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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016 2015/2016 1 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DE LISBOA LICENCIATURA EM GESTÃO MATEMÁTICA II APOIO ÀS AULAS DE FUNÇÕES REAIS DE MAIS DE UMA VARIÁVEL REAL 2015/2016 Manuel Martins Carla Martinho Ana Jorge 1 18-04-2016 CI/2 FR2 FUNÇÕES DE MAIS DE UMA VARIÁVEL REAL CI/2 Chama-se função real de variáveis reais a toda a aplicação de um conjunto ⊂ℝ → ℝ. Ao conjunto chama-se domínio da função. Sejam = , ,…, e = ∈ ℝ. As variáveis , ,…, são as variáveis independentes e éa variável dependente. Ao conjunto ∈ ℝ:= ,∈ chama-se contradomínio de . Chama-se gráfico de ao subconjunto de : , ,…, ,:= , ,…, ∈ ∧= Funções reais de n variáveis reais

Funções reais de n variáveis reais ÕES DE MAIS DE UMA ... aulas... · Designa-se por derivada parcial em ordem a y da função , num ponto ˚,˜ e representa-se por 45 40

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 1

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

DE LISBOA

LICENCIATURA EM GESTÃO

MATEMÁTICA II

APOIO ÀS AULAS DE FUNÇÕES REAIS DE MAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

2015/2016

Manuel Martins Carla Martinho Ana Jorge 1

18-04-2016 CI/2 FR2

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/2

Chama-se função real de � variáveis reais a toda a aplicação de um

conjunto � ⊂ ℝ� → ℝ. Ao conjunto � chama-se domínio da função.

Sejam = �, , … , � ∈ � e � = � ∈ ℝ.

As variáveis �, , … , � são as variáveis independentes e � é a

variável dependente.

Ao conjunto � ∈ ℝ: � = � , ∈ � chama-se contradomínio de �.

Chama-se gráfico de � ao subconjunto de ℝ���:

�, , … , � , � : = �, , … , � ∈ � ∧ � = �

Funções reais de n variáveis reais

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 2

18-04-2016 CI/3 FR3

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/3

Notas:

1- Se a função for definida por uma expressão analítica, o seu domínio

é o conjunto de pontos onde a expressão analítica estará definida.

2- � = 1, o gráfico de � é uma curva de ℝ . Se � = 2, o gráfico de � é

uma superfície de ℝ�.

Por simplificação, todo o capítulo terá por base funções de 2

variáveis, podendo facilmente ser generalizado para as n variáveis.

Funções reais de n variáveis reais

18-04-2016 CI/4 FR4

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/4

Domínio

Exemplo 1 - Determine o domínio da função

A primeira equação representa o exterior de uma circunferência de raio

1; a segunda equação representa o interior de uma circunferência de

raio 2; a terceira equação representa a bissetriz dos quadrantes

impares.

( ) ( )xy

yxlnyxy,xf

−−−

−−+=22

22 41

( ) ( ) ( ) ( ){ }

( ) ( ) ( ) ( ){ }xyyxyxIRyxD

xyyxyxIRyxD

f

f

≠∧<+∧≥+∈=

⇔≠−∧>−−∧≥−+∈=

41:,

00401:,

22222

22222

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 3

CI/518-04-2016 CI/518-04-2016 CI/5 FR5

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/5

Domínio

Exemplo 1 - Representação geométrica: É considerada válida a área

marcada a amarelo e a circunferência interior fechada com a exceção dos

pontos da bissetriz.

18-04-2016 CI/6 FR6

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/6

Domínio

Exemplo 2- Determine o domínio e represente-o geometricamente, da

seguinte função

( ) 22 1 xylny,xf −+=

( ) ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }( ) ( ) [ ]( ){ }110

10010

2

22222

;xy:IRy,xD

xy:IRy,xxy:IRy,xD

f

f

−∈∧≠∈=

⇔≤∧≠∈=≥−∧>∈=

Representação geométrica:

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2015/2016 4

18-04-2016 CI/7 FR7

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/7

Domínio

Exemplo 3 - Determine o domínio e represente-o geometricamente da

função

( ) 21 yxy

xlny,xf −++=

( ) ( )

( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( )[ ] ( ){ }xyyxyx:IRy,xD

yxy

x:IRy,xD

f

f

+<∧<∧≤∨>∧≥∈=

≥−+∧

>∈=

10000

010

2

22

Representação geométrica:

18-04-2016 CI/8 FR8

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/8

Limite e continuidade

Diz-se que L é o limite da função � �, � quando �, � tende para

�, � e representa-se por

( ) ( )( )y,xfLimL

b,ay,x →=

quando

NOTA: Em ℝ , as vizinhanças de um ponto �, � são círculos definidos

no plano, sendo as distâncias medidas pela fórmula euclidiana

(exceto se houver indicação expressa em contrário) e

representam-se da forma apresentada.

