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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA
ISADORA NEVES PEIXOTO
LARISSA FERREIRA DOS SANTOS
PÂMELA NITSCHE DE SOUZA
RECICLAGEM DO BLISTER
Orientador: Pedro Rafael Naud de Moura
Novo Hamburgo
2016
ISADORA NEVES PEIXOTO
LARISSA FERREIRA DOS SANTOS
PÂMELA NITSCHE DE SOUZA
RECICLAGEM DO BLISTER
Projeto de Integração Disciplinar (PID) apresentado ao Curso Técnico de Mecânica da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha como requisito para aprovação nas disciplinas do curso. Orientador: Pedro Rafael Naud de Moura
Novo Hamburgo, setembro de 2016
FOLHA DE ASSINATURAS
ISADORA NEVES PEIXOTO
LARISSA FERREIRA DOS SANTOS
PÂMELA NITSCHE DE SOUZA
RECICLAGEM DO BLISTER
FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA
Novo Hamburgo, setembro de 2016
________________________________________
Isadora Neves Peixoto
________________________________________
Larissa Ferreira dos Santos
________________________________________
Pâmela Nitsche de Souza
________________________________________
Pedro Rafael Naud de Moura
Professor Orientador
Resumo
O presente projeto trata da reciclagem do blister de medicamentos, este é
composto por PVC e alumínio. Para esta reciclagem devemos separar estes
componentes, para isso fizemos um estudo sobre os métodos de separação já
existentes desses componentes. Com o conhecimento necessário sobre os métodos
de separação escolhemos o método de dissolução do alumínio que é prático, eficaz
e econômico para realizarmos o processo de separação. Após o procedimento
realizado, o mesmo resultou no PVC e uma solução de aluminato de sódio.
Analisamos que o PVC resultado da separação pode ser utilizado na indústria, e o
aluminato de sódio pode ser utilizado no tratamento de água. Com este projeto
concluímos que é viável a reciclagem do blister de medicamentos por meio da
dissolução do alumínio resultando em PVC e aluminato de sódio.
Palavras-chave: Reciclagem. Blister. Alumínio. PVC
SUMÁRIO
2.1 Blister ................................................................................................................... 7
2.1.1 (Poli) Cloreto de Vinila (PVC) ............................................................................. 8
2.1.2 Alumínio ........................................................................................................... 10
2.2 Métodos de reciclagem ..................................................................................... 12
2.2.1 Químico ............................................................................................................ 13
2.2.2 Corrosão ........................................................................................................... 13
2.2.3 Energética ........................................................................................................ 13
2.2.4 Mecânica .......................................................................................................... 14
3.1 Materiais ............................................................................................................. 15
3.2 Procedimento .................................................................................................... 15
4.1 Custo Benefício..................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 7
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 15
4 RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS ............................................................... 21
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 23
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 24
5
1 INTRODUÇÃO
O projeto de Integração Disciplinar (PID) é obrigatório para os alunos de 3° e
4° anos do curso técnico de mecânica, ele visa o desenvolvimento tecnológico
aplicado na área da mecânica. O tema do projeto é de escolha dos alunos, estes
devem ser orientados por um professor da escola especializado na área do projeto.
Com este projeto, é possível com que os alunos participem de feiras, tanto
nacionais, como internacionais. Para realização do PID as alunas Isadora Neves
Peixoto, Pâmela Nitsche de Souza juntamente com a aluna Larissa dos Santos
Ferreira do curso técnico de química tiveram a ideia reciclar o blister de
medicamentos.
O presente projeto trata se de uma pesquisa quantitativa que busca reciclar o
blister de medicamentos e avaliar o custo-benefício desta reciclagem. O projeto visa
escolher entre os métodos de reciclagem já existentes o mais viável para a utilização
dos materiais separados na indústria.
A escolha do projeto partiu do pensamento de que há uma grande demanda
de remédios, e os blisters utilizados na embalagem não tem destino útil e vão para
aterros ou são incinerados, causando grandes problemas na natureza, tendo em
vista que demoram mais de 100 anos para se decompor no meio ambiente.
