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Administração – Princípios e Tendências – Francisco Lacombe – Editora Saraiva Glossário 1 GLOSSÁRIO Parte 1 abordagem clássica: forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se definir a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, determinadas por meio de uma compreensão precisa e metódica do trabalho a ser executado. (Ver escola clássica da administração). abordagem comportamental: Forma de administrar que prioriza a importância de se compreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio deles. A ênfase desta abordagem são as pessoas e suas formas de comportamento, as maneiras de integrar os objetivos das pessoas com os da organização, as melhores formas de motivá-las e as melhores formas de administrar e liderar considerando as pessoas que compõem a organização. Mary Parker Follet foi a pioneira desta abordagem com estudos que, realizados na década de 1920, são atuais ainda hoje. Esta abordagem ganhou grande ímpeto com os estudos realizados em Hawthorne pela Western Electric Company. Os estudos, iniciados em 1924 e terminados no final da década dos trinta sob a supervisão de Elton Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais importante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluíram, após estudos e entrevistas com o pessoal da produção, que o que realmente motivava os empregados era a tenção que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administração da empresa, bem como a identificação dos empregados com os administradores e a empresa. A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar os empregados e com as relações entre as pessoas. Esta abordagem teve outro ímpeto com a publicação do livro Administrative Behavior de Herbert Simon em 1945. Entre os autores desta abordagem encontram-se Maslow, McGregor, Likert, Chris Argyris, Herzberg, Blake, Mouton, Reddin e muitos outros. abordagem contingencial: forma de administrar que diz que o melhor estilo gerencial e as melhores decisões dependem, em cada caso, de muitos fatores, como do ambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situação específica em que ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões. Um aspecto importante dessa teoria é a conclusão de que as condições do ambiente é que causam as transformações no interior das organizações e a de que não se consegue alto nível de sofisticação organizacional com a aplicação de um só modelo. abordagem sistêmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy num esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do conhecimento. A abordagem sistêmica compreende o estudo das organizações e das formas de administrar baseados no conceito de que a organização é um sistema aberto que interage permanentemente com o ambiente no qual está inserido e é composto de subsistemas que interagem entre si. O foco é a interação da organização com o ambiente. (Ver visão sistêmica). ação ordinária: título que caracteriza ao seu possuidor a propriedade de uma parcela da companhia. As ações ordinárias dão direito a votos nas assembléias gerais proporcionalmente ao número de ações possuídas. Os proprietários de ações

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GLOSSÁRIO

Parte 1

• abordagem clássica: forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se definir a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, determinadas por meio de uma compreensão precisa e metódica do trabalho a ser executado. (Ver escola clássica da administração).

• abordagem comportamental: Forma de administrar que prioriza a importância de se compreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio deles. A ênfase desta abordagem são as pessoas e suas formas de comportamento, as maneiras de integrar os objetivos das pessoas com os da organização, as melhores formas de motivá-las e as melhores formas de administrar e liderar considerando as pessoas que compõem a organização. Mary Parker Follet foi a pioneira desta abordagem com estudos que, realizados na década de 1920, são atuais ainda hoje. Esta abordagem ganhou grande ímpeto com os estudos realizados em Hawthorne pela Western Electric Company. Os estudos, iniciados em 1924 e terminados no final da década dos trinta sob a supervisão de Elton Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais importante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluíram, após estudos e entrevistas com o pessoal da produção, que o que realmente motivava os empregados era a tenção que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administração da empresa, bem como a identificação dos empregados com os administradores e a empresa. A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar os empregados e com as relações entre as pessoas. Esta abordagem teve outro ímpeto com a publicação do livro Administrative Behavior de Herbert Simon em 1945. Entre os autores desta abordagem encontram-se Maslow, McGregor, Likert, Chris Argyris, Herzberg, Blake, Mouton, Reddin e muitos outros.

• abordagem contingencial: forma de administrar que diz que o melhor estilo gerencial e as melhores decisões dependem, em cada caso, de muitos fatores, como do ambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situação específica em que ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões. Um aspecto importante dessa teoria é a conclusão de que as condições do ambiente é que causam as transformações no interior das organizações e a de que não se consegue alto nível de sofisticação organizacional com a aplicação de um só modelo.

• abordagem sistêmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy num esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do conhecimento. A abordagem sistêmica compreende o estudo das organizações e das formas de administrar baseados no conceito de que a organização é um sistema aberto que interage permanentemente com o ambiente no qual está inserido e é composto de subsistemas que interagem entre si. O foco é a interação da organização com o ambiente. (Ver visão sistêmica).

• ação ordinária: título que caracteriza ao seu possuidor a propriedade de uma parcela da companhia. As ações ordinárias dão direito a votos nas assembléias gerais proporcionalmente ao número de ações possuídas. Os proprietários de ações

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ordinárias são sempre os últimos a receber distribuições de lucros e, em caso de liquidação da empresa, os ativos remanescentes.

• ação preferencial: ação que tem prioridade em relação às ações ordinárias quanto ao pagamento de dividendos. Dão aos seus proprietários também prioridade, em relação aos proprietários de ações ordinárias, no recebimento dos ativos remanescentes em caso de liquidação da companhia. Em geral, as ações preferenciais não têm direito a voto nas assembléias gerais.

• ação: 1. documento que indica que seu possuidor é proprietário de uma fração da empresa que emitiu aquela ação; 2. ato; medida tomada.

• acionista: pessoa física ou jurídica que possui uma ou mais ações de uma companhia.

• administração: 1. conjunto de esforços que tem por objetivo: (a) planejar; (b) organizar; (c) dirigir; (d) coordenar e (e) controlar as atividades de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum; 2. conjunto de princípios, normas, decisões e ações visando a aproveitar da melhor forma as circunstâncias externas, de modo a utilizar o mais eficientemente possível os recursos de que dispõe a organização (pessoas, máquinas, materiais e capital) para fazê-la sobreviver e progredir; 3. é o conjunto de esforços e ações de planejamento, organização, liderança, coordenação e controle das atividades de uma unidade organizacional, área, empresa ou grupo de empresas, diagnosticando as suas deficiências e identificando os seus aspectos positivos; estabelecendo metas, planos e programas para sanar as deficiências e expandir e desenvolver os aspectos positivos; tomando, dentro do seu âmbito, as decisões e providências necessárias para transformar em realidade esses planos e programas, controlando os seus resultados, visando ao cumprimento das metas estabelecidas; 4. processo de administrar.

• administrador: pessoa responsável pelos resultados do trabalho de outros empregados que lhe são subordinados e que, portanto, ele dirige. O administrador obtém resultados por meio da sua equipe.

• administrar: 1. planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar as atividades de uma unidade organizacional, conjunto de unidades, empresa, ou grupo de empresas, diagnosticando suas deficiências e os seus aspectos positivos, estabelecendo metas, planos e programas para sanar as deficiências e expandir e desenvolver os aspectos positivos; tomando, dentro do seu âmbito, as providências e decisões necessárias para transformar em ações e realidade esses planos e programas, controlando os seus resultados, visando ao cumprimento das metas estabelecidas; 2. processo de tomada de decisões dentro dos critérios e do escopo aprovado na sua área de responsabilidade. Inclui também a execução das políticas e planos aprovados; 3. tirar o melhor partido das circunstâncias externas, de modo a utilizar o mais eficientemente e eficazmente possível os recursos disponíveis; 4. o ato de trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros.

• ambiente externo: tudo aquilo que cerca ou envolve um sistema e que o influencia ou recebe sua influência, de forma direta ou indireta. Os fatores ambientais podem estar, em alguns casos, fora do controle do sistema.

• ambiente interno: tudo aquilo que compõe um sistema, seus órgãos e recursos. Numa empresa, os recursos organizacionais, de informação, financeiros, humanos e tecnológicos.

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• análise sistêmica: análise de um sistema considerando corretamente todas as variáveis de todos os seus elementos e as inter-relações entre eles, bem como as relações do sistema com o meio ambiente.

• artesão: trabalhador altamente qualificado que com o uso de ferramentas simples e flexíveis produz exatamente o que o consumidor deseja: um item de cada vez, geralmente de natureza artística.

• assembléia geral de acionistas: reunião dos acionistas de uma empresa, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto. A assembléia assim convocada e instalada tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar todas as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.

• atividade: qualquer ação ou trabalho específico.

• atividades adjetivas: o mesmo que atividades meios.

• atividades de direção: atividades que constituem o conjunto de esforços no nível hierárquico mais alto da instituição, visando a determinar os seus objetivos e promover sua realização por meio do acionamento de recursos de qualquer tipo como: humanos, materiais, financeiros e informação.

• atividades fins: atividades que constituem o conjunto de esforços visando a realizar os fins a que se propõe a instituição. Em geral, abrangem as atividades vinculadas ao ciclo de produção da empresa, isto é, as que se iniciam com o pedido de cotação, passando por todas as etapas produtivas e terminando com o controle da cobrança. As atividades de direção são sempre, por definição, atividades fins, uma vez que estão diretamente vinculadas à determinação e realização dos objetivos.

• atividades improdutivas: terminologia alemã para atividades meios.

• atividades meios: atividades que constituem o conjunto de esforços com o objetivo de apoiar ou facilitar a realização dos fins ou das atividades fins da instituição.

• atividades produtivas: terminologia alemã para atividades fins.

• atividades quase-fins: atividades ligadas ao ciclo de produção de uma empresa, que não são consideradas atividades fins, mas que não podem ser consideradas atividades meios.

• atividades substantivas: o mesmo que atividades fins.

• bolsa de valores: instituição de direito privado, regulada pelo governo, na qual são efetuadas as trocas de ações e demais títulos mobiliários, públicos e privados, corporificando o mercado para estes títulos.

• bonificação: distribuição gratuita de ações novas aos atuais acionistas na proporção das ações que cada acionista já possui, em virtude de aumento de capital pela incorporação de reservas.

• burocracia: 1. agrupamento social em que rege o princípio da competência definida mediante regras impessoais, estatutos, regulamentos; da documentação; da hierarquia funcional; da permanência obrigatória do servidor na repartição, durante determinado período de tempo; e da subordinação do exercício dos cargos a normas abstratas (Weber). O burocrata decide em função de experiências anteriores, de precedentes e da falta de confiança nas pessoas. As regras, regulamentos e técnicas de controle estão definidos com precisão; 2. administração da coisa pública por funcionário de

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ministério, secretarias e repartições, por exemplo, sujeito à hierarquia e regulamento rígidos, e a uma rotina inflexível — complicação ou morosidade no desempenho do serviço administrativo (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).

• capital aberto: característica de uma sociedade anônima em que o capital, representado por ações, está dividido entre muitos acionistas. Para ser considerada de capital aberto, a empresa deve estar registrada na bolsa de valores e ter suas ações negociadas em bolsa.

• capital fechado: característica de uma sociedade anônima em que o capital, representado por ações, está dividido, em geral, entre poucos acionistas. Mesmo que a empresa tenha muitos acionistas, se ela não estiver registrada na bolsa de valores e não tiver, portanto, suas ações negociadas em bolsa, ela será de capital fechado.

• capital: 1. tudo aquilo que pode ser usado para gerar renda ou produzir riqueza, inclusive dinheiro, ferramentas, máquinas, direitos de propriedade sobre um bem tangível ou intangível, tempo do trabalhador; 2. instalações, máquinas e ferramentas usadas no processo produtivo de um bem.

• capitalismo: sistema econômico em que cada pessoa tem o direito à propriedade privada e, dentro de regras definidas, pode usar a sua propriedade da forma que lhe pareça mais conveniente; em particular ela pode investir dinheiro e receber juros, criar empresas com finalidades lucrativas, trabalhar em negócios, vender e comprar, sem ser impedida pelas autoridades públicas, desde que sejam respeitadas as leis vigentes.

• capitalista: pessoa que possui capital e o investe num negócio.

• cliente: 1. usuário de bens e serviços proporcionados pela empresa; 2. aquele que decide sobre a compra dos bens e serviços vendidos pela empresa; 3. aquele que paga os bens e serviços que são comprados da empresa.

• companhia aberta: companhia cujas ações e debêntures são admitidos à negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

• companhia: o mesmo que sociedade anônima, isto é, uma sociedade em que o capital é dividido em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, exceto no que diz respeito aos acionistas que têm o controle acionário da empresa e a dirigem diretamente ou escolhem seus dirigentes.

• conselho de administração: órgão de deliberação colegiada, eleito pela assembléia geral de acionistas, com poderes para fixar a orientação geral dos negócios da companhia; eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições; fiscalizar a gestão dos diretores e deliberar sobre os assuntos mais importantes da companhia.

• conselho fiscal: órgão de uma sociedade anônima, cujas pessoas são escolhidas pelos sócios, a quem cabe fiscalizar e aprovar as contas da sociedade.

• controlar: 1. acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos com previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis; 2. medida do desempenho em comparação com os objetivos e metas predeterminados, incluindo a coleta e a análise de fatos e dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e, se necessário, o ajuste dos planos; 3. assegurar que as atividades da organização levam-na em direção aos objetivos definidos. Isso envolve: medir o desempenho, compará-lo com o desejado e tomar as medidas corretivas necessárias.

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• controle: função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos e os planos formulados para alcançá-los sejam realizados.

• cooperativa: empresa formada e dirigida por uma associação de usuários ou de fornecedores de um produto, os quais se reúnem com o objetivo de desenvolver uma atividade econômica de interesse dos associados ou de prestar serviços comuns, eliminando os intermediários.

• coordenar: 1. balancear, sincronizar e integrar as ações das pessoas e as atividades das unidades organizacionais, de acordo com certa ordem e método, a fim de assegurar o seu desenvolvimento harmônico e equilibrado; 2. cooperar com todas as demais unidades da organização para que as atividades sejam executadas de forma: (a) balanceada (equilibrada, isto é, na quantidade correta); (b) sincronizada (isto é, no momento certo); (c) integrada (isto é, na direção certa).

• diretor: pessoa eleita por uma assembléia de acionistas ou pelo conselho de administração de uma empresa para participar da sua direção no mais alto nível hierárquico.

• diretoria: conjunto dos diretores de determinada empresa.

• dirigir: liderar; comandar; dar ordens; determinar o rumo da instituição. A direção requer autoridade e, portanto, implica em poder para aplicar sanções em caso de desobediência. Além disso, presume-se que a ação de dirigir é exercida nos níveis hierárquicos mais elevados da organização. (Ver atividades de direção).

• dividendo: quantia paga por uma sociedade anônima aos seus acionistas, em geral em função de lucros obtidos, por determinação da assembléia geral de acionistas, geralmente em função de recomendação do conselho de administração. O dividendo é pago aos acionistas proporcionalmente ao número de ações que cada um possui.

• divisão de trabalho: 1. Amplitude e diversidade das tarefas exercidas numa sociedade. 2. Fragmentação de uma atividade em componentes, de modo que cada pessoa seja responsável por um conjunto limitado de atividades, permitindo, com isto maior especialização, maior eficiência e desenvolvimento de habilidades específicas. 3. O processo pelo qual cada tipo de trabalho é executado pelas pessoas que são mais produtivas na sua execução, ou que possuem o menor custo de oportunidade ao executá-lo.

• empresa de capital aberto: ver sociedade anônima de capital aberto.

• empresa de capital fechado: ver sociedade anônima de capital fechado.

• empresa estatal: empresa em que o governo (federal, estadual ou municipal) tem a maior parte do capital com direito a voto.

• empresa privada: empresa em que pessoas físicas ou outras empresas privadas têm a maior parte do capital com direito a voto.

