado a des-cansar no presbitério do Santuário deNotre Dame de la Drêche, em Cag-nac-les-Mines, desde o mês de maio,depois das comemorações dos 97anos das aparições da Virgem Santís-sima, um dos pontos altos da Funda-ção Nossa Senhora de Fátima,sediada na capital do município doTarn.Entretanto o Pai regressou a Portugalpara gozar de uma reforma bem me-recida, e o Filho, Ismael Teixeira, or-

denado sacerdote em 2001, veio daDiocese de Lisboa celebrar a missa

em homenagem à Virgem, organizadapela Fundação, que decorreu no do-

mingo dia 12 de outubro.Momento de grande emoção para osfiéis presentes no Santuário de NotreDame de la Drêche, a dupla afirma-ção “isto é o meu corpo” e “isto é omeu sangue”, tiveram aqui um duplosignificado diferente. Ao suor do Pai,juntou-se a homilia do Filho, no con-cretizar de um sonho para ambos, naregião onde o destino os separou.O céu já tinha acendido as estrelas,quando a estátua da Virgem saiu paraa rua, marcando presença na procis-são à luz das velas, o copo da ami-zade oferecido pela Fundação na salados peregrinos, foi o prolongamentopara se rememorar os tempos daque-les que já aqui estiveram, daquelesque ainda aqui estão... e de colherdos frutos da emigração!

Por Manuel André

le 22 octobre 2014

a clave musical

No nosso dia-a-dia quantas são asregras que seguimos? Regras decondução… regras de boa educa-ção… regras de trabalho… e tam-bém, regras religiosas. Dois mil anosde história fizeram com que a Igrejaacumulasse uma pesada herança depreceitos, proibições e leis. Mas seráque, para se ser católico, é necessá-rio conhecer e respeitar os 1.752 câ-nones do Direito Canónico…?Felizmente, no evangelho do pró-ximo domingo, dia 26, Jesus escla-rece-nos as ideias e diz-nos que osmandamentos necessários para avida são apenas dois: «Amarás o Se-nhor teu Deus e o próximo como a timesmo».No fundo, não são duas regras dis-tintas. “Amar Deus” e “amar os ir-mãos” são duas faces duma mesmamoeda, que Santo Agostinho refor-mula com esta bonita provocação:«Ama e faz o que quiseres!». Mas seisso é verdade, então para que ser-vem todas as leis da Igreja?Podemos fazer a seguinte compara-ção: se numa composição musical éa clave que dá o nome a cada umadas notas na pauta, no caso da fécristã é o amor a Deus e o amor aopróximo que dão sentido às outrasregras. Todos estamos a par dasgrandes controvérsias por detrás dealgumas leis da Igreja. Refiro-me, porexemplo, às normas sobre os contra-cetivos, o aborto, ou a questão do di-vórcio. São temas complexos quesuscitam muitas questões e que me-recem um debate honesto. Masatenção: só teremos uma respostaverdadeiramente cristã, uma res-posta que seja realmente Caminho,Verdade e Vida, quando conseguir-mos interiorizar a clave musical, ouseja, os dois mandamentos que dãosentido a todos os outros: amar aDeus e amar o próximo.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Eglise de Gentilly111 avenue Paul Vaillant Couturier94250 Gentilly

Missa em Português ao sábado às18h00 e ao domingo, às 10h00.

boanotícia

Comemoração do 13 de outubro seguida de festa

A 13 de outubro de 1917, na Covada Iria, estando presentes cerca de70.000 pessoas, a Senhora disseaos 3 Pastorinhos que era a “Se-nhora do Rosário” e que fizessemali uma capela em Sua honra. De-pois da aparição, todos os presentesobservaram o milagre prometido àstrês crianças em julho e em setem-bro: o sol, assemelhando-se a umdisco de prata, podia fitar-se semdificuldade e girava sobre si mesmocomo uma roda de fogo, parecendoprecipitar-se na terra.Desde 1917, não mais cessaram deir à Cova da Iria milhares e milharesde peregrinos de todo o mundo, pri-

meiro nos dias 13 de cada mês, de-pois nos meses de férias de verão einverno, e agora cada vez mais nosfins de semana e no dia-a-dia, nummontante anual de cinco milhões.

Só não era 13 de outubro no calen-dário. A Associação de Portuguesesde Saint Laurent-du-Var, preparou eorganizou uma cerimónia lindíssimade homenagem à última aparição

de Nossa Senhora, com uma missaem português e uma procissão bas-tante dignas. Foi no passado do-mingo e com uma adesão acondizer.Para o almoço que se seguiu, estavana ementa um Cozido à Portuguesae o Bife da Casa. Após o almoço, aanimação esteve ao cargo do seurancho folclórico e no final da tarde,o grupo convidado, “Sol Nascente”,animou o baile.Foi uma tarde em festa, bem-dis-posta!