O grupo verificou que a respeito do estudo sobre a reciclagem do ‘’blister’’ de
embalagens de medicamentos, existem vários estudos a respeito da separação dos
materiais do ‘’blister’’ (alumínio e PVC) mas não existe, nestes estudos o
encaminhamento dos resíduos desta separação, o que é o objetivo de uma
reciclagem.
Com esta pesquisa, o grupo tem como seu principal objetivo realizar a
reciclagem do blister de medicamentos, separar seus componentes e buscar um
destino útil para os mesmos. Dentre os métodos analisados, escolher o mais eficaz,
de baixo custo e que não agrida o meio ambiente.
Para a realização desta pesquisa o grupo buscou aprofundar seus
conhecimentos sobre o blister de medicamentos e seus componentes. Com o
conhecimento necessário sobre o objeto do projeto, foi realizada uma pesquisa
sobre os métodos de separação já existentes de seus componentes, e assim uma
análise dos mesmos a fim de escolher o mais adequado dentro de nossos objetivos
para realizarmos o experimento. Buscou-se um destino útil para a utilizaçãodos
6
resíduos desta separação na indústria, e por fim, avaliar o custo-benefício desta
reciclagem.
Este trabalho está estruturado respectivamente com 5 capítulos, sendo eles:
Introdução, Revisão bibliográfica, Metodologia, Análise dos resultados e Conclusão.
No capítulo Revisão bibliográfica está presente a pesquisa bibliográfica realizada
pelo grupo a fim de se aprofundar no assunto sobre o tema apresentado, estas
pesquisas foram realizadas tanto na forma de livros como na internet. A Metodologia
mostra o método escolhido pelo grupo, o motivo desta escolha e como foi realizado
o experimento. A análise dos resultados obtidos pelo experimento descrito na
Metodologia está presente no capítulo denominado Análise dos resultados, e por
fim, no capítulo Conclusão, apresentamos as considerações finais do grupo sobre os
resultados encontrados.
7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Blister
A Associação Brasileira de Embalagem (abre) define o blister como:
‘’Blister é uma embalagem composta de uma cartela-suporte – cartão
ou filme plástico – sobre o qual o produto é fixado por um filme em
forma de bolha. ‘’
Frequentemente a embalagem é feita em fita termocolável, mas pode ser constituída
por uma placa que contém uma espécie de «bolhas» onde os comprimidos se
encontram aprisionados, individualmente em cada receptáculo, tomando então a
designação de embalagem blister.Os comprimidos, acondicionados como se
descreveu, apresentam-se isolados uns dos outros, numa cinta contínua, flexível,
que se pode dividir em facções de uma ou mais unidades. O alumínio emprega-se
fixado sobre papel, sendo a aderência conseguida à custa de parafina, cera
microcristalina ou resina sintética.(TÉCNICA FARMACÊUTICA E FARMÁCIA
GALÉNICA: I Volume - pg 754)
Dos blisters de produtos farmacêuticos encontrados hoje no mercado, 80%
são de PVC e os demais 20% se dividem em combinações da resina com PVDC,
alumínio e PCTFE (poli cloro tri flúor carbono). O PVC transparente com barreira
limitada pode ser utilizado em produtos pouco sensíveis que não se degradem com
a presença de umidade relativa do ar ou com a entrada de luz; o PVC/PVDC
(policloreto de vinilideno) transparente e o PVC/PCTFE deverão ser utilizados para
produtos mais sensíveis a umidade que possam estar expostos à luz. Há ainda a
possibilidade do uso de laminados alumínio/alumínio e as resinas podem ser usadas
coloridas ou opacas, de maneira a proteger da luz. (Instituto do PVC)
8
A seguir segue a imagem do blister de medicamentos.