• empresa: 1. organização jurídica e social, constituída para produzir e/ou comercializar bens e/ou serviços e que possui objetivos próprios e fins lucrativos; 2. sistema organizacional contendo componentes humanos e materiais, empenhados, coordenadamente, em atividades orientadas para resultados econômicos, ligados por sistemas de informação e influenciados por um ambiente externo.

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• escola clássica da administração: teoria que enfatiza a estrutura organizacional e as funções do administrador e cujo pioneiro foi o engenheiro francês Henri Fayol, que além de definir pela primeira vez de forma holística as responsabilidades do administrador identificou também as principais funções exercidas nas organizações.

• escola da administração científica: escola de administração, que se iniciou com o engenheiro americano Frederick Winslow Taylor e cuja ênfase é a divisão do trabalho em tarefas elementares e praticamente indivisíveis e a especialização das pessoas na execução dessas tarefas, visando a obter ganhos de produtividade. Baseava-se no princípio de que, sendo os operários pouco instruídos, deveriam fazer sempre a mesma coisa, de modo a viabilizar o seu treinamento na execução de tarefas simples, conseguindo, assim, produzir melhor e mais depressa. Acreditava também que bastava descobrir a “única maneira certa” de produzir com alta eficiência, levando a extremos exageros as idéias pioneiras sobre divisão do trabalho. Essa Escola pressupunha que os objetivos das organizações e os dos empregados poderiam coincidir: o máximo de dinheiro para todos. A maior motivação dos empregados seria o ganho material. A solução consistia em montar um conjunto de incentivos financeiros para aumentar a produção.

• especialização: dedicação de uma pessoa a uma única atividade ou tarefa, de modo a obter aumentos de produtividade. A especialização é um conceito intimamente vinculado à divisão do trabalho.

• fordismo: conjunto de métodos de racionalização da produção, elaborados por Henry Ford, baseado no princípio de que uma empresa deve dedicar-se a produzir apenas um tipo de produto.

• gerir: o mesmo que administrar.

• gestão: o mesmo que administração.

• grupo de interesse: grupo informal na organização que se junta em razão de um interesse comum, em geral não relacionado aos interesses da organização.

• habilidade conceitual: o mesmo que visão sistêmica.

• habilidade humana: capacidade de trabalhar com eficácia como membro de um grupo e de conseguir esforços cooperativos neste grupo na direção dos objetivos definidos. Refere-se às aptidões para trabalhar com pessoas e para obter resultados por intermédio dessas pessoas. Requer capacidade para criar uma atmosfera de segurança, para comunicar e encorajar a comunicação entre subordinados e para compreender as necessidades e motivações dos membros do grupo.

• habilidade técnica: implica compreensão e domínio de um determinado tipo de atividade. Envolve conhecimento especializado, habilidade analítica dentro da especialidade e facilidade no uso das técnicas e do instrumental da disciplina específica.

• insumo: tudo aquilo que a organização retira do ambiente externo para ser usado no seu processo produtivo, tais como: matérias-primas, energia, informação, trabalho fornecido por empregados ou prestadores de serviços.

• liderar: conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum deste grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente de idéias e princípios. O líder empresarial deve ser capaz de alcançar objetivos por meio dos liderados e, para isso,

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conforme o tipo de liderado e a ocasião, ele age de diferentes maneiras: ele ordena, comanda, motiva, persuade, compartilha os problemas e ações, ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada momento e com o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos da empresa.

• linha de montagem: processo de produção em que os componentes do produto a ser fabricado são transportados por meios mecânicos, em geral correias transportadoras, para os locais em que ficam os operários incumbidos de montar cada componente ou conjunto de componentes no produto que está sendo produzido.

• macroambiente: amplo sistema que envolve as organizações, abrangendo os aspectos demográficos, científicos, tecnológicos, ecológicos, físicos, políticos, econômicos, sociais e culturais. O macroambiente interage permanentemente com a empresa e esta procura influenciá-lo, mas sua capacidade para isso é relativamente limitada.

• matéria-prima: produto natural, com ou sem beneficiamento, semimanufaturado ou manufaturado, que é submetido a operações no processo produtivo para se tornar um produto acabado.

• mercado: em tese, significa a existência de um grupo de compradores e de vendedores (de determinado produto, serviço, conjunto de produtos ou conjunto de serviços e produtos) que têm contatos suficientemente próximos para que suas trocas afetem as condições de compra e venda dos demais. Existe mercado quando compradores que pretendem trocar dinheiro por bens e serviços estão em contato com vendedores desses mesmos bens e serviços.

• microambiente: sistemas próximos à empresa e que interagem com ela de maneira forte e permanente. Abrange os fornecedores de insumos, os clientes reais e potenciais, os competidores reais e potenciais, e os órgãos governamentais ou regulamentadores. O microambiente influencia permanentemente a empresa e esta também procura influenciá-lo, tendo, na maioria dos casos, alguma capacidade para isso.

• nível gerencial ou administrativo: nível intermediário entre o nível institucional e o de operações. É constituído pelos administradores da empresa, que costumam ter o título de gerentes, mas podem ser também denominados superintendentes ou chefes de unidades.

• nível institucional: nível hierárquico mais elevado de uma organização, responsável pela definição dos seus objetivos principais, dos seus ramos de negócio, da sua estratégia e das principais interações com o ambiente externo. Constituem o nível institucional, geralmente, os acionistas controladores, os membros do conselho de administração, o presidente, os vice-presidentes e os diretores.

• nível operacional: nível hierárquico mais baixo da organização, em que são executadas as atividades quotidianas. É constituído pelas pessoas sem posição de chefia que executam as tarefas operacionais.

• objetivo: um propósito, em geral permanente, a ser atingido por uma organização (Instituição, empresa, grupo empresarial ou unidade organizacional).

• organização como processo: 1. o processo de organizar; 2. processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado, definir e delegar responsabilidade e autoridade e estabelecer as relações com a finalidade de possibilitar que as pessoas trabalhem

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eficazmente para atingir os objetivos (Louis Allen); 3. a arte de empregar com eficiência todos os recursos disponíveis a fim de alcançar um determinado objetivo. (Henry Dutton).

• organização como produto resultante do processo: 1. o produto resultante do processo de organização; o mesmo que instituição; 2. a forma que assume toda associação humana para atingir um objetivo comum. (James D., Mooney)

• organizar: 1. identificar e grupar logicamente, em unidades organizacionais, as atividades da empresa, em delinear e escalonar as autoridades e responsabilidades, em estabelecer as relações de trabalho entre as pessoas e órgãos que constituem a estrutura, de modo que os recursos disponíveis sejam aplicados da maneira mais eficiente e eficaz, a fim de que a empresa e empregado realizem seus objetivos mútuos; 2. o processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado; de definir responsabilidades e autoridades e estabelecer as relações entre os grupos de modo a possibilitar que as pessoas trabalhem eficazmente para atingir os objetivos.

• planejar: pensar antecipadamente o que se deseja alcançar e definir os meios e recursos para concretizar esse desejo. Isso envolve coletar informações e diagnosticar a situação; definir objetivos e metas; estabelecer políticas e procedimentos, de acordo com os objetivos definidos, para orientar as decisões; elaborar e implantar planos, programas e projetos para alcançar as metas e montar seus respectivos cronogramas para acompanhar sua execução. Manter-se sempre informado de modo a atualizar permanentemente o diagnóstico.

• privado: tudo aquilo que não é do domínio público, nem pertence ao Estado ou a uma empresa estatal.

• privatização: transferência da propriedade de uma empresa ou direito que pertencia ao governo para pessoas físicas ou empresas privadas.

• produto: 1. resultado do processo de produção de uma organização, obtido por meio da transformação dos insumos e que volta ao ambiente externo sob a forma de bens ou serviços — do ponto de vista da produção; 2. tudo aquilo que possa ser oferecido a um mercado para atenção, aquisição, utilização ou consumo e que possa satisfazer um desejo ou necessidade. Inclui objetos físicos, serviços, pessoas, lugares, organizações e idéias — do ponto de vista mercadológico (Kotler & Armstrong); 3. resultado de atividades ou processos (ABNT).

• prover recursos humanos: formar uma equipe competente, integrada e motivada, disposta a agir para o conjunto. Para isso, é necessário saber recrutar, selecionar e treinar as pessoas certas capazes de assumir responsabilidades para atingir os objetivos definidos. Inclui ainda a avaliação dessas pessoas e o esforço para manter alta a “moral” do grupo, de modo a ter sempre as pessoas certas nos lugares certos. É uma das responsabilidades básicas de todo administrador.

• sistema aberto: sistema que interage com seu ambiente.

• sistema fechado: sistema isolado, que não interage com o ambiente no qual está inserido.

• sistema: 1. conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, desenvolvendo uma atividade ou função, para atingir um ou mais objetivos; 2. um todo complexo ou organizado: um conjunto ou combinação de coisas ou partes formando um todo unitário ou complexo. (Ludwig von Bertalanffy).

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• sociedade anônima de capital aberto: sociedade anônima que tem seus títulos negociados na bolsa de valores.

• sociedade anônima de capital fechado: sociedade anônima que não tem seus títulos negociados na bolsa de valores.

• sociedade anônima: empresa que tem o seu capital dividido em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, exceto em relação aos acionistas controladores, isto é, aqueles que exercem o controle acionário da sociedade e que a dirigem ou elegem os seus diretores.

• sociedade limitada: Forma jurídica e organizacional de uma empresa que permite que a responsabilidade de alguns sócios seja limitada ao montante de dinheiro que forneceram à sociedade. A sociedade limitada não possui seu capital dividido em ações, mas em quotas, definidas num contrato social aceito por todos os sócios. A subscrição de capital ou alterações nas proporções das quotas de cada um exige a alteração deste contrato.

• sociedade por ações: o mesmo que sociedade anônima.

• taylorismo: sistema de produção industrial baseado na organização racional do trabalho e na remuneração das pessoas em função da produção alcançada, com o qual se procura estimular as pessoas para obter o máximo de produção, com alta qualidade e com o mínimo de tempo.

• taylorista: adepto do taylorismo.

• teoria: conjunto coerente de suposições inter-relacionadas para explicar alguma coisa. As suposições são aceitas sem questionamento pelos adeptos da teoria. O valor de qualquer teoria depende da sua capacidade de explicar e resolver problemas concretos e prover uma base para planejar.

• utilidade marginal decrescente: princípio econômico que diz que a necessidade de um bem diminui à medida que aumenta a quantidade possuída desse bem, podendo atingir um ponto de saturação com necessidade zero. Isto é, o último bem adicionado ao conjunto de bens possuídos tem sempre uma utilidade menor que a de cada um dos demais bens do conjunto.

• utilidade marginal: utilidade de uso da última unidade obtida pelo possuidor de um determinado tipo de bem, isto é, a utilidade da última unidade adicionada a um conjunto de bens semelhantes que uma pessoa física ou jurídica possui.

• utilidade: valor de certos bens ou serviços para satisfazer as necessidades de um indivíduo em relação à sua escala pessoal de preferências. Utilidade marginal é o valor adicional que o indivíduo receberia de uma unidade adicional de determinado bem ou serviço. Um dos princípios importantes da economia é o da utilidade marginal decrescente, isto é, quanto mais um indivíduo dispõe de um determinado bem, menor é o valor que este indivíduo receberá deste bem, ou seja, menor será a sua utilidade.

• utilitarismo: teoria, defendida por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que pode ser resumida no princípio de que a moral se justifica somente quando os desejos humanos concordam com seus preceitos e coloca a felicidade como bem supremo a ser perseguido pela humanidade, embora reconheça a impossibilidade de alcançá-la em

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sua plenitude. De forma simplificada, podemos dizer que o utilitarismo prega que se ninguém é prejudicado, a decisão é ética. Extrapolando esse princípio, é possível concluir que o balanço líquido das boas conseqüências sobre as más é o que conta para a avaliação ética da ação.

• visão sistêmica: habilidade para visualizar a organização (instituição, empresa ou grupo de empresas) como um conjunto integrado. Implica capacidade de se posicionar no ponto de vista da organização, perceber como as várias funções são interdependentes e como uma alteração em uma delas afeta todas as demais. Implica ainda capacidade de visualizar a organização dentro do seu ambiente externo e compreender as forças políticas, econômicas e sociais que atuam sobre ela. Implica, não só reconhecer essas relações, mas também saber destacar os elementos significativos em cada situação e identificar, do ponto de vista da organização, a alternativa mais adequada para ação ou decisão, considerando todos os aspectos anteriores.

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Parte 2 • analisar: decompor um todo nas suas partes e estudar cada uma separadamente.

• assessor: indivíduo que, numa organização, mantém uma relação de assessoria com o seu chefe. O assessor deve ser considerado como uma extensão da pessoa do chefe, a ele encaminhando suas sugestões e atuando sempre “em nome dele”. (Ver relação de assessoria).

• assessorar: estudar determinados assuntos especializados e sugerir medidas ou providências.

• assistir: prestar colaboração a; auxiliar.

• auditar: 1. fiscalizar, com a finalidade de assegurar que a execução esteja de acordo com os padrões e a concepção original, consubstanciados nas normas e regulamentos em vigor. 2. examinar analiticamente e avaliar os demonstrativos financeiros, bem como determinadas situações, planos, operações procedimentos ou atos e dar seu parecer a respeito.

• auditor: aquele que realiza a auditoria.

• auditoria externa: aquela que é efetuada por profissional que não é empregado da empresa e, portanto, presume-se que tenha independência para fiscalizar e opinar sobre o que examina.

• auditoria independente: o mesmo que auditoria externa.

• auditoria interna: aquela que é efetuada por pessoas da própria organização, que devem ter uma posição na estrutura organizacional que lhes permita efetuar o trabalho com autonomia e independência dos órgãos fiscalizados.

• autoridade administrativa: a autoridade de linha nos casos em que o subordinado fica funcionalmente (ou tecnicamente) subordinado a outra autoridade.

• autoridade de fiscalização: aquela que consiste em zelar pela observância de um conjunto de regras, verificando se a execução está sendo realizada de acordo com os regulamentos e normas em vigor. É a autoridade típica de uma auditoria.

• autoridade de linha: aquela que o chefe de um órgão exerce diretamente sobre seus subordinados, integrantes desse órgão. Ela envolve o direito de um chefe de dar ordens aos seus subordinados, coordenar suas ações e cobrar resultados, bem como a obrigação dos subordinados de cumprir as ordens e prestar contas dos resultados alcançados. A autoridade de linha se manifesta por meio de ordens que emanam dos superiores para os respectivos subordinados.

• autoridade funcional: autoridade confiada a determinada pessoa para, no âmbito de uma empresa, ou grupo de empresas, estabelecer critérios e normas que dizem respeito a um grupo específico de atividades, basicamente homogêneas, cujo grupamento é denominado função. Esses critérios e normas devem ser estabelecidos dentro dos objetivos e normas em vigor e após as devidas coordenações com as áreas envolvidas. É o mesmo que autoridade normativa e autoridade técnica.

• autoridade hierárquica: o mesmo que autoridade de linha.

• autoridade normativa: o mesmo que autoridade funcional e autoridade técnica.

• autoridade técnica: o mesmo que autoridade funcional e autoridade normativa.

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• autoridade: direito formal de decidir e agir, outorgada a alguém pelas normas oficiais da empresa.

• autorizar: dar permissão para alguma coisa.

• cadeia escalar: princípio de organização, definido por Fayol, que diz que a linha de autoridade, partindo do principal executivo, desce, sem descontinuidade, até os níveis mais inferiores.