Association Groupe Folklorique Portugais de Saint Laurent-du-Var217 rue Claude Bernard06700 Saint Laurent-du-Var

Em Saint Laurent-du-Var

Por Tiago Ramos

Elsa et Christian Godfrin avec les personnalités invitéesDvix Photo

O Padre Ismael Teixeira soube cativar a atenção dos mais novosDR

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26 associações

lusojornal.com

Festa de nossasenhora de Fátimaem Feyzin

A Associação Cultural dos Portugue-ses (ACPF) de Feyzin (69) organi-zou em parceria com a comunidadefrancesa, uma celebração da Euca-ristia franco portuguesa em honrade Nossa Senhora de Fátima e tam-bém a festa das famílias no do-mingo 12 de outubro, na igrejaparoquial desta localidade. A cele-bração teve início pelas 11h00,após uma pequena procissão coma imagem da Virgem.O padre Jacques Pourpan, que é lu-sófono, presidiu à celebração, ani-mada pelo grupo coral português,que durante o ano também animaas celebrações eucarísticas em por-tuguês e em francês.“A ACPF ofereceu a imagem deNossa Senhora de Fátima à Paró-quia de Feyzin há cerca de 10 anos,para a qual foi construído um altarno interior da igreja paroquial, eonde a Comunidade portuguesavem agradecer a proteção da Vir-gem, durante o ano e principal-mente em outubro” explicou aoLusoJornal Delphine da Rocha, Pre-sidente da ACPF.A responsável por esta manifesta-ção cultual à Virgem Maria, é MariaFerreira, Secretária na Mairie deFeyzin e responsável nesta vila pelasmanifestações religiosas multi-cul-tos. Maria Amélia Soares é tambémuma responsável na organizaçãodeste evento religioso português, naParóquia de Feyzin.Várias centenas de fiéis devotos, re-sidentes nesta região, vêm aqui re-gularmente prestar homenagem àVirgem Maria.Feyzin situa-se a sul do “GrandeLyon” e a Comunidade portuguesaaqui tem aumentado bastante coma chegada dos novos emigrantes. Asua presença tem-se manifestadonas atividades da ACPF, assimcomo nas celebrações religiosas, oque reflete bem o renovar da popu-lação portuguesa, praticante cristã,na região de Lyon.

emsíntese

Por Jorge Campos

Le groupe folklorique mocidade a fêté ses 20 ansLe groupe de folklore portugais «AMocidade» a vécu un grand tempsfort à l’occasion de son 20ème anni-versaire. Le groupe, fondé en 1994par Félicia Lobato Pinheiro, NunoGomes et José Gomes, compte au-jourd’hui une cinquantaine de mem-bres qui mettent en valeur le folkloreportugais et plus particulièrementcelui du nord du Portugal, le Minho.L’ensemble, très connu à SaintPierre, est aussi très actif. Beaucoupse souviennent certainement desprestations annuelles lors des fêtesmunicipales mais aussi lors du Fes-tival du printemps, organisé lors duweek-end pascal de chaque année, àSaint Pierre-des-Corps ou encore lorsdu mois du Portugal, organisé no-tamment par la bibliothèque munici-pale.L’active Présidente Felicia LobatoPinheiro, mais aussi Karine et Fer-nando Gomes, les «entraîneurs»,toute l’équipe de danseurs, chan-teurs, musiciens, ainsi que l’équipe

de bénévoles, ont concocté un pro-gramme qui a satisfait le public venuen grand nombre, ainsi que les Cor-potrussiens qui apprécient le son del’accordéon, les danses et les chœursdu groupe, de même que ce folkloreen général.Cet anniversaire fut fêté le samedi 18octobre, dans la Salle des fêtes deSaint Pierre-des-Corps, avec un pro-gramme copieux et original. L’accor-déoniste Dylan Gomes a accompagnéle repas jusqu’au moment du bal,l’organisateur Mickaël Domingues amis sur pied le concours Misters Por-tugal de la région Centre, «qui estune espèce de concours de miss aumasculin mettant en exergue, à tra-vers un défilé-concours, des garçonsd’origine portugaise âgés de 18 à 26ans», suivi de la soirée dansante ani-mée par l’orchestre Kapa Negra, suiviégalement de la surprise du groupe,avec quelques représentations deleurs danses du Minho (Viana doCastelo).

A Saint Pierre-des-Corps

Festa da amicale portuguesa de vincennes

No passado dia 18 de outubro, asala Maurice Tépaz em Vincennesteve lotação esgotada no baile or-ganizado pela Amicale de la Com-munauté Portugaise de Vincennes(ACPV).A noite teve início com um jantartipicamente português no qual foiservida uma deliciosa feijoada fa-zendo jus à excelente gastronomiaportuguesa. O espírito familiar quea ACPV tem vindo a desenvolver noseio dos seus associados e amigosfez-se sentir “à mesa” não obs-tante as várias dezenas de pessoasque quiseram saborear o repasto.Após o jantar seguiu-se o baile ani-mado pela dupla “Nelson & CilaSantos” que cantaram e encanta-ram toda a plateia que encheu apista de dança.A Adjointe au Maire Annick Voisinfez questão de estar presente no

seio desta Comunidade portuguesae expressou a sua satisfação diri-gindo algumas palavras a todos ospresentes e felicitando a associa-ção pelo empenho e capacidade deorganização.A ACPV foi criada em 1995, anoem que também fundou o seu ran-cho folclórico - Lezírias do Ribatejo- que representa a cultura e tradi-ção ribatejanas. Este grupo será,no próximo dia 30 de novembro, oanfitrião do Festival de folclore or-ganizado em Vincennes pela ACPV,festival este que contará com aatuação de 5 grupos que represen-tarão as mais diversas regiões dopaís.Antes ainda da realização do refe-rido Festival, a associação volta aorganizar, no dia 15 de novembro,um baile precedido de mais umjantar tipicamente português nahabitual sala Maurice Tépaz, emVincennes.

