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ELiZANDRA KARLA BAlDO FAvARO GESTAo DE PESSOAS - OS BENEFic lOS DO TREINAMENTO Monografia apresentada ao curso de P6s-Gradua98o em Pedagogia da Gesliio Empresarial da Universidade Tuiuli do Parana. Orientadora: Maria Odette de Pauli Bettega CURITIBA 2002 SETORIAl !JARiGUI

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ELiZANDRA KARLA BAlDO FAvARO

GESTAo DE PESSOAS - OS BENEFic lOS DO TREINAMENTO

Monografia apresentada ao

curso de P6s-Gradua98o em

Pedagogia da Gesliio Empresarial da

Universidade Tuiuli do Parana.

Orientadora: Maria Odette de

Pauli Bettega

CURITIBA

2002

SETORIAl !JARiGUI

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INTRODU(:Ao ....•.•.•.......•...2

I TR[.INAMENTO [. DESENVOLVIMENTO ESTRAl'EGICOS....... .... ~

1.1 AllJA1S CONCEITOS DET&D.. . ...... 4

1.2 TREINA~IENTO F.DEStiNVOI.Vn.IEl\·TO... . 5

2 IMVACTOS-SENDO A ESTRATEGIA DA EMPRE5A........ ...7

3 0 TREINAMENTO COMO EDUCA(:Ao .....•.•...............•.•....•...........•.. .8

3.1 ESTRATEo!!\SDF.El'sJ:-Jo ... . .... 12

" PRATICAS E PROGRAMAS 1>[ TREINAMENTO PROFISSIONAL ..•......••.•.....13

5 L£VANTAMENTO DE NECESSIDAOES DE TREINAMENTO.... Hi

5. [ OS J'RESSIJPOSTOS TF.ORICOSRAsl<.:oS SAO: (BOOG.1977)... .. 17

5.2 Os I'RESSUrOSTOSMET01XlLOG1COSnAslcos s'\o:. . 17

6 0 TRElNAMENTO E NECESSARIO? .......•... .. ..... 21

7 0 PROCESSO DE TREINAMENTO 22

8 0 PAPEL DO TREINAMENTO NA EMPRESA ........................•...... .23

8.1 SIG;.IIFICAIXlDE··PAI'EL'.. . ... 2-l

I) PRJNCiPIO LOCICO PARA 0 TllEINAMENTO NA EMPRESA .... .•..•.•...•.25

9.1 E:-':I'OQUEDETREINM.IEKTO 25

10 ATENDIMENTO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO ......... 26

10.1 0 TREI:-1A,\IEKTOVII\ TELEVISAO . .... 27

II TECNOLOGIA DO TREINAMENTO .... ..........•............................................ 28

12 CICLO DO TREINAMENTO ................ 29

13 PROGRAMA(:Ao DE TREINAM£NTO................ .. 30

I~ 0 NOVO (QUE NAo ItTAo NOVO ASSIM...) PAI'EL DE RECURSOS

FlUMANOS NAS ORGANIZAc;::OES . ....••...•......•....•.•....•............ 32

15 TEORIAS DO CAPITAL HUMANO ... .. 33

16 A ESTRATEGIA DE GESTAO DE PESSOAS INSERrDA NA ESTRATEGIA DA

ORGANIZAC/"\O ........•..........•.•........•.•............•....•. .34

16.1 COMPOR.TA~IENTOIHJ/.1Ac'lONOTR.ABALI10.. . 3-l

17 MEDINDO 0 TREINAl\1ENTO .•..•...•.•. .. .. 37

18 AVALlAC;AO E VALIDAC;AO .•.•.•.•....•................ ..................•.•..•.•....•..•..........38

1&.1 NivEis DE ~IEJ)[AGAoDE RESULTAJX)S..... . 39

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18.2 INSTRUUE:-.ITOS DE A VAJ.[A<.~Ao ..

CONCLUSAO ...

. 40

. 42

REFERENCIAS .....................•.•

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INTRODUc;:Ao

E crescente a compreensao de que 0 treinamento e uma das funyoes

mais expressivas de que S8 vale a administra98o. Expressiva pelo fata de

haver a conscientizayao de que 0 treino e/ au aprendizado surtem efeitos, os

mais diversos, quer de natureza motivacional, social, profissional quer de

interat;ao.

Par viver-se num ambiente de muita competitividade, a globaliz89ao

trouxe urn novo enfoque as relac;6es comerciais, e trabalhistas. 0 profissional,

independente da area ou do seu nivel de atu8tyao, necessita estar a par das

informac;6es e das tendenci8s que essa globalizac;ao e a tecnologia vern

derrubando" sobre seus ambros.

o sucesso das organiz8c;oes esta diretemente ligado ao

desenvolvimento das pessoas que fazem parte de sua estrutura. Para que a

empresa cresya e continue fazendo parte de urn mercado cada vez mais

competitivo e necessaria que se estude 0 que leva 0 ser humane a se motivar a

com pro meter -se com 0 processo produtivo, de que forma ele interage com

seus colegas e como isso influencia sua capacidade produtiv8, 0 "homem

precisa redefinir a senti do que atribul aD trabalho, pais ao feze-Io poderc3

retomar sua essencia, facilitando 0 seu auto desenvolvimento das relayoes

inlerpessoais no conlexto organizacional." ( KANAANE, 1995)

Em oposir;ao a vi sao mecanicista, na qual os eventos e os processos

constituem cadeias de causas efeitos interdependentes, a abordagem, holistica

permite 0 desenvolvimento da organizar;ao atraves do incremento do potencial

humano. Conforme Kanaane, esta abordagem preconiza que deve haver 0

respeito mutuo: empresa, individuo e sociedade, considerando a vida acima se

qualquer outro interesse.

De posse de tanta informar;ao e damanda, a busca pelo preparo e pet a

adaptar;ao a uma nova era faz com que tanto organiza9fla quanta profissionais

busquem no treinamento as suas ferramentas para desenvolver e aprimorar

suas tarefas.

A relevancia atribuida ao treinamento reside na identificayao da sua real

necessidade com os abjetivas da empresa. A velha frase " treinar por treinar"

perdeu todo seu significado tanto dianle do novo enfoque das relag6es

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humanas e da valoriz8C;:80 do capital humano quanta da organizac;ao, hoje,

mais competitiva, agil e enxuta.

As mudanC;8s e desafios que as empresas e seus dirigentes terao pela

frente nos proximos anos de transiyaes serao de tal importancia que quem nac

estivef preparado estrutural e profissionalmente naD sobrevivera.

o treinamento ira desempenhar urn paps I valioso no desenvolvimento

do capital humano.

Assim, tomamos como objetivo, neste estudo, investigar a contribuiC;80

do treinamento para este novo contexto que asso]a, hoje, economias e

sociedades mundiais e alavancam 0 capital humane atuaimente tao cobic;:ado

pelas organiza<;5es.

Compreender a 8980 do treinamento, seu objetivD, sua necessidade,

processo e avaliac;ao foi tarefa que norteou a presente monografia, que tern 0

objetivo de elucidar 0 leitor a nao s6 compreender, mas avaliar a importancia

que 0 treinamento vem galgando no mundo profissional, e resultando em

qualidade de vida laborial e social aos colaboradores das organizac;6es.

Acreditamos que uma tentativa de coesao entre dois modos de agirt

poderia ser encontrada no treinamento continuativo e na pratica da aplicayao

da inteligencia emocional dentro das empresas. Interpretar as praticas de

treinamento organizacional que trabalhem a sensibilidade e a emQ(;ao dos

fun cion arias objetivando a atendimento das novas exigencias do mercado de

trabalho e analisar a mane ira de aplicac;ao dessas tecnicas, sobretudo aquelas

realizadas atraves dos novos recursos da informatica, e a funC;ao de nossa

monografia.

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TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO ESTRATEGICOS

1.1 Atuais Conceitos de T&D

A ideia de ensinar pessoas a fazer algo novo existe desde que 0 mundo

e mundo. Na verdade, e urn mecanisme fundamental a sobrevivencia da

especie, Treinar vern do latim trahere, significando trazer/levar a fazer alga.

No casa especffico de nossas empresas ocidentais, 0 termo pas sou a

designar 0 processo de preparar pessoa para execular as larefas exigidas par

um posta de trabalho, definido por quem projetou e organizou a fabrica, a

fazenda, 0 6r9130 publico, 0 banco, etc. A ideia casou muito bern com a

princfpia da divisao do trabalho em pequenos conjuntos de tarefas propostos

par Adam Smith (e canonizado par Taylor e Ford) , a medida que 0 homem evista como rna is urna peg8 a ser preparada para completar 0 processo de

produc;ao (au melhor, para substituir 0 que ainda nao S8 conseguiu fazer por

meio de uma maquina).

Apesar de todo esse natural processo de sofistica~ao, 0 processo basico

continua 0 mesmo; ter claro 0 que se vai ensinar, diagnosticar a necessidade

de alguem aprende-Io, dispor as situafi:0es de ensino, verificar os resultados.

Nesse tipo de situafi:ao, no qual estamos iniciando as operafi:0es, ou

naquelas em que vai se fazer uma mudanc;a de tecnologia, a importancia de se

ter equipes preparadas e inquestionavel, a necessidade de treina-Ias, caso nao

se consiga contrata-Ias ja com experiencias e tao estrategica quanto os

equipamentos.

Vejamos alguns casos tipicos que refor~m a imagem de que T&D e

superfulo, que sao gastos suprimfveis no andamento normal de uma empresa:

Numa empresa em operac;ao normal, 0 numero de empregados que nao

sabem e que sao colocados em situac;ao de treinamento e relativamente baixo;

numero que esta normalmente associado ao turnover de pessoal e adeficiencia no treinamento inicial. Oessa forma, 0 impacto de deixar de treina-

10 e diluido no efeito da grande massa que trabalha corretamente. A alta

desses mecanismos de demonstrac;ao nao ajudam a dirimir duvidas.

Muitas vezes, 0 treinamento e prescrito como remedio eficaz em toda e

qualquer situa~o de baixo desernpenho de pessoas au areas. Esse e urn mito

que, infelizmente, existe com uma certa for,a tanto entre as executivos quanta

entre alguns profissionais de RH. Aparentemente, acredita-se que sempre que

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algo nao e feito au e malfeito, e porque a pessoa nao sabe como faze-Io ou

como faze-Io corretamente. Quando ap6s a realiz8cr80 do curso 0 problema

persiste, a ineficiencia e imediatamente imputada a 89ao de T&D.

Na grande maiaria dos casas, 0 treinamento executado nas empresas

nao guarda relac;ao com as pianos estrategicos da organiz8c;8o. Na maiaria das

empresas, os ditos " pianos de treinamento" acabam seguindo a inefcia dos

diagnosticos de deficiencias individuais de desempenho. Para complicar, esses

diagn6sticos baseiam-se rotineiramente nos sentimentos sabre 0 desempenho

da pessoa existentes no momenta do diagnostico.

Outra fonte de baixo impacto das a,oes de T&D, mesmo quando elas

estao associadas a estrategia da empresa, sao algumas deficiencias de

conceituac;ao educacional e pedag6gica. Atualmente, algumas atividades de

T&D transformaram-se em 10ngas e abstratas prelec;oes sabre 0 tema da

necessidade em questao, ou de apresenta9ao e exemplificaC;8o das teorias

pseudocientificas que "embasam" 0 comportamento au 0 modelo a aprender.

o impacto de tal tipo de T&D ocorre em apenas dois lugares: no

comportamento verbal de quem 0 fez e no caixa da empresa.

