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GEOGRAFIA DE MATO GROSSO
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1
Mato Grosso é o terceiro maior Estado em área do Brasil, com área total de 906.807 km². Encontra-se na região Centro-Oeste do país, centro do continente Sul-Americano.
Sua localização privilegiada – território fronteriçointernacional e que faz parte da Amazônia brasileira – confere-lhe a condição de espaço estratégico, ao qual tem sido atribuido relevante papel nos planos de desenvolvimento nacional e de integração sul-americana.
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1
Aspectos Gerais Fuso Horário: -4 horas em relação a hora mundial
GMT.
Números de Municípios: 142
Fronteiras: Mato Grosso do Sul( ao Sul), Tocantins (ao Nordeste), Goiás(a leste), Pará(ao Norte), Amazonas (ao Norte/Noroeste) e Rondônia (Noroeste) e um país, a Bolívia(a oeste) .
População: 2.857.642 hab. (2007)
População Urbana: 76,6%
Densidade demográfica: 3,2 hab/km2 (2007)
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1
Coordenadas Geográficas: Situa-se entre as Paralelos
7°20’39’’ e 18°10’00’’ de latitude Sul; e os
meridianos 50°13’48’’ e 61°31’00’’ a oeste de
Greenwich
Seus pontos extremos são:
Norte: confluência dos rios Teles Pires e Jurema;
Sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia;
Leste: extremo sul da Ilha do Bananal;
Oeste: cabeceira do rio Madeirinha.
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1
Aspectos Gerais – maiores (2007)
Cuiabá - 530.831 hab.
Várzea Grande - 230.307 hab
Rondonópolis - 172.783 hab
Sinop - 105.762 hab
Cáceres – 84.175 hab
Tangará da Serra – 76.657 hab
Sorriso – 55.134 hab.
Barra do Garças – 53.243 hab
Alta Floresta – 49.140 hab
Primavera do Leste – 44.729 hab
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
A ocupação efetiva do espaço brasileiro no séc.XVI tem início com o estabelecimento dasCapitanias Hereditárias, cujo principal objetivoera assegurar a Portugal a soberania da porçãocosteira.
Bandeirismo Apresador – aprisionamento deindios.
Bandeirismo prospector – descobrimento deouro e pedras preciosas.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
Início do século XVIII – Paisagem natural de MatoGrosso intocada e inalterada.
Em 1718, Antonio Pires de Campos aporta asmargens do Rio Coxipó.
Descoberta dos primeiros veios auríferos junto aorio Coxipó pela bandeira de Pascoal MoreiraCabral Leme(1719) – Rio Mutuca e Coxipó. (Arraiáda Forquilha).
Em 1722, Miguel Sutil descobriu um dos maisimportantes novos veios auríferos do Estado: AsLavras do Sutil, onde hoje situa-se a Igreja doRosário em Cuiabá.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
Em 1748, é criada a Capitania de Mato Grosso,
que é desmenbrada da Capitania de São
Paulo.
Vila Bela da Santíssima Trindade é elevada a
sede administrativa da nova província( para
proteção de interesses geopolíticos), assim
permanecendo até 1835, quando a capital é
transferida para Cuiabá.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
O abastecimento das Minas de Ouro – as Monções – expedições de viajantes seguindo os rios da Bacia Platina(Tietê)onde a província de Mato Grosso era abastecida de alimentos e transportava o ouro extraído.
Introdução da pecuária em 1726.
Início da produção de cana de açúcar em Mato Grosso (1750) – Açúcar Mascavo – 19 engenhos.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
Novas descobertas de ouro em 1805 na região leste do Estado – Barra do Garças – estimulando processos imigratórios de Goias, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.
No final do séc. XIX, novo surto de povoamento orientado pela extração da borracha, poaia e erva-mate.
Erva-Mate( 1856 a 1882)
Poaia (1878 a 1890)
Borracha (1880 a 1920)
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
2° Ciclo de exploração de diamantes no séc.