Por Alexandra Borges

le 22 octobre 2014

Festa de nossa senhora de Fátima em neuville

A Associação familiar de Neuville or-ganizou no domingo dia 12 de outu-bro, uma Eucaristia em honra deNossa Senhora de Fátima. Pelas11h00 a celebração reuniu as duasComunidades, a portuguesa e a fran-cesa onde o Pároco desta localidadeLuc Biquez presidiu esta celebraçãofranco-portuguesa.No inicio da tarde, às 15h00, foi or-ganizada uma procissão com a ima-gem de Nossa Senhora de Fátimanas ruas adjacentes à Igreja de Neu-ville. Aqui a participação da Comuni-dade portuguesa, vivendo atradicional procissão, e o adeus à Vir-gem, mostrou quanto a fé em Mariae a sua devoção estão ainda bem

vivas.O final de tarde concluiu-se com umencontro de festa na sala Jean Villar,onde um desfile de ranchos folclóri-cos e a possibilidade de convívioentre os membros da Comunidade,que residentes por terras de Neuville,são pela maior parte oriundos donorte de Portugal, e em particular odo Alto Minho.As senhoras Leite e Isabel, assimcomo vários membros da associação,foram os organizadores deste encon-tro religioso e profano que se repetetodos os anos pelas datas mais pertodo 13 de outubro. Neuville situa-sea norte de Lyon, no Val de Saone,onde a Comunidade portuguesa re-side, trabalhando na indústria e naconstrução civil.

Por Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

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28 Desporto

lusojornal.com

le 22 octobre 2014

monaco, uma terra portuguesa

A equipa do Principado começou mala temporada, que seja com as saídasdas duas estrelas colombianas (Falcaoe James Rodríguez) ou com duas der-rotas no início do Campeonato. No en-tanto melhores resultados apareceramrapidamente graças à colónia portu-guesa ou melhor dizendo, lusófona.Os Portugueses Ricardo Carvalho, de-fesa-central, João Moutinho, médio, eBernardo Silva, avançado, bem comoo brasileiro Fabinho, defesa-direito,criaram uma coluna vertebral nestaequipa. Equipa dirigida pela mão doTreinador português, Leonardo Jar-dim, que teve sucesso pelos clubespor onde passou anteriormente, comoo Sporting de Braga, o Olympiakos(Grécia) e o Sporting Clube de Portu-gal.Leonardo Jardim esteve à conversacom o LusoJornal.

LusoJornal: Qual é a situação do Mo-naco neste momento?Leonardo Jardim: O Monaco é umprojeto de jovens jogadores que vãoevoluir. Sabemos que os jovens prova-velmente erram mais do que os ou-tros, mas acreditamos neste projeto eacreditamos que estes jovens vão darmuitas alegrias no futuro. Frente aoParis Saint Germain [ndr: empate auma bola], foi um jogo especial por-que jogaram oito jogadores abaixo dos

21 anos no Monaco, isso é uma de-monstração de qualidade em termosde futuro.

LusoJornal: E como analisar a sua ex-periência no Monaco, na cidade e noclube?Leonardo Jardim: A vida no Monaco éexcelente, de grande qualidade. OPrincipado é um bom sítio para seviver. Estou extremamente satisfeito ea minha família também. Em termosdesportivos, trabalhar ao dia a dia

para que o futuro seja mais risonho.

LusoJornal: Tem uma equipa que falamuito português, isso dá-lhe uma van-tagem?Leonardo Jardim: Hoje em dia con-sigo estar próximo de todos os joga-dores porque já consigo comunicarcom alguma facilidade em francês.Isso permite estar próximo, não sódos Portugueses e dos Brasileiros,mas de toda a equipa.

LusoJornal: Com a comunicação so-cial francesa, até já deu conferên-cias de imprensa em francês...Leonardo Jardim: Já dei duas ou trêsconferências em francês. É uma ex-periência que tem sido positiva. Masnecessito enriquecer o meu vocabu-lário para as conferências seremmais consistentes.

LusoJornal: Na Liga dos Campeões,joga quarta-feira dia 22 de outubroem casa frente ao Benfica, e no dia

4 de novembro no estádio da Luz emLisboa, é especial defrontar umclube português?Leonardo Jardim: Os adversários naLiga dos Campeões não têm nacio-nalidade. Mas claro que vai ser es-pecial jogar contra uma equipaportuguesa. Tenho sempre muitoprazer em jogar contra equipas por-tuguesas. Aliás já me aconteceuquando estava no Olympiacos. Vãoser jogos interessantes com o Ben-fica.

LusoJornal: Quanto ao Campeonatoportuguês, o Sporting Clube de Por-tugal deu continuidade ao legado deLeonardo Jardim?Leonardo Jardim: O Sporting conti-nua a mostrar aquilo que fez no anoanterior. Mantém quase a totalidadedos jogadores que tiveram presentesno ano anterior. Eu acredito que oSporting vai lutar pelo título. O Portoe o Benfica perderam alguns dosseus titulares em relação ao ano pas-sado, e acho que isso equilibrou oCampeonato.

De referir que no Campeonato fran-cês, o Monaco está no décimo lugarcom 14 pontos, a 11 pontos do líder,o Marseille, mas somente a 4 pontosdo segundo classificado, o ParisSaint Germain. O próximo jogo naLiga Francesa será no sábado 25 deoutubro frente ao Bastia, na Corse.

