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Genèse et croissance des télécommunications

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Page 1: Genèse et croissance des télécommunications
Page 2: Genèse et croissance des télécommunications

GENÈSE ET CROISSANCE DES TÉLÉCOMMUNICATIONS

Page 3: Genèse et croissance des télécommunications

DANS LA MÊME COLLECTION

STÉRÉOPHONIE. C o u r s d e r e l i e f s o n o r e t h é o r i q u e e t a p p l i q u é , p a r R . CONDAMINES. 1 9 7 8 ,

3 2 0 p a g e s . [ M a s s o n ] .

LES RÉSEAUX PENSANTS. T é l é c o m m u n i c a t i o n s e t s o c i é t é , s o u s la d i r e c t i o n d e A . GIRAUD,

J . L . MISSIKA e t D . W O L T O N . 1 9 7 8 , 2 9 6 p a g e s . [ M a s s o n ] ( é p u i s é ) .

DÉCISIONS EN TRAITEMENT DU SIGNAL, p a r P . - Y . ARQUÉS. 1 9 8 2 , 2E é d i t i o n r é v i s é e e t a u g m e n t é e ,

2 8 8 p a g e s . [ M a s s o n ] .

LES FILTRES NUMÉRIQUES. A n a l y s e e t s y n t h è s e d e s f i l t r e s u n i d i m e n s i o n n e l s , p a r R . BOITE e t

H . LEICH. 2E é d i t i o n 1 9 8 2 , 4 4 0 p a g e s . [ M a s s o n ] .

TRAITEMENT NUMÉRIQUE DU SIGNAL. T h é o r i e e t p r a t i q u e , p a r M . BELLANGER. 1 9 8 1 , 3 8 0 p a g e s . [ M a s s o n ] .

FONCTIONS ALÉATOIRES, p a r A . BLANC-LAPIERRE e t B . PICINBONO. 1 9 8 1 , 4 4 0 p a g e s . [ M a s s o n ] .

PSYCHOACOUSTIQUE. L ' o r e i l l e , r é c e p t e u r d ' i n f o r m a t i o n , p a r E . ZWICKER e t R . FELDTKELLER.

T r a d u i t d e l ' a l l e m a n d p a r C . S o r i n . 1 9 8 1 , 2 4 8 p a g e s . [ M a s s o n ] .

TÉLÉCOMMUNICATIONS SPATIALES, p a r C N E S e t C N E T . [ M a s s o n ] .

T o m e 1. - B a s e s t h é o r i q u e s . 1 9 8 2 , 4 3 0 p a g e s .

T o m e 2. — S e c t e u r s p a t i a l . 1 9 8 3 , 4 0 0 p a g e s .

T o m e 3 . — S e c t e u r t e r r i e n . S y s t è m e s d e t é l é c o m m u n i c a t i o n s p a r s a t e l l i t e . 1 9 8 3 , 4 6 4 p a g e s .

TÉLÉCOMMUNICATIONS PAR FAISCEAU HERTZIEN, p a r M . M A T H I E U . 1 9 8 0 , 2 e t i r a g e , 3 3 4 p a g e s . [ D u n o d ] .

TÉLÉINFORMATIQUE. T r a n s p o r t e t t r a i t e m e n t d e l ' i n f o r m a t i o n d a n s les r é s e a u x e t s y s t è m e s

t é l é i n f o r m a t i q u e s , p a r C . M A C C H I , J . F . GUILBERT, 1 9 8 5 , 5 e t i r a g e , 6 7 2 p a g e s . [ D u n o d ] .

TÉLÉCOMMUNICATIONS: OBJECTIF 2 0 0 0 , s o u s la d i r e c t i o n d e A . GLOWINSKI. 1 9 8 1 , 2 e t i r a g e ,

3 0 0 p a g e s . [ D u n o d ] .

ÉLECTROMAGNÉTISME CLASSIQUE DANS LA MATIÈRE, p a r C . VASSALLO. 1 9 8 0 , 2 7 2 p a g e s . [ D u n o d ] .

PRINCIPES DES COMMUNICATIONS NUMÉRIQUES. C o d a g e e t m o d u l a t i o n p o u r les v o i e s c o h é r e n t e s ,

i n c o h é r e n t e s é v a n o u i s s a n t e s e t à b a n d e l i m i t é e , p a r A . J . VITERBI e t J . K . OMURA. T r a d u i t d e

l ' a m é r i c a i n p a r G . BATAIL. 1 9 8 2 , 2 3 2 p a g e s . [ D u n o d ] .

D E LA LOGIQUE CÂBLÉE AUX MICROPROCESSEURS, p a r J . - M . BERNARD. J . H U G O N e t R . LE CORVEC.

[ E y r o l l e s ] .

■ T o m e 1. — C i r c u i t s c o m b i n a t o i r e s e t s é q u e n t i e l s f o n d a m e n t a u x . 1 9 8 1 , 5 e t i r a g e ,

2 3 2 p a g e s .

T o m e 2. — A p p l i c a t i o n s d i r e c t e s d e s c i r c u i t s f o n d a m e n t a u x . 1 9 8 2 , 5 e t i r a g e , 1 4 8 p a g e s .

T o m e 3. - M é t h o d e s d e c o n c e p t i o n d e s s y s t è m e s . 1 9 8 1 , 5e t i r a g e , 1 6 4 p a g e s .

T o m e 4 . — A p p l i c a t i o n s d e s m é t h o d e s d e s y n t h è s e , 1 9 8 2 , 5e t i r a g e , 2 7 2 p a g e s .

LA COMMUTATION ÉLECTRONIQUE, p a r GRINSEC. [ E y r o l l e s ] .

T o m e 1. — S t r u c t u r e d e s s y s t è m e s s p a t i a u x e t t e m p o r e l s . 1 9 8 1 . 2 r é d i t i o n r e v u e e t c o r r i g é e ,

4 5 6 p a g e s .

T o m e 2. - L o g i c i e l . M i s e e n o e u v r e d e s s y s t è m e s . 1 9 8 1 , 2 e é d i t i o n m i s e à j o u r e t

a u g m e n t é e , 5 1 2 p a g e s .

OPTIQUE ET TÉLÉCOMMUNICATIONS. T r a n s m i s s i o n e t t r a i t e m e n t o p t i q u e s d e l ' i n f o r m a t i o n , p a r

A . C O Z A N N E T , J . FLEURET, H . MAITRE, M. ROUSSEAU, 1 9 8 3 , 2e t i r a g e , 5 1 2 p a g e s . [ E y r o l l e s ] .

THÉORIE DES RÉSEAUX ET SYSTÈMES LINÉAIRES, p a r M . FELDMANN, 1 9 8 1 , 3 8 4 p a g e s . [ E y r o l l e s ] .

RADARMÉTÉOROLOGIE. T é l é d é t e c t i o n a c t i v e d e l ' a t m o s p h è r e , p a r H . SAUVAGEOT. 1 9 8 2 ,

3 0 4 p a g e s . [ E y r o l l e s ] .

INTRODUCTION AUX RÉSEAUX DE FILES D'ATTENTE, p a r E . GELENBE e t G . PUJOLLE. 1 9 8 2 ,

2 0 8 p a g e s . [ E y r o l l e s ] .

Page 4: Genèse et croissance des télécommunications

COLLECTION TECHNIQUE ET SCIENTIFIQUE DES TÉLÉCOMMUNICATIONS

GENÈSE ET CROISSANCE DES TÉLÉCOMMUNICATIONS

par

LOUIS-JOSEPH LIBOIS

Conseiller Maître à la Cour des Comptes Directeur Général Honoraire des Télécommunications

M A S S O N

Paris N e w York Barcelone Milan Mexico Sao Paulo

1983

Page 5: Genèse et croissance des télécommunications

Toutes les illustrations ont été fournies par le CNET sauf mention contraire.

Tous droits de traduction, d'adaptation et de reproduction par tous procédés réservés pour tous pays.

La loi du 1 1 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part. que les « copies ou reproductions strictement réservées à l'usage privé du copiste et non destinées à une utilisation collective », et d'autre part, que les analyses et les courtes citations dans un but d'exemple et d'illustration, « toute représentation ou reproduction intégrale, ou partielle, faite sans le consentement de l'auteur ou de ses ayants droit ou ayants cause, est illicite » (alinéa Ier de l'article 40).

Cette représentation ou reproduction, par quelque procédé que ce soit, constituerait donc une contrefaçon sanctionnée par les articles 425 et suivants du Code pénal.

C(, MawiII et CNET-ENST. Paris, 1983 ISBN : 2-225-77990-2

MASSON S.A. 120 bd Saint-Germain, 75280 Paris Cedex 06

MASSON PUBI.ISHING USA Inc. 133 East 58th Street, New York, N.Y. 10022

TORAY-MASSON S.A. Balmes 151, Barcelona 8

MASSON ITALIA EDITORI S.p.A. Via Giovanni Pascoli 55, 20133 Milano

MASSON EDITORES Dakota 383, Colonia Napoles, Mexico 18 DF

EDITORA MASSON DO BRASII. Ltda Rua da Dr Cesario Motta Jr, 61, 01221 Sao Paulo S.P.

Page 6: Genèse et croissance des télécommunications

TABLE DES MATIÈRES

AVANT-PROPOS xi

INTRODUCTION. — L'homme et la communication. La parole, l 'écriture et les premiers médias 1

Une longue évolution 1 Dans la nuit des temps : la parole 2 A l'aube de l'histoire : l'écriture 3 Une technique avancée : l'alphabet phonétique 5 Pérennité de l'écriture idéographique 6 Le message et le médium 7 La Galaxie Gutenberg 9 Préhistoire des Télécommunications Il Vers de nouveaux horizons 14

Première par t ie

É v o l u t i o n t e c h n i q u e d e s t é l é c o m m u n i c a t i o n s e n F r a n c e e t d a n s le m o n d e

CHAPITRE PREMIER. — Le télégraphe et les débuts de la coopération internationale 19 Le télégraphe aérien de Claude Chappe 19 Les précurseurs du télégraphe électrique 21 Un inventeur de génie : Samuel Morse 22 Évolution technique du télégraphe électrique 23 Le développement mondial du télégraphe 25 L'épopée du premier câble transatlantique 27 Les premiers pas du télégraphe électrique en France 29 Les débuts de la coopération internationale 30

CHAPITRE 2. — L'ère des grandes découvertes. Avènement du téléphone et débuts de la télégraphie sans f i l 33

Essais de transmission par voie acoustique 33 Les précurseurs du téléphone 34 Invention du téléphone par Alexander Graham Bell 35 Perfectionnement du poste téléphonique 36 Essor des techniques téléphoniques 37 De la théorie à la découverte des ondes électromagnétiques 41 Un pionnier de la TSF : Guglielmo Marconi 43 Découverte de l'ionosphère et invention de la triode 44

CHAPITRE 3. - L e s radiocommunications en temps de paix et en temps de guerre 47 Importance de la coopération internationale dans les radiocommunications 47

Page 7: Genèse et croissance des télécommunications

Création du Comité consultatif international des télécommunications 48 Naissance de l'Union internationale des télécommunications 49 Les télécommunications en temps de guerre 50 Une grande figure de la radiotélégraphie : le général Ferrié 51 De la radiotélégraphie au radar 53 Un évènement capital dans l'histoire des médias : l'essor de la télévision.. 55

CHAPITRE 4. — Les premiers pas du téléphone en France et les débuts de l'exploitation automatique 58

Les premiers pas du téléphone en France 58 Nationalisation du service téléphonique 61 Apparition du téléphone automatique 63 Automatisation du réseau de Paris 65 Ralentissement de l'effort d'équipement 67

CHAPITRE 5. — Heurs et malheurs du téléphone en France entre les deux Guerres mondiales 69

Insuffisances et déficiences de l'équipement téléphonique 69 Élaboration d'un plan de redressement 70 Mise en place d'une nouvelle structure financière des Postes et Télégraphes 72 Développement de la commutation automatique en province 73 La longue péripétie de 1'« automatique rural » 75 Développement des techniques de transmission 78 Essor des systèmes à courants porteurs 79 Position de la France par rapport aux autres pays à la veille de la Seconde

Guerre mondiale 81

CHAPITRE 6. — Le renouveau des télécommunications au lendemain de la Seconde Guerre mondiale 86

Le choc de la Seconde Guerre mondiale 86 Renouveau de la coopération internationale. La conférence d'Atlantic City 89 Renouveau technique et technologique. Invention du transistor 91 Essor des télécommunications en Amérique, en Europe et au Japon 94

CHAPITRE 7. - La technique française des années 50. Modernisation des systèmes de commutation et de transmission 96

Normalisation et évolution du poste téléphonique 96 Essais de nouveaux systèmes de commutation automatiques 98 Débuts de l'exploitation automatique interurbaine 100 Mise en place d'un plan de numérotage 101 Introduction de la taxation par impulsions périodiques 102 Extension du réseau de lignes à grande distance en câbles 103 Premières liaisons à grande distance par faisceaux hertziens 104 Développement des faisceaux hertziens en France 106 Une nouvelle génération de centraux téléphoniques : les systèmes crossbar 110 Premiers développements du réseau télex en France 112