( ) 20 0, : x, y D ( x, y ) ( a,b ) f ( x, y ) Lδ ε ε δ∀ > ∃ > ∈ ⊂ ∧ − < ⇒ − <�

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2015/2016 5

18-04-2016 CI/9 FR9

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Limite e continuidade

As propriedades operatórias dos limites e o teorema da unicidade

conhecidos para funções reais de uma variável real são igualmente

válidos para funções de n variáveis independentes.

Diz-se que uma função � , � é contínua no ponto , � = �, � se

1. � , � está definida no ponto �, � com �, � �

2. � , � tem limite no ponto �, � e esse limite é igual a � � , �

� é "#�$%�&� '( �, � )' ' )ó )'

lim(/,0)→(2,3)

� , � = �(�, �)

18-04-2016 CI/10 FR10

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/10

Derivadas parciais

Dada a função � , � de duas variáveis independentes, é possível

derivar em função de cada uma delas.

Designa-se por derivada parcial em ordem a � da função

� �, � num ponto �, � e representa-se por 45

4/�, � = �′/(�, �)

Como sendo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )h

b,afb,hafLim

ax

b,afb,xfLimb,a

x

f

hax

−+=

−−

=∂∂

→→ 0

Designa-se por derivada parcial em ordem a y da função� , � num ponto �, � e representa-se por 45

40�, � = �′0(�, �)

Como sendo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )h

b,afhb,afLim

by

b,afy,afLimb,a

y

f

hax

−+=

−−

=∂∂

→→ 0

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2015/2016 6

18-04-2016 CI/11 FR11

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/11

Derivadas parciais

Chamam-se derivadas parciais da função � , � às funções 45

4/(, �) e

45

40(, �) que têm por domínio o conjunto dos pontos onde �(, �) tem as

respetivas derivadas parciais finitas e, em cada ponto �, � desse

domínio, toma os valores 45

4/(�, �) e 45

40(�, �).

Exemplo 1 - Determine, usando a definição, as derivadas parciais da

função definida por � , � = + � + � no ponto (2,1)

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( )( ) ( ) 532

32

2

6

2

71

71211

2

12112

22

2

2

2

2

222

2

=+=−

+−=

−−+

=−

−++=∗

=∧++=⇒++=

∗=−−

=∂∂

→→→→

xLimx

xxLim

x

xxLim

x

xxLim

,fxx,xfyxyxy,xf

x

,f,xfLim,

x

f

xxxx

x

18-04-2016 CI/12 FR12

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/12

Derivadas parciais

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( )

( ) 44

44721224

71124121212

0

0

2

0

2

0

2

00

=+=

=+

=+

=−+++++

=

=−++++

=−+

=∂∂

→→→

→→

hLim

h

hhLim

h

hhLim

h

hhhLim

h

hhLim

h

,fh,fLim,

y

f

h

hhh

hh

Exemplo 1 – Continuação

NOTA: As regras de derivação mantêm-se verdadeiras.

Teorema: Se uma função tem derivadas parciais contínuas num

ponto, ela é contínua nesse ponto

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 7

18-04-2016 CI/13 FR13

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/13

Derivadas parciais

Exemplo 2 - Determine a derivada parcial em ordem a x da função

� , � = + �

Usando a definição:

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) 22

0

2

0

22

0

222222

0

2222

00

222

22

yxyhxLimh

yhxhLim

h

hyhxhLim

h

xyxhyxyhxhxLim

h

xyxyhxhxLim

h

y,xfy,hxfLimy,x

x

f

hh

hh

hh

+=++=++

=

=++

=−−++++

=

=−−+++

=−+

=∂∂

→→

→→

→→

18-04-2016 CI/14 FR14

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/14

Derivadas parciais

Usando as regras de derivação (em ordem a x, esta comporta-se como

variável e y como uma qualquer constante):

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 22222222 yxxyxxyxxyxy,x

x

f ''''+=+=+=+=

∂∂

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 8

18-04-2016 CI/15 FR15

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/15

Derivadas parciais

Exemplo 3 - Determine as derivadas parciais da função

� , � = ' 0 + ln/

0+ �

Usando as regras de derivação em ordem a , esta comporta-se como

variável e � como uma qualquer constante:

