Upload
tamires-moraes
View
226
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
1/37
GEOQuiM:ICAEPEfROLOGIADASROCHASMAFICAS
EULTRAMAFICAS00 COMPLEXOESTRATIFORMEDE
CANABRAVA-GO, EDASSUASENCAIXANI'ES
G.T.Correiae V.A.V.Girardi
BSffi cr
The Cana Brava body
is
a 2.0 Ga, anorogcnic, stratiform complex whose layers dip
from 30 to
~ N W .
The massif
is
made
up
of
five
units, composed of layers containing
several associations of cumulus ph:oses :rnd variable amounts of inter-
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
2/37
Co"';'.
CT.
: Gimdi V.A.V.
Estudos pC'troge1ficos, gC'oquimicos e pC'trol6gicos indicam
quC'
as
u n i d a d ~ s do
complexo mafico-ultramafico de Cana Brava
c o r r ~ p o n d e m
a urn magmatismo basaltico
diferente em varios asptos
do
magmatismo
q u ~ guou
as rochas m:i.fias existentes nas
u n i d a d e s q u ~ lhes sao encaixantes. 0 Compl( Xo contem 5 unidacks, compost
por i f e r ~ n t ~
associas-0es
de f:un
cumulus com quantidades variaveis de minerais intercumulus.
T r a n s i ~ o e s
entre
essas unidades sao mundas por m o d i f i c a ~ o e s na c o m p o s i ~ . i o
e/ou n a a b u n d . i n c i a r c l a l i v a e n t r e e s S ; ; l s f a ~ . E s t r . l . t i i 7 a f i c a r n e n t e , d a b a s e p a r a o t o p o . e d c
leste paraa.este, ocorrem anfibolitos, sobrepostos por serpentinitos, metawebsteritos, e rocha.
metagahroidcs. Essa sequencia
originalmcme
correspondia a microgahros, peridotitos.
wehueritosc gabros.
Nao
( Xistem i d ~ n c i a s de multipl i n j ~ ~ de magma e modelagens
r o ~ n e t i c a s
~ r m i t e m
( Xpliear 0
fracionamento d diferentes unidades a
panir
de um unieo pulso
magmatiw
c o m p o s i ~ i o
olivinatoldtica em
condies
presslo inferiores a (,,7 Khar
Esse
provavd
magma progenitor que teria se formado a panir de
fUsOn
mantaieas ~ n t r ~
25-35% em volume, apresenta varias similaridades com 0 possiveis liquido$ cquivalcntes
propostos para os complexos
&
Barro Alto,
Niqudindia,
Muskox e
Sberpard.
tambem
feit c o m p a T a ~ e s com os possiveis magmas progenilores das Toch ba.icas da s e q u ~ n e i a
mctavulcano-sedimentar
de
Palrneir6polis e do
wrpo
salelite da Serra
da
Rota, de
natureu
respeclivameme:ilca\i.olivinaba.'ii.hicaeolivioatoldtica.
INIROnv
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
3/37
parte umbem os
complexos
de
Barro Alto e de Niquelandia. Em
te rmos
tecton
icos eles
sio
considerados
pane
de urn sistema
tipo rift preservado entre blocos
arqueanos
da
pon;:ao leste e cen
tral do Brasil, podendo ta mbern
se
rem de ou
tra
forma, referidos
como aflorando
entre rochas
supracrusuis
do
Meso e
Neoproterozoico no inter ior do
Maci(jo
de Goiis-Tocantins (Nilson
et al. 1994, Brito Neves et al. 1995,
Pimentel et
al.
1996).
Para leste,
as
rochas do
comp
lexo cavalgam os
metassedimentos do Grupo Serra da
Mesa (Marini et aI.,
1977),
e para
oeste elas
se
encontram em contato
com as rochas da
sequencia
metavulcano-sedimentar
de
Palmeir6polis
(SVSP)
(Ribeiro Filho
e
Teixeira,
1981).
Embora nao
definitivas,
as
rel ar;oes de campo
preservadas Corre ia, 1994)
sugerem natureza ignea intrusiva
das rochas
do
complexo
nos
metassedimentos de Palmeir6polis.
Localizado
em
meio
l s
rochas miloniticas do Grupo Serra
da Mesa, 1,5 km
a
este da p o r ~ o
cen
tral
de Cana Brava, ocorre a
intrusao mafica da Serra da Bota
(GSB).