CHAPITRE 8. — Le grand bond en avant des télécommunications intercontinentales 113 Premières liaisons téléphoniques par câbles sous-marins 113 Une technique en progrès rapide 115 Une révolution dans les moyens de communication : les télécommunications

par satellites 117 Une grande première : Pleumeur-Bodou 119 La course aux performances 120 Vers de nouveaux réseaux 121 Complémentarité des satellites et des câbles sous-marins . . . . . . . . . . . . . . . 122

Page 8: Genèse et croissance des télécommunications

CHAPITRE 9. — Progrès et orientations nouvelles des systèmes de transmission . . 125 Augmentation de capacité des artères à grande distance 125 La tentative du guide d'ondes : une théorie séduisante mais une mise en

pratique difficile 127 Contribution du CNET aux recherches sur les guides d'ondes 129 Avènement des liaisons par fibres optiques 131 Les économies d'échelle en transmission 133 Invention et développement des systèmes multiplex à répartition dans

le temps 133 Vers un nouveau type de systèmes multiplex 135 Rôle du CNET dans la normalisation internationale des systèmes MIC . . . 136 Expansion des systèmes de transmission numériques 137

CHAPITRE 10. Évolution des techniques de commutation. Avènement de la commutation électronique 139

Règne des systèmes électromécaniques 139 Premiers balbutiements de la commutation électronique 141 La tentative du Post-Office britannique 142 Premières recherches aux Bell Telephone Laboratories 144 Un premier essai de commutation électronique temporelle 146 Commutation électronique spatiale et commutation électronique temporelle 147 Du laboratoire au développement industriel 148 État des recherches en Grande-Bretagne après Highgate wood 149 Situation dans d'autres pays 150 Quelques réflexions sur le coût du programme de commutation électronique

du Bell System 151 Intérêt fondamental de la commutation électronique pour un grand réseau de

télécommunications 153 Concentration ou diversification de l'industrie des télécommunications . . . 156

CHAPITRE I l . — Origine et premiers développements de la commutation électro- nique en France 158

Premiers essais de commutation électronique en France 158 Aristote, Socrate et quelques autres 160 Vers la commutation électronique de type temporel 165 Engagement de l'administration française dans la commutation électronique 166 Développement industriel de la commutation électronique 168 Cohérence ou unicité d'un système de commutation électronique 169 Généralisation de la commutation temporelle 171

Deuxième par t i e

É v o l u t i o n d e l ' o r g a n i s a t i o n a d m i n i s t r a t i v e d e s t é l é c o m m u n i c a t i o n s e n F r a n c e

Chapitre 12. — Origine de la législation sur les télécommunications en France. Les lois fondamentales 177

Origine du monopole de la poste 177 Irresponsabilité de l'Administration 179 Extension de la notion de « correspondance » aux télécommunications . . . 180 Loi de 1837 sur les « lignes télégraphiques » 181 Loi de 1850 sur la « correspondance télégraphique privée» 182 Extension de la législation au téléphone et aux radiocommunications . . . . 183 Secret des correspondances . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 Responsabilité de l'État . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Page 9: Genèse et croissance des télécommunications

CHAPITRE 13. - De l'Administration des lignes télégraphiques au ministère des Postes et Télégraphes 189

L'Administration des lignes télégraphiques 189 Préludes à la fusion des Postes et des Télégraphes 192 Plaidoyer pour un ministère des Postes et des Télégraphes 194 La fusion des Postes et des Télégraphes devient effective 195 Création du ministère des Postes et des Télégraphes 196

Chapitre 14. — Premiers pas de l'administration des Postes et Télégraphes en France. Nationalisation du téléphone 198

Réorganisation de l'enseignement de la télégraphie 198 Valse - hésitation entre structures régionales et structures départementales 199 Fusion des services techniques et des services d'exploitation 200 Réduction du nombre des ingénieurs 201 Le téléphone avant la nationalisation 202 Nationalisation du téléphone 204 Louis-Adolphe Cochery : premier ministre des Postes et Télégraphes 206 Critiques et polémiques autour de la personne du ministre 208 Critiques portant sur la gestion des Postes et Télégraphes 210

Chapitre 15. — La longue marche des Télécommunications vers l'autonomie de gestion 213

Retour à une structure régionale 213 Du gouvernement de Vichy à la Ve République 215 Évolution de l'organisation de la région parisienne 216 Création des Directions opérationnelles des télécommunications 218 Vers de nouvelles structures pour la région Ile-de-France 219 Remise en cause du découpage régional 221 Le cas des services spéciaux 223 Priorité à l'écoulement du trafic 224 Évolution des services de recherches et de contrôle 225 Création du Centre national d'études des télécommunications 226 Évolution des structures du CNET 228

CHAPITRE 16. — Évolution des structures de l'administration des Postes et Télécom- munications 231

Organisation du ministère des Postes et Télégraphes à la fin du xixc siècle 231 Évolution jusqu'à la Première Guerre mondiale 233 Corps des ingénieurs des PTT 235 De la création du budget annexe à l'individualisation des deux grandes

branches d'exploitation 237 Charles Lange : premier directeur général des Télécommunications 238 Modifications intervenues depuis 1946 239 Ballons d'essais et tentatives de réformes 241 Des projets de réformes aux priorités du plan 243 Quelques réflexions sur les possibilités de réformes sans changement des

structures 244

Chapitre 17. — La planification française et les télécommunications: de l'indiffé- rence à la prise de conscience 247

Réformes de structure et planification au lendemain de la Première Guerre mondiale 248

Création de Commissariat général du Plan 249 Travaux de la Commission de modernisation des télécommunications ( 1947) 252 IIe, IIIe et IVe Plans : les télécommunications sacrifiées 254 Le Ve Plan : un tournant pour les télécommunications 255 Origine de la déficience de la planification en matière de télécommunications 257

Page 10: Genèse et croissance des télécommunications

Le VIe Plan : les télécommunications dans la bonne voie 259 Le v u e Plan : priorité aux télécommunications 262

Troisième par t i e

É v o l u t i o n d e s t é l é c o m m u n i c a t i o n s e n E u r o p e , e n A m é r i q u e d u N o r d e t a u J a p o n

CHAPITRE 18. — Développements des principaux organismes de télécommunications d'Europe occidentale 267

Exemple de maintien d'une forte structure unitaire Postes et Télécommunica- tions : l'Allemagne 268

Exemple d'évolution vers une structure propre aux télécommunications : la Grande-Bretagne 272

Situation en Suisse et aux Pays-Bas 275 Débuts du téléphone en Suède 277 La Suède : un royaume où le téléphone est roi 279 Une structure originale pour les télécommunications : L'italie 281 Un cas de nationalisation tardive du téléphone : l'Espagne 283

Chapitre 19. Évolution des télécommunications dans les autres pays d'Europe. Développement téléphonique et développement économique 288

Situation en Belgique, au Luxembourg et en Grèce 288 Évolution des télécommunications dans les autres pays européens 290 Un exemple de coopération technique: la Pologne et la France 291 Développement du réseau télex européen 293 Relations entre les administrations de télécommunications en Europe . . . . 294 Croissance du parc téléphonique en Europe et dans le monde de 1950 à 1980 295 Niveau de développement téléphonique et produit intérieur brut 297 Niveau de développement téléphonique et structures juridiques 301

CHAPITRE 20. Les premières années du téléphone aux États-Unis. Le temps des pionniers 303

Alexander Graham Bell, inventeur du téléphone 303 1876. date de naissance du téléphone 306 Les premiers pas du téléphone 308 Theodore Newton Vail entre en scène 310 Bell Telephone Company et Western Union : le compromis historique . . . 312 De la Bell Telephone Company à I'American Telephone and Telegraph

Company (AT & T) 313 Theodore Vail quitte l'AT & T : un entracte de 20 ans 315 Les « compagnies indépendantes » à l'assaut du téléphone 316 Retour de Theodore Vail à la tête de l'AT & T 317

CHAPITRE 21. — Naissance, développement et évolution d'une grande politique de télécommunication : le Bell System aux États-Unis 318

Élaboration d'une stratégie et d'une politique du Bell System 319 Relations entre le Bell System et les autorités fédérales 322 L'AT & T et le barrage de la loi anti-trust 324 Un épisode temporaire : la nationalisation de l'AT & T 325 Le Bell System au lendemain de la Première Guerre mondiale 325 La politique des télécommunications aux États-Unis après 1'« époque Vail » 327 Evolution du contrôle et de la réglementation 328 Investigations et actions de la FCC 330 Déréglementation et politique tarifaire 331 Le monopole des common carriers au centre du débat . . . . . . . . . . . . . . . . 333

Page 11: Genèse et croissance des télécommunications

Évolution des structures du Bell System 335 Vers de nouveaux horizons 336

CHAPITRE 22. Une organisation originale et efficace : les télécommunications au Canada 339

Les premières années du téléphone au Canada 339 Structures des compagnies exploitantes et de Bell Canada 340 Cas particulier du réseau des lignes à grande distance 342 Cas particulier du télégraphe et des transmissions de données 344 Coopération entre organismes de télécommunications 344 Évolution de la réglementation des télécommunications au Canada 346 Développement des télécommunications transcontinentales au C a n a d a . . . . 348 Recherche et développement en télécommunications 349 Efficacité de Bell Canada et de l'organisation canadienne 352 Perspectives actuelles : politique de déréglementation des télécommunications

354

CHAPITRE 23. — Un champion de la croissance : la Nippon Telegraph and Telephone Public Corporation 358

Aperçu sur le développement du télégraphe au Japon 359 Le téléphone au Japon, depuis l'origine jusqu'au milieu du xxl siècle 360 Création de la Nippon Telegraph and Telephone Public corporation 361 Importance de la création de la NTT et de la KDD 363 Structures de financement des télécommunications au Japon 364 Originalité du financement par « bons spéciaux » 365 Efficacité de la gestion de la Nippon Telegraph and Telephone Public

Corporation . . . 366 La planification des télécommunications au Japon 369 Perspective à plus long terme 371 Organismes de télécommunications autres que la NTT 373 Les vraies raisons de l'explosion des télécommunications japonaises 374

CONCLUSION. — Vers une nouvelle approche du problème des télécommunications 379 Émergence des télécommunications modernes au xixc siècle 380 Croissance et diversification des télécommunications au xxl siècle 382 Notion de réseau de télécommunications 383 Concept de système de télécommunications 386 Réseau universel et système global 387 Innovation technique et économies d'échelle 388 Innovation technique et diminution des coûts marginaux 389 Révolution technologique et nouvelle problématique 391 Les télécommunications, système « global » vers les réseaux intégrés 392 Les télécommunications, système « éclaté » vers une pluralité de réseaux . 392 Vraisemblance d'une évolution médiane 395 Finalités générales d'un service public de télécommunications 395 Champ d'activité. Dialectique « produits-marchés » 398 Vecteur de croissance, phases de développement 400

BIBLIOGRAPHIE 405 Ouvrages généraux sur la communication et l'information 405 Ouvrages généraux sur les télécommunications 406 Ouvrages et documents sur l'histoire des télécommunications en France . . 407 La planification des télécommunications en France 408 Histoire des télécommunications 408

Les télécommunications en A m è ^ È r ô e t au Japon 409 ( 0 / - :

, 1INDEX DES NOMS PROPRES DE PERSONNE^??&'./-■?=/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411

Page 12: Genèse et croissance des télécommunications

AVANT-PROPOS

Si le terme de télécommunication est d'origine recente il a ete propose pour la première fois, au début de ce siècle, par Édouard Estaunié l'existence de certains modes de télécommunication, c'est-a-dire de communication a distance, est très ûllcleJJJJe. 011 trouve des exemples de télécommunications, rudimentaires il est ['rûi, des la plus haute antiquité.

Cependant, on peut considérer que l 'histoire des télécommunications ne commence qu a la fin du XVIIIe siècle avec l'invention du télégraphe optique par un ingénieur français, Claude Chappe. En réalité, ce n 'est même qu 'un demi-siècle plus tard, avec l'invention du télégraphe électrique, que débute l'ère des télécommunications modernes.

Nous nous proposons, dans les pages qui suivent, de retracer l'évolution des télécommunications depuis cette époque jusqu'au début de la décennie actuelle (/ g8u- 1990). Cette période historique est relativement courte, puisqu 'elle s'étend a peine sur un siècle et demi, mais elle est marquée par de grandes inventions — téléphone, télégraphié sans fil, télévision, radar — et par le développement prodigieux des nouveaux (r médias électriques )).

Toutefois, si l'histoire des télécommunications est directement associee au progrès technique, on ne peut l'explorer de ce seul point de vue. Un autre aspect important est celui des structures juridiques et financières des organismes chargés de l'exploitation des télécommunications.

Cette double approche met en relief un caractère essentiel des télécommunications, leur vocation internationale et mondiale. La notoriété de l'Union internationale des télécommunications et l'influence qu'exerce depuis plus d'un siècle cette grande institution internationale en sont le meilleur témoignage.

Le présent ouvrage comporte trois parties précédées d'une introduction et suivies d'une conclusion.

L'introduction évoque la longue évolution qui va des débuts de l'écriture aux moyens modernes de communication en passant, notamment, par l'invention de l'alphabet phonétique et par celle de la typographie. Ce passage de l'ère de la typographie à l'ère de l'électronique a suscité maintes réflexions ; nous avons pensé qu'il était intéressant d'y faire allusion dans l'introduction.

