68
Full Time Pedro Mariano: a herança de uma estrela Fórmula 1 Foi dada a largada! Confira a relação de campeões de 1950 até 2014 Lixo zero é possível? Entrevista exclusiva com Francisco Biazini Filho Mulheres: o sexo frágil mostrando-se forte A rainha dos baixinhos fala sobre sua mudança para a R ecord

Fulltime 32

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Xuxa, formula1, entrevistas,noticias, mulheres,Pedro Mariano, granja viana,cotia,

Citation preview

Page 1: Fulltime 32

Full Time

Pedro Mariano:

a herança de uma estrela

Fórmula 1Foi dada a largada!Confira a relação de campeões de 1950 até 2014

Lixo zero é possível?

Entrevista exclusiva com Francisco

Biazini Filho

Mulheres: o sexo frágil mostrando-se forte

A rainha dos baixinhos fala sobre sua mudança para a Record

Ano

2 - e

diçã

o 3

2 - A

bril/

15 -

Cotia

- Ca

ucai

a do

Alto

- Va

rgem

Gra

nde

Paul

ista

- Ibi

úna

- São

Roq

ue -

Gra

nja

Vian

a D

istrib

uiçã

o G

ratu

íta

Page 2: Fulltime 32
Page 3: Fulltime 32
Page 4: Fulltime 32

EditorialExpediente

Ano 2 • Abril 2015 • nº 32

Publisher e DiretoraRegina Imperatore [email protected]

Jornalista ResponsávelJuliana Martins - MTB 57.882 [email protected]

Direção de Arte, Diagramação ePublicação Digital Cristiana Lacutissa - CLStudio - [email protected] PublicitáriaCaroline [email protected]

Fotografia - Caroll Fernandes [email protected] Complementares: DreamstimeCapa: Blad Meneghel

Comercial: Ana Paula Dutra | Oscar Shrappe Neto

Assessoria JurídicaDra. Benicia Hiss | [email protected]

Comercial e atendimento ao leitor: [email protected]

Curculação: Granja Viana, Embu das Artes, Cotia, Caucaia do Alto, Vargem Grande Paulista, Ibiúna, São Roque, Raposo Tavares.

Os conceitos emitidos nos artigos assinados e dos entrevistados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Editora. O conteúdo dos anúncios são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O conteúdo desta publicação não pode ser reproduzido ou utilizado para quaisquer finalidades e interesses, seja impresso, digital ou em formato de vídeo, sem a consulta e devida autorização registrada pela equipe da revista. A inclusão do nome de colaboradores não implica em vínculo empregatício.

Outros Títulos da Editora

Versão DigitalBaixe a Full Time Magazine gratuitamente em seu tablet, ipad e smartphones, ou leia em seu computador (exclusividade na região!), e acompanhe nossas novidades, compartilhe nas suas redes sociais, deixe um comentário... Participe!!!

Full Time

revista39mais.imperatore

A Revista FULL TIME é uma publicação mensal da Editora Imperatore Ltda

Crise? Como sair dela?Tudo começa com mudança de atitudes, visão, coragem e criatividade....

Estas são algumas armas para driblar e crescer na crise.

Nesta edição especial, mudamos nossa série de capas, atendendo a pedidos

de leitores, anunciantes, parceiros e amigos... nos reinventamos também.

Uma personagem controversa, Xuxa é amada não só pelos brasileiros, como

também por nossos vizinhos argentinos, que demonstram muito carinho pela

Rainha dos baixinhos e ninguém pode negar que e,la é uma das maiores cele-

bridades da televisão brasileira. Confira a entrevista onde ela fala sobre a mu-

dança de emissora, e muitas novidades para seus fãs.

Ainda falando em famosos, leia a entrevista de Pedro Mariano, nos contan-

do sobre sua carreira, sua mãe Elis Regina, e porque escolheu a Granja Viana

para morar

Também em ritmo de inovações, iniciamos uma nova seção, pretendendo

trazer mulheres especiais, mães, donas de casa, empresárias, guerreiras, con-

tando sua história de vida e seus exemplos, demonstrando que mulher não é o

sexo frágil! Como define Denise, nossa entrevistada desta edição: fragilidade é

um estado de espírito.

Falamos também sobre a temporada da Fórmula 1 de 2015, trazendo uma

tabela com os pilotos vencedores desde 1950, para ler e guardar!

Em nosso Eco Caderno, conheça o Instituto Lixo Zero, e as possibilidades

de negócios sustentáveis com resíduos. Ganhar dinheiro ajudando o planeta,

uma ótima opção!

E muito mais, como sempre.

Deixamos o texto genial de Albert Einstein, para reflexão.

“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo.

A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque

a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da

noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as gran-

des estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”.

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento

e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise

da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de

encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios,

a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que

se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela

é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma

vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para

superá-la”. Albert Einstein.

Boa leitura

Regina Imperatore

Page 5: Fulltime 32
Page 6: Fulltime 32

6 Full TimeM A G A Z I N E

Ter ou Ser? Claro que isso tudo que citei acima é bom, traz conforto,

segurança e massageia o ego, mas e o “ser” onde está? Onde

está a essência de tudo que gerou o “ter”?

Há alguns dias essas duas palavras vêm martelando à mi-

nha mente e concluo (de acordo com o que observo no com-

portamento das pessoas) que hoje para ser aceito você preci-

sar “ter”, só assim as pessoas te olham, te avaliam e te aceitam.

Mas e depois?

Depois de ser aceito, ser perfeito nas redes sociais, com os

amigos, até com a família, o que o “ser” aí dentro te fala? Se

o seu “ser” estiver alinhado e em paz com o seu “ter”, ótimo,

mas e se não?

Uma das observações que faço como coach é no momento

da prospecção de um novo cliente. O coaching é um serviço

então, intangível e percebemos como as pessoas resistem em

investir em si mesmas, como temem trocar o “ter” pelo “ser” e

acabam por viver anos num emprego que não gostam, numa

relação destrutiva, num atrofiamento cerebral (porque, se

você não adquirir novos conhecimentos e novas habilidades,

ele atrofia mesmo) e, quando se dão conta, a vida passou e o

que o seu “ser” adquiriu? Mágoas, procrastinação, medo, arre-

pendimento... O carro fica velho, a roupa acaba, o celular fica

“ultrapassado” e o seu conhecimento? O que acontece com ele

no decorrer dos anos?

Responda essas perguntas a si mesmo e veja se vale a pena

“ter” para “ser” ou “ser” para “ter”.

Juliana Graff - Coach e treinamentos corporativos - www. julianagraff.com.br - (11) 98363-2869

Vivemos hoje num

mundo onde o “ter” é

o mais importante... Ter

o melhor carro, ter as

melhoras roupas, ter a

melhor casa e ter acesso

ao que há de melhor.

6

Coaching

Page 7: Fulltime 32
Page 8: Fulltime 32

8 Full TimeM A G A Z I N E

Escolhemos mulheres guerreiras e

Denise do Nascimento, nossa primeira entrevis-

tada, é uma delas. Casada e mãe de Renan (24)

e Bárbara (18), essa professora e especialista em

energias renováveis venceu um câncer, aprendeu

que na simplicidade da vida está o segredo, de-

fende que a educação é a maior contribuição para

tudo e hoje luta por um mundo mais justo e equi-

librado. Para ela, que está em busca de inovação

nas questões ambientais, fragilidade nada mais é

do que um estado de espírito.

Fragilidade é um estado de espírito

Denise por Denise é...

Uma mulher persistente, focada no autoconhe-

cimento e a fim de inovar nas questões ambientais.

Qual sua profissão?

Sou professora e especialista em Energias Reno-

váveis. Pós-graduada na área. Atualmente sou exe-

cutiva da GPE, Green Power Energy.

O que faz lá?

Atuo na constante busca de soluções para o

Mulheres

Damos início a uma série de entrevistas com pessoas do chamado

“sexo frágil”. Mas que de frágil, não há nada. Como já disse Erasmo

Carlos em sua música:

“Dizem que a mulher

é o sexo frágil

Mas que mentira

absurda!

Eu que faço parte da

rotina de uma delas

Sei que a força está

com elas”

Page 9: Fulltime 32

meio ambiente, faço consultoria em eficiência

energética, além de administrar a empresa. Atuo na

popularização do uso das energias limpas. Como

executiva, busco regulamentações de leis com-

plementares para incentivar a redução de custos

destas tecnologias. Logo, o trabalho nesta área é

amplo e exige grande esforço. Por exemplo, IPTU

VERDE. Aqui na região, estou lutando para viabilizar

o projeto de lei por iniciativa popular.

Como conciliar as vidas profissional e fami-

liar?

Trabalho desde os 16 anos, tive meus filhos

aos 22 e aos 28, sempre trabalhando. Desde jovem,

sonhava em ser mãe. Esse processo aconteceu de

forma prazerosa e programada, pois mesmo traba-

lhando e muitas vezes estudando ao mesmo tem-

po, sempre fui organizada com tudo. Cuidar do lar,

do preparo dos alimentos e da educação dos meus

filhos me impulsionava mais para o crescimento

pessoal e profissional.

O que, para você, representa ser mulher?

Ser mulher é ser plural. A mulher consegue mi-

lagres. Ela tem o poder de edificar. Se tiver cons-

ciência disso, vai fazer a escolha certa e crescer

muito, além de fazer crescer quem estiver ao seu

redor, desde que ela consiga transmitir estes va-

lores. Mesmo quando errar, não desistir e menos

ainda se culpar. Se amar para amar. Se cuidar para

cuidar.

Considera mulher o sexo frágil?

Não. Ela é parte integrante super ativa da so-

ciedade e sua capacidade se confirma porque tem

condição de realização equivalente aos homens.

Nós, mulheres, somos mais humanizadas em nos-

sas decisões e ainda possuímos a exclusividade de

gerar vida. Não gosto de estereótipos. Hoje existem

mulheres que são altas executivas, pilotos, mecâni-

cas ou pedreiras extremamente competentes, for-

tes e femininas. Fragilidade é um estado de espírito!

Qual o papel da mulher na sociedade?

O mundo evoluiu bastante e a mulher contem-

porânea almeja conhecimento, sucesso profissional

e está quebrando paradigmas. Temos conseguido

destaques com louvor e muitas de nós estamos

melhorando nosso país, mesmo ainda vivendo o en-

frentamento de uma cultura machista. Temos gran-

de capacidade resolutiva em qualquer setor. Somos

maioria no eleitorado, 53% dos usuários da internet,

40% dos lares brasileiros são de total responsabili-

dade destas guerreiras, quando não tem forte pre-

sença na renda familiar. Apresentamos qualidades e

competência no desempenho profissional. Em con-

trapartida, no mundo político nossa atuação ainda é

acanhada. Ainda hoje a mulher continua sendo víti-

ma de abusos e de violência doméstica. Mesmo com

leis bem redigidas, mas pouco exequíveis. Como

pode?

Já sofreu algum preconceito por ser mulher?

Sim e me causou danos de difícil reparação. Eu

trabalhava como gerente para a maior multinacional

de cosméticos do mundo, tendo que cumprir me-

tas abusivas, com dedicação integral. Então, aos 38

anos, fui acometida por um câncer de mama bastan-

te agressivo, o que me fez parar de um minuto para

o outro. Nessa “parada”, tudo mudou. O processo

árduo e agressivo de tratamento me fez repensar a

vida. Ao voltar de licença médica, fui demitida ainda

no meio do tratamento que é contínuo. Fui vitimada

duas vezes: a primeira pela doença e a segunda por

ser discriminada pela empresa que “defende” a ban-

deira da prevenção do câncer de mama, que tem,

inclusive, um instituto pela causa. Fiquei prejudicada

com essa segregação e por descobrir que fui objeto

de uso, que fui descartada de acordo com interesses

sórdidos de quem dorme e acorda pensado em ci-

frão. Lamentável.

O que pensa sobre o meio ambiente?

Eu sempre fui cuidadosa com os excessos. Gosto

do que é bom, do que tem qualidade, de conforto e

Page 10: Fulltime 32

10 Full TimeM A G A Z I N E

requinte com simplicidade, mas tudo isso pode ser

vivido de forma saudável e sustentável. Eu adquiri

consciência “verde” mais fortemente quando iniciei

o tratamento de saúde. Sempre tive sede de apren-

der e recebi incentivo em casa para ir me especializar

na área de energias renováveis. Me envolvi com a

questão do meio ambiente. Aprendi que na simpli-

cidade podemos auxiliar o próximo e que podemos

colaborar com a preservação do planeta com ações

quase ínfimas. É democrático e depende intrinseca-

mente de nós formarmos juízo.

Estamos no caminho certo para um mundo

mais humano? O que falta para chegarmos lá?

Acho que falta muita coisa. Em se tratando de

Brasil, aqui morrem mais pessoas vítimas de violên-

cia do que em países em guerra. Existe um desres-

peito institucionalizado. Nos hospitais, no trânsito, a

corrupção e negligência de muitos políticos expõem

e ceifam veladamente a vida de muitos brasileiros

precocemente. Sem contar que sofremos muitos da-

nos causados pela ação (ou falta dela) do homem.

Desmatamentos, poluição, uso irracional da água,

degradação da biodiversidade e a especulação imo-

biliária gananciosa causam o visível colapso urbano

com prejuízos intangíveis. Em Cotia, há uma quan-

tidade absurda de condomínios sendo construídos

e na contramão desse crescimento desenfreado,

baixíssima estrutura na rede de energia, água, trans-

porte, educação, saúde e segurança. Deste ponto de

vista, fica impossível falar que estamos evoluindo.

Qual sua contribuição para o mundo?

Defendo que a educação é a maior contribuição

para tudo. A pessoa que tem educação tem humilda-

de, consciência, opinião, atitude, cooperação, sabe

votar e por aí vai. Não há nada que se estruture se

não houver educação como base. Falando de ações

práticas, sinto orgulho em dizer que não desperdiço

nada. Trato os materiais descartáveis com a enge-

nharia reversa, reciclo tudo o que for possível. Mas

minha maior contribuição está na vida profissional,

em que posso colaborar na viabilidade da utilização

das energias renováveis.

