françoise de Choay

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    CENTRO UNIVERSITRIO GERALDO DI BIASE

    FUNDAO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

    INSTITUTO DE CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    CURSOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

    TEORIA DA ARQUITETURA II 2 Semestre

    O URBANISMO, DE FRANOISECHOAY

    Prof Lincoln Botelho

    Alunas: Brbara Guaiato

    Carla Ferreira Nascimento

    Agosto/2011

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    Estudo desenvolvido a partir do Livro O urbanismo, de Franoise Choay

    INTERPRETAO DO URBANISMO

    CONCLUSES, SEGUNDO FRANOISE CHOAY

    1. Considerar o Urbanismo Uma Cincia:a idia do urbanismo cientifico umdos maiores mitos da sociedade industrial. Onde, a f no progresso e no podertotal das tcnicas eram os itens mais relevantes, desconsiderando as tendncias eos sistemas de valores. O urbanismo jamais ser uma cincia, no h como seestabelecer uma regra, pois existe uma srie de possibilidades variveis. Essemito, esse ideal de urbanismo acaba servindo como espelho, orientador para ourbanismo.

    2. A Motivao a Criao de Modelos Urbanos:essa criao e de modelosurbanos teve incio na era industrial, que logo comeou a ser criticada equestionada, pois a presena da cidade foi substituda por uma idia de cidade.E, logo foi qualificada como desordem a ordem urbana existente. Apsquestionamentos e crticas comeam os esforos para ordenar esses modelos,como efeito, projees racionalizadas de imaginrios, coletivos e individuais. Osmodelos construdos no imaginrio da uma idia de arbitrrio, sendo descritocomo pr-urbanismo, porm a indcios da realizao tambm nos urbanistas.Esses modelos se tornam grandes instrumentos de ao exercendo grandeinfluncia nas estruturas urbanas j estabelecidas, ajudam a definir e a ordenar

    certas normas urbanas de base, sobretudo no domnio da higiene.3. O Contestamento ao Imaginrio/ Surgimento dos Modelos Culturalista e

    Progressista: com o contestamento do urbanismo imaginrio se busca narealidade fundamentos para o planejamento urbano, com isso se substitui omodelo pela informao. Onde o projeto de planejamento deve ser investigado,segundo a dimenso do tempo que privilegia.Esprito Progressista a investigao deve ter como prioridade o futuro,tcnicas de carter de previso (previso demogrfica e econmica fundamentode qualquer planificao urbana).Esprito Culturalista o passado que unifica a informao antropolgicadeterminando a conscincia perceptiva. Com aplicao destas tcnicas e possvelelaborar planos, que integram riqueza e diversidade as necessidades dos homensreais. Mas esse planejamento ainda no pode ser generalizado. Choca-se comhbitos metais e a urgncia da ao, a necessidade de respostas rpidas, deremediar de imediato o afluxo demogrfico e drama dos desabrigados acabaimpedindo uma planificao global bem cuidada, bem pensada.A cincia real da informao uma proteo ao imaginrio, porm no umfundamento que permite eliminar o arbitrrio. a razo que na falta de um

    modelo uma ideologia se reintroduz: ideologia progressista nos adeptos as

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    tcnicas de previses, culturalista nos antroplogos, naturalistas em certossocilogos americanos.

    4. Funcionalismo (A Crise do Objeto em Srie) os sistemas de valores aindaeram simulados pela iluso e persistncia da abordagem cientifica. E teve comoconseqncia a comparao ao um objeto industrializado. Um conhecimentoexaustivo do contexto de(servios exigidos e gestos implicados, do lado doutilizador; condies de fabricao, do lado do produtor ). Com base da teoriafuncionalista lanada pelos arquitetos racionalistas e pela escola da Bauhaus.Com a busca dos meios de satisfao do racionalismo das grandes funesurbanas de base (o que faltam aos desabrigados, os famintos, ao bem estar) acidade sofreu o traumatismo da boa forma.A cidade no era retratada como um sistema de relaes interconscienciais, olugar de uma atividade que consome sistemas de signos complexos. Era apenasum objeto, um instrumento, um meio de realizar certas funes vitais.