Quant aux trois parties qui constituent le cœur de l'ouvrage, elles s'articulent autour

Page 13: Genèse et croissance des télécommunications

des idées suivantes : l'évolution technique, en France et dans le monde, l'évolution de l'organisation des télécommunications en France, le développement des télécommunications dans les autres pays d'Europe et dans les principaux pays industrialisés, États- Unis, Canada, Japon.

La première partie commence, bien entendu, avec les débuts du télégraphe et se poursuit avec l'avènement du téléphone et des radiocommunications. Quelques chapitres sont plus spécialement consacrés au développement technique des télécommunications en France ; puis est abordée une période plus récente de l'histoire des télécommunications. Cette période est jalonnée par des innovations fondamentales, tant en transmission (développement spectaculaire des transmissions terrestres et des télécommunications par câbles sous-marins et par satellites) qu'en commutation (développement des systèmes « crossbar » et, surtout, des systèmes de commutation électronique).

La deuxième partie traite essentiellement de la législation et de l'organisation des télécommunications en France depuis le début du XIXe siècle jusqu'à nos jours. Un chapitre est consacré plus spécialement à la planification, question importante qui est au cœur du problème des télécommunications françaises depuis la fin de la Seconde Guerre mondiale.

Dans la troisième partie, comme nous l'avons indiqué précédemment, il nous a paru intéressant de donner un aperçu du développement des télécommunications, tout d'abord en Europe, en particulier chez nos voisins, Allemagne, Grande-Bretagne, Italie, Espagne, Bénélux, mais aussi dans d'autres pays, en Suède notamment, pays qui est le plus évolué sur ce point en Europe. Enfin, pour clore ce tour d'horizon général, il était, à notre avis, indispensable de traiter de façon un peu plus détaillée le cas des trois grands pays industrialisés non européens : les États- Unis, le Canada et le Japon. L'histoire du téléphone aux États- Unis est riche d'enseignements et l'évolution récente que l'on y constate mérite d'être suivie avec attention. Quant au Canada et au Japon, ce sont deux pays qui attachent une grande importance aux problèmes de télécommunications et qui sont, dans ce domaine, à l'avant-garde sur certains points.

Le chapitre qui sert de conclusion à l'ouvrage peut paraître relever d'un projet plus ambitieux ; il s'intitule, en effet, cc Vers une nouvelle approche du problème des télécommunications ». En fait, il s'agit de quelques réflexions d'ordre général, qui relèvent sans doute plus de la prospective que de la rétrospective historique, mais qui nous semblent devoir intéresser le lecteur.

On peut se demander, en particulier, si les télécommunications ne sont pas actuellement à un tournant. Depuis un siècle les télécommunications se confondaient presque avec le téléphone : il faut se rappeler, par exemple, qu'aux États- Unis, au début de cette décennie, le seul service téléphonique contribuait encore pour plus de y J % aux recettes des télécommunications. Mais la révolution technologique, qui a son origine dans le remarquable développement de la micro-électronique, de l'informatique et de l'opto- électronique, a des répercussions importantes non seulement sur la technique des télécommunications, mais aussi sur les produits eux-mêmes des télécommunications. Des services nouveaux et variés, tels que télécopie et vidéographie, peuvent être désormais offerts à des conditions de coût et de qualité très satisfaisantes.

Cette diversification des services remet en cause progressivement le quasi-monopole du

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téléphone. A l'ère téléphonique semble succéder peu à peu une ère (( télématique )), et même (t' vidéomatique », dans laquelle, certes, le téléphone continuera à jouer un rôle primordial, mais qui sera marquée par le développement des nouveaux services de télécommunications et, sans doute, plus fondamentalement, par l'essor des vidéo- communications.

Jusqu'à présent, en télécommunications, la dialectique <r produits-marchés » était, pour ainsi dire, inexistante. Elle est désormais une réalité dont il faut tenir compte, car elle modifie profondément les données du problème et ne peut manquer d'avoir des répercussions sur la structure et l'organisation des réseaux. Certains pensent que l'on s'oriente vers un « système global » de télécommunications ; d'autres, au contraire, estiment que l'on se dirige vers un certain « éclatement » des réseaux.

Les responsables des grands organismes de télécommunications et les pouvoirs publics sont ainsi conduits à réfléchir aux finalités mêmes du service public des télécommunica- tions. Le débat est ouvert dans la plupart des pays industrialises. Aux États- Unis et en Grande-Bretagne, par exemple, c'est la question de la « déréglementation » qui est au cœur du problème ; en France, le problème se pose plutôt en termes de « monopole » : « Il faut distinguer monopole technique et programmation, contenant et contenu », estime le ministre des PTT.

Telles sont quelques-unes des idées que nous proposons a la réflexion du lecteur à la fin de cet ouvrage. Nous n'avons pas la prétention d'épuiser un débat dont l'ampleur est immense ; nous nous contentons de suggérer quelques axes de recherches. Le problème de la communication en général et de la télécommunication en particulier devient l'un des problèmes majeurs des sociétés avancées ; chaque pays s'efforce de l'aborder avec son génie propre et d'y apporter les solutions qui lui paraissent les meilleures. Mais, ne l'oublions pas, c'est un problème qui dépasse largement les frontières des États ; aussi est-il éminemment souhaitable que les solutions qui seront adoptées par les uns et par les autres ne négligent pas l'apport inestimable qu'a représenté pour les hommes de tous les pays le caractère universel des télécommunications.

Si les questions évoquées dans ce dernier chapitre sont d'un ordre assez général, il n 'en est pas de même pour l'ensemble de l'ouvrage dont l'objectif essentiel est de fournir au lecteur une documentation qui lui permettra, du moins nous l'espérons, de nourrir sa propre réflexion.

Certes, ayant été moi-même mêlé, à différents titres, pendant une trentaine d'années à la vie des télécommunications en France et dans le monde, j 'ai été amené à donner parfois une forme plus personnelle à certaines informations, voire à certaines observations. C'est le cas, notamment, en ce qui concerne le développement de la commutation électronique ; c'est le cas aussi lorsque je relate l'évolution de l'organisation des télécommunications en France au cours des années 7°. Cependant, chaque fois, je me suis efforcé, non de soutenir telle ou telle thèse, mais de présenter des faits.

Notre propos est donc à la fois modeste et ambitieux : modeste, parce que nous nous sommes attachés essentiellement à rassembler des informations que l'on trouve en général en ordre dispersé, ambitieux néanmoins, car nous avons tenté d'aborder l'histoire des télécommunications suivant ses différentes composantes : technique, structurelle, géogra- phique.

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Cette approche globale laisse évidemment le champ libre à des recherches plus approfondies sur tel ou tel aspect de l'histoire, de l'économie ou de la sociologie des télécommunications. C'est un champ d'investigations encore peu exploré, mais qui mériterait sans doute de lêtre ; pour ma part, je serais heureux si cette étude pouvait contribuer à susciter quelques vocations dans ce domaine.

Enfin, je voudrais adresser mes remerciements à tous ceux qui m'ont encouragé dans cette étude : M. Pierre Bauchet, ancien président de l'Université de Paris-I, et du Comité consultatif de la recherche scientifique et technique, qui a bien voulu manifester l'intérêt qu'il portait à notre travail ; mes anciens collègues du CNET, MM. Eugène Delchier, Émile Julier, Pierre Lucas, qui m'ont, eux aussi, fait part amicalement de leurs encouragements et leurs conseils.

Je tiens aussi à citer M. Henri Longequeue, à qui l'on ne fait jamais appel en vain lorsque l'on cherche à préciser une donnée relative aux télécommunications en France ou dans le monde, ainsi que M. Pierre Lajarrige, qui a su rassembler une remarquable collection historique sur les télécommunications, source précieuse de documentation pour les fervents de l'histoire.

Qu'il me soit permis enfin de remercier le directeur général des Télécommunications, M. Jacques Dondoux, et le directeur de la Collection technique et scientifique des télécommunications, M. Pierre Lapostolle, qui ont bien voulu accepter qu'un ouvrage à caractère essentiellement historique vienne prendre place dans une collection scientifique dont le renom est grand parmi ceux qui s'intéressent à la technique des télécommunica- tions.

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INTRODUCTION

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Claude Chappe (1763-1805) est l'inventeur du « télégraphe aérien M, qui connut, en France et en Europe, un développement considérable à la fin du XVIIIe siècle et dans la première partie du XIXe siècle. Nommé, en 1793, par la Convention, « ingénieur du télégraphe M, Claude Chappe peut être considéré comme l'ancêtre des ingénieurs des Télécommunications.

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L'homme et la communication La parole, l'écriture

et les premiers médias

Le message, c'est le medium. Marshall Mc LUHAN

Le premier outil est la parole. Jacques A TT ALI

De nombreux auteurs se sont intéressés au problème de la communication tant du point de vue historique que du point de vue prospectif. Nous n'avons pas la prétention d'apporter une contribution nouvelle à ces études et à ces réflexions, mais nous pensons qu'il est utile de rappeler brièvement, en guise d'introduction, comment ont évolué les langages, parlé et écrit, qui forment la base même de la communication entre les hommes et qui constituent le contenu essentiel des télécommunications.

UNE LONGUE ÉVOLUTION

Les hommes ont, depuis toujours, cherché à s'affranchir des barrières de l'espace et du temps. Ils ont également, au cours des âges, perfectionné sans cesse les moyens de cc codage » de l'information, de façon à accroître l'efficacité des messages et à faciliter l'acquisition des connaissances. Enfin, les hommes se sont efforcés, avec plus ou moins de bonheur, d'améliorer les communications entre les différentes cellules de leurs collectivités, en allant des plus restreintes aux plus étendues (famille, tribu, cité, nation, groupes de nations...).

Dans un très bel ouvrage publié à l'occasion de son centenaire, et intitulé Du sémaphore au satellite, l'Union internationale des télécommunications a tenu à montrer pourquoi l'histoire des télécommunications est inséparable de l'histoire des moyens de communication en général et comment elle s'insère dans un processus continu de découvertes scientifiques et d'innovations techniques. Mais cet ouvrage a aussi le mérite de mettre parfaitement en lumière l'aspect de plus en plus universel des télécommunications, dont témoigne, en particulier, la vigueur

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des organismes internationaux de télécommunications, au sein desquels se concertent tous les pays du globe.

L'avènement des télécommunications et des nouveaux « médias », notam- ment des médias audiovisuels, ne remonte guère à plus d'un siècle, ce qui donne l'impression que le développement des moyens de communication et l'accroisse- ment de leur efficacité sont un phénomène très récent. En fait, ce phénomène n'est que la prolongation d'une évolution, certes assez lente, mais qui, en réalité, a été marquée au cours des siècles par de profondes mutations.

Un historien, Pierre Chaunu, a fort bien mis en relief cette caractéristique de l'évolution, en utilisant le terme, quelque peu ambigu mais très saisissant, de « multiplicateur ». Ce mot recouvre, en effet, à la fois une notion de croissance quantitative (volume) et une notion de croissance qualitative (productivité). Pierre Chaunu écrit :

« La plupart des phénomènes que nous observons en dehors de la nature, dans le domaine de l'histoire, c'est-à-dire de l'homme, se présentent, dans le champ d'observation d'une vie, comme une croissance et presque toujours comme une croissance accélérée. A tel point qu'on a pu se demander si ce n'était pas là que résidait la caractéristique de notre temps. Appelons cet aspect des choses le " multiplicateur ". Et reconnaissons que l'on a de bonnes raisons d'accorder au phénomène une grande imponance,

a (...) Il est un aspect du multiplicateur dont il est rarement question. On parle, bien sûr, du nombre des hommes (...). On parle un peu de la croissance industrielle (3 fois plus rapide que la croissance démographique à l'échelle planétaire et 3 o à 40 fois plus rapide que la crue des hommes en Europe). On parle paradoxalement moins du surmultiplicateur, le seul vrai surmultiplicateur emballé, celui de la communication '. »

DANS LA NUIT DES TEMPS : LA PAROLE

La communication, c'est tout d'abord la parole : mais l'émergence elle-même de la parole est certainement le fruit d 'une longue évolution. Marshall Mc Luhan, qui s'est efforcé d'analyser sous un angle neuf la nature des médias et leur influence sur l 'homme et la société 2, pense

« qu'il est bien possible que le pouvoir qu'a la voix de moduler l'air et l espace en formes verbales ait été précédé d'une expression moins spécialisée comme le cri, le grognement, le geste, le commandement ou la danse ».

Jean-Jacques Rousseau avait déjà écrit, dans son Discours sur l'origine des langues :

« Les premières langues furent chantantes et passionnées ; toutes les notes de musique sont autant d'accents. Dans les premiers temps l'on parlait autant par les sons et par le

(') Pierre CHAUNU. — De l'histoire à la prospective. Éditions Robert Laffont, Paris (1974). (2) Marshall Mc LUHAN. — Understanding media. Mc Graw Hill, New York (1964).

Traduction française : Pour comprendre les média, Éditions Marne/Seuil, Paris (1968).

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rythme que par les articulations et les voix. Dire et chanter était autrefois la même chose, dit Strabon. »

Cette genèse du langage, estime également Pierre Chaunu, se perd dans la nuit des temps (entre cinquante mille ans et un million d'années peut-être).