Qual conselho daria para aquela mulher que

deseja vencer na vida?

Vencer na vida é um conceito que pode variar.

Para mulheres muito simples, fazer uma faxina para

ganhar dinheiro e, com isso, comprar alimento para

um filho é uma vitória gigantesca. Para outras, estar

à frente de uma grande empresa poderá ainda lhe

parecer pouco. Então observem a

subjetividade do conceito, por isso

volto a falar em estado de espírito.

Uma mulher vencedora olha para

si, enxerga seus valores, entende

que os desafios são constantes e

vencer significa enfrentar as ad-

versidades do dia a dia sem medo.

Somos conhecidas por gerar vida,

qual seria vitória maior que essa?

Então, vamos lá mulheres! Fazer a

grande diferença, o bem e, assim,

darmos a nossa contribuição para

um mundo melhor, mais justo e

equilibrado!

Mulheres

Page 11: Fulltime 32
Page 12: Fulltime 32

12 Full TimeM A G A Z I N E

O amor nos dias de hoje!Reflexões

O que é o Amor? Encontramos infinitas ex-

plicações, das mais variadas que, ao meu ver, são

tentativas de compreendê-lo. AMOR mesmo, com

todas as letras em maiúsculas, é um sentimento raro,

forte e potente; impossível de ser explicado, classi-

ficado ou compreendido. É apenas vivido e sentido.

Tema para muitos filósofos, poetas, músicos,

compositores, sociólogos e qualquer ser humano

comum, como eu e você. Shakespeare parece-

me mais conhecido, apesar de ser um dos mais an-

tigos poeta e dramaturgo. Questiono: será mesmo

que, com suas poesias e peças teatrais, conseguiu

desvendar o mistério do AMOR? Creio que ainda

não chegamos num consenso e, talvez, nunca che-

garemos; pois o AMOR ou o uso da de sua palavra,

está sofrendo um adoecimento, fruto da decadência

cultural que vivemos.

Por isto trouxe este assunto tão complexo e pro-

fundo que intriga a todos nós. Adoecimento? Sim,

pois o AMOR Pós-Moderno ou Contemporâneo (já

não sei mais como chamá-lo) mais se parece com

arroz e feijão do que com seu significado próprio.

Talvez, com uma farofinha, ficaria até melhor!

Em latim, o AMOR significa “semear”. Sua ori-

gem mais remota se refere a “cavar a terra e plantar.”

Eis aqui a minha indignada reflexão: o que estamos

semeando? O que estamos plantando? O que esta-

mos cavando? Ah, esta eu sei responder: nosso pró-

prio buraco, cada vez maior e sem fim!

A campanha do McDonalds, lançada em 2003,

que tinha como slogan “Amo Muito Tudo Isso”, per-

petua em nossa cultura até hoje. Sim, eu o culpo,

porque foi uma simples estratégia de marketing que

contribuiu para a decadência ou esvaziamento da

palavra AMOR!

Amo muito qualquer coisa é uma normalidade

em nossa linguagem. “Amo muito chocolate; amo

esta música, amo este prato, amo esta bolsa, amo

Page 13: Fulltime 32

este vestido, amo a cor deste batom, amo esta gra-

vata, amo beber, amo comer, amo dançar, amo dor-

mir, amo joias, amo dinheiro, amo presentes, amo

salto alto, amo fazer compras, amo maquiagem, amo

meu celular, amo, amo, amo... só amo, sempre amo

e amo só as coisas” são expressões que eu já ouvi! O

AMOR se coisificou! Repare nas redes sociais, estão

impregnadas pela expressão: #amo...

Uma vez que amamos muito tudo isso, realmen-

te não há espaço para o AMOR VERDADEIRO. Que-

ro dizer, aquele que se refere à sua origem, ao seu

sentido original. É bem mais fácil amar um batom do

que uma pessoa! E por conta disto, perdemos tam-

bém o próprio amor!

Mario Vargas Llosa, filósofo e escritor peruano

fala, em seu livro “A civilização do espetáculo”, so-

bre a metamorfose da palavra cultura, defendendo

a ideia de que a mesma se transformou; porém, não

rumo a um sentido positivo. Deixou de ser cultura de

verdade, esvaziou-se, evoluiu para um sentido sem

significado. Ocorreu o mesmo com o AMOR: esva-

ziou-se e se perdeu!

Amar deixou de ser um sentimento nobre, como

já fora citado em décadas passadas. Ficou fácil de-

mais AMAR. Qualquer coisa que encanta nossos

olhos, que eleva nosso status, que nos enfeita, que

faz com que chamemos a atenção é AMOR!

Que pena! Isto só nos mostra que não só a cultu-

ra e o amor esvaziaram-se. O Ser Humano também!

Ssmaia Abdul, Pessoa e Psicóloga Narrativa, Especialização Internacional em Práticas Colaborativas, Criadora de grupos Colaborativos, Nova Scribe, Escritora por Paixão, Pós-Graduanda em Jornalismo Literário (2015) e que ama escrever, mas luta pela construção de uma cultura em ascendência! [email protected]/ssmaia.abdulhttp://wescribe.co/u/ssmaia-abdul/profile

Page 14: Fulltime 32

14 Full TimeM A G A Z I N E

Entrevista

“Quando

acredito que

tem que ser de

um jeito, tem

que ser!”

O que vêm à sua cabeça após passar um pe-

ríodo longe da televisão? Como você está se sen-

tido agora com a mudança?

Estou repleta de felicidade! Ainda mais ao ser

recebida desta maneira, depois de um namoro de

quase dois anos. Sou muito turrona quando se trata

de mudança. Quando acredito que tem que ser de

um jeito, tem que ser! Que bom que eu tive a opor-

tunidade de conhecer o Marcelo Silva – Vice-Presi-

dente Artístico da Emissora. Estou na Record porque

eu o conheci, mas no meio do caminho fui avisando

que não daria certo essa parceria, ao invés de di-

zer ‘oi, tudo bem?’. Nem sentei pra conversar com

ele... Quando eu o conheci melhor, ele me explicou

e depois de alguns segundos, comecei a dizer ‘en-

tão quando eu fizer e nós formos fazer’... Já come-

cei a pensar na frente! É bom receber este carinho e

essa energia. Tenho certeza que, assim como eu fui

feliz na Manchete e também na Rede Globo, serei

muito feliz na Record. Quero trazer felicidade para

todo mundo. Agradeço muito a Record por acredi-

tarem em mim e darem a oportunidade de fazer o

Repleta de felicidade

que eu quero, o que desejo, o que eu sonho e ain-

da assinarem embaixo. Na hora de deitar, fico com

olhos esbugalhados tendo muitas ideias. Já tenho

na cabeça quase tudo que eu quero fazer. Estou es-

crevendo feito louca. O que se passa é muito difícil

e até mesmo neste momento, porque até então a

minha ficha não caiu totalmente. Record?! (Risos) É

difícil ainda sabe?! Imagina, tanto tempo sem poder

falar o nome e agora... (Risos) É diferente! Por isso

não sei explicar sobre este sentimento. Comecei na

televisão com 20 anos, estou com 52 de idade, são

bem dizer 32 anos de profissão, sendo que 29 são

na Rede Globo. É difícil porque quando eu saí da

Manchete, onde fiquei dois anos e meio, já era com-

plicado. Eu não fazia ideia de assinar contrato e nem

falar com os diretores, mas quando eu vi o Russo,

que estava no Chacrinha... caramba! Eu realmente

estava na Rede Globo. Quando cheguei na Record e

vi o emblema da emissora, eu falei “Caramba! Estou

na Record né?!”. Neste momento é muito importan-

te ter os fãs perto de mim, porque me sinto mais

à vontade, mais em casa. Acredito que a mudança

Assim está Xuxa que, de volta à televisão em uma nova casa, se diz mais feliz e pronta para a descoberta de novos desafios. Depois de viver uma história longa com a Rede Globo, a Rainha dos Baixinhos cria novos laços com a Record e promete continuar não só fazendo o que mais ama na televisão, mas usar a liberdade que ganhou para criar um programa com sua personalidade. Nesta entrevista, prepare-se para entrar no universo dessa loira, que fez sua história na televisão brasileira e mesmo com anos de carreia, trilha um novo caminho em busca de desafios. Sua vida “de platinada, será mais colorida agora”.

Page 15: Fulltime 32

XUXA

Page 16: Fulltime 32

16 Full TimeM A G A Z I N E

talvez leve um pouco mais tempo e demore

para cair a ficha, mas estou muito feliz. Te-

nho certeza de que a casa vai me dar todas

essas possibilidades. O resultado, a partir de

agora, será algo positivo, porque tem uma

energia muito boa. Perguntei se eles (Record)

iam me deixar trazer crianças, idosos, bichos,

se eu podia pegar qualquer coisa da internet,

eles disseram que sim! Perguntei se eu podia

fazer entrevistas demoradas, eles disseram que

sim! Fiquei até assustada! Mas a ficha ainda não caiu,

m a s de platinada será colorida agora.

O que a fez mudar de casa depois de tanto tempo? Em que

momento começou a conversar com a Rede Globo?

Eu conversava com a Rede Globo sobre tudo. Aliás, eles sabiam

sobre absolutamente tudo! Inclusive, meus encontros com o Mar-

celo. Não fiz nada escondido! Eu lia tanta notícia de que eu estava

fazendo isso ou aquilo... Eu não estava fazendo nada! Estava na mi-

nha! As pessoas me colocaram em tantos canais, não teve um dia

que eu deixei de conversar com o pessoal. É muito doido! O que

mais me motivou é o fato de eu poder fazer o que eu quero e gosto

de receber o aval da casa. Inclusive falei para eles e, como todo

mundo sabe, a minha vontade é fazer algo inspirada na apresenta-

Entrevista

Page 17: Fulltime 32

Tenho certeza

que, assim como

eu fui feliz na

Manchete e

também na Rede

Globo, serei muito

feliz na Record.

Quero trazer

felicidade para

todo mundo.

dora Ellen DeGeneres, mas não é copiar o projeto ou

fazer igual. Depois de um ano e três meses, eu ainda

estava querendo convencê-los de que não daria cer-

to. Quando terminamos a reunião, eu disse na hora

que estava dentro. Eu estava precisando e com muita

vontade de desenvolver novos projetos.

O que você pode adiantar a respeito deste

novo projeto? Como será o formato do seu pro-

grama?

Vou me reunir com pessoal para começar a mon-

tar a equipe. Sem equipe, não tenho como falar sobre

o programa. Eu não tenho nem diretor. A vontade

do Marcelo é que o programa esteja no ar daqui a

uns dois ou três meses. É impossível, porque sou uma

pessoa muito exigente, mas ele prometeu que, as-

sim que a equipe estiver montada, afinada e falando

todo mundo a mesma língua, vai sair. Se vai ser diário

ou semanal, não posso dizer. Sabe quando você tem

uma colcha de retalhos e com muitos detalhes para

serem colocados? Eu quero que tenha participação,

interatividade da plateia, brincadeiras, músicas, en-

trevistas, o que estiver acontecendo diariamente ou

semanalmente. O programa terá essa possibilidade,

mas acima de tudo é eu me sentir feliz e me divertin-

do. Ninguém faz um programa sem uma equipe. O

Marcelo já comentou sobre algumas pessoas e eu te-

nho a possibilidade de escolher alguns profissionais

da Record, mas se eles acharem que pode ser outras,

também quero. Até porque não sei qual a disponi-

bilidade desses profissionais. Eu ainda não conheço.

Precisamos da equipe X. Ele comentou também que,

caso eu não aceitasse o convite naquele momento,

não teria problema, porque o projeto que eles ti-

nham seria só meu! Eles me aguardariam, se fosse

necessário.

A Rede Globo completa 50 anos e você faz

parte da história da emissora. Em algum momen-

to pesou na sua decisão? Você espera que seja

lembrada quando acontecer as homenagens? Ou

acredita que será simplesmente ignorada pelo

fato de não estar mais na casa?

Eu tenho uma história com a emissora de mui-

tas boas lembranças, de muitos programas. Não vou

apagar e não tem como, só porque eu mudei de

emissora. Não acho legal alguém falar mal da casa,

onde eu vivi esse tempo todo. Não quero que fale

Page 18: Fulltime 32

18 Full TimeM A G A Z I N E

e não aceito. O que eles vão vir a fazer não posso

falar. Posso dizer sobre a história que eu pretendo

criar na nova casa... Estou focada no que vou fazer

daqui para frente na Record. Para você ficar sabendo,

eu fiz um programa na Telefé, na Argentina, durante

dois anos. Eles estão completando 25 anos e me cha-

maram para participar. Depende muito da vontade

de quem estará montando essa história. Eu não faço

mais parte da Telefé, e inclusive existem pessoas que

também estão em outras emissoras e foram convi-

dados também. Vai depender de cada um que vai

contar essa história.

Ficou alguma mágoa da Rede Globo?

Ficou tanta coisa boa que eu vivi lá! Não tem

como ter mágoa de uma casa que me deu tanto... Eu

aprendi muito, fiz vários programas durante anos. Fiz

‘O Show da Xuxa’, ‘TV Xuxa’, ‘Xuxa Hits’, ‘Xuxa Parque’

e Xuxa isso ou aquilo... Como eu posso ter mágoa?

Tenho tanta história. A gente tem mágoa quando

acontece algo... Eu tenho muitas lembranças, fiz mui-

tos amigos que disseram que mesmo eu vindo pra

cá, estarão ligadinhos me vendo...

Nós sabemos que você tem muito apoio, inclu-

sive do Junno Andrade seu namorado. Quem mais

esteve ao seu lado neste momento de decisão?