XX – Rios Garças e Cassununga – Surgimentos
de núcleos urbanos como Guiratinga, Poxoréo,
Dom Aquino, Itiquira, Tesouro, Alto Garças,
Pontal do Araguiaia, Alto Araguaia e Torixoreu.
A partir da década de 60, criação de projetos
de desenvolvimento de Mato Grosso como:
PIN – Programa de Integração Nacional –
Estradas e assentamento de 100 mil pessoas.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
Proterra – Programa de Distribuição de Terras e de
Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste. –
Incentivar a produção de alimentos na Amazõnia Legal.
Prodoeste – Programa de Desenvolvimento do Centro-
Oeste – Integração da região.
Probor – Programa de Incentivo á Produção de Borracha
Vegetal – incentivar a produção de borracha.
Metamat – Companhia Matogrossense de Mineração.
Codemat – Companhia de desenvolvimento de MT
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE
Projetos coordenados pela Sudeco:
Polonoroeste / Polocentro / Prodiat /
Poloamazônia / Promat / Prodei.
Após a década de 60, inicía-se uma nova fase
de imigração em Mato Grosso: Os projetos
particulares de colonização, executados por
empresas particulares. Totalizaram acerca de
50 projetos, dentre os quais se destacavam:
PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO
TERRITORIAL MATOGROSSENSE Porto dos Gauchos (50/60) Colonizadora Conomalli.
Canarana: (70) Cooperativa 31 de março; terras de índios
xavantes.
Água Boa: (70) Conagro, do Pastor Norberto Schwuantes.
Vila Rica: (80) Colonização Vila Rica
Nova Mutum: Mutum Agropecuária
Sorriso: Colonizadora Sorriso
Sinop e Vera: Colonizadora Sociedade Independente do Norte
do Paraná.
Alta Floresta/Paranaita/Apiacás: Colonizadora Indeco
Colíder: Colonizadora Líder S.A.
Terra Nova: Copercana/Cooperativa Canarana.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
Ecossistema: Conjunto de elementos básicos
(seres vivos) e Abióticos (não vivos, como clima,
altitude, solo, etc) de uma determinada área, que
trocam entre si influências notáveis com a
transferência de matéria e energia, visando o
equilíbrio estável. ( ODUM, 1988; Leite 1998)
Bioma: Conjunto de condições ecológicas de
ordem climáticas e características de vegetação: o
grande ecossitema com fauna, flora e clima
próprios.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
Dentre os diversos ecossistemas encontrados
no Brasil, Mato Grosso, em sua totalidade,
possui três (03) grandes domínios e uma (01)
área de transição:
AMAZÔNIA
CERRADO
PANTANAL
Áreas de Transição entre ecossistemas.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
CERRADO
Também denominado Savana, ocupava originalmente
38,29% da cobertura vegetal do Estado. É constituído de
várias formações herbáceas graminosas contínuas, em geral
lenhosas. Típica de clima tropical estacional, com estação
chuvosa entre outubro e abril e precipitação média de
1.500mm anuais. Possui pequenas árvores com galhos
retorcidos de até 15 metros de altura e abustos que em seu
estrato superior misturam-se a vegetação rala e rasteira. O
Cerrado está associado a solos com altas concentrações de
Alumínio e pobres e nutrientes.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
CERRADO
O cerrado subdivíde-se em cinco (05) partes:
- Campo Limpo
- Campo Sujo
- Campo Cerrado
- Cerrado
- Cerradão
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
IMPACTOS AMBIENTAIS
Os impactos sobre o Cerrado em decorrência do processo
ocupacional e de urbanização:
- Compactação do solo;
- Erosão e perda do solo;
- Assoreamento dos rios;
- Contaminação das águas pelo uso de intensivo de agrotóxicos, vinhoto das
usinas canavieiras e mercúrio dos garimpos;
- desequilíbrios ecológicos provocados pelas queimadas e desmatamento,
monocultura extensiva, provocando doenças e pragas;
- Proliferação de insetos;
- Invasão de terras indígenas;
- Redução de biodiversidade;
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO
AMAZÔNIA
A Amazônia representa a área dos maiores
ecossistemas brasileiros. È a maior floresta do
mundo, e avança sobre Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e
equivale cerca de 35% das áreas florestais no
planeta. A maior parte é composta de formação
vegetal latifoliada ( de folhas largas), que
apresenta as seguintes características:
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA
É perene: permanentemente verde, nunca
perde as folhas;
É heterogênia: Constituída de várias espécies;
É densa: Fechada;
É higrófila: várias espécies vivem em
ambientes úmidos.