Figura 1: Blister de medicamento
Fonte:Portal Embalagens de Alumínio
2.1.1 (Poli)Cloreto de Vinila (PVC)
O PVC é o único material plástico que não é 100% originário do petróleo. O
PVC contém, em peso, 57% de cloro (derivado do cloreto de sódio - sal de cozinha)
e 43% de eteno (derivado do petróleo). (Instituto do PVC).
A obtenção do PVC é feita como explicado a seguir: a partir do sal marinho,
pelo processo de eletrólise, obtém-se o cloro, soda cáustica e hidrogênio. A
eletrólise é a reação química resultante da passagem de uma corrente elétrica por
água salgada (salmoura). Assim se dá a obtenção do cloro, que representa 57% da
resina de PVC produzida. O petróleo, que representa apenas 43% desta resina,
passa por um caminho um pouco mais longo. O primeiro passo é uma destilação do
óleo cru, obtendo-se aí a nafta leve. Esta passa, então, pelo processo de
craqueamento catalítico (quebra de moléculas grandes em moléculas menores com
a ação de catalisadores para aceleração do processo), gerando-se o eteno. Tanto o
cloro como o eteno estão na fase gasosa e eles reagem produzindo o DCE (dicloro
etano). A partir do DCE, obtém-se o MVC (mono cloreto de vinila, unidade básica
do polímero. O polímero é formado pela repetição da estrutura monomérica). As
moléculas de MVC são submetidas ao processo de polimerização, ou seja, elas vão
se ligando formando uma molécula muito maior, conhecida como PVC (policloreto
de vinila), que é um pó muito fino, de cor branca, e totalmente inerte.A principal
9
matéria-prima do PVC é o sal marinho, um recurso natural renovável. (Instituto do
PVC)
A seguir encontra-se a imagem do fluxograma da fabricação do PVC e sua
fórmula química.
Figura 2- Fluxograma da fabricação do PVC e sua fórmula química
Fonte: Instituto do PVC
As principais características do PVC são: leveza ( 1,4,g/cm3) o que facilita seu
manuseio e aplicação; resistência a ação de fungos,bactérias,insetos e roedores;
resistência à maioria dos reagentes químico; bom isolante térmico,elétrico e
acústico; sólido e resistente a choque; impermeável a gases e líquidos; durável: sua
vida útil em construções é superior a 50 anos; não propaga chamas: é auto-
extinguível; reciclável e reciclado; fabricado com baixo consumo de energia; pode
ser produzido em qualquer cor, desde transparente até opaco e de rígido a
flexível(Instituto do PVC)
O PVC é largamente utilizado tanto na área médica e alimentícia,quanto na
construção civil, embalagens, calçados, brinquedos, fios e cabos, revestimentos,
indústria automobilística, etc., onde sua presença tem se mostrado tão necessária
quanto indispensável. O seu maior uso é na construção civil, segmento que
necessita de produtos competitivos, econômicos energeticamente e de longa vida
útil. O ciclo de vida útil dos produtos de PVC varia de 15 a 100 anos, sendo a média
superior a 60 anos. (Instituto do PVC)
10
2.1.2 Alumínio
O alumínio não é encontrado diretamente em estado metálico na crosta
terrestre. Sua obtenção parte da Mineração da bauxita e segue para as etapas
posteriores de Refinaria e Redução.Na mineração o alumínio é obtido a partir da
bauxita, um minério que pode ser encontrado em três principais grupos climáticos: o
Mediterrâneo, o Tropical e o Subtropical. A bauxita deve apresentar no mínimo 30%
de óxido de alumínio (Al2O3) aproveitável para que a produção de alumínio seja
economicamente viável. As reservas brasileiras de bauxita, além da ótima qualidade
do minério também estão entre as maiores do mundo.Após a obtenção da bauxita,é
realizada a etapa da refinaria,essa fase do processo além de ser insumo para a
obtenção do alumínio primário, a alumina tem diversas aplicações como a fabricação
de materiais refratários, tratamento de água, uso em produtos abrasivos e para
polimento, como retardante de chamas, na fabricação de velas de ignição entre
outros.(ABAL -Associação Brasileira do Alumínio)
O processo mais utilizado para obtenção de alumina é Bayer. Onde é feito a
moagem e dissolução da alumina em soda cáustica; a filtração da alumina para
separar o material sólido; o filtrado é concentrado para a cristalização da alumina; os
cristais são secados, precipitados e calcinados para eliminar água; o pó branco de
alumina pura é enviado à redução, onde ocorre o processo de redução eletrolítica
conhecido como Hall-Héroult. (ABAL)
11
A seguir segue o fluxograma do processo Bayer de obtenção de alumina.