Ligue 1

Por Marco Martins

João Moutinho, do Monado, aqui ao serviço da Seleção portuguesaLusoJornal / António Borga

Créteil/Lusitanos, uma temporada complicada

O US Créteil/Lusitanos tem um iní-cio de temporada complicado comapenas duas vitórias, seis empatese três derrotas, somando 12 pon-tos. Os “cristoliens” têm somentedois pontos de vantagem sobre oprimeiro clube abaixo da linha deágua, o Châteauroux.Uma situação difícil e que se ex-plica com um exemplo simples: oúltimo jogo do Créteil/Lusitanosem casa, um empate a uma bolafrente ao Troyes com o único golodo Créteil a ser apontado peloavançado português, Rafaël Dias.Os “cristoliens” estiveram uma boaparte do jogo a vencer, e sofreramum golo nos minutos finais, algoque já aconteceu várias vezes estatemporada. As próximas semanasserão decisivas na luta para a ma-nutenção na segunda divisão fran-cesa. De notar que os “cristoliens”têm a particularidade de ter o me-lhor ataque com 16 tentos aponta-dos, e a pior defesa com 18 golossofridos. Um clube que acolhe trêsjogadores portugueses esta época,Augusto Loureiro, Ludovic e RafaëlDias.O LusoJornal esteve à conversacom Rafaël Dias que tem sido oelemento mais utilizado dos trêsPortugueses. O avançado luso, quefoi formado e jogou no Sochaux,chegou este verão ao Créteil/Lusi-

tanos.

LusoJornal: No passado fim de se-mana, o Créteil/Lusitanos acaboupor perder dois pontos em casa,apesar do seu golo?Rafaël Dias: Sim é verdade. É frus-trante sofrer um golo aos 90 minu-tos e perder, novamente, doispontos. Já começa a ser muitospontos perdidos. Frente ao Troyes,marcámos e depois inconsciente-mente recuámos no terreno. Issovaleu-nos de sofrer esse golomesmo no fim do encontro. Vamoster de mudar o que não funciona,melhorar para os próximos jogos, esaber ganhar encontros pela mar-gem mínima. Moralmente é difícilperder assim pontos, mas quandopensamos um pouco, temos de noslembrar que o Troyes é uma das

boas equipas desta segunda divi-são e que não perdemos. No en-tanto o resultado é triste quando sevê todo o jogo, porque sente-se quea nossa equipa podia ter ganho apartida. Temos de fazer melhor nopróximo jogo frente ao Orléans.

LusoJornal: Quais são os seus ob-jetivos e os objetivos do clube?Rafaël Dias: Eu queria jogar mais,ter mais tempo de jogo. Aliás que-ria referir que foi muito bem rece-bido pelo Presidente do clube, pelaequipa técnica e pelos meus com-panheiros de equipa. Quero reali-zar o máximo de jogos possíveiscom o clube e voltar a ter prazer apraticar futebol. Vim para Créteilpara melhorar, para confirmar oque mostrei no Sochaux, e para ga-nhar maturidade. Quanto ao clube,

acho que temos o plantel paraestar na parte de cima da tabelaclassificativa. Temos um grupo dequalidade, uma equipa ofensiva eque pode ir longe, mas para issotemos de vencer os encontroscomo aquele frente ao Troyes, se-gurar o resultado até ao fim. Queromarcar, como frente ao Troyes,quero ser feliz nesta equipa, eacho que a equipa consegue prati-car um bom futebol.

LusoJornal: Próximo jogo no está-dio Dominique Duvauchelle, no 31de outubro frente ao Sochaux, oseu antigo clube...Rafaël Dias: Vou estar muito felizpor voltar a ver amigos que tenhono clube. Mas quando se entradentro das quatro linhas, claro quejá não há amizade. Veremos o que

vai acontecer nesse encontro. Euagora estou no Créteil e vou dartudo por este clube.

LusoJornal: Ainda há poucotempo, havia três jogadores lusosno Sochaux, agora já não há ne-nhum...Rafaël Dias: O Quentin Pereirasaiu do Sochaux quando ainda es-tava no Centro de formação e oVincent Nogueira foi para o Cam-peonato norte-americano de fute-bol. O futebol é assim. O trioacabou por sair do Sochaux, é tudo.

O Créteil/Lusitanos joga já nestasexta-feira frente ao Orléans.Quanto ao próximo jogo no estádioDominique Duvauchelle, será no 31de outubro frente ao Sochaux pelas20h00.

Ligue 2

Por Marco Martins

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29Desporto

L’us Lusitanos de st maur frappe un grand coup

A l’occasion de la 6ème journée deDH, les Lusitanos se sont offert unsuccès prometteur face à l’un des sé-rieux clients de la division, Les Mu-reaux, 2-0 grâce à son capitaine,Gilberto.C’était l’affiche de la journée de la Di-vision d’Honneur. Pour cette 6èmejournée, l’US Lusitanos se déplaçaitsur un terrain toujours difficile, celuidu Stade Léo Lagrange des Mureaux.Après avoir manqué la montée l’anpassé, lors de la dernière journée,l’OFCM savait qu’il lui fallait faire unmatch sérieux face à Lusitanos pourespérer croire encore vivre la mêmesaison. Mais les hommes d’AdéritoMoreira se savaient attendus et comp-taient bien frapper les esprits à l’exté-rieur. Dès les premières minutes, lavolonté d’aller de l’avant des Lusita-nos se fait sentir. Sur les côtés, Gil-berto et Paulino sont intenables. Dansl’axe, Ramos ne lâche rien et se batsur tous les ballons. Au milieu, Totyorganise le jeu avec Saki et Moreira àla récupération. Pendant que derrière,le quatuor Sarmento, Fonseca, Dem-bélé et Diaz musèlent les deux atta-quants des Mureaux, Harel etMamilonne. Le plan de l’entraîneur deSaint Maur est en marche. La récom-pense venant à la 23ème minute.