Um ultimo grande obstaculo refere-se iI propria concep,ao de

treinamento: nessa concepc;ao, 0 homem a ser treinado nao e levado em

considera9ao, a nao ser para verifrcar de alguma maneira sua capacidade de

se adaptar ao que e demandado. Ele nao e levado em conta nem em relac;ao

aos seus pr6prios objetivos pessoais, nem com rela9ao a sua totalidade como

ser humano.

E muito dificil para a nossa ~pedagogia" de treinamento enxergar neste

homem a ser treinado alguem que pode nao querer fazer 0 que Ihe pedem, que

se sinta violado por ser obrigado a faze-lo, que possua habilidades diversas (e

utilizilveis em outros lugares da empresa) daquelas que planejamos para ele

(sem consulta-Io, e claro). E pouco provavel que paremos para pensar que

nossos metodos pedag6gicos podem naa ser as melhores para

ele.(BOOG,1980)

1.2 Treinamento e Oesenvolvimento

A organizaC;8o de alto envolvimenta, quando necessario, caloca enfase

especial no treinamenta e desenvolvimento. Se a informa<;ao e 0 poder sao

deslocados para baixo, e vital que 0 conhecimento e as habilidades para usa-

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los tambem sejam rebaixados Na tabela (GALBRAITH,1995) que enumera as

pnflticas educacionais condizentes com as organiza~6es de alto envolvimento,

he uma enfase no treinamento. Os individuos precisam conhecer naG apenas

os aspectos econ6micos do negocio como tambem precisam ser providos de

treinamentos que aprovem sua compreensao do controle dos processos de

trabalho e seu fluxo. E necessaria que isso indua, de maneira crescente,

treinamento no controle de qualidade. As pessoas tambem precisam ser

treinadas para poderem participar de grupos de solu~ao de problemas, equipes

e fOfC;8s-larefa. A avalia980 de habilidades tambem S8 faz essencial, pois trala-

se do procedimento administrativo-chave de que a organiz89BO precisa, a fim

de assegurar que os individuos estejam capacitados para exercer 0 poder e

lidar com a informa~ao que Ihes e dada.

TEMAS PRATICAS

Selec;ao cuidadosa Instrw,;ao em economia

Conhecimentos em economia Treinamento em habilidade de

equipe

Trabalho de equipe Avalia~ao de habilidades

Crescimento Pessaal Informa~6es entre colegas

Compreensao da organiz8yao Treinamento na solu~ao de

problemas

T reinamento vertical e horizontal

Treinamento regular para todos as

empregados

Habilidades e tecnicas no controle

da qualidade total

Tendo em vista a importimcia do treinamento, faz senti do dar aos

empregados acesso a tudo de que precisam, requerendo que elas passem

algum tempo em treinamento todos os anos. Uma alternativa seria alocar urn

of9amento adequado para treinamento e pedir que os individuos assumam a

responsabilidade pelo planejamento de seus pr6prios programas em

habilidades e desenvolvimento de carreira.

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\l\~-.(f\." 01 -1'<_::;';- .......•,(\./ r-.V,'

2 IMPACTOS - SENOO A ESTRATEGIA OA EMPRESA

Nessa abordagem classica, a empresa e motor das a90es e envia lJ~rj:;~"'/

funcionarios para ayoes de T&D, em funyao do perimetro minimo de

competEmcia necessario a cada posto. Definido esse peri metro mlnimo e

identificadas as deficiencias dos ocupantes com relar;ao ao posto(atual ou

futuros), a empresa tera uma boa vi sao de suas fraquezas em termos de

competencia.

Mas isso 6 multo pouco. No mundo atual, as empresas que se resignam

a bem executar a tecnologia que possuem estao inscrevendo-se na lista de

falencias. A concorrencia atual exige que as empresas tirem 0 maximo de seus

recursos. Nos dias de hoje, e cada vez mais, podemos encontrar todo tlpo de

tecnologia disponivel para compra, basta ter capital (as vezes, nem isso epreciso ). Assim, nao sera a tecnologia que fara 0 diferencial entre as

empresas; sera 0 servir;o presta do pel a empresa, sera 0 me thor usa que se

fizer da tecnologia. Dominar a tecnologia e importante, mas e limitativo; e como

dirigir um automovel olhando somente pelo retrovisor: 0 para-brisa do carro emuito maior que 0 retrovisor.

Mas desenvolver uma organizac;ao que far;a ere seer suas competencias

al6m do minima necessario e como desenvolver uma atividade que gera caixa.

Quando falamos em inovayao, alguns serao tentados ao responder que

o departamento de engenharia vai-se ocupar. Mas nao 6 deste tipo de

organizar;ao da inovayao a qual nos referimos, nem desse tipo de inovac;ao. Na

modificar;80 de sistemas de controle, na substituiyao de equipamentos; etc;

modificar;oes que precisariamos proteger da espionagem industrial se

quisessemos manter a vantagem. Esse tipo de inovayao e, sem duvida, muito

importante, mas nao e ele que cria diferencial de competitividade.

Inovayao que vern do conhecimento desenvolvido pelo coletivo, que se

modifica gradual mente e se incorpora ao conhecimento grupal, cultural. Que e

fruto do trabalho coletivo e que integra as praticas do conjunto, de todos.

Sim, precisamos de organizay6es que aprendam. Aprendam por que ha

possibilidades de desenvolvimento de multivalencia entre seus funcionarios;

pessoas capazes de assumir indistintamente varias posir;oes na empresa;

pessoas multivalentes que sao valorizadas pela competencia que aportam ou

desenvolvem e nao pelo nivel hierarquico que ocupam (na realidade, nas quais

o nivel hierarquico nao seja 0 principal meio de valorizar;8o e promor;c3o ).

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Pessoas que aprendam aD estimular a criag.3o de conhecimento, linguagem e

tecnologia proprios, a medida que desenvolvem de forma multidisciplinar suas

atividades rotineiras. Nas quais a cargo nao limita 0 homem, mas serve de

plataforma para que ele contribuia com toda a organiza~o.

o que esse novo modele de T&D pretende e que a empresa tenha claro

o conhecimento de suas necessidades minimas de competencia, mas que, aD

mesma tempo, erie ambiente para equipes ultrapassarem esses limites.

o treinamento indica a educ8y80 espedfica, que conduzida na escola

ou nEIO,antes ou durante 0 trabalho, ajuda a pessoa a desempenhar bern suas

tarefas profissionais. (800G, 1980)

Constata - S8 que a treinamento tern levado as organizayOes a

buscarem formas de adaptar, ampliar e aperfeigoar seus programas de

treinamento, visando capacitar e aperfei90ar seus funcionarios em busca da

maximizagao da produtividade e da manutengao de performance

organizacional no mercado; da mesma forma, buscando a integrac;ao do

individuo aos objetivos da organiza~o e a preparagao de seus profissionais,

as mudan98s e inova90es tecnol6gicas, administrativ8s e sociais que vem se

verificando no mercado global, de forma tao ampla e dinamic8.

A transmutagao do conceito de treinamento, de carater essencialmente

econ6mico e pratico, para um conceito fundamentado no carater economico -

social, prende - se a evolug.3o tecnol6gica e economica que se verificou nas

estruturas organizacionais de forma abrupta e acelerada.

Treinamento e um processo educacional de curto prazo que utiliza

procedimento sistematico e organizado pelo qual as pessoas aprendem

conhecimentos, habilidades para urn prop6sito definido.

3 0 TREINAMENTO COMO EDUCAQAO

Existem varias causas que levarn 0 treinamento a uma abordagem

permanente, continua. 0 momenta de alta concorremcia, em que se tem

equillbrio nos padroes de servigos, nos pre90s, na agilidade de negocia90es,

nas ofertas. 0 momento atual de instabilidade mundial, atraves da

globalizag8:o, em que se tem uma grande abertura de informagoes e mercado.

E atraves de sse contexto que as organiza90es de sucesso sabem que

precisam apresentar vantagens competitivas para que, no final, os resultados

sejam satisfatorios.

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Urn papel importante neste contexto e a IIder. 0 lider precisa

desenvolver urn papel empreendedor na busca do desenvolvimento e da

atualizayao, com a missaa de dedicar parte do tempo treinando (treinamento

tambem e trabalho)seus subordinados, pais 56 assim podercf! proporcionar aos

mesmas e a sf proprio a oportunidade para crescer. Esta postura transforma

cada subordinado em urn empreendedor, voltado para a busea permanente de

oportunidades para a mudanya de crescimento.

A tecnologia trouxe tambem para a educac;ao algumas reformula96es.

As formas de treinamento diferenciadas pela internet como: 0 e-Iearning e 0

treinamento a distancia, a videoconferencia e via 5ateme. Todas com 0

prop6sito de incentivar a busca da reeducayao. E reeducayao, pois est'; fora

dos padr6es normais de aprendizagem.

A EduC8980 preocupa-se em integrar, produtivamente 0 homem asociedade, preparando-o para seu desenvolvimento.

E atraves desse contexto que a treinamento e vista como educa9ilo.

Complementando a ideia, a fornecimento de conhecimentos, metodos el au

tecnicas isolados, com objetivos tambem isalados, senda supastamente a mais

breve passivel, em busca de resultados breves. As empresas que estao

redefinindo seu processo de aprendizagem utilizam conceitos de Educac;:ao e

Desenvolvimento, visando ao aperfei90amento do homem para a seu

cresci mento, tanto pessoal, quanta profissional.

(TEIXEIRA, 2001:18 a 20.)

Condiy6es para Aprendizagem

A tim de que a tinaJidade do treinamento seja alcan9ada, tres condiyees

devem ser preenchidas, cada uma relacionada com a treinando, a instruter e a

empresa respectivamente (CARVALHO, 1999:125 a 144.).

A - Condiy6es para a Aprendizagem

A aprendizagem do treinando em sua situa9ao convencional em sala de

aula depende:

-da receptividade do treinando;

-da rela<;:8o do treinando com a instruter;

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-do clima de treinamento.

A. Receptividade do Treinando

As raz6es que a treinanda acredita levaram 0 gerente a manda-Io fazer

urn curso; tBis raz6es afetam sua motiv8C;80 para aprender. Em program as de

treinamento, observa-s8 que 0 treinanda que S8 propoe, par sua livre e

espontanea vontade, a seguir urn curso intereSS8-s8 muito mais palo estudo do

que aqueles que nao tiveram escolha. Seu interesse na sala de aula depende,

tambem, do grau de interesse que ele acredita que seu superior au a

administraryao superior tenha pelo treinamento.

Sua aceitag80 par urn curso, entaD depende:

a) de sua livre escolha ao S8 matricular;

b)do modo como acredita que a administrag80 superior da empresa

encara 0 treinamento e como S8 integra nas praticas gerenciais globais da

empresa.

Rea980 em Rela<;iio ao Instrutor

A principal considerac;ao a fazer quanta ao instrutor e indagar: como se

comunica com as participantes? Ha tres dificuldades na comunicagao:

- Interesse do instrutor pela aprendizagem do treinando.