Figura 3: Fluxograma do processo Bayer
Fonte: ABAL
Após a etapa de refinaria é realizada a redução do alumínio.A redução do
alumínio ocorre pela redução da alumina calcinada em cubas eletrolíticas, a altas
temperaturas, no processo conhecido como Hall-Héroult. Onde a alumina é
dissolvida em um banho de criolita fundida e fluoreto de alumínio em baixa tensão,
decompondo-se em oxigênio. O oxigênio se combina com o ânodo de carbono,
desprendendo-se na forma de dióxido de carbono, e em alumínio líquido, que se
precipita no fundo da cuba eletrolítica. O metal líquido (já alumínio primário) é
transferido para a refusão através de cadinhos. São produzidos os lingotes, as
placas e os tarugos de metal primário. (ABAL)
12
A seguir segue o fluxograma da etapa de redução do alumínio.
Figura 4:Redução do alumínio
Fonte: ABAL
Uma excepcional combinação de propriedades faz do alumínio um dos mais
versáteis materiais utilizados na engenharia, arquitetura e indústria em geral. AS=s
principais característica do alumínio são: possuir ponto de fusão de 660°C; leveza:
seu peso específico é de cerca de 2,70 g/cm3; é resistente a corrosão; tem uma
refletividade acima de 80%; possui condutibilidade térmica 4,5 vezes maior que a do
aço; O alumínio puro possui condutividade elétrica de 62% da IACS
(InternationalAnnealedCopper Standard), ou seja, associada à sua baixa densidade
significa que um condutor de alumínio pode conduzir tanta corrente quanto um
condutor de cobre que é duas vezes mais pesado e proporcionalmente mais caro;
infinitamente reciclável, sem perda de suas propriedades físico-químicas é uma das
principais vantagens do alumínio. (ABAL)
2.2 Métodos de reciclagem
Existem diferentes métodos de reciclagem do Blister de medicamento, são
eles o químico,mecânico e energético.
13
2.2.1 Químico
Existem variantes desse processo, sendo que atualmente a que se encontra
em estado mais avançado é a pirólise. Esta consiste na quebra molecular por
aquecimento, transformando o plástico em óleo e gases,sendo estes novamente
reutilizados como matéria-prima na indústria petroquímica. (Usina ciências)
2.2.2 Corrosão
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou
eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Ao
se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou
instalações é necessário que estes resistam á ação do meio corrosivo, além de
apresentar propriedades mecânicas suficientes e características de fabricação
adequadas. (Portal da Galvanização)
2.2.3 Energética
O processo de reciclagem energética se dá através da queima dos resíduos
sólidos que após uma triagem não puderam ser separados para a reciclagem
manual, que consiste em utilizar os resíduos para a fabricação de novos produtos.
Materiais higiênicos, restos de comidas e principalmente plásticos.
O plástico é essencial nesse processo, uma vez que ao ser queimado ele é a
principal fonte de energia para o funcionamento da reciclagem energética, um quilo
de plástico corresponde a um quilo de diesel. Os resíduos são queimados em fornos
industriais através de uma tecnologia que não permite que gases nocivos se
propaguem na atmosfera, ao invés disso os gases são aspirados e utilizados para
acionar energia térmica ou elétrica para o funcionamento da usina e da comunidade
local. O material que sobra, cerca de 10%, é usado na fabricação de telhas e tijolos.