« A quel moment le passage du cri signifiant, de l'onomatopée à l'association syntaxique des mots dans un langage humain ? Le passage de l'incertain au certain se situe là, à une date que nous sommes incapables de fixer. Mais le langage syntaxique c'est ce qui permet à l'homme de décoller. Avec la syntaxe, la première latence se dissipe. Les premiers hominiens qui ont manié des mots ordonnés suivant la syntaxe du plus vieux langage ont, sans le savoir, découvert le multiplicateur. »

Pour Jacques Attali, qui a eu le mérite de projeter un éclairage nouveau sur les concepts d'énergie et d'information

« le premier outil est le langage. C'est lui qui, en permettant de désigner le signifié, l'objet, a permis de réduire suffisamment l'incertitude sur l'état du monde pour permettre d'élaborer le cadre des concepts organisant le progrès scientifique, l'élaboration des cultures et l'organisation des rapports de production ».

Mais, ajoute Attali,

« l'analyse du discours ne prend évidemment son sens que par rapport au code car, sans lui, on en reste au stade du message : pour des étrangers sans interprète, et ne comprenant pas notre langue, tout ce que nous disons et écrivons n'est que du bruit ».

Mais, quelle que puisse être la primauté de la parole, ce n'est qu'avec l 'avènement de l'écriture que l 'homme franchira une nouvelle étape de son évolution et qu'apparaîtront les « civilisations ». Comme l'écrit encore Pierre Chaunu :

« Le langage syntaxique c'est l'homme, l'homme et sa complexité, une multiplication, une transformation radicale des formes antérieures de la vie. On ne peut parler de multiplicateur à ce niveau que par généreuse extension. Le premier multiplicateur incontestable c'est l'écrit. »

A L'AUBE DE L'HISTOIRE : L'ÉCRITURE

Avec l'écriture l'homme entre, à proprement parler, dans le champ de l 'histoire. Il devient en effet possible de situer de façon relativement précise, dans l échelle du temps, l'apparition de cette nouvelle a technique » ou, si l'on préfère, de ce nouveau « medium ». Si l'on entend par écriture un système de représenta-

( ) Jacques ATTALI. — La Parole et l Outi. Presses universitaires de France, Paris (1975).

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tion graphique de la parole, c'est au cours du quatrième millénaire avant notre ère que l'on en découvre les premiers signes, en particulier dans les vestiges des civilisations sumérienne et égyptienne.

L'apparition de l'écriture, l'avènement des graphismes linéaires phonétiques sont, non pas le résultat de mutations brusques, mais plutôt l'aboutissement de longs et complexes processus où coexistent parfois au sein d'une même écriture les aspects pictographiques, idéographiques, syllabiques et phonétiques.

L'écriture chinoise est l'exemple par excellence d'une écriture idéographique qui n'est jamais parvenue à être tout à fait phonétique, même si l'apparition de caractères ayant une signification phonétique remonte à une période déjà lointaine : on connait, en effet, des caractères chinois inscrits sur écailles et os (kiakou wen) ayant valeur phonétique et qui datent de la période allant de la première moitié du deuxième millénaire au onzième siècle avant J.-C. Il en est de même pour les hiéroglyphes égyptiens parmi lequels 24 avaient une valeur consonantique.

Mais l'événement d'une très grande portée historique, c'est l'apparition, on serait tenté de dire l'invention, de l'alphabet phonétique tel que nous le connaissons aujourd'hui.

Il serait préférable cependant de parler de maturation plutôt que d'invention, car le travail d'analyse et de simplification qui a été nécessaire pour parvenir à cet ultime perfectionnement a été une oeuvre de longue haleine des peuples du Proche Orient. Le plus ancien abécédaire connu, au sens d'une liste de lettres, a été trouvé au cours des fouilles effectuées à Ras Shamra, l'antique Ugarit. Il est apparemment d'origine phénicienne et date du XIVe siècle avant J.-C. Il se présente sous forme d'un bloc d'argile gravé en cunéiforme et comportant 30 signes (27 consonnes et 3 signes syllabiques ou plus exactement 22 consonnes et 5 simili-consonnes et 3 signes syllabiques). Cet alphabet présente donc, dès cette époque, une grande différence avec les alphabets syllabiques qui comprennent en général plus de 200 signes. Ce qui est remarquable, dans la découverte faite sur le site d'Ugarit, c'est que l'abécédaire trouvé reproduit déjà les lettres dans l'ordre qui sera celui des alphabets grec et étrusque.

Ces premiers alphabets peuvent être qualifiés de phonétiques bien que seules les consonnes y soient notées. Comme l'ont fait remarquer certains auteurs :

cc Le génie des langues sémitiques est tel qu'il suffit d'un groupe de consonnes, d'ordinaire au nombre de trois, pour exprimer une idée quelconque. Dans la langue parlée, la vocalisation de la racine indique les modifications grammaticales, mais ne peut modifier le sens fondamental. En fonction du contexte, le lecteur saura choisir les voyelles nécessaires, mais le besoin ne se fait pas sentir de les écrire... L'écriture phénicienne est donc parfaitement adaptée à la langue sémitique qu'elle note. De nos jours, en hébreu ou en arabe, on ne procède pas autrement, sauf à rajouter, dans les cas ambigus, des signes placés au-dessus ou au-dessous des consonnes pour préciser les voyelles. »

Mais le procédé le plus efficace pour les langues non sémitiques consista à créer pour chaque voyelle un signe particulier qui pouvait s'adjoindre facilement

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aux consonnes. C'est ce que présente dès ses débuts, au VIIIe siècle avant J.-C., l'alphabet grec pour lequel ont été utilisés des signes de l'ancien alphabet phénicien qui étaient disponibles. C'est là que réside l'apport essentiel de l'alphabet grec, ultime perfectionnement qui marquera le point de départ de toute la civilisation occidentale.

Cette longue évolution, André Leroi-Gourhan l'a fort bien analysée dans son ouvrage Le Geste et la Parole ', où l'auteur établit les fondements d'une véritable « paléontologie du langage et des symboles ». A propos de l'évolution de l'écriture vers l'alphabet phonétique, Leroi-Gourhan résume en quelques lignes notre propos, lorsqu'il écrit :

« Il est inutile de faire un long historique des écritures linéaires. A partir des écritures suméro-akkadiennes, qui, dès avant 3000, comportaient un très grand nombre d'idéo- grammes en cours d'évolution vers la transcription phonétique, on aboutit aux écritures de consonnes dont le phénicien donne le plus vieil exemple vers i 200 avant notre ere, puis l'alphabet grec du VIlle siècle avant J.-C. Cette évolution continue fait traverser toutes les étapes possibles de la représentation réaliste d'un objet pour traduire le mot qui s'y applique, de la même représentation pour transcrire dans d'autres mots le son équivalent suivant le système du rébus, de la simplification qui rend l'objet méconnaissable et en fait un symbole strictement phonétique et de l'assemblage de symboles distincts pour transcrire les sons en associant des lettres. Cette évolution a été maintes fois décrite, elle fait la gloire des grandes civilisations et à juste titre puisque c'est elle qui a mis entre leurs mains l'instrument de leur ascension. »

UNE TECHNIQUE AVANCÉE : L'ALPHABET PHONÉTIQUE

L'avènement de l'alphabet phonétique grec marque donc une étape décisive dans l'évolution du langage, grâce aux possibilités nouvelles qu'apporte cet alphabet, à cause notamment de son efficacité, on pourrait dire de sa « producti- vité ». En effet, il n'est pas absurde de comparer l'apparition de cet alphabet à celle d'une nouvelle technologie nettement plus performante que les précédentes et n'exigeant, en particulier, qu'un « apprentissage » beaucoup plus court.

Dans l'ouvrage déjà cité, Pierre Chaunu écrit à ce sujet :

« Le gain que représente l'écriture est immense. L'écriture, c'est la possibilité de transmettre un code au lieu de la totalité de l'acquis, à chaque génération. Trois mille ans après l écriture idéographique, l'alphabet permet un gain supplémentaire dans le rapport de dix à un, dans le temps nécessaire à l'acquisition du code. »

D'autres auteurs ont également analysé les événements essentiels qu'ont été l'apparition de l'écriture, puis celle de l'alphabet phonétique. C'est le cas en

(') André LERO!-GoURHAN. n_- Le Geste et la Parole (Tome I). Albin Michel, Paris (1964).

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particulier de Mc Luhan qui s'étonne que les historiens n'aient pas pris conscience plus tôt de la portée de ces événements :

« On a peine à comprendre, écrit Mc Luhan, que les historiens n'aient pas étudié bien avant aujourd'hui les divergences fondamentales d'organisation entre les sociétés qui disposaient de l'écriture et celles qui en étaient privées. De même est étonnant, ajoute-t-il, le silence des historiens sur la révolution provoquée dans la forme de la pensée et de l'organisation par l'apparition de l'alphabet phonétique 1. »

Nous parvenons là au cœur du débat fondamental sur l'impact des nouveaux moyens de communication ou, d'une façon plus générale, sur les conséquences qu'entraîne le développement de nouvelles technologies. Ce remodelage des concepts et des structures de la société humaine par les nouveaux médias commence à être reconnu. Le biologiste J. Z. Young avait déjà écrit à ce sujet dans Doubt and certainty in Science :

« Il est très important que nous comprenions que l'adoption de nouveaux outils va provoquer de grandes transformations dans la conduite et dans les propos ordinaires de l'homme. »

C'est la thèse même soutenue par Mc Luhan dans La Galaxie Gutenberg :

« Toutes les technologies tendent à créer un nouvel environnement humain... Les environnements technologiques ne sont pas simplement d'inertes contenants d'êtres humains ; ce sont des processus actifs qui refaçonnent également les êtres et les autres technologies. »

Cette façon d'aborder et de situer le problème des communications a le mérite de mettre en lumière des aspects propres aux moyens de communication, indépendamment même du contenu de l'information transmise.

PÉRENNITÉ DE L'ÉCRITURE IDÉOGRAPHIQUE

Si la découverte de l'alphabet phonétique a été vraiment celle d'une « technique de pointe M extrêmement efficace, une technologie unique en son genre, est-ce à dire que l'écriture idéographique n'est plus qu'un vestige du passé ? Certainement pas, les exemples de la Chine et du Japon sont là pour prouver le contraire. Curieusement, d'ailleurs, certains auteurs se demandent aujourd'hui, si un retour partiel aux principes de l'écriture idéographique ne permettrait pas un jour de dégager les bases d'un langage universel. On peut citer, par exemple, un article intéressant publié à ce sujet par Daniel Coulmy, dans la revue Synthèses en

(') Marshall Mc LUHAN. — The Gutenberg Galaxy, University of Toronto Press (1962). Traduction française : La Galaxie Gutenberg. Éditions HMH, Paris (1967).

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1974. Coulmy y étudie les possibilités de développement des idéogrammes dans le monde d'aujourd'hui et écrit au début de cet article :

ce Dans l'histoire de l'humanité, la construction des grands empires a permis à certaines langues de s'imposer pour un temps comme support d'expression pour tout un ensemble de peuples, autorisant ainsi la communication sur des espaces étendus ; ces langues sont ainsi devenues des langues véhiculaires. Ce fut le cas du grec après Alexandre ; du latin après que Rome eut conquis le monde méditerranéen, de l'arabe après Mahomet et ses successeurs. Mais l'emploi de ces langues véhiculaires cesse dès que décline la puissance de l'empire conquérant.

« (...) En fait, de nos jours, la langue véhiculaire n'est plus le latin, ni même le français qui connut un certain rayonnement au XVIIIe siècle, mais l'anglais, en raison de l'expansion mondiale de la Grande-Bretagne, à une date encore récente, et de la puissance économique et militaire des Etats-Unis.

« Faut-il en conclure que la diversité des langages sera complètement surmontée par une généralisation encore plus poussée de l'emploi d'une langue unique, telle que la langue anglaise ? Nous ne le pensons pas. En effet, toute langue véhiculaire, tel l'anglais standard employé par les hommes d'affaires de tous pays, est une langue pauvre en vocabulaire et en tournures d'expression ; elle ne saurait donc se substituer aux diverses langues maternelles. Et même si une langue véhiculaire réussissait à s'imposer durablement, tous les problèmes posés par l'expression écrite ne seraient pas résolus pour autant (...) »

« On peut même se demander, ajoute Coulmy, si l'introduction de l'alphabet, par les Phéniciens puis par les Grecs, a bien été le réel progrès dont on parle, puisque cet alphabet, quels qu en soient les mérites par ailleurs, a certainement contribué a accroître la division du monde dont nous souffrons tant aujourd'hui. »

Coulmy rejoint ainsi Mc Luhan, qui écrivait, quelques années auparavant :

« Parce qu'il intensifie et qu'il étend la fonction visuelle, l'alphabet phonétique réduit, dans toute culture alphabétique, le rôle de l'ouïe, du toucher et du goût. Les Chinois, qui se servent d'une écriture qui n'est pas phonétique, gardent une perception de l'expérience qui est globale en profondeur, perception que l'alphabet phonétique a tendance à émousser dans les cultures civilisées. Car l'idéogramme est une sorte de gestalt globale et non pas, comme l'alphabet phonétique, une dissociation analytique des sens et des fonctions. Les réalisations de l'Occident, c'est évident, témoignent de l'extraordinaire valeur de l'alphabétisme. Mais il ne manque pas de gens pour dire que nous avons payé trop cher nos structures de technologie spécialisée et nos valeurs '. »

LE MESSAGE ET LE MÉDIUM

On notera que ces réflexions sur la nature des langages parlés et écrits et sur les bases possibles d'un langage universel ne sont pas uniquement le fait des chercheurs contemporains.