Après un bon travail de Joël Saki,Paulino centre au premier poteau surJony Ramos qui dévie pour son capi-taine, Gilberto Pereira, qui transformel’offrande (0-1).Derrière, le rythme du match s’inten-sifie. Les Mureaux tente de revenir àla marque et échoue de peu avec unefrappe de son Capitaine sur la barretransversale. Dans la continuité del’action, le ballon arrive dans la sur-face des Muriautins. Jony Ramos està la lutte avec la défense adverse et

glisse le ballon à Gilberto qui le piquesubtilement pour battre le portier venuà sa rencontre. 2-0 pour le Lusitanos,le break est fait juste avant la pause.La deuxième période se résumera àquelques timides tentatives de la partdes deux formations. Et le but refuséà Nascimento Airton pour hors-jeu (?)ne viendra pas modifier la donne. LeLusitanos a éteint toutes les offensivesde l’OFCM pour réussir le premier groscoup de leur saison. Mais Adérito Mo-reira garde tout de même un goût

d’inachevé. «La première période aété bonne mais, à 2-0, en deuxième,on aurait dû être capable de se mettreà l’abri d’un retour. On aurait dûmieux négocier certaines occasions.Tactiquement, les joueurs ont fait cequ’il fallait pour isoler les attaquantsadverses. Au final, on a, quand même,envoyé un bon signal aux autres can-didats à la montée». Avec ce succès,le Lusitanos s’isole à la deuxièmeplace de la DH avec 19 points, à 3longueurs du leader, Créteil B.

Division d’Honneur

Par Eric Mendes

Nouveau match à domicile pourl’équipe fanion de la VGA avec

comme seul objectif de continuersur son rythme effréné de début desaison. Et comme toujours cette sai-son, les Saint Mauriennes prennentle jeu à leur compte dès les premiè-res minutes. Elles pressent la dé-fense adverse en multipliant lesoccasions et ouvrent logiquement lescore dès la 10ème minute sur unefrappe entrée de surface de Marlyse(1-0).C’est le début du festival de l’atta-quante francilienne. Sur un cornerrentrant d’Aurore, elle double lamise et permet à Saint Maur de se

mettre à l’abri (16 min, 2-0). Der-rière, les joueuses de Régis Mohars’offrent une belle frayeur avec unefrappe de Dijon qui finit sur le po-teau droit (21 min). Hormis surcette action, Dijon ne parviendrapresque plus à mettre le danger de-vant les cages de la VGA du match.Au fil des minutes, on pense que lesJaunes et Bleues vont se relâcher,pourtant il n’en est rien. Sur unefrappe d’Apolline, la gardienne ad-verse parvient à toucher le ballonmais Céline, qui avait suivi, poussele ballon au fond des filets (34 min,

3-0). Deux minutes plus tard, Tizidéborde sur son côté gauche avantde centrer pour Apolline, qui con-trôle la balle mais ne parvient pas àmarquer. Le score en restera là à lami-temps, malgré une belle tenta-tive de Tizi juste avant (44 min).Au retour des vestiaires, les SaintMauriennes repartent comme lorsdu premier acte, Marlyse manquantun face à face (52 min), avant d’in-tercepter le ballon dans les pieds dela gardienne pour s’offrir un triplé(60 min).Les deux changements effectués par

emsíntese

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Les filles de la vga continuent sur leur lancée…Football féminin

Par Daniel Marques

l’entraineur de la VGA, avec les sor-ties d’Apolline et Leila pour les en-trées de Mélissa Gomes et Coralie,ne déstabilisent pas l’équipe. Ladernière nommée s’offre même unnouveau but cette saison, seulement15 secondes après son entrée, surun plat du pied parfait (71 min, 5-0).Après un dernier changement, avecla sortie d’Aurore pour Inès, Mélissaaurait pu mettre le but du match,sur un centre-tir qui finit sur la barreadverse (81 min). On pensait que lescore en resterait là, mais c’étaitsans compter sur une Marlyse tou-jours pas rassasiée qui, sur unepasse d’Inès en retrait, place sanscontrôle une frappe dans les cagesadverses (90+2 min, 6-0).Saint Maur l’emporte donc 6-0 sursa pelouse et continue son rythmede leader avant de se déplacer àCompiègne le 9 novembre pourcause de trêve internationale.

Foot féminin: issy-les-moulineaux,enfin une victoire

Le week-end dernier, Issy-les-Mouli-neaux et Marie Pinto se sont déplacésà Saint Etienne, et les chouettes sontrevenues avec la victoire en gagnant2-1. L’équipe n’est plus la lanternerouge du Championnat et se retrouveà la 10ème place.Metz rencontrait l’En avant Guingampet créa la surprise en décrochant lematch nul 2-2. Ce sont les lusodes-cendantes qui ont marqué les buts:Elodie Martins à la 44 minute et Ade-line Janela à la 70 minute. Metzconserve sa 8ème place.Pour le groupe A, la VGA Saint Maurcreuse l’écart au goal-average, nousen sommes à la 6ème journée: laVGA Saint Maur est en tête avec 35buts marqués, 3 encaissés, 6 vic-toires et 24 points. Leur dauphin estle FC Vendenheim, club de Sarah daCunha, qui recevait Compiègne. LeFCV s’est imposé 1-0 en marquantavant la fin de la première période.Tremblay (l’équipe de Morgane daSeixa) s’est déplacé à Henin Beau-mont et a perdu 3-1. Elle se retrouveà la 5ème place.