Subdivide-se em Mata de terra firme, Igapó e
Mata de Várzea.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA
A Amazônia recobria originalmente 55% do território
matogrossense. Possui clima quente e umido (equatorial)
com temperaturas médias de 26° e pouco variação anual e
precipitação pluviométrica acima de 2.000mm, com período
de seca de 30 a 90 dias.
As árvores formam uma densa cobertura, com alturas que
podem fácil atingir 60 metros, regulando a penetração de
luz.
Seu solo é pobre. Sua produtividade primária dá-se ao alto
grau de produção de matéria orgânica em decomposição,
criando entre fugos e outros, uma cobertura natural que se
transforma em adubo para floresta.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA
Em relação a sua fauna, observa-se incontáveis espécies.
Desde insetos (mais de 15.000 catalogados) a mamíferos,
repteis e peixes, todos vivem em sintonia na natureza.
Os principais impactos ambientais relacionados com o
homem na amazônia são:
Destruição da fauna e flora, com a eliminação dos habitat;
A caça predatória ;
A erosão do solo;
Assoreamento dos rios;
Empobrecimento do patrimônio genético;
Alterações climáticas;
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL
O Pantanal Matogrossense constitui-se em
importante feição ecológica, formando a maior
área inundável continua do planeta.
Ocupa 7,02% da área do Estado, e
compreende uma área inundável na Planície e
Pantanal do rio Paraguai, seu principal
mantenedor.
Constitui uma área de convergência de quatro
grandes ecossistemas brasileiros: Amazônia,
Mata Atlântica, Cerrado e Chaco Paraguaio.
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL
De modo geral, as formações
dividem-se em 04 áreas:
Áreas permanentemente alagadas;
Áreas de solos alagadiços e não secam perene;
Áreas periodicamente inundáveis;
Áreas mais altas que não são inundáveis;
ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL
Em relação a Flora, foram catalogados cerca de
1.700 espécies.
Já a Fauna reúne acerca 262 espécies de
peixes, 650 aves, 100 mamíferos, 50 répteis e
mais de 1.000 espécies de borboletas. Só sua
“população” de jacarés é estimada em 32
milhões de indivíduos.
A ocupação do Pantanal deu-se através de
construções de pousadas para viajantes.
Muitas guerras entre os índios Bororo, Paresi,
Guarani e os colonos criadores de gado.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO
A hidrografia de Mato Grosso tem como
características gerais:
Apresenta densa e importante rede fluvial, com
rios que pertencem a três das maiores bacias
hidrográficas brasileiras: Bacia Amazônia,
Platina e Araguaia-Tocantins.
Possui “aguas emendadas” – Encontros de
bacias;
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO
Apresenta rios de planalto, com cachoeiras e
corredeiras, principalmente ao norte do Estado.
Não possui grandes lagos, mais lagoas de
erosão pluvial;
Padrão de drenagem exorréica – desague no
mar.
Possui rios que se infiltram no subsolo;
Rios que trabalham com o regime anual de
chuvas
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO
A Bacia do Rio Paraguai ruma do centro do
Estado em direção ao Uruguai.
Seus principais afluentes: Rios Jauru,
Sepotuba, e Cuiabá.
Podem ser dividido em dois treços: Paraguai
Superior com 430 km de extensão e Alto
Paraguai 1263 km.
È a principal mantenedora do Pantanal.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO
O Rio Araguaia pertence à bacia do Tocantins.
Constitui a divisa de Mato Grosso com Goiás e
Tocantins.
Desenvolve longo curso d’água e subdivide-se
nas seguintes seções:
Alto Araguaia; Médio Araguaia; Baixo Araguaia
Na região do Médio Araguaia encontra-se a Ilha
do Bananal, considerada a maior ilha fluvial do
mundo.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO
A Bacia Amazônica drena 2/3 do território de
Mato Grosso.