( ) ( )( )

( )

( )22222

1

22

1

2

2222

11y

xey

x

y

yeyey

xe

yxexxyy

xlnxey,x

x

f

yy

yx

yy

yx

'

yy

'

yx

'

yx

y'

'

y

++=++=++=++=

=++=

+

+=

∂∂

18-04-2016 CI/16 FR16

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/16

Derivadas parciais

Continuação do Exercício 3 - Em ordem a y, esta comporta-se como

variável e x como uma qualquer constante:

( ) ( )( ) ( )

( ) ( )

yxy

exyxx

y

y

xexyxex

yxeyxxyy

xlnxey,x

y

f

yy

yx

y

xyyx

y

'

yx

'

yx

y'

'

y

''

21

22222

2

2

2

22

2222

2

+−=+−

+=++=

=++=

+

+=

∂∂

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 9

18-04-2016 CI/17 FR17

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/17

Derivada da Função composta

Considere-se a função � , � e sejam = 9 $ e � = Ψ $ . Num ponto a,

sejam ; = 9 � e �; = Ψ � .

Então a derivada da função � em ordem a $ num ponto � é dada por

( ) ( ) ( ) ( ) ( )at

yy,x

y

fa

t

xy,x

x

fa

t

f

∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

0000

Considere-se a função � , � e sejam = 9 <, $ e � = Ψ <, $ . Num ponto

�, � sejam ; = 9 �, � e �; = Ψ �, � . Então as derivadas parciais da

função � em ordem a < e < num ponto �, � são dadas por

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( )b,at

yy,x

y

fb,a

t

xy,x

x

fb,a

t

f

b,ar

yy,x

y

fb,a

r

xy,x

x

fb,a

r

f

∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

0000

0000

18-04-2016 CI/18 FR18

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/18

Derivada da Função composta

Exemplo 1 - Seja � , � = + 2� e sejam = $ e � = =

. Calcule 45

4=.

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) 232

2

2 344444

2

12222

2

12222

ttttttxtytx

xtyxtt

yy,x

y

ft

t

xy,x

x

ft

t

f

;tt

y;tt

t

x;xy,x

y

f;yxy,x

x

f

t +=+⋅+⋅=++=

=⋅++=∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

+=∂∂

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 10

18-04-2016 CI/19 FR19

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/19

Derivada da Função composta

Exemplo 2 - Seja � , � = + 2� e sejam = $' > e � = ln $ + 3@.

Calcule 45

4=e 45

4>.

( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( )

( )( ) ( )( ) wwww

www

www

ww

eewtlntet

teewtlnete

t

xyexe

txeyx

w,tt

yy,x

y

fw,t

t

xy,x

x

fw,t

t

f

;w,tw

y;tew,t

w

x;t

w,tt

y;ew,t

t

x

;xy,xy

f;yxy,x

x

f

2242

222

222

22

23222

322

222

1222

321

222

+++=+++=

=++=⋅++=

=∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

=∂∂

+=∂∂

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( )( )( ) www

www

tetewtlnet

xytextexteyx

w,tw

yy,x

y

fw,t

w

xy,x

x

fw,t

w

f

2242

222

6344

64432222

+++=

=++=⋅++=

=∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=∂∂

18-04-2016 CI/20 FR20

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/20

Função Implícita

Dada a equação do tipo Φ , �, B = 0 onde a cada par de valores de e �

do domínio da equação corresponde um e um só valor de z, diz-se que a

equação define de forma implícita a função B = � , � .

Teorema da Função Implícita

Seja D ⊂ ℝ × ℝ um aberto, �, �, " ∈ D ' �: D ⟶ ℝ uma função tal que:1. � �, �, " = 0,

2. � ∈ G� (a função e respetivas derivadas de 1ª ordem são continuas)

3. 45

4H�, �, " ≠ 0.

Então � , �, B = 0 define implicitamente a variável B como função das

variáveis ' � numa vizinhança do ponto (�, �, ").

4H

4/(�, �) = −

KL

KM(2,3,N)

KL

KO (2,3,N)

e 4H

40(�, �) = −

KL

KP(2,3,N)

KL

KO (2,3,N)

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 11

18-04-2016 CI/21 FR21

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/21

Função Implícita

Exemplo 1 Considere a função � , �, B = � + ln 2 − �B − B� . Mostre

que a equação φ , �, B = 0 define implicitamente � como função das

variáveis e B, numa vizinhança do ponto R(−1, −1, 1) e calcule, para esse

ponto, 40

4/e 40

4H.

