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Image: Martin Miller GEOMORFOLOGIA FLUVIAL

Geomorfologia Fluvial

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Page 1: Geomorfologia Fluvial

Image: Martin Miller

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL

Page 2: Geomorfologia Fluvial

I. Introdução

II. Dinâmica das Águas Correntes

III. Fisiografia FluvialIII.1. Tipos de leitoIII.2. Tipos de canalIII.3. Tipos de rede de drenagem

Rio Sergipe – Erika Leite

Page 3: Geomorfologia Fluvial

BIBLIOGRAFIA:

GUERRA, A.T. & CUNHA, S.B. Geomorfologia. Uma atualização das bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2ª Ed. São Paulo: Blücher, 1981.

Rio Sergipe – Erika Leite

Page 4: Geomorfologia Fluvial

Ciclo Hidrológico X Escoamento Superficial

Fundamentos Hidrológicos do Escoamento Superficial: O Ciclo HidrológicoTeixeira e al. 2000

9%

1%

25% 16% 84% 75%

9%

Águasubterrânea Oceano

Pre

cipi

taçã

o

Eva

pora

ção

Pre

cipi

taçã

o

Rio

Page 5: Geomorfologia Fluvial

Escoamento Superficial⇓

rios

• Parte do ciclo hidrológico.

• Mais importante agente de erosão. Outros agentes: vento e gelo (dominantes apenas localmente).

Grand Canyon, EUA

The Green River, EUA

• Vales fluviais - formas de relevo continental mais abundantes e com ampla distribuição espacial.

Page 6: Geomorfologia Fluvial

Hamblin & Christiansen (2001)

Rio Yellowstone

Vale em forma de V

Cabeceira – erosão remontante

Incisão Fluvial

Modelamento do Relevo

Page 7: Geomorfologia Fluvial

RIOS → DRENAM OS CONTINENTES

DISTRIBUIÇÃO E PADRÕES ⇓

CLIMA

Desertos de baixa latitude:poucos rios

DISTRIBUIÇÃO E PADRÕES ⇓

TECTÔNICA

Regiões intetropicais: Abundantes rios

Regiões polares: ausência de rios

Plataformas estáveis: rios extensosMargens

convergentes: rios curtos

Page 8: Geomorfologia Fluvial

Importância do estudo dos processos e formas

resultantes do escoamento dos rios

Rio Peruípe- Nova Viçosa

Pratigi - BA

Copyright © Ann Dorr, American Geological Institute Nova York, EUA

Page 10: Geomorfologia Fluvial

• perene – fluxo contínuo

• intermitente – fluxo interrompido sazonalmente

• efêmero – fluxo durante e imediatamente após uma chuva.

Copyright © Oklahoma University

Arquivo - DETUR

Rio Amazonas

RIO – qualquer fluxo de água canalizado. Algumas vezes é empregado para referir-se a canais destituídos de água” (Christofoletti 1974).

Califórnia - EUA

Page 11: Geomorfologia Fluvial

• rios influentes ↓

alimentam a água subterrânea

Teixeira et al. 2000

• rios efluentes ↓

alimentados pela água

subterrânea

RIOS EFLUENTES

X

RIOS INFLUENTES

Page 12: Geomorfologia Fluvial

Sistema FluvialConsiste em um canal principal e os canais tributários que deságuam no rio principal.

Subdivisão de um Sistema Fluvial:

I. Sistema de coleta

II. Sistema de transporte

III. Sistema de dispersão

Bacia Hidrográfica

Dividor de águas

transporte

erosão

deposição

Page 13: Geomorfologia Fluvial

Bacia Hidrográficaárea drenada por um rio ou sistema fluvial, limitada por divisores de água.

Teixeira el al.(2000)

Divisor de água

Page 14: Geomorfologia Fluvial

Hierarquia Fluvial: ordenamento dos cursos de águaFinalidade:

1° passo para a realização

da análise morfométrica das

bacias hidrográficas

1. N° de tributários diminui à jusante

2. Comprimento dos tributários aumenta a

jusante

3. Gradiente dos tributários diminue a

jusante

4. O canal do rio torna-se mais largo e mais profundo à jusante

5. O tamanho do vale é proporcional ao

tamanho do rio e aumenta à jusante

11

12 12

Page 15: Geomorfologia Fluvial

DINÂMICA DAS ÁGUAS CORRENTES

Variáveis:

- descarga fluvial (débito ou vazão)

- velocidade da água

- carga sedimentar

- gradiente do leito

- nível de base

Page 16: Geomorfologia Fluvial

DESCARGA FLUVIAL

• Escoamento superficial: água superficial e água subterrãnea

• quantidade de água que passa num determinado ponto durante um intervalo específico de tempo. Q = v / t (m3 / s)

Page 17: Geomorfologia Fluvial

VELOCIDADE

• gradiente do rio- gradiente ingreme → fluxo rápido (regiões montanhosas)

- gradiente baixo → fluxo lento- rio desagua em lagos, oceanos → velocidade é rapidamente reduzida a zero.