    5. Falta de Significados Mltiplos da Localizao Urbana, Num SistemaSemiolgico Global e Unificado.Cada cidade possui um estilo, e o antigo modo de planejar as cidades ficou paratrs. Devido h uma srie de acontecimentos sociais - (transformao dastcnicas de produo, crescimento demogrfico, evoluo dos transportes,desenvolvimento dos lazeres, e outros) - fizeram com que o antigo modo deplanejar se perdesse em beneficio de antigas estruturas de proximidade, de

    diferena, de ruas, de jardins. Passando a se referir a um s sistemaarqueolgico. Que no contexto atual no tem mais significado. A cidadeconservada pela tradio no foi substituda pelos urbanistas. Porm, novasestruturas urbanas so criadas, surgem microgrupos de deciso que caracterizama sociedade da diretividade. A cidade nova e a habitao e elaborada efinanciada por organismos financeiros (estatais, semi-estatais ou privados)dirigidos por tcnicos de construo, arquitetos e engenheiros. Que juntos criamsua prpria linguagem, sua logotcnica. Essa linguagem possui um campo designificao restrita, de difcil entendimento. A microlinguagem do urbanismo determinada como imperativa e limitadora. Porm, o habitante no participa desua elaborao, e segue como um objeto que inserido nos sistemassemiolgicos construdos, sendo privados da liberdade de resposta. O habitante forado a escutar, sem compreender, e segue frustrado em toda atividadedialtica que a localizao urbana deveria oferecer.

    6. O Urbanista Deve Deixar de Conceber a Aglomerao UrbanaExclusivamente em Termos de Modelos e de Funcionalismo (A CidadeHoje): e necessrio parar de repetir formar fixas que tornam o discurso emobjeto, na definio dos sistemas de relaes, sendo necessrio criar estruturasflexveis, abertas a significados ainda no construdos. Cumprindo a partir deagora a elaborao desta linguagem urbanstica, onde est empreendida, a

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    recorrncia anlise estrutural que permite o surgimento de tramas comuns dosdiferentes sistemas semiolgicos ligados aglomerao urbana. A linguagemurbanstica perde a especificidade para conquistar um plano superior degeneralidade; indiretamente, pela influencia ao conjunto dos outros sistemassignificantes, contribuindo para o conjunto da coletividade. Ao habitante agoracabe a lucidez, deve se resguardar da iluso progressista e da nostalgiaculturalista.

    7. A Cidade do Futuro:Ningum pode descrever a cidade de amanh, entretantoa realidade deve parecer compatvel, ao que chamamos de cidade hoje. Umanova linguagem provavelmente dever ser construda consciente edeliberadamente e repercutir em seu significado. Porm, mesmo que a cidadefuncione perfeitamente, ainda que sejam adaptadas as novas condies de vida,ela s conservar seu valor semiolgico com a conivncia de seus habitantes.At o funcionalismo poder ser irrelevante, tornando-se uma fonte deencantamento para a conscincia ldica.

    INTRODUO:

    PREGRESSISTAProgressista possui a mesma concepo do homem e da razo que subtende e

    determina suas propostas relativas cidade.Fato histrico: Revoluo IndustrialPensamento otimista orientado para o futuro. Por isso, sua definio

    determinada pela idia de progresso.

    Espao progressista:

    Aberto, com bastante vegetao, muito verde; Traado conforme anlise das funes humanas, lgica e beleza.

    CULTURALISMOVisa o agrupamento humano da cidade.

    Fato histrico: Desaparecimento da antiga unidade orgnica da cidade, sob apresso da industrializao. Predomnio das necessidades materiais desaparecediante das necessidades espirituais.