Subdivide-se em Sub-bacias do Guaporé;
Aripuanã; Juruena-Arinos; Teles Pires; Xingu.
Rios como Roosevelt, Juruena, Teles Pires são
grandes afluentes de rios que formam o grande
Rio Amazonas, considerado o maior do mundo
em extensão e volume d’agua.
CLIMA DE MATO GROSSO
Entende-se por sistema climático o conjunto das
interações existentes entre a atmosfera, os oceanos, as
massas de gelo e neve, as massas continentais e a
vegetação, cujos vínculos físicos e químicos tem papel
primordial no estabelecimento do clima mundial.
Tempo e Clima
Em Mato Grosso, vemos dois climas distintos: O Tropical
e o Equatorial. Porém também usamos duas
classificações científicas para definir o clima: a
classificação de Köppen e a de Strahler.
CLIMA DE MATO GROSSO
O comportamento da temperatura do ar no território
mato-grossense é influenciado principalmente por
fatores geográficos, com continentalidade, latitude e
altitude, e pela circulação atmosférica. A distância da
costa brasileira impede a ação moderada dos
oceanos, o que condiciona a região à ocorrência de
altas temperaturas, enquanto que a altitude pode ser
considerada com a principal responsável pelas
temperaturas amenas verificadas nos trechos mais
elevados de planalto.
CLIMA DE MATO GROSSO
Clima Tropical Chuvoso de Floresta: Clima
tropical, com temperaturas médias superiores
a 18°C em todos os meses. A precipitação
anual é abundante e maior que a evaporação:
ocorre em áreas de florestas. Em Mato Grosso,
apresenta-se na porção setentrional, área de
mata de transição e floresta tropical.
CLIMA DE MATO GROSSO
Clima de Savana: Clima Tropical, com estação seca no
outono/inverno, e estação chuvosa, na
primavera/verão. Ocorre na porção centro-sul do Estado
de Mato Grosso e em trechos do Pantanal.
Clima tropical de Altitude: Clima Chuvoso, com inverso
seco, onde as temperaturas do mês mais quente estão
acima de 22°C. Ocorre no extremo sul em áreas com
altitudes de 800m e subdivide-se em: Quente úmido(3
meses secos) Subquente úmido( 3 meses secos) e
Subquente semi-úmido( 4 a 5 meses secos).
CLIMA DE MATO GROSSO
CLIMA DE MATO GROSSO
Classificação de Strahler
Em síntese, a classificação de Strahler, que leva em
conta as massas de ar dominantes e as chuvas identifica
Mato Grosso assim:
Clima Equatorial Quente-Úmido: dominado pela massa
equatorial continental, (1 a 3 meses secos) no extremo
norte;
Clima Tropical Seco-Úmido: dominado pela massa tropical
continental, no restante do Estado.
RELEVO DE MATO GROSSO
Considera-se relevo o conjunto de formas
encontradas na superfície terrestre. Segundo
classificação do geógrafo Jurandir Ross, elas podem
ser:
Planalto: Áreas planas e altas, com altitudes
superiores a 250 metros.
Planícies: Áreas planas e baixas, com altitudes
inferiores a 200 metros.
Depressões: Áreas rebaixadas em relação as que a
circundam. Podem ser relativas (acima do nível do
mar) e absolutas (abaixo do nível do mar).
RELEVO DE MATO GROSSO
O relevo matogrossense pode dividir-se assim:
Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, com altitudes
entre 900 e 1000 metros. Subdivide-se em:
a) Chapada dos Guimarães;
b) Planalto Casca;
c) Planalto dos Alcantilados;
Planalto e Chapada dos Parecis, ocupando o meio norte
do Estado, com altitudes acima de 700 metros
RELEVO DE MATO GROSSO
Planaltos Residuais Sul - Amazônico, que são
áreas que emergem das superfícies rebaixadas
da depressão Sul Amazônica.