(') Marshall Mc LUHAN. — Pour comprendre les média. Éditions Mame/Seuil, Paris (1968).

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Depuis longtemps, en effet, d'éminents penseurs et philosophes se sont intéressés à cette question et révent d'un langage universel. Descartes écrivait déjà :

« Si quelqu'un avait bien expliqué les idées simples qui sont dans l'imagination de l'homme, desquelles se compose tout ce qu'il pense, j'oserais espérer ensuite une langue universelle fort aisée à apprendre, à prononcer et à écrire ; et ce qui est le principal, elle aiderait le jugement, en lui représentant si distinctement toutes choses, qu'il lui serait presque impossible de se tromper, et je tiens que cette science est possible. »

C'est, plus tard, André Chénier qui lui aussi affirme :

« Un alphabet unique, gouvernant toutes les langues, pourrait acheminer l'esprit humain vers une méthode universelle : en simplifiant les lignes, on rapproche les langues ; en rapprochant les langues, on rapproche les peuples : de la séparation des peuples est venue la barbarie ; par leur rapprochement la civilisation s'accroît. »

Citons encore Charles Nodier qui pensait que

« quelqu'un qui attacherait à quelques articulations un signe propre, et qui aurait l'art facile de ranger ces caractères dans leur ordre philosophique, toucherait de bien près à l'alphabet universel ».

Le lecteur estimera peut-être que ces considérations générales et parfois utopiques nous éloignent de notre propos. Nous ne le pensons pas, car le langage parlé ou écrit constitue le contenu même ou, si l'on préfère, la « matière première » par excellence des télécommunications et mérite, à ce titre, une attention particulière. La définition internationale du terme « télécommunica- tion » traduit d'ailleurs cette donnée de base :

« On désigne par télécommunication toute transmission, émission ou réception de signes, de signaux, d'écrits, d'images, de sons ou de renseignements de toute nature par fil, radioélectricité, optique ou autres systèmes électromagnétiques. »

Cette définition est très générale, puisque le « contenu » d'une télécommuni- cation n'est pas limité à une catégorie particulière d'information ; seul le mode de « transport » de l'information est limitatif, puisqu'il est précisé qu 'il doit appartenir au domaine des ondes électromagnétiques, ce qui exclut, en particulier, les transmissions par voie acoustique, sonore ou ultrasonore, qui sont malgré tout considérées, en fait, comme des télécommunications.

Cependant, on notera que cette définition très générale de la télécommunica- tion ne rend pas compte de tout un aspect des télécommunications, qui n est pas réductible à un simple échange d'informations quantifiables. Les aspects qualita- tifs de toute communication entre deux personnes, sinon entre deux machines, se situent dans un contexte beaucoup plus vaste et à peine encore défriché. L'expérience a par exemple montré, dans les recherches sur la synthèse de la parole, que l'homme refusait certaines formes de synthèse, très performantes du point de vue de la transmission de l'information, mais trop dépersonnalisées.

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S'agit-il d'un combat d'arrière-garde contre une nouvelle aliénation du monde technologique, ou bien assiste-t-on à un refus fondamental de dépasser un certain seuil de « déshumanisation » ? La question mérite d'être posée, mais on ne saurait y répondre en quelques lignes.

Ces quelques réflexions nous conduisent à penser qu'il est souhaitable, pour le progrès des télécommunications, que des recherches soient entreprises et poursuivies non seulement sur les modes de transmission utilisés pour acheminer l'information (moyens de télécommunication), mais aussi sur le contenu même du message (structure de la parole, de l'écriture, etc.) et sur les aspects psychosociolo- giques de la transmission de l'information.

C'est ainsi que des recherches sur l'analyse et la synthèse de la parole, sur la reconnaissance des caractères, sur de « nouveaux langages » aussi simples, aussi efficaces, mais aussi « acceptables » que possible font partie des recherches générales sur les télécommunications. Le développement, le perfectionnement, l'accessibilité de l'informatique, cet autre pilier de l'ère de la communication, illustrent bien, eux aussi, l'utilité et même la nécessité de cette recherche sur de nouveaux langages au sens large du terme.

LA GALAXIE GUTENBERG

Si la parole et l'écriture, les sons et les images sont les matières premières des télécommunications et méritent, de ce fait, une grande attention, il reste que le problème des télécommunications est, avant tout, un problème de « contenant » et non de « contenu ». C'est l'acheminement des messages qui compte et non les messages eux-mêmes. Nous aborderons donc l'histoire des télécommunications dans cette optique ; mais, auparavant, il convient de rappeler brièvement l'immense mutation qui a suivi l'invention de l'imprimerie.

L'avènement de l'écriture avait permis à l'humanité de faire un bond en avant ; mais la diffusion du savoir et des connaissances n'en demeurait pas moins assez artisanale et ne concernait guère qu'une élite, civile ou militaire. L'appari- tion de textes imprimés constituera une véritable révolution dans la diffusion des connaissances.

L'invention des caractères mobiles remonte sans doute aux environs de l'an i ooo de notre ère ; elle est relatée dans le livre d'un docteur chinois, Tchin Kouo, en 1056. Ces caractères mobiles furent d'abord en terre cuite, puis en plomb, puis en cuivre ; on dut ainsi ciseler séparément 250 ooo de ces signes pour imprimer l encyclopédie Lhang Hi. En Europe, le développement de la gravure artistique au burin sur bois, au quinzième siècle, amena à concevoir l'idée de graver séparément chacune des 2 5 lettres de l'alphabet latin. Le Hollandais Laurens Coster aurait imaginé des lettres mobiles, ou caractères d'imprimerie, et imprima un petit livre de huit pages contenant l'alphabet, l'oraison dominicale et le Symbole des Apôtres. En fait, les lettres mobiles de Coster, qui semble-t-il étaient en bois, étaient encore moins commodes que les planchettes de bois qui

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LA TRANSMISSION DES NOUVELLES

DANS L'ANTIQUITE

Les feux ont été utilisés dès la plus haute antiquité comme moyen de communication à distance (le feu la nuit, la fumée le jour). Cette image d'Épinal montre comment se présentaient les postes de signalisation qui jalonnaient les routes de l Empire romain. ] Reconstitution d'après un bas-relief de la colonne Trajane à Rome.)

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avaient déjà permis l'impression (xylographie) de cartes à jouer et de quelques textes.

C'est, comme chacun le sait, à Johannes Gensfleisch dit Gutenberg ( i 3 9 4 / 9 9 - 1 4 6 8 ) que revient l 'honneur d'avoir conçu l'ensemble du procédé d' impres- sion typographique : confection des matrices, fonderie des caractères, composi- tion des textes, impression sur presse à bras. Les premières tentatives de Gutenberg à Strasbourg datent sans doute de 1436. Gutenberg s'associa en 1450, à Mayence, avec le riche Fust et Peter Schôffer, et imprima notamment, a cette époque, la célèbre bible in-folio, dite « à 42 lignes u ou Bible Mazanne (parce qu'elle appartint au cardinal et est demeurée à la bibliothèque Mazarine).

L'invention de Gutenberg constitue indéniablement une étape décisive dans la diffusion de la pensée écrite et marque encore profondément notre civilisation. Depuis cinq siècles, la typographie a imprégné tous les aspects des arts et des sciences ; elle a fait apparaître, selon M c Luhan, le nationalisme, l'industrialisme, les marchés de masse, l'alphabétisation et l'instruction universelles. Mc Luhan emploiera le terme de « Galaxie Gutenberg » pour qualifier la double révolution de l'alphabétisme et de la typographie,qui est, estime-t-il, a la base de la puissance et de l'efficacité de l'Occident.

« Comme tous les prolongements de l'homme, écrit Mc Luhan, la typographie eut des effets psychologiques et sociaux qui modifièrent soudainement les frontières et les modèles antérieurs de la culture. En produisant une fusion — certains diront une confusion du monde antique et du monde médiéval, le livre imprimé créa un troisième monde, le monde moderne, qui rencontre aujourd'hui une nouvelle technologie ou un nouveau prolonge- ment de l'homme, la technologie électrique. Les moyens électriques de transport de l'information transforment notre culture typographique aussi radicalement que l'imprime- rie avait modifié la culture scolastique médiévale »

PRÉHISTOIRE DES TÉLÉCOMMUNICATIONS

Si la découverte de l'imprimerie annonçait un nouveau monde, en revanche la « vitesse de communication M n'évoluait pas sensiblement : ce n'est qu'avec l apparition des moyens de transport électromagnétique de l'information qu'ap- paraîtra un brusque changement d'échelle dans ce domaine. Jusqu'à cet événe- ment relativement récent, c'est-à-dire pendant des millénaires, la « vitesse de communication » est restée, d'une façon générale, celle du coureur ou du coursier le plus rapide (l'exploit du soldat de Marathon en est un exemple illustre).

Cependant, même lorsqu'il ne disposait encore que de moyens très primitifs, 1 homme cherchait déjà à accroître la vitesse de transmission de l'information. Les feux, par exemple, furent souvent utilisés comme moyens de communication, notamment dans le domaine militaire. Ainsi, dans l'Iliade, Homère parle des feux

(') Marshall Mc LUHAN. Pour comprendre les média. Éditions Marne/Seuil, Paris (1968).

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signalant l'approche d'une flotte venue aider les assiégés. Dans Agamemnon, Eschyle écrit à la scène i de l'acte 1 :

« J'attends l'instant ou brillera le signal de feu qui doit annoncer la prise d'Ilion (Troie)... Mais, grâce aux Dieux, voici la fin de mon labeur ; l'heureux signal perce l'obscurité. Salut flambeau de la nuit, ô toi qui fais luire un jour de douceur et qui ramènes les fètes de la victoire dans Argos. »

On notera qu'un peu plus loin, dans ce texte, Clytemnestre donne le détail des relais lumineux utilisés et qui étaient situés au sommet de montagnes, tels que le mont Athos, le mont Cithéron, le mont Egiplancte, etc. : en tout 8 bonds représentant quelque 5 5 o kilomètres de distance. N'est-ce pas là une préfigura- tion, plusieurs millénaires par avance, de nos actuels faisceaux hertziens, constitués par des relais espacés en moyenne de 60 à 80 km ?

On trouve ainsi de nombreux exemples historiques de transmissions de signaux par le moyen des feux. C'est a l'aide de feux allumés de colline en colline que le général romain Aetius fit parvenir à Rome la nouvelle de sa victoire sur Attila aux Champs catalauniques, en l'an 451 de notre ère. Au VIe siècle de notre ère, les Chinois utilisèrent, pendant le siège de Nankin, des cerfs-volants garnis de lampes pour transmettre des signaux. A une époque plus récente, les feux d'alarme appelant l'Angleterre aux armes, quand l'Armada espagnole remonta la Manche en 1 588, constituent peut-être l'un des cas les plus intéressants de ce genre de télécommunication.

Dans le même ordre d'idées, on peut citer un exemple de transmission d'informations par signaux optiques rapporté par André Bellessort dans son livre Souvenirs de la vieille Amérique. L'auteur raconte que

« certains soirs les villages que séparait le Saint-Laurent se télégraphiaient par des lumières et des feux les nouvelles du mois ou de l'année. Si le feu brûlait longtemps c'était signe que tout allait bien ; s'il s'éteignait subitement, c'est que la mort avait passé ; autant de fois qu'il se rallumait et s'éteignait autant d'âmes qu'elle avait emportées a.

Ainsi, ces procédés très primitifs de communication à distance utilisaient des moyens optiques de transmission, qui sont en quelque sorte les précurseurs des sémaphores et du télégraphe optique. Il y eut aussi des moyens acoustiques : le tam-tam africain en est un exemple classique ; on trouve même des exemples de transmission d'informations à grande distance de façon purement vocale. Bien que ce type de communication sorte de la définition officielle des télécommunica- tions (transmissions par voie électromagnétique), il n'en mérite pas moins d être signalé comme une tentative des hommes pour parvenir à une plus grande rapidité de communication.

Un exemple historique de transmission de ce genre est mentionné par Jules César, dans le De Bello Gallico (Livre VII 5 3) lorsqu'il relate la manière dont la nouvelle du massacre des commerçants romains d'Orléans par les Gaulois (en 5 2 avant J.-C.) fut connue en moins d'une demi-journée à plus de 200 kilomètres de distance.

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« Au jour dit, obéissant à une consigne et entraînés par deux hors-la-loi nommés Cotuatus et Conconnetodumnus, les Carnutes se regroupent dans leur capitale Cenabum (Orléans). Ils massacrent les citoyens romains résidant là pour affaires et mettent à sac leur maisons. Ainsi périt, entre autres, C. Fufius Cita, estimable chevalier romain que César avait chargé du service du ravitaillement.

« Le bruit s'en répandit avec promptitude dans toutes les cités gauloises. En effet, quand se produit là-bas un événement tant soit peu notable et marquant, la nouvelle en est propagée par monts et par vaux : de proche en proche, elle est reçue et transmise. C'est de cette façon que les faits survenus à Cenabum au lever du jour furent connus au plus tard dans les premières heures de la nuit chez les Arvernes (en Auvergne), soit à une distance d'environ r60 milles (230 kilomètres). »

Ces moyens de communication par signaux sonores ou vocaux étaient pour le moins rudimentaires. Mais il est intéressant de noter que l'on trouve encore au XIXe siècle des chercheurs qui s'efforcent de perfectionner les moyens de transmission par voie acoustique.