Na minha casa eu tenho uma torcida muito gran-

de da minha mãe Alda e da minha filha Sasha. Ela

fala o tempo todo que quer me ver bem e feliz. As

pessoas que trabalham comigo... quando terminei

a reunião, a Mônica que foi a primeira pessoa que

começou a trabalhar comigo, que me conhece só de

olhar para mim, disse que estava vendo um brilho

no meu olhar. A torcida foi muito grande porque me

viram com um brilho, com vontade de fazer e acon-

tecer. A minha filha, quando chegou, disse que eu

estava linda e perguntou como foi a reunião com

aquele jeitinho dela. Quem estava muito próximo de

mim viu como eu fiquei feliz. Aliás, antes da reunião,

eu estava meio down, mas mudei depois que eu co-

nheci o Marcelo. Ele é o responsável por eu estar na

Record, porque ele viu em mim o valor com muita

verdade. O Walter Zagari – Vice-Presidente Comer-

cial, disse que eu vou ficar muito mais tempo nesta

emissora do que na anterior... [Risos] Não sei se vou

conseguir, mas estamos juntos!

Com carreira longa na televisão brasileira, o

que ainda é desafiante pra você?

Mudar de uma casa para outra, onde você não

conhece, é um desafio. Muitas pessoas me pergun-

tam por que depois de tanto tempo na profissão,

não fico quietinha em casa. Minha vontade, e foi até

uma das conversas que tive, é se eu poderia fazer

um programa ao vivo. Eu não sei, mas se for será um

desafio deixar o microfone na minha mão do jeito

que eu falo...

Você construiu uma relação muito boa com o

mercado publicitário. Você já sentiu a receptivi-

dade das marcas?

Fiz um pedido para o Walter, onde tenha mer-

chandising legal, onde eu possa conhecer os produ-

tos. Sou uma pessoa um pouco chata quanto a isso.

Preciso realmente conhecer antes. Comentei que não

pode ser cigarro, bebida e nem carne vermelha, por-

que nem meu cachorro come. O resto pode.

O slogan da Record diz: ‘Aberto para o novo’.

O que a Xuxa tem de novo?

Tirando a idade velha... nestes últimos quatro ou

cinco anos, eu estava bastante presa, mas estou solta

e aberta. Para mim, já é algo novo e estou aberta

para fazer o que quero, que é fantástico... Não posso

falar essa palavra, agora é um ‘espetáculo’ (Risos). O

fato de eu poder fazer o que eu quero já abriu minha

cabeça para muitas novidades. Não sei quem inven-

tou aquele negócio de que eu estava procurando

emprego. Eu adorei! É tão bom! Eu ria tanto e foto-

grafei tudo que saiu. Que maravilha! Quem inventou

tem que vir trabalhar comigo. Essa pessoa é muito

boa. Quero estar muito antenada com tudo que há

de novo por aí. Quando você trabalha numa casa

Neste momento

é muito

importante ter

os fãs perto de

mim, porque

me sinto mais à

vontade, mais

em casa.

Entrevista

Page 19: Fulltime 32

Por trás das câmerasHá 25 anos, Xuxa mantém a Fundação Xuxa Meneghel que, em toda a sua história, teve um importante papel na vida de meninos e meninas por todo o Brasil por meio de campanhas, redes de mobilização social, projetos e um forte trabalho de incidência política para influenciar na formulação de políticas públicas que garantam à infância e à juventude seus direitos. Com sede na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a instituição realizou cerca de 200 mil atendimentos, desenvolvendo um trabalho integrado de educação, cidadania e participação infanto juvenil, com apoio às famílias, incentivo ao desenvolvimento comunitário, capacitação profissional e geração de trabalho e renda. E entre os princípios institucionais, estão práticas e atitudes sustentáveis.Ao longo desses 25 anos, a instituição investiu em diversas ações e projetos. O trabalho desenvolvido foi, inclusive, reconhecido pela Brazil Foundation, organização não governamental que estimula iniciativas na sociedade brasileira. Em noite de gala, no início de fevereiro, a Fundação foi homenageada por sua atuação no campo social com crianças, jovens e adolescentes. Xuxa acredita muito no poder das crianças para mudar o destino do planeta. Tanto que, na Rio +20, foi criado o Projeto +Criança, que deu origem à Rede +Criança, constituída por meninos e meninas das diversas regiões brasileiras que desenvolvem ações para uma vida sustentável. Desta Rede, surgiu o livro “Brasil das Crianças”, lançado em novembro e que traz a visão das crianças brasileiras sobre sustentabilidade e as possibilidades de participação delas em questões que afetam as suas vidas. Essa diversidade é mostrada sob a ótica cultural, educacional e social por meio de fotografias e textos dos locais visitados pelo projeto.

onde pode fazer acontecer, é muito mais rápido. Quando tem

um comitê, muita gente para aprovar, quando percebe já ficou

velha, entendeu?!

Você comentou da importância dos fãs na sua vida.

Qual será o papel deles nesta nova trajetória?

Eles sabem o quanto são importantes pra mim. É até difícil

mensurar, porque eles têm nome e sobrenome. Não aquela fra-

se pronta ‘I Love You’. Amo meus fãs. Digo para a pessoa certa

e todo mundo sabe disso. A minha relação é de muita verdade.

A partir desse momento que estou vivendo algo diferente, vou

precisar muito mais deles do que imagina. É muito difícil fazer

um recomeço, quando a gente não tem por perto as pessoas

que gostamos. Tê-las próximas será o primeiro passo e o se-

gundo é uma boa equipe.

Page 20: Fulltime 32

20 Full TimeM A G A Z I N E

Educação

Um empreendimento global para crianças

entre 4 e 14 anos invadiu o subsolo de um shopping

center de São Paulo nestas férias. Prometendo

mais do que fantasias a um preço “camarada” de

100 reais por criança e 50

por adulto, esse parque de

diversões coloca empresas

e produtos em contato

direto com crianças, com

a clara intenção de criar

consumidores fieis a marcas

“do berço ao túmulo”, como

dizem os publicitários.

O parque vai além do

conceito de diversão pro-

priamente dito e traz, na origem, a ideia de apren-

dizagem pela brincadeira, orgulhosamente chamada

de “edutenimento”. Criado em Santa Fé, no México,

no final da década de 1990, e inicialmente conhe-

cido como cidade das crianças, o Kidzania é hoje

uma marca global presente em mais de 15 cidades

do globo, contabilizando um número superior a 10

milhões de visitas. Nessa inocente brincadeira de faz

de conta o mercado internacional percebeu, desde

2006, uma maneira lucrativa de envolver crianças e

torná-las leais a marcas, que ali se espalham de for-

ma nada comedida.

Em recente depoimento à The New Yorker, o

mexicano Xavier López Ancona, criador do em-

preendimento, diz explicitamente que o parque, em

Cidade idealChega ao Brasil parque de diversões global que, em

nome de “aprendizagem”, sugere limitar vida à lógica das

empresas e marcas corporativas.Por Lais Fontenelle

“Deve ter alamedas verdesA cidade dos meus amores

E, quem dera, os moradoresE o prefeito e os varredores

E os pintores e os vendedoresAs senhoras e os senhores

E os guardas e os inspetoresFossem somente crianças”

“A cidade ideal”, de Chico Buarque

Page 21: Fulltime 32

formato de cidade, é uma potente plataforma para

se criar lealdade às marcas nessa sociedade de con-

sumo. A ideia original vendida nesse espaço é ser um

parque educacional indoor que oferece, às crianças

e seus pais, um ambiente supostamente seguro que

permite à garotada exercitar comportamentos adul-

tos da vida urbana – de forma autônoma e indepen-

dente. Tudo isso, segundo seus criadores, fazendo o

que há de mais divertido e importante na natureza

infantil – que é brincar.

Sabe-se, porém, que o brincar, como uma ex-

periência singular de linguagem da criança, é uma

potente forma de socialização, exercício de cidada-

nia, elaboração de conflitos, além de um exercício

de comportamento futuro – mas somente quando a

criança é autora de suas brincadeiras e escolhe onde,

quando, com quem e como irá brincar. No Kidza-

nia as crianças brincam de piloto, jornalista ou en-

genheiro em trocas sociais e afetivas mediadas pelo

consumo e troca monetária. A ideia de ingresso no

parque é “pegue seu dinheiro, faça mais dinheiro e

gaste como desejar”.

Visualmente, o espaço é uma cidade construída à

escala das crianças, com prédios, ruas pavimentadas,

veículos e até uma linguagem e economia próprias.

Porém, o mais impressionante ali não é a verossimi-

lhança com as cidades, mas a integração do mundo

real através das marcas expostas, que patrocinam as

empresas da cidade e suas atividades.

O discurso falacioso é de que a autenticidade

melhora a experiência e que as crianças aprendem

de forma interativa com as melhores pessoas que

lhes podem ensinar sobre poupança e investimen-

to – um banco, por exemplo. Encontramos ali, além

de bancos e redes de fastfood, agências de correios,

hospital ou até mesmo uma unidade da Unicef.

A relação das crianças com as cidades deveria

ser, sem dúvida, enaltecida e privilegiada na contem-

poraneidade, principalmente pelas famílias e escolas,

pois “a rua é uma aula, uma lousa”, como bem ob-

servou o professor espanhol Jaume Martinéz Bonafé.

Um lugar onde se escrevem e se exercitam valores,

saberes e histórias a partir das relações que ali se

estabelecem. Portanto, em vez de privilegiarmos a

construção ou até mesmo passeios em espaços pri-

vados para as crianças exercitarem sua autonomia e

independência, faz-se urgente um olhar mais cuida-

doso para as cidades e espaços públicos para que

esses, sim, sejam mais amigos das crianças.

Somente nas cidades reais, com suas contradi-

ções pulsantes, é que somos capazes de nos afetar,

nos relacionar e assim transformar realidades. É so-

mente a partir da vivência plena de uma vida na pólis

que somos capazes de exercitar nossa cidadania e

entender completamente o significado de comu-

nidade, cuidado, troca e brincadeira. Esse tipo de

experiência não pode acon-

tecer em cidades planejadas

à escala das crianças com a

intenção, clara, de cooptar

pequenos consumidores e

fidelizá-los às marcas.

Faz-se urgente, então,

devolver as crianças às ruas e

as ruas a elas, além de deslo-

carmos a aprendizagem para

fora de espaços privados e

das instituições de ensino,

como bem postulou Bonafé.

Faço aqui uma convocação

a urbanistas, engenheiros,

prefeitos, secretários, comu-

nicadores, a toda a socieda-

de civil, para refletir não so-

mente sobre esse parque de diversões e o que ele

de fato vende, mas também sobre as mensagens

que as cidades reais passam para as crianças desde

a mais tenra idade. Assim como Chico Buarque, na

letra de A Cidade Ideal, deveríamos todos cantar por

cidades mais humanas e sustentáveis.

Lais Fontanele – psicóloga – Instituto Alana [email protected] | http://outraspalavras.net/

Page 22: Fulltime 32

22 Full TimeM A G A Z I N E

Educação

Benefícios do malabarismo

Atualmente, o interesse por conhecer e pra-

ticar o malabarismo tem crescido muito. Entre as

crianças e adolescentes é ainda maior. O malabaris-

mo está inserido nas atividades extracurriculares de

muitas escolas; outras são próprias para aprender o

malabarismo e outras atividades do circo, eventos

para malabaristas, grupos que se encontram para

trocar técnicas e treinar… e a cada novo dia, novas

pessoas efetivamente ingressam nessa modalidade.

E os benefícios são grandiosos para o desenvolvi-

mento do corpo e mente do praticante.

Malabarismo é um jogo, um desafio para qual-

quer um! É muito benéfico para crianças e jovens,

pois promove o desenvolvimento da concentração,

da coordenação motora e equilíbrio. Também pode

ser praticado por pessoas dentro do que, carinhosa-

mente, chamamos de ‘melhor idade’, desenvolvendo

agilidade e trabalhando como fisioterapia os

movimentos musculares de braços e per-

nas.

O malabarismo pode ser praticado

pela manhã para acordar os sentidos,

também pode ser praticado à tarde para

Descubra o quanto você tem a ganhar

com a prática constante das atividades do

malabarismo. Malabarismo é uma arte, uma

fascinação, relaxa e pode ser praticado por

qualquer um.

Page 23: Fulltime 32

relaxar ou até mesmo para aliviar o stress do dia-a-

dia. A prática constante relaxa a mente e trabalha o

foco ocular. Também pode ser usado antes de uma

reunião importante, nos intervalos das atividades

diárias, sozinho a qualquer tempo ou em grupo. É

uma ótima atividade social e colabora nos trabalhos

em equipe.

Logo que se começa a exercitar essa prática, o

corpo e a mente são rapidamente estimulados. Au-

mentando a habilidade da concentração, ajuda a

transpor situações difíceis, faz esquecer mágoas e

deixa o praticante com mais energia. O malabarismo

estimula o lado direito do cérebro, aumentando a

agilidade mental e a criatividade.

Malabarismo é uma festa, proporcionando di-

versão, um grande show e criando uma ótima at-

mosfera. Pode ser praticado em casa, na escola ou

até mesmo no trabalho. É inegável o trabalho saudá-

vel que o corpo pratica, além da diversão proporcio-

nada pela sua prática.

Principais Benefícios:

Faculdades Intelectuais

Trabalho da Concentração e foco; Desen-

volvimento da Coordenação; Ganho de Ritmo,

tempo e equilíbrio; Aumento da percepção es-

pacial e ganho nos reflexos; Aumento da pro-

dução inventiva.

Faculdades Psicológicas

Motivação; Aumento do potencial muscu-

lar; Trabalho na flexibilidade muscular; Meca-

nismo de diversão; Desenvolvimento da con-

fiança pessoal e trabalho em equipe.

www.artesdocirco.com.br/picadeiro-artes-do-circo

Page 24: Fulltime 32

24 Full TimeM A G A Z I N E

Eco Caderno

Você sabia que em torno de 1 bilhão de pessoas

em todo o mundo passam fome? E mais, você sa-

bia que em torno de um

terço de todo o alimento

produzido acaba por se

tornar lixo? Pois é, estes

dados estarrecedores não

deixam dúvidas: precisa-

mos desenvolver formas

melhores de consumir ali-

mentos sem desperdício,

ao passo em que também

precisamos criar melhores

maneiras para tentar er-

radicar a fome em nosso

planeta.