- Serras residuais do Alto Paraguai, com
altitudes chegam a 800 metros, é constituída
por rochas sedimentares muito antigas.
- Depressão Marginal Sul – Amazônica, uma
superfície rebaixada, dividida por uma
infinidade de rios, extrapolando os limites ao
norte de Mato Grosso.
RELEVO DE MATO GROSSO
Depressão do Araguaia, localizada a leste do
Estado com superfície plana entre 200 a 300
metros. Drenada pelos rios Araguaia e das
Mortes
Depressão Cuiabana, apresenta rampeamento
com inclinação ao norte, com altitudes
variando de 200 a 450 metros
RELEVO DE MATO GROSSO
Planície e Pantanal do Guaporé, correspondente a áreas
de acumulação de sedimentos, frequentemente sujeitas à
inundações com altitudes variando entre 180 a 220
metros.
Planícies e Pantanais Mato-Grossenses, que forma uma
planície topográfica plana, com áreas sujeitas a
inundações.
Planícies do Rio Araguaia (Bananal), apresenta topografia
plana de sedimentação recente sujeita a inundações
periódicas, com altitudes entre 200 a 300 metros.
RELEVO DE MATO GROSSO
RELEVO DE MATO GROSSO
As maiores serras de Mato Grosso são:
Serra dos Parecis
Serra Formosa
Serra do Norte
Serra dos Caiabis;
Serra dos Apiacás, no norte
Serra do Roncador, no leste
Serra São Vicente
Serra da Petrovina
RELEVO DE MATO GROSSO
SOLO
O solo é a “camada superficial de terra arável possuidora
de vida microblana e é o único ambiente onde se
encontram reunidos em associação íntima os 4
elementos: litosfera (rochas) hidrosfera (água) atmosfera
(ar) e biosfera (vida)” (Guerra, 1987).
Por isso é importante conhecer as características do solo
para que haja um planejamento do uso e manejo de
técnicas adequadas às suas potencialidades, evitando
assim sua depreciação e degradação.
SOLO
Segundo o PRODEAGRO, existem uma
variedades de solos em Mato Grosso, indo
desde os mais férteis até os muito pobres,
tendo as seguintes denominações principais:
1 – Latossolo; 2 – Terra Roxa Estruturada;
3 – Brenizem Avermelhado; 4 – Podzóico Vermelho-amarelo;
5 – Cambissolo; 6 – Planossolo;
7 – Solonetz; 8 – Vertissolo; 9 - Areias Quaztosas;
10 – Solos Litólicos; 11 – Solos Aluviais.
SOLO
O Estado de Mato Grosso é produtor de
importantes recursos minerais tais como ouro,
diamante, calcário, água mineral, além de
minerais empregados na construção civil com
areia, argila, cascalho e brita.
SOLO
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO
Características iniciais agricultura
Produção para exportação;
Monoculturas
Mecanização agrícola
Diversidade produtiva
Industrialização da agricultura
Venda em Commodities
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO
Culturas predominantes são a Soja, o Milho,
Algodão, o Arroz, a Cana-de-açúcar, que são o
carro chefe da balança comercial do Estado.
Outras culturas menores e menos produtivas
como café, feijão e a mandioca estão
presentes para subsistência do mercado
interno. Também se pode ressaltar os cinturões
verdes, onde pequenas produções de
hortaliças e legumes atendem a demanda das
cidades.
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO - SOJA
A soja é planta originada na Manchúria,
sudeste a Ásia, sendo cultivada pelos chineses
a mais de 5 mil anos. Começou a ser explorada
de modo racional desde 1898 pelos EUA. No
Brasil, foi introduzida por imigrantes japoneses
no início do século XX, sendo plantada
indicialmete para consumo. A exploração da
soja comercialmente iniciou-se em 1914, no
Rio Grande do Sul, com o uso de técnicas dos
EUA.
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO
Começou a ser plantada comercialmente no
final da década de 70 em municípios da região
sudeste do Estado, como Rondonópolis, Alto
Araguaia e Alto Garças. Posteriormente
expandiu-se por todo o cerrado, respondendo
aos incentivos fiscais. Hoje os maiores
municípios produtores são Sorriso, Nova
Mutum e Lucas do Rio Verde.