C'est ainsi qu'une proposition curieuse et originale a été faite dans ce sens en France, par un dénommé F. Sudre, au début du XIXe siècle. Sudre prétendait avoir inventé une ce langue musicale universelle M et fit un certain nombre de démonstrations de ce nouveau moyen de communication, notamment dans le domaine militaire. Il utilisait pour cela un instrument ayant une bonne portée, le clairon, et un code musical composé de quatre notes bien distinctes : sol, ut, mi, sol. Des liaisons expérimentales furent réalisées par l'Armée sur le Champ de Mars, en 1829, puis par la Marine, avec l'escadre de Méditerranée en 1841.

On notera, pour la petite histoire des télécommunications, que le mot téléphonie apparaît à ce moment dans les écrits de M. Sudre et dans les rapports officiels de l'Institut royal de France. Sudre intitule son invention « téléphonie » ou télégraphie acoustique ». En 1833, une commission de l'Institut royal de France examine cette invention et on lit dans ce rapport très circonstancié et très favorable à cette invention :

« Il faut comparer le système de M. Sudre à ce qu'il y a de plus parfait dans les autres méthodes, c'est-à-dire la télégraphie telle qu'elle a été inventée par Chappe. Pour désigner l'emploi analogue de la " langue musicale il faut un nom analogue, c'est ce que présente le mot " téléphonie ", son qui s'entend au loin, comme " télégraphie " désigne l'écriture qui se voit de loin. »

Le mot téléphonie était bien inventé, mais le procédé de télécommunication par voie acoustique n'aura guère d'applications : les moyens de transmission électriques viendront remplacer, dans la seconde moitié du XIXe siècle, aussi bien le télégraphe optique de Chappe que l'ébauche téléphonique de M. Sudre.

En fait, jusqu'à la fin du XVIIIe siècle, aucun événement fondamental ne s'est produit depuis l'invention de la typographie par Gutenberg. L'apparition des télécommunications, au XIXe siècle, va marquer le début d'une ère nouvelle fondée sur l avènement de médias nouveaux et puissants, dont les effets marqueront profondément notre civilisation et notre culture.

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VERS DE NOUVEAUX HORIZONS

Le développement rapide des moyens de télécommunication suscite actuelle- ment un renouveau d'intérêt pour les questions relatives à l'information, à la communication et aux médias en général. L'apparition des « médias électriques », qui est relativement récente, un peu plus d'un siècle, est à l'origine d'un bouleversement du monde actuel, dont les historiens, les économistes, les sociologues et les philosophes prennent de plus en plus conscience, mais dont les hommes ne perçoivent pas encore toutes les conséquences.

D'ailleurs, ces réflexions ne sont pas le fait d'une seule école de pensée. Des chercheurs, appartenant à des laboratoires de grands organismes de télécommuni- cations, commencent aussi a s'intéresser à ce que l'on pourrait appeler une « théorie sociale des télécommunications ». C'est le cas, notamment, de l'Amé- rique du Nord, où existent des équipes qui ont pour mission d'explorer l'avenir des systèmes de communication et de télécommunication d'un point de vue global, en intégrant non seulement les aspects techniques de transmission de l'information, mais encore les aspects sociologiques et plus spécialement les effets des nouveaux systèmes et des nouveaux services offerts.

Aux Bell Northern Research Laboratories (Canada) par exemple, Gordon B. Thompson, responsable d'une équipe de recherches sur le rôle et la valeur sociale des systèmes, a souligné l'intérêt de ce nouveau secteur d'études et de recherches :

« La prospective et la planification des systèmes futurs de communication sont, sans doute, l'une des activités les plus importantes pour la société humaine, car elles conditionnent en grande partie son avenir. Cette activité est extrêmement significative et de grande importance, mais elle n'a pas été abordée de façon convenable dans le passé. Il est particulièrement souhaitable d'entreprendre ces recherches aujourd'hui, car nous avons la possibilité de choisir entre différents futurs possibles. Cette possibilité de choix est réelle ; elle est de notre compétence et de notre devoir. Les enfants de nos enfants nous en tiendront pour responsables »

On voit ainsi se dessiner de nouvelles perspectives de réflexion et apparaître de nouvelles démarches de pensée. Thompson rejoint ainsi Gaston Berger, le père de la prospective, qui écrivait :

« L'avenir n'est plus seulement ce qui peut arriver ou ce qui a le plus de chance de se produire ; il est aussi, dans une proportion qui ne cesse de croître, ce que nous aurons voulu qu'il soit 2. »

(') Gordon B. THOMPSON. - - Moloch or Aquarius. Editions Northern Electric Laboratories, Ottawa ( 1969).

(2) Gaston BERGER. — Phénomélologie du temps et Prospective.

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Nous venons de voir que l'avènement des télécommunications se situe dans la ligne historique du développement des moyens de communication et de l'abolition des barrières de l'espace : les premiers exemples de transmission rapide d'informations en sont un témoignage. Mais, simultanément, nous avons laissé pressentir, à la suite des travaux d'un certain nombre de sociologues et de chercheurs contemporains, que le développement des télécommunications et, plus généralement, des nouveaux médias, se traduisait par une solution de continuité et même une véritable rupture avec le passé.

« L'âge de l'électronique, qui succède à l'âge typographique et mécanique des cinq cents dernières années, écrit Mc Luhan, nous met face à de nouvelles formes et à de nouvelles structures d'interdépendance humaine qui empruntent une forme " orale ', même quand les éléments de la situation sont non verbaux '. »

Mc Luhan ajoute :

« Il est certain que la découverte de l'électromagnétisme a recréé la simultanéité de champ de tout ce qui concerne l'homme, de telle façon que la grande famille humaine vit désormais comme " un village global L'espace où nous vivons s'est rétréci, il est unique et résonne du son des tam-tams de la tribu. »

C'est la thèse chère à Mc Luhan du phénomène de « retribalisation » provoqué par les « médias électriques » 2.

C'est une idée analogue qui est émise par Joël de Rosnay qui écrit dans Le Macroscope3 :

« La vitesse d évolution et l'impact des moyens de télécommunications sont tels qu'il me paraît utile de discuter dès aujourd'hui des conditions et des conséquences de l avènement possible d'une nouvelle forme d'organisation sociale : la société en temps réel. »

Ces aspects propres aux nouveaux moyens de communication entraînent donc, selon les auteurs déjà cités, une modification complète des anciens schémas d'évolution et d'organisation. Jusqu'à présent, ces schémas se résumaient dans 1 « explosion » technologique qui a conditionné l'homme occidental depuis plus de 3000 ans, à la suite de l'apparition de l'alphabet phonétique et, plus récemment, de la typographie, qui en découlait implicitement d'ailleurs. Au contraire, nous assistons, depuis un siècle environ, à une véritable « implosion » dont l origine coïncide avec l'invention du télégraphe et qui se prolonge par l'apparition de tous les autres médias « audiovisuels M.

Ce phénomène a été perçu non seulement par des historiens et des sociologues, mais aussi par des philosophes, comme Teilhard de Chardin, qui

( ) Marshall Mc LUHAN. — La Galaxie Gutenberg. Éditions HMH, Paris (1967). (2) Marshall Mc LUHAN. — Pour comprendre les média. Éditions Mame/Seuil, Paris (1968). C) Joël de ROSNAY. — Le Macroscope. Éditions du Seuil, Paris (1975).

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parle de « ce prodigieux événement biologique que représente la découverte des ondes électromagnétiques 1 n. Aujourd'hui, si la prise de conscience de ce phénomène est beaucoup plus nette, c'est qu'il est parvenu à une dimension et une ampleur qui le rend, sinon compréhensible, du moins perceptible à tous.

Ce que nous proposons, dans les pages qui suivent, c'est de retracer les étapes essentielles de l'évolution historique des télécommunications et d'en souligner les traits caractéristiques. Cette analyse nous paraît en effet utile à la compréhension de certaines situations actuelles. Elle devrait permettre aussi, nous l'espérons, de mieux identifier et de mieux délimiter les composantes fondamentales de toute véritable politique de télécommunication et, parallèlement, de mieux définir les orientations à donner de préférence aux actions à venir.

Paul Valéry a fait souvent le procès de l'histoire :

« C'est, disait-il, le produit le plus dangereux que la chimie de l'intellect ait élaboré » mais, ajoutait-il, « si l'histoire ne nous permet guère de prévoir, elle peut, associée à l ' i n d é p e n d a n c e d ' e s p r i t , n o u s a i d e r à m i e u x v o i r 2 ».

Cette opinion résume bien notre projet : avant d'essayer de prévoir efforçons-nous d'abord de mieux voir. Nous pourrons, ensuite, plus aisément, définir les contours de l'avenir souhaitable et préciser les moyens qui pourront nous y conduire, tout en restant modeste dans nos prophéties car, comme l'a écrit avec humour G. K. Chesterton :

« L'espèce humaine à laquelle appartiennent tant de mes lecteurs n'a cessé, depuis qu'elle existe, de faire mentir les prophètes. »

(') Pierre TEILHARD DE CHARDIN. — Le Phénomène humain. Éditions du Seuil, Paris (1955). (2) Paul VALÉRY. — Discours sur l'Histoire. (1932).

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Première partie

ÉVOLUTION TECHNIQUE DES TÉLÉCOMMUNICATIONS

EN FRANCE ET DANS LE MONDE

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Les bras articulés du télégraphe Chappe permettaient un nombre important de combinai- sons. Vers 1800, après certaines modifications apportées à l appareillage initial, ce nombre atteignait 88. La gravure ci-dessus représente une tour du télégraphe Chappe en pleine campagne.

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I

Le télégraphe et les débuts de la coopération internationale

O n s'est toujours soucié d 'envoyer rapidement d 'un point à un autre des nouvelles, et le télégraphe électrique remplaça le télégraphe optique aussi ancien que les hommes.

ALAIN

Propos d'économique

C e n 'es t qu ' au m o m e n t o ù les lois de l ' op t ique furen t compr i ses , et après

l ' i n v e n t i o n d u té lescope, que l ' on eut que lque espo i r de c o m m u n i q u e r r a p i d e m e n t

sur de g randes dis tances. Il s emble que ce soit le phys i c i en et a s t r o n o m e anglais

R o b e r t H o o k e (1635 - 1 703) qui fut le p r e m i e r à faire un exposé clair et c o h é r e n t

de la t é légraphie visuelle dans un d i scours p r o n o n c é en 1 6 8 4 à la R o y a l Society. Il

d o n n a à cet te occas ion de n o m b r e u x déta i ls pra t iques , mais son s y s t è m e ne fut

jamais mis en appl ica t ion .

LE T É L É G R A P H E A É R I E N D E C L A U D E C H A P P E

C ' e s t un siècle plus t a rd q u ' u n b r i l l an t i ngén ieu r français, C l a u d e C h a p p e

( 1 7 6 3 - 1 8 0 5 ) , repr i t le f l ambeau . Fils de savant , C l a u d e C h a p p e se des t ina i t à

l ' é ta t ecclésiast ique et faisait ses é tudes dans un séminai re , alors que ses frères

f r équen ta ien t un p e n s i o n n a t vo is in d i sposé de telle sorte qu ' i l é tai t poss ib le

d ' é change r des s ignaux en t re les d e u x é tab l i s sements . C l a u d e C h a p p e imag ina de

c o m m u n i q u e r avec ses frères a l 'a ide de s ignaux t r ansmis par u n appare i l f o r m é de trois règles en bois.

Les choses aura ien t pu en rester là si la R é v o l u t i o n n ' ava i t p r ivé C l a u d e C h a p p e des pr iv i lèges qui lui p e r m e t t a i e n t de s ' a d o n n e r l i b r e m e n t aux sciences.

Alors , p e n s a n t à ses jeux d ' en fan t , il se mi t à la recherche d ' u n e vér i tab le m a c h i n e

té légraphique . C l a u d e C h a p p e t ravai l la en é t roi te co l l abora t ion avec ses qua t re

frères qui, n o t o n s - l e en passant , se consac rè ren t tous, eux aussi, à la t é légraphie

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aérienne et furent, tous les quatre, administrateurs des Télégraphes. Les premiers essais eurent lieu dans le courant de l'été 1790 : Claude Chappe poursuivit ses expériences pendant deux ans, mais à deux reprises ses appareils installés place de l'Étoile et à Méni lmontant furent détruits. L'appareil de l'Étoile fut détruit par des inconnus pendant la nuit. Lors d 'un autre essai, celui de Ménilmontant fut brûlé par la populace qui croyait que Claude Chappe voulait communiquer avec Louis X V I emprisonné au Temple.

Mais Chappe n'était pas homme à se décourager à la première déconvenue ; il vit ses efforts récompensés, lorsqu'un député, intéressé par ses expériences, porta l'affaire devant la Convention. L'Assemblée accorda un crédit de 6 o o o livres sur

les « fonds libres de la guerre u pour poursuivre les essais. Deux commissaires délégués furent désignés, Lakanal et Daunou ; Lakanal, en particulier, fut l'un des plus chauds partisans de l 'adoption du système Chappe. Sur rapport favorable de ces commissaires, Chappe fut nommé « ingénieur télégraphe a par un décret de la Convention en date du 26 juillet 1793 et se vit confier la direction de la construction d'une ligne entre Paris et Lille ; la Convention souhaitait être tenue rapidement informée des opérations militaires qui se déroulaient alors dans le Nord.