PElROGRAFIA
complexo
de
Cana
Brava
Em termos petrograficos
as
rochas
de
Can
a
Buva foram
divididas em
5
unidades. De leste
para oeste e da base para
0
topo
sao elas:
Hnj
d
adr PICRl
- E
const ituida essencialmente por
Sol.IG USP, ~ r ; C ; . n ; f > c . n l ). 19 J1
epidoto anfi
bolitos
finos,
blastomiloniticos, e por
intercala(jOes
locais, com dimensoes metricas a
de algumas dezenas de metros,
raramente atingindo centenas de
metros, de
rocha fina de
composir;ao gabr6ica que segundo
criterios texturais poderiam tambem
se
r classificados, segundo
e
Maitre
1989), como microgabros ou
diabasios.
Em alguns locais estas rochas
apresenlam texturas porfiroclasticas
onde restos de plagioclasio com
granular;ao media entre
1,5
a
2,5
mm, encontram-se preservados
na
matriz fina, recristalizada, composta
por plagioclasio e piroxenio, com
granul
a(jOes
variando entre 20 e 100
J I Mesmo nos epidoto anfibolitos,
ainda e possivel reconhecer antigos
piroxeni
os
igneos ago ra substituidos
por anfib6lios de composi jio
tr
emolitica-actnolitica, e entre as
concent ra(joes
de epidoto, 0
contorno de antigos cristais
poligonais de plagioclasio.
Devido a esus fei(jaes
considera-se que os litotipos desta
un
id
ade correspondam
a
rochas de
composi(jio mafica cuja granular;io
fina deve-se
a
diminui(jio dos grios
devido ao transporte tectonico que
sofreram. Admite-se que localmente
possam estar preservadas texturas
mais finas originais, consequencia
possivelmente, do resfriamento rnais
rapido na base
do
complexo .
Os
epid,oto anfibol itos
d
i n
n t ~ s
devem
co
rr
espo nd er as
transformar;oes impostas as rochas
de composir;ao gabr6ica
onde
houve maior acesso de fluidos ao
sistema.
Essas
rochas apresentam
como minera logia principal,
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
4/37
G . o q u j m i ~ P .
rol ,i.d TlKh
. . . . .
G U r o S o ' d l B O I
L..:] OrupoS
. . . .
d
_
PICII3
. . .
.....
b.'.ri'
_ PICI2 S. ,p I ~ 1 I 0
C 1
P IC I I ' l I b O l ~ o
s . q u t c l . P . I . . .
lr6poli.
~ . o . d
h . m . ~ ' o
f ' u . l y . r
i7?l ,lo
Fi,,,,,\
M>p>
,..,16peo
do ~ o m p l . ~ o m.flCO uh . .ml.lico de C. . . B n n (.implif ,odo
d.
eo . i .
I ,) .
anfibolio
de
c o m p o s i ~ a o
tremo-
lltica-actnolltica, clinozoizita-epldoto
e mais raramente pistacita,
freqlientemente
associadas a
plagioclasio de c o m p o s i ~ i o albita
ou oligoclasio. Como minerais
acessorios aparecem 0 quartzo,
minerais opacos, titanita e clorita.
Unjdade
PIeR2 -
Esta
segunda
unidade
do
complexo
e
composta
priDcipalmente por
serpentinitos constituldos
essencialmente por serpentina (50-
98%),
carbonat os
(1-35%),
fragmentos de minerais originais (0-
35%), a
tem
de
opacos, clorita,
anfibOlio e quartzo em quantidades
subordinadas.
nela
que
se
encontram os corpos mineralizados
de amianto crisotila, localiudos na
sua
extremidade
sui, nas
v i z i n h a n ~ a s da cidade de M i n a ~ u
(Fig. 1). Neb, tambem encontram
se as
melhores
evidencias de
estruturas e texturas igneas
estratiformes preservadas
no
complcxo. Embora seja composta
quase
exclusivamente
por
serpentinitOs. produtos da
transormar;:io de meta-peridotitos
e ou
meta-dunitos. local mente e
possivel
observar
a
alternancia
entre
bandas
de gabros e
piroxenitos com
espessuras que
variam entre
centimetricas
a
metricas.
Nas rochas mais transfor
madas. os serpentinos, muitas vezes.
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
5/37
ainda
possvel reconhecer restos
de textura gnea cumultica.