- DistorC;ao nas comunicac;oes.

- Modo de perceber as relayoes.

Ansiedade do Treinando

o instrutor deve lutar contra a tendencia natural de ensinar a que Ihe e

mais facil, sem atender aos interesses primordiais do treinando. Deve

enfrentar a ansiedade crescente do treinando, proveniente dessa nova situac;ao

de participac;ao em uma turma. Esses objetivos sao alcanc;ados atraves de urn

ensino planejado e orientado para a aluno, incluindo-o, assim, no processo de

aprendizagem. A instruyao que esta alem da sua percepc;ao acaba nao se

relacionando com seus problemas. Como freqOentemente aconteee, ele a

racionaliza considerando-a "demasiadamente te6rica" ou " uti.1 para qualquer

outra pessoa"

B. Qualificayao Necessaria ao Instrutor

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A experimentacyao e tao necessaria na aprendizagem de noves metodos

de trabalho, e requer confianCY8 tanto dos companheiros quanta do instrutor. Ao

criar tal ambiente, 0 instrutor tern urn papel de grande relevancia a

desempenhar. Eis duas perguntas importantes que esclarecerao a sentido

desse papel:

o que deve 0 treinando conhecer a respeito do instrutor ou do gerente

do treinamento? Como pode 0 instrutor contribuir para urn relacionamento

favoravel?

Como S8 pod era definir 0 papal do instrutor nesse contexte?

Criamos impressoes a respeito dos Qutros e reagimos di8nte deles nao

pelo que dizem a seu proprio respeito, mas pela percepcyao que temas de seu

comportamento.

Ao iniciar urn programa, 0 instrutof, 0 gerente de treinamento au urn

chefe especial mente convidado, geralmente explica a que as treinandos

aprenderao no curso e no cantata diario uns com as outros. Os participantes,

invariavelmente, baseiam sua avalia<;:ao nao no que entao Ihes e exposto, mas

na sua percep<;:ao pessoal do comportamento do instrutar durante a curso.

Os treinandos deduzem racionalmente a mensa gem do programa

atraves do que acontece na sala de aula e no centro de treinamenta e nao no

que esta impresso nos prospectos do curso. 0 treinando aprende atrav9s de

suas interagoes com seus companheiros, da analise de sua propria experiencia

em estudos ou em discussoes, e do que 0 instrutor faz prom over a

aprendizagem numa situa<;:ao de treinamento. 0 modo como a instrutor permite

ao grupo pesquisar as questoes que lhe dizem respejto, como as encoraja a

participar de experiencias que desenvolvam uma melhor compreensao das

situa<;:6es sao fatores que promovem a aprendizagem do treinando. Se a

instrutor limita- se a fazer uma conferencia e evita perguntas dificeis levantadas

pelo treinando, a mensagem de auto-aprendizagem expressa sera muito mal

interpretada.

o relacionamento entre 0 treinando e a instrutor dependera da

capacidade deste ultimo em controlar 0 processo muito mais que as pessoas.

Esse tipo de relacionamento nao e utopico. Ha uma evidencia cada vez

maior na pesquisa de que tal especie de relacionamento e necessaria para a

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aprendizagem. A eficacia de uma situ89ao de treinamento dependera do

ambiente de aprendizagern, sendo componente desse ambiente a rela980

entre 0 instrutor e as treinandos, e desses com seus companheiros.

Uma reag80 positiva a aprendizagem seria espontanea S8 0 treinando

percebesse que a comunicac;ao do instrutor e autentica, que ha muito pouca

discrepfmcia entre 0 que diz e 0 que faz, na maneira em que conduz 0

programa ou no modo como trata as treinandos.

3.1 Estrategias de Ensino

Sao inumeras as estrategias de treinamento disponiveis. As mais

importantes sao descritas a seguir (GIL, 1994:45 a 50.).

Exposi9ao. Eo a modalidade mais utilizada. Consiste numa prele9ao

verbal dos instrutores com a finalidade de transmitir conhecimentos aos

treinandos.

Discussao em Grupo. E recomendada quando S8 deseja favarecer a

reflex8a acerca do conhecimentos obtidas mediante leitura ou exposi980.

Demanstrag8a. E a estrategia mais adequada para a ensina de

habilidades manuais au processos rotineiros. Par ser cansiderada muito

simples, nem sempre tern side utilizada de maneira planejada.

Estuda de caso. Consiste na apresentayao de fatos au resumas

narrativos de situac;oesocorridas em empresas com vista a sua analise pelos

treinandos. A situa,ao e apresentada sem qualquer interpreta9ao, podendo

incluir declaragoes das personagens envolvidas, organogramas,

demonstrativos financeiros, capias ou trechos de relatorias ou simplesmente,

descri90es verbais.

Dramatizag8o. Consiste na representagao de situagoes reais de forma

simulada. Nela, as treinandos sao solicitados a representar as situagoes-

problema que padem ser verificadas nas organizagoes, como, par exemplo: 0

atendimenta de um cliente "dificil" ou a transmissao de ordens aos

subordinados.

Jogos. Sao atividades espontaneas realizadas por mais de uma pessoa,

regidas par criterias de perda au ganha. Par meio deles, as lreinandas

exercitam habilidades e desenvalvem atitudes necessarias a seu

desenvolvimento pessoal e profissional, tais como: sociabilidade,

aulodisciplina, afetividade, raciocfnio 16gica,tamada de decisao, etc.

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C: .LitlfECDe um modo geral, distinguem - se tres grandes enfoques te6ricos a, s,~,..··-"..r'"l·i )

processo ensino - aprendizagem: 0 comportamentalista, 0 cognitivo e a

humanistico.

A linha comportamentalista considera a aluno como um ser que

responde a estimulos fornecidos pelo ambiente externo. limita - se ao estudo

de comportamentos manifestos e mensuraveis que podem ser controlados par

suas consequencias. Nao leva em considera9aO a que cerre dentro da mente

do individuo durante a processo de aprendizagem, pais tem como premissa

que a estudo do comportamento nao depende do que se passa dentro do

organismo.

A teoria cognitiva enfatiza a processo de cognigao, atraves do qual a

universo de significados do individuo tem origem: a medida que a ser situa- se

no mundo, estabelece rela90es de significag.3o, au seja, atrbui significados arealidade em que se encontra.

Preocupa-se com a processo de compreens.3e, transforma9aO,

armazenamento e usa da informacyao envolvida em cognig.3o e procura

identificar regularidade nesse processo. Ocupa-se particularmente dos

processos mentais

A corrente humanfstica ve a ser que aprende primordial mente como

pessoa. 0 importante e a auto - realizagao da pessoa, 0 crescimente pessoal.

o individuo e vista como um todo, nao apenas a seu intelecto. Ele e fonte de

todos as atos e e essencialmente livre para fazer escolhas em cada situa9aO.

Seu comportamento e a reflexo disso. Nesse enfoque, a aprendizagem nao se

limita a urn aumento de conhecimentos, ele e penetrante e influi nas escolhas e

atitudes do aprendiz.

4 PRATICAS E PROGRAMAS DE TREINAMENTO PROFISSIONAL

Programas de treinamento profissional tornam um vulto cada vez maior

nas batalhas das empresas norte-americanas por vantagens competitivas

nurna economia mundial marcada pala turbulencia. Varios analistas acreditarn

que as investimentos de trabalhadores e ernpregadores em treinamento

profissional produzem ganhos substanciais de rentabilidade, aumento de

produtividade e uma maior seguran9a empregatlcia. Os sindicatos, apesar de

sua presen<;a cada vez menor na lorga de trabalho, tem eslimulado programas

inovadores de treinamento conjunto com empresas e companhias

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progressistas. A reestruturayao das relal):oes de trabalho exige novas

configura96es dos conhecimentos tecnicos e sociais tanto dos trabalhadores

que atu8m diretamente junto a produgEio quanta dos gerentes e diretores. 0

fornecimento desses conhecimentos de uma forma eficiente, islo e, nurn tempo

relativamente curto e a custos razo8veis, vai onerar a ingenuidade e a

imaginac;:c3o das empresas reorganizadas. Cumpre saber S8 as emergemcias de

novos sistemas de emprego, os quais tern deslocado grande parte do risco

econ6mico das empresas para a fort;:a de trabalho, irao comprometer fantes

significativas de prosperi dade econ6mica tanto para as empresarios como para

as trabalhadores.

No antigo sistema de emprego, as empresas criaram complexos

mercados internes de trabalhos que protegeram os trabalhadores de for~as

externas de mercado, enquanto aos empresarios foi assegurada uma oferta

previsivel de mao-de-obra qualificada. As empresas podiam contratar

empregados sem experiencia, pois ofereciam a eles oportunidades de

treinamento e de desenvolvimento suficientes para que adquirissem as

habilidades e os conhecimentos profissionais necessarios. Ale~m de atividades

informais de aprendizado no trabalho, uma serie de programas formais de

aperfeigoamento eram oferecidos em todos os niveis de ocupa9ao, os quais

variavam de estagios praticos para trabalhadores da linha de produc;ao ate

cursos universitarios para aspirantes e gerente ou diretor. Grandes companhias

podiam manter centros de treinamento profissional dirigidos pelos seus

departamentos de recursos humanos para ensinar e avaliar os trabalhadores

em processo de treinamento. 0 estabetecimento de elaborados pianos de

carreira, junta mente com criterios de experiencia e desempenho, solidificou

ainda rna is a posigEio do treinamento fornecido pel a empresa como uma pec;a-

chave do mercado interno de trabalho.

Uma pesquisa nacional, efetuada junto a diversas organizac;oes,

demonstrou que empresas que continuam a apresentar mercados internos de

trabalhos sofisticados para contratagao e promog8o de seus empregados

mantem uma variedade mais extensa de atividades formais de treinamento

profissional (Knoke e Klleberg, 1994; Knoke e Ishio,1994). Todavia, mudan~as

recentes em dire<;8o a estruturas de trabalho de alto desempenho em varias

organiza<;oes - em dire<;ao ao uso mais intense de trabalho em equipe,

rota<;6es de fung8o, cfrculos de qualidade, e praticas de gerenciamento de

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qualidade total - coloeam inumeros desafios ao modelo de emprego tradicional

de mercado interne de trabalho. 0 treinamento profissional oferecido

internamente pela empresa tende a ser transformado com a reorganizac;ao do

espa90 de trabalho.

As empresas, na sua busea incansavel para reduzir custos, incrementar

a qualidade e fomentar a produtividade, parecem compelidas a reconfigurar e

realocar suas praticas e programas internos de treinamento. E crucial

compreender as diversas fontes e tendencias dos programas e praticas de

treinamentos nas empresas, para determinar em que medida as mudanryas em

8c;ao no contralo de trabalho ifaQ criar urn economia rna is ou menes

competitiva nos Estados Unidos.