sporting naronda de elite daueFa Futsal Cup

O Sporting Club de Paris vai defrontaros cazaques do Kairat Almaty e o Ni-kars Riga, da Letónia, comandadopor Orlando Duarte, ex-Selecionadorportuguês e antigo Treinador do Spor-ting, na ronda de elite da UEFA FutsalCup, ditou o sorteio realizado na se-mana passada em Nyon, na Suíça. Ajornada vai ter lugar no Cazaquistão.A filial “leonina” em que alinham osportugueses Pupa e Dário (ex-Leõesde Porto Salvo) e o brasileiro Café (ex-Sporting), mas que integra tambémmuitas estrelas da Seleção francesa,encontra-se pela primeira vez nesteestado da competição.A ronda de elite, que também integrao Sporting Clube de Portugal, disputa-se entre 18 e 23 de novembro e osvencedores dos grupos qualificam-separa a fase final, que terá lugar numfim de semana de abril, em localainda a definir.

le 22 octobre 2014

Par Angélique David-Quinton

VGA 6-0 Dijon FCO

VGA: Mélodie Carré, Mélanie Ha-card-de Castro, Alexia Nowak, KaniKonté, Lilia Boumrar, Aurore Pa-przycki, Leila Meflah (Cap.), ApollineDuchamp, Stéphanie Léocadie (Tizi),Marlyse Ndoumbouk et CélineMoket.

Lusitanos St Maur / EM

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30 tempo livre le 22 octobre 2014

Jusqu’au 31 octobre Exposition de Ghislaine Herbéra avec lesoriginaux de JE(UX), petite anthologiede poèmes de Fernando Pessoa (édi-tions Chandeigne). Librairie des éditeursassociés, 10 rue Tournefort, à Paris 5. Infos: 01.43.36.81.19.

Du 26 au 31 octobre Exposition «Le Portugal, le jour de Ca-mões et les Communautés portugaises»,organisée par l’Association portugaise deChâtenois, au Foyer portugais, 26 ruePierre de Coubertin, à Châtenois (88).Ouverte de 14h00 à 18h30. Entrée gra-tuite.

Jusqu’au 8 novembre Exposition de Diogo Costa «A l’heure dudessein», 1er temps, réalisée à l’issuede sa résidence artistique dans l’atelierdu Château de Servières. Galerie duChâteau de Servières, 19 bd. Boisson, àMarseille 4.

Jusqu’au 20 décembre «Horizons EPEA02», avec les travaux dedouze jeunes photographes européensinvités, dans le cadre de la deuxièmeédition de l’European Photo ExhibitionAward, à travailler autour du «nouveausocial». Fondation Calouste Gulbenkian- Délégation en France, 39 boulevard dela Tour Maubourg, à Paris 7. Infos: 01.53.85.93.81.

Les 24, 25 et 26 octobre Salon artistique Art Shopping, avec laparticipation (stand M26) des créatricesportugaises Mónica Quartin et MariaLeal da Costa (dessin graphique etsculpture). Au Carrousel du Louvre, àParis. Les 25 et 26 octobre, de 11h00à 20h00.

Les 23 et 24 octobre, 9h30-17h30 Colloque ‘La Révolution des Œillets: unmoment européen’, organisé par l’Uni-versité de Pau, l’Université de Sor-bonne Paris IV, l’Université SaintQuentin-en-Yvelines et Sciences Po.Fondation Calouste Gulbenkian - Délé-gation en France, 39 boulevard de laTour Maubourg, à Paris 7.

Les 24 et 26 novembre, 9h30-17h30 Colloque ‘Marginalités au féminin dansle monde lusophone’, organisé par Cris-tina Pais Simon (Université SorbonneNouvelle) et Paulo Motta Oliveira (Uni-versité de São Paulo, Brésil), à l’Uni-versité Sorbonne Nouvelle, SalleBourjac, 17 rue de la Sorbonne, àParis.

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41rue de Trévise, à Paris 9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le samedi 25 octobre, 15h00 Dans le cadre de Voix de Femmes, ren-contre poétique. Lecture de poèmes dulivre Voix de Femmes par la poétesseSuzy Maltret et la comédienne brési-lienne Gabriella Scheer. A la Médiathè-que Florian, 5 rue Gautherin, àRambouillet (78). Infos: 01.61.08.61.10. Entrée libre.

Le vendredi 14 novembre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz dans le cadre du Festival Hu-mour Cassis, au Théâtre Oustau Calen-dal, Quai des Moulins, à Cassis (13).

Le samedi 15 novembre, 21h00«Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz dans le cadre du Festival TopIn Humour, au Théâtre Espace Sociocul-turel, Espace Raymond Conard, à Cloyes-sur-le-Loir (28).

Le samedi 29 novembre, 21h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz au Centre Culturel Cassis, 20avenue Emmanuel Agostini, à Cassis(13).

Le samedi 25 octobre, 20h00 Fado avec Andreia Filipa et MónicaCunha, accompagnées par Filipe deSousa et Hugo Manuel. Restaurant VilaReal, 272 rue du Maréchal Leclerc, àSaint Maurice (94). Infos: 01.45.11.24.42.

Le samedi 25 octobre, 20h00 Fado avec Carlos Neto, Marília Pais etLúcia Araújo, accompagnés par José Ro-drigues, Floriano Ramos et PhilippeLaiba, organisé par l’Association des por-tugais Unidos com Todos de la Vallée deMontmorency. Salle des Fêtes, avenue duGénéral de Gaulle, à Soissy-sous-Mont-morency (95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le samedi 25 octobre Dîner fado avec Conceição Guadalupe etNina Tavares, accompagnées par ManuelCorgas (guitarra) et Nuno Estevens(viola). Restaurant Vila Nova, 53 rueMaurice Sarraut, à Tourcoing (59). Infos: 03.20.25.02.89.

Le vendredi 31 octobre, 20h00 Fado avec Andreia Filipa, accompagnéepar Filipe de Sousa et Hugo Miguel. Res-taurant Sinfonia, 132 avenue Henri Gi-noux, à Montrouge (92). Info: 01.46.56.70.04.

