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Texto: O direito à cidade, de Henri Lefbvre. 1. Como o autor define a ideia de ORDEM PRÓXIMA e de ORDEM DISTANTE? Ordem próxima se refere a relações entre indivíduos mais ou menos amplos, mais ou menos organizados e estruturados e relações desses grupos entre eles. Já ordem distante se refere a ordem da sociedade, grandes e importantes instituições (Igreja, Estado) por um código jurídico formalizado ou não, por uma “cultura” e por conjuntos significantes. 2. Por que o autor considera a cidade como uma OBRA? A cidade, para o autor, seria como uma obra já que sua construção,social, acompanha a sociedade ao longo do tempo, refletindo a realidade da época e seus símbolos. A cidade se faz, então, parte da construção intelectual humana 3. Qual o significado (para o debate urbano) da ideia de VALOR DE USO e de VALOR DE TROCA? Mercadores e banqueiros veem a cidade não apenas como um objeto (finalidade para a qual teria sido originalmente construida) : ela teria valor de troca e valor de uso. Dessa forma, o valor das cidades também é dado por características e seus consequentes usos, que poderiam se expandir também às cidades vizinhas. Por fim, o valor de troca seria ainda maior do que o próprio valor de uso, podendo este definir o rumo do crescimento economico local. 4. Como distingue CIDADE de URBANO? Cidade estaria ligado aos aspectos materiais do espaço, já urbano seria referente as relações sociais e atividades que transformam o meio, no decorrer do tempo, que também pode ser interpretado como construção de consciências.

Geografia Urbana

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Questionario sobre O direito a cidade

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Page 1: Geografia Urbana

Texto: O direito à cidade, de Henri Lefbvre.

1. Como o autor define a ideia de ORDEM PRÓXIMA e de ORDEM DISTANTE?

Ordem próxima se refere a relações entre indivíduos mais ou menos amplos, mais ou menos organizados e estruturados e relações desses grupos entre eles. Já ordem distante se refere a ordem da sociedade, grandes e importantes instituições (Igreja, Estado) por um código jurídico formalizado ou não, por uma “cultura” e por conjuntos significantes.

2. Por que o autor considera a cidade como uma OBRA?

A cidade, para o autor, seria como uma obra já que sua construção,social, acompanha a sociedade ao longo do tempo, refletindo a realidade da época e seus símbolos. A cidade se faz, então, parte da construção intelectual humana

3. Qual o significado (para o debate urbano) da ideia de VALOR DE USO e de VALOR DE TROCA?

Mercadores e banqueiros veem a cidade não apenas como um objeto (finalidade para a qual teria sido originalmente construida) : ela teria valor de troca e valor de uso. Dessa forma, o valor das cidades também é dado por características e seus consequentes usos, que poderiam se expandir também às cidades vizinhas. Por fim, o valor de troca seria ainda maior do que o próprio valor de uso, podendo este definir o rumo do crescimento economico local.

4. Como distingue CIDADE de URBANO?

Cidade estaria ligado aos aspectos materiais do espaço, já urbano seria referente as relações sociais e atividades que transformam o meio, no decorrer do tempo, que também pode ser interpretado como construção de consciências.

5. Como explica a emergência dos direitos das pessoas.

Os direitos das pessoas veio devido as desigualdades sociais, comportadas na Idade Contemporânea: de um lado, genocídios, de outro, esforços que permitem salvar vidas. Isso resulta em conflitos sociais que demandam a reivindicação de direitos. Os direitos surgem então, e se tornam costumes e prescrições seguidos ou não por atos, completando os diretos abstratos do homem e cidadão. A pressão da classe operária se faz necessária para a garantia desses direitos.

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6. Como o autor relaciona o direito à vida urbana com a vida cotidiana, resumida na expressão o direito à cidade?

O direito à vida urbana seria aquilo que deveria ser parte do dia-a-dia das pessoas nas cidades. O direito à cidade viria a ser então, o resumo do direito à vida urbana, abarcando assim o pleno uso da cidade, desde direitos como moradia até recreação independentemente à classe social.

7. O que se pode entender, baseado no autor, por urbanização completa da sociedade? Quando essa urbanização surge? Por que ela é uma hipótese teórica e uma virtualidade?

A urbanização completa, segundo o autor, seria o momento em que toda a sociedade seria urbana, não havendo mais vida no campo. É uma virtualidade e uma hipótese teórica pois antes que isso seja possível, é necessário que o a consciência do “urbano” faça parte da vida das pessoas.

8. Explique brevemente a superposição da cidade de mercado à cidade política.

As pessoas só têm acesso a tudo o que há na cidade se puderem pagar, e não porque têm participação política ou direito. Dessa forma, a cidade de mercado sobrepõe a cidade política devido ao acesso desigual que as pessoas adquirem à cidade, havendo maior importância ao poder econômico do que político.

9. Explique o processo IMPLOSÃO-EXPLOSÃO ao qual o autor se refere.

A implosão ocorre quando a cidade se deteriora, não atendendo mais a demanda de serviços da população. A explosão seria quando a cidade atua como agente que expulsa as pessoas, pois, assim como na implosão não atende mais as demandas de serviços e a população se muda da cidade.

10. Como o autor justifica a sua preferência pelo termo urbano em detrimento de cidade (que compreensão se pode ter dos termos cidade e urbano)?

Urbano, segundo o autor, estaria ligado mais à consciência do modo de vida e formas urbanas. Cidade pode ser um termo a ser usado de variadas formas e abrigar diferentes consciências, não sendo, por isso, a preferência do autor.