A reestruturar;ao continua das operac;6es das empresas traz implicac;oes

contraditorias para as esfon;os de treinamento profissional da firma. Urna vez

que as empresas utilizam cada vez mais trabalhadores temporarios e

contingentes, muitos empregados nao permanecem tempo suficiente para que

as organizac;oes recuperem inteiramente seus investimentos treinando atraves

do aumento da produtividade. Organiza90es que passam por urn processo de

reduc;ao de pessoal realocam os empregados restantes em fun90es

remodeladas. No entanto, esses trabalhadores deslocados necessitam de novo

treinamento para poderem desempenhar suas novas atribuic;oes, para vender

novos produtos, lidar com novos clientes, interagir com novos colegas e

renovar seus campromissos com a organ;zac;ao. Os empregados

sindicalizadas podem, efetivamente pressionar seus empregadores a fim de

desenvolverem urn conjunto de oportunidades de treinamento orientado,

incluinda ensino basica, estagiario de aprendiz e programas de retreinamento.

As aplicac;oes crescentes de conhecimento tecnico e cientifico demandam uma

forc;a de trabalho cada vez mais qualificada, e a onus de sua educac;aa e

treinamento reca; tanto nos empregados quanta nos empregadores.

E a resposta a questao de como as empresas lidam com a contradic;ao

entre eficiencia e pad roes institucionais em seus programas e praticas

quotidianos de treinamento entre diversas organizac;oes de trabalho. Embora 0

manifesto sobre as tendencias a longo prazo do treinamento organizacional

sejam limitadas, algumas pesquisas recentes com empresas revelam que a

treinamento do trabalhador corresponde a urn processo altamente complexo e

multifacetado que desafia a simplificac;ao.

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Programas de Trainees.

Nas empresas bern sucedidas, as programas de ~trainees"estao S8

tarnanda, gradativamente, urn mecanisme de enriquecimento planejado do

capital humane a longo prazo e urn verdadeiro programa de melhoria continua

da qualidade do pessoal tambem a longo prazo. Os participantes dos "trainees"

desenvolvem urn estagio programado; recebem treinamento planejado e

continuo, ministrados par profissionais de alto nivel da empresa; participam

ativamente de certas atividades previamente estabelecidas, enquanto sao

constantemente avaliados quanta ao seu desempenho, vincula980 com a

empresa e sua cultura, espirito de equipe e potencial de desenvolvimento. Os

programas de "trainees" representam uma especie de curto-circuito dos

antigos programas de encarreiramento profissional, uma vez que aos

treinandos sao posicionados, ap6s sua formac;ao e desenvolvimento, em

determinados pontos ja avanc;ados ao longo da carreira da empresa.

Geralmente, os programas de "trainees" estao voltados para universitarios

recem-formados ou no ultimo ou penultimo ana de sua formac;ao escolar.

Algumas empresas fazem convenios com escolas de alto nivel para

acompanhamento da formayao escolar dos seus melhores alunos e depois

integra-los em seu quadro de funcionarios.

5 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO

Em geral, 0 profissional de Treinamento e conhecido como "solucionador

de problemas de desempenho humano dentro das Organizac;oes". Suas

atividades visam, predominantemente, preparar pessoas para desempenharem

adequadamente suas atribuic;oes e responsabilidades. Seu trabalho deve ser

visto e interpretado como um investimento que deve trazer a organizaC;ao as

beneficios correspondentes. Sabe-se, entretanto, que esses beneficios sao

dificeis de medir, vista que a Treinamento e tipicamente atividade meio. E,

como tal, pode nao produzir as beneficios esperados; ao mesmo tempo nao se

pode afirmar que 0 fracasso no desempenho e culpa exclusiva do Treinamento.

Os padr6es de desempenho de pessoal talvez estejam sendo

comprometidos por uma serie de problemas desvinculados da falta de

conhecimento/habilidades para 0 trabalho. As causas estariam nos erras das

estruturas organizacionais, nas mudanc;as subitas de cupulas diretivas e

auxiliares mais fieis, nos baixos salarios, nas insatisfayoes sociais e na

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constante elevac;;ao do custo de vida, na ausencia de modelos participativos

dentro das organiza¢es, nos sindicatos control ados, no desejo desenfreado

pelo poder e influimcia de determinadas pessoas dentro da organizal'oes. etc.

Existem nas empresas certos problemas que em principia evidenciam

necessidade de Treinamento. E muito diffcil, param, concluir que sao soluveis

par urna 8gaO de Treinamento.

Atualmente, 0 Treinamento ja conquistou a posiyao de orgao necessaria

e indispensavel dentro das organiz8goes, nao 56 qualificando pessoas para a

desempenho adequado, como tarnbam subsidiando a alta direc;:ao com urn

diagnostico mais amplo e completo, ande podem estar presentes as

necessidades de Treinamento e, principal mente, as necessidades

organizacionais.

5.1 Os pressupostos te6ricos basic os sao: (BOOG,1977)

A empresa e urn "organismo vivo" e dentro de urn meio ambiente.

Empresa e meio ambiente interagem mutuamente.

Na empresa 0 homem constitui a fOfy8 viva do desenvolvimento

organizacional e favorece as constantes adapta90es as exigemcias do meio

externo.

A empresa e urn organismo sistemico cujos compartimentos intemos

agem e reagem entre si.

D resultado final da opera~o de urna empresa e consequemcia da

dinamica interna de seus 6rga05 mais 0 relacionamento com 0 ambiente

externo.

Urna organiz8921o "nae saudavel" nao absorve satisfatoriamente 0

potencial humano recem-contralado ou treinado.

Os elevados investimentos em recrutamento e selet;:8o de mao- de -

obra especializada, bern como em treinamento e desenvolvimento de pessoal

sao ineficazes em uma organiza<;ao "doente" e sem condic;oes para assimilar 0

novo potencial e as novas tendencias decorrentes das mudanc;as

comportamentais dos recursos humanos.

5.2 Os pressupostos metodol6gicos basicos sao:

As formas mais indicadas para pesquisar necessidades sao aquelas em

que os levantamentos efetuados abordam as partes da empresa como urn

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todo, incluindo aspectos estaticos e dinamicos, tecnico-operacionais e

psicossociais.

Sendo a empresa urn complexo de atividades interdependentes, a

levantamento tern que ser efetuado mediante a participac;ao conjunta de

representantes das diversas atividades, a fim de que S8 colham dados

resultantes da interac;ao entre diferentes setores da dinamica intern a da

empresa.

o processo de levantamento deve possuir caracteristicas de

generalizayao e nao de particulariz8C;8o, de forma que as participantes sejam

capazes de entender a empresa como urn todo, em seus aspectos de

relevancia e nas suas carencias.

A forma de efetuar 0 levantamento tern que estimular a participaC;8o livre

e esponH3nea dos membros dos grupos, para que os dados obtidos sabre a

organizac;ao sejam fidedignos.

A participac;ao no levantamento deve ser reservada a indivfduos que

ocupem cargos relacionados com a objetos em estudo.

A formac;ao dos grupos deve permitir a representatividade total da areas

diretamente relacionadas com os objetos em estudo.

As res pastas verbais e/ou escritas dos membros dos grupos devem ser

registradas em formularios proprios, para forma rem, de modo organizado, a

amostra representativa do universo de opini6es e observac;6es do conjunto

organizacional.

Os sujeitos de pesquisa devem ser individuas que detenham

informac;6es importantes a respeito da empresa e de sua dinamica

organizacional.

A "didatica" do levantamento precisa ser constitufda de reunioes e que

nao ultrapassem 16 horas, de preferimcia fora da empresa (nao

necessariamente em regime hotelar);

Os grupos necessitam ter no maximo 20 participantes, vista que os

trabalhos em subgrupos devem receber orientac;6es continuas do coordenador

de levantamento.

Apos a coleta e analise dos dados, a Diagnostico de Necessidades

Organizacionais fornece, basicamente, as seguintes pontos para reflex80 e

interpreta9ao:

Identifica,ao dos sujeitos participantes do diagn6stico:

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Identifical'ao dos participantes.

Experiencia profissional anterior.

Escolaridade e experiencia didatica.

Oescriyao dos cargos.

Problemas organizacionais e de treinamento da empresa e das areas

em que as participantes atuam:

Problemas organizacionais da empresa vistas sob enfoque individual e

de grupos.

Problemas organizacionais e das areas anda atuam vistas sob enfoque

individual.

Problemas de treinamento da empresa vistas sob enfoque individual e

de grupos.

Problemas de treinamento das areas anda atu8m vistas sob enfoque

individual.

Problemas priorrtarios da empresa e das areas ande atuam:

Problemas da empresa listados em 1°; 2° e 3° lugares par ordem de

importancia vistas sob enfoque individual e de grupos.

Problemas das areas listados em 1°; 2° e 3° lugares por ordem de

importancia vistos sob enfoque individual.

Encaminhamento dos problemas organizacionais e de treinamento:

Encaminhamento recomendado para os problemas organizacionais e de

Treinamento da empresa sob enfoque individual e de grupos.

Encaminhamento recomendado para os problemas organizacionais e de

treinamento das areas onde atuam vistos sob enfoque individual.

Auto-avalial'ao:

Lideranl'a do grupo.

Viseo do cargo.

Vi sao da empresa e da profissao.

Visao da dinarnica organizacional e profissional

Grau de satisfa~ao/produl'ao e objetivos pessoais.

Opinioes dos participantes a respeito da organizagao:

Perfil das caracterfsticas organizacionais da empresa sob enfoque

individual e de grupos.

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lmagem que as participantes possuem a respeito dos fatares higienicos

e motivacionais da empresa.

Ava1ia~ao dos participantes sabre 0 desenvolvimento das atividades na

empresa.

Conclus6es dos participantes:

Vantagens percebidas no Diagnostico.

Recomendar a alta direc;ao da empresa as mel hares providencias

tecnico-administrativas para corrigir e/au melhorar os resultados

organizacionais com base nas opinioes e sugestoes do corpo de

colaboradores.

o Levantamento de Necessidades de Treinamento nada mais e do que

urn diagnosticQ, 0 mais completo passivel, sobre 0 estado geral de uma

empresa e dos que nela atuam.

Urn pressuposto basico para 0 Levantamento de Necessidades de

Treinamento e 0 de que a organiza~o nao pode ser vista sob enfoque

estatica.

Decorre dai que a pesquisa de necessidades deve abranger:

A organiza9ao: sua ideologia, sua politica de a9ao, seu nivel de

desenvolvimento tecnol6gico, sua postura em rela9ao a treinamento, areas que

apresentam problemas mais serio de desempenho, etc.

Os individuos: qual seu grau de envolvimento com as objetivos da

empresa, qual 0 grau de capacitac;.ao profissional, com que frequencia

apresentam sugest6es ou demonstram urna atua9i3o participativa, etc.

ambiente: como a empresa situa- se no mercado, qual a imagem que 0

publico tern da erganiza9i3o, etc.

Existem tambem certas ocorrencias que, embora na maioria dos casos

estejam sugerindo necessidades de treinamento, podem estar ligadas a outras

causas.

A maieria dos autores, entendem que ° levantamento das necessidades

do treinamento, para que seja instrumento eficaz de facilita9ao para as

lomadas de decisoes, deve conciliar a am;ilise dos subsistemas (tecnico e

psicossocial) com a analise do desempenho individual.

Avaliar as necessidades presentes e futuras do conhecimento,

habilidaes e atitudes, traz novos empregados para a empresa, avaliando seu

potencial e capacidade.

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A maioria dos autores, entendem que 0 levantamento das necessidaddo treinamento, para que seja instrumento eficaz de facilitac;ao para as

tomadas de decis6es, deve conciliar, a analise dos subsistemas (tecnico e

psicossocial) com a analise do desempenho individual.