• comercialização: processo de intermediação entre a produção e o consumo. consiste em colocar os bens e serviços produzidos à disposição do consumidor, na forma, momento e local em que ele esteja disposto a adquiri-los.

• critérios de departamentalização: critérios utilizados para se grupar as atividades em órgãos, para se grupar os órgãos em unidades organizacionais maiores, ou para se dividir os grandes órgãos em unidades menores.

• cronogramas: partes dos programas e projetos em que são estabelecidos as seqüências e os prazos das atividades a serem realizadas. Dessa forma, cada atividade fica associada a duas datas: uma de início de execução e outra de término de execução. O cronograma é geralmente apresentado sob a forma de gráfico, com a variável tempo no eixo das abscissas.

• definição funcional: princípio de organização, definido por Fayol, que diz que o chefe de cada órgão deve ter autoridade para coordenar as atividades do seu órgão com a organização em seu conjunto e, por isso, o conteúdo de cada posição na estrutura organizacional, bem como as suas relações funcionais, devem ser claramente definidas.

• departamentalização funcional (ou por função): critério de departamentalização em que as atividades e os órgãos são grupados com base na sua natureza, afinidade ou especialização. (Ver função).

• departamentalização por área geográfica (ou por localização): critério de departamentalização no qual todas as atividades executadas numa determinada região são grupadas e colocadas sob a chefia de um administrador local, independente da sua natureza ou do produto a que se referem. Ocorre principalmente em organizações cujas atividades são geograficamente desconcentradas.

• departamentalização por clientela: critério de departamentalização em que o grupamento de atividades é feito com o objetivo de servir a um determinado grupo de pessoas, que podem ser clientes externos ou internos, neste último caso, comumente denominados usuários. Há interesse fundamental pelo cliente, que passa a ser a razão primordial para grupar as atividades. É um critério muito comum nas áreas em que a organização se relaciona externamente, especialmente em vendas.

• departamentalização por produto ou serviço: critério de departamentalização em que se grupam num mesmo órgão todas as atividades diretamente relacionadas a um determinado produto ou serviço, independentemente da sua natureza ou especialidade.

• departamentalização: o mesmo que critério de departamentalização.

• departamento: órgão de uma instituição, cujo nível hierárquico é caracterizado por esse título. Tradicionalmente, o nível de um departamento é superior ao de uma seção.

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• descrição de função: descrição de função é uma declaração daquilo que cabe ao titular da função, definida em termos de objetivos, escopo e nível das responsabilidades, deveres e autoridades.

• divisão: órgão de uma instituição, cujo nível hierárquico é caracterizado por esse título. Tradicionalmente, divisão tem nível superior a seção. Na Europa, divisão tem, geralmente, nível inferior a departamento, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos.

• estrutura em linha: estrutura de organização na qual só existem relações de linha, ou hierárquicas.

• estrutura funcional: estrutura de organização departamentalizada pelo critério funcional no primeiro nível e na qual o único centro de resultado é a empresa como um todo.

• exclusividade da responsabilidade: princípio de organização, definido por Fayol, que diz que nenhum superior pode livrar-se, por meio da delegação, da responsabilidade pelas atividades dos subordinados. Isso significa que mesmo que um chefe tenha delegado uma atividade a um subordinado ele continuará responsável por essa atividade perante a sua própria chefia.

• executivo: titular de uma posição, em nível elevado, com autoridade de linha e/ou funcional numa organização.

• fiscalizar: inspecionar alguma coisa com a finalidade de detectar eventuais falhas. A fiscalização não envolve a ação corretiva e pode ser efetuada sobre órgãos e pessoas que não são subordinados ao fiscalizador.

• função: 1. conjunto de atividades afins e basicamente homogêneas. (As empresas têm quatro grandes funções principais: produção, comercialização, finanças e administração, que se desdobram, cada uma, em diversas subfunções). 2. é uma posição, definida na estrutura organizacional, à qual cabe um conjunto de responsabilidades afins e relacionamentos específicos e coerentes com a sua finalidade.

• funcionograma: organograma em que se indicam as principais responsabilidades de cada órgão dentro do retângulo que o representa.

• marketing: 1. conjunto de atividades que tem por fim consumar as relações de troca entre duas ou mais partes interessadas, sendo que cada parte tem algo de valor a oferecer como bens, serviços, moeda e crédito e cada parte deve ter capacidade de comunicação. 2. todas as atividades relacionadas ao processo de planejar e executar a concepção dos produtos e serviços, a quantificação da demanda, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de produtos e serviços para criar trocas que satisfaçam as necessidades das pessoas e das organizações. 3. o processo de identificar as necessidades de um conjunto de pessoas e de satisfazer a essas necessidades por meio de produtos e serviços adequados, utilizando para isso o projeto de produtos, sua divulgação, promoção e distribuição.

• O&M: organização e métodos.

• ordenar: 1. dar uma ordem; impor; determinar. 2. colocar alguma coisa em ordem; arrumar.

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• organização — como processo: 1. o processo de organizar. 2. o processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado, definir e delegar responsabilidade e autoridade e estabelecer as relações com a finalidade de possibilitar que as pessoas trabalhem eficazmente para atingir os objetivos. (Louis Allen). 3. é a arte de empregar com eficiência todos os recursos disponíveis a fim de alcançar um determinado objetivo. (Henry Dutton).

• organização — como produto resultante do processo: 1. o produto resultante do processo de organização; o mesmo que instituição. 2. forma que assume toda associação humana para atingir um objetivo comum. (James D., Mooney).

• organizar: 1. identificar e grupar logicamente, em unidades organizacionais, as atividades da empresa, em delinear e escalonar as autoridades e responsabilidades, em estabelecer as relações de trabalho entre as pessoas e órgãos que constituem a estrutura, de modo que os recursos disponíveis sejam aplicados da maneira mais eficiente e eficaz, a fim de que a empresa e empregado realizem seus objetivos mútuos. 2. processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado; de definir responsabilidades e autoridades e estabelecer as relações entre os grupos de modo a possibilitar que as pessoas trabalhem eficazmente para atingir os objetivos.

• organograma linear de responsabilidade: gráfico que mostra as interrelações entre os órgãos ou cargos e as atividades ou tarefas que lhes cabem. Consiste de uma matriz em que cada linha plotada, ao longo dos eixos das ordenadas, corresponde a uma atividade ou tarefa e cada coluna, colocada ao longo dos eixos das abcissas corresponde a um órgão ou cargo. Nas quadrículas resultantes das interseções dessas linhas e colunas, colocam-se símbolos indicativos das ações ou responsabilidades que cabem a cada órgão ou cargo em relação a cada atividade. Essas ações podem ser, por exemplo: supervisão, execução, planejamento e aprovação a forma e a disposição dos órgãos e cargos dão uma indicação da estrutura organizacional.

• organograma: representação gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma empresa (ou instituição), especificando os seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre eles.

• órgão: grupo coerente de pessoas, reunidas sob uma autoridade hierárquica única, a fim de assumir, de forma permanente, um papel determinado.

• prestar contas: manter o superior imediato (ou quem tenha delegado ou ordenado alguma coisa) a respeito do andamento do trabalho ou daquilo que foi executado: os resultados alcançados, os recursos empregados, as dificuldades encontradas e tudo mais que se refira ao que se esperava de quem recebeu a incumbência.

• produção artesanal: produção realizada por trabalhadores altamente qualificados e ferramentas simples e flexíveis para produzir exatamente o que o consumidor deseja: um item de cada vez.

• produção em massa: produção que utiliza profissionais excessivamente especializados para projetar produtos manufaturados e semi-manufaturados a serem executados por trabalhadores semi-especializados ou não qualificados, usando máquinas especializadas em uma ou poucas tarefas. As linhas de produção constituídas por essas máquinas são capazes de produzir em altíssimos volumes. O consumidor obtém preços baixos, mas poucas variedades de produtos e, em geral, o trabalho executado por muitos trabalhadores é monótono e sem sentido para eles.

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• produção enxuta: produção realizada por trabalhadores multiqualificados em todos os níveis da organização, além de máquinas altamente flexíveis e automatizadas, para produzir produtos em imensos volumes e alta variedade (James Womak et al.).

• produção: atividades que estão vinculadas à transformação dos insumos no produto que a empresa oferece aos clientes.

• produto: 1. resultado do processo de produção de uma organização, obtido por meio da transformação dos insumos e que volta ao ambiente externo sob a forma de bens ou serviços (sob o ponto de vista da produção). 2. tudo aquilo que possa ser oferecido a um mercado para atenção, aquisição, utilização ou consumo e que possa satisfazer um desejo ou necessidade (sob o ponto de vista mercadológico). 3. resultado de atividades ou processos (ABNT).

• qualidade: 1. todas as propriedades ou características de um produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer às necessidades explícitas ou implícitas dos que o utilizam, isto é, dos clientes, ou consumidores. No caso de um produto inclui a aparência estética, a durabilidade, a confiabilidade, a precisão, a segurança, o desempenho, a facilidade de instalação, operação e de manutenção, a assistência técnica prestada pelo fabricante e tudo mais que o usuário possa considerar importante para ele ou para a sociedade. 2. a totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas (ABNT).

• ratificar: confirmar; validar.

• relação de assessoria: 1. aquela que se caracteriza pela assistência proporcionada pelos assessores, por meio de estudos, pareceres e trabalhos, executados para a chefia e em seu nome. 2. relação que se caracteriza pela obrigação do assessor em auxiliar, apoiar e aconselhar o chefe, recebendo solicitações formais de estudos e trabalhos apenas por seu intermédio e a ele encaminhando os resultados desses estudos com suas recomendações e conclusões.

• relação de linha: aquela que envolve uma autoridade de linha ou hierárquica entre o superior e seu subordinado.

• relação de prestação de serviços: caracteriza-se pelo fato de uma unidade organizacional prestar serviços a outra unidade da mesma organização sem lhe estar subordinada. Essa prestação de serviços pode ser efetuada de forma automática e rotineira, como no caso de serviços de telefonia e limpeza ou mediante solicitação específica como no caso de manutenção corretiva e compras aquele que se beneficia dos serviços é geralmente denominado usuário dos serviços, ou, eventualmente, cliente interno dos serviços.

• responsabilidade: deveres inerentes a uma função ou órgão.

• seção: órgão de uma instituição, cujo nível hierárquico é caracterizado por esse título. Tradicionalmente, as seções têm nível hierárquico inferior a departamento e divisão.

• serviço: qualquer atividade ou benefício intangível que uma parte pode oferecer a outra e que não resulte na posse de algo. (Kotler & Armstrong).

• subordinação direta: subordinação a alguém sem intermediários.

• subordinação indireta: subordinação a alguém por meio de um ou mais elementos que se situam como intermediários na relação de subordinação.

• subordinar-se: estar sob as ordens de; reportar-se a.

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• subproduto: um produto resultante de um processo para fabricar outro produto e que tem importância econômica secundária em relação ao principal produto resultante desse processo.

• superintender: o mesmo que dirigir.

• supervisionar: orientar e controlar as atividades de algum órgão ou pessoa.

• supervisor de primeira linha: aquele que chefia diretamente os trabalhadores que executam as tarefas operacionais e que não têm subordinados.

• terceirizar: transferir para outras empresas atividades não essenciais de determinada empresa. (Se a terceirização for levada a extremos, o empresário passa a ser um administrador de contratos).

• unidade de comando: princípio de organização, definido por Fayol, que diz que cada pessoa na organização recebe ordens apenas de um chefe e presta contas somente a ele. Esse princípio deve ser seguido à risca nos níveis inferiores da organização. Dentro de um conceito moderno, especialmente nas estruturas matriciais, uma pessoa de nível relativamente elevado pode prestar contas a mais de um executivo na organização, embora tendo apenas um chefe de linha.

• usuário: aquele que usa produtos ou serviços prestados por outro órgão ou por outra empresa. O usuário não é necessariamente quem decide sobre a compra ou quem paga o produto ou serviço, mas, geralmente, participa da definição das especificações do produto ou serviço utilizado.

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Parte 3 • ação corretiva: medida tomada com a finalidade de corrigir alguma prática ou

operação que estava sendo executada fora dos padrões aprovados e levando a resultados diferentes dos previstos.

• aferição do resultado: registro do trabalho efetuado, à medida que vai sendo realizado, de modo que o desempenho (resultado) possa ser comparado com o valor do padrão estabelecido.

• backlog: pedidos de fornecimento que uma empresa mantém em carteira porque não teve ainda condições atender, representando uma demanda não satisfeita.

• benchmark: padrão ou ponto de referência para a comparação entre produtos, produtividade, serviços, processos, taxas de juros, por exemplo. Em geral indica um referencial de liderança. O objetivo costuma ser descobrir como as empresa líderes realizam alguma coisa e tentar imitar ou superar o desempenho dessas empresas.

• benchmarking: 1. expressão da língua inglesa, que significa o processo sistemático e permanente de identificar a melhor prática em relação a produtos, operações e processos, comparando resultados tanto dentro da organização como fora dela, com o objetivo de usar isto como orientação e ponto de referência para melhorar as práticas da própria organização. 2. técnica que consiste em fazer comparações e imitar organizações, concorrentes ou não, do mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de maneira particularmente bem feita. A essência do benchmarking é a busca das melhores práticas da administração, como forma de ganhar vantagens competitivas (MAXIMIANO, A. C. Amaru. In: Teoria Geral da Administração).

• cachorros: expressão inventada pelo Boston Consulting Group para designar uma empresa ou produto de lento crescimento e baixa participação no mercado, que geram recursos financeiros apenas para se manterem na posição em que se encontram, não permitindo reinvestimentos nem distribuição de resultados. Geralmente, não são negócios ou produtos interessantes para grandes empresas.

• caminho crítico: Ver PERT/CPM.

• cash cow: expressão inventada pelo Boston Consulting Group para designar uma empresa ou produto bem conhecido e estabelecido no mercado, no qual ocupa uma grande parcela e que não possui muitas possibilidades de expansão da produção, por estar num mercado tradicional e relativamente saturado. Ele proporciona, portanto, para a empresa que o produz, um fluxo de caixa positivo e constante, que pode ser utilizado para desenvolver novos produtos, para pagar despesas de outros negócios ou para ser distribuído aos acionistas sob a forma de dividendos.

• cash flow: expressão que significa fluxo de caixa, ou programação das necessidades financeiras.

• cenário: previsão da situação geral do ambiente externo e interno de uma empresa para uma determinada época futura, feita, em geral, com a finalidade de se formular um planejamento estratégico.

• ciclo de vida do produto: a evolução das vendas e dos lucros de um produto durante seu período de vida, envolvendo cinco estágios: desenvolvimento, introdução no mercado, crescimento, maturidade e declínio.

• conjectura: opinião ou suposição baseada em fundamentos incertos.

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• controlar: 1. acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos com previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis. 2. compreende a medida do desempenho em comparação com os objetivos e metas predeterminados, incluindo a coleta e a análise de fatos e dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e, se necessário, o ajuste dos planos. 3. consiste em assegurar que as atividades da organização levam-na em direção aos objetivos definidos. Isso envolve: medir o desempenho, compará-lo com o desejado e tomar as medidas corretivas necessárias.

• controle: função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos e os planos formulados para alcançá-los sejam realizados.

• cronogramas: partes dos programas e projetos em que são estabelecidos as seqüências e os prazos das atividades a serem realizadas. dessa forma, cada atividade fica associada a duas datas: uma de início de execução e outra de término de execução. O cronograma é geralmente apresentado sob a forma de gráfico, com a variável tempo no eixo das abscissas.