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO
A Soja produzida em Mato Grosso é vendida
como:
Oléo de soja
Farelo (usado para ração animal)
Óleo Degomado
Soja Esmagada
AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO
O milho integrou-se ao complexo sojífero, onde
expandiu e alcançou maiores índices de
produção e produtividade. È cultivado
associado a soja pelo sistema de rodízio e
rotação de culturas, contribuindo para os
efeitos degradativos do solo ocasionados pela
monoculturas.
AGRICULTURA - ALGODÃO
Seu plantio era feito em terras consideradas férteis, por
métodos manuais, exigindo a contratação de mão-de-obra
temporária para colheita. A produção concentrava-se em
Colíder (região norte), São José do Povo (região sudeste)
Araputanga e Mirasol D’oeste na região sudoeste.
Atualmente é encontrada em várias partes do cerrado
matogrossense, mais hoje com cultivo mecanizado e em
escala empresarial. Isso foi viabilizado por programas de
incentivo do governo do estado apartir de 1997 e por
pesquisas de desenvolvimento da Embrapa, em parcerias
com a Fundação Mato Grosso e a Empaer.
AGRICULTURA - ALGODÃO
Ressalta-se que a cultura do algodão devido à
sua suscetibilidade a diversas pragas, exige a
aplicação de um grande volume e diferentes
agrotóxicos, que, altamente poluidores,
provocam diretamente a contaminação do solo,
com conseqüente perda de produtividade e
fertilidade.
AGRICULTURA - ARROZ
Mato Grosso é produtor de Arroz sequeiro,
cultivado em áreas planas, não alagadas e
irrigadas. Tradicionalmente seu plantio tem
sido utilizado na abertura de novas terras de
cultivo agrícola e de formação de pastagens,
em razão dos baixos custos de produção. É
uma cultura disseminada em todo Estado,
tendo Sinop como seu principal pólo
beneficiador.
AGRICULTURA – CANA-DE-ACÚCAR
A cana-de-açúcar é outra monocultura que se
expandiu nos cerrados, apresentando altos
índices crescentes de áreas plantadas e
produção, mantendo uma produtividade
relativamente estável. O plantio é feito nos meses
de abril a maio e a colheita se setembro a
dezembro. Embora grande parte da produção seja
mecanizada, o trabalho braçal ainda é muito
utilizado, sendo a maioria da mão-de-obra
contratada temporariamente pelas empresas.
AGRICULTURA – CANA-DE-ACÚCAR
A produção é absorvida no próprio Estado, pelo
setor industrial sucroalcooleiro, que produz
açúcar, álcool hidratado e anidro. A produção
está concentrada nos municípios de Barra do
Bugres, Denise, Nova Olímpia, Diamantino,
Jaciara e Juscimeira, Confresa dentre outros.
Atualmente 9 usinas estão em funcionamento
no Estado, destacando-se a Usina Itamarati.
PECUÁRIA
A pecuária, a criação de gado de corte foi à principal
atividade econômica do Estado até meados da
década de 1970, quando a agricultura passou a
apresentar maior rendimento, embora ocupando
menor extensão de terras que a pecuária.
Tradicionalmente praticada de forma extensiva em
todo Estado, principalmente no Pantanal, onde
predomina esta forma de criação, a pecuária vem se
modernizando, pressionada pelas exigências do
mercado de exportação. O efetivo atual de cabeças de
gado ultrapassa 25 milhões de cabeças de gado.
PECUÁRIA
Suinocultura e a avicultura vêm ganhando
espaço no setor agropecuário em decorrência
da implementação da agroindústria ligada à
produção de soja. Em alguns municípios
produtores de soja e milho, a criação de suínos
e de aves é integrada como forma de
diversificar a produção e agregar maior valor
ao produto final, tendo maior aproveitamento
do farelo de soja e do milho como ração.