Em muitos casos, a necessidade de ensinar 0 trabalho aos novos

empregados ou de teina·los a melhorar ou assumir novas responsabilidades e6bvia. A maior parte das grandes empresas requer alguns tipos tecnicos,

dificeis de encontrar, porem vitais para suas opera¢es. 0 numero a

capacidade de tipo vital dentro de uma empresa estao constantemente sendo

modificados por decis6es administrativas tais como langar um novo produto, no

mercado, venda, processamento de dados, etc.

A justificativa maior da necessidade de treinamento adv8m nao do fata

de nao haver alternativa, mas baseado na avaliac;ao de que beneficios

justificarao os custos e que representem oportunidade de investimento.

Uma outra necessidade satisfeita pelos programas de treinamento e a

de criar uma relac;ao de estabilidade do empregado na empresa, e tornar 0

local de trabalho mais atrativo, melhorando sua posic;ao no mercado de

trabalho.

6 0 TREINAMENTO E NECESSARIO?

Sabe-se que os resultados das intervenc;6es ou Programas de

Treinamento desenvolvidos podem sofrer, na pratica, a interferencia de

variaveis que, por vezes, nem S9 quer julga-se necessario estabelecer 0

controle ou das quais ate se desconhec;amas potencialidades.

A hip6tese de que 0 exito ou fracasso do desempenho nao tenham

relac;aodireta com uma 89aOde treinamento empreendida 8 viavel. Ou estar<3

sendo influenciado ate mesmo organizacionais por causas outras, que nem

sequer sao cogitadas como influentes.

Em decorrencia disso, atualrnente, os profissionais do treinamento sao

tidos como muito uteis as organiza96es, quando estudam e constatam que as

causas de urn mau desempenho nao oferecem condic;6esde serem removidas

par uma ac;aode treinamenta.

Existem organiza¢es problemas que em principia evidenciam

necessidades de treinamento. Nao obstante, e muito dificil concluir que sao

soluveis por uma aC;aode treinamento. Como exemplo, tem-se:

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turn-over;

as queixas dos clientes;

alta porcentagem de pe~as retidas no Contrale de Qualidade;

altos indices de aCidentes;

conflitos interdepartamentais;

mas relacy6es humanas;

rna supervisao;

carencia de mao-de-obra no mercado;

lalta de motiva~ao;

baixa moral dos empregados, ealtos indices de desperdicio de materia-prima.

Esses problemas evidenciam sintomas que naa devern, a primeira vista,

ser tratado como necessidades de treinamento.

Aos profissionais da area cabert! urn minucioso levantamento para

identificar as causas mais provaveis de urn desses sintomas citados e, ai,estudar a viabilidade de serem tratadas por treinamento. (BOOG, 1990)

7 0 PROCESSO DE TREINAMENTO

o treinamento e urna atividade profissional altarnente especializada e

urna grande parte das eoisas que as administradores de treinamento fazem;

envolve tomada de decisoes de uma especie ou de outra. Atras de cada uma

dessas decisoes existem conjecturas acerca da natureza quer do treinamento

quer do ser humano (capital humano). Conjecturas, que determinam

acentuadamente a filosofia do treinamento e tambem 0 real estilo dos

programas de treinamento.

o treinamento tern sido uma das for98s ma9i9as que estao mudando a

natureza social. E por iSso, tem-se tornado necessario examinar a modo como

a organizayao do treinamento pode iniciar, manter e avaliar sua propria

renova~o (BOOG, 1990).

Para CHIAVENATO (1999'508) " boa parte dos programas de

treinamento procura mudar as atitudes reativas e conservadoras das pessoas

pro- atuais para atitudes pro-ativas e inovadoras, de modo a melhorar seu

espirito de equipe e sua criatividade".

A maior parte dos programas de treinamento esta concentrado em

transmitir informa90es ao funcionario sobre a organiza9ao (poHticas e

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diretrizes, misseo, visao, produtos e clientes). A informag8o guia 0

comportamento das pessoas e 0 torna mais eficaz. Qutros programas estao

concentrados em desenvolver as habilidades das pessoas para habilita-Ias e

capacita-Ias ao trabalho, Qutros visam 0 desenvolvimento dos novas habitos e

atitudes para lidar com clientes tanto internos quanta externos e, Qutros ainda,

estao preocupados em desenvolver conceitos e elevar 0 nivel de abstrag80 das

pessoas para que estas possam pensar e agir em termos amplos.

Nao deve 0 treinamento ser confundido apenas como urna questeo de

realizar custos au de proporcionar informac;6es. a treinamenta, vai mais alam.

Visa atingir 0 nivel de desempenho almejada pala organizac;:ao atraves do

desenvolvimento continuo das pessoas.

8 0 PAPEL DO TREINAMENTO NA EMPRESA

Nao existem mais os questionamentos quanto a validade e a

necessidade da implanlagaodo Ireinamenlo denlro da empresa. 0 que se

questiona, isto sim, e a sua adequabilidade a cada situa9aO, a forma de sua

institucionalizac;ao, os meios de que se utiliza, os objetivos a que se pro poe e

sua posi9ao na estrutura da empresa.

o fato de, nos dias de hojet ser aceito par todos como urn instrumento

de que a empresa tern que lan9ar mao para solucionar os mais diversos

problemas que afetam sua estrutura, funcionamento e produtividade, leva-nos

com muito mais seriedade e responsabilidade

A importancia do treinamento aumenta e robustece-se ainda mais com a

consciencia que se tem de que a educa9ao como processo de transmissao de

conhecimentos exerce, hoje, na sociedade, papel preponderante, no que se

refere as mudan9as e avanc;os tecnologicos. E, em decorrencia dessas

mudanc;as, a obsolesc€mcia dos conhecimentos e das tecnicas vai-s8 tornando

mais n3pida, donde a necessidade de intervenc;ao do treinamento torna-se

evidente.

Quando dizemos a necessidade da intervenc;ao do treinamento, nao

queremos dizer que a educac;ao formal nao seja instrumento valida au

adequado. E que, na realidade, as instituic;:6es escolares quase sempre

padecem de uma dificuldade maior para acompanhar as mudanc;:as e, em

consequencia, dificilmente conseguem, em primeiro lugar, adaptar-se a elas

com a rapidez desejada e, posteriormente, preparar estudantes e profissionais

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de acordo com 0 que exige a sociedade em geral e 0 mercado de trabalho em

particular.

Custa a educ8yc30 adequar-se gradativamente as exigemcias da

sociedade em expansao. Os indivfduos que ela forma sao pouco capazes de

58 adaptarem rapidamente as mudanC;;8S; e diversas sociedades rejeitam sem

piedade as qualific8c;;oes e competencias que Ihes sao oferecidas e que naG

atendem as suas necessidades diretas.

8.1 Significado de "Papel"

A empresa naG pode ver nem entender 0 treinamento como uma serie

de cursos, palestras, seminarios e Qutras atividades que, de forma isalada e

assistematica, sao introduzidas na sua ambiencia produtiv8. A expectativa da

empresa e a de que 0 treinamento - como 6r9ao e como atividade atuando de

forma integrada e sistemica com outros 6rgaos e atividades da area de

recursos humanos e tambem com as demais areas da empresa - possa,

identificado com os objetivos desta, contribuir para uma melhor capacitac;ao

dos empregados, visando um aumento do moral, da eficiencia, da

produtividade e melhoria do ambiente de trabalho.

Citando George Odiorne, afirmar que 0 profissional de treinamento se

preocupa apenas em emprega-lo para a solu<;ao de problemas, tern seu

emprego garantido por 1 ou 2 anos; enquanto aquele que tem suas vistas

voltadas as necessidades futuras, sentindo, portanto, ata que ponto as for<;as

externas podem influir no comportamento de sua empresa, qui<;a possa ter seu

emprego garantido por mais 5 ou 10 anos.

Nao se pode descuidar de outro papel, talvez 0 mais importante, que a 0

do Treinamento como agente das mudan<;as a que estao sujeitos os indivfduos

que integram uma organiza<;ao em continuas modifica<;oes estruturais

provocadas pelo avan<;o tecnol6gico. 0 Treinamento, neste seu outro papel,

tern sua responsabilidade aumentada pela pr6pria necessidade do indivfduo de

buscar 0 autodesenvolvimento, uma tentativa de nao deixar seus

conhecimentos tornarem-se obsoletos.

E como um agente de mudan<;as, dentro desse contexto, deve 0

Treinamento voltar-se para 0 homem, tanto nos aspectos relacionados a sua

capacitayiio, como com suas proprias aspira¢es e motiva90es, bem como nos

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relacionados com sua adapta980 ao ambiente de trabalho, sempre proc8ssada

de forma compatibilizada com as necessidades e objetivos da empresa.

PRINCiPIO LOGICO PARA 0 TREINAMENTO NA EMPRESA

Para estabelecer urn programa de treinamento numa empresa sera util

considerar os seguintes aspectos:

Quando as exigencias de urna empresa, no que diz respeite a certos

programas especificos, sao demasiadamente grandes para deixa-Ia a cargo de

institui96es externas.

Areas especificas de conhecimento que estao fora do raio de 8980

dessas instituic;oes.

Aspectos particulares, tais como auxiliar a empresa a melhorar seu

proprio ambiente administrativo, como, por exemple, atitudes e enfoques.

Programas de treinamento dessa categoria consistem, em geral, em cursos de

administrar;ao e supervisao.

fornecer treinamento especifico, par um periodo pre-determinado com

um objetivo definido. Mudanc;:as rapidas na tecnologia ou nos padroes de

neg6cio podem originar a necessidade de programas curtos que atendam a um

objetivo especifico.

9.1 Enfoque de Treinamento

o ideal poderia ser treinar todo 0 pessoal em todos os aspectos de sua

tarefa, ate mesmo em como classificar a correspondencia. Todavia, e provavel

que os custos incorridos, as instala90es de treinamento necessarias, e as

ganhos proporcionais por esse treinamento sejam altarnente despraporcionais.

o que, em alguns casas, pode aparentemente parecer um desempenha pobre

motivado pela lalta de treinamento adequado. pode, na verdade, dever-se a

sistemas e procedimentos ultrapassados que perderam seu valor pragmatico.

Medidas de desempenho fracas, supervisao ineficaz au estruturas

organizacionais inadequadas sao erradamente confundidas com necessidade

de treinamento. A ineficiencia administrativa nao pode ser substituida por

treinamenta; este pode melhorar 0 desempenho quando outras candi90es sao

criadas dentro da empresa.

Fatares Organizacionais

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o treinamento nao pode ser considerado urna pratica isolada. Deve-S8

compreende-Io como parte das atividades gtobais do desenvolvimento

administrativD de urna empresa. A situac;ao ideal seria a administragao

proporcionar urna estrutura organizacionat e praticas administrativas viaveis e

eficientes, a fim de que 0 treinamento seja eficaz. Como alternativa, os

esfon;os no senti do de desenvolver urn sistema viavel devem combinar com 0

planejamento do treinamento. IS50 naG e urn empreendimento tao terri vel

quanta pode parecer.

NaG existe nenhum metoda simples e pratico para determinar em que

estagio na vida de urna empresa a treinamento formal torn a- S8 necessario.