(Pensamento verde)
14
2.2.4 Mecânica
Consiste na conversão dos resíduos plásticos industriais e pós-consumo em
grânulos, que podem ser reutilizados na produção de sacos de lixo, solados, pisos,
mangueiras, componentes de automóveis, fibras, entre outros. É a forma mais
utilizada no mundo, devido á simplicidade do processo. (Usina ciências)
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3 METODOLOGIA
O projeto foi dividido em três etapas, a primeira etapa realizada foi a de
pesquisa científica, visando aprofundar o conhecimento sobre os componentes do
blister de medicamentos, como eles reagem, e os diferentes processos de
separação.
Após a pesquisa sobre os métodos de separação existentes, analisamos os
procedimentos de cada método, quais os materiais necessários, como reage sobre
cada componente do blister e quais os resíduos após o processo. Com a análise de
cada método, foi escolhido o que seria mais adequado dentre os objetivos
estabelecido pelo grupo.
A última etapa do projeto foi a de encontrar um destino útil para os resíduos
que obtivemos após a separação dos materiais.
3.1 Materiais
Para realizarmos a separação do blister,foi utilizado: Blister,uma balança para
pesar o blister,um recipiente de vidro,espátula de aço inoxidável, um frasco de diabo
verde (Hidróxido de sódio), equipamentos de segurança (luvas, jaleco, máscaras,
óculos de proteção).
3.2 Procedimento
O método foi escolhido por se tratar de um método simples, econômico,
eficaz e por não degradar o PVC. Já que o PVC é um material sensível, e sobre a
influência de altas temperaturas e processos químicos muito agressivos podem
quebrar as ligações covalentes da cadeia polimérica resultando na liberação de
monóxido de carbono e ácido clorídrico. Isso faz com que o PVC perca muitas de
suas propriedades essenciais,como a estabilidade térmica, inutilizando aquela
amostra. Utilizamos como base o trabalho realizado pela aluna Rafella Borges de
Azevedo da Universidade Estadual de Goiás, sobre o ‘’ Reaproveitamento de PVC
Reciclado de Aparas de Blister como parte do agregado miúdo para concreto’’.
A técnica escolhida baseia-se na dissolução do alumínio presente no blister
em uma solução de hidróxido de sódio, obtendo-se como produto o aluminato de
16
sódio. A reação ocorre em duas etapas, sendo a primeira delas a formação de
hidróxi aluminato de sódio demonstrado abaixo:
2NaOh + 2Al + 2H2O → 2NaAl(OH)4 + 3H2 ↑
Logo após a formação de hidróxi aluminato de sódio, através de um
processo espontâneo ocorre a formação de aluminato de sódio, conforme
demonstrado abaixo:
NaAl(OH)4 → NaAlO2 + 2H2O
Para a realização da técnica primeiramente, com a falta de um moinho de
facas para moer os blister decidimos que cortaríamos eles e adicionaríamos na
solução.Como isso afetaria no tempo da reação em razão da superfície de contato
decidimos que realizaríamos o processo duas vezes para uma maior eficácia. Após
prepararmos 37,8gramas de amostra (imagem 5). Nos preparamos para a prática
tomando os devidos cuidados a utilização de jalecos de algodão, luvas de borracha,
máscaras e óculos de segurança.
Após tomarmos os devidos cuidados começamos a preparação da solução
base, que se trata de 48 gramas de diabo verde em 400 mililitros de água (imagem
6,7,8)
Logo após, adicionamos nossa amostra, os 37,8 gramas de blister,
deixamos reagir até o final da liberação de gás, que durou trinta minutos (imagem 9).
Filtramos o obtido para separar o PVC da solução (imagem 10)e também
para separar os adesivos que estavam no alumínio que não se dissolveram com o
hidróxido de sódio. Lavamos o PVC com água, com o PVC já limpo repetimos o
processo para que aja uma maior eficácia. Obtendo o aluminato de sódio em
solução. Após o processo ficamos com dois recipientes de aluminato de sódio: um
com a primeira filtração (imagem 11) e outro com a segunda e última (imagem 12).