1º Passo: Verificar que o ponto P pertence à curva φ , �, B = 0

( ) ( ) 01121111 =+−+−=−− ln,,ϕ

2º Passo – A função, assim como as suas 1ª derivadas são continuas(função polinomial e função logarítmica) logo a função é de classeG�.

3º Passo: ( ) ( )

( ) ( ) 0212

11111

2111

20111

2

2

≠=−−

−=−−

−−=−−

∂∂

−−=

∂∂

→=−−∂∂

,,xyz

xzx,,

y

xyz

xzx

y?,,

y

ϕ

ϕϕ

Então a função define implicitamente � como função das variáveis e B, numa vizinhança do ponto R(−1, −1, 1)

18-04-2016 CI/22 FR22

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/22

Função Implícita

( )( )

( )

( )1

2

112

2

1112

2

111

111

11

3

−=−+

−=

−−

−−

−=−−

∂∂

−−∂∂

−=−∂∂

,,zxyz

yzxy

,,y

,,x,

x

y

ϕ

ϕ

Então:

( )( )

( )

( )1

2

31

2

11132

111

111

11

2

−=+−

−=

−−

−−

−=−−

∂∂

−−∂∂

−=−∂∂

,,xzxyz

xy

,,y

,,z,

z

y

ϕ

ϕ

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 12

18-04-2016 CI/23 FR23

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/23

Função Homogénea

Uma função �(, �) diz-se homogénea de grau ∝ se e só se

∀ , � ∈ �5 , ∀ $ ∈ ℝ, ∀ $, $� ∈ �5 , ∃ ∝∈ ℝ ∶ � $, $� = $∝�(, �)

Exemplo 1- Mostre que a função � , � =/

/W�0W é homogénea e

descubra o seu grau de homogeneidade.

Logo a função é homogénea de grau ∝ = −1.

( )( ) ( ) ( )

( )y,xftyx

xt

yxt

tx

ytxt

tx

tytx

txty,txf

1

22

1

222222222

−− ==+

=

=+

=+

=+

=

18-04-2016 CI/24 FR24

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/24

Função Homogénea

Exemplo 2 – Relativamente à função do exemplo 1, verifique a seguinte

igualdade (de Euler)

X�

X, � + �

X�

X�, � = ∝ � , �

Onde � é uma função homogénea de grau ∝

( )( )

( )( )

( ) ( )( )( )( )

( )y,xfyx

x

yx

yxx

yx

xyy

yx

xyx

y

fy

x

fx

yx

xy

yx

xy,x

y

f

yx

xy

yx

xy,x

x

f

'

'

⋅−=+

−=+

+−=

+−

+

−=

∂∂

+∂∂

+−=

+=

∂∂

+

−=

+=

∂∂

12

2

22222

22

222222

22

22222

222

22

22

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 13

18-04-2016 CI/25 FR25

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/25

Derivadas Parciais de Ordem Superior à 1ª

Dada a função � , � se existirem 45

4/, � e 45

40, � num ponto � ∈ � e se

estas admitirem derivada em ordem, respetivamente, a e a �, num ponto

� , a essa derivada chama-se derivada de segunda ordem de � em

ordem a � ou a � respetivamente. Representam-se por

X �

X � '

X �

X� �

Se 45

4/ admitir derivada em ordem a � , num ponto � ∈ D, a essa derivada

chama-se derivada de segunda ordem de Z em ordem a [ e a \. De

igual modo se define a derivada de segunda ordem de a � em ordem a .

X �

XX�� '

X �

X�X]�

Estas últimas derivadas chamam-se derivadas cruzadas.

18-04-2016 CI/26 FR26

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/26

Derivadas Parciais de Ordem Superior à 1ª

}...

y

f

xy

f

y

f

yx

fx

f

x

f

)y,x(f

∂∂

∂∂∂

∂∂

∂∂∂∂∂

∂∂

2

2

2

2

2

2

Assim, as derivadas parciais de 2ª ordem da função f , � são

representadas por:

O desenvolvimento anterior mostra que o número de derivadas parciais

cresce exponencialmente em função da ordem, ou seja:

• Derivadas parciais de 1ª ordem = 2;

• Derivadas parciais de 2ª ordem = 4 = 2 ;

• Derivadas parciais de 3ª ordem = 8 =2�; etc.