• diagnóstico empresarial: examinar a situação de uma empresa; determinar seus pontos fortes e fracos em relação à sua organização, capacidade gerencial, know-how técnico e comercial, perspectivas mercadológicas, resultados e perspectivas econômico-financeiras; dar o seu parecer a respeito, consubstanciando-o em conclusões específicas em relação a cada um desses aspectos e sugerindo medidas.

• efetividade: 1. o mesmo que eficácia. 2. eficácia com eficiência. 3. grau de satisfação das necessidades dos clientes por meio dos produtos ou serviços da organização. 4. o valor social que deve ser atribuído ao produto ou serviço, isto é, a medida do valor do produto ou serviço considerando-se a sociedade como um todo e não apenas o consumidor. (Esse tem sido o sentido mais utilizado e vem-se consagrando entre os estudiosos de administração).

• eficácia: fazer aquilo que efetivamente precisa ser feito, ou seja, a capacidade de determinar metas corretas. (A eficácia não está diretamente ligada aos meios nem à forma, mas sim à capacidade de se atingir resultados válidos, isto é, que precisam ser atingidos — do the right thing).

• eficiência: fazer bem-feito, no sentido mais amplo, aquilo que está sendo feito, isso é considerando todos os aspectos e a sua tendência, mas sem levar em consideração se o que está sendo feito é realmente o que deveria ser feito. Pode ser entendida como a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar as metas definidas. A eficiência engloba, portanto o conceito de produtividade, uma vez que engloba todos os fatores, mas perde, em alguns casos, em precisão, uma vez que algumas medidas podem conter aspectos subjetivos. (A eficiência está relacionada aos meios e à forma utilizados para atingir os resultados, sem considerar se esses resultados são válidos — do things right ).

• estratégia: conjunto de decisões e ações coerentes a serem executadas, ou os rumos a serem seguidos, para alcançar as metas de longo prazo ou os objetivos que dizem respeito à segurança, ao desenvolvimento e, no caso de uma empresa, à lucratividade.

• estratégia competitiva: estratégias e mecanismos usados pelas empresas para alcançar vantagens competitivas no mercado em que atua.

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• estrela: expressão, inventada pelo Boston Consulting Group, para designar uma empresa ou produto bem conhecido e estabelecido no mercado, no qual ocupa uma grande parcela, mas, estando num mercado em expansão, exige que os recursos financeiros positivos que são produzidos sejam reinvestidos no próprio negócio para assegurar rápido crescimento e manter ou ampliar sua participação no mercado, não permitindo distribuição de grandes dividendos aos acionistas.

• feedback: realimentação, isto é, um processo, por meio do qual, a saída do processo é, em parte, utilizada para realimentar a sua entrada, de modo a regular a forma de funcionamento. Em administração é usado com o sentido de avaliar o resultado de um processo e informar, ao responsável por ele, esse resultado e o que deve ser feito para o seu aprimoramento. É usado também como complemento de um processo de comunicação entre pessoas na forma de uma resposta do receptor ao emissor, a fim de assegurar que a mensagem original foi captada da forma desejada pelo emissor. Na teoria dos sistemas, significa a troca de informações sobre como uma unidade do sistema está operando, partindo-se do princípio que cada unidade de um sistema afeta todas as demais, de modo que se uma unidade está operando de forma inadequada, deverá ser mudada para melhor.

• fluxo de caixa: cronograma financeiro em que são previstas as datas (ou períodos) de recebimentos e desembolsos efetivos de dinheiro, as quais não coincidem com as datas em que os bens e serviços são efetivamente vendidos ou comprados, ou os compromissos assumidos.

• fluxo de caixa descontado: um fluxo de caixa em que os valores previstos para cada período são divididos pela expressão (1+i)n, sendo i a taxa de juros e n o período em que se dará o recebimento ou pagamento previsto, de modo que cada valor é convertido pela taxa de juros i para o valor presente, isto é, para a data em que é iniciado o fluxo.

• fluxograma: gráfico que representa, por meio de símbolos, o fluxo ou seqüência de procedimentos e rotinas, ou o processo de produção de um bem ou serviço.

• força motriz: ponto forte da empresa em torno do qual ela elabora seu planejamento estratégico. A idéia é explorar ao máximo esse ponto forte de modo a se tornar uma vantagem competitiva importante para a empresa. A idéia de Benjamin Tregoe é que cada empresa, num determinado momento, tem apenas uma força motriz.

• gráfico de Gantt:: tipo de cronograma em que o tamanho das barras representativas das atividades é proporcional ao tempo de sua execução.

• meta: resultado a ser atingido como conseqüência de um plano, programa ou projeto, os quais normalmente têm um prazo estabelecido para sua execução. a meta está normalmente vinculada a uma data e, geralmente se caracteriza por meio de realizações específicas e mensuráveis.

• método: procedimento, técnica ou processo utilizado para se alcançar fins determinados.

• missão: o mesmo que objetivos principais.

• norma: 1. (definição da ABNT) documento elaborado e aprovado segundo procedimentos preestabelecidos, resultantes do consenso dos interessados, contendo prescrições que visam a obter: (a) economia geral em termos de esforço humano, energia, material e outros meios necessários à produção e troca de bens e serviços;( b)

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proteção aos interesses dos consumidores por meio de qualidade adequada de bens e serviços; (c) segurança de pessoas e bens; (d) uniformidade dos meios de expressão e comunicação entre as partes interessadas. 2. veículo de comunicação que tem por objetivo: (a) definir os princípios gerais orientadores de uma ação, ou seja, as regras que regulam o que deve/ não deve, pode/ não pode ser feito, e quem decide o que, de modo a assegurar unidade e coerência de orientação e comportamento; (b) definir, de forma ordenada e racional, como executar a ação, ou seja, quem faz, o que faz, como faz e em que seqüência o trabalho é desenvolvido. (Ver também procedimentos.)

• objetivo: propósito, em geral permanente, a ser atingido por uma organização (instituição, empresa, grupo empresarial ou unidade organizacional).

• objetivos gerais: o mesmo que objetivos principais.

• objetivos principais: os propósitos mais gerais de uma organização, conseqüências naturais dos seus valores básicos, com os quais devem estar em íntima sintonia. Os objetivos principais de uma organização definem a sua razão de ser, isto é, o motivo da sua existência e constituem a primeira etapa de qualquer processo de planejamento, dando origem às metas, aos objetivos setoriais e às políticas.

• objetivos setoriais: os objetivos das grandes unidades organizacionais da organização (órgãos de nível superior das empresas). Esses objetivos devem ser compatíveis entre si e interagir na direção dos objetivos principais.

• orçamento: produto do processo de orçar.

• orçamento base zero: técnica de controle orçamentário em que todos os dispêndios são reavaliados, na sua utilidade e prioridade, cada vez que se prepara um novo orçamento, por meio de análises do tipo custo/benefício, em vez de se partir do orçamento anterior. A finalidade é reduzir dispêndios desnecessários ou não prioritários.

• orçamento de caixa: o mesmo que fluxo de caixa.

• orçar: 1. calcular. 2. estimar receitas e despesas e as respectivas épocas da ocorrência.

• padrão: medida desejada para resultados e utilizada para avaliar o desempenho.

• padrões de desempenho: valores válidos, mensuráveis, compreensíveis, significativos e realistas para medir o progresso (ou o resultado) do trabalho. Os padrões compreendem duas partes: a unidade da medida e o índice numérico para essa medida.

• PERT/CPM: 1. o instrumento de planejamento e controle em que se figura o projeto numa rede ou gráfico, no qual se representam as atividades de acordo com as respectivas relações de correspondência, de modo que o conjunto mostre a seqüência em que as atividades do empreendimento devam ser executadas. 2. um conjunto de processos e técnicas para planejamento, programação e controle de um empreendimento, operação ou projeto, tendo como característica fundamental a indicação, dentre as várias seqüências operacionais, daquela que possui duração máxima, além de permitir a indicação de graus de prioridade relativos, demonstrando distribuição de recursos e interdependência entre as várias ações necessárias ao desenvolvimento do projeto. (Definição da ABNT).

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• planejamento: 1. o processo de planejar. 2. determinação consciente da direção a ser seguida para se alcançar os resultados desejados.

• planejamento estratégico: planejamento sistêmico das metas a longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las. Diz respeito aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também e, principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida. O seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa. O planejamento estratégico visa à eficácia e procura responder às perguntas: Qual é o nosso negócio? Qual deveria ser o nosso negócio? Como deverá ser o nosso negócio daqui a X anos?

• planejamento operacional: planejamento anual, bienal, ou com um horizonte de doze meses adiante, com detalhamento semanal, mensal ou trimestral. Especifica, com a precisão praticável, que recursos devem estar disponíveis para cada produto e serviço específico e fornece cronogramas mais ou menos precisos para seu uso. O planejamento operacional visa principalmente à eficiência e a fazer da melhor forma possível aquilo que está previsto para cada uma das áreas da empresa.

• planejar: 1. estabelecer, de forma sistemática, o que se deseja para um determinado período futuro e as ações e medidas a serem tomadas, bem como a sua forma de execução, de controle e feedback sistemático e ainda os recursos necessários, a fim de que o que foi estabelecido seja alcançado. 2. decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer. 3. coletar informações e diagnosticar a situação; definir objetivos e metas; estabelecer políticas (ou diretrizes) e procedimentos, de acordo com os objetivos definidos, para orientar as decisões; elaborar e implantar planos, programas e projetos para alcançar as metas e montar os seus respectivos cronogramas para acompanhar a sua execução. Manter-se sempre informado de modo a atualizar permanentemente o diagnóstico.

• plano: 1. o instrumento que expressa concretamente o propósito geral do planejamento e que possibilita a programação das ações e atividades necessárias para a sua realização. O plano se desdobra normalmente em programas e estes, por sua vez, em projetos. 2. o produto do processo de planejamento.

• plano contingencial: plano alternativo a ser usado se o plano original não tiver condições de ser executado.

• plano diretor: o plano mais geral de determinada área funcional ou assunto, formulado de maneira abrangente e prevendo desdobramentos. em inglês, diz-se master plan.

• política: 1. conjunto de declarações escritas a respeito das intenções da instituição em relação a determinado assunto. As políticas indicam os meios e a forma desejados para se atingir os objetivos principais. As políticas, se bem estabelecidas e executadas, conduzem a esses objetivos. São formuladas, em geral, de forma ampla e proporcionam as linhas mestras para orientar as decisões mais importantes e a formulação dos objetivos setoriais e das normas. o mesmo que diretrizes. 2. conjunto de guias e intenções que traçam o rumo de uma instituição e governam suas atividades e decisões para atingir o objetivo geral para o qual a instituição foi criada.

• políticas explícitas: políticas que estão oficializadas em documentos próprios da empresa.

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• políticas implícitas: práticas genéricas correntes na empresa, que não estão oficializadas nem escritas, mas orientam as decisões dos administradores.

• premissa: suposição que forma a base de uma teoria ou plano.

• premissas básicas: o mesmo que filosofia da empresa.

• procedimentos: formas de atuação estabelecidas por critérios predeterminados e detalhados para orientar decisões recorrentes. Esses critérios devem ser definidos em normas próprias, em geral denominadas normas de procedimentos. Os procedimentos devem estar coerentes com os objetivos principais e as políticas. (Ver também normas.)

• produtividade: relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua obtenção. a produtividade é o quociente que resulta da divisão entre a produção obtida e um dos fatores empregados na produção (insumo) ou entre a produção obtida e um conjunto ponderado dos fatores de produção.

• prognóstico: antecipação de acontecimentos ou de desenvolvimento de alguma coisa, baseada em interpretação de sintomas ou ações presentes.

• programa: parte de um plano, abrangendo desdobramentos específicos.

• programar: desdobrar os planos estabelecidos em programas, definindo metas intermediárias, os projetos de que se compõem, competências e prazos.

• projeto: parte de um programa, ou, eventualmente, de um plano, cuja responsabilidade pela execução é claramente atribuída a uma empresa, unidade organizacional, ou grupos de unidades sob a liderança de determinado indivíduo. O projeto tem sempre um líder, responsável pelo que ocorre na execução do projeto e pelos seus resultados.

• simulação: a representação de um sistema da vida real em um modelo teórico, matemático, elétrico, ou qualquer outro, que permita verificar como a mudança de uma variável influenciaria o resto do sistema.

• vacas leiteiras: Ver cash-cow.

• vantagem competitiva: vantagem sobre os concorrentes, oferecendo mais valor para os clientes, seja por meio de preços mais baixos seja proporcionando maiores benefícios que justifiquem preços mais elevados. (Kotler & Armstrong).

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Parte 4 • ata: relato formal e escrito dos acontecimentos de uma conversa, reunião, assembléia,

seminário, colóquio e congresso, entre outros.

• balancear: proporcionar o suficiente de alguma coisa para contrabalançar alguma outra, isto é, equilibrar as quantidades.

• canal formal de comunicação: canal de comunicação que flui por meio da cadeia escalar ou pelas linhas formais de responsabilidade definidas pela organização.

• canal informal de comunicação: canal de comunicação que flui informalmente sem considerar a hierarquia da organização.

• circular: carta, memorando ou folheto enviado para muitas pessoas.

• comissão: o mesmo que comitê.

• comitê: órgão constituído de pessoas, lotadas em unidades organizacionais diferentes da organização, para formar um grupo, paralelo à estrutura organizacional, com a finalidade de estudar assuntos, situações, problemas ou circunstâncias, não situados dentro do âmbito e das responsabilidades dessas unidades organizacionais, mas de interesse comum a elas. Em princípio, o comitê deve chegar a conclusões e relatá-las a uma pessoa de alto nível a quem competirá ratificar estas conclusões e tomar as decisões cabíveis.

• comunicação: a comunicação é uma mensagem que envolve a transmissão de conteúdos emocionais ou intelectuais; na maioria dos casos ambos estão presentes. A comunicação envolve um fluxo de mão dupla, com um emissor e um receptor, em que o que recebe a informação responde a ela de alguma forma, de imediato ou após certo tempo.

• comunicar: transmitir uma informação ou pensamento de uma pessoa para outra por meio da linguagem escrita ou falada, de símbolos, imagens, gestos, expressões faciais, ou qualquer outra forma de comportamento verbal ou não. Esse pensamento terá conteúdos intelectuais ou emocionais.

• coordenar: 1. balancear, sincronizar e integrar as ações das pessoas e as atividades das unidades organizacionais, de acordo com certa ordem e método, a fim de assegurar o seu desenvolvimento harmônico e equilibrado. 2. consiste em cooperar com todas as demais unidades da organização para que as atividades sejam executadas de forma: (a) balanceada (equilibrada, isto é, na quantidade correta); (b) sincronizada (isto é, no momento certo); (c) integrada (isto é, na direção certa).

• definição funcional: princípio de organização que diz que o chefe de cada órgão deve ter autoridade para coordenar as atividades do seu órgão com a organização em seu conjunto e, por isso, o conteúdo de cada posição na estrutura organizacional, bem como as suas relações funcionais, devem ser claramente definidas.

• equipe: grupo em que as pessoas, além de terem um objetivo comum, atuam de forma a colocar os objetivos do grupo acima dos seus interesses pessoais dentro do grupo e, além disso, não ficam presas à burocracia e às formalidades, agindo de forma consciente em benefício dos objetivos a serem atingidos.