Todavia, e evidente que e necessaria urn esfof90 para desenvolver padr6es de

sistemas administrativos e organizacionais que correspond am ao treinamento,

pois eles se reforgam mutua mente.

Ha, pelo manos, tn§s importantes fatores administrativos que a

administrar.;:ao deve conscientemente reconhecer quando se trata de

determinar uma politica de treinamento, devido a relac;ao que tem com a

eficacia do treinamento, a saber:

A adapta9ao dos indivfduos na empresa ou a "socializa9ao"

A organlza9ao do trabalho.

Lideranc;a e controle.

10 ATENDIMENTO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO

Perrow va 0 Treinamento como alicerce para que as mudan9as possam

ser processadas de forma harmonica, combinada com a materia-prima

necessaria ou existente no mercado de trabalho e as a90es dos individuos que

deste mercado tambem fazem parte. E, portanto, indispensavel que tanto 0

ambiente em que atue a homem, como a proprio homem, estejam a merecer, a

todo instante, uma preparar.;:ao adequada, a fim de que a desenvolvimento

tecnol6gico nao ocorra isoladamente, ficando 0 homem como seu mero

espectador.

o Treinamento tem um papel de destaque quando, por seu intermedio,

procura- se adaptar a mao -de- obra existente as necessidades da economia

da empresa e do proprio mercado de trabalho em constantes mudanc;as e

evolur.;:ao. Em suma, compete ao Treinamento a missao de prover condic;oes

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para que naD Decrra a obsolencia dos Recursos Humanos em funC;8o

crescimento e da acumulaC;8o do Capital Tecnologico.

10.1 a Treinamento via Televisao

Quando a Aetna Insurance, uma das maiores seguradoras americanas,

socia da brasileira Sui America, avaliou os resultados do seu programa de

treinamento, houve uma surpresa geral. 0 principal problema nao era a

qualidade dos instrutores, as ferramentas e estilos de apresenta980 dos

programas, 0 conteudo au mesmo as materiais e recursos instrucionais que

fundamentavam os "workshops". A Aetna verificou que 0 principal desafio do

seu programa de treinamento era habilitar urn grande numero de "trainees"

dispersos geograficamente atraves de um programa centralizado em urn

departamento central que utilizava enormes solos em cidades esparsas.

Chegou-se a conclusao de que, se a Aetna pretendia realmente

proporcionar um servi90 de alta qualidade aos seus clientes, ela precisava

treinar mais do que alguns poucos empregados selecionados que viajavam

pelas localidades programadas. 0 objetivo da companhia era aumentar 0

numero de empregados envolvidos em treinamento a fim de melhorar a

qualidade do servi90 oferecido aos seus clientes. Os executivos da empresa e

o pessoal de treinamento fizeram varios sess6es de Mbrainsforming" para

encontrar idaias sobre como disseminar 0 treinamento 0 mais amplamente

possivel e chegaram a conclusao de que a melher alternativa seria 0

treinamento interativo via te!evisao.

Assim, foi criada a Rede de Televisao Aetna, que I[ga 235 escritorios de

campo com 0 "home office" de cada vendedor de seguros. Ela permite que a

companhia estenda os seus programas de treinamento para todo 0 pais,

tornando-os disponiveis a cada vendedor de seguros. Cerca de 3.000

funcionarios participaram do novo programa. 0 treinamento via televisao

ganhou popularidade no mundo todo, pois permite programas de treinamento

extrema mente flexiveis. 0 mesmo "workshops" pode ser visto em qualquer

lugar do pais par empregados dentro ou fora da companhia ao mesmo tempo

ou em diferentes horarios programados. A tendencia no uso da TV como

veiculo para disseminar e aumentar a qualidade do treinamenfo deve continuar

a crescer no futuro(CHIAVENATO, 2000).

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2811 TECNOLOGIA DO TREINAMENTO

A tecnologia de treinamento refere-sa aos recurSDS didaticos,

pedagogicos e instrucionais utilizados no treinamento. A tecnologia da

"lnformoc;ao asta influenciando as metodos de treinamento e reduzindo custos

operacionais. Novas tecnicas de treinamento estao se impondo as tradicionais,

como:

1. Recursos audiovisuais: imagens visuais e informagao em audio

sao poderosas ferramentas de comunic8c;8o. 0 videocassete grava e registra

aulas, mensa gens e apresentac;oes audiovisuais para serern repetidas a muitos

treinandos, juntos ou separadamente. 0 CD-ROM e 0 DVD (Digital Video Disc)

permitem gravar programas de treinamento que podem ser distribuidos e

apresentados em varios locais diferentes, em qualquer ocasiao,

2. Teleconferencia: e a usa de equipamento de audio e video para

permitir que pessoas participem de reunioes mesmo quando distantes entre si

ou da localidade do evento. Uma videoconferencia de quatro horas com quatro

pessoas economiza R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em viagens de aviso e

despesas de hoteis e restaurantes.

3. Comunica90es eletr6nicas: os avanyos na tecnologia da

informa9so estso permitindo comunicay6es interativas entre pessoas

fisicamente distantes. Pelo correia de voz (voice mail) 0 diretor atua como fonte

enviando uma mensagem sonora as demais pessoas dentro de uma rede de

telefones de uma empresa. 0 correia de voz e utilizado em organiza90es

engajadas em programas de qualidade total.

4. Correia eletr6nico: 0 e-mail e uma forma de comunica9ao

eletr6nica que permite as pessoas comunicarem-se com outras por meio de

mensagens eletr6nicas enviadas atraves de computadores ligados a redes de

computadores. Alem da Internet, muitas organiza90es estao desenvolvendo

redes internas baseadas na Internet (Intranets) para incrementar a intera,ao

eletr6nica. A Internet permite maior interconectividade com escolas e

universidades do mundo todo.

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5. Tecnologia de multimidia: e a comunic898o eletr6nica que integra

voz, vIdeo e texto, codificados digital mente e transportados par redes de fibras

6ticas.

12 CICLO DO TREINAMENTO

Treinamento e 0 ato intencional de fornecer os me iDs para possibilitar a

aprendizagem. Aprendizagem e urn fen6meno que surge como resultado dos

esforl'os de cada individuo. A aprendizagem e uma mudanl'a no

comportamento e ocorre no dia-a-dia de todos os individuos. 0 treinamento

deve ten tar orientar essas experiencias de aprendizagem num senti do positivD

e beneficoe suplementa-Iase reforl'a-Iascom atividade planejada,a tim de

que os individuos em todos as niveis da empresa pass am desenvolver mais

rapidamente seus conhecimentos, e aquelas atitudes e habilidades que

beneficiaraa a eles mesmos e a empresa. Assim, 0 treinamento cobre uma

sequencia programada de eventos, que podem ser visualizados como urn

processo continuo que se renova a cada vez que se repete.

o processo de treinamento assemelha-se a um mOdelo de sistema

aberto, cujos componentes sao:

Entradas (inputs) como: treinandos, recursos organizacionais,

informa9ao,habilidades,etc.

Processamento ou opera,ao (Ihroughputs) como processos de

aprendizagem individual, 0 programa de treinamento, etc.

Saidas (outputs) como: pessoal habilitado, sucesso ou eficacia

organizacional, etc.

Retroa980 (feedback) como: avaliac;:ao dos procedimentos e resultados

treinamento atraves de meios informais ou de pesquisas sistematicas.

Em termos amplos,o treinamento envolve urn processo composto de

quatro a saber:

1. Levantamento de necessidades de treinamento (diagnostico).

2. Programa98o de treinamento para atender as necessidades.

3. Implemental'aoe execul'ao.

4. Avalial'aodos resultados.

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13 PROGRAMAr;:Ao DE TREINAMENTO

Uma vez feito 0 diagnostico do treinamento, segue-s8 a terape-utica, au

seja, a escolha e prescri~o dos meiDs de tratamento para sanar as

necessidades indicadas au percebidas, Em outros termas, uma vez efetuado 0

levantamento e a determinag80 das necessidades de treinamento, passa-se,

posteriormente a sua programag8o.

A programac;:ao de treinamento e sistematizada e fundamentada sabre

as seguintes aspectos que devem ser analisados durante 0 levantamento:1.Qual a necessidade?

2.0nde foi assinalada em primeiro lugar?

3.0corre em outra area au setor?

4.Qual a sua causa?

5. E parte de uma necessidade maior?

6.Como resolve-I a: em separado au combinada com Qutras?7.E preciso alguma provid€mcia inicial antes de resolve-Ia?

B.A necessidade e imediata? Qual a sua prioridade em relac;ao as

demais?

9.A necessidade e permanente ou temporaria?

10.Quantas pessoas e quantos servic;os serao atingidos?

11. Qual 0 tempo disponivel para Ireinamento?

12.Qual 0 custo provavel do treinamento?

13.Quem ira executar 0 treinamento?

o levantamento de necessidades de treinamento deve fornecer as

seguintes informac;6es para que se possa trac;ar a programac;ao de

treinamento:

o QUE deve ser ensinado?

QUEM dever aprender?

QUANDO deve ser ensinado?

ONDE deve ser ensinado?

QUEM deve ensinar?

COMO se deve ensinar?

A execuc;ao do treinamento depende dos seguintes fatores:

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1. Adequ8<;c3o do programa de treinamento as necessidades da

organiz8c;flo. A decisao de estabelecer programas de treinamento depende da

necessidade de melhorar 0 nivel dos empregados. 0 treinamento deve ser a

solugao dos problemas que deram origem as necessidades diagnosticadas au

percebidas.

2. A qualidadedo materialde treinamentoapresentado.0 material

de ens ina deve ser planejado a fim de facilitar a execu<;ao do treinamento. 0

material de ensina visa ceneretizar a instrugao, objetiva facilitar a com preen sao

pel a utiliz8C;80 de recursos audiovisuais, aumentar a rendimento do

treinamento e racionalizar a tarefa do instrutor.

3. A coopera<;8o dos chefes e dirigentes da empresa. 0 treinamento

deve ser feito com todo 0 pessoa] da empresa, em todos as niveis e fun90es.

Sua manuten9ao envolve uma quantidade consideravel de esfor90 e de

entusiasmo por parte de todos aqueles que estejam ligados ao assunto, alem

de implicar um custo que deve ser encarado como um investimento que

capitalizara dividendos a medio e curto prazos e nao uma despesa inativa.

necessario contar com 0 espirito de cooperayao do pessoal e com 0 apoio dos

dirigentes, pois todos os chefes e supervisores devem participar na execu9aO

do programa.

4. A qualidade e preparo dos instrutores. 0 exito da execu9ao

dependera do interesse, do gabarito e do treinamento dos instrutores. Eimportante 0 criterio de Seleyc30 dos instrutores. Estes deverao reunir

qualidades pessoais como: facilidade no relacionamento humano, motivayao,

raciocinio, didatica, exposiyao facil, alem do conhecimento da especialidade.

Os instrutores pod em ser selecionados entre as varios niveis e areas da

ernpresa. Devern conhecer as responsabilidades da funyao e estar dispostos a

assumilas.

5. A qualidade dos aprendizes. A qualidade dos aprendizes influi nos

resultados do programa de treinamento. Os melhores resultados sao obtidos

com uma sele980 adequada dos aprendizes, em fum;:ao da forma e conteudo

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do program a e dos objetivos do treinamento para que S8 tenha urn grupo

homogeneo de pessoas.