Cette première liaison, longue de 230 km, fut construite très rapidement et fut mise en service en août 1974. Le 1 5 août, une première dépêche annonçant la reprise du Quesnoy par les troupes de la République est transmise de Lille à Paris. Quinze jours plus tard, une autre dépêche parvenait à Paris ; ce jour-là, au cours d'une séance houleuse de la Convention, Carnot monta à la tribune et en fit part lui-même à l'Assemblée. Le texte de cette dépêche était ainsi rédigé : CONDÉ RESTITUÉ À LA RÉPUBLIQUE, REDDITION A EU LIEU CE MATIN À SIX HEURES.

Le télégraphe Chappe entrait ainsi dans l'histoire ; toutefois il ne prendra vraiment son essor que quelques années plus tard, lorsque la deuxième liaison sera construite sur l'axe stratégique Paris — Strasbourg. Cette liaison, qui comprenait 5 o stations, fut mise en service en 1798 ; la première dépêche transmise de Paris à Strasbourg, le 1er juillet 1798, annonçait que le général Bonaparte, au cours de sa traversée en direction de l'Égypte, s'était emparé de Malte.

Après la ligne de l'Est, une ligne est établie, pour la marine, entre Paris et Brest (1798) , puis une autre en di rect ion du Mid i (1799) . La liaison Paris — Lyon, commandée par Napoléon, sera achevée en 1806, et prolongée rapidement jusqu'à Turin, puis, en 1809, jusqu'à Milan. A la même époque, la ligne du Nord, déjà prolongée jusqu'à Bruxelles en 1802, atteint Anvers en 1809.

La France, cependant, se montrera oublieuse des services rendus par Claude Chappe. L'inventeur du « télégraphe aérien » finira misérablement ; il disparaîtra tragiquement le 23 janvier 1805 : atteint de dépression nerveuse, il se jettera dans un puits.

A l'étranger, la découverte de Chappe eut un grand retentissement. L'Espagne et l'Italie adoptèrent sans modification le système Chappe. L 'Angle- terre et la Suède, dont le climat brumeux posait des problèmes, contruisirent des machines plus compliquées ; la Belgique, la Hollande, le Danemark adoptèrent le

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système français ; en Russie, le tsar Nicolas Ier fit appel à un ingénieur français pour établir des lignes entre Saint-Pétersbourg, Varsovie et Cronstadt : il inaugura lui-même, en 1838, la ligne Moscou - Varsovie qui comportait 220 stations desservies par 1 3 20 opérateurs.

En France, le télégraphe aérien connut un grand développement. En 1844, la France disposait d'un réseau de 5 3 4 stations de sémaphore couvrant près de 5 ooo km ; ce réseau, qui était essentiellement un réseau stratégique à usage politique et militaire, était centré sur Paris ; il ne fut jamais ouvert au public. Il ne faut pas oublier, non plus, que sa capacité de transmission n'était pas très élevée. Un réseau de télégraphe aérien fut également construit en Algérie, à partir de 1843 ; il resta en service jusqu'en 1859. Mais, après 1845, le télégraphe électrique prendra peu à peu la place du télégraphe optique ; en France, la dernière ligne du réseau de télégraphie aérienne sera retirée du service en 1859.

Même si la télégraphie optique n'a pas eu un grand avenir comme moyen de télécommunication à usage général, il n'en demeure pas moins que la signalisation par sémaphore est encore utilisée de nos jours entre navires et que l'invention de Chappe a trouvé son application la plus durable dans les chemins de fer, ou le sémaphore a longtemps servi à transmettre des informations aux mécaniciens ; ce n'est qu'un siècle et demi plus tard, c'est-à-dire de nos jours, qu'il fut remplacé progressivement par des feux électriques de différentes couleurs.

LES PRÉCURSEURS DU TELEGRAPHE ELECTRIQUE

Pendant que se développait le télégraphe optique, les savants et les chercheurs de différents pays commençaient a étudier et à mettre au point des dispositifs utilisant les propriétés de l'électricité statique, puis de l'électricité « voltaïque », à la suite de la découverte de la pile électrique par Volta en 1 801. Ces dispositifs, aussi ingénieux que variés, peuvent être considérés, a juste titre, comme les ancêtres du télégraphe électrique. C'est le cas, au début du siècle, en 1809, du dispositif proposé par Soemmering, en Allemagne : ce système compliqué est basé sur la décomposition de l'eau distillée par le courant électrique.

En 1820, à la suite de l'expérience de Œrsted (déviation d'une aiguille aimantée sous l'effet d'un courant électrique), Ampère qui, en quelques semaines de recherches expérimentales et de calculs théoriques, crée la science de l 'électrodynamique, imagine aussi un télégraphe électrique à aiguille. Il est aidé par Arago qui effectue des travaux sur les solénoïdes et les premiers électro- aimants. Mais l'idée d'Ampère est difficilement utilisable ; il lui faut en effet une ligne comportant autant de fils que de lettres de l'alphabet.

En Allemagne, Gauss et Weber construisent à Gôttingen, en 1833, un télégraphe électrique à aiguille susceptible de certaines applications pratiques ; le système fut effectivement mis en service pour transmettre des renseignements scientifiques entre le laboratoire de physique de l'université et l'observatoire astronomique ; il fonctionna sur une distance d'un peu plus d'un kilomètre. On

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peut citer encore le nom du baron Schilling, un ingénieux diplomate russe, qui réalisa, lui aussi, à la même époque, un télégraphe électrique à aiguille.

Cependant, c'est à un jeune anglais, réformé de l'armée des Indes, William Cooke et à un professeur de physique au King's College de Londres, Charles Wheatstone, que l'on doit l'un des premiers dispositifs télégraphiques digne de ce nom. Ce premier appareil était inspiré du télégraphe de Schilling. Le système fut expérimenté en 1837 et mis en service effectivement en 1839, par une compagnie de chemins de fer anglaise, la Great Western Railway. L'appareillage était complexe : il comportait 5 aiguilles aimantées dont les intersections deux à deux correspondaient aux positions de 20 lettres de l'alphabet. Cooke et Wheatstone perfectionnèrent et simplifièrent progressivement leur système qui ne comporta plus que deux aiguilles (1843), puis une seule. En 1846, les deux associés fondèrent l'Electric Telegraph Company. En 1852, on estimait que l'Angleterre comptait déjà 6 ooo km de lignes télégraphiques électriques.

UN INVENTEUR DE GÉNIE : SAMUEL MORSE

Cependant, le plus illustre pionnier du télégraphe est sans conteste Samuel Finley Morse (1791-1872). Morse n'était pas un ingénieur mais un peintre américain assez connu, spécialisé dans les scènes historiques. C'est en 1832, à bord du paquebot Sully, au cours de son retour d'Europe où il avait fait un voyage d'études artistiques, qu'il conçut l'idée d'utiliser un électro-aimant comme élément actif d'un télégraphe électrique.

A la même époque, Morse fut nommé à la chaire de « littérature relative aux arts du dessin M à l'université de New York ; ses fonctions lui laissèrent assez de loisirs pour construire son premier appareil (1835). Grâce aux talents de mécanicien de son associé, Alfred Vail, et grâce à sa tenacité, Morse parvint à perfectionner son télégraphe et à le faire fonctionner en 1837. En 1838, un essai réussi eut lieu sur une longueur de trois milles de fil, en présence du mécène qui avait consenti à avancer 2 ooo dollars à Morse pour fabriquer les appareils.

En même temps Morse élaborait le fameux code qui porte son nom ; comme chacun le sait, ce code est fait de « traits M et de ce points », les signes les plus simples correspondant aux lettres de l'alphabet les plus fréquemment utilisées. Le génie de Morse est d'avoir inventé un dispositif dont le principe est d une remarquable simplicité (à l'émission un manipulateur et, à la réception, un électro-aimant, un crayon et une bande de papier à déroulement régulier) et surtout d'avoir été le premier à utiliser ce que l'on peut appeler un <x code série », c'est-à-dire un code fait de combinaisons séquentielles et non simultanées.

L'invention de ce code par Morse a permis l'utilisation d une seule ligne de transmission ; il s'adaptera aussi parfaitement à la « lecture au son », lorsque apparaîtra la radiotélégraphie. Enfin, en adoptant un code série pour la transmission des signaux en ligne, alors que le télégraphe aérien de Chappe utilisait un a code parallèle », Morse ouvrait la voie à la télégraphie moderne. On

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pourrait même ajouter que ce type de code annonçait tous les codes séquentiels qui sont utilisés de nos jours, non seulement en télégraphie, mais encore en téléphonie dans les systèmes à « modulation par impulsions et codage » (M.I.C.).

La première réalisation importante du télégraphe Morse fut la mise en service de la ligne Washington - Baltimore. Après bien des déboires et des refus, Morse parvint, en 1843, à obtenir du Congrès un crédit de 30 ooo dollars pour construire cette première ligne. L'inauguration eut lieu le 28 mai 1844 ; la liaison fut ensuite ouverte au public, qui d'ailleurs ne manifesta pas, au début, un très grand empressement et considérait plutôt cette nouvelle invention comme un gadget. C'était sans doute aussi l'opinion du gouvernement fédéral qui refusa d'acquérir, pour i oo ooo dollars, cet instrument plein de promesses, mis au point avec une rare persévérance par Morse.

ÉVOLUTION TECHNIQUE DU TELEGRAPHE ELECTRIQUE

Le télégraphe électrique allait connaître dans la seconde moitié du XIXe siècle, un très grand développement, aussi bien en Europe qu'aux Etats-Unis. En France, Louis Bréguet (1804-1883) invente et met au point un télégraphe électrique à cadran (1845). Par une ordonnance du 23 novembre 1844, le gouvernement décide d'installer, à titre d'essai, une ligne de télégraphie électrique le long de la ligne de chemin de fer Paris — Rouen. C'est Bréguet qui est chargé de diriger les travaux, qui commencent en janvier 1845. Le 18 mai de cette même année, les travaux sont achevés et une première dépêche est effectivement transmise sur la ligne. L'appareil de Bréguet était du type « pas à pas » ; il fut utilisé pendant de nombreuses années non seulement en France mais aussi a l'étranger, sous le nom d'appareil « français ».

Deux perfectionnements fondamentaux furent apportés par la suite au télégraphe : l'un concerna l'impression du message en clair a la réception, et non plus sous forme de traits et de points ou de nombre d'impulsions comme dans les appareils de Morse et de Breguet, l'autre fut l'apparition du système de codage à cinq moments et de la transmission multiple (on dira a multiplex ») de plusieurs messages sur une même ligne.

La première étape dans la direction de la télégraphie a impression est l'œuvre de David E. Hughes (1831 - 1900). Hughes était un ingénieur américain d'origine anglaise. Tout comme Morse, il était professeur à l'université de New York, mais, à la différence de celui-ci, il aurait été d'abord professeur de musique. C'est en 1854 qu'il construisit le premier télégraphe imprimeur, qu'il fit breveter en 1855. Malgré cela, son appareil fut surtout utilisé en Europe, car la réglementa- tion des brevets aux États-Unis ne permit pas à Hughes de l'exploiter dans son pays : c est en France même qu'il fit monter, dans une fabrique à Paris, le premier télescripteur opérationnel. Adopté par l'administration française des Télégraphes en 1860, cet appareil resta en exploitation jusqu'en 1948, soit près de 90 ans !

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Hughes avait l'esprit inventif : il fut aussi le premier à imaginer et à réaliser un microphone (1877).

La seconde étape technique importante est l'œuvre d'un français, Émile Baudot (184 5 -1903). Baudot était né à Magneux, en Haute-Marne, où il exerça pendant quelque temps la profession de cultivateur, avant d'entrer dans l'administration des Télégraphes, comme surnuméraire, en 1869. Il fut alors appelé à Paris pour suivre un cours d'appareil Hughes. En 1870, il est nommé employé de 5 e classe à la station centrale de Paris, puis à celle de Bordeaux. Après la guerre de 1870, il commence à se signaler en apportant des perfectionnements aux appareils existants. En juin 1874, Baudot fait breveter, sous le titre Système de télégraphié rapide, son premier appareil « multiple » et, quelques semaines plus tard, il adresse un mémoire à l'administration.

En 1875, commencent les premières expériences et, deux ans plus tard, l'appareil Baudot est adopté par l'administration française. Il devait connaître un grand succès et assurer, avec l'appareil Hughes, le service télégraphique jusqu'au lendemain de la Seconde Guerre mondiale. L'un des très grands mérites de Baudot fut de combiner le procédé de codage binaire (code à 5 moments) avec le principe de multiplexage a répartition dans le temps. Notons, à ce propos, que l'idée du codage binaire avait déjà été émise, pour des fins cryptographiques, par le philosophe anglais Francis Bacon, dès 1623. Quant au principe du multiplexage en temps, il avait été énoncé, en 1860, par un ingénieur français, Rouvier.

Émile Baudot fut incontestablement un grand précurseur, car son invention préfigurait, près d'un siècle à l'avance, les systèmes à modulation par impulsions et codage de type binaire et le multiplexage par répartition dans le temps, qui prendront une très grande importance après 1970.