• feedback: expressão que significa realimentação, isto é, um processo, por meio do qual, a saída do processo é, em parte, utilizada para realimentar a sua entrada, de modo a regular a forma de funcionamento. Em administração é usado com o sentido de

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avaliar o resultado de um processo e informar, ao responsável por ele, esse resultado e o que deve ser feito para o seu aprimoramento. É usado também como complemento de um processo de comunicação entre pessoas na forma de uma resposta do receptor ao emissor, a fim de assegurar que a mensagem original foi captada da forma desejada pelo emissor. Na teoria dos sistemas, significa a troca de informações sobre como uma unidade do sistema está operando, partindo-se do princípio que cada unidade de um sistema afeta todas as demais, de modo que se uma unidade está operando de forma inadequada, deverá ser mudada para melhor.

• filtragem: alteração de uma mensagem (consciente ou inconsciente) em função de características de personalidade do emissor ou do receptor. A filtragem é com freqüência a distorção da informação para atender aos interesses pessoais do emissor ou para torná-la mais aceitável ao receptor.

• grupo: qualquer conjunto de pessoas que tenham um objetivo comum.

• grupo de trabalho: comitê temporário com prazo definido para chegar a conclusões sobre determinados assuntos. O comitê pode ser temporário ou permanente. O grupo de trabalho será sempre temporário. O mesmo que grupo de estudos.

• house organ: expressão da língua inglesa que designa um jornal interno de uma organização e cuja principal finalidade é informar seus empregados.

• integrar: unificar os interesses diversos num objetivo comum, fazendo com que os esforços individuais caminhem numa mesma direção, obtendo a maior resultante possível dessas forças individuais e um trabalho coerente, harmonioso e eficaz.

• junta: colegiado que decide sobre determinados assuntos.

• MBWA: sigla da expressão da língua inglesa Management by Walking Around, também usada para Management by Wandering Around, que significa um estilo de administração e de comunicação em que o chefe circula pelos escritórios e locais de trabalho e conversa com freqüência com os subordinados, com a finalidade de trocar informações e detectar problemas, dificuldades e oportunidades e procurar as soluções com eles.

• ombudsman: especialista de alto nível em uma organização a quem cabe receber e investigar, de forma objetiva, reclamações ou sugestões de empregados e clientes.

• público-alvo: aquela parte de uma população à qual se destina uma mensagem publicitária ou para a qual é dirigida a produção de um bem ou serviço.

• ruído: tudo aquilo que, numa comunicação, altere, confunda ou perturbe a mensagem e não tenha vinculação direta com o transmissor nem com o receptor.

• sincronizar: fazer com que as diferentes atividades, realizadas segundo seus cronogramas próprios, sejam processadas em fase, isto é, avancem com velocidades tais que o conjunto progrida de forma harmoniosa, de modo que cada atividade termine no momento certo.

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Parte 5 • absenteísmo: ausência do trabalho, em princípio sem uma razão legítima que a

justifique.

• acordo coletivo: pacto celebrado entre a administração da empresa e os representantes dos funcionários para estabelecer procedimentos a serem observados nas relações de emprego.

• adestramento: instrução aplicada com a finalidade específica de proporcionar habilidade para a execução de determinada tarefa especializada, sem preocupação com os fundamentos e as razões que deram origem àquela tarefa.

• administração salarial: conjunto de métodos que têm por finalidade a atribuição de remuneração adequada aos funcionários, assegurando a coerência interna entre os valores de salários e benefícios de cada um e a coerência externa com o mercado de trabalho, visando a proporcionar constante motivação aos empregados e controle dos custos de pessoal.

• admissão: ato de contratação de um funcionário que passa a compor o quadro de pessoal da empresa, criando, assim, um vínculo empregatício entre a empresa e o admitido.

• assalariado: trabalhador com vínculo empregatício com uma organização, cuja remuneração se denomina salário.

• aumento de mérito: aumento na remuneração de uma pessoa que trabalha para uma organização com base no seu desempenho ou no reconhecimento de suas qualificações e importância para a organização.

• avaliação de cargo: processo de se determinar o valor relativo de um cargo em relação aos demais numa organização por meio do exame de suas responsabilidades e dificuldades para a execução das suas atividades.

• avaliação de 360º: processo de avaliação de recursos humanos que utiliza múltiplas avaliações independentes, incluindo uma autoavaliação para se chegar a uma conclusão sobre o desempenho e as potencialidades do avaliado, bem como para se obter informações visando a orientar o seu desenvolvimento profissional. O nome se origina do fato que o administrador é amplamente avaliado pelas pessoas que o conhecem profissionalmente e que, em princípio atuam em áreas diversas da organização.

• avaliar: julgar; dar opinião ou parecer a respeito do mérito de uma pessoa ou de alguma coisa.

• aviso prévio: comunicação ao funcionário de que perderá seu vínculo empregatício no prazo estipulado no aviso. Os prazos de aviso prévio são regulados por lei.

• benefícios aos funcionários: remuneração extra-salarial concedida aos funcionários de uma empresa, sob forma monetária ou não. É preciso distinguir entre os benefícios obrigatórios por lei e os que são concedidos espontaneamente pela empresa. Entre os obrigatórios, incluem-se, por exemplo, o auxílio transporte, férias remuneradas e licenças de gravidez. Entre as não remuneradas podemos destacar os planos de saúde, complementação de aposentadoria, seguro de vida em grupo, uniformes e o uso de instalações recreativas e esportivas, entre outros.

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• benefícios flexíveis: benefícios proporcionados por uma organização aos seus membros, permitindo que eles escolham dentro de um amplo pacote de benefícios, oferecidos pela organização, aqueles que mais lhes interessam.

• cargo: conjunto de funções de mesma natureza e de requisitos semelhantes e que têm responsabilidades em comum. Torna-se, assim, possível, elaborar uma descrição genérica, que inclua essas responsabilidades comuns e que caracterize o cargo.

• demissão: ato de excluir um funcionário do quadro de pessoal da empresa, cortando, assim seu vínculo empregatício.

• demissão imotivada: demissão de um funcionário por decisão unilateral da empresa, sem que o empregado tenha dado motivo para que isso ocorresse. Alternativamente, pode ser que existam indícios de que a pessoa tenha agido de forma a justificar a decisão da empresa, mas essa não tem como provar. Nesse caso, a empresa tem que pagar os direitos trabalhistas previstos na legislação: aviso prévio, décimo terceiro proporcional, férias proporcionais etc.

• demissão por justa causa: 1. demissão sem direito do empregado à indenização da empresa, em virtude de falta que a empresa considera grave, isto é, demitir um funcionário da organização sem lhe pagar aviso prévio, férias proporcionais e décimo terceiro proporcional, por exemplo. Devido ao fato de ele ter, sob o ponto de vista da empresa, cometido uma falta grave. Quase sempre a pessoa demitida nessas condições entra com uma ação na justiça do trabalho reclamando o pagamento daquilo que lhe seria devido em caso de demissão imotivada. A organização deve, portanto, estar preparada para provar na justiça o seu ponto de vista.

• demover: designar alguém para uma posição menos importante e com menos status do que a que ele já dispunha na organização.

• descrição de função: descrição de função é uma declaração daquilo que cabe ao titular da função, definida em termos de objetivos, escopo e nível das responsabilidades, deveres e autoridades.

• descrição de cargo: descrição do cargo em forma padronizada para fins de sua avaliação e determinação da faixa salarial em que deve estar enquadrado, especificando as atividades que lhe cabem e os pré-requisitos exigidos para as pessoas que vão exercê-lo.

• desligamento: rompimento do vínculo empregatício por iniciativa da empresa. o desligamento pode ser por justa causa ou sem justa causa. (Ver demissão.).

• despedir: romper o vínculo empregatício; mandar embora; desligar da organização.

• dispensar: 1. demitir; desligar da empresa. 2. desobrigar alguém de alguma atividade.

• doença ocupacional: uma doença ou problema físico causado pelas condições ambientais em que o trabalho é exercido.

• efeito halo: termo técnico de avaliação de recursos humanos que consiste em julgar todas as características do avaliado em função de um conjunto homogêneo, sem considerar as diferenças de cada item da avaliação, ou, deixar-se influenciar pelas informações de terceiros sem uma crítica isenta, julgando todos os itens da avaliação da mesma forma.

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• empregado: pessoa física que presta serviços de caráter não eventual a um empregador, sob a dependência dele e mediante uma remuneração sob forma de salário.

• empregador: pessoa física ou jurídica que admite, assalaria e dirige a prestação de serviços de caráter não eventual prestados por pessoas físicas.

• encargos sociais: recolhimento de quantias e provisões contábeis para pagamentos futuros, efetuadas pelas empresas, obrigatórias por lei, calculadas em função de percentuais sobre os valores nominais dos salários dos empregados.

• entrevista de desligamento: entrevista com os empregados que estão saindo da empresa para determinar os motivos da sua saída e obter uma opinião sobre alguns pontos específicos da empresa de interesse da sua administração.

• entrevista de saída: o mesmo que entrevista de desligamento.

• equipe: grupo em que as pessoas, além de terem um objetivo comum, atuam de forma a colocar os objetivos do grupo acima dos seus interesses pessoais dentro do grupo e, além disso, não ficam presas à burocracia e às formalidades, agindo de forma consciente em benefício dos objetivos a serem atingidos.

• folha de pagamento: relação contendo o nome dos empregados, o salário base, os descontos, os acréscimos eventuais e o valor líquido a receber.

• função: 1. conjunto de atividades afins e basicamente homogêneas (as empresas têm quatro grandes funções principais: produção, comercialização, finanças e administração, que se desdobram, cada uma, em diversas subfunções). 2. é uma posição, definida na estrutura organizacional, à qual cabe um conjunto de responsabilidades afins e relacionamentos específicos e coerentes com a sua finalidade.

• grupo: qualquer conjunto de pessoas que tenham um objetivo comum.

• head-hunting: atividade de recrutamento e seleção de executivos de alto nível, por meio de empresas especializadas, denominadas empresas de head-hunting. Trata-se de uma expressão da língua inglesa que literalmente significa “caçada de cabeça”. Isso porque esse tipo de atividade é efetuado quase sempre de forma artesanal, em que os sócios e gerentes da empresa de head-hunting saem a campo pessoalmente para procurar a pessoa desejada pela empresa cliente, envidando todos os esforços para encontrar o candidato ideal.

• honorários: remuneração de profissional de alto nível, que não tem vínculo empregatício com a empresa, por um trabalho específico.

• horário flexível: o mesmo que horário móvel.

• horário móvel: sistema de horário de trabalho, no qual a empresa fixa algumas horas centrais nas quais todos os empregados têm de estar presentes, mas eles podem escolher suas horas de entrada e saída de acordo com suas conveniências pessoais, contanto que cumpram a jornada diária estabelecida.

• horista: empregado que é remunerado pelas horas efetivamente trabalhadas.

• horas extras: horas trabalhadas pelo empregado além da jornada normal fixada por lei ou pelo contrato de trabalho.

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• integrar: 1. unificar os interesses diversos num objetivo comum, fazendo com que os esforços individuais caminhem numa mesma direção, obtendo a maior resultante possível dessas forças individuais e um trabalho coerente, harmonioso e eficaz. 2. treinar um novo empregado com vistas a adaptá-lo às condições e peculiaridades da empresa.

• jornada flexível de trabalho: sistema de fixação de horários de trabalho, no qual cada empregado tem o direito de escolher sua hora de entrada e de saída, respeitado o número contratado de horas semanais e um horário base no qual todos devem estar presentes.

• justa causa: Ver demissão por justa causa.

• mercado de trabalho: oferta e procura de mão-de-obra em determinada região.

• meritocracia: sistema social no qual o êxito de uma pessoa depende exclusivamente dos seus méritos.

• negociação: uso de habilidades de comunicação e de trocas para administrar conflitos e obter resultados aceitáveis pelas partes que negociam um acordo.

• negociação coletiva: processo de negociar acordos entre os trabalhadores e as administrações das empresas como definição de salários, benefícios e condições de trabalho, entre outros. Em geral, os trabalhadores são representados por seus sindicatos. As empresas podem estar representadas pelos seus sindicatos ou pelas suas diretorias, dependendo se o acordo abrange mais de uma empresa ou não.

• nepotismo: a prática de empregar pessoas com base em parentesco ou amizade, sem considerar o mérito dos candidatos e suas qualificações.

• on-the-job-training: treinamento realizado na própria execução do trabalho. a orientação e o exemplo da chefia são considerados parte do on-the-job-training.

• pesquisa salarial: estudo sobre o valor dos salários que outras empresas do mesmo ramo ou da mesma região pagam a seus empregados que ocupam os mesmos cargos avaliados pela empresa e considerados significativos para a elaboração do seu plano de cargos e salários.

• planejamento de recursos humanos: planejamento para as necessidades futuras de pessoal de uma organização.

• plano de cargos e salários: documento que consubstancia os sistemas e os procedimentos de administração salarial da empresa. o plano de cargos e salários engloba: a. a relação dos cargos existentes e sua descrição em formulário padronizado; b. os fatores utilizados na avaliação dos cargos e os níveis de cada fator, bem como a descrição daquilo que se entende para cada fator e cada nível; c. a pontuação de cada nível em cada fator e sua justificativa; d. a avaliação resultante de cada cargo em função fatores utilizados, dos níveis atribuídos a cada cargo em cada fator e da pontuação estabelecida para cada nível; e. o grupamento dos cargos em níveis de cargos para fins de administração salarial; f. o resultado da pesquisa de mercado salarial para cada nível de cargos e sua respectiva faixa de variação.

• plano de sucessão: previsões das posições a serem ocupadas no futuro pelos administradores da empresa em função de um planejamento de recursos humanos baseado na avaliação das qualificações individuais dos administradores.

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• pro labore: expressão latina que significa a remuneração concedida a alguém por um trabalho específico.

• Promover: 1. aumentar o nível do título, status, ou remuneração de alguém. 2. fomentar; dar impulso a; fazer realizar alguma coisa.

• prover recursos humanos: formar uma equipe competente, integrada e motivada, disposta a agir para o conjunto. Para isso, é necessário saber recrutar, selecionar e treinar as pessoas certas capazes de assumir responsabilidades para atingir os objetivos definidos. Inclui ainda a avaliação dessas pessoas e o esforço para manter alta a moral do grupo, de modo a ter sempre as pessoas certas nos lugares certos. É uma das responsabilidades básicas de todo administrador.

• recrutamento: o conjunto de práticas e processos usados para atrair candidatos para as vagas existentes ou potenciais.

• remuneração: soma de tudo aquilo que é periodicamente pago aos empregados por serviços prestados, abrangendo salários, gratificações, adicionais (por periculosidade, insalubridade e tempo de serviço, entre outros), bem como todos os tipos de benefícios, financeiros.

• rotação de cargos: prática administrativa que de forma sistemática move os administradores periodicamente de um cargo para outro, visando a proporcionar treinamento em novas técnicas, visão sistêmica da organização e motivação com novas atividades.

• rotatividade de pessoal: o quociente da soma do número total de empregados admitidos numa empresa em determinado período mais o número total dos que saíram no mesmo período dividida pelo número total de empregados existentes no final do período considerado. rotatividade = (total dos admitidos + total dos que saíram) / total de empregados no final do período. Uma rotatividade muito elevada pode ser indício de políticas de pessoal deficientes.

• salário: remuneração em dinheiro recebida pelo empregado de uma instituição em troca do trabalho que é prestado ao empregador.

• salário-mínimo: o menor salário que legalmente pode ser pago ao empregado em determinada região.

• segurança no trabalho: conjunto de esforços de planejamento e execução, destinados a evitar a ocorrência de acidentes no trabalho. Um dos pontos importantes neste sentido, no Brasil, é a obrigatoriedade da existência de cipas (comissão interna de prevenção de acidentes) em determinadas empresas, conforme previsto em legislação.