Foi pensando nisso

que o vice-presidente do

Instituto Alana, Marcos

Nisti, idealizou em co-au-

toria com Paulo Kress, do

Contra o desperdício de alimentos

Grupo Egeu, o projeto “Satisfeito”, criado com o ob-

jetivo de alertar as pessoas sobre o desperdício de

alimentos, ao mesmo tempo em que oferece ajuda

a crianças carentes. O projeto conta com o apoio do

apresentador Serginho Groisman e dos atores Paola

Oliveira e Jonas Bloch.

Como funciona? Nos restaurantes participantes

do Satisfeito, o cliente tem a opção de pedir pratos

denominados “Satisfeito” (ou SF). Estes são produ-

zidos em uma porção reduzida (2/3 do tamanho do

prato original), mas você paga o mesmo preço. O

que o restaurante economizar em comida é transfe-

rido em dinheiro para organizações que trabalham

pela segurança alimentar de crianças. Outras solu-

ções de “Pratos Satisfeito” têm sido criadas pelos

restaurantes participantes e a economia gerada é

repassada 100% para organizações que combatem

a fome de crianças.

“Satisfeito”, pelo fim dos desperdícios e por um

mundo mais sustentável...em todos os aspectos! Sai-

ba mais em www.satisfeito.com e faça sua parte!

Conheça o Projeto Satisfeito, campanha contra o

desperdício de alimentos em restaurantes.

Page 25: Fulltime 32

Praticamente todos os estados brasileiros apre-

sentaram taxas de desmatamento acima de 100 km²

anuais nos últimos anos. Este foi um dos resultados

encontrados pela Avaliação Nacional de Risco do

Brasil, mapeamento inédito das atividades florestais

no país, realizado pelo FSC Brasil.

O documento, que cruza dados de fontes públi-

cas e privadas, tem como objetivo identificar riscos

da exploração ilegal de madeira e servir de instru-

mento para melhorar o planejamento de políticas

públicas e iniciativas privadas para a conservação

florestal. E levou em conta cinco aspectos: explora-

ção ilegal de madeira, violação dos diretos humanos,

exploração em áreas de alto valor de conservação,

exploração de florestas sendo convertidas em plan-

tações e transgênicos.

Infelizmente, o levantamento indicou que ainda

Extração ilegal de madeira ainda é realidade no Brasil

há muito a ser feito no

país. “A ilegalidade ain-

da é uma realidade no

Brasil”, afirma Fabíola

Zerbini, secretária-exe-

cutiva do FSC Brasil. “E

a conversão de matas

nativas se mostra mui-

to presente”. A região

norte é onde esta situa-

ção é mais alarmante,

sobretudo porque este

é o lugar em que ainda há maior extensão de re-

manescentes de floresta nativa no país. Nas demais

regiões, há maior concentração de florestas planta-

das, o que facilita o monitoramento e a certificação

das mesmas.

Page 26: Fulltime 32

26 Full TimeM A G A Z I N EFull TimeM A G A Z I N E

Triste realidade: carne de cavalo continua a ser produzida

e consumida

O assassinato de equinos para consumo se tornou manchete

no mundo em 2013, quando foi descoberto que grandes marcas

de alimentos, especialmente no Reino Unido e Europa, vendiam

produtos contendo carne de cavalo como se fossem de carne bo-

vina. O episódio causou escândalo e chamou atenção para um fato

não tão conhecido: apesar de estar tradicionalmente fora do menu

ocidental, cavalos, asnos, mulas e outros equinos são regularmente

mortos para fins alimentares em muitos países.

Segundo a Humane Society International, os países que mais

matam equídeos para consumo são Mongólia, Rússia, Cazaquistão,

México e a China. Só este último matou, em 2012, mais de 1,6 mi-

lhão desses animais para o consumo humano.

O cavalo pode estar fora do prato do brasileiro, mas nem por

isso está seguro por aqui. O país tem uma longa tradição de pro-

duzir carne de cavalo para exportação, embora a indústria tenha

diminuído fortemente nas últimas décadas: entre 1960 e meados

da década de 70, a produção por vezes ultrapassava mais de meio

milhão de animais mortos; em 2012, foram menos de 180 mil. O

Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo para a

União Europeia - seus maiores clientes são Itália e Bélgica, que

também reimportam o produto para outros lugares.

Em 2010, o grupo belga de direitos dos animais Gaia fez uma

campanha para denunciar o sofrimento de cavalos de produção

no Brasil e no México. Assista ao vídeo produzido pelo grupo (em

francês): https://vimeo.com/25718236

Eco Caderno

Brasil está entre os dez países que mais investem

em energia limpa

Depois de dois anos em queda, os inves-

timentos globais em energias limpas aumen-

taram 17% em 2014 - US$ 270 bilhões ano

passado, contra US$ 232 bilhões em 2013. As

informações são de um relatório do Progra-

ma das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(Pnuma), divulgado em 31 de março.

Segundo o documento, o aumento foi pu-

xado pela expansão das instalações solares na

China e no Japão e dos projetos eólicos em

alto mar na Europa. Além disso, o Brasil figu-

ra entre os dez países que mais investiram no

setor.

A China foi de longe a maior investidora

em energia renovável no ano passado — um

recorde de US$ 83 bilhões, aumento de qua-

se 40% em relação a 2013. Os Estados Unidos

ficaram em segundo lugar, com US$ 38,8 bi-

lhões em investimentos, aumento de 7%. Em

terceiro, o Japão, com US$ 35 bilhões e cres-

cimento de 10%. Um boom em energia eó-

lica em alto mar na Europa resultou em sete

projetos de US$ 18,6 bilhões. Enquanto isto,

o Brasil investiu US$ 7,6 bilhões e figura entre

os dez países que mais aplicaram no setor (7ª

posição).

Energias solar, eólica, de resíduos e ou-

tras fontes renováveis foram responsáveis por

gerar 9,1% da eletricidade global, contra 8,5%

em 2013. Como em anos anteriores, o merca-

do em 2014 foi dominado por investimentos

recordes em energia solar e eólica, que repre-

sentaram 92% do total de energias renováveis.

www.ecodesenvolvimento.org/

Page 27: Fulltime 32

Os biohackers e vega-

nos Ryan Pandya e Perumal

Gandhi estão trabalhando na

elaboração de uma mistura à

base de plantas que é quase

idêntica em composição ao

leite de vaca. Para conseguir

isso, de acordo com informa-

ções de The Washington Post,

eles foram longe na modifica-

ção de óleo de girassol, para

que ele possa assumir uma

composição estrutural semelhante a das gorduras

do leite, substituindo lactose por galactose, açúca-

res quase indistinguíveis, e cultura de levedura para

liberar caseína, uma proteína do leite animal natural.

Se for bem sucedido, o processo que eles desen-

volveram pode algum dia ser usado para extrair um

vasto leque de produtos

lácteos, como queijo, man-

teiga e iogurte.

A dupla, ambos com

experiência em bioenge-

nharia, são os co-fundado-

res da Muufri, uma start-up

com sede em San Fran-

cisco, que espera formar

a ideia de leite fabricado

em laboratório como uma

alternativa mais humana e

ética para os consumidores. Financiado pelo progra-

ma Singularity University’s Synthetic Biology Acce-

lerator, eles passaram meses em um laboratório da

Universidade College Cork, na Irlanda, onde estão

próximos de desenvolver um lote protótipo, que é

100% livre de animais.

Page 28: Fulltime 32

28 Full TimeM A G A Z I N EFull TimeM A G A Z I N E

Eco Caderno

Isso é possível! É o que explica o empreendedor

em resíduos e reciclagem Francisco Luiz Biazini Filho

que, nesta entrevista exclusiva, fala sobre a importân-

cia da reciclagem e o que é preciso para chegarmos

ao lixo zero. Ele, que é sócio-proprietário da Rede-

resíduo e representante do Instituto Lixo Zero Brasil

em São Paulo, defende que devemos nos espelhar na

natureza. “Onde, como dizia Lavoisier, nada se cria e

nada se perde, tudo se transforma”, diz.

com resíduos

O que é ser um empreendedor de resíduos e

reciclagem?

Um visionário que percebeu a oportunidade de

trabalhar com algo que poucos veem como “lucra-

tivo”. Ele produz mais valia do lixo, do descartável,

daquilo que ninguém quer ter ou ver. Este visionário

tem, além de gerar empregos, lucro, uma função so-

cial fundamental para o equilíbrio de nossa socie-

dade. Na base de tudo, é um empreendedor social.

Quais os desafios deste mercado?

Atribuir a quem gera os resíduos a responsa-

bilidade de arcar com os custos de destinação ou

tratamento do lixo. A Política Nacional de Resíduos

Page 29: Fulltime 32

Sólidos (lei nº 12.305/10) prevê isso. O grande desa-

fio é fazer ela “pegar”.

Em sua opinião, qual é a importância da reci-

clagem do lixo?

Reciclar é poupar recursos do planeta e aumen-

tar a vida útil dos aterros. É mais saúde, mais água,

mais energia e recursos minerais para todos. Reci-

clar gera 30 vezes mais empregos do que enterrar

os materiais recicláveis. Portanto, trata-se de uma

atividade fundamental para a perenidade de nossa

sociedade com qualidade de vida.

O que é a REDERESÍDUO?

Nossa plataforma começou a ser criada quando

a PNRS era apenas um sonho e sua base se preo-

cupava com a viabilidade logística a partir da con-

solidação de lotes virtuais e a economia que estes

processos permitem aos sistemas de logística. Nes-

te período, tratávamos os lotes de resíduos como

oportunidades e promovíamos as negociações entre

geradores e recicladores. A partir de 2010, fomos

incorporando processos e tecnologias, com inves-

timentos próprios e recursos do CNPq, FAPESP e

SEBRAE, para atendimento aos aspectos da PNRS e

da logística reversa pós-consumo que diversos seto-

res econômicos deverão implementar nos próximos

anos. Também nos preocupamos em conhecer me-

lhor e adaptar a plataforma para mercados horizon-

tais como a construção civil, pelo seu alto potencial

de ganhos com a reciclagem de seus resíduos.

Como funciona este sistema?

Desenvolvemos uma ferramenta para oferecer

uma solução personalizada para tratamento, reuso,

reciclagem e destinação final de resíduos sólidos in-

dustriais, de forma a integrar tecnologias de infor-

mação, logística e conhecimento técnico na área de

resíduos sólidos que está baseado em um servidor de

dados, tendo como principal forma de acesso um por-

tal da internet. Incorporamos na plataforma rotinas e

processos para atender aos diversos atores da ges-

tão de resíduos: geradores que podem vender, trocar,

doar ou destinar seus resíduos ou contratar serviços;

recicladores que podem utilizar resíduos como ma-

téria-prima; empresas de tratamento e disposição

final que podem oferecer serviços diretamente aos

interessados; transportadores que são notificados au-

tomaticamente das oportunidades e podem otimizar

rotas, atuar na logística reversa e acessar os mapas

das oportunidades; gestores das Redes (departamen-

tos de meio ambiente corporativos, prefeituras, as-

sociações de empresas ou outras organizações) que

podem controlar requisitos, mitigar riscos e coletar

dados para embasar indicadores e métricas.

Essa iniciativa tem dado certo?

Nosso primeiro cliente, em 2011, foi a construto-

ra Camargo Corrêa. A empresa já vendia os materiais

recicláveis, mas ao longo de quatro anos de opera-

ção aumentou seu faturamento, acima do planeja-

do com esta prática. Foram R$ 2,5 milhões a mais

do que conseguia anteriormente, além de destinar

cerca de 65% dos materiais gerados a partir de suas

obras para materiais para reciclagem.

Qual o panorama atual deste mercado?

Percebemos que a cada dia que passa há uma

maior disposição das empresas em investir na reci-

clagem para poupar recursos e o surgimento de uma

geração de gestores mais conscientes e mais preo-

cupados com a sustentabilidade, gerando demanda

e mais oportunidades de negócios. Muitas empresas

estão se aprimorando e melhorando suas práticas

e novas empresas estão surgindo para atender aos

novos requisitos trazidos pela legislação. Na cons-

trução civil, que responde por metade (ou mais) dos

resíduos gerados em uma cidade, o ritmo de melho-

ria é mais lento, mas já percebemos iniciativas inte-

ressantes acontecendo. As construtoras maiores es-

tão muito bem estruturadas. No entanto, respondem

por menos de 20% dos resíduos, sendo que a grande

maioria do entulho é gerada nas reformas e obras

autogeridas. Este mercado ainda está engatinhando.

Page 30: Fulltime 32

30 Full TimeM A G A Z I N E

Números apontam que, no Brasil, são enter-

rados R$ 11 bilhões por ano em material reciclá-

vel, sendo mais de R$ 2,5 milhões corresponden-

tes a resíduos plásticos, que são recicláveis de

alguma forma.

E gastamos mais de 24 bilhões por ano para

enterrar todo este dinheiro! Um absurdo! Precisa-

mos educar as pessoas para que elas entendam que

reciclar é não jogar dinheiro fora. Uma latinha de

alumínio vale quase o mesmo que uma moeda de 5

centavos, uma garrafa de PET também. Quem de nós

joga moedas na rua? Não há justificativa alguma em

se jogar fora recicláveis.

Como mudar a atitude das pessoas, relativa-

mente à reciclagem?