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 14

18-04-2016 CI/27 FR27

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/27

Derivadas Parciais de Ordem Superior à 1ª

Exemplo 1 - Determine as derivadas parciais de 2ª ordem da função

� , � = + 2� + ' 0

( )

( )( )

( )

( )( )

( )

=∂∂

+=∂∂

+=∂∂

+=∂∂

=∂∂

++=∂∂

++=

y

y

y

y

y

y

xey,xy

f

ey,xxy

f

xexy,xy

f

ey,xyx

f

y,xx

f

eyxy,xx

f

xexyxy,xf

2

2

2

22

2

22

2

2

2

22

4

22

22

22

2

22

2

18-04-2016 CI/28 FR28

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

CI/28

Derivadas Parciais de Ordem Superior à 1ª

Teorema de Schwartz

Seja � ∶ D ⊂ ℝ ⟶ ℝ e �, � um ponto interior a D. Se as derivadas

parciais 45

4/,

45

40e 4W5

4/40 estão definidas numa vizinhança do ponto �, � e se

4W5

4/40é contínua em �, � então 4W5

404/também está definida em �, � e

X �

XX�a, b =

X �

X�X(�, �)

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 15

18-04-2016 CI/29 FR29

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Derivadas Parciais de Ordem Superior à 1ª

CI/29

Dada a função � , � designa-se por Matriz Hessiana a matriz

Visto tratar-se de uma matriz quadrada, é possível falar no seu

determinante, ` designado por Hessiano.

Teorema

Se a função � , � verifica o teorema de Schwartz, a matriz Hessiana é

uma matriz simétrica.

( ) ( )

( ) ( )

∂∂

∂∂∂

∂∂∂

∂∂

=y,x

y

fy,x

xy

f

y,xyx

fy,x

x

f

H

2

22

2

2

2

18-04-2016 CI/30 FR30

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/30

Seja � , � : � ⊂ ℝ ⟶ ℝ , e �, � um ponto interior a �.

i) � �, � diz-se um máximo relativo de f se existir uma vizinhança b

de a, b tal que � , � ≤ � �, � .

i) � �, � diz-se um máximo absoluto de � , � se

∀ , � ∈ � ⇒ � , � ≤ � �, �

iii) � �, � diz-se um mínimo relativo de � , � se existir uma vizinhança

b de �, � tal que � , � ≥ � �, � .

iv) � �, � diz-se um mínimo absoluto de � , � se

∀ , � ∈ � ⇒ � , � ≥ � �, �

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 16

18-04-2016 CI/31 FR31

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/31

Sejam � ∶ � ⊂ ℝ ⟶ ℝ e �, � ∈ %�$ (�). Se 45

4/�, � =

45

40�, � = 0, diz-se que

�, � é um ponto critico ou um ponto de estacionaridade de �.

Teorema

Seja � ∶ � ⊂ ℝ ⟶ ℝ e suponhamos que � tem um extremo relativo no

ponto �, � pertencente ao interior de � e que todas as derivadas parciais

de � existem no ponto (�, �). Então �, � é um ponto crítico de �.

18-04-2016 CI/32 FR32

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/32

Teorema

Dada a função, � , � seja �, � ponto crítico da função e seja H matriz

Hessiana associada. Então:

i. Se 4W5

4/W �, � < 0 e ` �, � > 0 então �(�, �) é um máximo relativo

de �.

ii. Se 4W5

4/W �, � > 0 e ` �, � > 0 então � �, � é um mínimo relativo

de �.

iii. Se ` �, � < 0 então � �, � é um ponto de sela de �.

iv. Se ` �, � = 0 nada se pode concluir sobre o ponto �, � .

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 17

18-04-2016 CI/33 FR33

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/33

Exemplo 1 - Determine e classifique os extremos relativos da função

definida por � , � = 3� − � −0W

.

Pontos críticos:

( )

−=∂∂

=∂∂

−=∂∂

=∂∂

−=∂∂

−=∂∂

−−=

1

3

3

3

6

33

23

2

2

2

2

2

2

2

23

y

f

xy

f

yxy

f

yx

f

xx

f

xyx

f

yxxyy,xf

( )

=∨=

=∨=⇔

=−⇔

=

=−⇔

=−=

=−=

∂∂∂∂

90

30033

3

039

03

033 22

yy

xxxx

xy

xx

yx

xy

y

f

x

f

18-04-2016 CI/34 FR34

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/34

Exemplo 1 – Continuação – Os pontos (0,0) e (3,9) são pontos críticos

da função;

� Ponto 0, 0

O ponto 0, 0 é um ponto de sela.