Outras feics caractersticas
so gros
de
olivina agora
completamente
substituldos por
serpentina
e
delimitados
por
pequenos cristais de magnetita, bem
como restos de onopiroxnio e de
d i n o p i r o x ~ n i o
minerais opacos e
pequenos gros de espinlio
envoltos
por
matriz de serpentina e
dorita.
Em outras amOstras, pode
se observar a in t
ercalao
milimtrica de leitos de serpentina
com restos de olivina alternados
com estratos onde
predominam
o r t o p i r o x ~ n i o
e
c l i n o p i r o x
~
n i o
respectiv a
mente em
relao a
olivina. Tais leitos deveriam
originalmente corresponder
alternncia
entre
composies
dunticas
e
peridotticas
piroxenticas.
Pela presena
de
fragmentos no transformados dos
minerais origin ais ou pelas
propores relativas entre serpentina
e
dorita
observadas em lmina, ou
ainda pelo hbito gneo reliquiar
das fases
presentes
considera-se
que
esta unidade
seja composta
essencialmente por serpentinitos
formados a partir de peridotitos.
Unidade prCBJ - As roch
as
de
sta unidade ocorrem
de
forma
mapevel
na estreita faixa,
que
atinge no m ximo algumas
centenas dc metros na poro sul
do Complexo.
Nas
pores centro
e
norte
ocorre de
forma
descontnua na regio do contato
entre
as
unidades PICB2 e PICB4.
Predominam rochas com estrutura
macia embora no seja rara a
presena
de rochas
com
foliao
milontica.
Como
litotipo dominante
aparece o metawebsterito, onde o
DolIGUSP S i
,,,
Y 31 29 2 9 23 22 20
118
'29
11
28 55
93
,.
'
11 .
,
11 16
00 67
2; ,
20
... 12
2
,
11 .
o
'
9
..
d 11 2 9
12 5
Pb
,
3 . 3
Tabol,1
C o m p o . i ~ 6 e s
q ~ i m ; ' .
medi. . p
. . .
o. . . . ibelj d. Palmoi,opoli. (AP).
p,n . .
dife
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
11/37
Bol. IG USP, sene C ~ n t l f i c . n 29 1 9 ~
C o . , , > \ , ~ d ETR m mo
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
12/37
eo,,- '.,C.T. &Gin..d.i V A V
sub-solidus, em c o n d i ~ O e s de facies
gunulito, durante 0 lento
resfriamento
pos-magmatico
do
Complexo.
Ao
segundo evento
:uribuem
c o n d i ~ o e s de facies
anfibolito em
c o n j u n ~ a o
ao
influxo
de agua e, finalmeme, 0 tercei ro
seria urn even
to
de baixa
temperatura.
Com base no m a i ~ r
conhecimento da geologia da area,
Correia(1994) e Correia et
at
(1997),
nao sustentam duas
diferentes
g e r a ~ O e s
de hornblendas nas rochas
gabroides.
Os
piroxenios sao
substitu dos
apenas por uma
g e r a ~ a o de hornblendas
com
pleocroismo
castanho,
enquanto
que os anfib6lios com pleocroismo
verde predominantes se restringem
aos
encuves anfiboliticos
encontrados nas unidades PICB4 e
PICBS. Desse modo os fenomenos
metam6rficos
sofridos pelo
complexo foram reinterpretados
conforme:
- Urn primeiro
even
to
com
reequilibrio de
piroxenios
e
plagiocIasios at raves de urn dos
mecanismos propostos
por
Girardi
Kurat
(1982). Segue 0
metamorfismo e transporte tectonico
do complexo gerando as rochas
miloniticas do seu interior e da sua
borda
leste unidades PICBI e
PICB2) e hornblendas de
pleocroismo castanho (pargasiticas)
onde agua teve acesso ao sistemaj
- Os anfibolitos com anfib6lio de
pleocroismo verde dominante
ser
iam
oriundos de encraves
anfibollticos que ja
os
portavam, ou
teriam 5ido geudos em roc has
gabroides adjacentes a
zonas
de falha, onde agua teve acesso ao
12
sistema, em o n d i ~ O e s metamorficas
menos intensas, durante r e a t i v a ~ O e s
posteriores ao evento principal de
metamorfismo e transporte tectonico
sofrido pelo Complexo, ou ainda,
durante
0
arrefecimento das condi
~ o e s de eT nos estagios finais
deste eventOj
- Urn
terceiro
even
to
de meta
morfismo a baixa temperatura, que
teria atingido fundamental mente as
rochas das unidades PICBl, PICB2
e PICB) do complexo
por
estarem
adjacentes asuperfkie principal de
cavalgamento e
portanto
rna is
acess lveis a fluidos hidrotermais.