Um argumento que estamos usando nas empre-

sas é que, além de economizar na destinação de re-

jeitos e gerar receita com os recicláveis, as empresas

respeitam a legislação em vigor e podem colocar em

seus resultados os benefícios indiretos, as externali-

dades positivas geradas pela reciclagem. Entre eles,

estão os benefícios econômicos, que são a diferen-

ça entre os custos da produção pri-

mária e os custos da reciclagem; os

benefícios ambientais advindos da

economia de energia, redução da

emissão de GEEs, créditos de carbo-

no, redução do consumo de água e

preservação da biodiversidade e os

benefícios de gestão com a econo-

mia em coleta e economia em ater-

ros, entre outros.

É possível chegarmos ao lixo

zero?

O conceito lixo zero define que

devemos envidar todos os esforços

para desviar qualquer material de

aterros ou incineradores, fazendo-os

voltar ao processo produtivo. Na

Itália, já acontece uma transforma-

ção neste sentido, são mais de 300 municípios se

dirigindo ao lixo zero, diminuindo drasticamente o

envio para o aterro, incentivando a criação de muitas

empresas, gerando milhares de empregos e redu-

zindo em até 40% o custo da gestão de resíduos, e

muito importante, com todo o apoio da população.

Várias cidades do mundo já chegaram a quase a lixo

zero, como Nova York, São Francisco e Milão, e estes

resultados foram alcançados em menos de 5 anos.

Para chegarmos a zero demoraremos um pouco

mais, mas é possível e as tecnologias já existem em

laboratórios. Mas os ganhos de se reduzir 80% das

despesas com geração de lixo são muito grandes, e

não dependem de nenhuma tecnologia, apenas da

vontade das pessoas. Aqui no Brasil temos o Institu-

to Lixo Zero Brasil que divulga e promove o conceito

através de ações mobilizadoras.

Estamos no caminho certo?

Para nós o lixo tem pai e mãe. O pai é o con-

sumo, em uma economia com processos de pro-

dução linear, que começa na extração do recurso e

termina no aterro ou na queima do rejeito. A mãe é

a irresponsabilidade de todos nós que acreditamos

que existe um lugar para onde este lixo vai, e que

este lugar é fora deste planeta. A busca de soluções

para a questão dos resíduos é um desafio mundial, e

temos no Brasil a responsabilidade de criar mecanis-

mos inovadores e sustentáveis, que considerem os

catadores e as cooperativas como parceiros privile-

giados. Precisamos construir um modelo econômico

circular, onde os rejeitos de um processo se tornem

matéria prima de outro. Devemos nos espelhar na

natureza, onde como dizia Lavoisier: Nada se cria

e nada se perde, tudo se transforma. O caminho é

inovar e empreender. É fazer. Quem quiser começar

e não sabe por onde, aqui vai uma sugestão: faça

compostagem dos resíduos orgânicos. Esta prática

vai retirar metade do lixo que geramos e vai deixar

o que ainda jogamos limpo e mais fácil de reciclar.

Contato: [email protected]

Francisco Luiz Biazini Filho Empreendedor em resíduos e reciclagem.

Eco Caderno

Page 31: Fulltime 32
Page 32: Fulltime 32

32 Full TimeM A G A Z I N E

Eco Caderno

Ao aportar no arquipélago brasileiro, em

1503, o navegador italiano Américo Vespúcio disse

a famosa frase: “O paraíso é aqui”. E ele não estava

errado. Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas,

esbanja belezas naturais, com mar de águas claras,

praias de areias douradas e ampla biodiversidade. O

distrito, que pertence a Pernambuco, está dividido

entre APA (Área de Preservação Ambiental) e Parque

Nacional Marinho, e é considerado Patrimônio Mun-

dial Natural desde 2001 pela Unesco.

Praias, piscinas naturais e trilhas ecológicas. O

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

possui diversas praias com suas águas verde-esme-

Natureza exuberante

ralda esperando pelo público, dentre estas, estão

duas eleitas como as mais bonitas do Brasil: a Praia

do Sancho e a Praia do Leão. Quer mais? Passeios

de barco, mergulhos no fundo do mar e golfinhos

nadando em bando diante de seus olhos. Do mirante

da Baía dos Golfinhos, os turistas podem assistir às

manobras dos animais entrando no Parque ao alvo-

recer do dia.

A visita à Praia da Atalaia é um dos atrativos mais

procurados do Parque Nacional, pois oferece ao vi-

sitante a oportunidade de mergulhar em um aquário

natural onde poderá observar a fauna marinha em

seu ambiente natural. Na Baía do Sueste, o visitante

FerNaNdo de NoroNha

Page 33: Fulltime 32

pode optar pelo mergulho guiado através de uma trilha submarina es-

pecial onde se aprecia tartarugas marinhas em seu local de descanso

e alimentação. Neste mergulho, um dos mais ricos em biodiversidade,

pode-se avistar também polvos, lagostas, raias, pequenos tubarões e

diversos peixes coloridos.

Inesquecível, também, é navegar lado a lado com golfinhos ou ob-

servar o pôr do sol a partir das praias do Cachorro, do Meio ou do

mirante do Boldró. Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noro-

nha também reserva outra surpresa para os turistas: a caminhada pelos

sítios históricos, que guarda 500 anos de história do Brasil, tornando

o arquipélago, além de patrimônio natural, um patrimônio histórico.

O local é mesmo um verdadeiro sonho de consumo para os aman-

tes do ecoturismo. É protegido desde 1989 por uma série de leis am-

bientais, que ajudam a manter suas paisagens naturais praticamente

intocadas pelo homem. Dentre estas leis, está estipulado um limite

máximo de 450 visitantes/dia na ilha e uma taxa inicial de R$38,24 que

aumenta, gradativamente, a cada dia que o visitante ficar na ilha.

Todas essas taxas e burocracias são um modo de proteger este ver-

dadeiro paraíso natural e conscientizar as pessoas que visitam o local.

O senso preservacionista que reina na ilha é reforçado pela presença

de vários projetos bem-sucedidos de pesquisa. Os de maior destaque

são o Tamar-Ibama, que estuda as tartarugas marinhas, e o Golfinho

Rotador, que analisa cientificamente as piruetas dos golfinhos.

Prepare-se para a viagem dos seus sonhos e também para uma

nada econômica. A maioria das pousadas da ilha tem pouco conforto

e preços altos, assim como os pratos mais básicos dos restaurantes, e

as taxas ambiental e do Parque Nacional Marinho também aumentam

essa conta. Mas não é disso que você vai se lembrar: as praias, os golfi-

nhos, as tartarugas e o pôr-do-sol darão conta de garantir um gostinho

de quero mais.

Em tempos

de dólar alto,

as viagens

nacionais são

uma ótima

opção e, dentre

os destinos mais

procurados,

está Fernando

de Noronha,

paraíso com

praias, piscinas

naturais e trilhas

ecológicas.

Page 34: Fulltime 32

34 Full TimeM A G A Z I N E

Autos

O mercado de luxo não sentiu a crise

na indústria automobilística: o segmento

de carros premium cresceu 18% em re-

lação a 2013. Em 2014, foram vendidos

no país 55.841 modelos de luxo ante aos

47.335 vendidos em 2013. Esses dados

incluem carros das marcas Audi, BMW,

Mercedes-Benz - as três alemãs que re-

presentam 70% das vendas do segmento

-, além de Land Rover, Volvo, Mini, Pors-

che, Jaguar e Lexus.

Apesar dos números otimistas, este

mercado no Brasil ainda é imaturo. “Tem

muito espaço a crescer. Enquanto em paí-

Mercado de carros preMiuM cresce

O comércio

de carros de

luxo aumentou

18% em 2014

e a trajetória

de alta deve

ser mantida em

2015.

ses vizinhos ele ocupa 10%, no Brasil representa somente 2%,

o que significa que ainda temos muito potencial de crescimen-

to”, comenta o empresário Daniel Cabral de Menezes, proprie-

tário da Auto Prime Motors.

O potencial para este mercado é tão grande que motivou

o retorno da Audi como fabricante no país. A BMW inaugu-

rou sua fábrica em Araquari (SC) no ano passado. A Merce-

des-Benz e a Land Rover vão iniciar suas operações em 2016.

Juntas, as quatro marcas vão investir aproximadamente 2,3

bilhões de reais nas fábricas e terão capacidade para produzir

106 mil veículos ao ano.

Daniel também está otimista. Quando questionado se há

espaço para o crescimento local deste mercado, ele na hora

responde: “sim, tanto há espaço que a ideia nos próximos me-

ses é um plano de expansão para atender ainda melhor nossos

clientes. Onde existem apaixonados por carros, existe também

espaço”.

A sua concessionária é pioneira neste segmento na Granja

Viana. “Algumas das maiores coleções de veículos antigos da

América Latina encontram-se na Granja, existem muitos apai-

xonados por aqui, mas a região é mal explorada. A ideia foi

tentar aproximar essas pessoas, sempre com o assunto prin-

cipal - paixão pelo automóvel -, fazendo amigos e, por con-

sequência, negócios”, conta Daniel, que desde os 4 anos já se

mostrava um apaixonado por automóveis.

A iniciativa de investir na região deu certo. “O cliente que

fecha o seu negócio aqui, pela primeira vez, sente a confiança

e sempre volta. E dessa forma, esse mesmo cliente indica um,

dois, três que também se tornam fiéis. Em menos de dois anos,

cheguei a fazer uma dúzia de negócios com o mesmo cliente

e assim sucessivamente. Isso gera um ciclo positivo e contínuo

que só traz benefícios a todos os envolvidos”, comenta.

O segredo? “Atendimento personalizado, aliado a alta

qualidade dos produtos oferecidos, transparência, honesti-

Page 35: Fulltime 32

dade e, com certeza, o

amor de toda equipe

ao trabalho exercido.

Nos adequamos ao in-

vestimento e indicamos

a melhor compra”, res-

ponde. Além, é claro, da

exclusividade. “Traba-

lhamos com encomen-

das e margem reduzida.

Então, quando determi-

nado veículo entra, muitas

vezes já está vendido. Focamos na agilidade e no alto giro de estoque”, com-

pleta.

Para driblar o período de recessão, Daniel dá a dica: “você identifica de

imediato o produto certo para o cliente certo e do modo certo... uma união

de fatores, buscando a eficiência na transação. Aí não tem erro: apertam-se as

mãos e negócio fechado”. Com isso, a trajetória de alta do mercado de carros

de luxo deve ser mantida em 2015.

Sobre a Auto Prime Motors

A Auto Prime Motors comercializa veículos nacionais e importados, veículos antigos, motos, quadriciclos, semi novos e 0km. Com a grande concorrência e oferta de veículos, a melhor forma de vender o seu veículo é através da consignação: o cliente deixa seu veículo e só volta a se preocupar com o assunto na hora de conferir o crédito em sua conta. “Nós ajustamos o valor para o bem através de contrato, enviamos uma plataforma com seguro para retirar o veículo no local, preparamos o veículo para venda (polimento, higienização interna e manutenção), anunciamos em todas as mídias especializadas, além de nosso mailing, absorvemos uma possível troca e repassamos o valor integral combinado ao cliente. Tudo com agilidade e transparência”, afirma o proprietário.Endereço: Av. São Camilo, 1169 - Granja Viana (em frente ao Alphaville Granja Viana) Telefone: 4169-1514Site: www.autoprimemotors.com.br

Daniel Cabral de Menezes

Page 36: Fulltime 32

36 Full TimeM A G A Z I N E

Especial

Motivos não faltam para acompanhar a 66ª tem-

porada da Fórmula, que começou em março com o

GP da Austrália e termina, após 20 etapas, em Abu

Dhabi (Emirados Árabes) no dia 29 de novembro.

Houve troca de pilotos entre as principais equi-

pes: Vettel saiu da Red Bull para a Ferrari, enquanto

Alonso da Ferrari para a McLaren. Além disso, na

Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg prome-

tem travar mais um duelo acirrado pelo título.

Para o engenheiro mecânico e blogueiro de F-1

João Carlos Vieira, esta pode ser uma temporada

semelhante à de 1988 em que Senna e Prost luta-

Começou a temporada 2015 da Troca de pilotos é apenas uma das razões para não perder nenhum detalhe da principal categoria do automobilismo.

ram pelo título na McLaren. “O Toto Wolff e o Niki

Lauda (chefes da Mercedes) devem liberar a disputa

interna entre Hamilton e Rosberg mais uma vez”,

destacou.

Ferrari, Red Bull e Williams entraram na tempo-

rada sedentas por desbancar a hegemonia da Mer-

cedes, enquanto a McLaren reedita após mais de 20

anos a parceria com a japonesa Honda.

É provável que voltemos a ouvir o famoso “tema

da vitória”: Felipe Massa voltou a ter reais chances

de vitória, enquanto Felipe Nasr desponta como

promessa. Vamos acompanhar!