TRANSPORTES
Por ser um grande exportador de matérias primas e
importador de manufaturados, Mato Grosso precisa de
uma infra-estrutura de transportes capaz de suportar a
demanda crescente de veículos e de carga, que garanta
a entrada de produtos e o escoamento da produção.
Porém a malha viária matogrossense está muito aquém
do necessário, sendo o principal fator pela perda da
competitividade da produção em relação a outros
estados produtores de grãos, como Paraná e Santa
Catarina.
TRANSPORTES
Eixos Rodoviários Federais
BR 163 – Cuiabá-Santarém: Corta Mato Grosso no
sentido sul/norte fazendo ligação com as regiões
sudeste e sul.
BR 364 – Cuiabá-Porto Velho: Cruza Mato Grosso no
sentido sudoeste/oeste, a partir de Goiás.
BR 070 – Cuiabá-Brasília: Liga Cuiabá a capital do país.
BR 158 – Barra do Garças-Marabá: Segue em direção
norte nordeste, cortando o vale do Araguaia.
BR 080 – Rio Araguaia-Cachimbo: Faz a interligação
entre as Brs 158 e 163, cortando o Parque Nacional
do Xingu.
TRANSPORTES
PRINCIPAIS RODOVIAS ESTADUAIS
MT 060 – Cuiabá – Porto Jofre (Transpantaneira)
MT 100 – Alto Taquari - Luciara
MT 130 – Rondonópolis - Paranatinga
MT 140 – Campo Verde – Sinop
MT 170 – Campo Novo dos Parecis – Cotriguaçu
MT 208 – Terra Nova – Nova Brasilandia
MT 220 – Sinop – Juína
MT 338 – Lucas do Rio Verde - Juara
TRANSPORTES
Eixos rodomodal e hidroviários
Eixo Sul I: Interliga Mato Grosso ao porto de Santos
através de ferrovia. Em Mato Grosso, existem
terminais em funcionamento em Alto Taquari e Alto
Araguaia. Está em construção o trecho que liga Alto
Araguaia e Rondonópolis.
Eixo Sul II: Hidrovia Paraguai-Paraná: Transporte
aquático usando o Rio Paraguai (Cáceres) para
exportação de minérios via Argentina/Uruguai.
TRANSPORTES
Eixo Leste-Norte: Hidrovia Rio das
Mortes/Araguaia/Tocantins: Interligará Mato
Grosso à ferrovia Carajás e ao porto de Itaqui, no
Maranhão.
Eixo Oeste-Norte: Hidrovia Madeira/Amazonas:
Implantado pelo Grupo Maggi, serve para escoar
parte da soja plantada. Os graos segue por
rodovia até Porto Velho, seguindo posteriormente
em barcaças pelo Rio Madeira e Amazonas até
Itacotiara, de onde segue rumo a Europa
MATO GROSSO - SETOR INDUSTRIAL
No contexto da expansão capitalista no Brasil e
sua divisão regional do trabalho, Mato Grosso
sempre teve sua economia baseada no setor
primário, destacando-se como fornecedor de
matéria-prima para os centros de produção
industrial, localizados em sua maioria no
sudeste brasileiro. Assim, é recente o processo
de industrialização, pois o mesmo encontra-se
integrado com o crescimento regional.
MATO GROSSO - SETOR INDUSTRIAL
A indústria madereira é o ramo de atividade
com maior número de empresas em MT
No ramo industrial de alimentos, destaca-se o
beneficiamento de grãos (soja, arroz, algodão)
e a fabricação de bebidas (Cerveja, chopp,
refrigerante, água natural e potável)
Modernas indústrias frigoríficas e laticínios
Indústrias de produção de alcool - usinas
TURISMO
O setor terciário vem assumindo crescente
importância na economia brasileira, uma
tendência da economia mundializada. Neste
contexto, o turismo vem se destacando-se
como um fenômeno econômico e social, sendo
uma das atividades que mais cresce no
mundo, gerando uma grande mobilização de
recursos e geração de empregos.
TURISMO
Segundo o IEB – Instituto de Ecoturismo do
Brasil, possuimos três polos em Mato Grosso:
- Pólo Pantanal do Norte
- Pólo Chapada dos Guimarães
- Pólo Amazônia Mato-grossense.