A l t e r a ~ a o
hidrotermal tardia
ou pOs-magmatica e metamorfismo
podem modificar em graus variados
as
caracterlsticas geoquimicas dos
prot61itos (gneos originais. Assim
cabe considerar os processos
metamorficos sofridos pelas rochas
de
Cana Buva
e
estabelecer
criterios que permitam estabelecer
se as caracterlsticas geoquimicas
19neas
encontram-se
preservadas
antes de definir suas tendencias
Igneas e com base nelas
os
processos
petrogeneticos
determinantes na sua f o r m a ~ a o
Pearce
(1968),
propos
diagramas de
RazOes
de P r o p o r ~ e s
Moleculares (MPR) com objetivo
de
reconhecer c o r r e l a ~ o e s
petrogeneticas em
conjuntos
de
analises qui
micas de rochas.
Demonstrou que se e praticamente
impossivel determinar 0 valor
absoluto da
c o n c e n t r a ~ a o
original
de
elementos
que
sofreram
em
alguma
extensao, processos de
d i f e r e n c i a ~ a o
magmarica, como
por
exemplo
por
c r i s t a l i z a ~ a o
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
13/37
fracionada,
possvel determinar
se a razo da
proporo entre
dois
elementos quando
locados
em
diagramas um
contra
o
outro, como
razes onde o
denominador
corresponde a
um
terceiro elemento
que no
tomou parte no processo
de
diferenciao,
permanecendo
com sua concentrao absoluta,
inalterada durante este processo.
Outros trabalhos como os de
Bcswick
(1982), Rollinson
Roberts 1986) e Pearce 1987),
contriburam
para
melhorar o
conhecimento sobre
os significados
da existncia ou no de correlaes
nestes
diagramas
e tambm para
descriminar processos de alterao.
De maneira
geral concluiu
se que conjuntos com
tendncia
retilnea e
boa
correlao podem
refletir
processos
magmticos,
enquanto que a disperso de pontos
ao longo de
um leque qu
e passe
pela
origem do diagrama tende a
refletir modificaes posteriores na
concentrao
dos elementos em
questo.
Valendo-se desses diagramas
Correia 1994) mostra que para os
elementos utilizados, desde os mais
mveis K20) at os menos mveis
(Ti0
1
,
as
correlaes
apresentam
tendncia retilnea e pouca
disperso.
Constituem
exceo
parcial
as
rochas das unidade
PICB2 e PICB3
do
Complexo,
justamente
os
serpentinitos e
piroxenitos; que foram sabidamente
mais
transformados.
Dessa forma,
considera-se
que na sua maior
extenso os dados
composicionais
das anlises de elementos
maiores
e
traos utilizados refletem
composies gneas originais.
13
Bol. IGUSP.S'''i
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
14/37
c o n c e n t r a ~ a o
de
plagioclasio
de
c o m p o s i ~ a o mais basica
em
niveis
mais elevados
na estratigrafia do
complexo
por
coma
de
processm
de s e p a r a ~ a o gravitativa onde os
plagioclasios,
por poderem
apresentar val ores
de
peso
espedfico
menores
que
os
do
Hquidos nos quais se
fracionam,
tendem a neles fiotal. Outras
evidencias
deste processo serao
apresentados e discutidas
posteriormente.
De
qualquer forma,
s
tendencias
observadas
sao
bastante proxima dos
vetores
calculados para
0
fracionamenlO
das rochas do
Compl
exo de
Niquelandia, a baixas pressoes,
por
Girardi et al. (1986).
No
diagrama
da
figura 3 e
posslvel
observar que
apenas
algumas das
amostras
estudadas,
principalmente do Complexo
de
Cana Brava, localizam-se no campo
composicional relativo ao das
c o m p o s i ~ e s
combatlveis com a
dos
liquid os
basaJticos. Na sua
maioria s amostras encontram-se
deslocadas
em
d i r e ~ a o a
p o s i ~ a o
do plagiocIasio,
devendo
corresponder
a c o m p o s i ~ a o com
diferentes p r o p o r ~ o e s
de
plagiocIasio cumulus. Esta
caracterinica pode ser responsivel
ao me
nos
em
parte,
pelo
comportamento erd.tico dos
elementos
em
varios dos diagramas
observados,
entre
clas 0
da
sHica.