Page 37: Fulltime 32

Começou a temporada 2015 da

Page 38: Fulltime 32

38 Full TimeM A G A Z I N E

Especial

GP da Austrália - 15/03GP da Malásia - 29/03GP da China - 12/04GP do Bahrein - 19/04GP da Espanha - 10/05GP de Mônaco - 24/05GP do Canadá - 07/06GP da Áustria - 21/06GP da Inglaterra - 05/07GP da Hungria - 26/07

CalendárioGP da Bélgica - 23/08GP da Itália - 06/09GP de Cingapura - 20/09GP do Japão - 27/09GP da Rússia - 11/10GP dos EUA - 25/10GP do México - 01/11GP do Brasil - 15/11GP de Abu Dhabi - 29/11

Interlagos - Brasil

Page 39: Fulltime 32

Carlos Sainz Jr - Espanha - Toro Rosso -Renault

Daniel Ricciardo - Austrália - Red Bull - Renault

Daniil Kvyat - Rússia - Red Bull - Renault

Felipe Massa - Brasil - Williams - Mercedes

Felipe Nasr - Brasil - Sauber - Ferrari

Fernando Alonso - Espanha - McLaren - Honda

Jenson Button - Reino Unido - McLaren - Honda

Kevin Magnussen - Dinamarca - McLaren - Honda

Kimi Raikkonen - Finlândia - Ferrari - Ferrari

Lewis Hamilton - Reino Unido - Mercedes - Mercedes

Marcus Ericsson - Suécia - Sauber - Ferrari

Max Verstappen - Holanda - Toro Rosso - Renault

Nico Hülkenberg - Alemanha - Force India - Mercedes

Nico Rosberg - Alemanha - Mercedes - Mercedes

Pastor Maldonado - Venezuela - Lotus - Mercedes

Roberto Merhi - Espanha – Manor - Ferrari

Romain Grosjean - França - Lotus - Mercedes

Sebastian Vettel - Alemanha - Ferrari - Ferrari

Sergio Pérez - México - Force India - Mercedes

Valtteri Bottas - Finlândia - Williams - Mercedes

Will Stevens - Reino Unido - Manor - FerrariEqui

pes e

Pilo

tos

Page 40: Fulltime 32

40 Full TimeM A G A Z I N E

Especial

Temporada Piloto Equipe

1950 Nino Farina Alfa Romeo

1951 Juan Manuel Fangio Alfa Romeo

1952 Alberto Ascari Ferrari

1953 Alberto Ascari Ferrari

1954 Juan Manuel Fangio Maserati

1955 Juan Manuel Fangio Mercedes

1956 Juan Manuel Fangio Ferrari

1957 Juan Manuel Fangio Maserati

1958 Mike Hawthorn Ferrari

1959 Jack Brabham Cooper

1960 Jack Brabham Cooper

1961 Phil Hill Ferrari

1962 Graham Hill BRM

1963 Jim Clark Lotus

1964 John Surtees Ferrari

1965 Jim Clark Lotus

1966 Jack Brabham Brabham

Você conhece todos os campeões da Fórmula 1 e em quais equipes eles correram? Se não conhece, veja a tabela abaixo com a lista completa dos Pilotos campeões de Fórmula 1 de 1950 até 2014.

Temporada Piloto Equipe

1967 Denny Hulme Brabham

1968 Graham Hill Lotus

1969 Jackie Stewart Matra

1970 Jochen Rindt Lotus

1971 Jackie Stewart Tyrrell

1972 Emerson Fittipaldi Lotus

1973 Jackie Stewart Tyrrell

1974 Emerson Fittipaldi McLaren

1975 Niki Lauda Ferrari

1976 James Hunt McLaren

1977 Niki Lauda Ferrari

1978 Mario Andretti Lotus

1979 Jody Scheckter Ferrari

1980 Alan Jones Williams

1981 Nelson Piquet Brabham

1982 Keke Rosberg Williams

1983 Nelson Piquet Brabham

Page 41: Fulltime 32

Temporada Piloto Equipe

1984 Niki Lauda McLaren

1985 Alain Prost McLaren

1986 Alain Prost McLaren

1987 Nelson Piquet Williams

1988 Ayrton Senna McLaren

1989 Alain Prost McLaren

1990 Ayrton Senna McLaren

1991 Ayrton Senna McLaren

1992 Nigel Mansell Williams

1993 Alain Prost Williams

1994 Michael Schumacher Benetton

1995 Michael Schumacher Benetton

1996 Damon Hill Williams

1997 Jacques Villeneuve Williams

1998 Mika Häkkinen McLaren

1999 Mika Häkkinen McLaren

Temporada Piloto Equipe

2000 Michael Schumacher Ferrari

2001 Michael Schumacher Ferrari

2002 Michael Schumacher Ferrari

2003 Michael Schumacher Ferrari

2004 Michael Schumacher Ferrari

2005 Fernando Alonso Renault

2006 Fernando Alonso Renault

2007 Kimi Räikkönen Ferrari

2008 Lewis Hamilton McLaren

2009 Jenson Button Brawn

2010 Sebastian Vettel Red Bull

2011 Sebastian Vettel Red Bull

2012 Sebastian Vettel Red Bull

2013 Sebastian Vettel Red Bull

2014 Lewis Hamilton Mercedes

Page 42: Fulltime 32

42 Full TimeM A G A Z I N E

Em Foco

Cristina Von Narozny comemorou seu aniversário com um almoço na Gistshopping. Na ocasião,

os amigos saborearam a tradicional paeja da Dona Sagrário.Veja mais fotos na Full Time digital!

Aniversário com paeja

Honda HR-V chega à H.MotorsNa noite de 20 de março, clientes e convidados da concessionária H. Motors participaram de um coquetel

que marcou o lançamento do novo modelo da marca Honda, o compacto HR-V. Veja mais fotos na Full Time digital!

Page 43: Fulltime 32
Page 44: Fulltime 32

44 Full TimeM A G A Z I N E

Em Foco

Precisando de serviços gráficos com quali-

dade, agilidade e preços competitivos? Pois a

MPrints Produção Gráfica tem a solução que

você precisa! Trabalha com um leque de op-

ções em gráficas de grande porte para traba-

lhos de alta tiragem e específicos, e para pe-

quenas tiragens e serviços rápidos em digital.

Dispõe ainda de uma loja com pronto atendi-

mento para suprir sua necessidade, podendo

assim atender com qualidade e segurança.

Faça um orçamento: 3415-9486. Endereço: Rua José Félix de Oliveira, 928, loja 04Granja Viana – Cotia

A Ecobed® é marca registrada da Ecus do Brasil, filial brasi-

leira de uma empresa espanhola especializada na fabricação de

colchões e comercialização de equipamentos de descanso com

mais de 25 anos de experiência no mercado. Atua na Espanha, em

Portugal, na França, na China, na República Dominicana, no Mé-

xico… e agora chega ao Brasil, trazendo uma extensa variedade

de colchões. Destaques para o dupla face que pode ser usado

dos dois lados e o de fibras de bamboo que possui propriedades

antiácaros, antibactérias e antifungos, ideal para pessoas alérgicas. Conheça: www.ecobed.com.br.

Nova no Brasil, tradicional na Europa

Comunicação visual

Page 45: Fulltime 32
Page 46: Fulltime 32

46 Full TimeM A G A Z I N E

Entrevista

Filho da cantora Elis Regina

com o maestro César Camargo

Mariano, Pedro Mariano esteve

com a música presente em sua

vida desde sempre. Logo, não

teria como não seguir o mesmo

caminho de seus familiares. Em

entrevista à revista Full Time,

este grande artista da música

brasileira conta histórias sobre a

sua vida e carreira, mostra sua

opinião sobre a Granja Viana e

fala um pouco da homenagem

prestada pela escola de samba

Vai-Vai para sua mãe, este ano,

no Sambódromo Paulista.

Como e desde quando começou a sua car-

reira de músico? Conte um pouco de suas ex-

periências.

Conto meu início de carreira a partir de 1995.

Isso porque foi neste ano que recebi minha pri-

meira proposta para assinar com uma gravado-

ra. Antes disso, sempre estive dentro da música,

fosse por prazer, fosse profissionalmente. Tive

bandas no colégio, participando de festivais estu-

dantis, fiz jingles publicitários, mas foi em 95 que

tudo realmente começou.

Pedro MarianoA herança de uma estrela

Por Beatriz Destefani

Page 47: Fulltime 32

De que maneira Elis Regina e César Camar-

go Mariano te influenciaram como cantor?

De todas possíveis! Nunca passou pela minha

cabeça fazer outra coisa. Durante um tempo, tive

dúvida de qual seria meu papel na música. De-

morei um pouco para me descobrir como cantor,

mas tenho certeza que conviver entre músicos,

ensaios, shows e gravações teve papel determi-

nante na minha escolha. Que foi extremamente

natural, não havendo pressão de nenhum lado,

dentro de casa. Meu pai sempre deixou tudo cor-

rer solto. As ferramentas estavam ali à mostra,

cabia a cada um sentir o que gostaria de seguir.

Conte um pouco da homenagem que você

e seu irmão, João Marcello, fizeram à sua mãe

em 1995.

Foi o estopim para nossa carreira profissional.

Não de forma intencional. Tudo começou quan-

do disse ao João que, assim como havíamos feito

uma festa especial para os 50 anos do meu pai,

queria que os 50 anos dela não passassem em

branco. Decidimos fazer o show, mas não tínha-

mos verba, nem local. Resolvemos fazer em qual-

quer lugar, porque o mais importante era fazer.

Ao começarmos a comentar publicamente a ideia,

surgiram os parceiros e a verba e deu no que deu.

Foi uma noite incrível…

Como foi o show realizado no mês passado

no Teatro Alfa? Maior sucesso, não?

Foi muito especial. Voltar ao Alfa depois de

ter gravado lá, foi uma sensação mágica.

Sobre o Carnaval, como você recebeu essa

linda homenagem vinda da escola de samba

Vai-Vai, com o enredo Elis Regina?

Fiquei muito feliz e emocionado. Acredito que

tenha sido a homenagem mais forte de todas que

já participei. Ouvir 3 mil integrantes cantando e

chorando por ela, foi uma cena que eu nunca mais

vou esquecer. Daria tudo para ver a cara dela…

Depois de tantos anos da morte da sua mãe,

como você explica a grande repercussão que teve

nesse carnaval?

Tudo foi feito com muito carinho e com muita

verdade. Isso contagia qualquer pessoa. Elis sempre

emocionou as pessoas com verdade e sempre irá

emocionar. A dedicação da comunidade, trazendo

toda a história dela para os mais jovens foi igual aos

contemporâneos à Elis que sentem orgulho de mos-

trar aos seus filhos a obra dessa cantora que entrou

na vida dessas pessoas de forma tão definitiva. Foi

lindo, um orgulho.

Você esperava tanto sucesso?

Eu sabia que seria muito legal e que não passaria

em branco. O título foi a redenção. Fiquei muito feliz

com todo esse sucesso, mas em se tratando de Elis,

não me surpreendo com mais nada.

Quanto tempo você mora na Granja Vianna?

Quais as vantagens de morar mais afastado?

Moro aqui há 10 anos. A maior vantagem de se

morar aqui é a volta para casa. Ver o céu,

os bichos, o ar puro. Minha filha poder

brincar na rua. Vale qualquer sacrifício.

E por que a Granja Vianna?

Tenho amigos que moram aqui há

muitos anos, desde muito antes de me

mudar para cá. Era a primeira opção,

também pela proximidade de São Paulo.

Adoro como as pessoas convivem aqui,

todos se conhecem e compartilham das

mesmas preferências. Tem tudo que São

Paulo tem, sem a dose neurótica do dia

-a-dia.

Quais os planos para o futuro?

Seguir em frente com o Projeto com

a Orquestra, um novo CD/DVD até o

final do ano e quem sabe atravessar o

oceano e desvendar outras terras.

Page 48: Fulltime 32

48 Full TimeM A G A Z I N E

Espaço Animal

Manter um aquário é um fascinante hobby que

atualmente tem aumentado muito no Brasil, atra-

vés do qual podemos reproduzir um pedacinho de

ecossistema em nosso próprio lar. A falta de infor-

mação é o principal motivo que faz com que mui-

tas pessoas desistam logo no início.

A orientação inicial para quem compra seu pri-

meiro aquário é a de que estude e pesquise antes

o assunto, pois os peixes e outros organismos de

aquários necessitam de cuidados específicos para

sobreviverem, por isso antes de começar este hob-

by é fundamental estar a par das noções básicas

sobre as espécies de peixes, o tipo de aquário a ser

escolhido e manutenção básica de aquários. Mui-

tos iniciantes acreditam que é melhor e mais fácil

começar com um aquário pequeno. Curiosamente,

neste caso, a realidade é o inverso. Na maioria dos

casos, um aquário de tamanho médio ou grande é

mais fácil de ser mantido. Uma das razões é a de

que um aquário pequeno possui uma capacidade

de volume de água limitada, ao contrário do que

acontece no habitat natural do peixe. Quanto mais

similar o habitat de seu aquário for do habitat na-

tural dos peixes que você escolher, maiores serão

as chances de sucesso. Isso porque qualquer forma

de poluição ou de potencial infecção do aquário

serão propagados mais rapidamente quando ele

for de menor tamanho porque um aquário de

maior volume de água apresenta mais estabilida-

de. O volume de água que um aquário médio ou

grande contém é uma grande vantagem e no fun-

do vai trabalhar a seu favor, minimizando os efeitos

de alguns equívocos que você possa cometer por

ser um iniciante.

Um erro comum cometido pelo iniciante é o

de colocar a água no aquário e imediatamente após

introduzir os peixes nele. Você deve ter sempre em

mente que está criando um ecossistema similar ao

habitat natural onde vive o peixe. Para que o aquário

seja habitável é necessário que haja o desenvolvi-

mento de certas espécies de bactérias benéficas que

irão se fixar no elemento filtrante, as quais serão res-

ponsáveis pela redução dos compostos orgânicos

como fezes e restos de alimentos e isso leva cerca

de 30 dias de circulação constante de água pelo fil-

tro. Após esse período há a estabilização do filtro

biológico, do pH e da temperatura, dando condições

ótimas para os peixes. Entretanto, para um aquário

atingir sua maturidade leva cerca de 6 meses. Ou-

tro erro frequente é o volume da troca de água do

aquário: no máximo se troca cerca de 25% do seu

volume, para não haver perda de nutrientes. Nunca

coloque os peixes e outros organismos diretamen-

te na água quando for introduzi-los no seu aquário,

deixe o saquinho com os novos habitantes flutuando

no aquário por uns 10 minutos, daí então coloque a

água do aquário dentro do saquinho aos poucos até

que a situação se equilibre para poder soltá-los sem

impacto. O sucesso de um aquário não tem nada a

ver com sorte, ele é resultado de conhecimento.