� Ponto (3,9)

Logo � 3, 9 = 13,5 é um máximo da função � , � .

( )( )

0913

30

13

36

00

00 <−=−

=

−=

,

,

xH

( ) 00913

3182

2

93 <∂∂

∧>=−

−=

x

fH ,

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 18

18-04-2016 CI/35 FR35

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/35

Exemplo 2 - Seja � a função definida por � , � = − � − k − �k.

Verifique que a função tem extremos relativos e classifique-os.

Pontos críticos:

( ) ( )

( )

( )

−=∂∂

−=∂∂

−−−=∂∂

−=∂∂

−=∂∂

−−=∂∂

−−−=

2

2

2

2

3

2

2

2

2

3

442

122

2

42

2

122

42

yy

f

xy

f

yyxy

f

yx

f

xx

f

xyxx

f

yxyxy,xf

( )( )

( ) ( )

−=∨=∨=

−=⇔

=−

−=⇔

=+−

−=⇔

−=⇔

=−−⇔

=−−−=

=−−=

∂∂∂∂

110010422

044

042

042

23

3333

3

3

xxx

yx

xx

yx

xx

yx

yxxy

yyx

xyx

y

f

x

f

18-04-2016 CI/36 FR36

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/36

Exemplo 2 – Continuação - Os pontos (1,–1), (–1,1) e (0,0) são pontos

críticos da função.

� Ponto (1,–1)

Logo � 1, −1 = 2 é um máximo relativo da função �.

� Ponto (–1,1):

Então � −1, 1 = 2 é um máximo relativo da função �.

( )( )

010096102

210

1222

21222

2

11

2

2

11 <−=∂∂

>=−−

−−=

−−

−−=

−x

f e

y

xH

,

,

( )( )

010096102

210

1222

21222

2

11

2

2

11 <−=∂∂

>=−−

−−=

−−

−−=

−x

f e

y

xH

,

,

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 19

18-04-2016 CI/37 FR37

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/37

Exemplo 2 – Continuação

Ponto (0,0):

Estudo direto - Efetuando o estudo por aproximação do ponto ao

longo das retas

y=0:

y=x:

Os limites direcionais têm sinais contrários logo existem valores

maiores e menores que a função em torno do ponto (0,0);

Assim, (0,0) é um ponto de sela da função.

( )( )

022

22

1222

2122

00

2

2

00 =−

−=

−−

−−=

,

,y

xH

( ) +→→− 00

42

xxx

( ) −→→−− 00

44

xxx

18-04-2016 CI/38 FR38

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/38

Exemplo 3 - Seja � a função definida pela seguinte expressão

� , � =l

/+

/

0+ � . Verifique que tem extremos relativos e classifique-os

( ) ( ) ( ){ }002 ≠∧≠∈= yx:IRy,xD f

( )

=∂∂

−=∂∂

+−=∂∂

−=∂∂

=∂∂

+−=∂∂

++=

32

2

2

2

2

2

2

32

2

2

2

1

1

1

16

18

8

y

x

y

f

yxy

f

y

x

y

f

yyx

fxx

f

yxx

f

yy

x

xy,xf

( )

( )

=∨∉=

=⇔

=−

−⇔

=−

−⇔

=−

−⇔

=−

=⇔

=+−=

=+−=

∂∂∂∂

4 ) ( 0

2

064

0640001

0

3

42

82

8

18

2

2

2

2

xDx

y

xx

xxxxy

y

f

x

x

y

xy

f

yxx

f

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Apoio às aulas MAT II 18-04-2016

2015/2016 20

18-04-2016 CI/39 FR39

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Extremos relativos

CI/39

Exemplo 3 – Continuação

Como x = 0 não pertence ao domínio, o ponto (4,2) é o único ponto

crítico da função.

Logo � 4, 2 = 6 é um mínimo relativo da função � , � .

( )

( )

04

1 e 0

16

3

1 2

2

41

41

41

24

21

116

2432

23

>=∂∂

>=−

−=

−=

x

fH

,y

x

y

yx

,

18-04-2016 CI/40 FR40

FUN

ÇÕ

ES D

E M

AIS

DE

UM

A V

AR

IÁV

EL R

EAL

Bibliografia

CI/40

1. Ana Sá, Bento Louro. 2010. Cálculo Diferencial em ℝ� −Uma introdução. Departamento de Matemática. FCT/UNL .

2. Larson, Hostetler, Edwards. 2006. Cálculo. Volume 2. Oitava Edição. McGraw- Hill.