• volume de água- grande volume → fluxo rápido -Pequeno volume → fluxo lento

- rugosidade do leito

- forma do canal

erosãoacreção

Page 18: Geomorfologia Fluvial

Copyright © Bruce Molnia, Terra Photographics

Copyright © Bruce Molnia, Terra Photographics Rio Duktoth – Alasca, EUA

EscorredeirasBig Sioux – Dakota, EUA

Photographer: Albert Copley

NA

VELOCIDADE

Page 19: Geomorfologia Fluvial

velocidade reduzida a zero quando atinge um lago ou oceano

Golfo do México, EUACopyright © MODIS

Page 20: Geomorfologia Fluvial

CARGA DE MATERIALCarga Sólida:

• Carga em Suspensão:– partículas finas – transporte: suspensão – vel. partículas = vel. Água

• Carga de Fundo ou de Leito: – partículas médias e grossas – transporte: saltação e rolamento – vel. partículas < vel. água

Carga em Solução:

• Carga Dissolvida: - Íons em solução (Ca, Na, Mg etc) - vel. partículas = vel. Água - deposição por saturação (precipitação)

Page 21: Geomorfologia Fluvial

• capacidade de um rio:maior quantidade de detritos de determinado tamanho que um rio pode transportar como carga de fundo.

• competência de um rio: maior diâmetro encontrado entre detritostransportados como carga de fundo.

Rio São Pedro – Arizona, EUACopyright © Oklahoma University

Cachoeira Vernal – Califórnia, EUACopyright © Larry Fellows Arizona Geological Survey

CAPACIDADE X COMPETÊNCIA

competência

capacidade

Page 22: Geomorfologia Fluvial

- Estudos experimentais- Tamanho das partículas X velocidade da água

VELOCIDADE CRÍTICA OU MÍNIMA

granuloareiasiltebloco

matacãoargila

Baixa velocidade

- apenas partículas pequenas podem ser

transportadas

- Carga de fundo

depositada

Alta velocidade

pequenas e grandes

partículas podem ser

transportadas

Page 23: Geomorfologia Fluvial

GRADIENTE DO LEITO: FORTE

- Gradiente do rio e topografia: íngreme

- Velocidade do rio: máxima

-Carga sólida: elevada

-Planície de inundação: mínima

-Processo: erosão - vale em forma de V

Page 24: Geomorfologia Fluvial

-Gradiente do rio e topografia: intermediário

- Velocidade do rio: intermediária

- Carga sólida: elevada

- Planície de inundação: presente

- Processo: deposição de carga sólida grossa – vale de fundo chato

- canal: anastomosado

GRADIENTE DO LEITO: INTERMEDIÁRIO

Page 25: Geomorfologia Fluvial

E F

Depósito de planíciede inundação

-Gradiente do rio e topografia: suave

-Velocidade do rio: mínima

-Carga sólida: elevada (sedimentos finos)

-Planície de inundação: ampla e plana

-Processo: deposição de carga sólida fina – vale de fundo chato

- canal: meandrante

GRADIENTE DO LEITO: SUAVE

Page 26: Geomorfologia Fluvial

NÍVEL DE BASE DE UM RIO

• Nível mais baixo no qual o rio pode erodir seu canal.

– Nível de base de um tributário- acima do nível de base do rio principal

– Nível de base de um rio – acima do nível da bacia receptora (rio, lago, oceano)

• Variações do nível do mar→ mudanças no nível de base → mudanças no perfil longitudinal

Nível de base local

Nível de base

regional

Page 27: Geomorfologia Fluvial

PERFIL LONGITUDINAL E EQUILÍBRIO FLUVIAL

A

B

C

D

E

A: Perfil em equilíbrio→ velocidade, carga, gradiente e volume de água em equilíbrio. Erosão e deposição “não ocorrem” de forma expressiva.

B: Quebra do equilíbrio→ falhamento (gradiente alterado).

C: Erosão ocorre à montante da falta e deposição à jusante

D: Erosão e deposição → novo perfil.

E: Perfil de equilíbrio restabelecido.

Page 28: Geomorfologia Fluvial

Quedas de água no rio Iguaçu - Brasil

Page 29: Geomorfologia Fluvial

Press & Siever 1999

PERFIL LONGITUDINAL E EQUILÍBRIO FLUVIAL

Construção de barragens em rios

E o perfil de equilíbrio?

Page 30: Geomorfologia Fluvial

FISIOGRAFIA FLUVIAL

- tipos de leito (vazante, menor, maioro sazonal, maior periódico)

- tipos de canal (retilínio, meandrantes, anastomosados, entrelaçado)

- tipos de rede de drenagem

Page 31: Geomorfologia Fluvial

Tipos de leito:

Leito – espaço ocupado pelo escoamento das águas.

Classificação baseada na freqüência da descarga fluvial e topografia dos canais fluviais numa seção transversal (Caiullex-Tricart 1966)

Adaptado de Christofoletti 1974 e Maciel Filho 1994).

leito maior excepcional: ocupado durante as grandes cheias, em intervalos excepcionais (até dezenas de anos).

- leito vazante: parte do canal ocupada durante as secas.- leito menor: parte do canal ocupada pelas águas, impedindo o crescimento de vegetação; apresenta margens bem definidas.

- leito maior (maior periódico ou sazonal): parte do canal ocupada durante as cheias, pelo menos uma vez ao ano. É possível haver a fixação de vegetação.