Novamente
sao notadas d i f e r e n ~ s
composicionais entre s unidades
estudadas. Assim, em todos os
diagramas ate aqui apresentados
s
rochas da Serra
da
Bota apresentam
oc mpo composicional
mais
restrito. Suas amostras mostram
sempre c o m p o s i ~ o e s comp:l.tlveis
14
com s dos Gabros do Complexo
de
Cana
Brava com id
entr
e
0,4
e
0,6.
Ja
s amostras
da Seqiiencia
de
Palmeiropolis
quando
comparadas
com s do
Complexo
de
Cana Brava distribuem-se no
intervalo com id
entre
0,4 e 0,8 e
mostram-se enriquecidas
em Ti0
2
,
CaO, NalO e Sr e empobrecidas
em
2
0
J
Analise das Normas
Diferenps composicionais
entre
s
rochas
do
CCB,
do
GSB e
dos anfibolitos
da
SVSP
sao
observadas
atraves
de varios
diagramas
Correia, 1994).
No
presente trabalho foram utilizados
dlculos normativo para evidenciar
essas tais diferenps.
Assim, s normas calculadas
com
base
nas
c o m p o s i ~
e de
rocha total mostram que somente
entre s rachas de Palmeiropolis sao
encontradas leucita e nefelina
normativas e a maioria
de
suas
amostras apresentam olivina
normativa refletindo c o m p o s i ~ e s
mais proximas do plano olivina
c1inopiroxenio-anortita no diagrama
dos basaItos
de
Yoder Tilley
(1962), que
correspond
e ao
grupo
dos alcali-olivina basaltos
As rochas das unidades
PICBl sio quartzo normativas
correspondendo
a o m p o s i ~ e
toleiticas supersaturadas. NeIa os
te
or
es em
quartzo normativo
sao
particularmente elevados em
r e l ~ o aos demais (valor medio de
7,21 )
podendo nio reflctir
c o m p o s i ~ O e s originais uma vez que
correspondem a
zona
de
alha,
conform
e ja
apontado
anteriormente.
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
15/37
0
.
2 FeOf
o.
M,O
a.
02
.
Figu .l
BoL IG us ', k'
,i
.Ciendfic.nO
2'J, 1991
M,O
0
0 0
~
i o
'
,
20
~
,
o 0
,0
CoO
O
. gJ
_ c
:::10
0
i
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
16/37
Com ;., C,T, Gimd; V,
A,V
tPlC9ioclOSlC
5 ~
&
pt09iOCh]SiO 0
o 0
0
~ b C l 5 C I l i O s o . . 9 8
,.,20
V ~ ~ ~ j > ~ ~ ~
00
0
~
+ 0
,15
0
90bfos ~ ; / ~ ~ . I +
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
17/37
Bo1.
IG
USP, s,
Bnv
do .,.libolil0. da S o q ~ l 1 c i .
d q u l m i < > . I ' . c ' o l , l . > . d ' o < h . .
Brava, ou estas ainda
nio
foram
encontradas.Ainda
ass im,
permanece
prob
lema de
OCOfferem
em
Cana Brava
clinopiroxenitos
cumuHticos
apcs os peridotitos, precedendo a
sucessao de rochas gabr6ides das
unidades PICB4 e PICBS.
Presnal et
al.
1978 e 1979)
mostram
que
a
p o s i ~ i o
das
superficies coteticas e de rear;io
peritetica no interior
do
diagrama
da figura 11, ainda
nao
se
encontram estabelecidas com
precisio. De qualquer
forma,
po rem, a superfkie de rear;io
peritetica que delimiu campo
onde se inicia a crisuiizar;ao de
ortopiroxenio tern inclinar;ao em
d i r e ~ i o ao vertice
do
diopsidio.