Um aquário de água doce, por exemplo, é relati-

vamente simples de ser cuidado, mas mesmo assim

exige equipamentos adequados, como filtro bioló-

gico, cascalho para colocar no fundo, termômetro,

termostato com aquecedor, lâmpadas fluorescentes,

circulação constante da água com pedras para de-

corar e criar esconderijos e plantas de preferência

vivas. Tudo isso serve para mimetizar o ambiente na-

tural em que os peixes escolhidos convenientemen-

te (para que não haja predação) convivam durante

Dicas para seu primeiro aquário

Page 49: Fulltime 32

anos num local em que os nutrientes sejam forneci-

dos racionalmente para que haja produção de bac-

térias úteis pelo filtro biológico, oxigenação e tem-

peraturas apropriadas. Além disso, testes de controle

para avaliação de pH, nitratos e nitritos devem ser

feitos regularmente. Depois de criada a rotina, os

cuidados necessários se tornam mais simples, mas

qualquer procedimento inadequado pode aniquilar

toda a população do aquário rapidamente.

Já um aquário de água marinha é bem mais

complexo de ser implantado e mantido, admitindo

menos erros do que o de água doce pelo fato dos

organismos serem mais sensíveis, com o agravante

dos custos de investimento inicial dos equipamen-

tos, animais e manutenção ser bem mais elevado.

Sua montagem é mais sofisticada abrangendo equi-

pamentos específicos como filtro biológico, cascalho

especial, água pura deionizada, sal sintético de boa

procedência, skimmer -paço tem a função de agitar

a água para retirar os dejetos de matéria orgânica

em excesso, termômetro, termostato com aquece-

dor, densímetro, bombas que movimentam a água,

lâmpadas fluorescentes especiais HQI que imitam a

luz do sol, timmer que controla a luminosidade, filtro

externo, chiller - um resfriador da água quando ela

esquenta, dosador de cálcio automático e uma série

de testes de rotina para manter o aquário em cons-

tante equilíbrio. Tudo isso deve funcionar harmonio-

samente e sem a possibilidade da falta de luz por

um longo período, caso contrário todos organismos

morrem por falta da circulação d’água, responsável

pela oxigenação e nutrição dos organismos.

Os peixes, a variedade dos corais, invertebrados

e rochas vivas, enfim a diversidade de cores e formas

dos organismos marinhos vivendo num pedacinho

de mar é encantador. Quem nunca teve a oportu-

nidade de se deslumbrar com um aquário de água

marinha não sabe o que está perdendo. É um hobby

maravilhoso que relaxa e nos remete a um tremendo

respeito pela natureza.

Dr. Gerson Bertoni Giantini – CRMV 5189/SPwww.policlinicaveterinaria.com.br

Page 50: Fulltime 32

50 Full TimeM A G A Z I N E

Agenda

DICAS DE PASSEIO

CAFÉ DAS ORQUÍDEAS

Café com bolo artesanal em diversos sabores é no Orquidário Mu-

curipe. Você ainda pode aproveitar o Café Mineiro, de coador individual,

servido em lindas canecas de ágata, com um pão de queijo fresquinho!

Tudo realmente com sabor de fazenda, em um lugar rodeado de belas

plantas! Vale o passeio no final de semana.Estrada Manoel Lages do Chão, 2.293 - Caiapiá - Cotia. Informações: (11) 4703-3866

A PRIMEIRA LUDERIA DO PAÍS

Em um mesmo endereço, bar, café, restaurante e um espaço para jogar e realizar eventos relacionados ao

lúdico. Um local irreverente, para beber, comer, conversar e… jogar. Interagindo com outras pessoas e amigos.

Assim é a Ludus, que oferece mais de 700 jogos, entre nacionais e importados.

Os apreciadores de cerveja gelada, boa comida, drinks clássicos e jogos como “War”, “Imagem e Ação”,

“Monopoly”, “Batalha Naval”, “Buraco”, “Tranca”, “Poker”, “Damas”, “Xadrez”, “Gamão”, “Dominó” e qualquer

jogo em que se utiliza mesa, encontram na Ludus o lugar perfeito para esta forma tão simples de diversão.

Através de um Cardápio de Jogos, as pessoas podem escolher qualquer jogo e se quiserem dicas, é só pedir

aos monitores de jogos, que auxiliam na escolha e ensinam a jogar todos os jogos da casa.

O valor da entrada - que varia conforme o dia da semana - dá direito a jogar quantos jogos quiser por

todo o tempo em que permanecer na casa. Diversão garantida para todas as idades!!! Fica a dica...Endereço: Rua Treze de Maio, 972 – São Paulo - www.ludusluderia.com.br

FEIRINHAS GASTRONôMICAS

Berrini Food Park

Direcionado para toda a família, o evento oferece comidas de rua com um variado cardápio gastronômico para todos os

paladares. O público poderá encontrar arroz de pato, comida japonesa, paella, hambúrgueres, massas italianas, empanadas,

costelinha suína ao barbecue, cervejas especiais, sucos e refrigerantes. A média de preço varia entre R$ 5 e R$ 25. Local: Rua Engenheiro Mesquita Sampaio, 518 - Vila São Francisco - www.berrinifoodpark.com.brHorário: sábado, das 11h às 20h; domingo, das 11h às 19h; de segunda a sexta, das 11h às 19h.

Butantan Food Park

Uma praça de alimentação dinâmica com barracas, food trucks, trailers e outros veículos que vendem comida sobre

rodas, de sanduíches a crepes e tapiocas, passando por massas frescas, comidas mexicanas e indianas até doces e produtos

artesanais, acompanhados de vinhos em taça, sucos gaseificados artesanais, para comer na hora ou levar para casa. O Butan-

tan Food Park também abriga eventos, festivais e feiras de produtos e produtores.Endereço: Rua Agostinho Cantu, 47 – Butantã - www.butantanfoodpark.com.brHorário: de segunda à quarta, das 11h às 16h; de quinta a sábado, das 11h às 22h; domingo, das 12h às 19h.

Page 51: Fulltime 32

EXPOSIÇÃOTOMIE OHTAkE

A FIEO - Fundação Instituto de Ensino para Osasco, sob

curadoria de José Roberto Teixeira Leite, apresenta a expo-

sição “Em Homenagem a Tomie”, que traz obras da artista

Tomie Ohtake e de mais onze grandes nomes da mesma

origem da artista.

Durante a exposição será exibido o documentário

“Tomie” da importante cineasta brasileira Tisuka Yamasa-

ki, também amiga e admiradora da artista plástica. O filme

relata em 35 minutos um pouco da trajetória artística e

muito sobre a mulher, moradora da região, que aos 23

anos saiu do Japão para visitar o irmão no Brasil e se en-

cantou pelo país, onde construiu sua vida, teve dois filhos,

começou a pintar aos 40 anos e eternizou seu nome como

a Grande Dama do Abstracionismo.

Data: Até 18 de abril de 2015Horário: De segunda a sexta, das 9h às 22h; aos sábados, das 9h às 12hLocal: Salão de Exposições UNIFIEO - Av. Franz Voegeli, 300 - Bloco Branco - Térreo - Vila Yara - Osasco

Page 52: Fulltime 32

52 Full TimeM A G A Z I N E

Agenda

ESCRITORES DA REGIãO

Angela La Rosa é escritora de onze títulos publicados, sendo dez sobre sustentabilidade para crianças

de 7 a 9 anos. No conto de “Serena”, aborda a questão da importância da vida marinha, pois é responsável

pela maior parte do oxigênio terrestre. “Rosa Morena”, a questão do amor e gratidão à mãe Terra. “Gama, A

Estrela”, questão do ar limpo, céu azul. Aa obras podem ser adquiridas na editora Ciranda Cultural, localizada

na Av. Rio Negro, em Alphaville. Informações: 3761-9500.

Em 2013, a atriz e jornalista Carolina Faria escreveu o livro “Casos Reais”, um retrato

sobre a realidade de vida. Um livro de superação, que traz variados relatos - são mais de 50 -

de ex-usuários de drogas, abuso sexual, cura pela fé, doenças, morador de rua, entre outros.

A obra, cuja segunda edição foi lançada na Bienal do livro em 2014, faz parte de uma obra

social da CAJEC (Casa José Eduardo Cavichio) que trata crianças e adolescentes com câncer,

e pode ser adquirida através do site www.carolinafariajornalista.com

Em tempos de economia instável, o granjeiro

Jaques Grinberg Costa acaba de lançar “84 perguntas que vendem”.

Este livro aborda como aprimorar as habilidades de comunicação em

vendas, como potencializar os seus resultados com o coaching, es-

tabelecer conexão e empatia com o comprador, identificar antecipa-

damente os desejos de quem compra, direcionar e negociar a venda

a partir de respostas do cliente, fechar negócios de forma assertiva,

mensurar resultados e estipular metas, criar o ambiente propício ao

fechamento do negócio, desenvolver argumentos irrefutáveis, ofe-

recer soluções imediatas para problemas, agregar valor a produto,

maximizar resultados, superar objeções.Em www.youtube.com/watch?v=qLW75Tg4VIc, há um vídeo sobre o livro. Saiba mais em www.jgctreinamentos.com.br.

LITErATurA

Page 53: Fulltime 32

MAIO FOTOGRAFIA NO MIS 2015

Anualmente, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo dedica um espaço na agenda de programação

para mostras exclusivamente de fotografias com obras de artistas nacionais e internacionais. Em 2015, um dos

destaques é a mostra Vivian Maier II – In Her Own Hands, inédita mundialmente. Além de Vivian Maier, o Maio

Fotografia no MIS 2015 apresenta outras seis exposições: Perto do rio tenho sete anos, do fotógrafo baiano

André Gardenberg, com curadoria de Diógenes Moura; Rastros (Traces) do holandês brasileiro radicado em

Paris Roberto Frankemberg; uma instalação da agência FCB inspirada na obra de Vivian Maier e a mostra co-

letiva mObgraphia. Completam a exposição Formas Urbanas, de Igor

Garbin, um dos artistas selecionados pelo programa Nova Fotografia

2015 e Lambe-lambe - Um retrato dos fotógrafos de rua na São Pau-

lo dos anos 70, elaborada a partir do acervo do MIS e que celebra os

45 anos da criação do museu. Integrando a programação, acontece

o IV Encontro Pensamento e Reflexão na Fotografia, realizado em

parceria com o Estúdio Madalena entre os dias 28 e 31 de Maio.Data: de 21 de abril a 14 de junhoHorário: de terça a sábado, das 12h às 21h; aos domingos e feriados, das 11h às 20hLocal: Museu da Imagem e do Som - Avenida Europa, 158 - Jardim Europa - São Paulo

fOTOgrAfIA

Page 54: Fulltime 32

54 Full TimeM A G A Z I N E

Agenda

CurSOS CURSO DE CULINáRIA VEGAN

Receitas básicas: preparando a proteí-

na de soja, hamburger, bife, leites vegans,

empanados sem ovos, bolo de frutas, pão-

sem-queijo...

Aula 100% prática com receitas simples,

fáceis e econômicas e com ingredientes que

se encontram nos supermercados!

DEGUSTAÇãO TOTAL + APOSTILA +

BRINDE!

Pagando a aula, você disponibiliza a

oportunidade de aulas grátis em ONGs de

jovens e pessoas carentes em geral, além de

demonstrações em feiras e eventos de di-

vulgação do veganismo.Mais informações e próximas datas: http://www.lauravegan.com/p/aulas-de-culinaria.html

CURSO “OPERANDO FIBONACCI NA ANÁLISE TÉCNICA COMO UM TRADER PROFISSIONAL”

Curso beneficente para o Instituto Cisne, edição 2015

Ministrado pelos traders André Machado e Marco Aurélio Rossi, o curso vai abordar Fibonacci como

ferramenta de auxílio do trading, além de psicologia do mercado, estudos práticos e outros. As vagas são

limitadas e toda renda será revertida para o Instituto Cisne - organização do 3º setor, sem fins lucrativos e

de utilidade pública federal que, desde a sua fundação,

em 1986, atende crianças, jovens, adultos e idosos

com limitação de autonomia psicossocial.

Investimento: R$ 750Data: 25 de abril, das 9h às 18h - Happy hour na sequênciaLocal: Instituto Cisne – Av. São Camilo, 3330Informações: www.institutocisne.org.br

Page 55: Fulltime 32
Page 56: Fulltime 32

56 Full TimeM A G A Z I N E

Curtas Região

A AETEC - Associação dos Arquitetos Engenheiros e Técnicos

de Cotia recebeu, no dia 27 de fevereiro, o empreendedor em re-

síduos e reciclagem Francisco Luiz Biazini Filho para uma palestra

sobre lixo zero. Ele, que é representante do Instituto Lixo Zero

Brasil em São Paulo, apresentou os aspectos legais e as melhores

práticas para destinação dos resíduos sólidos.

“Para nós o lixo tem pai e mãe. O pai é o consumo, em uma

economia com processos de produção linear, que começa na ex-

tração do recurso e termina no aterro ou na queima do rejeito.

A mãe é a irresponsabilidade de todos nós que acreditamos que

existe um lugar para onde este lixo vai, e que este lugar é fora

deste planeta. A busca de soluções para a questão dos resíduos

é um desafio mundial, e temos no Brasil a responsabilidade de

criar mecanismos inovadores e sustentáveis, que considerem os

catadores e as cooperativas como parceiros privilegiados. Na

construção de um modelo econômico circular, onde os rejeitos

de um processo se tornem matéria prima de outro, devemos nos

espelhar na natureza, onde, como dizia Lavoisier: Nada se cria e

nada se perde, tudo se transforma”, defende.

O Instituto Lixo Zero Brasil é movido pelo desafio de divulgar

e promover o Conceito Lixo Zero através de ações mobilizado-

ras, contribuindo com o futuro da sociedade com competência,

ética, cordialidade e respeito ao meio ambiente. O conceito Lixo

Zero define que devemos envidar todos os esforços para desviar

qualquer material de aterros ou incineradores, fazendo-os voltar

ao processo produtivo. Na Itália já acontece uma transformação

neste sentido, são mais de 300 municípios se dirigindo ao Lixo

Zero, diminuindo drasticamente o envio para o aterro, incenti-

vando a criação de muitas empresas, gerando milhares de em-

pregos, e reduzindo em até 40% o custo da gestão de resíduos, e

muito importante, com todo o apoio da população.