17
Figura 5: pesagem da amostra
Fonte: os autores (2016)
Figura 6: Preparação da solução
Fonte: os autores (2016)
18
Figura 7: Preparação da solução
Fonte: os autores (2016)
Figura 8: Preparação da solução
Fonte: os autores (2016)
19
Figura 9: Mistura da solução com o blister
Fonte: os autores (2016)
Figura 10: Filtração da solução
Fonte: os autores (2016)
20
Figura 11: solução após a primeira filtragem
Fonte: os autores (2016)
Figura 12: solução após a segunda filtração
Fonte: os autores (2016)
21
4 RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS
Após realizado a separação e a filtração dos componentes,o produto
encontrado foi o PVC (figura 13) e o aluminato de sódio.(figura14)
Fonte: os autores (2016) Fonte: os autores (2016)
O PVC sólido componente obtido do processo por ser utilizado é usado nas
mais diversas áreas, como: em bolsas de sangue, garrafas, tubos, mangueiras,
móveis, laminados, janelas, tecidos, automóveis e etc..
Já a solução de aluminato de sódio segundo componente obtido é usado
atualmente no tratamento de água para melhorar a floculação e remover a sílica
dissolvida, também é usado para acelerar a solidificação do concreto, produção de
papel, de tijolos-refratários e na produção de alumina.
Figura 14:aluminato de
sódio após a filtração
Figura 13: PVC após
a reciclagem
22
4.1 Custo Benefício
37,9 gramas de blíster - 48 gramas de diabo verde
1 quilo de blíster - x
x= 1,27 quilos de diabo verde
Para a separação de 37,9 (trinta e sete vírgula nove) gramas de blíster
utilizamos 48 (quarenta e oito) gramas de diabo verde, então para 1 (um) quilo de
blíster deverá ser usado 1,27 (um vírgula vinte e sete) gramas de diabo verde.
0,3 quilos de diabo verde - R$16,99
1,27 quilos - x
x= R$71,92
Então para a separação de 1 (um) quilo de blíster seriam gastos 71,92
(setenta e um vírgula noventa e dois) reais.
23
5 CONCLUSÃO
Por meio do presente projeto analisamos e comprovamos a viabilidade de
reciclar o blister, um material mundialmente utilizado.
Utilizando o hidróxido de sódio,conseguimos separar o PVC do alumínio e
com isto conseguimos o PVC com sua estrutura e características originais já que o
hidróxido de sódio não afeta o PVC. O alumínio presente no blister foi transformando
em aluminato de sódio com a separação, que pode ser utilizado no tratamento de
águas.
24
6 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO- ABAL. Disponível em: <
http://www.abal.org.br/ > Acesso em 01 ago. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMBALAGEM- ABRE. Disponível em:
<http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/a-embalagem/tipos-de-
embalagens/ > Acesso em 01 ago. 2016
INSTITUTO DO PVC. Disponível em:< http://www.institutodopvc.org/publico/ >
Acesso em 06 jun. 2016.
PENSAMENTO VERDE. Disponível em :
< http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/reciclagem-energetica-residuos-
solidos/ > Acesso em 08 de jul. 2016
Prista, L. Nogueira et al. Técnica farmacêutica e farmácia galénica. volume 1.ed
Fundação Calouste Gulbenkian,1983.
PORTAL DA GALVANIZAÇÃO. Disponível em:
<http://www.icz.org.br/portaldagalvanizacao/galvanizacao-corrosao.php> Acesso em
06 de jul 2016.
PORTAL EMBALAGENS DE ALUMÍNIO. Disponível em:
<http://embalagensdealuminio.com.br/flexiveis/> Acesso em 21 jul. 2016
USINA CIÊNCIA. Disponível em : < http://www.usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-
digitais-cadernos-
tematicos/Plasticos_caracteristicas_usos_producao_e_impactos_ambientais.pdf>Ac
esso em 29 de jul. 2016.