TURISMO NO PANTANAL
O turismo no Pantanal tem como principais
atrativos a observação de fauna e flora;
passeios de barco e a cavalo; trilha na mata;
safári fotográfico; pesca esportiva.
A Cavalhada e a Dança dos Mascarados no
município de Poconé
TURISMO – CHAPADA DOS GUIMARÃES
Engloba áreas dos municípios de Chapada dos
Guimarães e Cuiabá, com destaque para o Parque
Nacional de Chapada dos Guimarães e a Área de
Proteção Ambiental no seu entorno e o lago de
Manso, originário das águas represadas do rio
Manso para implantação de usina hidrelétrica.
Destaca-se o Terminal da Salgadeira, Véu da Noiva,
Cachoeirinha e Mirante, Casa de Pedra e Córrego 7
de setembro.
TURISMO – CUIABÁ, SERRA SÃO VICENTE
E NOBRES
Cuiabá é o portal de entrada para o Pantanal,
Amazônia, Vale do Araguaia e Cerrado mato-
grossenses. Dispõe de infra-estrutura para a
realização de eventos de todos os portes, com
a Copa do Mundo de 2014. Com quase 300
anos, foi considerada por muitos anos com o
Centro Geodésico da América do Sul, tem seu
centro histórico tombado pelo IPHAN.
TURISMO – CUIABÁ, SERRA SÃO VICENTE
E NOBRES
A Serra de São Vicente, que abrange os
municípios de Jaciara, Juscimeira dispõe de
complexos de águas termais e inúmeros rios e
cachoeiras onde praticam-se esportes com
rapel, rafting, canoagem, bóia-cross entre
outros.
Nobres, região calcária com grande número de
cavernas e nascentes de rios, possui beleza
ímpar, como o Lago Azul.
ÍNDIOS EM MATO GROSSOO termo índio foi uma denominação dada pelos
conquistadores europeus aos habitantes de tempos
imemoriais do território que compõe hoje o continente
americano. Houve generalização do termo índio a todos os
habitantes do território brasileiro. Os povos indígenas
mato-grossenses se caracterizam por baixa densidade
demográfica. Em compensação, muitos são os povos.
Damos o nome de povo indígena, à língua por eles
falada, à localização geográfica, aos nomes das aldeias.
Ao indicarmos a língua, anotamos as variações dialetais
identificadas. Ao indicar o nome do povo ou da aldeia,
damos o nome em voga entre os não índios, com
anexação do nome indígena, quando possível.
ÍNDIOS EM MATO GROSSO
Os estudos antropológicos demonstram que a cada
povo indígena corresponde uma língua. A língua,
por sua vez, expressa diversidade de pensamento,
de filosofia de vida, de costumes, de organização
social, de estrutura educativa, religião. Para se
falar corretamente de índios, é necessário situar o
índio num povo determinado. Não existe o índio
genérico. Existe, sim, o Nambikwara, o Xavante, o
Bororo. Cada tribo existe por si e é diferente de
qualquer outra.
ÍNDIOS EM MATO GROSSO
Em Mato Grosso encontram-se ainda hoje os quatro troncos
lingüísticos falados e mais línguas isoladas. Onze são as
línguas faladas do tronco tupi: Apiaká, tapirapé,
kamayurá, zoró, kayabí, auetí, mundurukú, juruna, arára,
itogapúk e cinta-larga. Nove são as línguas e dialetos do
grupo macro-jê: mentuktíre, kren-aka-rôre, txukarramãe,
suyá, xavante, karajá, bororo, umutína e rikbaktsa. Cinco
são do tronco linguístico arwák: paresi, salumã, wawrá,
mehináku e yawalapiti. Troncos linguísticos ainda não
denominados: bakairí, nahukuá, matipúhu, kalapálo,
txikão, nambikwára do norte, nambikwára do sul e
sabanê. Duas as línguas isoladas: trumái e iránxe.
ÍNDIOS EM MATO GROSSO
QUE DEUS VOS ACOMPANHEM.