- . - P~pY-14 0 NOVO (QUE NAO E TAO NOVO ASSIM ... ) PAP~vOE RECURSOS

HUMANOS NAS ORGANIZA';:OES

OS Recursos Humanos representam 0 principal departamento da

empresa a ser mobilizado para utilizar eficientemente as demais recursos

organizacionais e para atuar eficazmente na obtenc;ao dos resultados

empresariais positiv~s.

Para atender a essas expectativas do neg6cio, a gestao dos Recursos

Humanos tern como missao a busca da qualidade, da competencia e do

desempenho, no nrvel da capacitac;ao profissional requerida pelos desafiosdecorrentes da natureza do empreendimento empresarial e das caracterfsticas

do mercado, no presente e no futuro.

Muitas vezes, a gestao RH parsee nao fornecer respostas condizentes

com as necessidades de forma980 de um quadro de funcionarios que, embora

seja cada vez mais competitivo entre si, preserve ao mesmo tempo valores

como cordialidade, educa980, espirito de equipe, companheirismo, born humor

e maleabilidade.

Ha muito se tern falado sobre 0 novo papel que a area e a fun9Bo dos

Recursos Humanos devem desempenhar nas organiza90es. Entretanto,

apenas ha pouco come9am a aparecer os sinais de mudan9a. E preciso

avan9ar mais e muito rna is rapidarnente.

A "fun980" RH, em vez de area, departamento ou diretoria, fundamenta-

se na responsabilidade pelas rela90es entre a organizar;ao e seus

colaboradores que e de todos os que nela trabalham, dentro de urn processo

essencialmente interativo.

E e essa mudan~a de canfigura~aa das rela~6es de Irabalha que esta

fazenda a diferen", enlre arganiza<;6es ganhadaras e perdedaras.

Essa mudan~a na canfigura~aa das rela~6es de Irabalha leva,

inevilavelmenle, a mudan~a no papel da area de RH.

A mudan9a no papel da area e da funt;§o de Gestao de Pessoas passa

entao, por uma reformula980 total. Os principais aspectos dessa mudan9a sao:

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A area de Gestao de Pessoas deixa de ser urna area centralizada e

centralizadora e passa a ser descentralizada pelas varias areas da organizagao

eater urna fungao muito mais orienta dora.

A fungao Gestao de Pessoas passa a ser exercida par todas as pessoas

na organiz8gao, com base em diretrizes oriundas e aprovadas par toda a

organiz8yao

Os esfon;os da area de Gestao de Pessoas passam a S8 concentrar

muito mais nos aspectos estrategicos de sua atu8g8o do que nos aspectos

operacionais propriamente ditos.

o poder politico da area de Gestao de Pessoas nao esta mais ligado ao

seu poderio "militar" (grandes estruturas e poder de mando), mas sim a sua

competencia em contribuir efetivamente para que a organiz8g8.0 alcance seus

resultados.

15 TEORIAS DO CAPITAL HUMANO

As explica90es da teo ria do capital humano para as esforyos das

empresas em treinar seus trabalhadores dao enfase a decisao racional do

empresario de investir em mao - de - obra qualificada, a fim de obter ganhos e

produtividade, qualidade e competitividade para a organiza9ao (Becker,1964).

Espera-se que uma firma economicamente racional forneya treinamento

profissional a seus empregados ate 0 ponto em que as ganhos de

produtividade provenientes de mao-de-obra mais qualificada igualem as custos

dos programas de treinamento. As firmas estao dispostas a pagar par esta

forma de treinamento porque as conhecimentos e as habilidades adquiridas par

seus empregados (tais como operar uma maquina especial ou lidar com uma

clientela diferenciada) nao sao uteis em nenhum outro lugar. Os lucros serao

maiores devido ao aumento de produtividade gerado pel os trabalhadores que

passaram pelo treinamento espedfico. Infelizmente, medir as habilidades e os

conhecimentos gerais e especificos mostrou ser infrutffero, torn and a impassive I

um teste empfrico da hip6tese da teoria do capital humano de que 0

treinamento organizacional tende a ser, predominantemente, do tipo especifico.

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16 A ESTRATEGIA DE GESTAO DE PESSOAS INSERIDA NA

ESTRATEGIA DA ORGANIZA\fAO

o fata mais importante dos ultimos tempos na area de Gestao de

Pessoas foi a percepg80 de que ela 56 poderia contribuir para as resultados da

empresa 58 produzisse e seguisse urna estrategia interagente com a estrategia

maior da organiz8c;8o.

Essa vi sao antiga e obsoleta levava a estruturas organizacionais rfgidas,

pesadas, de pouca flexibilidade, absolutamente incapazes de responder asnecessidades de n3pida adaptag80 a mudang8 que as dias de hoje exigem.

Em primeiro lugar, a da area de Gestao de Pessoas tern par

responsabilidade fazer com que a organiz8c;ao desenvolva e explicite sua visao

de futuro, seu "sonho" - sua missao e seu objetivo majores, en de eta quer

chegar, que val ores devem apoiar esse "sonho" e de quais pontos fortes ela

disp6e para chegar hi.

A estrategia de Gestao de Pessoas nao somente deve fazer parte da

estrategia global da organizagao, mas deve constituir -se no fio condutor desta

eslralegia global.

E como a fungao Treinamento e Desenvolvimento deve estar inserida na

estrategia de Gestao de Pessoas a fim de que esta concorra para a sucesso da

estrategia global do neg6cio?

16.1 Comportamento humano no trabalho

Na vida cotidiana, encontramos os mais variados tipos de

comportamento de pessoas, as mais variadas atitudes em relagao aos fatos da

vida.

Ha aquele tipo que nao se exibe, nao adota atitudes defensivas,

aceitando simples mente suas obrigagoes; e sereno e firme, mantendo-se

rfgido nesta posigao, se necessaria; aceita as demais como sao; compreende

suas faltas com pesar e alegra-se com suas boas qualidades, porem nunca

toma atitudes de desconfianga au hostilidade; e confiante e democratico, sem

buscar papularidade; age corretamente, com boa etica, evitando sempre 0 erro;

tem sensa de humor; recebe as novidades e modifica 8g6es com espirito,

ajudanda as outros a progredir, naa temendo eventuais concorrentes; vive em

fun9iio de objetivos superiores da vida, com melas e honestidade de prop6sitos

em tados os sentidos.

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Mas tambem temas aquele tipo que nao S8 envolve em quaisquer

quest6es e mantem boas rela90es com seus superiores; guarda dinheiro; quer

sempre agradar a pessoa de quem depende; tern objetivQs limitados, sacrifica

85tima, honra, amizade 8, par vezes, mesma honestidade em favor da sua

seguran~; nao 905ta de novidades, nem de mudam;8s, nem de assumir

responsabilidades.

E, par ultimo I vejamos este outro tipo, alias muito encontrado; quer ser

sempre figura principal e obter 0 conhecimento de seus atos e pensamentos;

agrada-Ihe 0 elogio, mortificando-se com a crftica; nao aprecia as pessoas

sem entusiasmo, mas sim aquetes que 0 admiram; 905ta de publicidade e de

honrarias.

Podemos dlzer que a realizac;ao que urn individuo apresenta e a ultima

conseqOemcia de um estimulo agindo sobre um organismo que, por sua vez,

demonstra certo comportamento que leva a referida realizac;8o.

Podemos dividir as necessidades humanas em quatro grandes

categorias; sao as seguintes:

Necessidades biologicas: intima mente ligadas a propria sobrev;vencia,

como a alimentac;ao, 0 vestuario e 0 abrigo.

Necessidade de seguran<;a: isto e, de prote<;ao contra perigos de toda

especie (materia is e imateriais), privayao, etc. Entra aqui tambem a seguranc;a

emocional como aspecto importante.

Necessidade de reconhecimento: (ou sociais, como tambem sao

chamadas) tais como a necessidade de participar, de associaC;8o, de

identificac;ao, etc.

Necessidades ideologicas: que se relacionam com os sistemas eticos,

morais, de fe, etc., que 0 indivfduo aceita como bons.

Resumindo, podemos colocar todo 0 problema em duas grandes

categorias: Necessidades primarias au biologicas e Necessidades secundarias

ou psicossaciais.

Para fadlitar a aplicaC;8o pratica do reconhecimento das necessidades,

isto e, do fator motiva<;ao, no panorama geral, da satisfa<;ao no trabalho e

conseqOente boa produtividade, podemos classificar estas mesmas

necessidades nos dois seguintes grupos (para as psicassociais)

Necessidades de seguranc;a.

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Necessidades de reconhecimento.

Temas entao:

I - Elemenlos basicos da seguran9a

Seguranc;a como individuo.

SensaC;Elo de importimcia pessoal.

Tratamento justa.

Interesse pelo bem-estar do trabalhador.

Interesse pel a bem-estar, como individuo, do trabalhador.

InformaC;8oquanta ao seu progresso.

Atitude amistosa do superior.

Seguranc;:a como membra do grupe.

Sensa de importancia do grupe.

Sensa de importancia do cargo.

Confian9a no tider.

Integral'iio no grupo.

11 - Elementos basicos do reconhecimento

Reconhecimento como individuo.

Elogio.

Oesejo de ser informado.

Dignidade humana.

Incentivos.

Reconhecimento como membra do grupe.

Respeito dos outros.

Condi0es de trabalho.

Justi98·

Participa9ao.

S8 atentarmos para estes elementos basicos e procedermos de modo a

satisfaze-Ios pela criay80 de climas adequados, estaremos motivando

convenientemente as individuos.

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A maneira pela qual as pessoas sao mati vadas a S8 comportarem nas

organizac;6es e resultante tanto de seu sistema individual, quanta pela natureza

do contexto organizacionaL

o trabalho pode ser considerado como fonte que suprira as

necessidades de associ8980 do homem, que S8 relacionara com Qutras

pessoas, expressando - S8 atrav8S de idei8s e atitudes.

Considerando a trabalho numa visao holistica, as elementos homem-

natureza-sociedade atu8m integrativamente e as rela<;:6es do poder de

autoridade sao flexibHizadas, reduzindo-se as niveis hier<3rquicos na

organiz8g8o e facilitando a cacidade de comunicar-se, bern como a interaC;80

entre as funcionarios.

Os comportamentos esperados sao definidos pela sociedade, cultura e

representam a principal caracteristica da organiza<;ao. Conclui-se que a

organiza<;Bo e um sistema social; estabelece - se apartir de valores expressos

pelos individuos que dela fazem parte, de suas interay6es sociais no contexto

de trabalho, onde as estruturas hierarquicas e de poder alicer<;am a

organiza<;Bo e onde as redes de comunica<;ao sao promordiais para 0

desempenho de papeis profissionais.

17 MEDINDO 0 TREINAMENTO

Esta se<;ao procura respostas ao seguinte questionamento: com que

frequencia 0 treinamento profissional ocorre nas empresas norte-americanas?