• seleção: o conjunto de práticas e processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente. em geral, a unidade central de seleção faz a triagem e a seleção preliminar. a escolha final cabe à futura chefia.

• sindicato: organização de trabalhadores que tem por objetivo promover seus próprios interesses em relação a empregadores, especialmente nos assuntos de salários, promoções, condições de trabalho e segurança de emprego.

• teletrabalho: significa levar o trabalho aos trabalhadores em vez de levar esses ao trabalho. O trabalho pode ser feito em casa ou em um escritório próximo da residência, mas longe da organização para quem se trabalha. Esse sistema se tornou possível por

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meio do fax, dos microcomputadores ligados em rede, do correio eletrônico e telefone celular, entre outros que permite que um empregado ou prestador de serviço realize parte do seu trabalho em casa, ou, pelo menos, a distância da sede da organização.

• terceirizar: transferir para outras empresas atividades não essenciais de determinada empresa. A essência da terceirização consiste no fato de que a empresa não executa as essas atividades com seus próprios empregados, mas com os empregados das empresas contratadas para esse fim. Os empregados dos contratados podem trabalhar dentro ou fora das instalações do contratante. Inclui também a compra de peças, conjuntos de peças, componentes e produtos completos para serem incorporadas ao produto a ser oferecido aos clientes. (Se a terceirização for levada a extremos, o empresário passa a ser um administrador de contratos).

• treinamento: qualquer atividade que contribua para tornar uma pessoa apta a exercer uma função, atividade ou tarefa, ou para aumentar a sua capacidade para exercer melhor essas funções, atividades ou tarefas.

• treinamento no trabalho: expressão que significa a capacitação que um empregado adquire ao realizar o seu próprio trabalho, incorporando conhecimentos e experiências por meio da sua própria prática e da orientação que recebe da sua chefia.

• treinar: tornar apto para determinada função, atividade ou tarefa; capacitar ou aperfeiçoar alguém para exercer eficientemente determinada função.

• vínculo empregatício: ligação do empregado ao empregador por meio de um contrato, que pode ser substituído pela simples assinatura do representante do empregador na carteira de trabalho do empregado.

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Parte 6 • abordagem comportamental: forma de administrar que prioriza a importância de se

compreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio deles. A ênfase dessa abordagem são as pessoas, como integrar seus objetivos com os da organização, quais as melhores formas de motivá-las e as melhores formas de administrar e liderar considerando as pessoas que formam a organização.

• cultura empresarial: 1. conjunto de valores em vigor numa empresa, suas relações e sua hierarquia, definindo os padrões de comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais importantes da administração. 2. crenças em relação ao que é importante na vida e expectativas sobre o comportamento de seus membros. 3. conjunto de crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamento e formas de fazer negócios, que são peculiares a cada empresa, que definem um padrão geral para as atividades e decisões e ações da empresa e descrevem os padrões explícitos e implícitos de comportamento e as emoções que caracterizam a vida na organização. 4. conjunto de crenças e atitudes da organização em relação a: a importância das pessoas; a disponibilidade dos administradores; a aceitação do não conformismo; a clareza dos padrões; o empenho em relação ao treinamento e desenvolvimento das pessoas; a intimidade; os valores éticos e morais; a competição interna; a orientação para o mercado ou a produção; a comunicação interna; a capacidade de ação e de adaptação às mudanças externas. 5. um padrão de suposições e valores básicos — inventados, descobertos, ou desenvolvidos por um determinado grupo, à medida que ele aprende a lidar com seus problemas de adaptação externa e integração interna — que funcionaram suficientemente bem para serem considerados válidos e, portanto, para serem ensinados aos novos membros como o modo correto de perceber, pensar e sentir em relação a estes problemas. (Edgar Schein). 6. conjunto de símbolos cerimoniais e mitos que transmite as crenças e valores fundamentais desta organização para sues empregados. (William Ouchi).

• cultura organizacional: Ver cultura empresarial.

• curva da maturidade: curva plotada sobre os eixos cartesianos da grade gerencial, visando a definir o estilo de gestão e de liderança do superior em função do grau de maturidade dos subordinados. Assim, quando os subordinados têm baixa maturidade, o superior deve determinar, isto é, dar ordens. À medida que aumenta o nível de maturidade dos subordinados, o estilo deve ir mudando progressivamente para persuadir, compartilhar e delegar.

• efeito Hawthorne: modificação dos resultados de um experimento causada pelo fato das pessoas que participam dele terem conhecimento de que se trata de um experimento, alterando portanto o seu comportamento e os resultados.

• empowerment: teoria de administração de recursos humanos que sustenta que a motivação individual aumenta e os resultados melhoram quando são dadas às pessoas oportunidades de participar com maior envolvimento e poder decisório no seu trabalho e nas metas a elas pertinentes.

• escola comportamental da administração: Ver abordagem comportamental.

• estimular: 1. encorajar. 2. incentivar o interesse de alguém por alguma coisa, a fim de motivá-lo.

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• estudos de Hawthorne: estudos pioneiros conduzidos por Elton Mayo e seus colegas em Hawthorne, que demonstraram a importância das relações humanas para o aumento da produtividade.

• fatores higiênicos: de acordo com a teoria de motivação de Herzberg, são os fatores que indicam a existência ou inexistência de insatisfações no trabalho, incluindo as condições de trabalho, o salário, as políticas de pessoal da empresa, as relações com os superiores, colegas e subordinados, entre outros não incluem os fatores diretamente relacionados com a execução do trabalho em si. Segundo Herzberg, estes fatores são importantes para evitar insatisfações, mas, além de um limite, considerado razoável em função do que é normalmente oferecido pelas demais organizações, não contribuem para o aumento da produtividade.

• fatores motivadores: de acordo com a teoria de Herzberg, são os fatores que influenciam a satisfação do trabalho com base no preenchimento de necessidades vinculadas diretamente à própria execução das atividades inerentes às responsabilidades do empregado e que dizem respeito ao reconhecimento, à responsabilidade por decisões e pelos resultados, à oportunidade de aprimoramento profissional e pessoal, por exemplo.

• grade gerencial: gráfico cartesiano para medir o estilo de gestão de administradores em termos da sua preocupação prioritária em relação às pessoas ou à produção, às tarefas e às atividades. No eixo das abcissas são plotadas as prioridades em relação à produção, às tarefas e às atividades e no eixo das ordenadas as prioridades em relação às pessoas e ao relacionamento interpessoal.

• hierarquia de necessidades de Maslow: teoria do psicólogo Abraham Maslow, que diz que as necessidades humanas obedecem, em média, a uma ordem crescente de importância: necessidades fisiológicas ou básicas; de segurança; de aceitação ou social; de estima e de auto-realização. Diz a teoria que uma vez satisfeita uma necessidade de nível inferior, ela deixa de motivar e as necessidades passam para a de nível imediatamente acima.

• job enlargement: expressão da língua inglesa que significa uma abordagem para descrever funções e cargos que procura aumentar a motivação das pessoas ampliando o número de atividades, relacionadas entre si, que são alocadas a determinada pessoa. Dessa forma cada um tem uma participação mais ampla no processo de trabalho. Também pode ser chamada ampliação do trabalho.

• job enrichment: expressão da língua inglesa que significa uma abordagem para descrever funções e cargos que procura aumentar a motivação das pessoas alocando a elas atividades variadas, embora relacionadas, que envolvem algum grau de autonomia e de responsabilidade na forma de execução e de controle dos resultados. Também pode ser chamada enriquecimento do trabalho.

• líder autocrático: líder que centraliza as decisões e usa principalmente o poder legítimo, de recompensa e de punição para obter resultados dos subordinados.

• líder carismático: líder que usa sua capacidade de motivar os subordinados para obter e superar os resultados estabelecidos.

• liderança: habilidade para influenciar pessoas.

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• liderar: conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum desse grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente de idéias e princípios. O líder empresarial deve ser capaz de alcançar objetivos por meio dos liderados e, para isso, conforme o tipo de liderado e a ocasião, ele age de diferentes maneiras: ele ordena, comanda, motiva, persuade, compartilha os problemas e ações, ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada momento e com o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos da empresa.

• linking-pin: Ver pino de ligação.

• motivação: 1. é aquilo que faz uma pessoa agir ou se comportar de determinada maneira. 2. combinação de processos intelectuais, fisiológicos e psicológicos que definem a resultante das forças com que se age.

• motivadores: Ver fatores motivadores.

• necessidade: desejo de uma pessoa ou organização em relação a um produto ou serviço. A necessidade se manifesta pela expectativa que tem a pessoa ou organização de que este produto ou serviço solucione um problema, aproveite uma oportunidade ou simplesmente proporcione segurança, conforto ou bem estar, satisfazendo, no caso das pessoas, o desejo permanente de melhorar suas condições de vida.

• pino de ligação: conceito de Rensis Likert em que uma grande organização é vista como uma série de grupos que são interligados pelas chefias intermediárias, que unem seus subordinados ao conjunto da organização. O papel dos chefes intermediários é visto como um pino de ligação.

• poder: 1. capacidade de controlar indivíduos, eventos ou recursos, fazendo com que aconteça aquilo que a pessoa quer, a despeito de obstáculos ou oposições. (Max Weber). 2. capacidade para influenciar decisões, pessoas e o uso de recursos. 3. capacidade para exercer influência, isto é, para mudar as atitudes ou o comportamento de um indivíduo ou grupo.

• poder coercitivo: poder para aplicar sanções.

• poder de competência: poder baseado na aceitação de que aquele que influencia tem conhecimento e competência superior ao que é influenciado.

• poder formal: poder inerente à posição ocupada e aceito pelos influenciados como legítimo.

• poder de recompensa: capacidade do que influencia de premiar o que é influenciado.

• poder de referência: poder do que influencia baseado no desejo do influenciado de ser parecido ou se identificar com o que influencia.

• satisfação: sentimento de estar feliz ou contente com alguma coisa.

• teoria: conjunto coerente de suposições inter-relacionadas que propicia um quadro de referência para explicar alguma coisa, ou para inferir novos conhecimentos a partir dessas suposições. As suposições são aceitas sem questionamento pelos adeptos da teoria. O valor de qualquer teoria depende da sua capacidade de explicar e resolver problemas concretos e prover uma base para planejar.

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• teoria da eficácia gerencial: teoria proposta por W. J. Reddin, baseada no grid gerencial, mas bastante aperfeiçoada em relação à teoria básica do grid. Reddin define quatro estilos gerenciais básicos: dedicado, integrado, relacionado e separado, os quais podem ser mais eficazes, transformando-se nos estilos autocrata benevolente, executivo, promotor, e burocrata, respectivamente, ou menos eficazes, transformando-se nos estilos autocrata, transigente, missionário e desertor, respectivamente. O ponto fundamental da teria 3 d ou da eficácia gerencial de Reddin é que não existe um estilo ideal para todas as situações, isto é, não existe um estilo que seja intrinsecamente superior aos demais. O melhor estilo depende da situação em que se encontra o gerente e este deve se preocupar, principalmente, com a sua flexibilidade, de modo a saber analisar a situação em que se encontra e adaptar o seu estilo a cada situação. É claro, também, que ao definirmos com clareza determinada situação, deveremos procurar um gerente cujo estilo pessoal seja adequado àquela situação, pois isso não requereria uma grande necessidade de adaptação.

• teoria de Herzberg: teoria idealizada por Frederick Herzberg, que estudou de que forma e em que grau os diversos fatores motivam os empregados das empresas. Segundo ele, existem dois tipos de fatores motivacionais: (a) os que estão relacionados aos aspectos pessoais de realização profissional e ao conteúdo do trabalho como gosto pelo trabalho, aumento de conhecimentos e responsabilidade, que ele considera como os fatores motivacionais propriamente ditos e que são intrínsecos ou inerentes à pessoa; (b) os fatores externos, que dizem respeito ao ambiente de trabalho, tipo de supervisão, salário e status, entre outros que ele chamou de fatores higiênicos. Segundo Herzberg, os fatores realmente motivadores operam no sentido positivo, tendendo sempre a aumentar a produtividade e os resultados, enquanto os fatores higiênicos tendem a atuar no sentido de impedir situações negativas, isto é, se não forem adequadamente administrados, a produtividade e os resultados caem, mas não adianta aumentá-los além de determinado limite considerado razoável, porque isso não influenciaria a produtividade das pessoas.

• teoria 3 D: o mesmo que teoria da eficácia gerencial de Reddin.

• teoria X: teoria de administração, formulada por Douglas McGregor, que pressupõe que o ser humano tem aversão ao trabalho e, portanto, a maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada de punição e premiada materialmente para se esforçar e produzir eficientemente e eficazmente.

• teoria Y: teoria de administração, formulada por Douglas McGregor, que pressupõe que o ser humano aceita responsabilidades e pode considerar o trabalho da mesma forma que um jogo. Para produzirem de forma eficiente e eficaz, as pessoas devem ser motivadas em função das suas necessidades específicas, que podem incluir o relacionamento no trabalho, a perspectiva de valorização profissional e pessoal e o desafio de um projeto profissional interessante, entre outros.

• teoria Z: teoria japonesa, consolidada pelo americano de origem nipônica William G. Ouchi, que dá ênfase às tomadas de decisão por meio de grupos, procurando-se, na medida do possível, o consenso. Uma das suas contribuições importantes foi a introdução dos círculos de qualidade.

• variáveis causais da organização: aquelas que definem as características básicas da organização. São variáveis independentes e estão sob o controle da organização. Incluem-se nesse grupo os objetivos da organização, as políticas e estratégias, a tecnologia, a cultura da organização e seu sistema de valores, os sistemas de

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informações, o estilo de administração, as relações formais de autoridade e outras correlatas.

• variáveis intervenientes da organização: aquelas que refletem o estado interno da organização e dos seus recursos humanos e caracterizam a identificação dos recursos humanos com a organização. Incluem-se nesse grupo a lealdade à organização, a identificação com a organização, a capacitação do pessoal, a motivação e as percepções do pessoal, a dedicação ao trabalho, os relacionamentos interpessoais, a integração da equipe, a comunicação interna, as expectativas e aspirações do pessoal, a capacidade de tomar decisões, os sentimentos e emoções, e outras correlatas.

• variáveis finais da organização: aquelas que refletem os resultados finais financeiros e de produção, por exemplo. São variáveis dependentes das demais e são de fácil mensuração. Incluem-se nesse grupo a produção, as vendas, o lucro (resultado), a margem líquida sobre as vendas, a rentabilidade do patrimônio, a produtividade os custos, a qualidade da produção, a participação no mercado e outras correlatas.

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Parte 7 • abordagem contingencial: forma de administrar que diz que o melhor estilo gerencial

e as melhores decisões dependem, em cada caso, de muitos fatores, como do ambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situação específica em que ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões. Um aspecto importante dessa teoria é a conclusão de que as condições do ambiente é que causam as transformações no interior das organizações e a de que não se consegue alto nível de sofisticação organizacional com a aplicação de um só modelo. (Ver teoria da contingência).

• abordagem sistêmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy num esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do conhecimento. A abordagem sistêmica compreende o estudo das organizações e das formas de administrar baseada no conceito de que a organização é um sistema aberto que interage permanentemente com o ambiente no qual está inserido e é composto de subsistemas que interagem entre si. O foco é a interação da organização com o ambiente.