Le samedi 1 novembre, 20h30 Sud-Express Paris-Lisbonne. Un voyage enfado. La Menuiserie, 57 rue Jules Auffret,à Pantin (93).

Le vendredi 7 novembre, 20h00 Fado avec Andreia Filipa accompagnée parHugo Miguel et Filipe de Sousa, au restau-rant Chez Borges, au 56 rue Av. AnatoleFrance, à Vitry-sur-Seine (94). Infos: 01.47.18.78.88.

Le samedi 8 novembre, 20h30 Fado avec Dina, Cláudia, Paula, Fernanda,Miguel M, Jorge, J. Silva à l’Espace Culturelet Congrès, 2 bis avenue de la Vialle, àCeyrat (63). Infos: 06.88.94.71.41.

Le dimanche 9 novembre, 15h30 Fado avec Dina, Cláudia, Paula, Fernanda,Miguel M, Jorge et J. Silva à l’Espace Cul-turel et Congrès, 2 bis avenue de la Vialle,à Ceyrat (63). Infos: 06.88.94.71.41.

Le vendredi 14 novembre, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde... ou pres-que», présentée par Jean-Luc Gonneau,avec Conceição Guadalupe, accompagnéspar Filipe de Sousa (guitarra), Nuno Este-vens (viola), et Nella Gia (percussions). Plusartistes invités. Uniquement sur réserva-tion. Les Affiches/ Le Club, 7 place SaintMichel, à Paris 5. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 15 novembre Dîner fado avec Conceição Guadalupe, ac-compagnée par Manuel da Silva (guitarra)et Zeca Afonso (viola). La Grange du Fau-bourg, 35 rue du Faubourg de Chartres,Dourdan (91). Infos: 01.64.59.31.50.

Le mercredi 19 novembre, 20h00 Fado avec Andreia Filipa accompagnée parHugo Miguel et Filipe de Sousa. RestaurantShow Devant, Esplanada Pierre Yves Cos-nier, à Villejuif (94). Infos: 01.49.60.61.70.

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Filipe albuquerquetermina 3° no Lemans series doestoril

A equipa do português Filipe Albu-querque ficou em terceiro na cor-rida do European Le Mans Series noautódromo do Estoril, falhandoassim a possibilidade de ganhar oCampeonato europeu de automobi-lismo de resistência, conquistadopela Signatech.Para vencer o European Le MansSeries, a equipa do piloto português- que partilha o volante do Jota SportZytek Z11SN Nissan com os ingle-ses Simon Dolan e Harry Tincknell -precisava de anular uma desvanta-gem de nove pontos para a equipaSignatech Alpine, ou seja, precisavade ganhar e esperar que os france-ses fizessem terceiro lugar ou pior.A vitória na corrida de quatro horasfoi para a equipa Sebastien LoebRacing (Oreca Nissan), com o se-gundo lugar a ir para a Newblood byMorand (Morgan Judd).A Signatech Alpine terminou emquinto lugar, o que lhe garantiu a vi-tória no European Le Mans Seriesde 2014 (repetindo o feito de 2013).A equipa de Filipe Albuquerque ter-minou o campeonato na segundaposição, com 74 pontos e apenas aquatro dos Campeões.Numa corrida em que saiu da“pole-position”, Filipe Albuquerquecumpriu o seu período de 45 minu-tos de condução sem perder o pri-meiro lugar e abrindo mais de 10segundos de vantagem para o se-gundo, na altura o Signatech Alpine.No entanto, na obrigatória troca depilotos, o inglês Simon Dolan - o pi-loto menos experiente dos três quecompõem a equipa Jota - teve vá-rios deslizes (fez um pião e umasaída de pista) e acabou mesmo porperder, primeiro, a liderança e de-pois vários lugares. Assim, Dolanentregou o carro a Harry Tincknell,para os 45 minutos finais, já compoucas hipóteses de chegar à vitó-ria.À margem de uma corrida commuita gente nas bancadas, a Fede-ração do Desporto e a entidade or-ganizadora, a Associação deComissários de Desportos Motoriza-dos do Estoril (ACDME), assinaramum protocolo para comparticipaçãode equipamento para os comissá-rios.

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31tempo livrele 22 octobre 2014

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Le vendredi 28 novembre, 21h00 Soirée fado organisée par Radio Alfa, avecCarlos do Carmo, Cuca Roseta et NatáliaJuskiewicz. Salle Vasco da Gama, 1 rueVasco da Gama, à Valenton (94). Infos: 01.45.10.98.60.

Le vendredi 14 novembre, 20h45 Concert de Carmen de Souza (Jazz et sau-dade du Cap Vert), dans le cadre de la Se-maine de la solidarité internationale.Espace Prévert, 4 place du Miroir d’eau, àSavigny-le-Temple (77). Infos: 01.64.10.55.10.

Le vendredi 21 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au Zénith Arena, 1boulevard des Cités Unies, à Lille-Euralille(59).

Le samedi 22 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert aux Arènes, 5 avenueLouis le Débonnaire, à Metz (57).

Le vendredi 28 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au Summum, rueHenri Barbusse, à Grenoble (38).

Le samedi 29 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au Zénith d’Auvergne,Plaine de Sarliève, à Clermont Ferrand (63).

Le dimanche 30 novembre, 18h00 Tony Carreira en concert au Halle Tony Garnier,20 place docteurs Charles et Christophe Mé-rieux, à Lyon 07.