Si l'utilisation d'un code série pour la transmission de signaux télégraphiques s'est rapidement imposée, on chercha, néanmoins, lorsqu'apparut le téléphone et que furent construites les premières liaisons téléphoniques, à utiliser les artères téléphoniques pour transmettre des signaux télégraphiques. Mais il était regretta- ble d'utiliser toute la capacité d'une ligne téléphonique pour la constitution d'une seule ligne télégraphique. En 1889, un ingénieur français des télégraphes, Mercadier, réalisa un dispositif qui permettait, à l'aide de courants de ligne de fréquences différentes, de superposer huit transmissions télégraphiques sur un même circuit. C'était le point de départ de la « télégraphie harmonique » universellement utilisée depuis pour les transmissions à grande distance.

On ne peut évoquer le nom de Mercadier sans signaler, pour la petite histoire, que cet ingénieur des télégraphes est plus connu dans les milieux polytechniciens (Mercadier était de la promotion 1856) comme directeur des études à l École polytechnique. On célébrait alors les mérites de ce savant électricien, qui non seulement s'occupait de télégraphie, mais avait eu aussi la bonne idée de faire installer dans locaux de l'École des lampes à incandescence, que l'on appela dès lors, en argot de l'X, des « mercas ».

Au lendemain de la Première Guerre mondiale, les appareils Hughes et Baudot demeuraient les plus couramment utilisés en télégraphie. Mais ces

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appareils exigeaient, pour leur fonctionnement, le maintien d 'un synchronisme rigoureux. Leur exploitation devait être confiée à des opérateurs parfaitement initiés à leur code et aux délicats réglages préalables de synchronisation, après un apprentissage de six mois à un an. Aucune interconnexion n'était possible entre systèmes, ni même, généralement, entre appareils d'un même système. Le trafic devait donc être acheminé par des liaisons « poste à poste » et un « transit » complet devait être effectué dans chaque centre traversé, avec les opérations coûteuses que cela impliquait (réception, contrôle, aiguillage, et transport du message sur un autre poste où il devait être manipulé à nouveau pour sa retransmission).

La solution de tous ces problèmes devait être fournie par les appareils dits « arythmiques » dont les organes d'émission et de réception fonctionnent seulement lorsqu'un signal est réellement transmis. Ces appareils sont plus connus sous le nom de « téléimprimeurs ». En fait, le téléimprimeur moderne, dont les premiers exemplaires sont apparus en Grande-Bretagne au début des années 1020 (appareil Teletype-Creed), puis en Allemagne en 1928 (appareil Siemens), est basé, comme le Baudot, sur un code a cinq moments. A l'émission il faut donc coder les signaux avec cinq contacts, puis transmettre en ligne, un « code série » ; a la réception, il faut a enregistrer » ce code de cinq impulsions puis le « traduire M et enfin actionner le mécanisme d'impression.

Ces appareils arythmiques ont permis de réaliser progressivement de véritables réseaux, avec des centres de commutation, d'abord manuels, puis automatiques. D'aute part, grâce à l'action du Comité consultatif international télégraphique et aux recommandations qu'il proposa en matière de codes et de signalisation, un véritable réseau mondial interconnectable a pu être progressive- ment constitué : le réseau télex Les premiers réseaux télex datent des années 30 ; en France, patrie de Baudot, il fallut attendre 1946 pour que le réseau télex soit ouvert. Ce réseau a été équipé, à partir de 1948, de téléimprimeurs Sagem. Dès que les transistors furent disponibles industriellement, vers 195 5, le CNET commença l'étude d'un téléimprimeur dit « électronique ». Cet appareil, le premier de ce type dans le monde, a été mis au point à la fin des années 5 0 et construit ensuite en grande série ; il a connu depuis un succès considérable.

LE DÉVELOPPEMENT MONDIAL DU TÉLÉGRAPHE

Cependant, les réseaux télégraphiques n'avaient pas attendu l'apparition des téléimprimeurs pour connaître un grand développement. En 1866, la Western Union possédait déjà 2250 bureaux et ses lignes s'étendaient sur 120 ooo km. Pour l ensemble des pays qui étaient alors membres de l'Union télégraphique

(') Le mot « télex » provient d'une contraction de deux termes anglais TELeprinting EXchange.

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internationale, la longueur totale des lignes télégraphiques dépassait 500 000 km et le nombre total des télégrammes expédiés en une année était d'au moins trente millions. En 1873, le développement total des lignes atteignait deux millions de kilomètres et, en 1913, la longueur des lignes dépassait sept millions de kilomètres. Quant au trafic annuel, il était, en 191 3, de l'ordre de cinq cents millions de télégrammes.

En Europe, la télégraphie avait été réservée, au début, aux chemins de fer ; mais des hommes doués d'imagination et de l'esprit d'entreprise lui trouvèrent rapidement d'autres applications. Tel fut le cas, en particulier de Julius Reuter qui restera dans l'histoire comme l'un des utilisateurs les plus imaginatifs de ce nouveau moyen de communication. En 1850, alors qu'il existait encore une lacune de 1 5 ° km entre la ligne Paris — Bruxelles et la ligne Berlin — Aix-la- Chapelle, Reuter assura pendant un certain temps la liaison au moyen de pigeons voyageurs ; peu après Noël 1850, Berlin était enfin relié à Paris et Reuter retourna à Londres. C'est là que, pendant près d'un demi-siècle, il construisit sa réputation et sa fortune sur la diffusion des nouvelles politiques, financières et économiques, par les a télégrammes Reuter ». Aux États-Unis, vers la même époque, en 1848, le développement du télégraphe obligeait plusieurs grands journaux américains à créer ensemble une agence de nouvelles. Cette démarche donna naissance à l'Associated Press qui en vint ensuite à vendre un service de nouvelles aux abonnés.

C'est aussi au cours de cette période que des projets très audacieux sont conçus et que de très grandes entreprises nationales ou internationales sont lancées. Rappelons, par exemple, qu'à cette époque, la côte atlantique des États-Unis et celle de la Californie n'étaient reliées que par des routes ou plutôt des pistes. Avec les chevaux les plus rapides, montés par des cavaliers les plus réputés, la seule traversée des pays désertiques prenait au moins une semaine. L'idée se fit jour de poser une ligne télégraphique à travers ces immenses espaces. Les travaux pensait- on, exigeraient plusieurs années d'efforts. L'entreprise fut conduite avec fougue et menée à bien avec une très grande célérité ; le délai de construction s'exprima en mois et non en années ; dès 1861, New York était relié à San-Francisco.

Cet exploit en appelait d'autres. U n promoteur proposa d'établir une ligne entre les États-Unis et la Russie à travers le Canada, l'Alaska, le détroit de Bering et la Sibérie. Après l'exploration des régions à traverser, l'agrément des deux gouvernements fut a isément obtenu. Les Russes avaient déjà construi t 7 ooo milles de lignes, la section du côté américain était très avancée, lorsque, en 1866, comme nous allons le voir, le succès de la pose du premier câble transatlantique vint démontrer l'inutilité de la ligne terrestre. C'est également vers la même époque, entre 1867 et 1870, que Werner Von Siemens construisit la fameuse ligne indo-européenne qui reliait Londres à Calcutta en passant par Emden, Berlin, Varsovie, Odessa, Tbilissi (Caucase), Téhéran, Bushehr (Golfe Persique), Karachi et Agra.

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MARZIN Pierre, 81, 87, 107, I I9 , 159, 160, 172

MAXWELL James Clerk, 42, 384 MAYER René, 244 Mc GRATH, 105 Mc LUHAN Marshall, l, 2, 6, 7, 1 1, 1 5,

56, 356, 380, 403, 405 MEIJI (Empereur), 350, 358 MEISSMER A., 46 MENDÈS-FRANCE Pierre, 247 MENIER Gaston, 70 MERCADIER Ernest, 24, 191 MESNIL (DU) Maurice, 258 MESSMER Pierre, 261 MEXANDEAU Louis, 402 MILON Henri, 66 MILLERAND Alexandre, 71 MINe Alain, 1 5 7 MONCEL (DU) Théodose, 35, 37, 6 l, 203,

268

MONNET Jean, 96, 2 5 0, 251 MONTESQUIEU, 177 MORSE Samuel Finley, 22, 23, 29, 31,43,

134, 181, 189, 3 10, 381

NICOLAS IER (Tsar), 2 1 NODIER Charles, 8 NORA Simon, 157

ODIORNE Georges S., 125 ŒRSTED Christian, 2 l, 41 OSCAR II, (Roi), 277 ORWELL George, 404

PAINE Albert B., 310 PAGE Charles Grafton, 34 PARKHILL Douglas F., 3 5 7 PASCAL Blaise, 395 PASQUET Louis, 234 PASTEUR Louis, 303 PATTON Georges S., 105 PEROT Alfred, 51 PERRY, 3 5 9 PERSIGNY (DE) F., 19° PIERCE J. R., 93, 177 PIERRET, 191 PICHON, 193 PINET André, 166

POINCARÉ Henri, 44 POINCARÉ Raymond, 214, 235 POISSON, 134 Popov Aleksandr, 43 PONTE Maurice, 54, 5 5, 109 POUILLET, 29 PROUST Marcel, 5 8 PUPIN Michael Idvorsky, 40, 78, 80

RANDALL J., 5 5 RANSON, 142 RAYLEIGH (Lord), 1 28 RECIN, 277 REEVES Alec, 105, 134, 13 5, 142 REIS Philipp, 34, 35, 36 RÉMY (dit) Gilbert de Renault, 87, 88 REUTER Julius, 26 REYNOLDS J. N., 110 RIBAUD, ICI RICHARDSON, 45 RICHELIEU, 178 RIVERA (DE) Miguel Primo, 286 ROSNA Y (DE) Joël, 1 5, 403 RONCALIO, 3 3 5 ROSTAND Jean, 33 ROUSSEAU Jean-Jacques, 2 ROUVIER, 24 Roux Ambroise, 172

SALLET Ray, 236 SANDERS Thomas, 306, 308, 309, 312 SARCEY Francisque, 191 SARRIEN Ferdinand, 200, 212 SCHAWLOW A. L., 131 SCHELKUNOFF S. A., 128 SCHILLING Pavel Lvovitch, 22 SCHOFFER Peter, 11 SCHOTTKY W., 93 SCRIVENER Robert C., 340 SERVAN-SCHREIBER Jean-Jacques, 379 SHIMIZU Michitaka, 372 SHOCKLEY William, 86, 91, 92 SIEMENS (von) Werner, 26 SOEMMERING (von) S. T., 2 1 SOUTHWORTH George C., 128 SPENGLER Oswald, 267 STEENACKERS, 191, 192 STONE John, 80

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S T R O W G E R A l m o n B . , 3 9 , 4 0 , 1 4 0

S U D R E F . , 1 3

S U E U R R e n é , 1 0 7

S U G A N O S . , 3 7 5

T A C I T E , 4 7

T A X E L L é o , 2 0 9

T E I L H A R D DE C H A R D I N P i e r r e , 1 5, 4 0 4

T H É R Y G é r a r d , 1 7 2 , 4 0 2

T H É S É E , 3 2

T H I E R S A d o l p h e , 2 0 7

T H O M A S E u g è n e , 1 0 3 , 1 9 6

T H U C Y D I D E , 2 4 7

T H O M P S O N G o r d o n B . , 1 4 , 3 5 7

T H O M S O N ( L o r d K e l v i n ) W i l l i a m , 2 8 , 3 9 ,

2 0 4 , 3 0 8

T I D D W . , 1 4 2

T O W N E S C h a r l e s H . , 1 3 1

V A I L A l f r e d , 2 2 , 3 1 0

V A I L D a v i s , 3 1 0

V A I L L e w i s , 3 1 O

V A I L S t e p h e n , 3 1 0

V A I L T h e o d o r e N e w t o n , 3 9 , 3 0 4 , 3 1 0 ,

3 1 1 , 3 1 2 , 3 1 3 , 3 1 4 , 3 1 5 , 3 1 7 , 3 1 8 à

3 2 8 , 3 3 1 , 3 3 3 , 3 3 8 , 3 7 3 , 3 8 5

V ALENSI G e o r g e s , 4 8

V A L É R Y P a u l , 1 6 , 1 1 3 , 2 8 8

V A N D A L , 1 9 2

V A U G H A N M . E . , 1 4 6 , 2 0 8 , 2 0 9

V I C T O R I A ( R e i n e ) , 2 8

V O L T A A l e s s a n d r o , 2 1

V O U G Y ( d e ) H . , 1 9 0 , 1 9 1 , 1 9 2

W A T S O N T h o m a s A . , 3 0 6 , 3 0 7 , 3 0 8 , 3 0 9 ,

3 1 2

W A T S O N - W A T T R o b e r t , 5 5

W E B E R W i l h e l m , 2 1

W H E A T S T O N E C h a r l e s , 2 2 , 2 9, 1 8 1 , 1 8 9 ,

2 7 2 , 3 8 1

W H Y T E J . S . , 2 7 5

W I L L I A M S C h a r l e s , 3 0 6 , 3 0 9 , 3 1 4

W I L S O N T h o m a s W o o d r o w , 3 2 5

Y O U N G J . Z . , 6

Z W O R Y K I N V l a d i m i r K o s m a , 5 5, 5 6