• adhocracia: 1. organização que, em virtude da sua flexibilidade, bem como do seu reduzido grau de formalização de comportamentos, é capaz de sobreviver em ambientes instáveis e de se amoldar à realidade cambiante do ambiente em que se encontra inserida, procurando executar, de forma eficiente e eficaz, tarefas diversificadas e complexas. 2. forma de administração sem planejamento, que procura solucionar problemas urgentes, focalizando em problemas e projetos específicos, sem uma visão sistêmica e a longo prazo da organização.

• alcance de controle: Ver amplitude de supervisão.

• ambiente externo: tudo aquilo que cerca ou envolve um sistema e que o influencia ou recebe sua influência, de forma direta ou indireta. Os fatores ambientais podem estar, em alguns casos, fora do controle do sistema.

• ambiente interno: tudo aquilo que compõe um sistema, seus órgãos e recursos. Numa empresa, os recursos organizacionais, de informação, financeiros, humanos e tecnológicos.

• amplitude de supervisão: definida pelo número de subordinados que se reportam a um determinado chefe com autoridade de linha: quanto maior a amplitude de supervisão média numa empresa, menor a necessidade de níveis hierárquicos. Essas duas variáveis devem ser consideradas em conjunto ao se montar a estrutura organizacional. a tendência atual tem sido no sentido de se aumentar a amplitude de supervisão e de se diminuir o número de níveis.

• análise sistêmica: análise de um sistema considerando corretamente todas as variáveis de todos os seus elementos e as inter-relações entre eles, bem como as relações do sistema com o meio ambiente.(Ver visão sistêmica.).

• centralização: a sistemática e consistente reserva de autoridade em pontos superiores da organização. A centralização significa que a maioria das decisões relativas ao trabalho sendo executado não é tomada por aqueles que executam ou supervisionam diretamente o trabalho, mas em um ponto mais alto na organização. Como disse Fayol: “tudo o que contribui para aumentar a importância do papel do subordinado é descentralização; tudo o que contribui para reduzi-lo é centralização”.

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• centralizar: 1. praticar, de forma sistemática, a centralização. 2. não delegar autoridade, para decisões ou deliberações sobre as atividades e o trabalho, aos níveis de sua execução.

• centro de lucro: Ver centro de resultado.

• centro de responsabilidade: Ver centro de resultado.

• centro de resultado: unidade organizacional de uma empresa que possui relativa autonomia gerencial, sendo responsável pelas suas receitas e despesas e para a qual se apura um resultado contábil ao final de cada período. O centro de resultado é administrado como se fosse uma empresa semi-independente. é o mesmo que centro de lucro. os centros de resultado constituem as unidades operacionais básicas das empresas que se organizam pela estrutura divisional.

• CEO: iniciais da expressão da língua inglesa Chief Executive Officer.

• CFO: iniciais da expressão da língua inglesa Chief Financial Officer.

• chief executive officer: expressão da língua inglesa que significa o diretor executivo de uma empresa que concentra a maior quantidade de poderes, geralmente o diretor-presidente, podendo, em alguns casos, ser o presidente do conselho de administração, ou o vice-presidente executivo. Na França, o termo usado é principal directeur général, abreviadamente PDG, sigla que tem sido também usada no Brasil para designar o principal diretor geral, termo que tem sido cada vez mais usado com o mesmo significado de Chief Executive Officer.

• chief information officer: expressão da língua inglesa que designa o principal executivo de uma empresa responsável pelas suas informações, isto é, aquele que define como as informações serão processadas, transmitidas e armazenadas. é o responsável pela segurança das informações e sua transmissão a quem delas necessita.

• chief operating officer: expressão da língua inglesa que significa o principal executivo responsável pelas operações da empresa, ou seja, o maior responsável pelas divisões operacionais, ao qual se reportam os diretores responsáveis por essas divisões ou os vice-presidentes responsáveis por grupos de divisões operacionais. Essas divisões podem ser empresas subsidiárias.

• cisão: desmembramento de uma empresa em duas ou mais empresas.

• conglomerado: grupo empresarial no qual várias empresas controladas, pertencentes à mesma empresa holding, dedicam-se a vários ramos de negócios com pouca relação entre eles, caracterizando o grupo empresarial como sendo diversificado.

• COO: iniciais da expressão da língua inglesa Chief Operating Officer, que significa o principal executivo responsável pelas operações da empresa, ou seja, o maior responsável pelas divisões operacionais, ao qual se reportam os diretores responsáveis por essas divisões ou os vice-presidentes responsáveis por grupos de divisões operacionais. Essas divisões, como dissemos anteriormente, podem ser empresas subsidiárias.

• delegar: atribuir a outrem, em todo ou em parte, a execução ou o planejamento de atividades. A delegação abrange quatro aspectos: (a) distribuição dos encargos (planejamento ou execução de atividades específicas); (b) permissão (autoridade) para assumir compromissos, empregar recursos e praticar outros atos necessários ao

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cumprimento das atividades; (c) criação da obrigação (responsabilidade) do que recebe a delegação de cumprir as atividades adequadamente e disto prestar contas a quem as delegou; (d) criação da obrigação (responsabilidade) do que delega de controlar a execução (ou planejamento) daquilo que foi delegado, exigir esta prestação de contas e avaliar os resultados. (A delegação não tira a responsabilidade de quem delegou perante a sua própria chefia).

• descentralização: processo de descentralizar. (A descentralização é muitas vezes confundida com a separação física das instalações, que, na realidade, se chama dispersão ou desconcentração geográfica das atividades. pode haver descentralização sem separação das instalações e vice-versa).

• descentralizar: delegar autoridade, de forma sistemática e consistente, para determinadas decisões aos níveis em que são executadas as atividades relativas a essas decisões.

• desenvolvimento organizacional: 1. complexa estratégia educacional, baseada na experiência, que emprega os meios mais amplos possíveis de comportamento, e que tem por finalidade mudar as crenças, as atitudes, os valores e a estrutura das organizações, de modo que elas possam melhor se adaptar aos novos mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo vertiginoso de mudança (Warren Bennis). 2. tipo de processo de desenvolvimento, abrangendo grande variedade de enfoques de comportamento e administração, destinado a tornar o comportamento e as relações entre as pessoas, numa organização, mais eficazes, principalmente por meio da investigação de problemas de comportamento, de atitudes, motivos e valores dos participantes para tornar a coordenação mais eficaz. (Koontz, O’ Donnel e Weihrich).

• diversificação: ato de estender as atividades e operações de uma empresa ou grupo empresarial a novos ramos de negócios, com ou sem relacionamento com os ramos de negócios existentes, com a finalidade de aproveitar oportunidades promissoras em outras áreas, procurar reduzir riscos para a empresa, ou, por meio do sinergismo, completar ou alavancar as operações nos negócios existentes. Na maioria dos casos, porém, a diversificação tem-se revelado um negócio arriscado, exceto quando se trata de uma integração vertical ou horizontal.

• divisionalização: separação de uma grande organização estruturada funcionalmente, em divisões autônomas, denominadas centros de resultado, que passam a operar com relativa independência. Consiste em transformar uma estrutura funcional numa estrutura divisional, em que as divisões, baseadas em serviços, produtos ou regiões geográficas, operam como se fossem empresas semi-independentes, apurando resultados por divisão e permitindo, com mais facilidade descentralizar as decisões e identificar com mais precisão os produtos, serviços e regiões que dão lucro ou prejuízo.

• empresa holding: num grupo empresarial, a empresa que possui o controle acionário de diversas empresas que formam o grupo. a empresa holding é a controladora e aquelas que ela controla acionariamente se denominam controladas ou subsidiárias.

• entropia: variável característica de um sistema fechado, que indica o grau de ordem e desordem do sistema. Quanto maior a desordem, maior a entropia. Os sistemas abertos tentam sustentar-se importando energia para compensar as tendências entrópicas. Dessa maneira, os sistemas abertos importam entropia negativa, sendo capazes de manter ou aumentar a sua ordem.

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• eqüifinalidade: princípio da teoria dos sistemas que diz que num sistema aberto podem existir muitos meios diferentes para se atingir um estado final. Num sistema fechado, ao contrário, dado um determinado estado inicial, pode-se determinar qual será o seu estado final.

• estrutura divisional: estrutura departamentalizada no primeiro nível por área geográfica ou produto, podendo, em casos especiais, ser departamentalizada por clientela. No entanto, o que caracteriza a estrutura divisional não é o fato de não ser departamentalizada no primeiro nível pelo critério funcional e sim a autonomia com que operam os órgãos no primeiro nível, subordinados ao principal executivo da empresa. A esses órgãos, que podem ser chamados de divisões ou diretorias, é delegada uma autoridade impossível de ser outorgada a uma função. Esses órgãos são administrados como centros de resultado, isto é, ao final de cada período contábil apura-se um resultado para aqueles centros, como se fossem empresas independentes.

• estrutura funcional: estrutura organizacional departamentalizada pelo critério funcional no primeiro nível e na qual o único centro de resultado é a empresa como um todo.

• estrutura matricial: 1. estrutura organizacional, na qual existem dois tipos de órgãos, os órgãos principais de trabalho, os projetos, com vida limitada à duração do projeto e os órgãos de apoio funcional, permanentes, que apoiam os projetos e os orientam em assuntos muito especializados, atuando principalmente na qualidade de prestadores de serviço. Os empregados da empresa são deslocados de um projeto para outro com relativa flexibilidade. 2. qualquer estrutura de organização que emprega um sistema de comando múltiplo, que inclui os mecanismos de apoio correspondentes e um padrão de cultura e comportamento organizacional associado. (Stanley Davis e Paul Lawrence).

• estrutura organizacional achatada: estrutura organizacional caracterizada por grande amplitude de supervisão e poucos níveis hierárquicos.

• estrutura organizacional alta: estrutura organizacional caracterizada por pequena amplitude de supervisão e grande número de níveis hierárquicos.

• exclusividade da responsabilidade: princípio de organização, definido por Fayol, que diz que nenhum superior pode livrar-se, por meio da delegação, da responsabilidade pelas atividades dos subordinados. Isso significa que mesmo que um chefe tenha delegado uma atividade a um subordinado ele continuará responsável por essa atividade perante a sua própria chefia.

• fusão: união de duas ou mais empresas em uma única.

• gerente de projetos: gerente responsável por um projeto com um prazo definido para término. O projeto se constitui em centro de resultado e o gerente de projeto é o responsável pela qualidade, pelos prazos e pelos resultados econômicos e financeiros do projeto. É típico de um gerente numa estrutura matricial.

• gerente funcional: gerente responsável por uma função específica, como administração, marketing, vendas, produção, finanças e contabilidade.

• holding: empresa que possui o controle acionário de duas ou mais empresas.

• homeostase: capacidade de um sistema aberto de conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores.

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• horizontalização: ação de uma empresa no sentido de passar a produzir ou comercializar novos produtos de alguma forma relacionados aos existentes em termos de mercado atendido ou de processo de produção utilizado. Esses novos produtos, porém, não serão nem insumos dos existentes nem devem usar os existentes como insumos, pois nesse caso o processo será de verticalização.

• integração horizontal: o mesmo que horizontalização.

• integração vertical: o mesmo que verticalização.

• lei da entropia: princípio físico e químico aplicado às organizações e que diz que à medida que a organização aumenta tende a aumentar a desordem no seu interior, isto é, os desperdícios e as disfunções tendem a proliferar. Para que isso não ocorra, as organizações devem importar energia do ambiente, isto é, importar entropia negativa, permitindo um aumento da ordem, uma diminuição dos desperdícios e das disfunções.

• matriz: estabelecimento principal de uma empresa que possui unidades descentralizadas ou desconcentradas geograficamente, que podem ser filiais, empresas subsidiárias, centros operacionais de resultado e escritórios regionais de venda, por exemplo, na matriz, em alguns casos denominada administração central, ficam sediados os principais executivos da empresa.

• principal diretor geral: Ver Chief Executive Officer.

• projeto: 1. parte de um programa, ou, eventualmente, de um plano, cuja responsabilidade pela execução é claramente atribuída a uma empresa, unidade organizacional, ou grupos de unidades sob a liderança de determinado indivíduo. o projeto tem sempre um líder, responsável pelo que ocorre na execução do projeto e pelos seus resultados. 2. unidade organizacional, envolvendo recursos humanos e materiais, que, sob a coordenação de um gerente (ou chefe, ou líder), desenvolve atividades visando a resultados definidos em prazos estabelecidos, dentro de determinadas restrições. para o projeto, assim definido, deve ser possível estimar custos e benefícios e, portanto, um retorno. (Definição usada nas estruturas matriciais)

• sinergia: o acréscimo obtido no resultado final pela utilização combinada de duas ou mais estratégias (ou elementos, ou experiências, ou esforços, ou partes de um todo, entre outros) em relação à soma dos resultados individuais obtidos pela utilização separada de cada uma das estratégias (ou elementos, ou experiências, ou esforços, entre outros). Diz-se assim que existe sinergia quando se produz um todo maior do que a soma das suas partes. O efeito resultante da combinação é superior ao efeito que resultaria da ação isolada de cada uma das partes.

• sistema: 1. um conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, desenvolvendo uma atividade ou função, para atingir um ou mais objetivos. 2. um todo complexo ou organizado: um conjunto ou combinação de coisas ou partes formando um todo unitário ou complexo. (Ludwig von Bertalanffy).

• sistema aberto: sistema que interage com seu ambiente.

• sistema fechado: sistema isolado, que não interage com o ambiente no qual está inserido.

• sistema mecânico: forma de organização que se caracteriza pelo seguinte: 1. atividades funcionais diferenciadas e especializadas, nas quais ficam divididos os problemas que a organização enfrenta; 2. definição precisa de direitos e obrigações e métodos técnicos atribuídos a cada papel funcional; 3. tradução de direitos, obrigações

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e métodos nas responsabilidades de uma posição funcional; 4. reforço da estrutura hierárquica pela concentração do conhecimento das atualidades no topo da hierarquia, na qual a reconciliação final das diversas atividades é exercida; 5. tendência para as operações e o comportamento no trabalho ser dirigido por meio de instruções e decisões tomadas pelos superiores; 6. insistência na lealdade à empresa e na obediência aos superiores como condição para continuar como membro; 7. maior importância atribuída aos conhecimentos, experiência e habilidades internas do que ao conhecimento geral (externo).

• sistema orgânico: forma de organização que se caracteriza pelo seguinte: 1. a natureza da contribuição especial de conhecimentos e experiências para as atividades comuns da organização; 2. a natureza realística da atividade individual, que é vista como um conjunto pela situação total da organização; 3. a redefinição e reajustamento contínuos das atividades individuais por meio da interação com os outros; 4. a irradiação da “responsabilidade” como um campo limitado de direitos, obrigações e métodos. (Os problemas não podem ser passados para cima, para baixo ou para os lados, como se fossem responsabilidade de outras pessoas); 5. a difusão do comprometimento com a organização além de qualquer definição técnica; 6. não se atribui a onisciência ao topo da organização; 7. as comunicações laterais são mais freqüentes que as verticais por meio da organização; as comunicações entre pessoas de nível hierárquico diferente se assemelham mais a consultas do que a ordens; 8. o conteúdo das comunicações tende a consistir mais de informações e orientações do que a instruções e a ordens; 9. o comprometimento e a identificação com a organização e com sua expansão e progresso tecnológico e material são mais valorizados do que a lealdade e a obediência.

• stakeholder: palavra da língua inglesa que significa todo aquele que é direta ou indiretamente afetado pelas atividades da organização e que também a afeta.

• stakeholder externo: stakeholders que atuam no ambiente externo à organização como: governo, mídia, sindicatos, fornecedores, clientes e competidores.

• stakeholder interno: stakeholders que atuam dentro da organização, basicamente, sócios e empregados.