Le vendredi 24 octobre, 20h00 Soirée musique avec Andreia Filipa, Hugo Mi-guel, Judy, Manu et Vamar. Restaurant Sinfo-nia, 132 avenue Henri Ginoux, à Montrouge(92). Info: 01.46.56.70.04.

Le samedi 25 octobre, 19h00 Soirée dansante avec Elena Correia et balanimé par Baila Portugal. Organisée par l’As-sociation départementale des Portugais deSoissons. Salle Georges Brassens, à Ville-neuve Saint Germain (02).

Le samedi 25 octobre, 21h00 Spectacle de José Malhoa et Nelson Costa(avec ses ballerines), suivi d’un bal avec l’or-chestre Hexagone, organisé par l’AssociationEstrelas do Mar. Scène Watteau, place duThéâtre, face à la gare de Nogent-Le Perreux,à Nogent-sur-Marne (94).

Le samedi 25 octobre, 21h30 Spectacle avec Norberto Ferreira (O Carrodo Amor) suivi d’un bal avec l’orchestreBanda Almeida. Foire d’Expositions, SalleAragon, à Pau (64).

Le samedi 25 octobre, 19h00 Dîner dansant «Made in Portugal» animépar le duo musical Dat2Pé, avec la partici-pation du chanteur David Alexandre. Orga-nisation de Dan Tibério. L’Ours Dansant,RD6015 (RN15), entre Heudeboville(A13) et Gaillon, à Fontaine Bellenger(27). Infos: 02.32.52.15.53.

Le dimanche 26 octobre, 12h00 Repas avec de la morue suivi d’une anima-tion musicale pendant l’après-midi, orga-nisé par l’Association Franco-Portugaised’Albi (81). Infos: 06.45.81.21.01.

Le samedi 1er novembre, 21h00 Fête Latina 8 transformée en discothè-que géante avec Axel Tony, Logobi Gt,Lylloo, Lee Mashup, Bel Mondo, Kama-leon, Edalam & Cuban Mob & StoneWorley, David Moka, Helly Harma, McBenoit & Dj Hym R. Organisée par l’as-sociation Centre Pastoral Portugaisd’Argenteuil. Salle Jean Vilar, 9 boule-vard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le dimanche 2 novembre, 12h30 Fête portugaise organisée par l’Associa-tion ‘Uma Casa Portuguesa’ avec ElenaCorreia et ses danseuses, FernandoCorreia Marques, Rosa Taipine & DavidCorreia. Salle des Fêtes de Boug SaintMaurice (73). Infos: 06.21.41.51.89.

Le samedi 8 novembre, 19h00 Soirée portugaise avec Mike da Gaita etses danseuses. Bal avec l’orchestreEmosons. Participation du Groupe folk-lorique Os Minhotos de Roubaix. Orga-nisée par Les Provinces du Portugal.Salle Wattremez, à Roubaix (59).

Le samedi 8 novembre, 21h00 Rencontre de concertinas organisée parl’Arcop de Nanterre. Salle des Congrès, ruedu 9 mai 1945, à Nanterre (92).

Le samedi 15 novembre, 20h00 Fête portugaise avec Carlos Pires, JorgeLoureiro, Naty et banda, organisée parl’ACIP- As Lavradeiras do Minho. SalleLouis Labé, avenue Robert Shumann, à St.Symphorien d’Ozon (68). Infos: 06.84.89.68.72.

Le samedi 22 novembre, 21h00 Spectacle portugais avec Paula Soares,Jorge Amado et ses danseuses et BandaLatina, organisé par l’Association Sportiveet Culturelle de Persan. Salle Marcel Ca-chin, place Salvadore Allende, à Persan(95). Parking gratuit. Infos:06.08.86.85.00.

Le dimanche 23 novembre, 14h30 Spectacle de Jorge Ferreira et son orches-tre, Mike da Gaita avec son orchestre et sesdanseuses et la révélation brésilienne Cley-ton Nunes. Organisé par Portugal Magazineet FP Productions. Salle Jean Vilar, 9 bou-levard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.63.78.17.13.

Le dimanche 26 octobre, 14h00 Festa das Vindimas avec la participationdes groupes Aldeias de Portugal de Fonte-nay-sous-Bois, Caravelas de Bondy, Floresde Portugal de Villemomble, Aldeias de Por-tugal de Champigny-sur-Marne, Sol de Por-tugal de Amiens, organisée par l’ARCP.Salle Jacques Brel, 164 bd Galieni, à Fonte-nay-sous-Bois (94). Infos: 06.46.32.76.15.

Le dimanche 9 novembre, 14h00 Festival de folklore organisé par l’Arcop deNanterre, avec les groupes Casa da Barcade Thoiry, Meu País de Maisons Alfort,Casa de Portugal de Plaisir, Flores de Por-tugal de Puteaux, UCP de Cergy Pontoiseet Arcop de Nanterre. Salle des Congrès,rue du 9 mai 1945, à Nanterre (92).

Les 24, 25 et 26 octobre VI Festival Arroz de Sarrabulho à moda dePonte de Lima, par le Chef Manuela. Fadoet musique de variétés. Restaurant Sinfo-nia, 132 avenue Henri Ginoux, à Mon-trouge (92). Infos: 01.46.56.70.04.

Le mardi 11 novembre, 15h30 4ème Fête des Châtaignes organisée parl’Association Culturelle Portugaise. Musi-que et produits portugais. Dégustation dechâtaignes offertes par la ville de Chaves.Parvis de l’église St Jean Baptiste, 158avenue Charles de Gaulle, à Neuilly-sur-Seine (92).

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No próximo sábado, dia 25 de outu-bro, a convidada do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien é a cantoraElsa, para apresentar o seu novoálbum.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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