Estimar 0 volume e a tendencia do treinamento organizacional e algo do ponto

de vista teorico da mensura<;ao. As estimativas efetuadas resultam

inconsistentes em varios estudos de quantos empregados receberam

treinamento e de que fontes. Os contextos dentro dos quais as questionarios

sao aplicados influenciam igualmente as respostas. 0 treinamento na execu<;8.o

do trabalho, a qual envolve trabalhadores aprendendo atraves da observa<;8o

de outros colegas no Irabalho e do" feedback" de supervisores imediatos, e

extrema mente diffcil de ser quantificado em termos de horas e de d6lares,

mesmo quando baseado em relatorios feitos par eles proprios. Mais

surpreendente, ainda, informa<;oes confiaveis sobre programas de treinamento

formal, os quais supostamente, possuem participantes identificaveis e periodo

de dura<;ao bem definidos, tambem sao dificeis de serem obtidas. As duas

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fentes primarias de evidemcia a respeito da extensao de uma atividade de

treinamento sao pesquisas com empregados e empregadores

(PETER, Cappelli - Diretor do Centro de Recursos Humanos da

Wharton School of Management(1999:29 a35).

18 AVALlAQAo E VALlDAQAO

A maneira mais simples de dimensionarmos 0 valor de urn projeto de

treinamento sera tentando responder a pergunta do tipo:

Valeu a pena?

Para quem foi valida? Para a empresa? Para 0 setor de treinamento?

Para os participantes enquanto funciomirios, ou enquanto pessoa?

Quais os parametros escolhidos para mensurar os resultados?

Tal processo de avalia<;ao e efetivamente simples e pode ate nos dar

uma imagem do treinamento. Porem, esses dados nern sempre sao confiaveis,

porque podem corresponder a diferentes dimens6es de analise.

Urn meio razoavel para uma interpretacao mais segura e, como nos

orientam Pontual e Boog (1980), pesquisar os resultados em dois sentidos:

Medindo "quao bern sao utilizados os recursos colocados a disposic;ao

do treinamento" Trata-se aqui do processo de validac;ao.

Medindo 0 "carater de resultado da atividade" , isto e, ate que ponto 0

treinamento foi eficaz. Estamos agora diante do processo de avaliacao.

Avaliar e, assim, medir 0 grau de congruencia entre 0 que era esperado

e 0 que foj efetivamente alcancado. Avaliac;ao e VaJidagao contemplam, ao

mesmo tempo, as problemas dos meios (recursos) e dos fins (objetivos a

atingir). Oesta forma, as respostas a questao: "Va leu a Pena? " pod em ser

avaliadas dentro de criterios mais amp los e mais objetivos.

E necessaria que se previna quanto a ilusoes muito freqOentes no

processo de avaliac;ao, entre as quais poderfamos real car:

Confiar exclusivamente nos dados da avaliacao imediata: resultados

obtidos logo ap6s a realiza9ao do treinamento podem retratar apenas uma

reac;ao mecanica que nao garante a retenc;ao e, conseqOentemente, a

transferencia da aprendizagem para situayoes reais.

Contagiar-se com 0 entusiasmo dos participantes, freqOentemente

estimulados pel a situayao de treinamento.

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Transformar a processo de avaliag80 em "maratona", "caixa de

surpresas" > ~testes de memoria" I Utestes de erudic;:aon QU, a que e mais grave,

"arma do instrutor".

"Contaminar" 0 treinando, esperando mudang8s muito agressivas de

comportamento que nao S8 justificam em funC;:8o da realidade que 0 mesma vai

enfrentar aD vol tar a sua empresa.

Esquecer -S8 de que a avaliac;:ao deve focalizar sempre as objetivos

propostos, pois dissociada detes, perde 0 senti do.

18.1 Niveis de media9ao de resultados

Embora seja muito diffeil definir com segurant;a ate que ponto os

resultados obtidos sao exclusivamente consequentes a atu8C;:8o do

treinamento, ja que inumeras variaveis podem estar influindo nas respostas dos

treinandos, a medida efetuada em varios sentido pode nos levar a urn computo

geral mais confiavel.

as processos de avaliagao podem, assim, desenvolver-se em quatro

niveis:

Reagao: explora a percepgao do treinando sobre 0 desenvolvimento das

sess6es em termos de conteudo.

as participantes devem ser orientados sobre a importancia desta

avaliagao, para que oferec;am dados sinceros e objetivos, evitando a influencia

de simpatias pessoais OU 0 receio de possiveis represalias em consequencia

de depoimentos menos generosos.

Aprendizagem: Visa medir Uquanto 0 participante sabe agora 0 que nao

sabia anteriormente".

Pode ser realizada durante 0 treinamento e/ou imediatamente apes 0

seu final. Para tanto, saO utilizados processos convencionais, tais como:

observagao do desempenho, testes, provas escritas, situag6es- problema,

trabalhos individuais ou em grupo. Neste momenta, e muito importante criar

situag6es estimuladoras, suscitando interesses por novas desafios, para

propiciar a retomada do nivel de assimilagao.

Comportamento: refere-se especificamente aos "ganhos em

produtividade" ap6s 0 treinamento, as quais podem ser mensurados atraves de

analise ou depoimentos mais profundos feitos pelo proprio treinando ou pelas

chefias imediatas. Se tais produtos nao se explicitarem objetivamente, nao tera

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sentido prosseguir com programas de treinamento QU, pelo menos, as mesmos

devem ser reformulados.

Tal fato pode provocar desanimo e frustraC;80, tanto no treinando como

em seus superiores, dan do a impressao de que 0 treinamento nao foi eficaz.

Resultados: trata-se de uma avalia,80 global dos efeitos do programa

para a organiz8<;c3o, isto e, da medida do seu grau de eficacia.

18.2 Instrumentos de Avaliat;ao

Modelos de instrumento de avaliaC;8o sao importantes apenas como

indicadores para ofi8ntar a produtyao do material especifico para cada situac;ao.

Algumas recomendac;oes de ordem geral podem ser uteis na montagem

de qualquer instrumento 8, a partir delas, 0 tacnieD responsavel pode criar seu

pr6prio modelo de avalia,80.

o instrumento devera ser adequada a natureza dos sujeitos avaliados.

E sempre preferivel que a avaliagao naa acorra em presenga do instrutar

o setor de treinamento avalia par razoes de ordem pratica. Porem a

verdadeira medida e dada pelo chefe imediato.

o instrumente dave ser pensado ja na fase de planejamento, pois

precisa caminhar par a par com as objetivos propostos.

Madelas safisticados e avaliagoes mUlto lon9as cansam 0 aprendiz.

Alem de variar a forma de apresentagao das perguntas ou propostas,

para que 0 instrumento nao pare«;a rotineiro e pesado, e precise criar

condir;6es para provocar a receptividade do avaliado, orientando-o sobre 0

abjetivo da pesquisa de resultados e sabre a importancia de sua colaborac;ao.

A avaliag80 sera rna is confiavel se pudermos combinar diferentes

instrumentos de coleta de informagoes.

A interpretac;ao dos resultados deve ser acessfvel a qualquer pessoa e

nao somente aos especialistas da area.

Qualquer forma de expressao do participante, em qualquer momento, edado importante de avalia,80.

A avaliac;ao pode sofrer vies em fungao de preconceitos, predisposigoes

e Qutras forgas restritivas que atuam sobre 0 treinando.

Dados de identifica«;ao dos eventos avaliados sao indispensaveis:

denomina~80, local de ocorrencia, periodo, popula,ao -alva, etc.

Linguagem clara e fundamental, mas nem sempre e 0 bastante.

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A res posta imediata tende a ser mais confiavel.

Ao estruturarmos as quest6es, devemos submete-Ias previamente apergunta . "Como vamos tabular e interpretar esse dadoT

Finalmente, sempre que passlvel, 0 instrumento deve ser testado antes

de sua definigao final.

(MAC IAN, 1987243)

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42CONCLusAo

Desde seu inicio, a civiliz89ao tern S8 estruturado em grande parte, em

funyao do trabalho. 00 c8yador aD campones, do artesao ao operario da linha

de montagem, a trabalho tern side parte integral da vida das pessoas.

Os noves tempos tern comprovado que capital humano e a maior

patrimonia das organiz8c;oes. Treinar pessoas nao e apenas dar-lhes

informac;oes para que elas aprendam noves conhecimentos, habilidades e

destrezas e S8 tarnem mais eficientes naquilo que fazem.

o momento atual e de grandes transformac;oes. As pessoas estao

conscientes de seus direitos e mais exigentes em relagao aos produtos e

servic;;:os que consomem e solicitam. Para 8tender esses consumidores, as

empresas precisam melhorar 0 desempenho de modo a oferecer produtos e

servil;os a pel;os competitivos.

Com isso, a treinamento tern levado organizal;oes a buscarem formas

de adaptar, ampliar e aperfei90ar seus programas de treinamento, a fim de

capacitar e aperfeil;oar seu capital humano, de nivel hierarquico as mais

diversos e representativos, objetivando a maxima produtividade e a

performance em urn contingente agil e competitivo com que se deparam.

Dotar 0 capital humane de conhecimento e muito importante no atual

contexto em que a globalizal;80 e a competitividade colocam as organiza¢es

em "chek", quando 0 cliente passa a ser 0 seu centro 8 0 atendimento, urn

diferencial, vista que 0 avan90 tecnol6gico tern colocado paritariamente os

produtos no mercado.

Hoje tambem e postura da empresa em rela980 a forma como S8

relaciona com 0 meio ambiente, se os produtos tern um padrBo de qualidade,

infJuenciam na escolha de consumo. A busca por tecnologias, certificac;:6es

leva a uma padroniza9Bo, mas 0 consumidor ainda procura por produtos

diferenciados. Esse diferencial sera dado pelo elemento humano.

Sera 0 ser humano, que atraves de seu talento, habilidade e criatividade

diferenciara 0 produto final.

No Brasil, pais com deficiencias educacionais, a reeducayao ou 0

desenvolvimento desses talentos ficam a cargo das empresas.

Mas as organizayoes tambem buscam a integrac;ao do individuo aos

seus objetivos e adequayBo dos colaboradores as mudan9as e inava90es que

permeiam a ambiente interno e externo das mesmas. Vista que inovar e arrajar

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43sao atitudes apenas possiveis com interatividade dos colaboradores, e assim

as organiz8r;:oes procuram aprimorar, cada vez mais, a qualidade do seu

capital humano, atraves da integrar;:ao, dos prindpios de igualdade e respeito,

criando condir;:oes para 0 cresci menta deste capital em todos as aspectos, de

forma amante-los motivados a crescerem e a trac;:arem seus pr6prios objetivos

profissionais que sao atingidos atraves da 8gao eficaz do treinarnento.

No treinamento os beneficio5 justificam os custos e representam uma

oportunidade de investimento para as empresas.

o treinamento conscientiza as funcionarios da importancia do

aprendizado, melhora 0 relacionamento dentro da organiz8r;:ao, assegura

beneffcios organizacionais, gerando uma difereng8 - uma contribui9aO

mensuravel as metas e objetivos organizacionais. Mas nao e s6 a empresa que

ganha. 0 profissional de Recursos Humanos, fazendo uso do treinamento

podera auxiliar, nao 56 numa melhora do desempenho produtivo do elememto

humano na empresa, ela 0 conscientizara de sua importancia enquanto ser

humano, do papel que exerce dentro e fora da organiza9ao e das infinitas

possibilidades de, atraves de um treinamento continuo aprender sempre a

buscar a excelEmcia em todos os sentidos da sua vida.

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