• teoria da contingência: teoria que diz que: “a administração deve estar preocupada acima de tudo em atingir boas medidas. Diferentes enfoques em administração devem ser necessários para desempenhar diferentes atividades dentro da mesma organização e tipos bem diferentes ou espécies de organizações são necessários em diferentes tipos de ambientes (Gareth Morgan).

• unidade estratégica de negócios: parte ou divisão de uma grande empresa, organizada na estrutura divisional, que se constitui em centro de resultado e é administrada com alguma autonomia, possuindo essa divisão objetivos específicos e estratégia própria de fazer negócios.

• verticalização: ação de uma empresa no sentido de atuar em mais de um estágio do processo produtivo, passando a produzir os insumos que comprava de terceiros ou os produtos fabricados pelos clientes. a verticalização significa, portanto, a substituição de transações de mercado por transações internas.

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Parte 8 • análise de custo/benefício: estudar de forma sistemática e comparar os custos e os

benefícios resultantes de diversas alternativas para o uso dos recursos disponíveis.

• análise de sensibilidade: análise do efeito produzido pela alteração de uma variável crítica sobre o resultado de um empreendimento ou de um projeto.

• análise sistêmica: análise de um sistema considerando corretamente todas as variáveis de todos os seus elementos e as interrelações entre eles, bem como as relações do sistema com o meio ambiente. (Ver visão sistêmica.).

• árvores de decisão: representação gráfica de decisões seqüenciais alternativas e dos seus resultados prováveis.

• brainstorming: expressão da língua inglesa que significa literalmente tempestade cerebral e designa o processo de solução de problemas pelo qual os participantes de um grupo, quando confrontados com um problema, geram inúmeras soluções sem direito a formular nenhuma crítica. Cada participante é encorajado a dizer qualquer coisa que lhe venha à mente. As críticas só são feitas depois de apresentadas todas as soluções possíveis, viáveis ou não.

• decidir: resolver; escolher entre diversas alternativas.

• decisão estratégica: aquela que é tomada pela administração superior da organização e determina a natureza dos negócios.

• decisão programada: escolha de alternativas para problemas rotineiros ou repetitivos, geralmente pré-definidos por meio de políticas, procedimentos e práticas.

• decisão não programada: solução específica criada para resolver um problema determinado e não rotineiro, quase sempre por meio de um processo não estruturado.

• intuição: modo de raciocinar baseado principalmente na experiência, por meio do qual a avaliação da situação e o julgamento das alternativas existentes são feitos de forma inconsciente e automática.

• modelagem: 1. simulação de determinadas condições ou atividades por meio de um conjunto de equações sobre um conjunto de dados. 2. representação abstrata e, em geral, simplificada de uma realidade.

• modelo: o resultado do processo de modelagem.

• simulação: a representação de um sistema da vida real em um modelo teórico, matemático, elétrico, ou qualquer outro, que permita verificar como a mudança de uma variável influenciaria o resto do sistema.

• sistema de apoio à decisão: sistema interativo que proporciona ao usuário acesso fácil a modelos decisórios e dados a fim de dar apoio a atividades de tomada de decisões semi-estruturadas ou não estruturadas. (Mann & Watson).

• sistema de informações gerenciais: sistema organizado e integrado de geração, processamento e comunicação de dados e informações aos diversos níveis da administração para efetivação da função gerencial. O que caracteriza na empresa o sistema de informações gerenciais não é o fato de se dispor de um conjunto de informações arrumado de forma inteligível, mas sim sua integração, consistência, processamento e comunicação. Para isso, é indispensável que as informações sejam geradas a partir de um bando de dados estruturado.

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• teoria dos jogos: conjunto de técnicas matemáticas para analisar situações de confronto entre pessoas e grupos decorrentes da competição.

• tomada de decisão: processo de identificar problemas e oportunidades e escolher uma linha de ação para solucionar o problema ou aproveitar a oportunidade.

• tomada intuitiva de decisões: decisão baseada na experiência e no bom senso, de forma inconsciente, em vez de baseada na estruturação racional, lógica e consciente do processo decisório.

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Parte 9 • adhocracia: 1. organização sofisticada que, em virtude da sua flexibilidade, bem como

do seu reduzido grau de formalização de comportamentos, é capaz de sobreviver em ambientes complexos e instáveis e de se amoldar à realidade cambiante do ambiente em que se encontra inserida, procurando executar, de forma eficiente e eficaz, por meio de equipes formadas com fins específicos, tarefas diversificadas e complexas. 2. forma de administração sem planejamento, que procura solucionar problemas urgentes, focalizando em problemas e projetos específicos, sem uma visão sistêmica e a longo prazo da organização.

• aliança estratégica: alianças entre duas ou mais instituições que devem possuir três características necessárias e suficientes: (a) as duas ou mais firmas que se unem para alcançar um conjunto de resultados permanecem independentes após a formação da aliança; (b) as empresas associadas partilham os benefícios da aliança e do controle sobre o desempenho das tarefas designadas - talvez a característica mais específica dessas alianças e a que as torna tão difícil de serem administradas; (c) as empresas associadas contribuem numa base contínua em uma ou mais áreas chaves estratégicas, por exemplo: tecnologia e produtos.

• burocracia: 1. agrupamento social em que rege o princípio da competência definida mediante regras impessoais, estatutos, regulamentos; da documentação; da hierarquia funcional; da permanência obrigatória do servidor na repartição, durante determinado período de tempo; e da subordinação do exercício dos cargos a normas abstratas (Weber). O burocrata decide em função de experiências anteriores, de precedentes e da falta de confiança nas pessoas. As regras, regulamentos e técnicas de controle estão definidos com precisão. 2. burocracia é administração da coisa pública por funcionário (de ministério, secretarias e repartições, entre outros) sujeito a hierarquia e regulamento rígidos, e a uma rotina inflexível —complicação ou morosidade no desempenho do serviço administrativo (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).

• CCQ: sigla de círculos de controle de qualidade ou círculo de qualidade.

• círculo de qualidade: 1. pequeno grupo voluntário de empregados que se reúne regularmente para identificar e analisar problemas, relacionados ao trabalho e apresentar e, eventualmente, implantar soluções tendo em vista tentar melhorar a qualidade, aumentar a eficiência e reduzir os custos dos produtos e serviços. 2. “círculo de controle da qualidade — CCQ é formado por um grupo de empregados, geralmente de um mesmo nível funcional ou pertencentes a uma mesma área de trabalho, que identificam problemas ou assuntos relacionados com a sua atividade. A composição destes grupos é totalmente voluntária, de iniciativa dos próprios empregados e deve ser prestigiada e apoiada pelo gerente ou supervisor imediato. O CCQ não tem poder decisório. Meramente identifica problemas, estuda-os e sugere soluções. A decisão final cabe sempre ao gerente ou supervisor imediato. Este aspecto é fundamental, pois o movimento de CCQ não quebra a cadeia hierárquica da organização, não coloca em risco a função gerencial, mas funciona como prestimoso auxiliar do gerente.” (Cerqueira Neto).

• comunicação: 1. o ato de comunicar. 2. a comunicação é uma mensagem que envolve a transmissão de conteúdos emocionais ou intelectuais; na maioria dos casos ambos estão presentes. A comunicação envolve um fluxo de mão dupla, com um emissor e um receptor, em que o que recebe a informação responde a ela de alguma forma, de imediato ou após certo tempo.

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• conhecimento: mistura fluida de experiência estruturada, valores, informações contextuais e discernimento técnico que proporciona uma estrutura para avaliar e incorporar novas experiências e informações. Ele se origina e é aplicado nas mentes das pessoas que possuem conhecimento. Nas organizações, torna-se muitas vezes embutido não só em documentos ou em depositários, mas também nas rotinas, processos, normas e práticas organizacionais. (Davenport e Prusak).

• dados: 1. registros sobre fatos, passíveis de serem ordenados, analisados e estudados para se alcançar conclusões. 2. conjunto estruturado de registros sobre fatos e transações. (Ver informação).

• desburocratização: significa: (a) reduzir custos com procedimentos, papéis e atividades inúteis; (b) reduzir controles cujo custo seja superior ao custo do que é controlado; (c) melhorar o atendimento aos usuários ou consumidores; (d) proporcionar aos funcionários a oportunidade de desenvolverem sua iniciativa e criatividade; (e) agilizar o processo administrativo, por meio da descentralização de autoridade. Em suma: desburocratizar é administrar de forma mais humana e eficaz, confiando mais e punindo os que não correspondem à confiança, dando mais valor às palavras e aos fatos do que aos documentos. A desburocratização pode ser vista como uma redução das atividades e trabalhos que não agregam valor ao produto ou serviço prestado aos clientes e que atendem apenas a exigências internas da organização.

• downsizing: expressão da língua inglesa que significa literalmente reduzir o tamanho de uma organização, especialmente pela redução planejada do número de empregados, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a flexibilidade e adaptabilidade da organização. Esse procedimento pode trazer vantagens em relação a esse objetivo, mas, se o processo for levado a extremos, pode causar problemas com a perda do espírito de equipe e da “memória” da organização, isto é, perda de pessoal experiente, que domina o know-how e o conhecimento do negócio.

• estrutura organizacional achatada: estrutura organizacional caracterizada por grande amplitude de supervisão e poucos níveis hierárquicos.

• gestão da qualidade: modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade e baseado na participação de todos os seus membros, visando ao êxito a longo prazo, por meio da satisfação do cliente e dos benefícios para todos os membros da organização e para a sociedade. (Norma ISO 8.402).

• gestão do conhecimento: conjunto de esforços ordenados e sistematizados visando a criar novo conhecimento, difundi-lo na organização como um todo para ao que dele precisam para o seu trabalho e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas, bem como a protegê-lo contra o uso indevido.

• globalização: 1. integração crescente de todos os mercados (financeiros, de produtos, serviços e mão-de-obra, entre outros), bem como dos meios de comunicação e de transportes de todos os países do planeta. A globalização tende a exigir maior preparo cultural e profissional de todos os que participam do mercado de trabalho. 2. processo em que a vida social nas sociedades sofre influências cada vez maiores de todos os países, incluindo os aspectos políticos, econômicos, culturais, artísticos, moda e meios de comunicação, entre outros.

• hot money: expressão da língua inglesa que significa literalmente “dinheiro quente”. Refere-se ao dinheiro que se transfere rapidamente de um centro financeiro para outro

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em busca de rendimentos mais altos a curto prazo ou de maior segurança, neste último caso quando há risco presumível de desvalorização cambial.

• informação: 1. dados que foram organizados e ordenados de forma coerente e significativa para fins de compreensão e análise. 2. é uma mensagem na forma de um documento, ou de uma comunicação visível ou audível. (Davenport e Prusak). 3. conjunto de dados, ordenados e estruturados que possuem relevância e finalidade. (Peter Drucker). (Ver comunicação.)

• ISO: sigla de International Standards Organization.

• ISO 9000: certificado, emitido pela iso, que atesta que um produto possui consistentemente padrões de qualidade reconhecidos como excelentes em termos internacionais e é muito útil para as empresas exportadoras.

• knowledge worker: expressão da língua inglesa que significa literalmente trabalhador com saber e deve ser entendido como aquele que sabe mais sobre o seu trabalho do que todos os demais na organização. (Peter Drucker)

• learnig organization: organização com capacidade para criar, adquirir e transferir conhecimento, bem como para modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e discernimentos. Existem várias traduções para esse conceito formulado em inglês, sendo o mais comum organização que aprende. (David Garvin).

• organização que aprende: Ver learning organization.

• organização virtual: caracteriza-se pelos elos interorganizacionais que proporciona, sem necessidade de possuir uma localização ou estrutura física. Pode resumir-se a um site na Internet. O patrimônio físico está sendo substituído pelo patrimônio intelectual, pelo valor da informação e do conhecimento. As organizações se integram virtualmente, fazendo parcerias em torno de projetos e das informações de que dispõem.

• pirâmide achatada: estrutura organizacional caracterizada por grandes amplitudes de supervisão e poucos níveis hierárquicos. Nessa estrutura cada chefia tem muitos subordinados e entre o empregado de nível mais baixo e o principal executivo da empresa existem poucas chefias intermediárias.

• processo: 1. conjunto de atividades, com um ou mais tipos de entrada, as quais, tomadas de forma global, criam uma saída de valor para o cliente (Hammer e Champy). 2. conjunto de ações relacionadas entre si que produz resultados com a finalidade comum de propiciar uma vantagem competitiva à empresa. (Morris e Brandon). 3. é uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, e inputs e outputs claramente identificados: uma estrutura para ação. (Thomas Davenport).

• qualidade: 1. todas as propriedades ou características de um produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer às necessidades explícitas ou implícitas dos que o utilizam, isto é, dos clientes, ou consumidores. No caso de um produto inclui a aparência estética, a durabilidade, a confiabilidade, a precisão, a segurança, o desempenho, a facilidade de instalação, operação e de manutenção, a assistência técnica prestada pelo fabricante e tudo mais que o usuário possa considerar importante para ele ou para a sociedade. 2. a totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas. (ABNT).

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• qualidade total: 1. é um modo de gestão que tem como objetivo a satisfação máxima de todos os públicos internos e externos envolvidos com a organização. 2. modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado na participação de todos os seus membros, visando ao sucesso a longo prazo, por meio da satisfação do cliente e dos benefícios para todos os membros da organização e para a sociedade. (ABNT).

• reengenharia: 1. é um esforço organizado, conduzido de alto a baixo em uma companhia, com o objetivo de rever e, tanto quanto possível e necessário, reformular completamente seus principais processos de trabalho, de forma a conseguir melhorias anormalmente expressivas no que diz respeito ao aumento da produtividade, à qualidade dos serviços ou produtos e à eficácia do atendimento ao cliente. (Daniel A. Moreira in Reengenharia). 2. é o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam a alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, atendimento e velocidade. significa se perguntar: “Se eu estivesse recriando hoje esta empresa, dados os meus conhecimentos e a tecnologia atuais, qual seria o seu aspecto?” fazer a reengenharia em uma empresa significa abandonar velhos sistemas e começar de novo. Envolve o retorno ao princípio e a invenção de uma forma melhor de se trabalhar”. (Hammer & Champy in Reengenharia). 3. é um método de mudança que analisa e altera os processos de funcionamento básicos da organização visando a aumentar suas vantagens competitivas.

• sistema da qualidade: a estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos necessários para implementar a gestão da qualidade. (Norma ISO 9004-1).

• teletrabalho: significa levar o trabalho aos trabalhadores em vez de levar esses ao trabalho. O trabalho pode ser feito em casa ou em um escritório próximo da residência, mas longe da organização para quem se trabalha. Esse sistema se tornou possível por meio do fax, dos microcomputadores ligados em rede, do correio eletrônico e telefone celular, entre outros que permite que um empregado ou prestador de serviço realize parte do seu trabalho em casa, ou, pelo menos, a distância da sede da organização.

• terceirizar: transferir para outras empresas atividades não essenciais de determinada empresa. A essência da terceirização consiste no fato de que a empresa não executa essas atividades com seus próprios empregados, mas com os empregados das empresas contratadas para esse fim. Os empregados dos contratados podem trabalhar dentro ou fora das instalações do contratante. Inclui também a compra de peças, conjuntos de peças, componentes e produtos completos para serem incorporadas ao produto a ser oferecido aos clientes. (Se a terceirização for levada a extremos, o empresário passa a ser um administrador de contratos).

• TQM: sigla da expressão inglesa Total Quality Management.(Ver gestão da qualidade.).