O palestrante também é diretor da RedeResíduo, uma em-

presa sediada em Cotia com a missão de aplicar a inovação na

gestão e comercialização de resíduos sólidos, criando redes faci-

litadoras de negócios para recicladores e geradores de resíduos

que desejam comercializá-los ou destinar corretamente os rejei-

tos usando o módulo de comercialização/leilão online.

(Leia entrevista nesta edição)

Lixo Zero e resíduos: aspectos legais e melhores práticas

Page 57: Fulltime 32
Page 58: Fulltime 32

58 Full TimeM A G A Z I N E

Curtas Região

No Dia Internacional da Água, aconteceu a 2ª CantAção das Águas

no Morro Grande, repetindo a iniciativa realizada em outubro de 2013,

quando cerca de vinte pessoas se organizaram para retirar resíduos da

Cachoeira da Graça, ao som de muita cantoria. O Movimento Vivo Morro

Grande, Transition GV, MDGV, comunidade escolar local, pesquisado-

res e cidadãos eco-sensibilizados comemoraram o dia 22 de março com

consciência, alegria, união, proteção, inclusão e respeito à água.

O local da cachoeira é exuberante, com grande potencial de lazer

e educação ambiental, porém muitos frequentadores deixam grande

quantidade de lixo na área, assim como objetos e resíduos provenientes

de cerimônias das religiões afrobrasileiras. Todo esse material, deposita-

do nas águas e matas ciliares, gera poluição no meio ambiente, criando

riscos para a saúde e repulsa dos usuários que deixam de usufruir das

belezas naturais que ali existem.

A Reserva do Morro Grande é uma das maiores florestas urbanas do

mundo, apresentando vegetação de Mata Atlântica em vários estágios,

trechos de cerrado e muita água. Protegida desde 1912, abriga cerca

de 10.600 hectares e forma um importante corredor ecológico ligado à

Serra do Mar seguindo até o Paraná.

O vertedouro da Graça integra o Alto Cotia, importante manancial

que abastece cerca de 500.000 pessoas, produzindo água para seis mu-

nicípios e protegido pela Reserva do Morro Grande sob gerência da

SABESP. Se existe a intenção de se limpar os rios de São Paulo, mediante

tamanha crise hídrica, é preciso iniciar pelas suas cabeceiras e o Alto

Cotia se encontra em lugar estratégico e preservado.

A Foto Escola Teoria das Cores participou e registrou as fotos do

evento.

2ª CantAção das Águas na Cachoeira da graça

Page 59: Fulltime 32

“Lei do Silêncio” é aprovada em Cotia

A Câmara Municipal de Cotia aprovou, no dia 13 de mar-

ço, o projeto de lei 39/2014. Conhecido como Lei do Silêncio, o

projeto regulamenta e prevê fiscalização contra a poluição sono-

ra em estabelecimentos públicos e particulares na cidade. Estão

sujeitos a penalidades e serão considerados irregulares ruídos

ou sons gerados por qualquer meio mecânico, eletromecânico e

eletromagnético, que apresentem características vocais, gestuais,

musicais, instrumentais ou similares, classificados nocivos ou pe-

rigosos, que provoquem

perturbação do bem es-

tar do cidadão ou alterem

o sossego.

Page 60: Fulltime 32

60 Full TimeM A G A Z I N E

Curtas Mundo

Avião solar inicia volta ao mundo sem combustível

Na segunda-feira, dia 9 de março, decolou de Abu Dhabi o avião Solar Impulse 2, que iniciou uma volta

ao mundo exclusivamente com energia solar. O modelo, batizado de SI 2 (Solar Impulse 2) é propulsado por

mais de 17 mil células solares embutidas em suas asas de 72 metros, quase do

tamanho de um Airbus A380. O avião, feito de fibra de carbono, pesa apenas

2,5 toneladas, menos de 1% do peso de um Airbus e vai percorrer, no total, 35

mil quilômetros, a uma velocidade média considerada modesta, entre 50 e 100

quilômetros por hora. A altitude máxima será de 8.500 metros. A aventura deve

demorar cinco meses, sendo 25 dias de voos efetivos. A volta está prevista para

o final de julho ou início de agosto. O avião é pilotado por dois suíços, Bertrand

Piccard e André Borschberg, que trabalharam doze anos no projeto. Eles disse-

ram que esta missão visa a “promover o uso de tecnologias verdes e contribuir

para a luta do aquecimento climático”.

Maior reserva de água doce do mundo baixa nível

O nível do Lago Baikal - no sul da Sibéria, na Rússia -, maior reserva de água doce do mundo, baixou

para um nível considerado crítico, aumentando os temores de escassez para a

população e de consequências negativas para o ecossistema. “O nível caiu dois

centímetros abaixo dos 456 metros acima do nível do mar, o mínimo aceitá-

vel de acordo com o governo”, disse Arkady Ivanov, da ONG Greenpeace. As

autoridades da Buryatia, uma das regiões russas que fazem fronteira com o

lago, tinham alarmado para a situação em janeiro. O departamento local do

Ministério de Situações de Emergência russo anunciou que colocou o “estado

de alerta” para monitorização do abastecimento de água das aldeias vizinhas,

que estão em risco de escassez.

Emissões de CO2 param de subir

Relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado em março, aponta que as emissões

globais de dióxido de carbono (CO2) do setor de energia pararam de subir em 2014. Isso é a primeira

vez que acontece em 40 anos. A AIE, que tem como foco o aconselhamento dos governos de países

desenvolvidos, afirmou que a paralisação do crescimento das emissões está ligada a padrões ecológi-

cos de consumo de energia na China, o maior país emissor de carbono, à frente dos Estados Unidos,

e em nações desenvolvidas

Page 61: Fulltime 32

UE lidera importação de produtos de áreas desmatadas

A União Europeia é a maior importadora de mercadorias retiradas de áreas ilegalmente desmatadas em

florestas tropicais. É o que revelou um estudo divulgado

pela Fern, ONG que faz parte da coalizão europeia Forest

Movement Europe. A análise, intitulada “Bens roubados: a

cumplicidade da UE no desflorestamento tropical ilegal”,

aponta Holanda, Alemanha, Reino Unido, França e Itália

como líderes na lista negra do comércio internacional. Jun-

tos, os países da União Europeia importaram em 2012 cerca

de 6 bilhões de euros em carne, couro, soja e óleo de palma

extraídos de áreas desmatadas clandestinamente em países

como Brasil, Indonésia, Malásia, Paraguai, Argentina e Uru-

guai. Para contornar o problema, o Brasil está implantando o

Sistema Nacional de Gestão Florestal. Trata-se de uma base

de dados integrada com informações sobre a origem do

produto florestal que os estados serão obrigados a fornecer, e que será gerido pelo Ibama. O programa está

em fase de testes e deve entrar em uso piloto até o meio do ano.

Page 62: Fulltime 32

62 Full TimeM A G A Z I N E

Curtas Brasil

Capacidade do Cantareira

A Sabesp passou a disponibilizar mais uma forma de visualização

do cálculo de medição do armazenamento de água do Sistema Can-

tareira. Até então, no gráfico e no boletim divulgados diariamente, era

apresentado o índice que considera como resultado a divisão entre

volume útil de água armazenado no dia e o volume útil total do sis-

tema. A partir de agora, a Sabesp vai apresentar também um gráfico

considerando o volume útil e o volume útil acrescido dos volumes au-

torizados, pelo órgão regulador, referentes às reservas técnicas I e II

(182,5 milhões de metros cúbicos + 105 milhões de metros cúbicos,

respectivamente), especificando o volume total do sistema para cada

situação. As duas formas de medição podem ser encontradas em http://www2.sabesp.com.br/mananciais/DivulgacaoSiteSabesp.aspx.

A iniciativa faz parte da estratégia da Companhia de dar ainda

mais transparência às informações sobre índices de mananciais e em

atendimento à recomendação do Ministério Público para que fossem

detalhados, em formato gráfico, os volumes existentes armazenados.

Protestos pelo Brasil

Milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo participaram, no dia 15 de março, de manifestações por todo o país.

Os protestos foram organizados por diferentes grupos, através das redes sociais, e a maioria pedia pelo fim da corrupção.

Houve grupos que reivindicaram a saída da presidente Dilma Rousseff e gritaram contra o PT. Refrãos em defesa da Pe-

trobras também foram ouvidos. As concentrações foram marcadas para diferentes horários ao longo do dia. Pela manhã,

houve grandes grupos no Rio de Janeiro, em Brasília, em Salvador, em Belo Horizonte, em Recife, em Fortaleza e Aracaju.

À tarde, em São Paulo, mais de 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, foi à Avenida Paulista. Cidades do interior

também registraram manifestações.

Leilão de reserva vai contratar energia solar e eólica em novembro

O Ministério de Minas e Energia vai fa-

zer um leilão para a contratação de energia

de reserva no dia 13 de novembro. Neste

leilão, a energia contratada deverá ser ge-

rada por fontes solar fotovoltaica e eólica.

Os contratos negociados no leilão terão

prazo de 20 anos, com início de suprimento

em novembro de 2018, segundo informou

a Agência Brasil. Os empreendedores in-

teressados em participar do leilão deverão

cadastrar seus projetos junto à EPE entre os

dias 4 de maio e 18 de junho.

Page 63: Fulltime 32

Água: manual de sobrevivência para a crise

O livreto ilustrado “Água: Manual de Sobrevivência para a Crise” foi produ-

zido de forma colaborativa pelos vários grupos e especialistas que compõem a

Aliança pela Água e traz, em linguagem simples, dicas práticas de economia de

água no dia-a-dia, como reutilizar água com segurança e como sobreviver se a

torneira secar de fato. A publicação tem 7 capítulos, que respondem a pergun-

tas como por que está faltando água e como preparar-se para a emergência,

além de detalhar práticas de economia máxima, estratégias para o momento de

colapso, orientações de saúde e informações sobre fontes alternativas de água.

O manual funciona de forma coordenada a outros materiais e aplicativos que

já existem, como o Cadê a Água?, desenvolvido pelo Instituto Socioambiental

(ISA) em apoio à Aliança, que permite que as pessoas denunciem a falta d’água

em suas casas, ajudando a mapear e comunicar a dimensão da crise. Nos pró-

ximos meses, o “Água: Manual de Sobrevivência para a Crise” será lançado em

versão impressa e em forma de app para celulares e tablets. Por enquanto, está

disponível no site www.aguasp.com.br.

Page 64: Fulltime 32

64 Full TimeM A G A Z I N E

Sonhos

Todos os seres humanos adultos deste planeta,

já ouviram falar em leitura das linhas das mãos. Você

pode até não acreditar, mas com certeza alguém já

lhe disse que onde tem fumaça, há fogo! E eu, den-

tro da minha humilde, mas honrosa forma de ajudar

o mundo, tenho tentado ensinar estes segredos para

que não desapareçam nas brumas da internet e das

religiões insinuadoras sobre os que não lhes interes-

sam financeiramente. Na internet estão expostas to-

das as linhas e sinais existentes nas mãos, e olhe que

são 444 na mão da leitura e mais 333 na mão do apoio.

Porém, na prática, todos este sinais, linhas, desenhos

e números são agregados ao consciente do aprendiz

apenas quando ele começa a sentir o liberar das suas

vibrações, porque todas informações a serem expres-

sas estão nesta forma de comunicação que o corpo

nos oferece. E isto, esta sensibilidade telepática, apa-

rece assim que nos conectamos à pessoa que ofereceu

a mão para ser analisada.

Aproveite este momento para conhecer algumas

características das mãos e ao cumprimentar algumas

pessoas já suas conhecidas, você verá como vai lhe pa-

recer lógico e muito claro este conhecimento.

Mãos frias revelam uma pessoa generosa, mas

medrosa e passional.

Mãos quentes mostram pessoas corajosas e extro-

vertidas, mas volúveis.

Mãos disformes revelam criatividade, mas incons-

tância.

Mãos úmidas são de pessoas persuasivas e per-

ceptivas, mas desanimadas.

Mãos secas são de pessoas confiáveis, mas violen-

tas e irritantes.

Sonhos e quiromancia

Sonho do mêsA artista americana, Marylin Monroe, que morreu aos 36 anos, sonhou, quando ainda estava no internato, que uma serpente enorme, lhe oferecia uma maçã, no meio a muitos pés de frutas, como se ela fora a Eva no Paraiso. Se eu fosse lhe responder, eu diria: Querida Jeane, nesta época ela ainda se chamava “Norma Jeane Baker”. Cobra grande significa amigos confiáveis, pés de frutos é a realização dos sonhos, desde que buscados, e maçã é o símbolo do amor oferecido. Todos arquétipos apresentados são adultos e bem dispostos, portanto vá a luta que a vitória te espera. Faria até um versinho: / Moça bonita e Serpentes são Pecados Capitais, mas se a oferta é Caliente, o Futuro é muito mais. /Como Zugon Villar ainda não tinha esta página naquela época, ela pediu a Catherine Loui, sua amiga freira, que lhe traduziu mais ou menos da seguinte forma: Vá trabalhar na fábrica de armas, que Davis Conover, um fotógrafo da revista Yank, vai te fotografar e te levar, através de alguns labirintos, para Hollywood. Claro, disse com outras palavras. E foi assim que ela se tornou a mulher mais festejada do mundo. Venha nos conhecer: todas as primeiras quartas feiras do mês, às 20hs, você pode assistir gratuitamente, uma aula de quiromancia à Rua Alferes Magalhães, 347 - pertinho do metrô Santana.

Escola de Anjos – facebook zugon.villar

[email protected]

64 Full TimeM A G A Z I N E

Page 65: Fulltime 32
Page 66: Fulltime 32

ANUNCIE NAS REVISTAS EXCLUSIVAS DOS

MAIORES CONDOMÍNIOS DA GRANJA VIANA!

Full TimeM A G A Z I N E

(11) 3427-7849

Page 67: Fulltime 32
Page 68: Fulltime 32