Dena forma 0 segmento CG pode
interceptar esta
superfkie
muito
proximo do Ponto G, dificultando
a formar;io de noritos antes
do
inicio da cri sta
li
zar;io do
clinopitoxenio. As ev
entuais
pequenas quantidades de
ortopiroxenio formado poderiam
entio
estar incorporados
nos
peridotitos cumuHticos, enquanto
pernuneceriam efetivos os posslveis
processos de separar;io
do
plagioclasio das demais Cases mais
densas. Esta
possibilidade
faz
sentido uma vez que plagioclasio
e encontrado pela primeira vez no
compiexo, como fase intercumulus,
nos websteritos da unidade PICB3.
Se durante a
c r i s u l i z a ~ i o ,
no
segmento GB, houve separar;io de
websteritos estas rochas deveriam
apresentar c o m p o s i ~ i o compativeis
com a area hachurada na figura II,
que val deste segmento ate
0
venice
do diopsidio. A figura mostra que
a c o m p o s i ~ i o calculada desus
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
31/37
rochas de Cana Brava posicionam
se dentro
dest
e campo de
c o m p o s i ~ o e s
Os dados e diagramas de
Presnal et al. (1978 e 1979) mostram
que
as
r e l a ~ o e s
de
Case
expressas
na
Figura
11 para 1
atm
encontram-se substancialmente
modificadas a 7 Kbar. Nesta
pressao, os campos de estabilidade
das fases espine io, ortopiroxen io
e diopsidio teriam
se
expandido
significat
i
vamente
as custas da
redm;ao dos campos do plagiodasio
e da olivina, fazendo com que 0
segmento
de reta que liga a
composir;ao do liquido progenitor
de
Cana Buva
ao ponto C
interceptasse a superHcie cotetica
entre
espineJio e olivina a
ntes
de,
eventualmente, atingir a superficie
cotetica entre olivina e plagioclasio,
que estaria muito reduzida
acabando por desaparecer por
completo antes de
se
atingir
pressoes equivalentes a
10
Kbar.
Desta forma
se as pressoes de
cristalizar;ao tiveS5em sido elevadas
seria
de se esperar
maior
quanti dade
de
espinelio
e
ortopiroxen io cumulLticos em
detrimento das fases olivina e
plagioclasio tomando menos
factlve a
f o r m a ~ a o
de websteritos
cumuHticos diretamente sobrepostos
aos
peridotitos.
A presenr;a de
pequenas quantidades de espineJio
nos serpentinitos de Cana Brava
(quantidades estimadas
por
volta de
1 %) mostram que esta fase nao se
formou em quantidade e suficiente
para
ser
estave
l
como
fase
cumulus.
Em Cana Brava tambem nao
foram enco
ntrados horizontes
de
cromita. Irvine (1967) mostra que
31
.
1101 IGUSP x ieCiendfic.
n 29. 1991
muitas vezes 0 espinetio ccomffero
se
encontra ausente em
f u n ~ i o
de
rear;io com c1inopiroxenio. Caso a
ausencia
de
cromita em Cana Brava
nao renha sido causada por outros
fatores como p ressoes nao
suficientes para sua e s t a b i l i z a ~ a o
ou teo
res
relativamente
baixos
de
Cr no magma
progenitor
a c o n s t a t a ~ a o
acima
pode
eventual mente ser a
e x p l i c a ~ i o
uma vez que as l a ~ o e s de
fase
propostas implicam
na
importancia do
clinopiroxenio
durante
fracionamento de
Cana
Brava.
Girardi Kurat (1982), com
base em dados geotermometricos
e geobarometricos sugerem
pressoes de reequilibrio para as
fases minerais do complexo situadas
e
ntre
6 a 7 Kbar a
temperaturas
entre 850
0
e 960
0
C.
Estas
pressOes
estariam no limite superior
POSSIVe
sugerido pelo sistema diopsidio
anortita-olivina-sHica.
Deve-se
porem ressaltar que as pressoes e
temperaturas calculadas por es tes
autores referem-se a condir;oes de
reequillbrio
p6s-magmatico, que
podem estar relacionadas a eventos
tectonicos posteriores a ormar;io do
complexo podendo entio
as pressoes de c r i s t a z a ~ a o
magmatic as, terem ocorr ido em
niveis algo inferiores, como seria de
se esperar em condir;oes
distensionais como as esperadas
para a intrusio de grandes volumes
de magma basaltico como no caso
das intrusoes de Barro
Alto
Niquelandia e Cana Srava.
7/25/2019 Geoqumica e Petrologia Das Rochas Mficas
32/37
eo eia,
C,T.
8