    PR- URBANISMO PROGRESSISTA

    Robert Owen(1771-1858) operrio (co-proprietrio)Considerado pr-urbanista progressista, pois tem como modelo de estabelecimentoideal, higinico, ordenado. Criador de pequenas comunidades semi-rurais (colnia deNew Harmony)Estabelece um modelo de cidade em plano quadriculado, com edifcios pblicos (ondeno interior o espao livre destinado h exerccio e ao lazer; a arborizao. Isola as

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    indstrias com espaos verdes, permitindo a populao uma sensao de bem estar. Naeducao sua edificao permite que sejam oferecidos subsdios para um bomaprendizado refeitrio, dormitrio. Salienta a necessidade de investigar locais maispropcios a instalaes de estabelecimentos agrcolas e industriais simultaneamente.

    Richardson (1828 1896)Mdico lutava contra o deplorvel estado sanitrio das grandes cidades. A higiene dapopulao fica garantida, contra os perigos dessa forte densidade graas ao tipo de casaescolhida.Richardson almejava uma cidade que tenha o coeficiente mais baixo o possvel demortalidade.O verde oferece particularmente um quadro para momentos de lazer, consagra a jardinagem e a educao sistemtica de corpo. A superfcie de nossa cidade permite oestabelecimento de duas vastas ruas principais. Nesta cidade cultivasse o corpo com

    casas de banho, piscinas, reas para exerccios ginsios, bibliotecas, escolas e locaispara diverso instrutiva.

    PROGRESSISTA

    Charles Edouard Jenneret (Le Coubusier)Preocupava-se com a classificao as funes urbanas, multiplicao dos espaos, coma criao de prottipos funcionais, com a racionalizao do habitat coletivo, com aintegrao da Arquitetura e Urbanismo no plano da cidade, com o descongestionamento

    do centro das cidades, com o aumento das cidades, com o aumento da densidade, como aumento dos meios de circulao e com o aumento das superfcies verdes.

    George Benoit Levy (nascido 1880)Cidades Operrias (verde e higinica), destinada a obter dos operrios que ali moram etero o melhor rendimento possvel.

    CULTURALISTA

    Ebenezer Haward (1950 1970)Criador das cidades jardins. Planeja no s as formas, as funes, os meios financeiros eadministrativos de uma cidade ideal, sadia e bela, mas, principalmente, um processopara satisfazer as massas e controlar sua concentrao nos centros metropolitanos.Acreditava que com esse tipo de cidade eleva o nvel de sade e bem estar de todos osverdadeiros trabalhadores qualquer seja sua posio e seu meio.

    Camillo Sitte (1843 1903)Austraco, Arquiteto e historiador que atravs de anlises de cidades histricas, reavaliaa cidade atravs de espaos existentes, principalmente praas. Seu objetivo era de

    "polemizar contra as transformaes de Viena e planejamento do Ringstrassesegundoprincpios doBaro Georges-Eugne Haussmann.Foi, no entanto, sem efeito sobre o

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Bar%C3%A3o_Georges-Eug%C3%A8ne_Haussmannhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bar%C3%A3o_Georges-Eug%C3%A8ne_Haussmann
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    destino urbanstico da capital austraca e a concepo deOtto Wagner." Sua obra serfonte de inspirao paraPatrick Geddes,Lewis Mumford.

    PR-URBANISMO CULTURALISTA

    Augusto Welby Pugin (1812 1852)Arquiteto ingls que acreditava na beleza arquitetnica e adaptao da forma, de afuno do estilo de um edifcio deve corresponder a sua utilizao. De forma, que oespectador percebe instantaneamente os elevados.

    Willian Morris (1834 1896)Poeta, pensador e poltico que visava classetrabalhadora a causa da arte a causa do

    povo e criticava o mercantilismo. Tinha grande preocupao com a organizao e oplano da cidade, onde as casas no eram apenas um lugar pra morar, mas faziam parte

    do jogo, da cidade.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Wagnerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Patrick_Geddeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lewis_Mumfordhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lewis_Mumfordhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Patrick_Geddeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Wagner